cobertura especial - Revista Laticínios

Transcrição

cobertura especial - Revista Laticínios
2011
Expomaq
COBERTURA
ESPECIAL
Expomaq
Fonte de inovação para
atender crescimento do setor
Realizada em bom momento da economia brasileira e fase
de expansão do setor de leite e produtos lácteos,
a 39ª Expomaq foi considerada a melhor dos últimos anos,
na avaliação da maioria dos expositores e participantes.
O volume de negócios realizados
nesta edição atingiu cerca de R$ 140
milhões, calculados sobre projeções
feita pelas empresas expositoras,
valor avaliado como 20% maior que
no ano anterior. O tradicional evento aconteceu de 12 a 14 de julho, no
Expominas, em Juiz de Fora, e atraiu
um público de 14 mil pessoas, visitantes considerados de alto nível,
composto por profissionais especializados e tomadores de decisão em
suas empresas, segundo observação
dos expositores.
O ano de 2011 foi especial também para o 28º Congresso Nacional
de Laticínios, que aconteceu em
paralelo à feira, na sede do ILCT
(Instituto de Laticínios Cândido Tostes), e surpreendeu a organização
pelo interesse dos profissionais do
setor pelas atividades e temas pro-
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postos. Foram 300 inscritos, número
que superou as expectativas dos
organizadores.
Novidades não faltaram na
Expolac – 38ª Exposição de Produtos
Lácteos, onde as indústrias anteciparam as novidades que, em breve,
serão conhecidas pelos consumidores. Com um mercado incorporando
cada vez mais produtos inovadores,
neste ano, a mostra contou com
cerca de 800 produtos lácteos, entre
eles, vários tipos de queijos, doces, manteigas, iogurtes e bebidas
lácteas.
No fechamento do evento, o
público presente participou de
coquetel de encerramento e pode
conhecer os vencedores do tradicional Concurso Nacional de Produtos
Lácteos, com a participação de 63
laticínios de vários estados brasilei-
ros. Os produtos foram avaliados em
suas características de sabor, odor,
textura, apresentação e consistência
por 30 juízes.
O prestígio que a mostra realizada
em Juiz de Fora já adquiriu no setor
laticinista e a presença dos laticínios
em busca de novas tecnologias fez
o evento crescer consideravelmente
neste ano. O próprio pavilhão da Expominas, inaugurado em 2007, já ficou pequeno para o número de expositores, porém apesar do crescimento
em volume e exigindo mais esforços
em logística por parte dos organizadores, a mostra e o congresso para
laticinistas devem permanecer em
Juiz de Fora, afinal há uma tradição
a preservar e mineiros valorizam
especialmente esse aspecto, além da
importância que o evento representa
para a economia da cidade.
Palestras e minicursos
O 28º Congresso Nacional de
Laticínios foi um sucesso de público interessado no conteúdo dos
temas explorados. A área científica
do congresso apresentou 15 palestras e seis minicursos, contando
com a presença de pesquisadores,
estudantes e técnicos do setor, que
discutiram temas e estudos sobre
segurança alimentar e rastreabilidade, novas tendências em análise
sensorial, cálcio em queijos, indicadores de qualidade, entre outros
assuntos atuais do mercado de
lácteos.
O tema central escolhido para o
congresso deste ano foi: “Qualificação, fator determinante para o sucesso do setor laticinista”. O crescimento do Brasil esperado para
os próximos anos foi o motivo da
escolha do tema. A indústria sabe
que a produção deverá aumentar e um fator limitador está na
qualificação profissional em todos
os níveis, desde a produção até a
gerência. “Por isso, trouxemos profissionais de universidades, outras
entidades, a exemplo do Ministério da Agricultura e da iniciativa
privada, possibilitando a discussão
do tema com vistas à realidade do
mercado. Dessa forma, pode ser
avaliado o que a indústria precisa
e o que as instituições de pesquisa
e outras entidades podem fazer
para adaptar seus trabalhos para
atender à crescente demanda e necessidades das indústrias”, explica
Ítalo Tuler Perrone, pesquisador e
professor da Epamig.
Este foi o primeiro ano em que
houve inscrição antecipada para
as palestras e cursos, algumas
atividades tiveram as vagas preenchidas dois meses antes do evento.
Não foi possível atender todos os
que queriam participar, pois os
anfiteatros do ILCT comportam
260 pessoas e a instituição ainda
conseguiu aumentar a capacidade, no máximo, para 300 pessoas.
Perrone: esclarece que: “todos os
cursos e palestras tiveram salas
completas. Tivemos uma demanda
muito acima de nossa capacidade
e, infelizmente, não foi possível
atender a todos que pretendiam
participar”.
A transferência do congresso
para outro local não é cogitada
pelos organizadores, pela tradição,
já que o congresso foi iniciativa
do instituto e também porque os
ex-alunos gostam de retornar para
o local para reciclar, quando já
estão trabalhando em empresas
do setor. “Por outro lado, aqui o
evento não concorre com a feira,
as pessoas ficam mais concentradas nas palestras científicas e não
dispersam”, afirma Perrone.
Para 2012, a Comissão Científica lançará um site, onde os
interessados poderão conferir as
novidades sobre o congresso, terão
conhecimento do tema central e
dos trabalhos que serão explorados nas palestras e minicursos.
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Expomaq
Local cativo
A Expomaq foi transferida para o
Expominas, em 2007, com o objetivo
de atender melhor e com mais espaço, porém a expansão do setor de laticínios, nos últimos anos, associada
à tradição da Expomaq, acarretaram
o aumento de empresas participantes. A cada ano, são mais expositores interessados em participar da
mostra e já foi necessário estender o
espaço do Expominas, com um pavilhão adicional para uso temporário,
para comportar novos expositores.
As dimensões do espaço para área
para palestras no ILCT também está
pequena para o número de profissionais que buscam as atividades
científicas durante o congresso.
Diante desse quadro, o presidente da Epamig, Antonio Lira Bandeira, afirma que não há previsão
de os eventos serem transferidos,
por exemplo, para Belo Horizonte.
“Estes eventos não podem ser vistos
de forma isolada, pois existe um
contexto institucional e de tradições
envolvidas. São de grande importância porque têm foco no leite,
um produto com cultura secular na
região e que, em Minas Gerais, compartilha o podium com o café, outro
produto de destaque no Estado”,
afirma Bandeira.
O Instituto de Laticínios Cândido Tostes existe há 76 anos e
tornou-se um símbolo de estudos
relacionados ao leite em Minas
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Gerais. “Já formou muitos alunos e
pesquisadores, hoje, de destaque
no setor, contribuindo muito para
a qualidade de leite e derivados
no Brasil. O ILCT tornou-se ponto
de encontro de pesquisadores da
área. Além disso, tirar esses eventos
de Juiz de Fora seria um prejuízo
muito grande para a cidade, que
durante o congresso e Expomaq,
tem seus negócios alavancados
pelos serviços de hotelaria, restau-
rantes, transportes, entre outros
serviços relacionados à hospitalidade”, acrescenta Bandeira.
Em 2010, houve uma tentativa
de colocar no mesmo espaço da Expomaq, as atividades científicas do
congresso e a feira, porém, segundo
os organizadores, não deu certo
porque os pesquisadores têm outros
interesses e preferem ficar no ILCT.
Neste ano, a organização procurou
colocar algumas facilidades à disposição dos participantes, uma delas
foi o horário do congresso na parte
da manhã e a feira, à tarde, outra
foi o transporte gratuito do ILCT
para o Expominas para aqueles que
pretendiam visitar a feira.
“No passado, a própria transferência da Expomaq e Expolac para
outro local enfrentou resistências,
porém o volume de expositores
cresceu muito e houve necessidade de buscar um local maior, que
comportasse a evolução das mostras”, complementa Gerson Occhi,
chefe do Centro de Ensino do ILCT.
Porém, ele ratifica que o congresso
científico permanecerá nas dependências do instituto, pois esse vínculo é importante para os alunos,
que têm no congresso muita motivação e são, inclusive, estimulados
pela instituição a terem contato
com as empresas que participam
das palestras e cursos.
Antonio Lira Bandeira
Gerson Occhi
Inovação em produtos
O pavilhão Expominas acolheu também a mostra da Expolac, que já se tornou referência
do que as indústrias estão
desenvolvendo para o setor. “A
ideia da Expolac é reunir várias
empresas do setor lácteo do
Brasil e mostrar as tendências
de mercado para profissionais da área e consumidores.
Temos produtos inovadores que
vieram, desde o Rio Grande do
Sul até o Rio Grande do Norte”,
comemora Nelson Tenchini,
chefe do Centro de Administração, Produção e Comércio do
ILCT. Na exposição foi possível
ver doce de leite que sai das
variações tradicionais, trazendo, por exemplo, morango na
sua composição; requeijão de
chocolate com avelãs; queijos
que vêm em pequenas porções,
apontando a tendência de consumidores single; embalagens
de queijos que chegam com
cores fortes ou ver queijos em
latas, que podem ser personalizadas; seguindo a procura dos
consumidores por saudabilidade, alguns queijos apresentados
foram produzidos com Ômega 3
em sua formulação ou manteiga light com fitosterol, extrato
vegetal eficaz na redução dos
níveis de colesterol e até o
tradicional Romeu e Julieta no
Queijo Goiaba, com mussarela e goiabada juntos. Entre as
novidades, foi apresentado um
desenvolvimento do ILCT, o
queijo Morbivinho, uma combinação do tipo Morbier, elaborado com leite de vaca não
cozido, não prensado e vinho.
Super queijo
Queijo Tropical
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Expomaq
Rica em novidades para o setor
Com grande número de visitantes em busca de
equipamentos, insumos e serviços para as indústrias de
laticínios, a Expomaq, com seus 290 stands, atendeu às
expectativas de um público especializado ao mostrar
novas tecnologias e recursos disponíveis no mercado de
fornecedores de soluções.
Os expositores mostraram satisfação com os resultados da feira. “Participamos, há oito anos, da Expomaq
e esta edição surpreendeu muito. Em 2010, vendemos
seis máquinas na feira e, neste ano, já foram 10, com
possibilidade de chegar a 12 vendas. Tivemos visitantes
de todo Brasil e o Nordeste mostra-se muito importante agora, pois a área de lácteos está se desenvolvendo
agora na região”, afirmou Paulo Sérgio G. Nascimento,
diretor da Hiper Centrifugation.
A empresa apresentou centrífugas industriais para
os segmentos de leite, sucos, cervejas, óleos vegetais,
biodiesel e indústria química. Neste ano, a companhia
está importando máquinas da China e a Unit Separator,
sua sócia norte-americana, é responsável pela montagem e inspeção dos equipamentos para a Hiper Centrifugation comercializar na América do Sul.
Os expositores de “primeira viagem” também
comemoram a decisão de aportarem na feira de Juiz
de Fora. Em sua primeira participação na Expomaq, a
Serac apresentou seu último lançamento, o equipamento para envase de potes de alimentos e bebidas,
que tem como ponto alto a precisão no processo em
embalagens de polipropileno. “Viemos para esta feira
por recomendação de expositores antigos e comprovamos que é o principal evento para o setor de lácteos no
Brasil. Os resultados em visitação e interesse de profissionais responsáveis por decisão nas empresas foram
acima de nossas expectativas e, certamente, estaremos presentes na feira, em 2012”, enfatizou Rony Arlt,
diretor comercial da empresa.
A evolução do evento foi apontada pelos expositores. “Além da presença de nossos clientes e grande
número de visitantes, percebemos o amadurecimento
do evento de forma geral, que apresentou bases mais
firmes e melhor redesenhada a cada ano que passa, além de mais envolvimento e comprometimento
do organizadores”, ressaltam Helio Alvarenga Filho,
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diretor da Jandaplast, e Rafael Cassoli Alvarenga,
consultor técnico e Aloysio de Castro Franco, da área
de vendas. Durante a feira, a empresa destacou suas
inovações para formas para queijos, entre elas para
o tipo parmesão de 5 e 7 kg; formas microperfuradas
com dimensões menores, em atenção a um mercado
que busca mais opções e diversidade de produtos;
maior variedade de modelos e medidas aos tubos para
ricota e formas para gorgonzola e gruyère 12/13 kg,
com versatilidade também para a formagem de queijos
emmental e dinamarquês.
Outras empresas retornam ao evento, com a Interozone. “Ficamos fora da Expomaq por algum tempo,
mas como, nos últimos dois anos, fomos muito procurados por profissionais e empresas do setor de lácteos,
voltamos para mostrar que estamos ativos no mercado”, destaca Nivaldo Benassi, gerente geral da empresa
que fabrica aparelhos com ozônio para eliminação
de mofo na área de produção de queijos. Por não ser
tóxico e não deixar resíduos, o ozônio é eficiente para
eliminar bactérias e fungos, que deixam, inclusive,
odor desagradável nos ambientes onde são produzidos
ou armazenados. A Interozone anunciou na feira sua
parceria com a WAP, que incorporou a tecnologia do
ozônio em suas máquinas, que lavam e desinfetam,
sem utilização de outros produtos químicos. A parceria
permitiu a construção de um processo de higienização
com baixo custo e sustentável do ponto de vista do
meio ambiente.
Aqueles que retornam, acabam permanecendo.
A GEA Westfalia Separator do Brasil havia dado uma
pausa em sua participação na Expomaq, no início dos
anos 90. “Retornamos em 1998 e, deste então, somos
testemunhas da expansão da feira e do setor de lácteos.
Fazemos parte desse processo e temos orgulho de ter
ajudado, seguindo rigorosamente os critérios da sustentabilidade, a construir esse desenvolvimento com
nossos equipamentos, tecnologia e princípios”, ressalta
Iloi Wasen, gerente de vendas da GEA Westfalia Separator do Brasil.
“Estamos com projeto para reestruturar nossas atividades no mercado, colocando foco nas vantagens técnicas dos equipamentos e aos processos para a indústria de laticínios”, afirma Wasen. Os equipamentos da
empresa priorizam aproveitamento de matéria-prima,
reduzem os custos de operação, melhoram a qualidade dos produtos e possibilitam novas alternativas de
negócios. A centrífuga EcoPlus, por exemplo, é uma das
soluções da empresa que possui esses atributos. São
centrífugas compactas com dispositivos de alta performance, como acionamento por variador de frequência e
o sistema Pro + para uma vazão de 3 mil a 15 mil litros.
O Pro+ está também nas desnatadeiras e bactufadoras/degerminadoras de 15 mil a 70 mil litros por hora,
desde 2003. O Pro+ é um dos desenvolvimentos mais
importantes da última década, já que contribui, através das mais de 750 centrífugas instaladas, desde 2003,
com este dispositivo, em uma redução nos processos de
clarificação, higienização e bactofugação de mais de 75
milhões de litros de leite/ano.
“Com o crescimento que observamos na produção de
leite no Brasil, os subprodutos, como soro e creme excedente, além dos queijos frescos, como o Quark, o iogurte
grego, com todas suas variações ganham cada vez mais
importância, Oferecemos soluções agregadoras de valor
e de atrativo retorno de inversão”, ressalta Wasen.
A organização do evento também foi reconhecida e
Joel Bertol, da Ricefer, que destaca: “entre as feiras frequentadas por nossa empresa, a Expomaq é exemplo de
organização e seriedade. A cada ano que passa mantém
os mesmos padrões de qualidade em todos os aspectos
do evento. É oportunidade ímpar de estar em contato
com as pessoas ligadas diretamente às empresas e que
tem poder de decisão”. Nesta edição o Grupo Ricefer
manteve foco nos reservatórios de estocagem e de
processos, plantas de concentração e secagem de leite
e soro. Com as exigências cada vez maiores dos órgãos
ambientais em relação ao destino do soro produzido, as
plantas de concentração e secagem vêm ao encontro do
setor como forma de gerar renda extra de uma matéria
que é negativa do ponto de vista ambiental e que gera
custos elevados para os laticínios no seu destino.
“Participamos da Expomaq há mais de 10 anos, esta
foi a melhor feira e contou com um público bem definido. A participação em feira é uma das melhores formas
de comunicação com nossos clientes atuais e potenciais. Eles têm possibilidade de analisar a qualidade
Expomaq
de nossos equipamentos e de receber informações
complementares”, informa Fernando Gomes, diretor da
Delgo. Neste ano, a empresa metalúrgica apresentou
seu novo equipamento, o Delgo 2000-2 para envase
em copo plástico de requeijão, manteiga, doce de leite,
creme e coalhada, em copos plásticos. Os diferenciais
do lançamento são: seu projeto simples, construção
robusta, detalhes de acabamento no padrão exclusivo
Delgo, precisão de dosagem e facilidade de operação e
manutenção.
A Multivac levou para a mostra um modelo para
atender a demanda por termoformadoras compactas,
de baixo custo e com baixo consumo de energia, que
pode ser utilizada para produtos fatiados. Trata-se da
termoformadora R095, que tem produtividade de 7 a
14 embalagens por minuto, dependendo da configuração. O equipamento pode ser utilizado para produtos
fatiados.
“Recebemos pessoas certas e como na feira temos
preços promocionais, o evento foi muito bom para nós
e já foi possível concretizar vários negócios”, informou
Fátima Monteiro, gerente de vendas da Trevi. A empresa levou para a mostra seu filtro rotativo para soro de
leite, que tem como diferencial a separação do líquido
do sólido com mais eficiência e aproveitamento maior
do soro do leite. Apresentou também a Máquina de
Bolinhas de Mussarela, que executa a forma redonda no
tamanho que o cliente necessita.
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O contato direto foi valorizado por Regiane Petrim,
da Artvac, que enfatizou: “como todos os anos, as expectativas em relação ao público visitante foram atendidas e o retorno após o evento foi muito satisfatório.
Participamos há vários anos da feira e a cada edição,
o resultado tem sido mais gratificante. Acreditamos
no contato direto com nossos clientes e em parcerias
sólidas, por essa razão, o resultado é tão proveitoso. O
lançamento levado pela empresa para a mostra foi o
material laminado com estrututa diferenciada para o
setor frigorífico. O produto é composto de sete barreiras de proteção e alto brilho, proporcionando até duas
vezes mais durabilidade e maior destaque em ponto de
venda. A Artvac destacou ainda os rótulos termoencolhíveis (sleeves), com alta definição flexográfica e que
permite design 360o, um sistema inovador para atrair
consumidores.
Entre outros desenvolvimentos em equipamentos
das empresas nacionais foi possível conhecer a mais
recente inovação da Sheron Beak, que levou a Hiper
Láctea, máquina totalmente automática para envase de requeijão culinário com embalagem de bico
dosador, que data, sela, enche e separa as bisnagas.
Se comparado com os métodos tradicionais, o equipamento é dez vezes mais rápido na produção. Além
de maior segurança para o operador e mais higiene,
a nova máquina permite reduzir custos na produção
com matéria-prima da embalagem e com mão de obra.
Paulino da Silva, diretor da empresa, explica que: “Não
existia uma máquina para embalar de forma 100%
automática o requeijão culinário com bico e nossa empresa faz muita pesquisa para verificar o que o mercado precisa, por isso, investimos nesse desenvolvimento
que também contribui para não desperdiçar o produto
embalado, seja requeijão, doce de leite, creme de leite,
entre outras opções”.
A WGM apresentou sua nova parceria com a Eurodia,
lançando equipamentos para desmineralização de soro
de queijos para obtenção de produto com maior valor
agregado com muitas possibilidades de aplicações como
ingrediente. Paulo Perez, assistente técnico da empresa,
ressalta que: “a edição deste ano da feira teve como particularidade maior participação de diretores e gerentes
de laticínios, que foram atrás de soluções pontuais para
suas indústrias”.
A Injesul levou para a Expomaq formas para queijo
montanhês e gruyere, uma solicitação de clientes da
empresa e também queijeira de Minas Frescal em novo
processo e agilidade na entrega. Foi apresentado também o Tanque de Resfriamento revestido de polietileno
e com aço inoxidável na parte interna. “Esse equipamento inovador da Injesul já é bem aceito pelo mercado. Atualmente, fabricamos para 100 a 500 litros, mas
para 2012, teremos para 2000 litros e já temos pedidos
para as novas dimensões“, informa Lucia Noronha da
Cruz, diretora de RH da empresa.
Expomaq
“Esta feira é essencial para nós.
Aqui encontramos os principais
profissionais do setor lácteo e, há
três anos, saem negócios durante a
feira. Percebemos dois movimentos
em curso, o aumento da capacidade
de produção do setor e renovação.
A Expomaq é um ótimo fórum
para falar em inovação e mostrar
nossa tecnologia em segurança
alimentar”, afirma Pedro Gonçalves,
gerente de produtos – plataforma da
Tetra Pak.
Entre as novidades apresentadas pela empresa no evento estão
as embalagens cartonadas Tetra
Prisma Aseptic 330 com tampa
DreamCap; Tetra Brik Aseptic 1000
Edge, Tetra Brik Aseptic 200 Edge
nas versões com canudo e com
tampa HeliCap. A empresa expôs
também a primeira garrafa cartonada asséptica, a Tetra Evero
Aspetic, recém lançada mundialmente. No stand da empresa, os
visitantes puderam conferir conceito de tecnologias do futuro em
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vídeo apresentado em3D, além de
conhecerem com mais detalhes a
tecnologia de Rastreabilidade Ativa,
desenvolvida pela Tetra Pak.
A Tech Tex aproveitou para
levar uma série de novidades para
a Expomaq, entre elas, a notícia de
diversas parcerias com empresas
do setor, como ITR, Hanna e Akso,
além de convênio com a UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora),
que têm como objetivo desenvolvimento de tecnologia e inovação
para o setor.
Entre os lançamentos, a empresa
destacou o Cloro Super, que por ser
em pó e substituir o cloro líquido,
necessita menos tempo de estocagem, menor custo em transporte e
menos desperdício, rendendo com 7
gramas, 20 litros de cloro a 200 ppm,
oferecendo a possibilidade de dosar
a concentração de acordo a necessidade. Outra novidade foi a Bomba
Dosadora BL20, que traz agilidade
e precisão na dosagem de produtos
químicos, aliando o aumento da
eficácia com o máximo de praticidade. Foi apresentada ainda a primeira
versão do Banho Maria Tex Tech,
desenvolvido e fabricado pela empresa, que terá controle digital com
alta precisão, otimizando o controle
de temperatura do banho.
Aconteceu também durante
o evento, o lançamento oficial do
Milk Tech, equipamento de última
geração para o controle de fraudes no leite por adição de água e
reconstituintes. Portátil e simples o
Milk Tech pretende revolucionar o
mercado.
Para João Karlos Talarico, do SAC
soluções da empresa, “a Expomaq
foi um marco para a Tex Tech,
pois representou o início de uma
nova era da empresa, que pretende revolucionar o mercado com
o desenvolvimento de inovações
tecnológicas que devem gerar uma
série de equipamentos, processos
e soluções voltadas para o setor de
leite e derivados. A empresa vem
buscando parcerias que tendem a
colaborar no desenvolvimento de
novos produtos. Durante o evento,
nosso stand teve muita atenção de
visitantes importantes por conta
do Milk Tech, fruto de uma parceria com a UFJF.”
Foi possível notar a preocupação de empresas de todos os
segmentos em desenvolver seus
equipamentos e demais produtos
que de alguma forma, promovam
sustentabilidade. Uma delas atua
diretamente nessa área, a Hidrozon, que apresentou na feira seu
novo sistema de Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), equipamentos para laticínios, como
secadores, processo de maturação
e tanques para salmoura.
“Temos preocupação em
melhoria contínua da tecnologia
aplicada em tratamento de efluentes, reduzindo a carga poluidora
gerada, minimizando o impacto
ambiental. Nossos contatos, durante a feira, foram um sucesso,
tivemos muitos novos interessados em nossos produtos”, explica
Poliana Gomes, assistente comercial da empresa.
Laboratórios e serviços
Foi grande a presença de
empresas da área de laboratórios
e as principais mostraram seus
produtos na Expomaq. A Neogen,
que instalou sua filial no Brasil,
em 2011, esteve na feira apresentar seus novos produtos ao público
e, segundo Josué Furtado Filho,
gerente geral da empresa, o retorno foi muito bom, ao estabelecer
contato com vários clientes e saiu
com oportunidades de novos negócios, que devem ser efetivados no
pós-feira. A Neogen divulgou no
evento seus kits para detecção de
antibiótico no leite, o Beta Star
e o Sistema Soleris para teste de
esterilidade de leite UHT, utilizado
para análises rápidas na liberação
do produto.
“A Expomaq é um cartão de
visitas para o ano todo para nossa
empresa. Por isso, viemos de
Londrina (PR) para marcar nossa
presença no evento. Já fizemos
contatos que devem se transformar em novos negócios fechados
até o final da feira”, informa Leonel C. Campana, diretor de tecnologia da Entelbra. A empresa levou
para mostra seus analisadores de
leite ultrasônicos, o Lactoscan SLP,
equipamento portátil e compacto para uso em laboratório e em
campo, que possibilita resultados
em 60 segundos e o Lactoscan
MCC e seu produto carro-chefe, o
Minilak, crioscópio eletrônico que
detecta adulteração pela adição de
água no leite.
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Expomaq
Com novidade veio também a
Hexis na feira, trazendo seu Epic,
equipamento que reduz a quarentena para produtos UHT. Os equipamentos similares, normalmente,
retêm os produtos por sete dias para
análise de qualidade e com o Epic,
o resultado é obtido em 36 horas.
“A otimização do tempo evita que
o produto fique parado por período
mais longo, contribuindo com o giro
do dinheiro na produção, além de
garantir a segurança alimentar dos
produtos”, enfatiza Vinicius Pereira
Bártoli, coordenador de vendas da
empresa.
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Além de apresentar seus
produtos na Expomaq, a Cap-Lab
lançou a cartilha “Boas Práticas de
Laboratório” dirigida aos profissionais que atuam em laboratórios de
controle de qualidade de leite e derivados. A cartilha tem o objetivo
ser um guia prático e básico que
orienta procedimentos nas rotinas
de trabalho em laboratórios, abordando normas de segurança, cuidados com esterilização de vidrarias, materiais e meios de cultura
para utilização em laboratórios de
microbiologia, aferição e correção
de soluções alcoólicas, acidentes
mais comuns, primeiros socorros e
reorganização da área de trabalho,
entre outras informações uteis
para aqueles que atuam na área.
“Esta é uma feira muito importante para todos que atendem o
setor e após o evento, geralmente,
temos ótimos resultados”, afirma
Iran Gustavo Mattos, consultor de
negócios da empresa.
Soluções para higienização
nas indústrias também puderam
ser conhecidas pelos visitantes. A
Diversey destacou seu sistema de
limpeza de membranas, que otimiza o processo de limpeza e desinfecção, proporcionando segurança
nas operações. Seu diferencial está
na limpeza em etapa única para
pasteurizadores e evaporadores. A
tecnologia dos produtos é sustentável, minimizando o impacto
ambiental, permite economia de
água e energia, além de reduzir o
consumo de químicos. Egle Sales
Duarte Souza, da Diversey, explica: “hoje, temos a possibilidade de
mostrar na Expomaq mais que um
produto químico, mas um sistema
de soluções de higiene e limpeza e
sustentabilidade. Como os laticínios estão se profissionalizando,
temos como contribuir com a eficiência e alta tecnologia de nossos
sistemas”.
A Ecolab foi à Expomaq para levar seu lançamento, um programa
abrangente e soluções integradas
para a indústria de laticínios, desde
a captação até a própria indústria.
“A partir da ordenha e coleta até o
produto acabado, temos soluções
e equipamentos para higienização
e segurança alimentar de alimentos. Como a Expomaq é a maior
feira para o setor e temos produtos
e equipamentos para atender o
mercado nacional, marcamos pela
segunda vez a presença de nossa
empresa no evento. Na primeira
vez, viemos com stand mais modesto e, nesta edição, aumentamos
nosso espaço e valeu o investimento, pois foi um evento surpreendentemente muito bom. No Instituto
Cândido Tostes, tivemos contato
com profissionais da área acadêmica, que buscam informações e
pudemos mostrar a tecnologia de
nossos produtos”, explica Luciano
Godoy, analista de marketing da
empresa.
Esta feira foi diferente de anos
anteriores, quando havia muitas
pessoas não relacionadas ao setor
e classificamos como boa nossa
participação”.
A BKG teve oportunidade de
boas reuniões com clientes atuais
e com novos interessados em
distribuição de seus produtos.
Natalia sugere: “seria necessário
haver um espaço pequeno no Expominas para algumas palestras
técnicas, alinhadas com os interesses do público daquele espaço
e naquele momento. As palestras
no ILCT têm cunho científico e
seria interessante promover outras palestras no mesmo local de
exposição”.
Ingredientes e soluções
Com o mercado de consumo
aberto a novos produtos, o suporte das indústrias de ingredientes
é essencial, que estão atentas às
tendências das várias vertentes
do mercado de lácteos e levaram
para a Expomaq soluções aprimoradas para produtos já existentes
e também para a criação de novas
categorias.
Os expositores do segmento
constataram as expectativas dos
visitantes e Natalia Amâncio, do
marketing da BKG, apontou: “Observamos a presença de empresários e profissionais do setor de
lácteos interessados e mais alinhados com um mercado globalizado.
Expomaq
“Há cinco anos, participamos
da Expomaq porque representa
um mercado muito importante
para nossa empresa e queremos
crescer nesse segmento. Temos
um portfólio focado na indústria
de lácteos e oferecemos soluções customizadas para nossos
clientes”, afirma Débora Sesti,
do marketing da área de cacau e
chocolate da Cargill.
Três produtos novos foram
apresentados na feira pela Cargill.
Seguindo as tendências de minimizar a quantidade de sódio, a
empresa mostrou seu achocolatado em pó de cacau com baixo teor
de sódio. Outra novidade apresentada foi o Bianco Mix, que permite
várias aplicações em sobremesas
lácteas. Trata-se de um sistema
elaborado com manteiga de cacau
que preserva o verdadeiro sabor do
chocolate branco para bebidas lácteas UHT, sobremesas refrigeradas,
milk shakes, coberturas, recheios
de bolos e doces. Para a categoria
de bebidas lácteas fermentadas, a
Cargill mostrou seu preparado de
damasco e cereais, agregando ao
produto os benefícios das fibras
dos cereais.
Protótipos de produtos onde
foram aplicados estabilizantes da
nova linha para lácteos da Vogler
Ingredients foram apresentados
no stand da empresa durante a
Expomaq. Os visitantes puderam
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conhecer as aplicações do Innostab
Belfliq e Innostab Belfmix para uso
em leites fermentados líquidos e
colheráveis, respectivamente, que
previnem a separação de soro,
além de proporcionar mais viscosidade no produto aplicado. Também
foram apresentados o Innostab
Achoc e Innostab Achocpremium,
estabilizantes para bebidas lácteas achocolatadas submetidas ao
processo UHT, que conferem corpo,
palatabilidade, além de manter o
cacau em suspensão na bebida.
Para queijos petit suisse, a empresa
trouxe Innostab Petitmix, um mix
de proteína e hidrocolóides que auxilia a indústria no processamento
desse tipo de produto. Já o Innostab
Dairycream 20 é um blend estabilizante para creme de leite UHT,
que confere bom corpo, textura
lisa e cremosa, além do controle de
gelificação e separação de soro do
produto.
“A cada ano cresce o número de
participantes do evento e também
o número de negócios e oportunidades identificados durante a feira.
As empresas estão cada vez mais
fortes, alinhadas com o desejo do
consumidor final e das indústrias
de laticínios, conseguindo assim
oferecer a seus clientes boas vantagens e alternativas. Além disso,
pode-se observar que anualmente
cresce a utilização e aplicação de
conhecimento técnico especializado
tanto na área de produção, pesquisa, administrativo e vendas, ou
controle de qualidade das indústrias
e empresas do segmento de lácteos.
O mercado lácteo brasileiro mostra
sua força durante a feira e existe
espaço para fornecedores cada
vez mais qualificados, ágeis e fiéis
como a Vogler” aponta Bernardo H.
Hollanda, técnico em laticínios da
empresa.
A reunião de laticinistas na feira
tem efeito positivo para as indústrias de ingredientes, que podem
passar novos conceitos, conforme
explica Lucio Alberto Forti Antunes, gerente da divisão de laticínios da Chr-Hansen: “A Expomaq é
uma feira de relacionamento e de
abertura de negócios. Aqui passamos também novos conceitos para
o público do setor. Além de parceiros, aqui somos consultores de
negócios, que são feitos com muita
transparência. Com o aquecimento
da economia, os últimos dois anos
foram muito bons para nós, fornecedores de soluções da indústria.
Nos últimos quatro anos, o setor de
laticínios teve um bom desempenho e um dos fatores que contribuiu para isso foi a ascensão das
classes C e D”.
A Chr-Hansen levou suas últimas
novidades tecnológicas lançadas
mundialmente, como o CHY-Max-M, um revolucionário coagulante,
que não causa sabor amargo e nem
proteose excessiva. Foram apresentadas também ao público da feira,
as culturas FD-RSF, especialmente
desenvolvidas para queijo da linha
Prato, que garantem maior intensidade de sabor e aroma ao mesmo
tempo, além de proporcionar maior
proteção contra ataques fágicos por
apresentarem grande resistência
aos bacteriófagos e excelente rotatividade fágica.
A Globalfood levou para a
feira uma equipe com 22 profissionais da área técnica e cerca de
50 produtos elaborados em sua
planta-piloto para degustação. “Ao
possibilitar a experimentação na
aplicação de nossas soluções em
produtos finais, a participação da
empresa torna-se mais eficiente”,
esclarece André Baggio, diretor
comercial da empresa.
A Globalfood divulgou dois de
seus novos produtos, o Uezema
para conchagem de chocolate
nas indústrias e o Exandal, goma
tara. A empresa levou também
outros de seus ingredientes para
o segmento de laticínios, como
os aromas de sua representada
Butterbuds, obtidos a partir de
manteiga, creme de leite e queijos, que proporcionam mais sabor
e textura nos produtos. “Estamos
também fortalecendo a participação da DSM, que representamos
no Brasil, no mercado de coagulantes, culturas lácteas, enzimas,
coberturas, plásticos para queijo,
preservantes, entre outros insumos para laticínios”, ressalta
também Baggio, que considera a
Expomaq “a” feira para o setor de
lácteos.
Expomaq
A Vivare aproveitou o evento
com público especializado para o
lançamento do Coaktiv, desenvolvido e patenteado pela Mofin Alce
Itália, com o objetivo de recuperar
e preservar o leite que passou a
sofrer alterações na sua composição depois da granelização. As
enzimas produzidas por grupos de
psicrotróficos são capazes de alterar
significativamente o leite, mudando
as características de sabor e flavour desenvolvido. A coagulação de
um leite granelizado é muito mais
frágil, pois parte dessas enzimas
atacam exatamente a k-caseína e
outras frações proteicas, além de
agirem sob alguns sais minerais
como o cálcio e fosfatos inorgânicos,
reduzindo o tamanho da micela e
afetando diretamente o rendimento
e aspecto dessa coalhada. O Coaktiv
foi testado em laboratórios renomados e parte desse estudo está
registrado em um livro sobre coagulação do leite, publicado pela Mofin
Alce. “O Coaktiv é um novo conceito
que não existe no mercado e já é
utilizado por empresas italianas.
Nossos principais parceiros já estão
fazendo experiência e adaptando às
necessidades do mercado brasileiros”, ressalta Leonardo Santos, do
departamento técnico da Vivare.
Outra novidade apresentada pela
Vivare foi a Lipase em pó, que possui especificidade de atuação. Essa
lipase é de origem italiana e chega
76
ao mercado para complementar a
linha de produtos grana produzida
pela Mofin Alce. A empresa importa ainda o Coalho de Vitelo em pó
Terreno Culturale – Sigilo Oro e os
fermentos Diretos e Semi Diretos específicos da linha de queijos duros.
Com foco em queijo, a Danisco levou para seu stand os novos
produtos para queijo da empresa:
Choozit™ Raid, a nova geração de
culturas liofilizadas para queijos semi-duros concebida para os queijos
da linha Prato, com a finalidade de
melhorar o sabor e reduzir os custos
de produção. A nova linha representa um marco no desenvolvimento
de culturas para queijos, oferecendo
uma via rápida, conveniente e econômica para a produção de Prato,
de primeira qualidade; Choozit™
MTD: nova geração de culturas
liofilizadas para queijos semi-duros,
conceito de cultura que é a resposta
às restrições técnicas enfrentadas
pela indústria de queijo maturado, a
necessidade de uma fase de latência
mais curta, uma acidificação rápida
e confiável, e a capacidade de controle da pós-acidificação, além do
Choozit™ Eyes, a cultura propiônica
ideal para o desenvolvimento de
olhaduras no queijo.
Sobre a participação da Kraki na
Expomaq, Mariana Fortuna Avino,
coordenadora da divisão de laticínios da empresa, enfatizou que
considera a maior feira do setor e
importante como ponto de encontro
com parceiros de todos os pontos
do Brasil, complementando: “em
outros segmentos da indústria de
alimentos a empresa já é bastante conhecida, mas como a Kraki é
relativamente nova no mercado de
laticínios, a Expomaq representa
uma oportunidade para o público
visitante conhecer e testar nossos
produtos”.
No evento, a Kraki apresentou
sua linha de estabilizantes, edulcorantes, corantes naturais e Z Trim.
deste ano que o público está mais
animado do que no ano passado
e a pressão maior dos visitantes é
por inovação”, afirma Átila Corral,
gerente técnico da empresa.
A ISP-Germinal destacou dois
produtos na feira, o Iogurte Grego,
uma inovação na categoria, e sua
linha de soluções para Redução do
Teor de Sódio em produtos lácteos,
que não comprometem o sabor do
produto final. São duas linhas: Dairy
Cream, sais fundentes com teor de
sódio reduzido para aplicações em
requeijões, queijos processados e
dips e o Lo-Sódio, substituto parcial
de cloreto de sódio, que além das
aplicações possibilitadas pelo Dairy
Cream, pode ser utilizado também
em queijos frescos, como cream
cheese, creme de ricota e queijo
frescal. São inovações que permitem
às indústrias atenderem antes do
prazo às exigências da ANVISA para
2012 na questão da redução do teor
de sódio nos alimentos.
Mariana informou que: “sempre ampliamos as linhas de ingredientes e
trabalhamos com produtos específicos para cada cliente. O Z Trim, por
exemplo, aplicamos de acordo com
as necessidades do cliente”.
A Doce Aroma mostrou na
Expomaq sua linha de especialidades para o segmento lácteo, entre
as soluções apresentadas está o
Milk 10, desenvolvido à base de
estabilizante e espessantes para
bebidas lácteas e iogurte e o Milk
10 Hidrocol, na versão sem amido.
Outras soluções que a Doce Aroma
levou foram: o Parmix, aglutinante
para queijo ralado, que contribui
para os grãos ficarem separados; o
Ultramix, desenvolvido para estabilizar a proteína do leite, evitando
o encrustamento nas paredes do
equipamento, trabalha no produto
sem alterar o sabor; Docelac, à base
de espessantes e estabilizantes para
doce leite e Docelac H20, para doce
de leite forneável e o Megamelt, sal
fundente estabilizante para queijo
ralado e requeijão.
“A presença na Expomaq representa um investimento que a Germinal já fazia e, após a aquisição,
a ISP continua porque é o melhor
evento para o setor lácteo, um
segmento muito forte do trabalho
da Germinal. Percebemos na edição
77
Expomaq
A Gemacom Tech apresentou no
evento linha completa de produtos para flexibilizar a utilização
das plantas de processos UHT,
permitindo ampliação do portfólio dos clientes sem a necessidade
de investimentos em instalações
e equipamentos. Trouxe ainda
linha de ingredientes lácteos, que
agrega macroingredientes lácteos
aos produtos finais das indústrias.
A empresa mostrou também sua
linha de ingredientes orgânicos com
soluções completas para a produção
de derivados de leite orgânicos e, no
segmento, é a primeira empresa a
obter certificação de orgânicos, possibilitando ao fabricantes a facilidade dos preparados de frutas nessa
categoria de produto.
“A Gemacom Tech está presente
na Expomaq desde sua primeira
edição e, nesta feira, foi responsável
pelo curso “Tecnologia de fabricação
de doce de leite e leite condensado”.
Durante a feira, lançou também o
livro Doce de Leite – Aspectos tecnológicos, dos autores Ítalo Perrone
(Epamig), Braz Neves e Me. Rodrigo
Stephani, ambos do departamento
técnico da Gemacom Tech.
“O evento tem sempre um sabor
especial para a empresa, pois nossa
matriz está localizada em Juiz de
Fora, a 65 km do Expominas, dando
a oportunidade aos clientes de visitarem nossas modernas instalações,
reforçando ainda mais a confiança em nossas parcerias”, enfatiza
Flavio Marques Oliveira, da área
técnica da Gemacom Tech.
78
Perlate, que tem como diferencial a mistura de coalho com
coagulante, foi o destaque da Bela
Vista na mostra. A solução da
empresa traz a facilidade proporcionada pelo coagulante e o sabor e
aroma do coalho. Alesandro Senedoni, diretor da Bela Vista, informou que: “foram muitos negócios e
novos contatos. O SEBRAE o SENAI
estão incentivando a vinda de
empresas de outros estados, como
Mato Grosso e do Nordeste, e isso é
importante para todos os exposito-
res que podem conhecer melhor os
produtores desses estados”.
“O público que visitou o stand
da quantiQ ficou muito interessado em nosso produto para redução
de gordura. Especialmente, muitos
fabricantes de doce de leite buscavam uma solução para diminuir
o teor de gordura. Viemos para
a feira mostrar nossas soluções
e conhecer melhor o segmento, justamente para saber o que
nossos clientes estão procurando”,
explica Paula Di Corse, gerente
de negócios da empresa. Durante
a feira, a empresa apresentou o
Simplesse, elaborado a partir de
micropartículas do soro de leite
concentradas, é um ingrediente
natural que pode ser usado para
realçar a cremosidade e outras
características de produtos lácteos. Seu uso promove uma grande
gama de funcionalidades, mesmo
quando submetido a condições
extremas como pH e aquecimento.
O novo produto já é utilizado em
sorvetes.
Grandes novidades vieram pela
Corn Products, que comunicou na
Expomaq a inauguração de sua
nova fábrica de edulcorante em
Balsa Nova (PR), implantada em
área de 4 mil m2, que permitiu o
lançamento do Enliten, adoçante
totalmente natural. A empresa
já possuía uma unidade fabril na
cidade paranaense e instalou no
local, a nova fábrica que produzirá
o edulcorante com utilização de
stevia como matéria-prima.
A empresa trouxe do Japão,
mudas de uma variedade de stevia,
que tem como característica não
possuir amargor no after taste,
comum em outros adoçantes a
base desse tipo de planta. Além
do diferencial da matéria prima, a
empresa desenvolveu nova tecnologia na fabricação que preserva
apenas a fração doce na extração
dos componentes da folha da
stevia.
Na nova unidade em Balsa
Nova, há o controle integrado
da cadeia produtiva, que vai do
plantio, extração, processamento e comercialização do Enliten.
O poder edulcorante do novo
produto é 300 vezes maior com-
parado ao açúcar. O edulcorante
é altamente solúvel e estável,
mesmo em condições extremas
de processamento, permitindo
desenvolvimento de soluções
para otimizar o sabor em diferentes categorias de alimentos
e bebidas. Enliten é resistente
a tratamentos térmicos, como
pasteurização, UHT, cozimento e
forneamento, inclusive em sistemas com baixo pH.
Emerson S. Dias, do setor de
vendas técnicas da Corn Products, afirma que “a participação na Expomaq foi produtiva e
atraiu clientes para conhecer o
Enliten, que segue a tendência de
oferecer produtos mais saudáveis
ao mercado. No stand, os visitantes puderam degustar algumas
aplicações bem resolvidas do
produto em sorvetes, iogurtes e
geleias e a reação foi muito positiva”.
Expomaq
Um sistema de identificação de
queijos para rastreabilidade dos produtos veio para a feira pela Granolab.
Etiquetas produzidas com caseinato,
já utilizadas na Europa, são colocadas na massa do queijo e colam no
produto. O sistema é utilizado, principalmente, por empresas que querem
80
evitar cópia de seus queijos. “As
etiquetas foram aprovadas pela ANVISA e Mapa e durante a Expomaq,
profissionais de muitas empresas
demonstraram interesse em testar
em seus produtos”, afirma Morgens
Mark Christensen, gerente comercial
da divisão de lácteos da empresa.
“Participamos há muitos anos
da Expomaq porque lácteos representam parcela importante para
nossos negócios. Além de encontrar
nossos clientes, tivemos oportunidade de fazer quantidade muito
significativa de novos contatos neste
ano”, aponta Clever Luiz Salvador,
diretor da Matrix. A empresa destacou na feira suas linhas de corantes,
amidos, aromas, gelatinas, entre
mais de 300 produtos de empresas
como Givaudan, Gelita, Liotécnica,
Fuchs, DPWillianson e JBS.
No stand da Expomaq estavam
reunidas Macalé, Kraki e Borsato.
“O evento é muito importante para
nós porque está localizado em
nossa área de atuação. É o momento de estar em contato com
nossos clientes e agendar testes
nas empresas. Já no primeiro dia
de feira, os resultados foram muito
bons, começou melhor que na edição de 2010. Fizemos mais contatos que no ano passado e surgiram
mais oportunidades de negócios”,
comemora Daniel Bomtempo
Martins, técnico em laticínios da
Macalé.
A Hexus esteve presente no
evento para estar próxima aos seus
clientes e mostrar suas Soluções
Saudáveis Integradas, como substitutos parciais ou totais de gordura;
substitutos parciais ou totais de
açúcar; fortificação com macro
e micronutrientes, probióticos e
prebióticos; além de suas linhas
para sorvetes. “Esta edição foi mais
organizada que a de 2010 e teve
movimento maior de pessoas. Foi
importante ao gerar novos negócios, também para abertura de projetos e para a visibilidade da marca
Hexus”, explica Marcelo Fernandes,
supervisor de vendas da empresa.
A GTA – Gestão e Tecnologia de
Alimentos, empresa especializada
em serviços de consultoria, laboratório e treinamento para a indústria de alimentos, participou pela
primeira vez da Expomaq e Cândida
Bosich, engenheira de alimentos da
GTA, considerou importante estar
no evento para encontrar seus clientes e divulgar sua marca.
Com expositores de todos os segmentos que atendem o setor de lácteos, a Expomaq 2011 proporcionou
no momento certo a oportunidade
para os visitantes conhecerem o que
há de mais moderno em tecnologia
para o setor poder crescer em qualidade, aumentando produtividade
e lucro.
81
Expomaq
Galeria de fotos
Cerca de 14 mil pessoas circularam nos corredores do Expominas para conferir as novidades que os
expositores levaram, em 2011, para Juiz de Fora. A seguir, a Revista Indústria de Laticínios apresenta
uma galeria de imagens da feira.
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Expomaq
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Expomaq
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Expomaq
Mucio Furtado, autor do livro “Queijos Duros”, editado
pela Setembro Editora, lançado durante a Expomaq
88
A estudante do Thiary Falci Rodrigues, do ILCT, foi
vencedora do primeiro Prêmio Talento Danisco.
Visitas para desenvolver produção
Buscando tecnologia e conhecimento para aprimorar a
produção em suas regiões, sindicatos e associações do setor
de leite levaram produtores para os eventos de Juiz de Fora.
Entidades representativas de
outros estados estiveram presentes
nos eventos para laticinistas. Algumas delas vieram de estados que
estão em expansão e desenvolvendo
o setor leiteiro em suas regiões. É o
caso do Sindicato das Indústrias de
Laticínios do Mato Grosso do Sul,
que levou a Juiz de Fora, uma caravana de 15 empresários, que contou
com o apoio do Sebrae e da Federação das Indústrias de Mato Grosso
do Sul para conhecer as novidades
apresentadas na Expomaq. Milene
de Oliveira Nantes, presidente do
sindicato e gerente comercial do
Laticínio Tradicional, ressaltou: “É
importante o empresário estar em
ambiente de contato com fornecedores, ouvir palestras e frequentar os
cursos do congresso, ou seja, conhecerem outra realidade”. Ela observa
que a participação desses eventos
contribui para mudanças positivas,
pois os empresários levam novas
tecnologias para suas indústrias.
No Mato Grosso do Sul, o sindicato vem trabalhando para o governo do estado perceber a importância do desenvolvimento do setor do
leite, onde, atuamente a produção
está estagnada, mas tem perspectivas muito boas de crescimento.
Alagoas em desenvolvimento
O Nordeste também começa a
se movimentar para desenvolver
seu mercado. Arthur Vasconcelos,
vice-presidente do Sileal (Sindicato das Indústrias de Laticínios
e Produtos Derivados do Estado
de Alagoas), explica que: “o sindicato trabalha em parceria com
o governo do estado e indústrias
para montar a cadeia do leite, a
CPLD (Cadeia Produtora de Leite e
Derivados). Trata-se de um fórum
que reúne varias instituições, como
bancos, IBAMA, secretaria do governo e produtores de leite para dar
suporte e fomentar o crescimento
do setor”.
As ações envolvem capacitação
profissional, melhoramento dos benefícios ao produtor, regulamentação de laticínios clandestinos, já que
muitos enfrentam dificuldades na
concorrência por não estarem formalizados e queremos regularizar
esse mercado. “Tentamos também
obter incentivos fiscais para apoiar e
estimular os produtores”, acrescenta Vasconcelos.
Viagem para os produtores
visitar a Expomaq e participarem
do congresso do ILCT também estão
entre as ações do CPLA.
Rio Grande do Sul
A Apil (Associação das Pequenas
Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul) levou 30 profissionais
para a Expomaq com o objetivo de
conhecerem as inovações do mercado de fornecedores para o setor de
leite. “Todos os que vieram consideraram a experiência excelente e
viram que a feira tem tudo o que
precisam para incrementar e ajudar a reduzir custos na produção.
Apoiar os pequenos produtores em
suas necessidades é fundamental
para o setor, pois são as empresas
desses profissionais que, proporcionalmente, geram maior número de
empregos no setor em nosso estado”, afirma Clovis Marcelo Roesler,
presidente da associação.
A fundação da Apil, em 2001,
aconteceu a partir de um grupo
de 12 produtores que atendiam o
Vale Leite, programa que distribuía
leite para pessoas carentes. Com a
oportunidade de trocar de ideias,
esses profissionais observaram que
tinham dificuldades semelhantes
e decidiram se unir para encontrar
soluções.
Hoje, a entidade conta com 40
associados, que representam 12%
da produção de leite do Rio Grande
do Sul. Os pequenos produtores
geram um emprego por 672 litros
de leite/dia, já os grandes empreendimentos recentes, geram um
emprego por 20 mil litros de leite/
dia, tornando as ações da Apil ainda mais valiosas.
“As grandes fusões de empresas
que ocorreram no Rio Grande do
Sul têm afetado os pequenos produtores, pois o governo deu grandes
benefícios fiscais para essas novas
companhias. O resultado foi perda
de arrecadação para o estado e
também de muitos empregos. Esse
processo foi muito prejudicial do
ponto de vista social”, enfatiza
Roesler.
89
Expomaq
Os melhores lácteos
O concurso promovido pelo ILCT elegeu os melhores queijos,
manteigas e doces de leite inscritos por laticínios de vários
pontos do Brasil. A premiação mostrou quem é bom em
tradição e na inovação de produtos.
começa no campo com assistência
continuada aos produtores. Em
seguida, são elaborados em nossa
planta por funcionários capacitados
e treinados no próprio local, sempre
sob a orientação técnica do “mago”
Walter Giarolla que, há mais de 20
anos, vem dando assistência para
nossa empresa e colhendo os frutos
das sementes plantadas nas décadas de 60/70, pelos dinamarqueses
Godofredo e Hans Norremose, que
homenageamos pelo legado deixado para nossa empresa e também
outras indústrias queijeiras do sul de
Minas”, destaca Leandro C. Ribeiro
Diniz, diretor administrativo da empresa, que já teve queijos premiados
em concursos anteriores do ILCT.
A premiação da 38ª edição do
Concurso Nacional de Produtos Lácteos, em clima de festa e coquetel,
encerrou os eventos de Juiz de Fora
para laticinistas. Neste ano, participaram 63 empresas dos estados de
Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Rondônia, Pernambuco, Paraná, São
Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato
Grosso, Bahia, Pará, Rio de Janeiro e
Minas Gerais. Foram 11 categorias e
foram premiados os três primeiros
lugares de cada uma delas. Para a
escolha dos vencedores, entre os
critérios seguidos por 30 juízes estavam sabor, odor, textura, apresentação e consistência.
Na categoria Manteiga, a vencedora foi a marca Produtos de Vaca,
da P&L Alimentos Agroindústria de
Laticínios, de Ibirapuã (BA); seguida
da Piracanjuba, de Bela Vista (GO) e
Laticínios Paiolzinho.
Participando pela primeira vez
da premiação, o Laticínios Paiolzinho, de Cruzília (MG), conquistou
o terceiro lugar na categoria Manteiga e também ocupou o segundo
lugar em Destaque Especial, ao
90
apresentar sua inovação, o Queijo
Goiaba. Com o objetivo de oferecer
uma alternativa de sobremesa, a
associação do queijo com a goiaba
no mesmo produto conquistou os
jurados do concurso. “A inovação
foi uma ideia inusitada, inclusive
em sua forma, que tem aparência
de goiaba. Foram cerca de nove
meses no desenvolvimento para
atingir o paladar e o formato final
que queríamos. Nossa manteiga
também se destacou por se tratar
do puro creme de leite, utilizando a
pasteurização, que permitiu padronizar o teor de gordura e atribuiu
ao produto melhor sabor”, afirma
Anderson Pereira Maciel, gerente
administrativo do laticínio.
Na categoria Provolone, venceu
a marca Lucca. O segundo lugar foi
para Queijo Cruzília e terceiro, para
Laticínios Heloisa, de Cambuí (MG).
A Lucca, da Indústria de Laticínios MSP, de Luminárias (MG) teve
ainda segundo lugar na categoria
Gouda. “Nossos produtos são diferenciados desde a captação do leite,
onde a qualidade da matéria-prima
Ao participar pela primeira vez
do concurso, o Laticínio Heloisa já
ocupou o terceiro lugar no podium.
“Nosso Provolone, entre os melhores
do concurso, é preparado com técnicas controladas por pessoal treinado em cada tipo de produto, observado em cada ponto de preparação
e vida de maturação, até a inspeção
final de liberação do produto para
expedição, tudo isso traz o diferencial em qualidade, sabor e textura.
A defumação natural minuciosa,
controlada, insumos de primeira
qualidade, passados por testes
laboratoriais e controles de qualidade interna também estão entre os
diferenciais do produto”, esclarece
Rabibe Elias Junior, gerente administrativo.
O tipo Reino teve como primeiro colocado, o Laticínios Tirolez,
de Carmo do Paranaíba (MG), em
segundo o Ponte Nova, de Santa Rita
de Ibitipoca (MG) e terceiro, a marca
Milano, de Antonio Carlos (MG), do
Laticínios Nosso.
Ao faturar os primeiros lugares
nas categorias Queijo Reino e Queijo
Minas Padrão, além de terceiro lugar com seus produtos Gorgonzola
e Requeijão, o Laticínios Tirolez comemora e Disney Criscione, gerente
de marketing da empresa, destaca:
“o Reino é tricampeão consecutivamente neste concurso. O produto
traz um sabor lácteo, picante, maltado, franco e com aroma diferenciado, intenso e extremamente
agradável, além do odor caracterís-
tico e marcante”. Já o Minas Padrão
possui sabor ligeiramente ácido e
lácteo, textura ligeiramente aberta
e consistência quebradiça, remetendo aos bons queijos de fazenda. O
Tirolez é o segundo no ranking de
vencedores 2000-2011 do concurso
de Juiz de Fora.
A qualidade dos produtos da
empresa é atribuída, segundo Criscione, ao controle de toda a cadeia
produtiva do leite, do fornecimento
da matéria-prima até o ponto de
venda.
Na categoria Requeijão, o vencedor foi o Laticínios Latco, de Cruzeiro do Oeste (PR), seguido pela Frimeza Cooperativa Central, de Marechal
Rondon (PR) e Laticínios Tirolez, de
Monte Aprazível (SP).
Além do primeiro lugar com
seu Requejão cremoso, o Laticínios
Latco foi Destaque Especial com
terceiro lugar, com o Requeijão
cremoso sabor chocolate com avelã
e ocupou o terceiro lugar na categoria Prato. O produto do Destaque
Especial é inovador, já o requeijão
cremoso está no mercado há 20
anos, comprovando sua qualidade e
o prato é produzido com sistema de
qualidade total e rigoroso controle
de maturação, conferindo ao produto final ótimas características e
sabor especial. A padronização nos
processos está entre os fatores que
atribui diferenciais aos produtos
da empresa”, explica Larissa Meira
Ruschel da Latco.
Na categoria Doce de Leite Cremoso, venceu o Laticínios Funarbe,
da Fundação Arthur Bernardes, de
Viçosa (MG). O segundo lugar foi
para o Laticínios Vimilk, de Perdões
(MG) e o terceiro para Boa Nata, de
Pouso Alto (MG).
O Vimilk já foi premiado várias
vezes nas duas categorias. Sucessivamente, nosso Doce de Leite
é premiado e entre as características que o diferenciam, além da
qualidade é ser suave, ter textura
excelente, além do sabor tradicional
do doce de leite mineiro com receita
da vovó transformada em processos
industriais”, informa Rosangela M.B.
Trindade, gerente administrativa da
empresa.
91
Expomaq
Com seu Requeijão Cremoso também reconhecido como dos melhores, a Vimilk possui tecnólogos para
desenvolvimento e aperfeiçoamento
de seus produtos e dois laboratórios
de controle de qualidade. A Vimilk
trabalha em regime de parcerias
com seus colaboradores, promove
treinamentos para sua equipe e foi
considerada uma da Melhores Empresas para trabalhar em sua região,
pelo Senar, de Minas Gerais.
O Gouda do Queijo Cruzília, do
Laticínios Cruziliense, foi considerado o melhor, seguido pelo Lucca e,
em terceiro lugar, o Laticínios PJ, de
Ingaí (MG).
O Queijo Cruzília destacou-se no
concurso pelos primeiros lugares
nas categorias Gouda, Gorgonzola e
em Destaque Especial, com seu Bolo
Azul. Teve também classificação em
segundo lugar, na categoria Provolone. Pela soma dos pontos ganhos
em premiações desde 2000, pelo
terceiro ano consecutivo, a empresa
ocupa o primeiro lugar no ranking
nacional do concurso do ILCT.
Para manter a qualidade e
demais características dos queijos
Cruzília, Leandro Furtado, gerente de produção, destaca: “apenas
trabalhamos com processos menos industrializados e procuramos
manter as características originais
nos produtos que fabricamos desde
a fundação da empresa”.
O laticínio prima pela tradição,
mas não deixa de lado a inovação,
que o fez vencedor da categoria
92
Destaque Especial com o Bolo Azul,
uma mistura de Queijo Azul de
Minas, damasco, cream cheese e
nozes. O diferencial do produto está
no alto teor de creme contrastando
com o sabor agridoce do damasco e
o cream cheese.
O Parmesão da Coopervap, de
Paracatu (MG), foi o vencedor em
sua categoria, seguido pela Frimesa
Cooperativa Central, de Marechal
Rondon (PR) e Laticínios Boa Nata,
de Pouso Alto (MG).
“O prêmio mostra que estamos no caminho certo, pois nosso
Parmesão está em fase de desenvolvimento e testes na Cooperativa.
A empresa, que já possui equipe
técnica competente vem investindo
em profissionais com a contratação
de técnicos em laticínios e outros
especialistas que atuam diretamente na qualidade dos produtos,
formando uma equipe cada vez
mais eficiente para o objetivo de
fabricar os melhores produtos do
mercado”, explica Wanderley Alves
Rabelo, coordenador de produção da
Coopervap.
Com segundo lugar na categoria
Parmesão e também segundo, em
Requeijão Cremoso, a Frimesa levou para o concurso um Parmesão
com sabor e odor picante e forte,
cor homogênea, consistência dura
e compacta, crosta grossa bem
formada e lisa, com brilho que o diferencia dos demais no mercado, já
o Requeijão possui sabor levemente
ácido e salgado.
“Nossa tecnologia para elaboração de um excelente Parmesão vem
de anos de trabalho e costumamos
dizer que “um bom queijo não se
fabrica, se faz”. É assim mesmo,
amor, dedicação, respeito, comprometimento são as palavras e ações
necessárias para chegarmos onde
estamos hoje. Em 2010, nosso Requeijão não ficou entre os três primeiros lugares e sabíamos que era
bom, neste ano, levamos novamente e pegamos o segundo lugar entre
35 empresas”, destaca João Fernando C. Pereira, encarregado industrial
da área de queijos da Frimesa.
A Boa Nata ocupou o terceiro
lugar na categoria Parmesão e Luiz
Franco, gerente de marketing da
empresa afirma: “possuímos área de
P&D focada na melhoria dos produtos, a empresa está sempre atenta
às oportunidades de inovação para
os consumidores e foi premiada várias vezes nas categorias Parmesão
e Doce de Leite”.
O melhor Gorgonzola do concurso
ficou com Queijo Cruzília, seguido do
Laticínios D’Annita, de Lavras (MG) e,
em terceiro, Tirolez, de Tiros (MG).
Na categoria Minas Padrão, o
vencedor foi o Tirolez, seguido da
Kinutri, Vale do Oeste Indústria e
Comércio de Laticínios, empresa que
veio de longe para o concurso, da
cidade Espigão do Oeste (RO) e o terceiro lugar foi da Laticínios Noroeste,
com a marca Produtos da Vaca.
A Kinutri mostrou seu Minas
Padrão, fabricado com tecnologia
que destaca e pronuncia um sabor
levemente ácido, mantendo a textura macia. “É o segundo ano que
ouvimos os jurados da CNL dizerem
que estão encontrando muito mais
um Minas Padrão/Prato, do que o
próprio Minas Padrão. Isso deve-se, principalmente, à mudança
na tecnologia, que descaracteriza
o produto. Por isso trabalhamos
em preservar o sabor do original. O
produto foi agregado ao portfólio da
empresa em 2010, quando foi premiado pela primeira vez no concurso de Juiz de Fora, e em 2011, novamente estamos entre os melhores”,
ressalta Sirlene Regina Cruz, técnica
em laticínios da empresa.
A categoria Prato teve como vencedora uma empresa de Santa Catarina, a Laticínios DaRolt, em segundo ficou a mineira Queijos Pinheiro,
de Santa Rita de Ibitipoca (MG) e, em
terceiro, a paranaense Latco.
O tradicional concurso promovido pelo ILCT traz cada vez mais
empresas de vários pontos do
Brasil, que apresentam o melhor de
sua produção no evento, além de
abrir espaço para inovações, algumas delas inusitadas, mas que encontram um mercado de consumo
aberto a novas categorias de produtos. Além de prestigiar os bons
produtores, o concurso estimula o
setor que quer aprimorar e diversificar suas linhas de produtos.