Empresa fora da web perde espaço

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Empresa fora da web perde espaço
Indicadores
Econômicos
JEAN GREGÓRIO
GREGÓRIO
EDITOR: JEAN
Bovespa (Ibovespa) Variação: -0,25% Pontos: 61.651
Volume financeiro: R$ 7,142 bilhões
Dólar:
QUINTA 20, SETEMBRO, 2012
Bolsas :
Paralelo
Câmbio livre BC
R$ 1,95 / R$ 2,18 *
R$ 2,023 / R$ 2,0236 **
Câmbio livre mercado
R$ 2,021 / R$ 2,023 *
Turismo
R$ 1,95 / R$ 2,18
Dow Jones (Nova York): 0,10%
Nasdaq (Nova York): 0,15%
Poupança:
Ouro BM&F:
0,5000
R$ 115,001 Variação: -0,1727%
(*) cotação do Banco do Brasil (**) cotação do Banco Central (***) cotação média do mercado
Empresa fora da web perde espaço
Gerente da América Latina do Google revelou em João Pessoa que se pequena empresa souber explorar a internet pode ganhar competitividade
K
Maria Livia Cunha
A internet não é uma obrigação, mas o empresário que
não fizer uso dela poderá perder em competitividade. Foi
justamente esta necessidade
de se fazer presente na web
que embalou as discussões da
palestra principal do primeiro
dia da 5ª edição da Feira do
Empreendedor, no Forrock, em
João Pessoa.
O gerente de projeto da
América Latina do Google, Rodrigo Vale, revelou que grande
parte dos gestores de pequenas
empresas usam a rede mundial de computadores apenas
como postura de mero usuário. “O mais importante é que
este empreendedor tenha uma
visão empresarial da internet,
porque ele sabe sua importância, mas não sabe o que fazer
quando está on-line”, avalia.
Parte daí, segundo Vale,
vem a descoberta de que, no
mundo on-line, o 'pequeno' empresário compete em igualdade
com o 'grande'. “No mundo real,
a diferença é perceptível, mas
na internet não. Lá dentro conta mais a inovação e 'acertar
no foco'. Quer dizer, não existe
uma receita de bolo e eu gosto
de deixar isto bem claro, só que
o empresário que conseguir
traçar seus objetivos e conhecer bem seu negócio poderá ir
longe”, comentou.
Para o gerente de projeto da
Google, se o empresário quer
ser perene no ciberespaço, a
dica é investir em websites.
“Este é um meio feito de 'ondas'
e agora estamos na 'onda' das
redes sociais, no entanto se há
alguma coisa duradoura são os
websites”, assegurou.
A Feira do Empreendedor
é um circuito de feiras que
acontece em todo país, desde
1994. Ela visa fomentar a competitividade e sustentabilidade de negócios existentes e a
abertura de novas empresas.
Na Paraíba, o circuito iniciou
em 2003. Conforme explicou a
coordenadora do evento, Nelijane Ricarte, neste ano, o mer-
cado on-line será amplamente
discutido em todos os dias do
evento. “Pesquisamos bastante e é sobre isso que o paraibano quer ouvir, a prova disto é o
auditório lotado. Tivemos caravanas das cidades do interior
com mais de 200 pessoas e nos
próximos dias ainda receberemos muita gente”, concluiu. A
expectativa da organização é
que 16 mil pessoas visitem a
feira nos quatro dias.
2º DIA DA FEIRA
A feira, que segue até o próximo sábado, sempre das 14h
às 22h, no Forrock da capital,
conta com 70 expositores e diversas atividades para o Micro
e Pequeno Empreendedor.
Para hoje à noite, a pedida
será a palestra do empreendedor curitibano Valdir Novaki,
que ganha a vida vendendo
pipoca. “O estouro da pipo-
T
ca - Pequenos gestos, grandes
inovações”, marcada para as
19h30, pretende mostrar que
um microempreendedor, com
um carrinho de apenas 1m2,
pode inovar em mais de 150
itens - provando que é possível
implementar um sistema eficiente de gestão em qualquer
negócio, independente do tamanho.
Além desta atividade, serão
realizadas mais de 20 oficinas,
entre elas: 'Oportunidades e
vantagens para seu negócio',
'Como usar o Twitter para sua
empresa','Oficina de Violinos',
'Montagem de bijuterias com
sucata de lixo eletrônico', 'Oficina de Retalhos' e 'Design Floral'.
Ao longo do dia acontecerá
RODRIGO VALE. Empreendedor precisa ter visão empresarial na web
a terceira edição do Encontro
As inscrições para parti- www.feiradoempreendedorpb.
Paraibano de Comércio Exterior e também será promovido cipar da feira continuam gra- com.br. Toda programação está
o painel “Negócios Inovadores”. tuitas no site do evento http:// no site do evento.
APÓS PACOTE
Aneel prevê
cortes de postos
no setor elétrico
Da Folhapress
O diretor-geral da Aneel
(Agência Nacional de Energia
Elétrica), Nelson Hubner, afirmou que o corte de funcionários no setor elétrico, como
anunciado por Furnas, pode
ser uma tendência no setor.
Por causa do pacote anunciado na semana passada pela
presidente Dilma Rousseff, o
presidente da Eletrobras, José
Carvalho da Costa Neto, afirmou que a empresa será bastante afetada e que vai reduzir
em até 35% a força de trabalho em Furnas até 2018 - dos
atuais 6.401 para 4.174.
Para cumprir a meta, empresa está dando início a um
plano de demissão incentivada.
"As empresas vão viver
uma nova realidade. Isso
pode ser uma tendência", disse Hubner. "É natural que elas
agora adequem suas receitas
às suas despesas", completou.
O diretor acrescentou
ainda que, por mais que as
companhias do setor façam
força para alterar o calendário
previsto para a renovação das
concessões, "os prazos estão
definidos pelo Decreto" e não
há como adiar, por exemplo,
as datas para assinatura dos
contratos.
Na semana passada, o governo anunciou corte no preço de energia de 16,2% para
consumidores e até 28% para
a indústria.
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QUINTA 20, SETEMBRO, 2012
QUINTA 20, SETEMBRO, 2012
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4 Economia
Construção Civil
Irenaldo Quintans
QUINTA 20, SETEMBRO, 2012
Frete vai aumentar na PB
Linha direta com a coluna: [email protected]
PARCEIROS NA ENERGIA
Desde a academia, nas movimentadas aulas de História do Pensamento Econômico, durante as quais confrontávamos acirradamente a mão invisível do mercado, tese
professada por Adam Smith, e a tutela geral do estado,
advogada por Karl Marx, que cerrei fileiras com o primeiro
grupo. Tanto que, no mundo real, escolhi uma atividade
cujo exercício pressupõe liberdade plena de criação e
ação: a indústria da construção civil.
Por convicção, portanto, sou favorável às privatizações
dos serviços públicos. Iniciado no governo de Fernando
Henrique Cardoso, aprimorado pelo sucessor e retomado
agora pela presidente
Dilma, esse movimento,
A privatização mais
no Brasil, inspirou-se
importante na
no que se convencioParaíba foi a
nou chamar de “tatcherismo”, uma menção à
dos serviços de
primeira-ministra Mardistribuição de
gareth Tatcher, cuja
energia elétrica
obstinação deflagrou
idêntico processo na Inglaterra, reduzindo a participação do estado e, por via de
consequência, conferindo maior competitividade à economia britânica.
Espera-se, inclusive, que, neste momento em que o
Planalto, atento à queda no PIB, decide incrementar a
participação do entre privado em serviços de infraestrutura, seja conseguido aqui o mesmo efeito que a Dama
de Ferro obteve nos domínios econômicos de Sua Majestade, fortalecendo-os para enfrentar as agruras atuais da
Zona do Euro, arapuca da qual a Grã-Bretanha sabiamente ficou fora.
As agências reguladoras desempenham papel relevante nesse arranjo. Elas são (ou deveriam ser) os olhos
do contribuinte a fiscalizar os contratos e as operações
resultantes dessas concessões. É óbvio que não se defende que tudo aconteça ao deus-dará, sem que sejam
definidas estratégias globais de interesse nacional e evitados os cartéis. Fala-se de liberdade de empreender e de
lucrar, sim, porém, com diretrizes claras sobre o melhor
para o interesse público.
Nesse contexto, a privatização mais importante na Paraíba foi a dos serviços de distribuição de energia elétrica. A tradicional Saelpa foi adquirida pela Energisa, cujo
excelente trabalho na recuperação e na ampliação da
rede de abastecimento desse insumo básico é notável e,
por certo, justifica sobejamente a decisão do passado.
O foco da coluna de hoje é, além de reconhecer o bom
desempenho dessa concessionária, apelar para que ela,
hoje um tanto distanciada dos construtores, amplie a parceria com esse setor, por meio das suas entidades representativas, fortalecendo a cadeia produtiva paraibana, da
qual ambas são fortes elos. O construtor não quer prerrogativas ilegítimas. Quer apenas ser tratado como parceiro.
Parceiro que paga uma conta elevada e que, a partir de
um único terreno, cria, com seu empreendedorismo, dezenas de novos consumidores. Afinal, estamos falando de
empresário para empresário.
A SAELPA
A Sociedade Anônima de Eletrificação da Paraíba (Saelpa) foi criada em 15 de dezembro de 1964, a partir da
fusão da Companhia Distribuidora de Eletricidade do
Brejo Paraibano (Codebro) e da Sociedade de Economia
Mista Eletro Cariri S/A (Eletrocariri).
A ENERGISA
A privatização ocorreu em novembro de 2000, passando a empresa paraibana a integrar o Sistema Guataguazes-Leopoldina, com o nome de Energisa. Está presente
atualmente em 216 municípios, atingindo mais de um
milhão de consumidores. A concessionária se destacou
com a execução do programa “Luz para todos” na Paraíba
e mantém programa de apoio à cultura com a Usina Cultural, instalada no sítio histórico da antiga estação Cruz do
Peixe. Oferece ao mercado de trabalho 2.358 empregos
diretos.
COMO ENERGIZAR UMA OBRA
Com a entrada em vigor do Estatuto do Motorista, serviço de entrega vai subir de 20% a 30%
R
Hallita Avelar
O frete embutido no valor
de mercadorias oriundo de
outros Estados está prestes
a ficar de 20% a 30% mais
caro. Essa deve ser uma das
principais consequências do
Estatuto do Motorista (Lei
12.619), também conhecido
como Lei do Descanso, determinação sancionada pela
presidente Dilma Rousseff
que entrou em vigor na semana passada. Agora, com o
aumento dos custos de transporte, o consumidor paraibano deverá pagar mais por
produtos vindos de outras
partes do país.
Segundo o presidente do
Sindicato das Empresas de
Transporte de Carga e Logística do Estado da Paraíba
(Setce-PB), Arlan Rodrigues,
as compras irão demorar bem
mais para chegar a seu destino. As entregas vindas da cidade de São Paulo que antes
demoravam 72 horas podem
agora chegar aos quatro dias
de duração.
“Esse encarecimento vai
afetar, principalmente, as
compras a longa distância,
que são aquelas que superam
os 800 km. Como a Paraíba é
um estado que compra muito de fora, não há dúvidas de
que tudo ficará mais caro. É
claro que isso vai depender
do produto e da quantidade
de mercadoria comprada”,
afirmou. Segundo ele, o reajuste do valor do frete deve
F
ARLAN RODRIGUES. Custos vão aumentar e entrega ficará mais lenta
ser repassado inteiramente
e imediatamente ao consumidor.
Entre as despesas previstas pelas empresas de transporte estão o aumento do
número de funcionários em
serviço e de veículos, além
da construção de pontos de
apoio nas rodovias, locais
onde os motoristas podem
descansar. “Poucas são as estradas que têm essa estrutura
e não tem como cada empresa providenciar seus pontos
de apoio. Isso deveria ser oferecido pelo governo, mas a
responsabilidade foi passada
para as empresas privadas”,
pontuou.
O aumento de 6% no preço do diesel no mês de junho
também foi um fator que pesou nos custos dos transportes, encarecendo em até 3%
o valor final dos produtos.
“É o nosso principal insumo,
por isso, também provocou
um aumento nos gastos, mas
nada comparado aos mais
de 20% de agora”, comentou.
Inicialmente, apenas rodovias
duplicadas como a BR-101,
que liga a capital às cidades
de Recife e de Natal, e a BR230 até Campina Grande serão fiscalizadas pela Polícia
Rodoviária Federal (PRF),
por já terem condições de
cumprir a lei.
A taxa de frete, que costuma representar em torno
dos 2% do valor do produto
final, varia de acordo com a
quantidade de mercadoria
encomendada e a distância
da cidade da empresa distribuidora, como lembra o presidente da Associação dos
Supermercados da Paraíba
(ASPB), Cícero Bernardo.
“Se eu compro uma unidade ou cem, o frete é o mesmo.
Por isso a taxa pode variar de
Bancários devem estender
greve até a próxima semana
Diante do silêncio da Fenaban (Federação Nacional dos
Bancos) em relação à greve dos
bancários, o presidente Contraf-CUT (Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e coordenador do comando nacional dos bancários,
Carlos Cordeiro, diz que a paralisação vai se estender até a próxima semana. "A possibilidade de
a greve acabar nesta semana é
nenhuma", diz Cordeiro. "Mesmo
que a Fenaban nos convocasse
Saiba Mais
Estatuto prevê
limite de oito horas
O Estatuto do Motorista prevê
que a jornada de trabalho do
profissional não deve passar
das oito horas. Ele ainda dá
direito a pausas de 30 minutos
a cada quatro horas no volante e
descansos de 11 horas após um
dia inteiro de trabalho (sendo
que pelo menos nove delas
devem ser ininterruptas). A lei é
considerada fundamental para
reduzir o número de acidentes
nas estradas brasileiras, muitas
vezes provocados pelo cansaço
ao volante.
MICRO E PEQUENAS
EM TODO O PAÍS
Da Folhapress
acordo com a quantidade de
produtos, já que ela é diluída
quando a compra é grande”,
explicou. Por essa razão, as
compras de Natal podem
ficar mais caras neste ano.
“São produtos sazonais e, por
isso, devem ser mais afetados
pelo encarecimento do frete”,
acrescentou Cícero.
No entanto, o presidente
da Federação das Câmaras de
Dirigentes Lojistas da Paraíba
(FCDL-PB), José Lopes Neto,
não acredita que a alta irá afetar as vendas no Estado. “O
segundo semestre e o mês de
dezembro, em especial, são
marcados pelo crescimento
nas comercializações. Não
acho que o frete chegará a
prejudicar as vendas, até porque o governo está com uma
série de incentivos, como redução de impostos, que estão
estimulando o consumidor a
comprar”, concluiu.
hoje para uma negociação, teríamos de chamar o comando
nacional. Como eles não convocaram, a greve vai continuar até
sexta-feira".
O número de agências bancárias fechadas aumentou 42%
no segundo dia de greve dos
bancários e chegou a 7.324, segundo balanço realizado pela
Contraf-CUT (Confederação
Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro). O número
representa um terço de todas
as agências bancárias e centros
administrativos do país.
Segundo o Sindicato dos
Bancários da Paraíba, até ontem
123 das 130 agências na base do
Sindicato estão fechadas.
Ontem, a adesão havia sido
de 24% -5.132 dos 21.713 estabelecimentos. De acordo com
os bancários, a paralisação começou mais forte neste ano do
que no ano passado, quando
4.191 agências foram fechadas
no primeiro dia de greve. A categoria decidiu fazer uma greve
por tempo indeterminado para
pedir 10,25% (5% acima da inflação) .
O projeto elétrico da obra tanto pode ser enviado para a concessionária por e-mail como entregue na sede, para o Departamento de Construção e
Manutenção da Distribuição (DCMD), setor que faz
a análise do projeto com base na Norma de Distribuição Unificada – NDU 001 (baixa tensão), NDU
002 (alta tensão) e NDU 003(edifícios). O engenheiro responsável executa o projeto no canteiro
de obra e, então, pede a vistoria para o DCDM, que
vai analisar se precisa de melhoramentos na rede
de distribuição. Caso necessário o melhoramento,
o departamento encaminha carta com os custos e
com o percentual de participação da construtora
nesses custs. O DCMD executa a obra da rede e liga
a energia.
O que é possível melhorar
Os construtores desejam discutir com a concessionária,
entre outros assuntos, a agilidade na tramitação dos processos dentro da Energisa, para que a ligação tanto dos
canteiros como dos edifícios performados se dê no menor
prazo possível, para o benefício de todos. Bem como uma
flexibilização nas modalidades de participação financeira
daqueles no melhoramento da rede, quando for o caso,
tendo em vista inclusive que esse tipo de obra beneficia toda
uma região, não apenas o empreendimento em destaque.
209092
Pagamento do
Simples Nacional
termina hoje
Da Folhapress
As micro e pequenas empresas que optaram pelo regime de tributação do Simples
Nacional e tiveram a receita
bruta anual recolhida no mês
de agosto devem fazer o pagamento até hoje.
O imposto deve ser pago
por microempresas com ganhos ao ano entre R$ 60 mil e
R$ 360 mil e empresas de pequeno porte com renda entre
R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões. Os
valores das taxas variam conforme os rendimentos.
O MEI (Microempreendedor Individual) cadastrado e
com receita anual de até R$
60 mil também precisa fazer
o pagamento mensal do tributo até amanhã. Ele paga a
contribuição previdenciária e
o imposto relativo à sua atividade: ICMS para comércio ou
indústria ou ISS para prestadores de serviços.
O valor referente do INSS é
de R$ 31,10, equivalente a 5%
do salário mínimo (R$ 622). O
MEI paga ainda mais R$ 1 de
ICMS ou R$ 5 de ISS. Assim,
os prestadores de serviços que
aderiram ao programa desembolsam R$ 36,10 por mês pela
formalização, e os vendedores
e pequenos industriais, R$
32,10. O pagamento é feito por
meio de carnê emitido apenas
no site do Portal do Empreendedor. É necessário ao empresário preencher o relatório de
receitas obtidas no mês anterior, disponível no portal.