Untitled - Alex Sant`Anna

Transcrição

Untitled - Alex Sant`Anna
RELEASE
A demora acabou. Gravado em apenas dois meses, ‘Enquanto espera’ (2015), o
segundo disco do cantor e compositor Alex Sant’Anna, põe fim à expectativa
cultivada ao longo da última década e apresenta um punhado de canções
inéditas. Letras inspiradas mais um groove de primeira.
Um momento feliz, inspirado na dor dos outros. Segundo o próprio Alex, a
poesia é o seu principal gatilho como compositor. E, neste particular, o tom
menor faz toda diferença do mundo. “Gosto do cotidiano, gosto da angústia,
temas mais tristes sempre me chamam a atenção”.
O batismo do disco faz alusão óbvia ao longo intervalo entre os dois registros
oficiais que carregam a sua assinatura – ‘Aplausos mudos, vaias amplificadas’,
debut do artista, foi lançado ainda em 2004. O tempo é, no entanto, um
tema recorrente e muito evidente. Assim como a pretensão assumida de uma
sonoridade coesa e direta.
“Busquei um som diferente do primeiro disco, que tem muitas guitarras com
delay, loops e violões. No lugar disso, corremos atrás de um som mais cru, sem
muitos efeitos, sem violões, o que também diferencia este disco dos dois EPs”.
‘Enquanto espera’ foi gravado no Ori Estúdio, entre julho e agosto de 2015,
por Dudu Prudente, Leo Airplane e Luiz Oliva, com direção musical de Leo
Airplane e produção executiva de Nah Donato.
www.alexsantanna.com.br
[email protected]
+55 (79) 99978-7735
Foto: Manoela Veloso Passos
Destaque para os singles já divulgados ‘Enquanto espera’ e ‘O que eu te peço’.
Além das regravações, com arranjos inéditos, de ‘Tralha’, uma parceria com
Marco Vilane, e ‘Cansado’, composta em colaboração com o amigo Márcio de
Dona Litinha.
Por Fernando Rosa
(Portal Senhor F)
Sempre ouvi a MPB tradicional com gosto e respeito. Mas de uns tempos para cá, larguei
de mão, confesso. Por um lado, transformou-se em um feudo vitalício, com raros sopros de
renovação. De outro, modernamente, a cultura do hype sobrepondo-se à obras consistentes.
Nesta semana, tomei um saudável susto com disco que chegou pelos Correios, no velho estilo.
Sem release, sem indicação, apenas um disco, com seu encarte auto-explicativo. Mas, claro,
pelo menos para mim, com a referência de uma carreira anterior e de uma originária e criativa
cena musical.
“Enquanto espera”, o disco; Alex Sant’Anna, seu autor; Aracaju, Sergipe, a fonte cultural - terra
de Snooze, Plástico Lunar, NaurÊa, The Baggios. Em audições sucessivas, a certeza de estar
diante de uma obra relevante. De um autor sintonizado com a história e com o seu tempo. Um
tempo em que pode tudo, menos “sair ileso daqui”.
O disco é, antes de tudo, um prazer para os ouvidos, por seus arranjos e instrumental clássicos
e modernos, ao mesmo tempo - ora regional, ora (meio) samba, ora psicodélico. A poesia, de
autoria de Sant’Anna e parceiros, foge ao senso comum. São 12 canções, com alguns destaques,
em especial “Ileso”, “Tralhas” e “Em círculos”.
Foto: Manoela Veloso Passos
“Enquanto espera” de uma maneira “retrofuturista” remete aos clássicos cantautores
nordestinos. Não por acaso, cita Belchior na canção “Ileso” (A palo seco). A ponte com o rock
de seus conterrâneos também se faz presente em “O que te peço”, com citação de “Qualquer
bobagem” (Mutantes/Tom Zé).
Por Rian Santos*
Tudo depende do contexto. Quando ‘Aplausos
mudos, vaias amplificadas’ (2004) foi lançado,
a disposição para mirar além do horizonte
da então acanhada cena sergipana parecia
uma escolha ousada. A conjugação de barro
e aço, lirismo e guitarras, parecia contrariar o
status de artista local perseguido pelos seus
contemporâneos. Alex investiu no confronto,
mas contra todas as previsões não foi
expatriado. O incipiente mercado de música
local não permaneceria imune às convulsões
de uma indústria à beira da falência.
A tecnologia abria as cancelas da informação.
Alex jogou verde e colheu maduro. Seis anos
mais tarde, o EP ‘Cansado’ (2010) encontraria
o terreno já aplainado, assentado em novas
bases. Nas seis faixas do registro, um
testemunho de como tudo ocorreu rápido. Em
2012 foi a vez do EP ‘Fragmentos’ expor mais
alguns cacos do compositor.
Um passo de cada vez. Seis músicas aqui,
quatro adiante, Alex Sant’Anna fez o possível
para se manter em atividade, ainda que
em mil pedaços. Ninguém despencou dos
edifícios, não teve corpo deitado na linha do
trem. Para o bem e para o mal, no entanto, o
EP está mais vivo do que nunca. E Alex usou e
abusou do formato.
Em cada fração, o compositor inteiro e eis que
em 2015 este mosaico se completa. Gravado
em apenas dois meses, o álbum ‘Enquanto
espera’ (2015), põe fim à expectativa cultivada
ao longo dos últimos anos e apresenta um
punhado de canções inéditas com letras e
arranjos inspirados, o que reitera que ninguém
perde por esperar.
*Jornalista
Foto: Marcelinho Hora
Lá se vai mais de uma década inteira desde
o lançamento do primeiro registro oficial
assinado pelo cantor e compositor Alex
Sant’Anna. Dez anos, 02 discos, 02 EP’s. Parece
pouco, e realmente está longe de fazer justiça
ao espaço conquistado nos palcos dedicados à
música independente, em vôo solo ou à frente
da festiva naurÊa. Em sua relativamente breve
discografia, no entanto, um apanhado dos
rumos tomados pelo conjunto da cena brazuca
desde que o artista colocou o pé na estrada.
1
1
2
2
3
4
1. EP Na Dansanteria
(Disco de Barro, 2014)
2. EP Furdunço
(Disco de Barro, 2011)
3
3. CD Babelesko
4
(Disco de Barro, 2009)
4. CD naurÊa apresenta:
O Sambaião
1. CD Enquanto espera
(Disco de Barro, 2015)
(Disco de Barro, 2006)
2. EP Fragmentos
5. CD Circular Cidade
ou Estudando o Plágia
(Disco de Barro, 2012)
3. EP Cansado
(Disco de Barro, 2011)
4. CD Aplausos Mudos Vaias Amplificadas
(Disco de Barro, 2004)
(Disco de Barro, 2003)
5
2. Serigy All-Stars
1. World Music: South
America Brazil (2013)
3. Sergipe’s Finest
(Disco de Barro, 2012)
(Disco de Barro, 2012)
4. Music From Sergipe
(Disco de Barro, 2012)
5. What’s Happening
in Pernambuco (New
Sounds of the Brazilian
Northeast)
6. Music From Northeast
Brazil (2005)
(Luaka Bop, 2007)
1
2
3
1. Músicas “O que não é” e “Bons Tempos” (parceria com Pablo Ruas) gravadas
no CD “Receita do dia” de Thiago Ruas
2. Músicas “Nós e Laços”, “Volta”, “A Carta de Amor”, “Melhor Assim” (parceria
com Márcio de Dona Litinha), “Caindo” e “O Fado” gravadas no CD “A banda dos
corações partidos” de A banda dos corações partidos
3. Música “Corre”, gravada no CD “Eletro FUN FARRA” da Coutto Orchestra
4. Música “O Sim” gravada no CD “Coisa Alguma” de Marco Vilane
5. Músicas “Tralhas” e “Fingido” gravadas no CD “Varal Diverso” de Marco Vilane
4
5
Teatro
Porto Musical (PE)
Espetáculo “Vulcão” do grupo CAIXA
CÊNICA. (2015)
Feira da Música de Fortaleza (CE)
Rock -SE (SE)
Espetáculo “Saluba.Medeia” do grupo
CAIXA CÊNICA. (2013)
Projeto Verão (SE)
Espetáculo “O Natimorto – Um musical
Silencioso” do grupo CAIXA CÊNICA.
(2013)
Rock Sertão (SE)
Verão Sergipe (SE)
Palco Giratório SESC (SE)
Espetáculo “Pela Janela” do grupo CAIXA
CÊNICA. (2011)
Espetáculo “FELICIDADE CONJUGAL OU
QUASE ISSO” do grupo CAIXA CÊNICA.
(2010)
Espetáculo infantil “Acorda” do grupo
CAIXA CÊNICA. (2009)
Projeto Cenas de Bolso – Duas histórias de
amor do grupo CAIXA CÊNICA (2009)
Tom Zé
Espetáculo infantil “Palavras Mágicas” do
grupo CAIXA CÊNICA. (2008)
Mundo Livre-AS
Espetáculo “Respire.... e conte até 10” do
grupo CAIXA CÊNICA. (2002)
Cinema – Curtas
“Para Leopoldina”, direção de Diane Veloso
e Moema Pascoine (2014)
“A Morrer”, direção de Gabriela Caldas
(2005)
Naná Vasconcelos
Mombojó
Zeca Baleiro
Paulinho Moska
Wado
Mestre Vieira e Os Dinâmicos (PA)
Bumcello (França)
Debayres (Argentina)
Dj Dolores

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