ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE CECAL - Medicina
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ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE CECAL - Medicina
ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE CECAL – RELATO DE CASO Centeno, A.C.; Todeschini, D.; Meneses, C. F.; Zanatta, D.J.; Altrão, L.T.; Recuero, S. C. UCPel Introdução: Neoplasias no Apêndice Cecal é rara, sendo encontrada em apenas 1% dos espécimes de apendicectomia. O tumor carcinóide é o tipo de neoplasia mais comum, na maioria das séries, seguido pelo adenoma viloso e o adenocarcinoma. O presente trabalho tem por finalidade relatar um caso de Adenocarcinoma de apêndice cecal e discutir o seu manejo cirúrgico. História e manifestações clinicas: Masculino, 39 anos, branco, trabalhador rural, procurou atendimento com quadro de dor epigástrica há dois dias, que se localizou em fossa ilíaca direita associada à anorexia. Ao exame físico apresentava abdome flácido e depressível com plastrão palpável em fossa ilíaca direita e sinal de Blumberg presente. Terapêutica: Laparotomia à Davis que evidenciou apendicite aguda em fase catarral, sendo realizada apendicectomia. O paciente recebe alta hospitalar no 3º dia de pós-operatório. Anatomopatológico mostrara estrutura anatômica e histológica do apêndice modificada pela presença de uma neoplasia epitelial glândular com farta coleção mucinosa na sua luz do tipo mucocele. O padrão invasivo da neoplasia, com glândulas formadas por núcleos atípicos e pleomórficos com configuração do tipo "costaa-costa" firmaram o diagnóstico de adenocarcinoma apendicular primitivo, a partir de adenoma papilar concomitantemente. Exames: Foram realizados colonoscopia, tomografia computadorizada de abdome e radiografia de tórax que não evidenciaram tumores sincrônicos de cólon ou disseminação à distância. O paciente foi então submetido à colectomia direita no 27º dia de pós-operatório. Anátomo-patológico, não revelou a presença de neoplasia residual ou metástases ganglionares. Discussão: O adenocarcinoma apresenta-se mais comumente como quadros de apendicite aguda, sendo raro o diagnóstico préoperatório. Em casos de perfuração pode resultar em pseudomixoma peritoneal. O tratamento preconizado é a hemicolectomia direita e em casos selecionados é realizada apenas a apendicectomia. REFERÊNCIAS: 1. Connor SJ, Hanna GB, Frizelle FA. Appendiceal tumors: retrospective clinicopathologic analysis of appendiceal tumors from 7,970 appendectomies. Dis Colon Rectum 1998;41(1):75-80. 2. McCusker ME, Cote TR, Clegg LX, Sobin LH. Primary malignant neoplasms of the appendix: a population-based study from the surveillance, epidemiology and end-results program, 1973-1998. Cancer 2002;94(12):3307-12. 3. Polyak K, Hamilton SR, Vogelstein B, Kinzler KW. Early alteration of cell-cycle-regulated gene expression in colorectal neoplasia. Am J Pathol 1996;149(2):381-7. 4. Nitecki S, Assalia A, Schein M. Contemporary management of the appendiceal mass. Br J Surg 1993;80(1):18-20. 5. Deans GT, Spence RA. Neoplastic lesions of the appendix. Br J Surg 1995;82(3):299-306. 6. Chang P, Attiyeh FF. Adenocarcinoma of the appendix. Dis Colon Rectum 1981;24(3):176-80. 7. Sugarbaker PH, Kern K, Lack E. Malignant pseudomyxoma peritonei of colonic origin. Natural history and presentation of a curative approach to treatment. Dis Colon Rectum 1987;30(10):772-9. 8. Steinberg M, Cohn I, Jr. Primary adenocarcinoma of the appendix. Surgery 1967;61(4):644-60. 9. Nitecki SS, Wolff BG, Schlinkert R, Sarr MG. The natural history of surgically treated primary adenocarcinoma of the appendix. Ann Surg 1994;219(1):51-7. 10. Andersson A, Bergdahl L, Boquist L. Primary carcinoma of the appendix. Ann Surg 1976;183(1):53
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