A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages
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A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages
A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages Rosane Waltrick Reis [email protected] Pós-graduação em Iluminação e Design de Interiores – IPOG Resumo Este estudo apresenta uma abordagem sobre o Art Déco e sua presença no Município de Lages, destacando que este estilo foi um conjunto de manifestações artísticas, originado na Europa, expandindo-se para as Américas, inclusive Brasil, a partir dos anos 20. Estilo decorativo baseado em formas geométricas. Por ser este, estilo artístico de um contexto histórico rico em conhecimento foi que se almejou rever aspectos conceituais. Também, enquanto cidadã lageana tem-se interesse por tudo que esteja ligado a história local. Assim, o objetivo da pesquisa é conhecer teoricamente mais sobre o Art Déco visando identificar a presença deste estilo na arquitetura do município de Lages. A pesquisa é do tipo bibliográfica e documental. Documental porque se fundamenta em um levantamento dos sítios históricos e arquitetônicos de Lages desenvolvido pela parceria entre Prefeitura de Lages, UNIPLAC, UFSC e Fundação de Ciências e Tecnologia- FUNCITEC, cujo objetivo foi revitalizar os imóveis construídos em Art Déco. Concluiu-se que a Art Déco está presente em Lages desde o período denominado “ciclo da madeira” – 1930-1960 onde se tinha o ideal de modernidade, representando novos tempos. Várias medidas recentemente foram tomadas para preservar esse patrimônio em Lages. Palavras-chave: Estilo; História; arquitetura. 1. Introdução Art Déco foi um movimento popular de design originado na Europa, expandindo-se para as Américas, inclusive Brasil, a partir dos anos 20. Afetou as artes decorativas, a arquitetura, design de interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Este movimento foi de certa forma, uma mistura de vários estilos (ecletismo) e movimentos do início do século XX, incluindo construtivismo, cubismo, modernismo, bauhaus, art nouveau e futurismo. Embora muitos movimentos de design tivessem raízes em intenções filosóficas ou políticas, a É importante salientar que Art Déco foi meramente decorativa. Na altura, este foi visto como estilo elegante, funcional e ultramoderno. Representa a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo. Edifícios, esculturas, jóias, luminárias e móveis são geometrizados. Sem abrir mão do requinte, os objetos têm decoração moderna, mesmo quando feitos com bases simples, como concreto armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres. Diferentemente da art nouveau, mais rebuscada, a Art Déco tem mais simplicidade de estilo. A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 Nesta pesquisa o objetivo é conhecer teoricamente mais sobre o Art Déco visando identificar a presença deste estilo na arquitetura do município de Lages, bem como a preocupação com sua preservação. A relevância do tema Art Déco está no fato de ser uma oportunidade de divulgação do conhecimento sobre algo que diz respeito a história lageana e ao mesmo tempo alerta para a necessidade de preservação aliada a um trabalho com as gerações mais novas. O estudo apresenta-se estruturado em tópicos onde no primeiro momento apresenta-se um histórico e características do Art Déco. Em seguida, aborda-se o estilo no Brasil e, no terceiro aspecto, ponto central do estudo, apresenta-se a cidade de Lages-SC, a presença do Art Déco na sua história e a preocupação com a preservação. 2. Art Déco: Definição e Histórico Itaucultural (2007) define e apresenta um breve histórico do Art Déco: O termo Art Déco, de origem francesa (abreviação de arts décoratifs), refere-se a um estilo decorativo que se afirma nas artes plásticas, artes aplicadas (design, mobiliário, decoração etc.) e arquitetura no entre guerras europeu. O marco em que o "estilo anos 20" passa a ser pensado e nomeado é a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas, realizada em Paris em 1925. Sobre a origem e trajetória, de acordo com Itaucultural (2007) o Art Déco liga-se na origem ao art nouveau. Derivado da tradição de arte aplicada que remete à Inglaterra e ao Arts and Crafts Movement, o art nouveau explora as linhas sinuosas e assimétricas tendo como motivos fundamentais as formas vegetais e os ornamentos florais. O padrão decorativo art déco segue outra direção: predominam as linhas retas ou circulares estilizadas, as formas geométricas e o design abstrato. Entre os motivos mais explorados estão os animais e as formas femininas. Nesse sentido, é possível afirmar que o estilo "clean e puro" art déco dirige-se ao moderno e às vanguardas do começo do século XX, beneficiando-se de suas contribuições. O cubismo, a abstração geométrica, o construtivismo e o futurismo deixam suas marcas na variada produção inscrita sob o "estilo 1925". O vocabulário moderno e modernista combina-se nos objetos e construções art déco com contribuições das artes hindu, asteca, egípcia e oriental, com inspiração no balé russo de Diaguilev, no Esprit Nouveau de Le Courbusier (1887 - 1965) e com a reafirmação do "bom gosto" estabelecido pela Companhia de Arte Francesa (1918). (ITAUCULTURAL, 2007) Apresenta-se de início como um estilo luxuoso, destinado à burguesia enriquecida do pósguerra, empregando materiais caros como jade, laca e marfim. É o que ocorre, nas confecções do estilista e decorador Paul Poiret, nos vestidos "abstratos" de Sonia Delaunay (1885 - 1979), nos vasos de René Lalique (1860 - 1945), nas padronagens de Erté. (ITAUCULTURAL, 2007) A partir de 1934, ano de realização da exposição Art Déco no Metropolitan Museum de Nova York, o estilo passa a dialogar mais diretamente com a produção industrial e com os materiais e formas passíveis de serem reproduzidos em massa. O barateamento da produção leva à popularização do estilo que invade a vida cotidiana: os cartazes e a publicidade, os objetos de uso doméstico, as jóias e bijuterias, a moda, o mobiliário etc. Se as fortes afinidades entre arte e indústria e entre arte e artesanato, remetem às experiências imediatamente anteriores da Bauhaus, a ênfase primeira na individualidade e A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 no artesanato refinado coloca o art déco nas antípodas do ideal estético e político do programa da escola de Gropius, que se orienta no sentido da formação de novas gerações de artistas de acordo com um ideal de sociedade civilizada e democrática. (ITAUCULTURAL, 2007) A despeito de seu enraizamento francês, os motivos e padrões art déco se expandem rapidamente por toda a Europa e pelos Estados Unidos, impregnando o music hall, o cinema de Hollywood (onde Erté vai trabalhar em 1925), a arquitetura (por exemplo, a cúpula do edifício Chrysler, em Nova York, 1928), a moda, os bibelôs, as jóias de fantasia etc. Assim, falar em declínio do art déco na segunda metade da década de 1930 não deve levar a pensar no esquecimento da fórmula e das sugestões daí provenientes, que são reaproveitadas em decorações de interiores, em fachadas de construções, na publicidade etc. No Brasil, a obra de Victor Brecheret (1894 - 1955) pode ser pensada com base nas influências que sofre do Art Déco, em termos de estilização elegante com que trabalha formas femininas (Daisy, 1921) e figuras de animais (Luta da Onça, 1947/1948). Um rápido passeio pela cidade do Rio de Janeiro pode ser tomado como exemplo da difusão do art déco, impresso em vitrais, escadarias, decoração de calçamentos e letreiros. O interior da sorveteria Cavé, no centro da cidade, o Teatro Carlos Gomes, na praça Tiradentes, a Central do Brasil, entre muitos outros, revelam as marcas e motivos Art Déco. (ITAUCULTURAL, 2007) 2.1 Características Na verdade o Art Déco não é um movimento artístico, mas sim um estilo que afetou a arquitetura, as artes plásticas e o design durante as décadas de 1920 e 1930. Este estilo foi fortemente influenciado pela arte não-ocidental, principalmente as da África e do Egito. O estilo deve seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas (em francês: Exposition Internacionale dês Arts Décoratifs et Industriels Modernes), realizada em Paris no ano de 1925.( http://www.artdecobrasil.com). Suas principais características são a interação de formas geométricas, padrões abstratos de zigue-zagues, asnas e refulgências executadas em cores brilhantes e o uso do bronze, marfim e ébano. As principais características são as linhas geométricas, privilegiando a aerodinâmica, e inspiradas por diversas culturas antigas, como a Grécia, o Egito, entre outras, e no caso brasileiro a Cultura Marajoara (400-1400). (http://www.artdecobrasil.com) O Art Déco se define como Arte, dentro do Movimento Moderno, que pretendia ser mais que isso: um movimento cultural que envolvia aspectos sociais, tecnológicos, econômicos e também artísticos. Se define como estilo Industrial: simétrica/axial, com acesso centralizado ou valorizando a esquina (no plano horizontal); Predominância de cheios sobre vazios; articulação de volumes geometrizados e simplificados (varandas semi-embutidas) ou sucessão de superfícies curvas (aerodinamismo);Linguagem formal tendente à abstração (contenção expressiva dos ornamentos decorativos, quase sempre em alto e baixo-relevo); Apela para a força dos símbolos, da moda e dos valores indigenistas; Iluminação feérica e cenográfica; Isso é visível na influência que exerceram as pirâmides maias e astecas, nos Estados Unidos, bem como elementos marajoaras e tamoios, no Brasil; Exemplo: Edifício Acaiaca, em Belo Horizonte, com sua típica carranca indígena. Também busca inspirações na arte mesopotâmica e egípcia antigas; A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 Suas formas são explicitamente geométricas e escalonares. A arquitetura norteamericana exporta a tendência através do cinema: especialmente órgãos públicos e residências de luxo apelam para esse estilo inusitado. Foi muito usado também na chamada „arquitetura industrial‟ e também estatal. Pela simetria recorda os palácios do proto-renascimento, entretanto, a ausência de ornamentação preconiza seu propósito funcional. (FREITAS, 2007). Em Czajkowski (2000) citado em Koerich (2007) encontra-se como principais características arquitetônicas do Art Déco: composição de matriz clássica; simetria/axial, tendo no plano horizontal acesso centralizado ou valorizando a esquina e no plano vertical a fachada tripartida em base, corpo e coroamento escalonado; tratamento volumétrico das partes constituintes e superfícies, à maneira moderna com predominância de cheios sobre vazios; articulação de volumes geometrizados e simplificado (varandas semi-embutidas) ou sucessão de superfícies curvas; linguagem formal tendendo à abstração (contenção expressiva dos ornamentos decorativos, quase sempre em alto e baixo relevo); e composição com linhas e planos, verticais e horizontais fortemente definido e contrastado, a presença de articulação/integração entre a arquitetura, os mobiliários dos interiores e o design. Valorização dos acessos e portarias; Estruturas em concreto armado; embasamentos revestidos em granito, mármores e materiais nobres, revestimentos altos em pó-depedra (mica) e janelas tipo “Copacabana”(persianas de enrolar/basculantes) em madeira ou feito: mescla técnicas construtivas industriais/modernas e decorativas artesanais/tradicionais; - Plantas flexíveis, com acesso por hall, circulação ou galeria (espaço interconector) e compartimentos de uso intercambiável (quartos/salas); e – iluminação férrica e cenográfica, intenção esta manifesta desde as perspectivas que acompanham os projetos (talvez ujma influência cinematográfica) (CZAJKWSKI, 2000 apud KOERICH, 2007, p. 48) O tratamento decorativo para o autor valoriza cada parte da edificação não só as formas, como também o fazer artístico como fator de diferenciação do edifício. O Art Déco concebe a ornamentação ainda como o motivo que distingue a obra de arquitetura da construção convencional. O estilo não ficou restrito apenas aos ricos, pois seus artistas usavam muitos materiais novos e baratos como a baquelita, fazendo seus objetos tornarem-se populares e de fácil acesso ao povo com uma decoração moderna e simples sem abrir mão do requinte, diferenciando da Art Nouveau que possuía obras mais rebuscadas. A arquitetura externa dos prédios, bem como seus interiores suntuosos, desempenhou um papel importante na popularização do estilo Art Déco. Em Nova Iorque, o maior monumento à arquitetura Art Déco é o Edifício Chrysler, de William Van Alen. Esse arranha-céu expressa o glamour da Art Déco tanto em sua decoração interna e externa quanto nas formas. Os pináculos semicirculares foram revestidos com metal Nircosta para criar superfícies que lembrassem a platina (metal preferido da joalheria contemporânea). Outros Exemplos da arquitetura Art Déco, é o Edifício Empire State e o Rockefeller Center, também em Nova Iorque. (STODIECK, 2007) Muitos designers famosos, que haviam feito nome com produtos no estilo Art Nouveau, adaptaram seus designs ao novo visual. “René Lalique, por exemplo, deixou suas jóias de aparência tipicamente orgânica e passou a confeccionar peças Art Déco em vidro, inclusive emblemas de carros, vidros de perfumes e estatuetas”. (STODIECK, 2007) A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 2.2 Influencias no Brasil De acordo com Cajkoski (2000) apud Koerich (2007) a arquitetura em Art Déco inseriu-se no momento entre o declínio do Barroco e a consolidação do moderno, num período de ecletismo e modernidade. Podendo assim dizer que o estilo foi classificado no país como uma manifestação do fim do Barroco e uma das primeiras manifestações do Moderno. Na arquitetura brasileira Edgar Vianna havia inventado o estilo "Marajoara” de inspiração indigenista, que ao conhecer o Art Déco, identificou-se com a temática decorativa adotando como variante deste estilo. No Brasil, o estilo influenciou artistas como o escultor Vítor Brecheret (1894-1955), o pintor Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), entre outros. Uma obra de Brecheret em estilo art déco é o Monumento às Bandeiras, em São Paulo. O edifício-sede da Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu, ambos também em São Paulo, são dois grandes marcos arquitetônicos do estilo na cidade. Outro belo exemplar da art déco na capital paulista situa-se na rua Domingos de Morais. De acordo com Unes (2003) Foi o art déco que inspirou os primeiros prédios de Goiânia, nova capital de Goiás, projetada em 1933 por Atílio Correa Lima, cujo acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do país. Alguns dos exemplos mais significativo da art déco no Brasil são a Torre do Relógio da Central do Brasil e o Cristo Redentor no Rio de Janeiro. A arquitetura art déco está espalhada por todo o país, mas os principais acervos art déco brasileiro concentram-se em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Há ainda importantes exemplos como Campo Grande (com a obra do arquiteto Frederico Urlass), Belo Horizonte ou Juiz de Fora (MG) (nos projetos do arquiteto Raphael Arcuri), Porto Alegre, na Avenida Farrapos, entre vários outros. (arquibrasil2010) Outros conjuntos arquitetônicos em art déco significativos estão localizados em Iraí (RS), Cipó (BA) e Campina Grande (PB). No Brasil o Art Déco surge em começos da década de 1920, se estendendo até 1940, tendo a geometria e as formas sinuosas, as tendências mais utilizadas. A cidade do Rio de Janeiro é considerada como exemplo da difusão do art déco, impresso em vitrais, escadarias, decoração de calçamentos e letreiros. (http://arquibrasil2010.wordpress.com). De acordo com http://www.scielo.br/ nada marcou mais o cenário arquitetônico das cidades brasileiras entre as décadas de 1930 e 1940 que a arquitetura de tendências art déco, que se mostrou capaz de colocar-se como expressão de modernidade, posição que seria ocupada na década seguinte pela arquitetura moderna. Em construções novas ou em fachadas reformadas, a linguagem déco foi, durante aquelas duas décadas, a expressão de renovação da arquitetura de maior alcance junto a diferentes segmentos da população. A justificativa, mobilizada em 1932, para a escolha do estilo para uma biblioteca municipal no Rio de Janeiro, em substituição a um projeto anterior de viés eclético, evidencia tal capacidade desempenhada, na ocasião, pelo Art déco, de traduzir modernidade arquitetônica e progressismo administrativo: a parte artistica do Edificio estudada pelos architectos officiaes obedecia a um estylo antiquado que não podia de forma alguma coadunar-se ao progressismo de Antonio Prado. Assim sendo, o architecto Elisario Bahiana, da Sociedade Commercial e A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 Construtora, Ltda. encarregou-se de traduzil-a para o moderno, cousa que se desobrigou, com rara felicidade. De facto, a nova fachada simples e bem equilibrada correspondeu plenamente ao objectivo a que se destinava o edifício. Obedecendo ao mesmo critério do exterior foi tratada a parte interna onde a simplicidade característica do Moderno foi alliada ao conforto e hygiene, apanágios da construcção hodierna. (http://www.scielo.br/) São Paulo. Na arquitetura – na época nomeada freqüentemente "moderna" O repertório formal déco imprimiu marcas profundas na paisagem de cidades como o Rio de Janeiro e –, expressou-se inicialmente, sobretudo, em projetos que buscavam traduzir uma noção de modernidade vinculada a programas novos. Este foi o caso dos primeiros arranha-céus que testemunharam a passagem de algumas de nossas capitais à condição de metrópoles; de edifícios institucionais que abrigavam funções de um Estado que se modernizava e expandia; de lojas de departamento que introduziam um novo conceito de comércio vinculado a padrões inéditos de consumo; e de cinemas, clubes e emissoras de rádio que difundiam formas novas de diversão, cultura e lazer. O vocabulário também esteve presente em construções que exibiam e testemunhavam as inovações do mundo da produção, como os pavilhões de exposições e as fábricas e suas construções anexas. O repertório déco esteve ainda presente, de forma significativa, nos prédios de apartamentos, que propagavam novos modos de morar e de relação entre cidade e moradia. Em inventário sobre a arquitetura de tendência art déco na cidade de São Paulo, Vitor Campos constatou que a tipologia mais freqüente entre os prédios vinculados ao estilo era aquela de uso misto, destinadas à habitação multifamiliar, com pavimento térreo utilizado para fins comerciais.( http://www.scielo.br/) Nos arranha-céus, a altura era sublinhada por composições escalonadas ou por elementos verticais de coroamento. Em edifícios institucionais, pretensões de monumentalidade eram favorecidas por composições de matriz clássica que incorporavam decorativismo e hierarquização volumétrica. Os recursos cenográficos que a estética déco oferecia eram solidários com o glamour, a magia e o fascínio suscitados por um cinema, que então explorava recursos técnicos e dramáticos inéditos e alcançava uma grande popularidade entre as massas. Em fábricas, tal vocabulário conciliava uma imagem de modernidade com parcimônia de meios e economia de custos.( http://www.scielo.br/) O grande porte dessas construções e as estruturas de concreto presentes em muitas delas eram solidários com os motivos decorativos simples e geométricos. Por outro lado, legislações urbanísticas que exigiam recuos progressivos dos andares superiores dos prédios se compatilizavam a composições volumétricas escalonadas, de linhagem déco, reforçando esta tendência. Em parte das construções, as referências à linguagem déco restringiam-se a detalhes ornamentais aplicados em fachadas de construções cujas características – em termos de implantação, tecnologia construtiva, volumetria e organização dos espaços internos – seguiam os modelos mais usuais na época, ainda atrelados fortemente a formas difundidas no período colonial e no século XIX. Em muitos outros casos, entretanto, o repertório formal art déco foi empregado em construções inovadoras em termos de programa – arranha-céus, lojas de departamentos, prédios de apartamentos etc. – e de técnicas construtivas, como as estruturas de concreto armado, os caixilhos de metal etc. Matéria de 1931, sobre o Edifício Pirapitinguy – construído A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 pela Sociedade Commercial e Construtora Ltda., do arquiteto Elisario Bahiana –, sublinhava como, em sua composição de fachadas, as linhas da estrutura articulavam-se com os poucos elementos de cunho meramente ornamental: "Seu estylo, já francamente moderno, diz bem do fim a que se destina, e sua decoração sóbria, casando-se harmoniosamente com as linhas principaes que são as do vigamento estructural, causam uma impressão agradabilíssima"(http://www.scielo.br/) Em prédios de apartamentos, o estilo Art déco traduziu os novos programas em uma arquitetura que alguns observadores da época consideravam capaz de qualificar a paisagem urbana. Matéria sobre prédio de apartamentos – projetado pelo arquiteto Elisario Bahiana – em construção em 1932, no Rio de Janeiro, associa a tipologia à busca de conforto e economia. A disposição interna adotada no projeto é mostrada como condicionada por questões de circulação, máximo aproveitamento do terreno, insolação e iluminação dos ambientes e privacidade em relação aos vizinhos. O tratamento da composição volumétrica e das fachadas – em que se enfatizam os materiais de revestimento e as cores – é justificado diante dos impactos causados por prédio deste porte – cerca de dez andares – no cenário urbano.Sendo a parte externa de um prédio um quase domínio publico, pois está sujeita a apreciação de todos, necessário torna-se que seu aspecto influi agradavelmente não só no ponto de vista individual, como dentro do quadro geral das edificações e do ambiente natural, depreende-se que a arquitetura externa tem também a máxima importância […] A parte externa que obedece a arte moderna um tanto calma promete adaptar-se otimamente ao local. O Rio de Janeiro, cidade de sol e céu azul, espelhando-se na esplendorosa Guanabara, requer casas alegres e cores. A fachada do edifício em questão que deverá ser de cor palha, com embasamento de mármore avermelhado e corpo central saliente também no tom do mármore, tendo as decorações em baixo relevo do coroamento em cobre oxidado, proporcionará um contraste de cor de rara beleza( http://www.scielo.br/) No caso das residências unifamiliares, observando a revista A Casa, é possível observar como projetos de viés déco começam a ser publicados com regularidade partir de 1932, firmando-se ao longo desta década e até meados da seguinte como a segunda principal tendência – depois do estilo missões – entre os projetos de moradias publicados pela revista. Um dos dois projetos de tendência art déco publicados na edição de dezembro de 1928 da revista – de autoria do arquiteto J. Cordeiro de Azeredo e destinado ao bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro –, foi identificado como uma "pequena residência em arte moderna" (http://www.scielo.br/) De acordo com http://www.scielo.br/ a revista A Casa publicou projetos de tendências art déco para uma variedade de programas residenciais: casas em cidades; casa de campo; casa para fim de semana; prédio multifamiliar; edifício de apartamentos; e prédio de uso misto com armazém e moradia. Os projetos de casas térreas ou de dois pavimentos publicados destinavam-se a diferentes cidades, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Niterói e Belém. Nesse periódico de arquitetura e engenharia, os projetos eram geralmente apresentados sem textos explicativos, e eram raras as abordagens conceituais. No caso das residências burguesas unifamiliares, o Art déco parecia se colocar (na perspectiva de muitos) como uma das possibilidades à disposição de usuários e A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 projetistas. Tal perspectiva foi acatada, por exemplo, pelos arquitetos: J. Cordeiro de Azeredo – que teve entre seus projetos publicados em A Casa, bangalôs com elementos de viés "pitoresco" e do vocabulário do neocolonial, além de projetos de tendências déco; Alfredo Ernesto Becker – que divulgou, na mesmo revista, projetos com vocabulárioart déco e em estilo missões; e Ângelo Bruhns – que projetou, entre as décadas de 1920 e 1940, bangalôs, prédios neocoloniais, construções com elementos de viés déco e filiadas à arquitetura moderna ( http://www.scielo.br/). O Art déco revelou-se uma linguagem acessível às elites, às classe médias e às classes populares. Na arquitetura, a partir de construções de maior porte, o vocabulário conquistou o gosto popular e disseminou-se em grandes e pequenas residências e em prédios comerciais. Suas linhas geometrizadas – especialmente os volumes, os vãos e as superfícies escalonadas – popularizaram-se em cidades grandes e pequenas, convertendo-se em marco do cenário urbano brasileiro das décadas de 1930 e 1940. (http://www.scielo.br/) Assim, no Brasil a influência segue até os anos 40 com características próprias como o Indianismo já que a forte corrente intelectual nacionalista buscava desde o final do século XIX uma expressão própria para a cultura brasileira. Desse modo a influência indígena no Brasil foi introduzida inspiradas nas cerâmicas marajoaras trazidas do Pará através de expedições exploratórias por Edgar Vianna. 3. O município de Lages Lages é um município brasileiro da região sul, localizado no estado de Santa Catarina. A cidade possui 156.727 habitantes, conforme o Censo IBGE/2010 e faz parte da mesorregião (política) e região (geográfica) serranas do estado. Lages é o maior município em área do estado e cidade-sede da Região Metropolitana de Lages, além de ser o 8º município mais populoso do estado. Fundada em 1766 pelo bandeirante paulista Antonio Correia Pinto de Macedo, Lages servia inicialmente como estalagem para a rota comercial entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, principalmente na passagem do gado dos campos gaúchos para abastecer os trabalhadores da extração de ouro em Minas Gerais. Correia Pinto batizou-a assim devido à abundância da pedra laje na região; o nome original era Nossa Senhora dos Prazeres das Lages. Instituída vila pelo governador de São Paulo Luís António de Sousa Botelho Mourão, Lages teve seu território transferido da capitania de São Paulo para a capitania de Santa Catarina, por D. João VI, por alvará de 9 de setembro de 1820. Décadas após o fim da Revolução Farroupilha, teve seu primeiro paço municipal edificado entre 1898 e 1902. O prefeito na ocasião era Vidal Ramos Júnior, e a prefeitura foi projetada por um desenhista da Diocese de Lages. No final do século XIX a cidade era ainda uma pequena vila e contava com apenas duas ou três ruas. A figura do “coronel” foi central na vida política e social da região, visto que as primeiras concentrações de terra ocorreram pela formação de latifúndios, grandes fazendas que geravam a economia do lugar com a produção de pecuária. Nas décadas de 30 a 60 era o A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 3ª cidade mais importante do Estado, quando viveu o apogeu econômico com o ciclo da madeira e pecuária extensiva. Ao estudar a arquitetura da cidade de Lages hoje, nos deparamos com a coexistência de elementos tradicionais e modernos. Algumas construções preservadas contrapõem o olhar com a multiplicação de novos prédios, num aparente crescimento desordenado que faz da paisagem da cidade uma paisagem sobreposta, que revela um desejo de expansão e ao mesmo tempo um planejamento urbano confuso que faz com que a cidade não pareça um centro urbano que se desenvolveu organizadamente. 3.1 Art Déco em Lages O estilo, que predomina em inúmeras construções, foi tema de um projeto intitulado “Levantamento da arquitetura Art Déco em Lages", coordenado pela Profª. Zilma Isabel Peixer da Uniplac e executado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina. O projeto identificou 33 edificações representativas dessa arquitetura no centro e assinala a importância da discussão e a necessidade da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico. Segundo a pesquisa, a presença do Art Déco em Lages se registra a partir da década de 30, com o processo de urbanização da cidade. De acordo com Koerich (2007) uma parceria entre Prefeitura de Lages, UNIPLAC, UFSC e Fundação de Ciências e Tecnologia- FUNCITEC, realizou em 2003, um levantamento dos sítios históricos e arquitetônicos de Lages cujo objetivo foi revitalizar os imóveis construídos em Art Déco. Este documento serviu de fundamento para parte da presente pesquisa. Lages na atualidade caracteriza-se como sendo uma cidade pólo regional, juntamente com mais dezoito municípios que integram a região serrana. Em termos econômicos a cidade viveu seu auge entre as décadas de 30 e 60. Esse período caracterizou-se pela grande exploração de suas reservas naturais de madeira, principalmente a Araucária. Com o fim das reservas naturais que sustentavam as indústrias madeireiras, a cidade passa por períodos de crises, de busca de soluções políticas e econômicas para romper com os baixos índices de desenvolvimento econômico e social (PEIXER, 2003 apud KOERICH, 2007). Ainda sobre o desenvolvimento do município de Lages, é relevante destacar que entre as décadas de 30-60, Lages assiste a mudanças significativas no seu perfil urbano. Tais o mudanças estão atreladas com as mudanças no padrão econômico e populacional da região. Tais mudanças caracterizaram-se pelo surgimento da linguagem arquitetônica do Art Déco, que passou a se fazer presente em paralelo com o que existia até então. Na visão de Peixer (2003) citada por Koerich (2007) foi importante este estilo de construção, pois marcou época de grande movimentação econômica, o “ciclo da madeira”, onde se tinha o ideal de modernidade, representando novos tempos, imaginado pela elite local. Uma modernidade sem rupturas políticas tradicionais. Entre os anos de 1940 e 1960, onde a população total cresceu de 27.326 pessoas para 111.984, como se pode observar no livro de Zilma Peixer (2002, p. 17), Lages rumou para um crescimento econômico e populacional. Peixer aponta dois possíveis fatores que trouxeram modificações no estilo de vida, no cotidiano local e no crescimento populacional da área urbana. O desencadeador deste processo teria sido a exploração da madeira (ciclo econômico que se estende até meados de 1960), período de grande circulação de pessoas, mercadoria e dinheiro e expansão dos limites da cidade; o segundo momento se dá em A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 meados de 1970, com o fim do ciclo da madeira e a procura de alternativas para o desenvolvimento econômico. O Art Déco em Lages não se caracteriza apenas como estilo de fachadas ou estilo de esquinas, reflete também ações inovadoras, como a criação do Cine-teatros (1941), Hospital (1944), fóruns (1956), Parque de exposição (1948), transportes, centro de mercado, bem como as propostas de verticalização do centro comercial e histórico da cidade. Este desejo de ser grande e moderna deveria estar estampado nas ruas, praças, construções e também edificações construídas neste estilo que se pode observar ainda hoje no centro da cidade e em alguns bairros. Estas construções marcaram um período da história, e que ainda hoje se fazem presente na paisagem urbana, compondo um grande acervo arquitetônico do Art Déco. A transformação urbana ocorrida basicamente na área central vai se valer de uma linguagem arquitetônica divulgada pelo cinema e pelas revistas, ecoando das capitais para o interior do Brasil. Essa linguagem, advinda dos anos 1920, particularmente da Exposição de Artes Decorativas em Paris, 1925, vai ser denominada nos anos 1960 de Art Déco. Foi amplamente divulgada e popularizada talvez por não necessitar de maiores arrojos construtivos, servindose de uma técnica tradicional (paredes portantes, alvenaria de tijolos etc.) mas não abolindo uma ornamentação, o que mais adiante a arquitetura moderna fará. No centro da cidade de Lages é possível citar alguns exemplos do Art Déco na arquitetura: Colégio Aristiliano Ramos, Lojas VF, Casa União, Colégio Santa Rosa de Lima, Cine-Teatro Marajoara, dentre outros. Quanto a política de preservação de bens de valor histórico, Lages tem demonstrado na última década, preocupação em desenvolver políticas de valorização de seu patrimônio cultural, histórico e arquitetônico. O patrimônio, a preservação cultural, a valorização das identidades locais passaram a fazer parte das preocupações do poder público e dos grupos da sociedade civil, almejando a qualidade de vida das cidades e a valorização de seus especificidades históricas (PEIXER (2003) apud KOERICH (2007) É relevante essa atitude do poder público, considerando que a preservação do patrimonio público é a preservação da identidade de um povo. Conclusão Compreende-se que o Art Déco nasceu da combinação de movimentos variados do princípio do século XX, tais como Construtivismo, Cubismo, Modernimo, Bauhaus, Art Nouveau e Futurismo. Esta escola, que está estreitamente conectada às características modernas e vanguardistas deste período, trabalha especialmente com imagens de animais e de esboços femininos, optando por uma expressão „clean e genuína‟. Movimentos que marcaram o início do século XX se aliaram para compor a Art Déco vigente em 1925 – entre eles o cubismo, a abstração geométrica, o construtivismo e o futurismo. Todas estas expressões modernistas, combinadas à cultura hindu, asteca, egípcia e oriental, bem como ao estilo do balé russo de Diaguilev, do Esprit Nouveau do arquiteto, urbanista e pintor francês Le Courbusier e da Companhia de Arte Francesa, imprimiram seus vestígios nos produtos Art Déco. A princípio esta expressão artística está mais direcionada para a alta burguesia, que se beneficiou particularmente do final da Primeira Guerra, pois ela era confeccionada com A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 matéria-prima mais dispendiosa, como, por exemplo, o jade, a laca e o marfim. Posteriormente, depois da mostra Art Déco no Metropolitan Museum de Nova York, em 1934, esta arte ganha um conteúdo mais acessível às massas e à produção em larga escala. Com uma maior acessibilidade deste estilo às camadas populares, a Art Déco se dissemina mais e passa a integrar o dia-a-dia de cada um, seja na esfera da propaganda, nos utensílios de uso diário nas residências, seja nos acessórios femininos, no universo „fashion‟, nos móveis, entre outros. Desta forma a Art Déco se espalha por todo o continente europeu e pela América do Norte, insinuando-se pela esfera da música, do cinema hollywoodiano, da arquitetura, entre outros setores culturais. Portanto, apesar deste estilo começar a decair em meados dos anos 30, suas características remanescem na decoração de interiores, no ramo da edificação, bem como em outras esferas da produção. Esta arte também está presente na criação do escultor brasileiro Victor Brecheret. Assim, este estilo pode ser encontrado igualmente neste país, especialmente no Rio de Janeiro, em vitrais, escadas, na Central do Brasil, no núcleo central da metrópole. Na Europa o ápice desta produção artística se deu na década de 20, e nos EUA ela seguiu ao longo dos anos 30. Na arquitetura, com a grande variedade de influências, resultaram três linhas principais de desenvolvimento do estilo: a mais geometrizada e próxima do racionalismo modernista conhecida como escalonada ou ziguezague; a de influência francesa e ênfase decorativa; e a sinuosa e aerodinâmica, inspirada no expressionismo e denominada streamline. O Art Déco em Lages não se caracteriza apenas como estilo de fachadas ou estilo de esquinas, reflete também ações inovadoras, como a criação do Cine-teatros (1941), Hospital (1944), fóruns (1956), Parque de exposição (1948), transportes, centro de mercado, bem como as propostas de verticalização do centro comercial e histórico da cidade. Este desejo de ser grande e moderna deveria estar estampado nas ruas, praças, construções e também edificações construídas neste estilo que se pode observar ainda hoje no centro da cidade e em alguns bairros. Estas construções marcaram um período da história, e que ainda hoje se fazem presente na paisagem urbana, compondo um grande acervo arquitetônico do Art Déco. No centro da cidade de Lages é possível citar alguns exemplos do Art Déco na arquitetura: Colégio Aristiliano Ramos, Lojas VF, Casa União, Colégio Santa Rosa de Lima, Cine-Teatro Marajoara, dentre outros. Assim, A cidade de Lages, na regíão serrana de Santa Catarina, guarda ainda um grande acervo de edificações no estilo Art Déco. Não são apenas edifícios isolados, mas em determinados lugares encontramos conjuntos que, por sua vez configuram os espaços públicos como trechos de ruas e partes de praças. Possivelmente esta quantidade resultou da coincidência entre a difusão do Déco (no Brasil) e o intenso crescimento de Lages proporcionado pela exploração da madeira. Hoje, considerada uma cidade urbanizada, tendo mais de 90% da população fixada na área urbana, a cidade, ainda assim, preserva ares antigos. O traçado das ruas e as construções em estilo art déco nos remetem ao desejo de modernização que existe e existiu na cidade, desde os primórdios de sua ocupação. Finalmente, é relevante destacar que existe a preocupação de preservação do Art Déco no município, pelos governantes, assim como pela sociedade e principalmente os amantes da arte em todas as suas manifestações. Através de levantamentos e registros feitos, torna-se possível resguardar partes da história de Lages, desta época, viabilizando a manutenção, a reabilitação e divulgando este rico conjunto A Presença do Estilo Art Déco no Município de Lages janeiro/2013 arquitetônico com intuito que este patrimônio seja preservado e mantenha viva a história urbana de Lages. Com o intuito de garantir a preservação da arquitetura lageana, utilizando-se das legislações vigentes, em 2001 o Governador do Estado de Santa Catarina homologou o tombamento dos seguintes imóveis: Catedral Diocesana, algumas edificações situadas na Praça João Ribeiro; outras edificações situadas na Rua Benjamin Constant a edificação do antigo Fórum do Cine Tamoio, do Palacete Gamborgi; a edificação denominada Igreja e Convento São José do Patrocínio e o Colégio Sant Rosa de Lima, na rua Cel. Fausto de Souza a edificação de nº 349 e a edificação denominada Casa União, localizada na rua Coronel Córdova, esquina com a rua Quintino Bocaiúva. Referências ART DÉCO E INDÚSTRIA – Brasil, décadas de 1930 e 1940. Disponível em: http://www.scielo.br/ Acesso em 07 de abril de 2012. ART DÉCO HISTÓRICO. 2007. Disponível em http://www.itaucultural.org.br Acesso em CZAJKOWSKI, Jorge (org.). Guia da Arquitetura Art Déco no Rio de Janeiro: Casa da Palavra: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 2000. CENSO POPULACIONAL 2010. Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Acesso em 27 de março de 2012. DIVISÃO TERRITORIAL DO BRASIL. DIVISÃO TERRITORIAL DO BRASIL E LIMITES TERRITORIAIS. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). IBGE (10 de outubro de 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Acesso em 5 de março de 2012. FREITAS, Marcel de. 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