Educação 2.0
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Educação 2.0
Educação 2.0 Autor: Vinicius Freitas de Menezes1 Co-autor: Ana Paula Mattos Bello2 Co-autor: Rafael da Silva Santos3 Resumo: Desde que a era digital começou sua expansão a passos largos; a sala de aula parece não conseguir acompanhar as mudanças do mundo virtual. Muito pelo contrário vemos os alunos cada vez mais dispersos e antenados com as novas tecnologias e ferramentas virtuais. Em contra partida o desenvolvimento das ferramentas de comunicação na Internet é desenfreado, tais como: e-mails, chats e fóruns de discussões permitem uma maior interatividade entre educandos e professores. Além desses recursos interativos a rede nos permite recursos multimídia que se tornam materiais didáticos, como animações, áudios, vídeos e imagens. A utilização desses recursos audiovisuais de forma pedagógica pode facilitar a compreensão de temas abordados em sala de aula, complementando ou aprofundando. Dessa maneira estaremos construindo uma ferramenta colaborativa e interativa, chamada de Rede educativa ou uma Educação 2.0, possibilitando a transformação de um site estático em uma ferramenta WiKi (sites colaborativos): a nova forma de navegar na internet 2.0. Palavras-chave: Ensino – Novas metodologias – Internet – Prática em redes. Abstract: Since the digital era began its expansion strides; the classroom seems unable to keep up with the changes of the virtual world. On the contrary we see students increasingly dispersed and tuned up with new technologies and virtual tools. In the development of departure against communication tools is rampant on the Internet, such as emails, chats and discussion forums allow for greater interactivity between learners and teachers. In addition to these features interactive network allows us multimedia resources that become learning materials, such as animations, audios, videos and images. The use of audiovisual resources pedagogical way can facilitate understanding of topics covered in the classroom, complementing or deepening. This way we will be building a collaborative and interactive tool, called educational or an education Network, enabling the transformation of a static website into a tool WiKi (collaborative sites): the new way to surf the Web 2.0. Key Words: Education – New methodologies – Internet – Practice in networks. 1 Graduado em Licenciatura de História pela PUC-RS, Especialista em Desenvolvimento Regional pela URCAMP e Graduando da faculdade de Direito URCAMP – [email protected]. 2 Graduanda pela faculdade de Direito URCAMP – [email protected]. 3 Graduando pela faculdade de Direito URCAMP – [email protected]. 2 Educ@ação 2.0 De tempos em tempos o ser humano passa por revoluções ou intelectuais ou tecnológicas. Contemporaneamente tais revoluções veem em conjunto, tornando impossível distinguir em qual segmento social seremos atingidos com tais mudanças; a Era das Redes Midiáticas ou Sociais tem modificado a forma como as pessoas se comunicam, interagem, aprendem ou se divertem. Comunidades sociais têm crescido exponencialmente pelo mundo virtual e tem favorecido a todos de formas diferenciadas. Os jovens estão cada vez mais antenados nessas redes; e como os professores podem tirar vantagem disso ainda é uma incógnita. Não que haja uma fórmula, até por que estamos lidando com formas de ensino e aprendizagem, mas a questão é: como retirar o melhor proveito sem cair na anarquia educacional. A Internet é um sistema de dimensões gigantescas, que abrange todo o mundo e que tem potencialidades surpreendentes. Fisicamente, pode ser definido como um conjunto de interligações voluntárias entre redes. Suporta milhões de documentos, recursos, bases de dados e uma variedade de métodos de comunicação. [...], se bem aproveitada, é a melhor oportunidade para melhorar a educação e a comunicação dos últimos tempos. (BARROS, 1997) A educação, por diversas vezes, esteve a favor do Estado, ela já foi favorável a monarcas, aos deuses dentro do sistema teocrático, ditadores, socialistas ou capitalistas e atualmente tem se tornado cada vez mais globalizada. O educador e o educando entram em contato com ‘mundos nunca antes navegados’ e precisam interagir com maior eficiência nessas novas práticas e por que não chamar de novas TIC’s (Tecnologia da Informação e Comunicação). O aumento das ferramentas de comunicação disponíveis na Internet como email, chats e fóruns de discussão permitem uma maior interatividade entre os educandos e os professores. Além desses recursos interativos a rede nos permite recursos multimídia, que se tornam materiais didáticos como animações, áudios, vídeos e imagens. A utilização desses recursos audiovisuais de forma pedagógica pode facilitar a compreensão dos temas abordados e nos permite a apresentação de conceitos e ideias de várias maneiras. Com as tecnologias modernas e particularmente com a Internet, podem-se desenvolver conteúdos e objetos de aprendizagem de diversas formas: som, texto, imagens, vídeo e 3 realidade virtual. O aluno pode interagir com o conteúdo de diversas maneiras: navegando e explorando, selecionando, controlando, construindo, respondendo, entre outras. O aluno pode, hoje, também criar seu ambiente pessoal de aprendizagem, personalizar o conteúdo com o qual deseja interagir e, inclusive, contribuir para o aperfeiçoamento do material utilizado nos cursos. (MATTAR, 2009: 116) No ambiente virtual nós possuímos duas formas de interação ou de comunicação, são as ferramentas síncronas e as assíncronas; ambas referem-se ao tempo de resposta. Nas ferramentas síncronas obtemos respostas imediatas, tendo a necessidade de dois (no mínimo) participantes na conversa virtual, seriam os canais de bate-papo, chat, etc.; por outro lado temos as ferramentas assíncronas, que não há a necessidade das duas pessoas estarem conectadas simultaneamente para obtermos as respostas, por exemplo: e-mail (endereço eletrônico), os fóruns de discussão, etc. Quando tratamos de aprendizagens educacionais não temos uma melhor que a outra, basta ter um(s) objetivo(s) e saber administrar as ferramentas de comunicação. [...] o fundamental aqui é compreender o papel das tecnologias na interação, pois essas permitem maior rapidez e facilitam a comunicação entre pessoas, distantes ou não, que se conhecem ou que compartilham interesses e necessitam socializar informação e construir textos de forma cooperativa. (BASTOS, 2008: 80) Complementando: Interagir pelo computador é mais que uma simples troca de mensagens. Cria-se uma rede de intervenções entre os participantes e uma estrutura de comunicação que combina atividades cognitivas, afetivas, metacognitivas e sociais. Essas interações não se reduzem a informar, mas se caracterizam pela disposição para aprender coletivamente, a compartilhar, negociar o significado das ideias e das ações empreendidas ou por empreender. (BASTOS, 2008: 100) Esse novo segmento não se resume apenas a tecnologias de apresentação, mas as suas formas de apropriação. Essas novas formas que nos referimos dizem respeito à contraposição do modelo de comunicação clássico (emissão-mensagemrecepção) ao modelo de comunicação interacionista atual. Não possuímos mais aquele modelo linear e indivisível, a partir dessa nova forma conseguimos visualizar uma nova flexibilidade para a intervenção dos indivíduos. O espectador agora deixa de ser passivo e passa a ser ativo, tornando-se um ser mais complexo e critico frente às informações que entra em contato. Esse aumento do senso crítico alguns autores afirmam que o aluno faria uma interação intrapessoal, estaria conversando consigo e tendo uma melhor 4 compreensão do seu aprendizado. Poderíamos afirmar que o aluno sairia do seu ponto de vista e teria a visão de outra perspectiva: [...] o aluno se colocaria fora do seu ponto de vista e procuraria examiná-lo de outra perspectiva, como no conceito de senso crítico desenvolvido por Carraher (1993): ‘Um indivíduo que possui a capacidade de analisar e discutir problemas inteligente e racionalmente, sem aceitar, de forma automática, suas próprias opiniões ou opiniões alheias, é um individuo dotado de senso crítico’. Atividades de síntese, como preparar um resumo para uma prova, em que o aluno revê suas notas e seus conhecimentos sobre um tópico, seriam exemplos de auto-interação. (MATTAR, 2009: 117) Essa auto reflexão não se resume apenas as redes virtuais, mas a prática diária de sala de aula. As redes sociais virtuais seriam algo a mais como podemos constatar: A disseminação dos cursos on-line é um grande canal para que os professores testem, façam experimentos, criem, sempre no sentido de melhorar o processo ensino - aprendizagem. O desenvolvimento tecnológico oferece uma grande oportunidade para aqueles que se interessam em buscar coisas novas, que primam pela renovação e pela melhora contínua. Numa perspectiva construtivista em que o conhecimento não é repassado, mas sim construído a partir das experiências individuais de cada aluno, o professor é o mediador, ou seja, é aquele auxílio que faz a diferença e garante a qualidade do curso. É ele quem motiva e ativa a criação de oportunidades para que sua turma realize objetivos e tenha uma experiência produtiva. (COELHO e HAGUENAUER, 2007:4) Portanto, através da rede internacional de computadores, pretendemos que o aluno tenha como ponto de partida a internet com materiais organizados didaticamente para sua melhor aprendizagem. E não somente o aluno, mas o professor também pode utilizar-se dos materiais; formando assim uma grande rede interativa de formação educativa. Dessa maneira estaremos construindo uma ferramenta colaborativa e interativa, chamada de rede histórica, possibilitando a transformação de um site estático em uma ferramenta WiKi (sites colaborativos): transformando a nova forma de navegar na internet 2.0 em uma educação colaborativa ou uma educação 2.0. 5 Referências bibliográficas: BARROS, Tereza. (1997) O Papel da internet na educação. Consultado em 4-082010. No site: http://educacaohoje.no.sapo.pt/papel.htm. BASTOS, Beth. Introdução à educação digital: caderno de estudo e prática. Brasília: Ministério da Educação – Secretaria de Educação à Distância, 2008. BULCÃO, Renato. Aprendizagem por m-learning. In: FORMIGA, Marcos e LITTO, Fredric M. (orgs) Educação a Distância – o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. p. 81-86. COELHO, Claudio Ulysses Ferreira e HAGUENAUER, Cristina Jasbinscheck. As Tecnologias da Informação e da Comunicação e sua Influência na Mudança do Perfil e da Postura do Professor. Revista EducaOnline, Rio de Janeiro, v.1, n.1, jan/abr. 2007. Consultado em 8-08-2010. No site: http://www.latec.ufrj.br/revistaeducaonline/ vol1_1/3_Pefil%20do%20professor.pdf FILATRO, Andrea. As teorias pedagógicas fundamentais em EAD. In: FORMIGA, Marcos e LITTO, Fredric M. (orgs) Educação a Distância – o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. p. 112-120. MATTAR, João. Interatividade e aprendizagem. In: FORMIGA, Marcos e LITTO, Fredric M. (orgs) Educação a Distância – o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2008. p. 112-120. Senai Turismo (s/d). 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