VOO GOL 1907 MPF oferece nova denúncia contra pilotos do Legacy

Transcrição

VOO GOL 1907 MPF oferece nova denúncia contra pilotos do Legacy
VOO GOL 1907
Veículo: Site Consultor Jurídico
Seção: *****
Coluna:*****
Jornalista:*****
Data: 28 de maio de 2009
Cm/col: 70,18
ACIDENTE DA GOL
MPF oferece nova denúncia contra pilotos do Legacy
O Ministério Público Federal em Mato Grosso apresentou, nesta quinta-feira (28/5),
uma nova denúncia contra os pilotos Joe Lepore e Jan Paul Paladino, que
comandavam o jato Legacy no momento em que ele se chocou com o Boeing da
Gol em setembro de 2006. O acidente causou a morte dos 154 ocupantes do voo
1907 da empresa aérea. A informação é da Folha Online.
Assinada pelos procuradores da República Analícia Ortega Hartz Trindade e Thiago
Lemos de Andrade, a denúncia é baseada em dois laudos concluídos em março
deste ano que apontam duas condutas erradas dos pilotos. Os laudos são assinados
pelo perito Roberto Peterka com base no relatório do Cenipa (Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Destroços do avião da Gol que fazia o vôo 1907 caíram em área de mata fechada;
os 154 ocupantes do Boeing morreram. Segundo o Ministério Público, os laudos
revelaram duas novas falhas: a de que os pilotos omitiram a informação de que o
jato não possuía autorização para voar em uma área tida como espaço aéreo
especial e a de que eles não fizeram uso do TCAS (sistema anticolisão) em nenhum
momento durante o voo.
Os laudos concluíram que o plano de voo fornecido pela Embraer — fabricante do
jato — à ExcelAire continha uma informação falsa, a de que o jato poderia voar a
uma distância de mil pés (cerca de 304 metros), quando deveria ficar, ao menos, a
cerca de 2.000 pés (pelo menos 600 metros) de distância.
Ainda de acordo com o texto, a ExcelAire não havia incluído o aparelho em suas
especificações operativas e atendido aos critérios constantes do Regulamento
Brasileiro de Homologação Aeronáutica. O jato somente poderia voar a mil pés,
conforme preceito do RVSM, sigla para separação vertical mínima reduzida-- caso
viesse a ser autorizado pelo DAC (Departamento de Aviação Civil), o que não
ocorreu, segundo a Procuradoria.
O piloto, segundo o laudo, deveria ter informado essa condição desde o primeiro
contato, o que não foi feito em momento algum. Outro apontamento irregular no
entender do perito e levando em consideração pelos procuradores diz respeito ao
não acionamento do TCAS. Com ele, segundo o laudo, seria possível detectar o
risco de colisão e evitar o acidente.
A denúncia oferecida contra os dois pilotos se baseia no crime de atentado contra a
segurança do transporte aéreo nacional, na modalidade culposa (sem intenção), e
homicídio.
Estratégia
A nota do Ministério Público Federal cita que a procuradora Analícia Ortega Hartz
Trindade preferiu apresentar uma nova denúncia para acelerar o processo de
análise. Isso ocorre porque em dezembro de 2008 o juiz federal de Sinop (MT)
Murilo Mendes absolveu os pilotos americanos da acusação de negligência pela
conduta relacionada a adoção de procedimentos de emergência e eventual falha de
comunicação com o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de
Tráfego Aéreo).
O Ministério Público entrou com recurso a respeito. Até hoje, contudo, não houve
decisão sobre o assunto.
Acidente
O Boeing da Gol que fazia o voo 1907 ia de Manaus (AM) para o Rio com previsão
de fazer uma escala em Brasília (DF). Ao sobrevoar a região Norte do país ele bateu
em um Legacy da empresa de taxi aéreo americana ExcelAire, em 29 de setembro
de 2006.
Os destroços do Boeing caíram em uma mata fechada, a 200 km do município de
Peixoto de Azevedo (MT). O Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu
pousar em segurança em uma base na serra do Cachimbo (PA).

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