Epídural - relacionada com o aumento de risco de posição Occipital

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Epídural - relacionada com o aumento de risco de posição Occipital
Epídural - relacionada com o aumento de risco de posição Occipital Posterior dos
Bebés
Estudo prospectivo de coortes usou exames periódicos com ultra-som durante o trabalho de parto de forma a avaliar
alterações da posição fetal e sua relação com a epÃ-dural. Os investigadores procuraram determinar se a epÃ-dural é
responsável pelo aumento das taxas de má posição fetal (occipital posterior (OP), occipital transversal (OT) ou se a
mulher em trabalho de parto com o bebé mal posicionado tem mais dores e se assim fica mais vulnerável a solicitar o
recurso à epÃ-dural para alÃ-vio das dores. Foram consideradas, no estudo, um total de 1562 primÃ-paras de gravidezes
de baixo risco.Os investigadores constataram que a posição do bebé (occipital anterior (AO), OP ou OT) na fase de
registo (no inicio da fase activa do trabalho de parto – 4/5 cm de dilatação) dificilmente ajudava a prever posições
desfavoráveis para o parto. Por exemplo, das mulheres com OP do bebé no parto, só 31% tinham o bebé em OP no
exame ultra-som inicial. De igual modo (da mesma forma, etc), os sonogramas efectuados numa fase mais avançada
do trabalho de parto, eram igualmente fracos (ou maus) predictores da posição do bebé no parto. Os registos
demonstraram que as alterações de posição do bebé eram frequentes durante o trabalho de parto, com 36% das
participantes a ter uma OP do bebé em pelo menos um dos exames. Mais de metade das mulheres que no momento do
parto tinham o bebé em OP, nunca tinham registado OP em nenhuma das avaliações com ultra-som durante o trabalho
de parto. No final, 79,8% dos bebés nasceram na posição OA, 12,2% na de OT e 8,1% na posição de OP. A
epÃ-dural foi fortemente associada com a apresentação OP no momento da expulsão: 12.9% das mulheres tiveram
os bebés em posição OP versus 3,3% das mulheres sem epÃ-dural (risco relativo 4.0, 95% CI 1.5-10.5). A posição
transversal não foi relacionada com o recurso à epÃ-dural. Num modelo estatÃ-stico que controla os vários factores
médicos e obstétricos que podem afectar os resultados finais, o recurso à epÃ-dural associava-se a um aumento do risco
de apresentação OP de 4 vezes.Os registos sugerem que a associação entre a epÃ-dural e bebés em posição OP
não se deve ao facto das mulheres em trabalho de parto com o bebé em OP estarem mais susceptÃ-veis de solicitar a
epÃ-dural. As mulheres que levaram a epÃ-dural não eram mais propensas a ter o bebé OP no perÃ-odo anterior á
epÃ-dural, ou no momento em que esta lhes foi administrada. Além do mais, as mulheres com bebés em OP no trabalho
de parto ou no parto, reportaram o mesmo grau de dor que as mulheres com bebés em OA ou OT e não eram mais
propensas a manifestar “ contracções lombares―, as quais se pensa geralmente estarem associadas a posição OP.
Finalmente, o parto por cesariana era mais propenso em mulheres com bebés em OP ou OT, sendo que das cesarianas
registadas 6,3% eram bebés em OA, 64,7% em OP e 73,8% bebés em OT (p<.001).Importância do Estudo para o Parto
Normal: O recurso à EpÃ-dural aumenta a probabilidade de risco de parto assistido por fórceps ou ventosa em mães
primÃ-paras. Os peritos propõem várias razões para esta associação, incluindo a diminuição do reflexo de expulsão
as alterações do músculo do pavimento pélvico, que inibem a rotação adequada da cabeça do bebé. Pensava-se q
deixar diminuir (“esbater―) o efeito da epÃ-dural, interrompendo-a antes do periodo expulsivo possibilitasse  um aumento
dos partos vaginais espontâneos, contudo, esta análise sistemática convida a pôr em questão esta prática
corrente.No parto normal, há toda uma complexa mudança hormonal que ajuda na progressão do trabalho de parto e
facilita o parto. A mulher em trabalho de parto produz endorfinas naturais que a ajudam a lidar com as contracções. A
capacidade da mulher movimentar-se livremente e de assumir posições distintas durante o trabalho de parto activo irão
ao encontro destas alterações hormonais. A anestesia epÃ-dural inibe as sensações do parto e, a produção das
endorfinas naturais cessa  como resultado da interrupção do sistema de resposta hormonal. Quando a epÃ-dural é
interrompida, as dores da mulher regressam, mas as suas endorfinas naturais podem permanecer diminuÃ-das e assim
a sua dor ser superior, comparativamente com a que sentiria caso tivesse levado epÃ-dural inicialmente. Além do mais,
quando a epÃ-dural é administrada, a mulher fica confinada à cama ,“presa― ao monitor fetal (CTG) e ao soro EV (
entravenoso). Tanto a mulher, como o técnico de saúde, podem ficar habituados ao trabalho de parto na cama e
dependentes das máquinas. Quando a epÃ-dural é interrompida as restrições à liberdade de movimento podem persistir.
Nestas condições, é provável que o impacto da epÃ-dural no parto normal vá para além da própria epÃ-dural.Fonte:
PubMed - Lieberman, E., Davidson, K., Lee-Parritz, A., & Shearer, E. (2005). Changes in fetal position during labor and
their association with epÃ-dural analgesia. Obstetrics & Gynecology, 105 (5, Part 1), 974-982. Lamaze Institute
Tradução: BioNascimentoÂ
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Generated: 30 September, 2016, 10:23

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