Revista Comex Logistica
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Revista Comex Logistica
revista dos segmentos de comércio exterior e logística capixaba | Ano 01 - 1° Edição Nova rota de informação A Comex & Logística chega para ficar Justa homenagem! 20 anos do SINDAEES O Grupo Nobreza armazena e distribui com e d a d uali Q Agilidade Seg ura nça Eficiên cia Criada em 2000, com o foco voltado no segmento na logística, distribuição de alimentícios, armazenagem e importanção/exportação. O GRUPO NOBREZA sempre teve a preocupação a excelência no atendimento a seus clientes e a perfeita distribuição de seus produtos finais. Com as crescentes exigências em termos de qualidade na distribuição, a Nobreza tem buscado incessantemente formar parcerias com as melhores empresas no seu segmento, com o intuito de proporcionar o melhor suporte operacional possível. www.nobrezalogistica.com.br Com uma Estrutura sólida, o Grupo Nobreza possui dois galpões temáticos que propiciam a armazenagem de vários tipos de mercadorias, sendo elas: perecível e não-perecível, resfriadas e congeladas. Além disso, possuímos frota própria que dão suporte na distribuição dos produtos. Rod. Governador José Sette, km 8,32 Porto de Cariacica - ES (27) 3284-3151 02 Informação no rumo certo cio exterior. Nosso foco editorial é ressaltar o potencial e as muitas oportunidades no Espírito Santo em um mercado diferenciado e qualificado. O mercado globalizado exige intensa corrida por resultados. E a corrida é longa e com muitos obstáculos, por isso é preciso comunicar para aparecer. O segmento de comércio exterior é amplo e diversificado com muitas possibilidades de negócios de sucesso. A Comex & Logística surge como opção de leitura para quem quer ficar bem informado sobre o comér- Nossos leitores vão encontrar aqui, análises, comentários e entrevistas com especialistas do setor. Nossos cronistas e colunistas vão debater, edição a edição, a melhor maneira de inserir o Espírito Santo no mercado mundial com políticas e posicionamentos corretos. Em nossas páginas também abordaremos o potencial do Estado em atender bem a empresários do comércio exterior e setores afins. Matérias especiais sobre gastronomia, entretenimento, turismo e outras serão apresentadas em todas as edições. E, respeitando os diversos profissionais que vêm ou passam pelo Estado, para cada matéria trabalhada ou assunto debatido, acrescentaremos um resumo em inglês, já a partir da próxima edição. O Espírito Santo é uma importante força para o comércio exterior do Brasil. A COMEX & LOGÍSTICA pretende ser um elemento propagador dessa capacidade inerente ao Estado e ao povo capixaba: a capacidade de se superar e continuar crescendo! Eder Lepaus Diretor Geral Propaganda 86 NA CLARO VOCÊ GANHA UM CELULAR E UM MODEM GRÁTIS Você acaba de ganhar um Nokia C3 e um modem grátis. E mais: internet em dobro, sem redução de velocidade. Aproveite! Compartilhe cada momento. GRÁTIS NOKIA C3 PLANO SOB MEDIDA À PARTIR DA CONTRATAÇÃO DA FRANQUIA DE R$ 70,00 COM PACOTE DE DADOS DE 40Mb. AGENTE AUTORIZADO (Suzuki Celulares) Tel.: 3026-4101 [email protected] Av. Nossa Senhora da Penha, 595 - Ed. Tiffany Center Cep: 29.056-250 - Santa Lúcia Teclado Qwerty Completo Nokia Messaging Internet Via WI-FI + MODEM no Plano de 1 GB Promoção válida de 15/08 a 30/10/2011, podendo ser prorrogada a critério da Claro. Disponibilidade de aparelhos sujeita ao nosso estoque. Ofertas válidas para novas ativações e clientes da base sem carência ou com carência a vencer em 90 dias. Ofertas sujeitas a análise de crédito permanência mínima e multa rescisória, mediante apresentação da documentação obrigatória para cada tipo de plano. Combos: aparelho + banda larga: a composição do pacote de combos não pode ser alterada. Valor da mensalidade do Plano de Banda Larga de 1GB: R$ 79,90. No período de um ano, o cliente ganha o dobro da franquia contratada. 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Para mais informações, acesse www.claro.com.br ou ligue SAC 1052. 03 Expediente Matéria de Capa Que venham os desafios 18 18 Comunicação organizacional sem ruídos Daniel Manzano Receita Federal Carlos Aristides Hugo José Amboss Claudio Moreno Severiano Imperial José Arnaldo Carlos Eiras José Francisco 04 Diretor Geral: Eder Lepaus Conselho Editorial: Eder Lepaus, André Aquino, Matheus Escórcio Adriano, Leandro Gomes. Diretor de Arte: Matheus Escórcio Adriano Atendimento ao Cliente: Leandro Gomes. Contatos: Telefone: +55 (27) 3019-1986/3026-0086 E-mail: [email protected] Endereço: Avenida Nossa Senhora da Penha, 595, Ed. Tiffany Center Shopping, 10º andar, sala 1004, Vitória-ES Editor/Redator-Chefe: André Aquino Diretor de Arte: Matheus Escórcio Adriano Repórteres: André Aquino, John Gomes Colaboradores: Ronaldo Eustáquio Gama, Luiz Kleber da Silva Brandão, Henrique Sávio Nunes Rezende, Alexandre André 26 06 10 11 12 16 17 28 30 34 A Revista Comex & Logística é uma publicação bimestral da Agência de Publicidade Propaganda 86 distribuída gratuitamente a todos os setores que compreendem o comércio exterior no Estado do Espírito Santo. A Revista Comex & Logística constitui-se em fonte de consulta e material de leitura para formadores de opinião: de presidentes e diretores das principais empresas exportadoras e importadoras do Espírito Santo, autoridades do Governo, jornalistas especializados, políticos, economistas, profissionais com interesse nos negócios internacionais, acadêmicos, estudantes (de economia, relações internacionais, logística entre outros) e técnicos ligados à importação e exportação. Sugestões e anúncios, ligue 3019-1986 ou envie e-mail para [email protected]. 05 PRERROGATIVAS E AÇÕES DA FEADUANEIROS A Feaduaneiros, de acordo com a legislação sindical brasileira, é uma associação de grau superior e por aglutinar os sindicatos locais e regionais da categoria que representa, espalhados por todo o Brasil, constitui-se pela sua própria natureza em um órgão eminentemente político, face sua representatividade ser de âmbito federal. Por isso a Feaduaneiros tem como marco estatutário, defender em nível federal os “direitos e interesses da categoria econômica dos Despachantes Aduaneiros” (art. 1º, § 2º, do Estatuto Social) devendo, para tanto, praticar ações políticas sempre voltadas para a defesa das prerrogativas profissionais da categoria perante as autoridades constituídas. 06 E se olharmos a situação dos despachantes aduaneiros, no que se refere à sua posição no quadro legislativo brasileiro atual, verificar-se-á que ele está expressamente definido como um interveniente nas operações de comércio exterior, assim como passou a fazer parte, também de forma expressa, de um capítulo próprio do Regulamento Aduaneiro, demonstrando sua efetiva inserção na legislação como sendo um profissional reconhecido pelo Governo Federal, obviamente pela sua inegável importância na prática dos serviços aduaneiros. Essa inclusão decorreu das ações permanentes que a Feaduaneiros vem desenvolvendo ao longo destes anos junto às autoridades federais, em esforços comuns com estas, tanto que mais tarde inseriu-se nesse mesmo Regulamento, a exigência de “aprovação em exame de qualificação técnica” para fins de inscrição desse profissional no respectivo Registro existente no âmbito da RFB (artigo 810, inciso VI). E para que a posição e importância do despachante aduaneiro possam ser avaliadas pelas autoridades brasileiras constituídas, a Feaduaneiros vale-se de seu permanente engajamento com as demais associações internacionais das quais faz parte oficialmente, em especial a ASAPRA, que congrega profissionais aduaneiros da América Latina e de alguns países da Europa. É que hoje existe uma intensa troca de informações entre as associações de despachantes aduaneiros desses países, com o que se passa a ter conhecimento das legislações e problemas existentes em cada um deles e as soluções havidas para saná-los. Estas ações constituem hoje uma das grandes prerrogativas da Feaduaneios, pois todas essas questões estão ligadas com as mais altas organizações internacionais que ditam as normas sobre o comércio exterior e as aduanas, como o Código Aduaneiro do Mercosul, a OMC e a OMA – Organização Mundial das Aduanas. É preciso ficar atento a todas as mudanças que se processam no âmbito dessas importantes entidades, função que a Feaduaneiros vem executando quase que diariamente. É muito importante essa união internacional dos profissionais aduaneiros, a qual é visível em cada país que faz parte daquela associação (ASAPRA), razão pela qual conclamamos a união dos despachantes aduaneiros do Brasil, que começa com a união dos que pertencem ao quadro associativo de cada órgão sindical. Daniel Mansano Presidente da Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros – Feaduaneiros. P I L O T O ANGELO GABRIEL 07 “ Que venham os desafios! Os desafios são muitos para a Alfândega no Estado. Mas, o desempenho correto no dia-a-dia da unidade, apesar de puxado e trabalhoso, não desamina os profissionais da Alfândega, que é a segunda do Pais, de acordo com muitos dos critérios de referência. Esse é o ponto de vista de Flávio José Passos Coelho, Inspetor-chefe da Alfândega do Porto de Vitória. Quais são seus desafios frente à Alfândega do Porto de Vitória? Nós não temos o quadro de pessoal ideal para fazer frente a esse volume de trabalho, temos uma variedade de cargas, pois temos um complexo portuário com vocações múltiplas. Na região portuária do ES, lidamos com todos os tipos de mercadorias. Por causa das peculiaridades geográficas da região, nossa presença no despacho aduaneiro é distribuída em pontos diferentes da Grande Vitória: temos equipes no Porto de Vila Velha, no aeroporto, nos portos secos e no Porto de Tubarão. Então, nosso desafio é prestar um serviço de qualidade e continuar com o processo de evolução no desempenho, em ter- 08 Um desafio é intensificar nossa presença, tornando-a cada vez mais eficaz. Nossa presença não é só quantitativa, mas também qualitativa; é estarmos presentes nos momentos certos e na hora certa. mos de controle aduaneiro. É muito comum que a sociedade nos veja mais em momentos críticos, muitas vezes na fase final de operações com apelo midiático mais forte, tais como as que envolvem a Receita e a Polícia Federal. Entretanto, nosso trabalho rotineiro nos exige bastante, para exercer o controle aduaneiro em defesa da sociedade, da economia, da segurança, das relações de consumo, evitando, por exemplo, a entrada de produtos por meios fraudulentos ou de produtos cuja circulação seja proibida. gar sobre a possibilidade de ocuparmos um espaço na Rodovia Darly Santos. Lá poderíamos criar o que ainda não temos e tentarmos, com isso, proporcionar mais conforto, distribuindo melhor as nossas acomodações, sem que precisemos abandonar nossas instalações em Vitória. Existe previsão de um lugar para a construção de novas instalações para a Alfândega? Sim, a Prefeitura de Vila Velha convidou-nos para dialo- E sobre o terreno na Beira Mar? Aquele terreno está destinado à Delegacia da Receita Federal. Durante anos, a Alfândega teve interesse e até entabulou algumas negociações para adquirir ou ocupar algumas outras áreas possíveis aqui em Vitoria. Todavia, como a ocupação na Capital é mais intensa, temos mais dificuldades de encontrar aqui um lugar apropriado para a ampliação das nossas instalações. Por exemplo, nós teríamos muito interesse em algum local com saída para o mar, de modo que pudéssemos atracar nossa lancha, um lugar que facilite o acesso e proporcione conforto para o contribuinte. No prédio atual, deparamo-nos com dificuldade de estacionamento e até mesmo de acesso, em função do movimento da rua. Próximo a Capitania dos Portos seria um local interessante? Sem dúvida, pois poderíamos contar com um ponto de atracação ali e então poderíamos proporcionar mais alternativas para o serviço de vigilância na zona primária, que é uma atividade importante para nós. tativa de algumas lideranças ligadas ao comércio exterior, acerca da criação de uma Superintendência da Receita Federal do Brasil no ES. Entretanto, apesar de nossa economia mostrar um ritmo de crescimento indiscutivelmente acelerado nos últimos anos, essa discussão extrapola o âmbito interno de diálogo, na Receita Federal. A distribuição das unidades nas dez regiões fiscais hoje existentes foi definida há várias décadas, levando em conta as semelhanças entre as realidades econômicas e buscando equilibrar, na medida do possível, o poder, a autoridade e a responsabilidade de cada superintendência. Assim, a mudança desse cenário dependeria também de uma movimentação de cunho político, que já escapa ao alcance de nossas possibilidades de atuação. “ O que dizer sobre o número de funcionários na alfândega e sobre a 7ª região fiscal? Ouvimos falar sobre a expec- Os bons despachantes podem prestar à sociedade um serviço muito relevante, pois o comércio exterior é uma vocação muitoforte do Estado Mesmo com o posicionamento do ES e da ocorrência do petróleo no Pré Sal, ainda não seria interessante? Sim, talvez seja. Porém, volto a afirmar que essa é uma iniciativa a ser assumida por nossas lideranças políticas, e não pela própria Receita Federal. Existe alguma possibilidade para concurso de novos profissionais para a Alfândega? Sim, precisamos muito de analistas, de auditores e de assistentes administrativos. Existe uma previsão para realização de concurso no ano que vem. Ainda não posso garantir que vai ser realizado, mas existe uma expectativa bastante forte de que, pelo menos, assistentes técnicos administrativos nós iremos receber no próximo ano. Isso vai dar um alivio muito grande para muitos trabalhos que temos aqui em andamento. Que mensagem o senhor pode deixar para o despachante aduaneiro? Penso que a categoria dos despachantes aduaneiros representa uma força de trabalho muito importante para o fluxo do comércio exterior e vejo que os despachantes estão empenhados em se aprimorar cada vez mais, aumentando seus conhecimentos. Os bons profissionais do ramo contribuem muitas vezes com ideias e propostas formais que tornam a atividade de fiscalização mais eficaz e mais ágil, ajudando a Receita Federal no combate aos ilícitos. Nós achamos que, nesse caso, os bons despachantes estão dispostos a prestar à sociedade capixaba um serviço muito relevante, pois o comércio exterior é uma vocação muito forte do Estado. Nos últimos 40 anos, o setor teve a oportunidade de crescer e levou o Estado, de fato, ao crescimento. O setor portuário é uma porta aberta para o mundo e, de acordo com a visão de futuro que é abraçada pelo Estado, com o aumento da importância do petróleo na nossa economia, a nossa vocação portuária ainda tem muito a oferecer em termos econômicos e sociais. Portanto, na construção de nosso futuro, é fundamental a participação dos profissionais que militam no comércio exterior, tanto na iniciativa privada quanto no poder público, cada um dando o máximo de si, na missão de contribuir para o desenvolvimento do ES. 09 Delegacia da Receita Federal do Brasil em Vitória uma breve apresentação A Delegacia da Receita Federal do Brasil em Vitória/ES – DRF/ VIT - está localizada na capital do Estado, sendo a única do Espírito Santo e à qual estão jurisdicionadas seis agências, nos municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Vila Velha, Serra, Colatina, Linhares e São Mateus. Para se avaliar a importância dessa unidade da Secretaria da Receita Federal do Brasil é necessário um breve comentário sobre o seu local de atuação. O Estado do Espírito Santo, que apresenta o 5º maior PIB per capita da Federação, possui base econômica diversificada e movimenta negócios das cadeias produtivas do petróleo e gás, siderurgia e mineração, celulose e rochas ornamentais, entre outros arranjos produtivos. Com as recentes descobertas realizadas, o Estado tornou-se a 2º maior província petrolífera do País, com reservas totais de 2,5 bilhões de barris. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 2010 apenas 10 cinco Estados apresentaram aumento na produção industrial acima da média nacional (10,5%), sendo o Estado do Espírito Santo o grande destaque, com alta de 22,3%, o que dá uma boa dimensão do potencial de crescimento da sub-região fiscal que a Delegacia da Receita Federal do Brasil em Vitória administra, em termos econômicos e de arrecadação. À equipe recém nomeada para administrar essa Unidade, composta pelos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil Luiz Antonio Bosser e Ivon Pontes Schayder, respectivamente Delegado e Delegado Adjunto, cabe o grande desafio de desenvolver e incrementar as atividades de arrecadação e fiscalização, no âmbito do Espírito Santo, contribuindo para prover o Estado de recursos para garantir o bem-estar social; gerenciar e acompanhar localmente as políticas de tecnologia e segurança da informação, visando a preservação do sigilo fiscal dos contribuintes, e promover em nosso Estado a Educação Fiscal, programa que tem como objetivo incentivar o pleno exercício da cidadania e sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo. Um grande marco de atuação da Delegacia da Receita Federal do Brasil em Vitória tem sido as participações nas grandes operações junto ao Núcleo de Inteligência da RFB e em parceria com outras instituições, tais como Ministério Público, Polícia Federal, Secretaria de Estado da Fazenda, entre outras, para o combate às grandes fraudes e à sonegação fiscal. Qualidade com excelência Mas a principal meta da Delegacia e das Agências jurisdicionadas tem sido a busca pelo atendimento com excelência. Mesmo antes da unificação da Receita Previdenciária com a Receita Federal, a Agência da Serra já fazia o atendimento integrado, sendo um dos primeiros locais do Brasil a prestar essa facilidade de serviço ao cidadão, que posteriormente foi ampliada para os demais locais de atendimento. A recente integração do atendimento da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional com a Receita Federal do Brasil proporcionou a racionalização dos procedimentos de atendimento, bem como promoveu no ambiente funcional uma visão mais abrangente do crédito tributário e facilitou o atendimento para o contribuinte. “ Os administradores da DRF/ VIT-ES têm plena certeza de que o atendimento ao contribuinte será tão mais aperfeiçoado quanto maior a participação de seus usuários, motivo pelo qual pretende ampliar os encontros realizados entre as entidades representativas dos contribuintes, seja para eventos objetivando o aperfeiçoamento técnico ou para outras finalidades, sempre voltadas para nossa missão, que é exercer a administração tributária com justiça fiscal e respeito ao cidadão, em benefício da sociedade. Linha de Frente Como a Anvisa realiza o trabalho que garante a segurança sanitária nos acessos ao país. A fiscalização feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa é primordial para manter a segurança e a saúde dos brasileiros. A partir das inspeções realizadas com os produtos que chegam ao país, seja por meio aéreo, marítimo ou terrestre, é que se faz o controle contra problemas de higiene e saúde. Na entrevista a seguir, o diretor da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no Estado do Espírito Santo (CVPAF/ES), Carlos Aristides, explica mais detalhes de como esse trabalho é feito e as melhorias que foram realizadas na Anvisa do Estado em sua gestão. Quais foram as mudanças que você implementou em sua gestão na Anvisa? A Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados no Estado do Espírito Santo (CVPAF/ES), apresenta um quadro de Recursos Humanos (RH) muito reduzido, considerando as demandas do Estado. Dessa forma, todas as alterações que fizemos focam a melhoria do tempo de resposta ao Setor Regulado, mantendo, evidentemente, a qualidade das atividades de defesa da Saúde Pública que, em suma, é o objetivo final de nossa atividade. Assim, privilegiamos a adoção de tecnologias voltadas à melhoria. Podemos destacar a área de portos, onde tivemos a implantação do Sistema SAGARANA, que permite acompanhamento on-line de todas as nossas inspeções em embarcações e áreas portuárias, gerenciando o risco sanitário envolvido, buscando melhor otimizar a energia despendida. Qual é o papel do fiscal em suas atividades? O fiscal da ANVISA em Portos, Aeroportos, Fronteira e Recintos Alfandegados é peça chave no desenvolvimento das atividades da Agência, naquilo que a expressão “servir ao público” tem de mais significativo, isto é, a defesa pura e simples da Saúde da população brasileira. O nosso dia a dia nos coloca em confronto direto com toda gama de viajantes e produtos oriundos das mais diversas e longínquas partes do planeta. Lugares onde as pessoas têm hábitos de higiene e saúde, por vezes, totalmente diversos dos nossos e que, com o desenvolvimento dos meios de transporte, possibilitam que em menos de 24 horas saiam do outro lado do mundo e cheguem aqui. Somos a primeira linha de defesa da Saúde dos cidadãos brasileiros, fazendo um trabalho silencioso nos mais distantes rincões do Brasil, inspecionando bens, produtos, serviços de interesse da Saúde, zelando pelo bem estar do nosso povo. No seu ponto de vista, o que precisa ser modificado para alavancar o Comércio Exterior no ES? O grande desafio do Espírito Santo é resolver todas as questões de logística que vem se arrastando ao logo dos anos como a conclusão das obras do Aeroporto de Vitoria, dragagem e derrocagem da Baia de Vitória, duplicação da BR 101 e conclusão das obras da Rodovia do Contorno. “ “ “ Somos a primeira linha de defesa da Saúde dos cidadãos brasileiros, fazendo um trabalho silencioso zelando pelo bem estar do nosso povo Na Área de Produtos Importados, implementamos a harmonização dos processos de importação de produtos sob vigilância sanitária, de acordo com as demandas que detectamos nas reuniões que fazemos com as entidades representativas do setor e com os entes regulados. Sucintamente, as atividades de fiscalização realizadas por nossos fiscais têm como objetivo construir uma barreira sanitária voltada a proteger os pontos de entrada existentes no nosso Estado de qualquer fator que venha causar danos à saúde da população. Para esse fim realizamos periódicas inspeções em embarcações, aeronaves, parques portuários, no Aeroporto de Vitória, nas Estações Aduaneiras e em produtos sob vigilância sanitária que por aqui entram no Brasil. Quais são os grandes desafios da Anvisa no Estado? O principal desafio da CVPAF/ ES está diretamente ligado à recomposição do nosso quadro de RH. Apesar de não estar dentro de nossa esfera de governabilidade, pois como são servidores públicos sua contratação pode “Fizemos alterações que focam a melhoria do tempo de resposta ao Setor Regulado . A defesa da Saúde Pública é o objetivo final de nossa atividade” ser feita somente através de concurso público, estamos bastante preocupados pois as demandas têm crescido e não tem havido renovação nos quadros de RH. A situação se agrava quando verificamos que a grande maioria dos servidores estará aposentando num prazo de mais cinco anos. Apesar disso, temos a expectativa de que nossas gerências superiores, que conhecem o problema, providenciem a contratação de novos servidores no prazo mais curto possível. 11 “ Os desafios da COD A dragagem da baía de Vitória, as alterações na infra-estrutura para atender melhor ao aumento da demanda, o crescimento das atividades Offshore. Esses são alguns dos desafios do diretor presidente da CODESA, Hugo José Amboss Merçon de Lima. Na entrevista a seguir, Hugo explica um pouco da situação atual dos portos de Vitória e as mudanças necessárias para a melhorar ainda mais a infra-estrutura portuária do ES. Como foi o início de sua trajetória na CODESA? Nasci e fui criado em Cachoeiro do Itapemirim e moro em Vitória desde a década de 80. Trabalho na CODESA há 27 anos, onde entrei como estagiário, galguei algumas posições até que em 2007 assumi a direção de infra-estrutura e operações . 12 Como funciona o processo da dragagem da baía de Vitória? A dragagem é uma limpeza do canal de acesso. No caso da CODESA, é uma limpeza de material de sedimentos que não é gerado dentro do porto. Esse material vem das saídas de esgoto dos municípios que cercam o porto de Vitória e desce dos rios. A CODESA vive uma situação critica sobre a dragagem, pois ela precisa limpar o canal e para isso precisa fazer investimentos que estão dentro do projeto. Em 2006, teve inicio a dragagem mas não foi finalizada por problemas técnicos. Foi feito um projeto em parceria com a LOGIM, que foi altamente elogiado na época. No final de 2009 após a assinatura do contrato houve um problema entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Secretaria de Portos, com relação ao preço de alguns itens, cerca de 20% do contrato. A ACEP decidiu por cancelar o processo e fazer uma nova licitação. Assim, a CODESA e a LOGIM foram novamente chamadas e fizeram uma revisão no projeto de dragagem e agora no mês de julho foi entregue à Secretaria de Portos. Agora, novamente a ACEP poderá fazer uma concorrência. É um projeto arrojado, ousado, onde quem tem experiência na área esta falando que foi o melhor de todos (em detalhes técnicos). Com este projeto eles buscam melhorar a segurança e acesso ao porto de Vitória e consequentemente a profundidade. Hoje estamos em 10 metros e nosso objetivo é chegar a 12 metros. E isso atenderia os super navios? Não, porque o porto de Vitória em determinados locais, onde o navio com uma boca de 32 metros, precisaria por novas técnicas de 100 a 120 metros de largura e aqui tem 80 metros de largura. Com esse projeto, vamos aumentar as larguras, atendendo assim a uma nova técnica. A visão da CODESA é construir um novo porto público no ES e, para isso, foi liberado no mês de julho um edital de licitação com fins de contratar uma empresa para fazer um estu- do de localização e de viabilidade de um novo complexo portuário na costa do ES. Já existe a previsão de um outro lugar? Nós temos, dentro do que a CODESA está ofertando, o estudo Pelps - projeto feito pelo Governo do ES – e recen- “ DESA para o futuro “O Offshore tem crescido muito. Ano passado, algo em torno de 5% da nossa receita eram de atividades Offshore” temente a prefeitura de Vila Velha apresentou para nós o PORTAIS. Isso não impede que a empresa indique outro lugar, como consta no edital. Como anda o processo de sinalização marítima? No passado a sinalização náutica era atribuição da Mari- nha do Brasil. De alguns anos para cá passou para a autoridade portuária. Nós temos um contrato com uma empresa náutica, mas como houve todo esse atraso por conta da dragagem, decidimos refazer nosso projeto de sinalização. Esse projeto já foi concluído e a licitação autorizada. A abertura do edital vai ser feita no dia 02 de setembro, onde vai possibilitar o porto atuar com mais segurança e por 24 horas. Houve um aumento nas atividades Offshore no ES? O porto público tem uma atribuição de atender todas as demandas que aparecem aqui, mas nos últimos anos, devido ao crescimento das reservas de petróleo e agora mais ainda com a questão do pré-sal, o Offshore tem crescido muito. Ano passado, algo em torno de 5% da nossa receita eram de atividades Offshore. que presta serviço nesta área de manutenção da sinalização náutica, como qualquer porto tem este tipo de contrato. Foi feito mais recentemente, junto com o projeto de dragagem, um novo projeto de sinalização Quais as perspectivas para o futuro em relação à estrutura portuária do Estado? Quando assumimos em 2007, apresentamos nosso planejamento, e boa parte do nosso projeto foi aceita, Estamos conseguindo executá-lo. A parte de infra-estrutura do porto que está evoluindo – de Vitória e de Barro do Riacho – a questão financeira do porto – a receita em 2007 era cerca de R$ 6 milhões de reais por mês e hoje esta na faixa de R$8,5 milhões por mês. 13 14 15 Benefícios fiscais e reforma tributária: um cenário real território nacional. O que complica são as diversas variáveis que o governo foi criando e que são, na verdade, remendos de legislações que buscam adiantar uma possível Reforma Tributária. Um exemplo é o PIS/COFINS cobrado na Importação, criado através de uma “Mini Reforma Tributária” que ao invés de reduzir, aumentou os custos de uma maneira geral. Cláudio Moreno Formado em Relações Internacionais com ênfase em Comércio Exterior pela UNESA, pós graduado pelo IBMEC/RJ, MBA em Marketing, diretor executivo da G Trading Comércio Exterior, Administrador da XC Comercial. e diretor do Sindiex. O Brasil é um país continental e que, diferente da Europa, EUA e outros países, ainda possui desigualdades sociais e concentração de renda. A exemplo de São Paulo, Zona Franca de Manaus e outros pólos industriais e regiões mais desenvolvidas, são locais que foram desenvolvidos baseados em Incentivos Fiscais federais, estaduais e municipais. Hoje com o aumento da máquina pública que cresce ano após ano de forma imprevisível, falar em perda de receita em qualquer nível administrativo, é um ponto extremamente delicado e complexo. Reforma Tributária não se restringe apenas ao ICMS, é muito mais amplo, pois temos mais de 34 impostos distribuídos pela União, federações e municípios. O ICMS é apenas um deles que na maioria das vezes está na ponta da cadeia, apesar de representar uma cifra alta. O sistema de não cumulatividade é algo que foi engenhosamente e inteligentemente pensado para criar uma desoneração do setor produtivo e ao mesmo tempo facilitar a fiscalização que não possui capilaridade em todo o 16 Se compararmos com o que ocorre nos EUA, por exemplo, onde aparentemente (percepção do consumidor) eles só têm um imposto sobre as vendas (Sales Tax), caso ocorresse no Brasil mecanismo similar, ficam algumas perguntas que hoje nem a União nem os estados chegam a um consenso: quem vai administrar e repartir os valores arrecadados? Como serão divididos? Quais serão os critérios? Haverá compensação dos estados por perda de receita? Os estados aceitam perder o controle da arrecadação e passar para a União sabendo que existe uma mistura de Política e Economia? Ciclo vicioso Estamos vivendo a época da informalidade, pois o governo aumenta os impostos por possuir necessidades imediatas com o aumento dos gastos governamentais. De onde eles vão arrecadar? Do setor informal que nunca pagou imposto? Cobrará do setor privado produtivo que pagará o imposto que for e repassará para o preço ao consumidor. Quem paga a conta no final é sempre o consumidor. O aumento dos impostos/arrecadação visa cobrir esses gastos públicos e o setor informal cada vez aumenta, pois não consegue suportar a carga tributária. A justificativa do setor informal é a mesma do governo: necessidade de sobrevivência imediata. O setor informal sonega impostos e o Governo sonega por não cumprir com a função do imposto, que é de investir para melhorias em favor da população. Em minha opinião um não justifica o outro e vice-versa. Antes de falarmos em Reforma Tributária temos que congelar os gastos públicos e fazer as devidas reduções, cobrar produtividade, investir em infraestrutura, focar em áreas que o Governo deveria focar que é Saúde, Educação e Segurança. Somente assim será possível reduzir impostos, caso contrário, a informalidade não deixará de crescer e o governo não poderá abrir mão de receitas, pois gasta cada vez mais. O cenário que vemos hoje é de incerteza e de insegurança. Existe uma pressão muito grande para se fazer uma Reforma Tributária que visa acabar com a guerra fiscal. Porém, ninguém abre mão de sua arrecadação. Então como fazer? Com certeza é mais fácil preparar mais um “remendo”... É o que deve acontecer em um curto prazo. Existem, há muitos anos, incentivos concedidos pelo Governo e que durariam, na época em que se falou em Reforma Tributária, fim de guerra fiscal etc, mais 20 anos. Eu sou a favor e sempre serei de que se faça uma Reforma Tributária justa onde as perdas causadas por queda de arrecadação sejam compensadas de alguma forma. Não acho justo acabar com os incentivos apenas de alguns estados e outros continuarem por mais alguns anos a terem uma vantagem competitiva que nenhuma outra terá. Se ocorrer esse tipo de Reforma Tributária, milhares de empresas serão prejudicadas e algumas poucas terão uma vantagem competitiva sem precedentes nesse país. Na teoria tudo é muito simples, fácil e todos sabem fazer, porém na prática as variáveis são inúmeras, o que dificulta qualquer reforma em todos os aspectos. Inexistência de investimento é sinônimo de apagão logístico Severiano Alvarenga Imperial - Presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo – SINDIEX afirma nessa entrevista ao Comex & Logística que é cada vez mais urgente a necessidade de se buscar investimentos para a infraestrutura portuária no Espírito Santo. Com a seriedade de sempre, Imperial também prevê sérios problemas para o comércio exterior capixaba caso seja aprovada a Reforma Tributária nos atuais termos. dos os modais teremos como ampliar ainda mais as atividades de comércio exterior no Espírito Santo e gerar mais riquezas e mais empregos. Como o Senhor avalia a questão da infraestrutura portuária do Estado? O Espírito Santo precisa continuar buscando investimentos junto ao Governo Federal para a infraestrutura de transportes no Estado, pois é pequena a ingerência que as autoridades estaduais têm sobre essa infraestrutura logística, que é praticamente controlada ou pelo Governo Federal, ou por empresas privadas. Somente com melhorias em to- Como fica o comércio exterior capixaba se não houver melhorias na infraestrutura portuária? Quais são as demandas mais urgentes? O comércio exterior não vive somente de um modal. É necessário investimento em todos. É impossível chegar carga, por exemplo, pelo Porto de Vitória e não ter estradas seguras e bem sinalizadas para fazer o transporte das mercadorias para os estados compradores. Inexistência de investimento é sinônimo de apagão logístico, uma vez que os investimentos previstos também já não abrangem a realidade a médio prazo. Ou seja, os projetos de investimentos já nascem obsoletos (vide o projeto do terminal de cargas do aeroporto que mesmo depois de pronto não atenderá a demanda, já a médio prazo). Frente à proposta de Reforma Tributária em discussão, quais são as perspectivas do setor para os próximos anos? Se for aprovada a atual proposta de reforma tributária fatiada, em tramitação no Congresso Nacional, estimamos que, em apenas um ano o impacto na economia capixaba será o seguinte: -Redução drástica dos investimentos em projetos de infraestrutura que são realizados pelas empresas fundapeanas. -Redução drástica da capacidade de investimento da maior parte dos municípios, com perda de R$ 538 milhões nas receitas municipais. -Diminuição de 26,3%, em média, do Índice de Participação dos Municípios (IPM). -Perda de R$ 2,2 bilhões na arrecadação de ICMS. -Fim de recursos ao FundapSocial e, por consequência, prejuízo ao Programa Nossocrédito. -Extinção de cerca de 500 empresas capixabas e desemprego em massa. 17 “ Justa homenagem Comprovando a fortalecimento e a importância do despachante aduaneiro, Assembleia Legislativa do Estado presta homenagem à categoria por ocasião do 20º aniversário do Sindaees - Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Espírito Santo. Foi muito mais que um simples “parabéns”! A homenagem prestada pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo ao despachantes foi o reconhecimento da importância da categoria para o Estado. A homenagem à categoria veio na comemoração dos vinte anos do SINDAEES - Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado do Espírito Santo. Por iniciativa do deputado Nilton Baiano (PP), a Assembleia realizou sessão especial no Plenário Dirceu Cardoso no dia 31 de maio. Proporcionando a relevância merecida, a vice-presidente da Casa, deputada Luzia Toledo (PMDB) comandou a sessão em que os deputados destacaram a importância do trabalho 18 dos profissionais e o tempo de atuação do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros no Espírito Santo. Agradecido, o presidente do Sindaees, Luiz Kleber da Silva Brandão, lembrou que o despachante tem que ser um profissional sempre bem atualizado. “Pela complexidade do sistema, o despachante aduaneiro tem que ser um profissional com grande conhecimento da legislação que regulamenta o comércio exterior, estar sempre em dia com as modificações que são quase semanais, ter conhecimentos de inglês e de mercados externos, além de muita competência e dinâmica para o desempenho da função”, afirmou. Por isso o SINDAEES é órgão importante para a manutenção do Comércio Exterior no Estado. O sindicato garante aos despachantes a manutenção dos direitos da categoria além de diversos benefícios para o profissional filiado. O fortalecimento da categoria é interessante e importante para todos os que trabalham neste setor. Mesmo assim, segundo o presidente do Sindaees, Luis Kleber, em seu pronunciamento no evento, dos 330 despachantes aduaneiros habilitados pela Receita Federal, 183 são filiados ao SINDAEES. Durante o discurso, o presidente do sindicato ainda destacou a função do despachante aduaneiro. “ “ O Despachante Aduaneiro tem que ser um profissional com grande conhecimento além de muita competência e dinâmica para o desempenho da função volvimento do Estado. “Admiro os despachantes pela capacidade que têm de estarem sempre bem informados e atualizados. Em um mundo competitivo e de mudanças rápidas, é uma tarefa hercúlea poder oferecer um trabalho de qualidade”, destacou Heliomar. “ Luis Kleber da Silva Brandão - Presidente Sindaees Durante a sessão, o SINDAEES homenageou oito despachantes aduaneiros que se destacaram pelo empenho e dedicação à categoria. Os homenageados na comemoração foram Anita Luiza da Silva, Dalva Marchiori, Eva Cristina da Silva, Juliana Titó Melado, Carlos Alberto Rispoli, Henrique Sávio, Leonardo de Pádua Modenesi e Ricardo Costa Barbosa. O Deputado Nilton Baiano também foi homenageado, porém, devido a compromissos em Brasília, sua esposa, a Sra. Elizete Fassarella, o representou no evento. Prestígio O evento contou com a presença de diversos representantes de autoridades portuárias e outros setores envolvidos com os portos. Estavam na sessão o coordenador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carlos Aristides, o presidente da Associação Comercial de Vitória, Moacyr Bonelli, o presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Espírito Santo (Sindamares), Waldemar Rocha Júnior, o diretor financeiro do SINDAEES, Welington de Jesus, o tesoureiro do Sindaees, Jeankarlo Spanhol. Além dessas personalidades, o secretário de Coordenação Política de Cariacica, Heliomar Costa, também prestigiou o evento. Heliomar é sincero admirador e incentivador dos despachantes, que considera fundamentais para o desen- O deputado estadual Nilton Baiano ressaltou a importância da discussão sobre o trabalho dos despachantes. Enquanto for deputado faço questão de todo ano propor sessão em homenagem aos despachantes” Deputado Nilton Baiano “Fiquei muito feliz e honrado em poder propor a discussão sobre o despachante aduaneiro e sua atuação através de Sessão Especial. Quero parabenizar o SINDAEES pelos seus 20 anos de atuação e agradecer à categoria pelo excelente trabalho que desempenha em prol de nosso Estado. Enquanto for deputado faço questão de todo ano propor sessão em homenagem aos despachantes”, afirmou o deputado. Comemoração o ano todo No ano do seu 20º aniversário, o SINDAEES busca prestigiar o despachante aduaneiro em todas as oportunidades. E para celebrar as conquistas, o SINDAEES realizou concorrido café da manhã no Hotel Ilha do Boi, Vitória em 28 de fevereiro. Além da presença da diretoria do sindicato e de diversos despachantes aduaneiros, o evento contou com a participação do presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Valdir Aparecido dos Santos, o representante do presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Rio Grande do Sul, Clésio Luiz Jaques, o diretor de Infra-Estrutura e Operações da CODESA, Hugo Amboss Merçon, o Secretário Especial da Serra, Henrique Zimmer, Gilson Guedes, coordenador do Vigiagro/ MAPA, Olivia Tirello, superintendente do Centrorochas, Napoleão Senna, diretor executivo da ATRES e o representante da Alfândega do Porto de Vitória Luiz Fernandes, do MAPA e O que faz um despachante A principal função do despachante aduaneiro é a formulação da declaração aduaneira de importação ou de exportação, que nada mais é do que a proposição da destinação a ser dada aos bens submetidos ao controle aduaneiro, indicando o regime aduaneiro a aplicar às mercadorias e comunicando os elementos exigidos pela Aduana para aplicação desse regime. Coordenador do PROHAGEES Antonio Barletta, entre outras entidades ligadas ao comércio exterior. Na ocasião, foram entregues placas comemorativas ao aniversário da entidade aos fundadores Marcos de Menezes Tovar, Carlos Augusto Cypriano, Oswaldo Patriarca, Candido Salles Bonfim e Carlos Monteiro Neto. O evento foi encerrado com uma palestra do diretor da Famex Importadora e Exportadora, Marcílio R. Machado, que abordou as perspectivas e desafios para os despachantes aduaneiros no mundo globalizado de hoje. 19 UMA HISTÓRIA DE SUCESSO pio, sua razão social também compreendia as comissárias, sendo conhecido como Sindacees. Em 1998 foram excluídas as comissárias, passando então a atender como SINDAEES. Com o intuito de fortalecer a categoria e dar mais apoio para os trabalhadores da área, o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Espírito Santo foi criado em 28 de fevereiro de 1991. No princí- Formado por um grupo de profissionais ligados ao comércio exterior, o sindicato foi fundado por Carlos Augusto Cypriano, Candido Salles Bonfim, Carlos Monteiro Neto, Evandro Tironi, Jefferson Rios, José Carlos Elias de Paulo, Henrique Almeida, Marcos de Menezes Tovar, Washington Luiz de Oliveira , Osvaldo Patriarca e outros. Hoje o SINDAEES conta com sede própria, com um bom auditório com capacidade para 64 pessoas confortavelmente instaladas, equipamentos eletrônicos modernos (onde temos internet, siscomex), onde são realizados cursos, palestras, A.G.O. , uma ampla sala para reuniões, com uma pequena biblioteca voltada para a área, mais três salas de apoio, onde procuramos oferecer sempre aos associados condições ideais para ajudar no desenvolvimento dos seus serviços, pois todas, estão de acordo com a legislação em vigor, ao lado dos NOAs (Teca, TVV e Terca). Nesses 20 anos, o SINDAEES acompanhou o crescimento do comércio exterior do Espírito Santo, que representa grande fatia da economia capixaba. Hoje o despachante conta com vários convênios, desde lazer e esporte, à saúde (médicos e dentistas), educação (faculdades e cursos de idiomas), serviços, assessoria jurídica, entre outros. Buscamos de todas as maneiras promover melhores condições de trabalho, bem como qualificação, através de cursos e palestras, para dar as melhores condições possíveis aos filiados. É com a ajuda dos Despachantes que hoje o SINDAEES se mantém firme em seus propósitos e alcançando cada vez mais conquistas para a categoria. Palavra de quem viveu a história Após diversas reuniões e discussões sobre a necessidade urgente, em um modesto escritório, no centro de Vitória, no dia 28 de fevereiro de 1991, através das ações de alguns colegas materializa a fundação do nosso hoje grande SINDAEES. Passados vinte anos, muitas barreiras foram vencidas pela vontade, persistência e abnegação de profissionais dedicados que ajudaram a construir nossa história. A permanente busca da qualidade, no atendimento aos nossos clientes importadores e exportadores. Essa é a nossa missão, sempre em curtos 20 períodos de tempo, obtendo assim, as liberações e nacionalizações das suas mercadorias, dentro da especificação da Lei. Foi com grande satisfação e vontade de obtermos resultados permanentes para a categoria que, em janeiro de 2005, iniciamos nossos trabalhos à frente da entidade com uma equipe preparada e voltada para o crescimento do SINDAEES. Evidentemente modificações foram necessárias, como a contratação de profissional especializado para garantir melhor gestão e um planejamento adequado para os anos seguintes. Em 2008 iniciamos uma nova fase, com ênfase no aumento do número de associados, saindo de 128 para 243. Foi nesse ano, e em parceria com a seguradora Porto Seguro, que contemplamos nossos associados com um seguro de vida, com os custos da entidade. O ano de 2009 foi conturbado. A crise econômica mundial levou o SINDAEES, e todas as empresas, a refazerem planejamentos, pois afetaram todas as metas e consequentes resultados, tornando extremamente difíceis as ações, prejuízos financeiros para muitos, queda na exportação e importação, perdas consideráveis de associados (71 no total). Em 2010 foi um ano de consolidação, conseguimos reequilibrar as contas, com planejamento operacional ajustado. Mas com um menor número de associados, chegamos a 2011 com novos projetos, aumentamos nossa arrecadação, melhoramos todas as nossas salas de apoio, com novos aparelhos proporcionando aos usuários um melhor desempenho nos seus serviços, e com novos cursos e palestras voltadas ao seguimento que pretendemos realizar. E assim, estamos juntos, firmes. 21 O despacho Aduaneiro mudanças que ocorrem no comércio exterior que pela sua própria natureza já é dinâmico por si só. O artigo 76, § 2º, da Lei nº 10.833, de 2003, ao incorporar novas normas ao Direito Aduaneiro, criou a figura dos intervenientes nas operações de comércio exterior, citando-os nominalmente, sendo que o despachante aduaneiro faz parte expressa desse rol como uma pessoa que intervém nessas operações, com seus encargos e responsabilidades próprias. O Poder Público percebeu a grande importância desse profissional na execução dos serviços aduaneiros, que é de interesse público, e por isso o tem hoje como verdadeiro parceiro. É que os despachantes aduaneiros têm demonstrado grande capacidade de adaptação às mudanças que se processam continuamente na área aduaneira, fato, aliás, que bem explica a vida longeva dessa secular categoria profissional a qual, ao longo destas últimas quatro déca- 22 das, vem absorvendo os constantes processos de interiorização e descentralização dos serviços que se desenvolvem nessa área, acompanhado da criação de vários institutos aduaneiros que buscam simplificar, racionalizar e dinamizar as tarefas aduaneiras e sob a imposição implacável da informática. Dinamismo O despachante aduaneiro obriga-se hoje a acompanhar o vertiginoso crescimento das trocas internacionais, o extraordinário avanço das tecnologias que o mundo experimenta, gerando novos bens e serviços, a revolução dos meios de transporte que reduzem as distâncias e tempo e racionalizam espaços, a informatização de todos os meios de comunicação e de execução dos serviços. Tudo isto faz com que esse profissional seja forjado no trabalho e na constante adaptação dessas Note-se que a OMA – Organização Mundial das Aduanas, inspirada no Princípio da Facilitação do Comércio, o qual exige a Modernização das Aduanas, estabeleceu o seguinte como marco, em 1999: “A velocidade das mudanças ocorridas no comércio internacional, a globalização, a tecnologia da informação obrigam as administrações aduaneiras a modificar seus regimes e práticas, a fim de incorporar novos desenvolvimentos”. Assim, se as Aduanas obrigam-se a renovar a fim de incorporarem novos desenvolvimentos, é evidente que o despachante aduaneiro também é obrigado a seguir a mesma cartilha. E por ser ele um profissional secular que esteve presente em todos esses movimentos, dia-a-dia, acabou adquirindo uma extraordinária capacidade de absorção das exigências e de adaptação e incorporação das novas técnicas que surgem a todo momento no comércio exterior. Por tudo isso o despachante aduaneiro é considerado um profissional importantíssimo na cadeia logística do comércio exterior, tanto que vem resistindo há mais de século a todas as investidas que tentam minimizar sua importância. Domingos de Torre Assessor Jurídico Feaduaneiros 23 Serviços realizados em pátio ou em armazéns climatizados, refrigerados ou normais Entreposto consignado ao recinto Economia, segurança e agilidade ARMAZENAGEM 1.597.000 m² de área para armazenagem 1.365.400 m² de área alfandegada 94.400 m² em área coberta 1.271.000 m² em área descoberta MOVIMENTAÇÃO 231.600 m² de área de armazém geral 20.600 m² em área coberta 211.000 m² em área descoberta Carga solta ou paletizada em pátios ou armazéns Carga conteinerizada, ovação e desovação Posicionamento para vistorias 3.500 m² de áreas refrigeradas e climatizadas (aduaneira e armazém geral) 26.500 m² de área de PDI de veículos e de máquinas CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO Embalagem de volumes 74.054 posições de pallets, em regime aduaneiro, por tipo de negócio (carga geral, químicos perigosos, fármacos, cosméticos) Aplicação de etiquetas 15.600 posições de pallets, em armazém geral, por tipo de negócio (carga geral, químicos perigosos, fármacos, cosméticos) Separação por processo de expedição (sorting) 43.700 posições de veículos e de máquinas em pátio aduaneiro Gestão de estoque Separação de produtos por pedido (picking) Paletização Gestão de transporte SALAS COMERCIAIS Locação para clientes 24 Atendimento, num raio de 1.000 km, aos grandes centros de distribuição do Brasil (SP, RJ e BH) Mais de um milhão e meio de metros quadrados de área de armazenagem Um dos maiores complexos de portos secos da América Latina Localização privilegiada, a 24 km dos portos molhados e a 10 km do aeroporto Portos secos capixabas garantem facilidades a quem importa e exporta pelo Espírito Santo BENEFÍCIOS SERVIÇOS CONEXOS Foco no cliente Separação de Declaração e de Licença de Importação (DI/LI) Equipamentos modernos e pessoal especializado Segregação de cargas para futura transferência a recinto alfandegado Gestão eficiente de estoques de mercadorias alfandegadas Carregamento de veículos e máquinas com utilização de rampas Mais de 100 equipamentos de movimentação Fornecimento de energia elétrica, incluindo monitoramento para contêineres tipo reefer Etiquetagem Selagem (vinhos e relógios) Instalação de software em celulares e eletrônicos Gravação de chassis em vidros Instalação de extintores Troca de manuais Modernas técnicas de centros de distribuição Elevados investimentos em tecnologia, proporcionando aos usuários acesso a informação em tempo real Atendimento e operações customizadas, seguro e segurança especializada Atividades centralizadas, processos documental e físico em um mesmo núcleo de operações Rápido escoamento de mercadorias da zona primária, multiplicando a capacidade dos portos e aeroporto, na importação e na exportação Instalação de pneus, de cabines e de caçambas em máquinas PDI de veículos e de máquinas Rodovia do Contorno (BR 101), km 281,3 Porto Engenho, Cariacica - ES 25 “ Endomarketing: “ Comunicação organizacional sem ruídos Por Gabriel Feitosa Administrador graduado pela PUC-MG, mestrando em Administração/ Gestão Estratégica (Fucape) com MBA em Logística e Comércio Internacional pela UVV. Atualmente supervisor de Planejamento e gestor de Comunicação e Marketing do Terca. Endomarketing é a extensão da clássica função do marketing porém voltada para dentro da organização. “Endo” provém do grego e quer dizer “ação interior” ou “movimento para dentro”. Endomarketing em sua essência significa realizar ações de marketing voltadas para o público interno da empresa. É seu intuito tornar transparente à força de trabalho os objetivos organizacionais visando harmonizar e alinhar o pensamento da liderança com todos os funcionários. Indo mais além, a função do endomarketing é deixar claro a todas as partes interessadas que nos processos internos estão incorporados os valores e a cultura organizacional, zelando pela manutenção de um clima favorável, na constante busca pela satisfação dos clientes. Foi com este pensamento que o Terca iniciou suas atividades de marketing voltadas à sua força de trabalho. Resultado de uma pesquisa de clima que identifi- 26 Saul Bekin cou falhas de comunicação entre a liderança e os funcionários, foi sugerida a criação de mecanismos de comunicação interna. Tudo começou com a proposta de um jornal simples, impresso em uma folha A4 e distribuído para os funcionários da empresa. Porém, antes mesmo da publicação da primeira edição, vislumbrou-se a oportunidade de tornar esta ferramenta um poderoso canal de comunicação não só com os funcionários, mas também com clientes, sociedade, fornecedores e todos que circulavam diariamente pela empresa. Para que este objetivo fosse factível, foi contratada uma empresa de publicidade que detinha experiência na área de comunicação para auxiliar nos trabalhos gráficos. Logo nas primeiras edições e em função de não existir tal prática anteriormente, o jornal interno superou as expectati- “ Uma comunicação eficaz incorre na obtenção de resultados planejados que para atingi-los, tanto o emissor quanto o receptor necessitam de um canal de comunicação adequado. vas das duas partes envolvidas diretamente (liderança e força de trabalho) e logo passou a ser produzido a custo zero para a empresa em função das áreas destinadas aos anúncios. Frente ao sucesso desta ferramenta, surgiu a necessidade de se criar um representante visual para a área de comunicação e foi então que nasceu o principal interlocutor do endomarketing do Terca. Com um nome e aparência um tanto quanto trivial, o “Terquinha” teve uma ótima aceitação entre os colaboradores e tornou-se o meio mais eficiente de comunicação da liderança sobre temas como padrões de trabalhos, regras, normas de conduta e comunicados em geral. Com a execução das práticas de endomarketing as oportunidades de refinamentos foram surgindo. Estas melhorias culminaram na criação de um boletim online que permitiu ser mais dinâmico o processo de comunicação, campanhas internas de conscientização quanto à limpeza e o consumo de energia, comunicados via email marketing, manual de integração, entre outras ferramentas. Em pouco menos de um ano as ações de comunicação interna se transformaram em um excelente canal de divulgação dos procedimentos, das ações socioambientais, de informativos de interesse comum, de entretenimento e principalmente de comunicação e alinhamento dos valores organizacionais. A forma e a velocidade como esta prática foi implantada no Terca testemunham os resultados positivos obtidos. Os ganhos teóricos na utilização de uma comunicação assertiva são vastos e conhecidos. Uma comunicação eficaz incorre na obtenção de resultados planejados que para atingi-los, tanto o emissor (a liderança) quanto o receptor (a força de trabalho) necessitam que a mensagem seja transmitida por um canal adequado. No caso do Terca, a criação de um setor de endomarketing foi o canal escolhido e a colheita dos resultados planejados está apenas começando. 27 Desenvolvimento sustent 28 A Superintendência Federal de Agricultura do Espírito Santo – SFA-ES, é uma unidade descentralizada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. Tem suas estratégias e planos em alinhamento à Missão do Mapa, de: promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira. Para cumprir essa missão, o Mapa atua na formulação de políticas para o desenvolvimento do Agronegócio, integrando aspectos mercadológicos, organizacionais, ambientais e tecnológicos e dispõe de infraestrutura institucional que permeia todos os segmentos do setor: política agrícola, produção, comercialização, fomento agropecuário, negociações internacionais, pesquisa tecnológica, agrometeorologia, defesa animal e vegetal, fiscalização dos insumos agropecuários, classificação e inspeção de produtos de origem animal e vegetal e das ações de repasses e convênios nos contratos celebrados. A Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Espírito Santo, assume assim, papel de fundamental importância, na medida em que se responsabiliza diretamente pela execução, coordenação e supervisão dessas atividades no Estado. Assim, a Fiscalização de fertilizantes, corretivos e inoculantes, tem como finalidade melhorar os níveis de conformidade e qualidade desses produtos, especialmente dos que são colocados à disposição dos produtores rurais. Com relação a sementes e mudas a fiscalização objetiva garantir a oferta de materiais de propagação vegetal de qualidade para os produtores rurais e certificar a produção para garantia de “ conformidade com os padrões de qualidade fisiológica, fitossanitária e identidade genética. Séria responsabilidade O Estado do Espírito Santo, possui atualmente 500 produtores de mudas registrados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas), aptos portanto, a produzirem material de qualidade, garantindo assim maior produtividade para as culturas e sustentabilidade para o Agronegócio capixaba. Na área da Inspeção de Produtos de origem animal e saúde animal a SFA-ES é responsável pelo trabalho de inspeção higiênico-sanitária e tecnológico de produtos como carne, leite, mel, ovos, pescado e derivados produzidos, manipulados ou armazenados, que se destinem à comercialização interestadual e internacional. É também responsável pela análise prévia para o registro tável e competitividade “ de novos estabelecimentos e pela aprovação de rótulos de produtos. Além disso, supervisiona também, o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa que tem como objetivos: a erradicação da febre aftosa em todo o território nacional e a manutenção dessa condição sanitária, através de um sistema de vigilância apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial e na participação da comunidade. “ Atualmente, o Espírito Santo faz parte da zona livre de Febre aftosa com vacinação com reconhecimento i nternacional. Já a inspeção de vinagres e bebidas de origem vegetal objetiva assegurar a adequada identificação, condição higiênica e sanitária e a qualidade tecnológica satisfatória de vinagres e bebidas de origem vegetal ofertados à população. A SFA-ES, tem atuação direta na execução do programa de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de origem vegetal que teve sua origem na exigência de controles e garantias oficiais, por parte do governo brasileiro, para a manutenção das exportações de frutas para os Estados Unidos e países da comunidade Européia. No Estado do Espírito Santo a vigilância internacional é executada pela SFA-ES por meio do Serviço de Vigilância Agropecuário cuja atuação fundamenta-se na legislação de defesa e inspeção animal e vegetal e na fiscalização do trânsito internacional de insumos agropecuários, que contempla também acordos internacionais. Tem como atribuições promover a vigilância de produtos e insumos agropecuários no trânsito internacional, impedindo o ingresso e a disseminação de pragas e doenças que representem ameaça á agropecuária nacional, garantir a qualidade dos produtos e insumos agropecuários importados, certificar a sanidade e a qualidade dos produtos e insumos agropecuários exportados e salvaguardar a saúde animal, a sanidade vegetal, a saúde pública e o desenvolvimento sócio-econômico brasileiro. Desenvolvimento rural No tocante às políticas de desenvolvimento Agropecuário, a SFA-ES, promove, orienta e acompanha a execução de atividades relativas ao desenvolvimento rural e às políticas de crédito e investimentos públicos, tais como a execução de convênios, acordos e contratos voltados ao fomento, além de controlar e fiscalizar estas atividades. O programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Agropecuário (PRODESA) é um instrumento de investimento do Mapa que viabiliza infra-estrutura pública aos agricultores, comunidades rurais e suas associações, destinando-se a apoiar ações que permitam o aumento da produção, produtividade, melhoria da qualidade dos produtos agropecuários e sua comercialização. As ações são realizadas pela transferência de recursos do Mapa, através de contratos de repasse com instituições públicas (prefeituras e estados). Nos últimos 6 anos, foi investido no Espírito Santo, tendo como base as emendas parlamentares, um montante de R$.89.927.833,00, proveniente do PRODESA. Destacamos também, o Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica (Pro-Orgânico), que visa apoiar e fortalecer os setores da produção, processamento e comercialização de produtos orgânicos. Com a publicação da IN 19/2009 – Mecanismos de Garantia da Qualidade Orgânica, o Brasil passou a contar com instrumentos legais ao controle da rede de Produção Orgânica, permitindo, um desenvolvimento mais acentuado dos sistemas de produção agropecuária em bases agroecológicas, com maior volume de investimentos, tanto no setor empresarial, quanto pelos agricultores familiares. Por último, destacamos o trabalho que vem sendo desenvolvido pela SFA-ES, juntamente com outros parceiros que constituem o Fórum estadual de Indicação Geográfica, uma das formas de propriedade intelectual, que representa uma ferramenta importante para as cadeias de produção por agregar valor econômico ao produto, fortalecendo a organização social dos produtores, promovendo assim o desenvolvimento socioeconômico de uma região e contribuindo para a conservação do ambiente e dos saberes locais. José Arnaldo de Alencar- Superintendente Federal de Agricultura no Espírito Santo, Eng. Agrônomo, Graduado pela Universidade Federal do Ceará, e com Mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras- MG. 29 Vila Velha Tempo de construir O Sr. Carlos Eiras, Subsecretário de Comércio Exterior de Vila Velha fala à Comex & Logística sobre suas análises para o futuro do Complexo portuário de Vila Velha. O município de Vila Velha ocupa um lugar estratégico para atração de investimentos em diversos setores, com destaque para o comércio internacional, logística, metal-mecânica e petróleo e gás. A proximidade com estados importantes das regiões Sudeste e Centro-Oeste nos credencia como um importante corredor de exportação e importação. A nossa corrente de comércio exterior teve, nos últimos 16 anos, um grande impulso por conta do FUNDAP e da abertura comercial. O complexo portuário de Vila Velha é responsável por 100% das cargas conteinerizadas do Espírito Santo. Mas, para não perdermos esta importância relativa, precisamos construir vantagens competitivas sólidas uma vez que os incentivos fiscais e financeiros podem não sobreviver à reforma tributária do governo Dilma Rousseff. Por conta disso, novas ações estão sendo planejadas, com destaque para o Porto de Águas Profundas (Portaes-VV), que colocará Vila Velha no cenário mundial e nos capacitará para receber empresas de diversos portes e nacionalidades, permi- 30 tindo, ao mesmo tempo, movimentar as cargas dos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e dos municípios vizinhos Viana, Cariacica e Guarapari. Com isso, nascerá um dos principais corredores de exportação e importação do Brasil. Nos próximos anos, o Espírito Santo receberá um volume significativo de investimentos, com destaque para o setor de petróleo e gás, que demandará, além de recursos humanos altamente qualificados, investimentos em infraestrutura e áreas disponíveis para a concretização. Esse cenário cria oportunidades e a Prefeitura de Vila Velha percebe que ações estratégicas devem ser postas em prática para atrair uma parcela relevante desses investimentos diretos - uma área de 16 milhões de m² do seu território estará disponível para criação do Pólo de Desenvolvimento Sustentável (Podes-VV) para receber os novos empreendimentos, entre eles, uma Zona de Processamento de Exportação e um Aeroporto de Cargas. Por conta das forças globalizantes, Vila Velha está passando por um importante momento que exi- ge capacidade para planejar o seu processo de internacionalização. O município precisa tornar-se cada vez mais competitivo, preparando-se para criar excelente qualidade de vida para seus habitantes e receber investimentos públicos e privados capazes de promover o desenvolvimento sustentável. Para acelerar este processo, a administração do Prefeito Neucimar Fraga, por meio da Subsecretaria de Comércio Exterior, promoveu avanços significativos na imagem do município, tanto em nível nacional quanto internacional. Para comprovar esta mudança, podemos citar as visitas de cônsules e investidores estrangeiros, com destaque para Panamá, Venezuela (PDVSA), Argentina (ProMendoza) e China. Em relação à China, foi assinado o Acordo de Irmanamen- “ to com a cidade de Qingdao, que receberá, em agosto, a visita da comitiva de Vila Velha para um Road-Show que se estenderá à Xangai e Cingapura. Com os empresários mendocinos dos segmentos de petróleo e metal-mecânica, a Prefeitura organizou uma rodada de negócios com empresários locais para identificar oportunidades de realizar investimentos em Vila Velha. Essa rodada será intensificada em setembro, com a participação do município e de empresas do setor na Expo Metal-Mecânica de Mendoza. É importante destacar que a ProMendoza tem escritórios em São Paulo, Miami e Xangai. Por conta das forças globalizantes, Vila Velha está passando por um importante momento que exige capacidade para planejar o seu processo de internacionalização. As parcerias entre as cidades, como projeto institucional, devem promover avanços não apenas no fluxo de comércio de bens e serviços, mas criar laços concretos que estimulem intercâmbios acadêmicos, culturais e tecnológicos. Para tanto, os projetos de pacerias exigirão esforços, tanto do poder público quanto do poder privado, para a obtenção de ganhos sinergéticos. Com o sucesso destes projetos, pretendemos criar uma Federação de Câmaras de Comércio em Vila Velha. Portanto, não vamos esperar acontecer. É tempo de construir. 31 32 33 Procedimentos no Comex O Despacho Aduaneiro de mercadorias na importação é o procedimento que verifica a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria, aos documentos apresentados e à legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro. III – após a chegada da carga, exceto na modalidade de registro antecipado da DI; Toda mercadoria procede do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deve ser submetida a despacho de importação, que é realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. V – se não for constatada qualquer irregularidade impeditiva do registro. Em geral, o despacho de importação é processado por meio de Declaração de Importação (DI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 680/06. Entretanto, em algumas situações, o importador pode optar pelo despacho aduaneiro simplificado, que pode se dar por meio do SISCOMEX ou por formulários, conforme o caso. Assim, antes de iniciar a sua operação de importação, o interessado deve verificar se a sua habilitação para utilizar o SISCOMEX será necessária e se ela se encontra em vigor. O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o registro da DI no SISCOMEX (salvo nos casos de Despacho Antecipado), só sendo o mesmo efetivado: I – se verificada a regularidade cadastral do importador; II – após o licenciamento da operação de importação e a verificação do atendimento às normas cambiais, conforme estabelecido pelos órgãos competentes; 34 IV – após a confirmação pelo banco da aceitação do débito relativo aos tributos devidos, inclusive da Taxa de Utilização do SISCOMEX; Deveras, é no momento desse registro que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos na importação. A DI será registrada no SISCOMEX, por solicitação do importador, mediante a sua numeração automática única, sequencial e nacional, reiniciada a cada ano. Regra geral, os documentos que servem de base para as informações contidas na DI são: via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; romaneio de carga (packing list), quando aplicável, e outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legislação especifica. Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à fiscalização da SRF sempre que solicitados, e por essa razão, o importador deve mantê-los pelo prazo previsto na legislação, que pode variar conforme o caso, mas nunca é inferior a 05 anos. É oportuno salientar que podem ocorrer irregularidades impeditivas do registro da declaração, que seria aquela decorrente da omissão de dado obrigatório ou o fornecimento com erro. Outrossim, por força do artigo 84 da Medida provisória nº 2.158-35 de 2001, a descrição incompleta ou imprecisa de mercadoria, não evidenciando o enquadramento tarifário adotado, resulta em multa de 1% sobre o valor aduaneiro, sendo a multa mínima de R$ 500,00 por classificação incorreta e máxima de 10% sobre o valor aduaneiro, conforme Medida provisória nº 2.158-35, de 24 de agosto de 2001(*1) e Lei nº 9.430 de 1996. (*2) Além dessa penalidade, a classificação incorreta pode ensejar multa de 37,5% sobre o valor dos impostos não recolhidos ou recolhidos em parte, e até multa por falta de LI , quando essa for exigida para a Classificação correta, quando a mercadoria estiver incorretamente descrita. De qualquer sorte, podemos elencar como as hipóteses que mais ensejam a aplicação da penalidade imposta pelo art. 84 da Medida Provisória numero 2.158-35 de 2001: •Descrição incompleta da mercadoria; •Redundância (repete-se o titulo da sub-posição); •Erro na indicação do Pais de origem e a procedência da mercadoria; •Erro na classificação das mercadorias; •Erro no preenchimento da unidade estatística. Aludida Medida Provisória veio modificar o que era anteriormente praticado com base no Ato Declaratório (normativo) COSIT numero 10, de 16 de janeiro de 1997, isto é, a não aplicação de penalidades por erro na classificação da DI. Por conseqüência, a partir do advento desse novo dispositivo legal, um simples erro de classificação da DI poderá causar prejuízo de imensa magnitude a ponto de interromper, parcial ou totalmente, as atividades empresariais do importador. (*1) www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/mps/mp2158-35.htm (*2) (www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leis/ant2001/lei943096.htm 35 36