calçado alavanca fundosestruturais
Transcrição
calçado alavanca fundosestruturais
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE CALÇADO, COMPONENTES E ARTIGOS DE PELE E SEUS SUCEDÂNEOS # Nº 163 # FEVEREIRO 2010 Março frenético Será um mês de Março absolutamente frenético aquele que espera as empresas portuguesas de calçado. De Milão a Paris, de Dusseldorf a Madrid, passando por Moscovo e S. Paulo, o sector participará em 11 feiras neste período. Conjuntura melhora Segundo o Boletim de Conjuntura da APICCAPS, no final de 2009, 70% das empresas inquiridas consideravam que o estado dos negócios era suficiente. Depois da evolução positiva dos trimestres anteriores, verificou-se, no entanto, algum recuo na apreciação que as empresas fazem da conjuntura, em domínios como a produção, a carteira de encomendas ou os preços. Calçado alavanca fundos estruturais O sector de calçado beneficiou, nos últimos sete, no âmbito dos programas estruturais, de 53 milhões de incentivos. Nesse período, a indústria exportou 629 milhões de pares de calçado. Feitas as contas, por cada par exportado, a indústria de calçado beneficiou de um incentivo de 8,8 cêntimos. 2 Nº 163 # FEVEREIRO 2010 Nº 163 # FEVEREIRO 2010 3 Grau de especialização do calçado em Portugal é o maior a nível mundial -Sector de calçado alavanca fundos estruturais; nos últimos 7 anos recebeu 8,8 cêntimos por cada par exportado (629 milhões no total) O sector de calçado esteve em plano de destaque na sessão de encerramento do PRIME assim, o grau de especialização de Portugal é praticamente o dobro de Itália. O mesmo se verifica ao nível do grande produtor mundial de calçado. Com efeito, o peso relativo da China é 3,5 vezes superior à média global. Relativamente à Espanha, o grau de especialização do sector de calçado português é o triplo. O grau de especialização do sector de calçado em Portugal é o maior à escala internacional. Em termos práticos, o peso relativo do sector na economia portuguesa foi, em 2008 (últimos dados disponíveis) seis vezes superior à média mundial. Esta foi uma das conclusões da apresentação do Director Geral da APICCAPS, Manuel Carlos, na sessão pública de encerramento do Programa Prime. Constituído por sensivelmente 1.350 empresas, responsáveis por 35 000 postos de trabalho directos, a indústria portuguesa de calçado exporta por ano mais de 95% da sua produção, o equivalente a 1.300 milhões de euros, perfilando-se por essa via como um dos grandes exportadores a nível mundial. Entre os grandes exportadores mundiais, apenas um país está próximo de Portugal, a Itália, uma vez que o peso da indústria italiana de calçado é 3,5 vezes superior à registada em termos médios no plano internacional. Ainda Calçado alavanca Fundos estruturais O sector do calçado esteve em destaque na sessão de encerramento do PRIME. O sector beneficiou nos últimos sete anos, no âmbito dos fundos estruturais, de 53 milhões de incentivos. Por outras palavras, por cada par de calçado exportado ao longo da última década, a indústria de calçado beneficiou de um incentivo de 8,8 cêntimos. No total, foram aprovados 120 projectos distintos, envolvendo um investimento na ordem dos 93 milhões de euros. Os projectos individuais das empresas ascenderam a 80 e os projectos de investigação e desenvolvimento a 17. Nota de grande destaque para o facto de a indústria de calçado concentrar o essencial dos seus investimentos (49% do total, isto é 36 mi- lhões de euros de investimento e 27 milhões de incentivo) no processo de internacionalização. Na economia portuguesa, esse investimento ascendeu a apenas a 6% do total. Por outro lado, os investimentos das empresas de calçado em I&ID ascenderam a 15% de 2000 a 2007 (14 milhões de euros investidos, beneficiando de um incentivo de 8 milhões de euros), ou seja o dobro da economia portuguesa como um todo (que se ficou pelos 8%). Ainda no domínio da inovação, o FATEC e SHOEMAC foram entendidos como dois dos projectos mais interessantes desenvolvidos em Portugal nos últimos 10 anos. A Fábrica de Alta Tecnologia (FATEC) teve como objectivo o desenvolvimento de novos equipamentos e tecnologias, no âmbito de um consórcio envolvendo 17 entidades distintas, nomeadamente empresas da fileira do calçado, empresas de base tecnológica e entidades do sistema científico e tecnológico nacional. Já o SHOEMAT teve como objectivo o desenvolvimento de novos materiais e componentes, envolveu 20 entidades distintas e permitiu que o sector passasse a dispor de um conjunto de novas soluções inovadoras capazes de alargar a oferta de produtos e, desse modo, mais facilmente ascendesse na cadeia de valor. 4 Nº 163 # FEVEREIRO 2010 Exportações de calçado para a Europa de Leste triplicam em oito anos cliente, como ao nível da capacidade futura do cliente”. A abordagem a novos mercados de elevado potencial de crescimento é uma das grandes prioridades estratégicas do sector de calçado nos últimos anos. Assim, ainda que Portugal exporte calçado para um total de 118 países há alguns mercados que começam a ser entendidos como nevrálgicos numa perspectiva de crescimento futuro. Nesse cenário, a Europa de Leste perfila-se, cada vez mais, no horizonte das empresas portuguesas. Nos últimos oito anos, as exportações portuguesas de calçado para a Europa de Leste aumentaram 302% para um total de 28 milhões de euros. São valores ainda relativamente baixos, mas que permitem definir uma tendência. Nesse mesmo período, as exportações totais portuguesas (todos os sectores incluídos) aumentaram 209%. As exportações de calçado estão a aumentar praticamente para todos os países de Leste. O motor desse crescimento é o mercado russo (mais 441% de 2000 a 2008 para 13,8 milhões de euros). A Turquia, com um crescimento de 1393 milhões de euros para 3,2 milhões de euros e a Polónia, com um crescimento mais modesto (de 12,4%) surgem como outros mercados relevantes para o calçado português na Europa de Leste. Perfilam-se oportunidades várias, que as empresas não deverão descurar. Oportunidades várias Para as empresas de calçado, vislumbram-se várias «janelas de oportunidade» na Europa de Leste. Para Joaquim Carvalho, “a imagem do calçado português nos países de Leste é muito positiva e existe mesmo uma forte apetência em aceitar as marcas portuguesas como fazendo parte do grupo de elite das grandes marcas internacionais”. A Eject e a Prophecy são já exportadas para a Polónia, Rússia, República Checa e Eslováquia, mercados “onde se verifica uma grande receptividade ao nível do design e da qualidade de produção”. A maior dificuldade prende-se, no entanto, “com a questão dos preços”, uma vez que “é notório o baixo poder de compra”. O responsável máximo da Eject considera que ”é possível continuar a crescer nestes mercados”, sendo ainda assim necessário uma “maior facilitação a coberturas de risco para esses mercados, principalmente ao nível do canal de retalho”. Paralelamente, deverão ser desenvolvidas “acções especificas de mostras nos mercados, acompanhado com uma comunicação forte e relações públicas junto dos principais canais de distribuição de cada mercado”, bem como “a criação de pólos de contacto, que permitam um maior acerto nos contactos, tanto ao nível da real capacidade do Nem todas as empresas têm conseguido, no entanto, penetrar com sucesso nos mercados de Leste. Silvia Marinho, da Telmee, lamenta “a comunicação ambígua e, principalmente, as dificuldades em conseguir crédito junto das empresas seguradoras”, Por outro lado, ainda subsistem “questões de natureza burocrática no acesso ao mercado”, que dificultam assim o desenvolvimento de uma estratégia empresarial mais célere e profícua. Hungria “Infelizmente as empresas portuguesas continuam a não aproveitar as oportunidades que surgem no mercado húngaro”. A opinião é de Joaquim Pimpão, Delegado da AICEP em Budapeste. Com efeito, de 2000 a 2008 as exportações de calçado para a Hungria aumentaram 81%, mas não ascendem ainda a um milhão de euros. O Delegado da AICEP em Budapeste recorda, no entanto, que “o calçado português continua a ter um grande prestígio na Hungria, pela boa qualidade dos produtos, embora o preço do calçado seja considerado elevado para os consumidores”. Segundo dados da AICEP, o custo do transporte do calçado proveniente de Portugal ascende a 1,60 Euros/par, enquanto o mesmo calçado proveniente da Itália tem um custo de transporte de apenas 0,55 Euros/ par, sendo este “um dos estrangulamentos às exportações portuguesas de calçado para o mercado húngaro”. Joaquim Pimpão lamenta que “as empresas portuguesas não apostem mais na Hungria”. ”Deveriam incluir a Hungria na sua rota de contactos comerciais quando se deslocam a outros países da região”, defendeu o Delegado da AICEP. Polónia Em 2009, a Polónia foi o único país da União Europeia que registou um crescimento do PIB e a procura interna teve um contributo fundamental para essa situação. Por outro lado, a Polónia é já uma placa giratória para alguns mercados vizinhos como é o caso da Ucrânia, da Bielorússia, da Lituânia, entre outros, esperando que esse papel possa sair reforçado no futuro próximo. O aumento do poder de compra da população é também claramente visível. Luís Filipe Pereira considera “que existem grandes oportunidades para as empresas portuguesas do calçado”, realçou o Delegado da AICEP. Na óptica de Luís Filipe Pereira “o sector de calçado é um dos sectores onde Os mercados de Leste são cada vez mais importantes numa Nº 163 # FEVEREIRO 2010 Portugal tem maior capacidade para apresentar um produto nacional de qualidade e com design para se afirmar como um fornecedor de referência do mercado polaco”, pelo que se impõe um maior investimento das empresas no mercado. Em 2008, Portugal exportou calçado no valor de 13,9 milhões de euros para a Rússia, mais 441% do que em 2000. Para a Delegada da AICEP em Moscovo, o calçado português é “reconhecido por ser confortável, de grande qualidade, a preços atraentes”. Recorde-se que a produção polaca satisfaz apenas uma pequena percentagem das necessidades internas, dado que mais de 50% da produção é destinada à exportação. Os principais mercados da importação são a China, Itália, Vietname, Alemanha, Indonésia e Espanha. Para uma maior penetração na Rússia, Maria José Rézio acredita que “para além de Moscovo, há que ter em conta toda a região oriental da Rússia (Urais, Sibéria e Extremo Oriente) que é um grande mercado em expansão”. Dominada anteriormente pela produção chinesa, “este mercado procura actualmente novos fornecedores de qualidade superior, sendo aconselhado que a exportação portuguesa seja orientada para o calçado de inverno projectado para baixas temperaturas”. Devido a uma grande concorrência no mercado por parte de produtos de origem asiática, especialmente no segmento baixo, a oferta portuguesa deverá apostar “com maior intensidade nos segmentos médio/ alto e de luxo”, destacou o Delegado da AICEP, “uma vez que é nestes segmentos onde existem mais oportunidades” Luis Filipe Pereira defende que “tanto as empresas que pretendem iniciar um relacionamento comercial com este mercado como aquelas que já exportam, devem apostar fortemente no investimento em marketing e publicidade e na constituição de uma sólida rede de distribuição moderna, como intermediária na relação entre produtores e clientes”. República Checa Portugal exporta actualmente calçado no valor de 1,7 milhões de euros para a República Checa. Luis Filipe Pereira, que acumulada a Direcção da Delegada da AICEP na Polónia e da República Checa, assegura que se trata de “um mercado receptivo ao calçado de qualidade média/superior onde as empresas portuguesas têm mais valia”. De assinalar que os rendimentos per capita da população checa já são superiores aos registados em Portugal e as exigências da população, neste capítulo, são cada vez maiores, procurando não apenas calçado de qualidade mas também com design. De um modo geral, “a imagem do calçado português na República Checa é muito positiva quer sob o ponto de vista do design quer do da qualidade, embora esta percepção não seja generalizada”. De notar que este não tem sido um mercado prioritário para as empresas nacionais, sendo as dificuldades encontradas na área dos canais de distribuição, a falta de participação em certames profissionais e a falta de contactos com os importadores são os grandes obstáculos que têm impedido um aumento da visibilidade no mercado. Rússia Actualmente, no mercado russo, encontra-se uma enorme e diversificada variedade de calçado, desde o topo de gama (representado por grandes marcas europeias), até calçado de pouco valor acrescentado (produtos importados da Ásia). lógica de diversificação do destino das exportações 5 Na opinião manifestada por alguns especialistas russos, “a indústria portuguesa de calçado é uma das mais modernas do mundo em termos de tecnologia utilizada e caracteriza-se pela peculiaridade dos seus modelos, acompanhando as últimas tendências da moda e design”, destacou Maria José Rézio. Importa, ainda, que não se descure os investimentos em matéria de imagem, seja colectiva, seja de empresas individuais. Turquia A Turquia é um mercado completamente novo para as empresas de calçado. Em 2008, Portugal exportou calçado no valor de 3,2 milhões de euros (mais 1383% do que em 2000, por exemplo). Para a AICEP “apesar de haver um aumento de interesse e aproximação ao mercado por parte de algumas empresas portuguesas nos últimos anos, existem oportunidades que ainda não estão a ser devidamente exploradas”. Paro o Delegado da Agência para o Investimento Externo na Turquia “apesar da Turquia ser um importante produtor de calçado a nível mundial (mais de 200 milhões de pares/ano), é um mercado de grande dimensão (com cerca de 70 milhões de habitantes), em crescimento, jovem (média etária de 29 anos) e com 77% de população urbana”. Por outro lado, “é um país com uma economia emergente em franco desenvolvimento, com taxas de crescimento superiores a 6%/ano antes da crise financeira global”. A nível de produção de calçado, a Turquia produz maioritariamente calçado de média qualidade e design para consumo interno ou exportação principalmente no segmento de conforto. No segmento de calçado sofisticado (segmento luxo) o consumidor turco encontra à sua disposição calçado de várias marcas internacionalmente conhecidas provenientes de países com forte imagem de qualidade e design. João Pedro Mota Pinto defende que “ existem oportunidades para as empresas portuguesas do sector desde que a relação qualidade/preço seja competitiva no mercado”. Para o Delegado da AICEP Portugal Global “o grande obstáculo a uma maior penetração de empresas portuguesas na Turquia é a falta de imagem ao nível do consumidor final”. Ao nível dos importadores e distribuidores “o calçado português tem já uma boa reputação, embora seja considerado um produto de “difícil” venda por não ter marca forte associada”. João Pedro Mota Pinto defende que o calçado português poderá crescer na Turquia “através da venda de calçado em regime de «private label» para marcas turcas conhecidas ou pelo investimento na promoção da imagem do calçado português na Turquia junto do consumidor final em paralelo com a abertura de um showroom permanente colectivo com várias marcas portuguesas”. Nº 163 # FEVEREIRO 2010 7 Presença portuguesa na GDS aumenta 60% de produto. Já na GDS registar-se-á um crescimento do número de expositores portugueses: face à mesma edição do ano anterior, trata-se de um crescimento de 60% para 53 (expositores). Será um mês de Março absolutamente frenético aquele que espera as empresas portuguesas de calçado. De Milão a Paris, de Dusseldorf a Madrid, passando por Moscovo e S. Paulo, o sector participará em 11 feiras neste período. Um dos destaques recairá no reforço da presença na GDS. Logo no início do mês, de 2 a 5 de Março, 79 empresas vão participar naquela que é a maior e mais prestigiada feira de calçado do mundo, a MICAM. Relativamente à edição homóloga, há a assinalar um crescimento de 5,3%. Como habitualmente, as empresas portuguesas estarão espalhadas pelos 10 pavilhões de feira, numa lógica de segmentação Para Hans Walter “o crescimento de expositores portugueses na GDS é o resultado natural do processo de aprendizagem”. “Um dos maiores potenciais ao expor na GDS é obviamente conquistar uma fatia do mercado alemão”, continuou, “um mercado difícil, mas também moderno, fiável e seguro”. Na óptica de Hans Walter “as marcas portuguesas têm atingindo um patamar impressionante e esta aposta continuada na GDS tem vindo a elevar a imagem da indústria nacional de calçado em geral”. Esta dinâmica permitirá que a GDS atraia não só expositores de 40 países, como ainda visitantes profissionais de todos os continentes. Entre as quase três dezenas de milhares de visitantes, destacamse os mercados da Alemanha, da Holanda, da França e do Reino Unido. Realce ainda para os cerca de 2.000 visitantes italianos e próximo de 1.150 visitantes espanhóis que são esperados na próxima GDS. Ao longo de 2010, a indústria portuguesa de calçado participará em 80 acções promocionais no exterior, investindo sensivelmente 9 milhões de euros, numa iniciativa conjunta da APICCAPS e AICEP e que contará com o apoio do Programa Compete. Em traços gerais, o sector investirá no reforço da presença em feiras e exposições de plataforma mundial bem como na presença em feiras de nicho, alargando assim horizontes a outros segmentos de mercado que apresentem um potencial de crescimento muito interessante. No total, prevê-se que mais de 140 empresas da fileira do calçado participem neste mega-programa de promoção à escala internacional, que tem como objectivos consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos, diversificar o destino das exportações, abordar novos mercados e possibilitar que novas empresas iniciem o processo de internacionalização. Nº 163 # FEVEREIRO 2010 9 Sócrates elogia sector de calçado e homenageia Fortunato Frederico -seguros de crédito com solução à vista “Tenho seguido com particular atenção o percurso do sector de calçado que é um orgulho para o país, que apostou no conhecimento, no saber, na relação com a universidade e na inovação e é, por essa via, uma referência internacional”. A consideração é do Primeiro-Ministro, no âmbito de uma visita à Kyaia, pela comemoração do 25º aniversário da empresa. José Sócrates teve oportunidade ainda para “homenagear um dos grandes empresários portugueses, Fortunato Frederico, pelo dinamismo e espírito de iniciativa”. José Sócrates recordou que “o ano de 2009 registou-se a maior crise económica internacional desde a Segunda Guerra Mundial”, pelo que se impõe que o “estado esteja perto das empresas”. De um modo geral, os estímulos do Governo concentrar-se-ão “em iniciativas que permitam aumentar o emprego e as exportações”. No capitulo do comércio internacional, o Governo eliminou o último obstáculo existente” e optimizou as linhas de apoio aos seguros de crédito que, como adiantou o Ministro da Economia, Vieira da Silva, “deixaram de ter um limite fixado e passarão a melhor responder às necessidades das empresas”. Para o Primeiro-Ministro, “a evolução do sector de calçado é o exemplo de um bom trabalho”. Esperando que o “ano de 2010 seja relativamente melhor do que 2009”, assegurando que o ”Governo estará no terreno a auxiliar as empresas e os sectores exportadores”. Por fim, deixou uma “palavra de coragem, força e estímulo”. 25 anos de Kyaia O Primeiro-Ministro, o Ministro da Economia e o Secretário de Estado da Indústria e Desenvolvimento visitaram a Kyaia no âmbito do 25º aniversário da empresa (ver quadro anexo). Vieira da Silva defendeu que “o percurso da Kyaia permitiu quebras de dois mitos, pois provou que é possível um sector tradicional ser altamente inovador e que é viável, a partir de Portugal, criar uma de vocação internacional”. O Ministro da Economia elogiou “o dinamismo da empresa e do sector de calçado, que foram capazes de investir mesmo nos momentos mais difíceis”. O Administrador da Kyaia, e Presidente da APICCPS, Fortunato Frederico, apresentou de forma breve a história do Grupo Kyaia e anunciou a criação de uma nova unidade fabril para Paredes de Coura. Grupo Kyaia Grandes marcos 1984 – Fundação da Kyaia 1989 – Inicio projecto Paquistão e Paredes de Coura 1994 – Lançamento marca Fly London 2005 – Aquisição rede lojas Foreva e Sapatália 2010 – Lançamento linha de vestuário expandindústria Telef. 228 312 477 / 228 310 731 / 228 300 736 Fax 228 317 846 [email protected] Nº 163 # FEVEREIRO 2010 11 J. Sampaio e Irmão é a primeira empresa certificada Certificação em inovação chega ao calçado A inovação e a organização Empresarial são dois dos principais factores para a garantia da competitividade das empresas. A inovação permite uma maior diferenciação das marcas e dos produtos nos mercados, o reconhecimento junto dos consumidores e, por isso mesmo, uma capacidade de gerar maior valor acrescentado. Alcançar o reconhecimento no mercado internacional como uma empresa inovadora é objectivo de muitas organizações empresariais. A J. Sampaio e Irmão, que detém as marcas Eject e Prophecy, acaba de se certificar de acordo com o Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457). Trata-se da primeira empresa de um sector « dito » tradicional a alcançar tal feito. O responsável-máximo da EJECT defende que “uma melhor organização permite criar condições de melhoria contínua das suas tarefas, que Joaquim Carvalho destaca, em particular, a certificação de acordo com o Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (NP 4457) que “não só representa uma demonstração de que a opção no desenvolvimento de produtos únicos é um forte factor de sucesso para a vida da empresa mas se reveste de um significado ainda maior no panorama nacional, ao ser a primeira e única empresa de calçado a ser reconhecida como empresa inovadora”. Na última década, a J. Sampaio & Irmão, Lda “sofreu uma grande evolução, em que passou de simples fornecedora de sapatos para outras marcas para o desenvolvimento de duas marcas próprias de calçado, a Eject e a Prophecy, com abordagem Mundial, estando presente em 27 países de todos os continentes e apresentando um volume de negócios na ordem dos 12 milhões de euros”. Em paralelo, obteve a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a Norma ISO 9001. Trata-se de um marco importante na vida da empresa, reconhece Joaquim Carvalho, que “nos escuda da concorrência indiferenciada e de baixo preço”, de modo a que possa “levar o consumidor a optar de forma crescente pelas empresas e marcas que mais garantias dão nos seus produtos, seja pela novidade técnica, pelo design ou pela qualidade construtiva e de materiais”. quim Carvalho acredita, ainda, que “os clientes que sentem esta atenção particular da organização que os fornece tendem a serem mais fiéis, pela garantia assegurada, mesmo quando a concorrência lhes oferecem outras vantagens mais imediatas como o preço”. se repercute nos clientes, seja pela melhoria dos produtos, seja pela melhoria dos serviços”. Joa- No início desta nova década, a J. Sampaio & Irmão, Lda “passou para outro estádio no seu desenvolvimento, sentindo necessidade de solidificar duas das suas valências que lhe permitirá estar mais forte nos mercados internacionais”. Mariano lança linha ecológica A Mariano vai lançar, na MICAM, uma linha de calçado ecológica. Segundo Angela Oliveira no segmento de calçado de homem clássico “não existia qualquer oferta de produtos amigos do ambiente”. A Mariano, empresa de calçado de homem, com sede em S. João da Madeira, procura assim “revolucionar o mercado”. A nova linha de calçado Mariano privilegia “a utilização de peles que não sejam nocivas para o meio ambiente e todos os restantes componentes são recicláveis”. Dessa forma, a responsável da Mariano, acredita ser possível continuar a surpreender os clientes cm a apresentação de modelos clássicos, de excelente qualidade e, agora, também amigos do ambiente”. Janeiro|2010|ANO V|Nº 62 Grupo DECSIS | decsis SA | expandiserve SA | decunify SA | deccare Lda SOMOS O MAIOR GRUPO EMPRESARIAL PORTUGUÊS DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Cloud Computing O cloud computing, termo que tem cada vez mais evoluído de conceito para realidade de negócio, apresenta-se como um modelo de solução poderoso, escalável e flexível. Neste momento, todas as análises convergem para um cenário em que o Cloud Computing e o Software como Serviço irão mudar completamente a forma como a tecnologia é "vendida" e "consumida". Grupo DECSIS | Soluções Globais Outsourcing de Formação O Serviço de Outsourcing de Formação tem como objectivo Acrescentar Valor ao Negócio das Empresas/Organizações, convertendo o seu centro de custos interno num serviço externo, através da sub-contratação, permitindo-lhes enfocar a sua atenção nas Estratégias de Negócio. Desta forma, as Empresas/ Organizações asseguram a concentração de processos num único ponto de contacto, que faz toda a Gesttão Especializada do serviço pretendido, assegurando a sua máxima qualidade e eficácia. No âmbito do Serviço de Outsourcing de Formação, a DECSIS SI disponibiliza, através da sua Academia; 5 5 5 5 5 5 Apoio Pedagógico Especializado ao Plano de Formação, Diagnóstico e Levantamento de Necessidades de Formação, Elaboração do Plano de Formação, Desenvolvimento, Acompanhamento e Avaliação da Eficácia da Formação, Apoio Técnico-Pedagógico, Candidaturas ao POPH/QREN SOMOS RESPONSÁVEIS POR MAIS DE 170 POSTOS DE TRABALHO DIRECTOS DEIXE-NOS AJUDAR A RESOLVER OS SEUS PROBLEMAS CONTACTE-NOS Estágios | Educação Serviços de Formação estágios curriculares | estágios profissionais garantir competências | melhorar desempenho Diasa confirma facturação de 15 milhões Inserido no Plano Anual de Actividades, a convite do Director do Curso Profissional Gestão e Manutenção de Equipamentos Informáticos, Prof. Manuel Jorge, decorreu no passado dia 15 de Dezembro de 2009, na sala C101, um debate subordinado ao tema "A Formação e o Universo Empresarial", moderado pelo Eng.º Jorge Antunes do Grupo DECSIS. Participaram os alunos dos 11º e 12º anos dos Cursos Profissionais da nossa escola. Este debate faz parte de outras actividades que já foram/serão realizadas ao longo do curso profissional, tendo por objectivo preparar os alunos para o ingresso na vida activa. De salientar que estas actividades só são possíveis com a colaboração/disponibilidade de entidades externas, expressando o Grupo de Informática uma palavra de apreço e de gratidão ao Eng.º Jorge Antunes, o qual sempre se mostrou disponível para colaborar com a nossa escola. Prof. Manuel Jorge | Escola Secundária João de Barros APCER | 20 anos da Certificação em Portugal No passado dia 17 de Dezembro de 2009, a Associação Portuguesa de Certificação (APCER) assinalou os 20 anos da Certificação em Portugal, com um encontro realizado no Pestana Palace Hotel, em Lisboa. Esta cerimónia pretendeu distinguir as primeiras empresas certificadas em Portugal e alguns dos auditores que contribuíram para a credibilidade e desenvolvimento da certificação. Na ocasião, foram ainda entregues os prémios aos vencedores do Concurso Nacional de Desenhos Infantis sobre Ambiente, promovido pela APCER. O encontro "APCER XXI Garantir o Futuro pela Confiança" contou com a presença do Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, José António Vieira da Silva, e com a participação do filósofo José Gil que realizou uma intervenção sobre os principais desafios que o país enfrenta na actual conjuntura. Apesar de admitir que o mercado de hardware caiu bastante, o presidente executivo da DIASA, Álvaro SánchezRamade afirma que a empresa teve um crescimento extraordinário em Portugal: quase duplicou a facturação. COMPUTERWORLD.COM.PT Oracle e Sun convergem focadas na integração “É a evolução natural do mercado”, sublinhou o presidente da Oracle, Charles Philips, explicando a conjugação de negócios da Sun e da Oracle. A integração de hardware e software será o mote da fusão e da estratégia tecnológica da “nova” empresa. COMPUTERWORLD.COM.PT Segurança da informação: falta de formação aumenta perigo A consciência da importância da segurança da informação está a aumentar nas empresas, mas a formação dos recursos humanos é ainda uma falha que as empresas não conseguiram resolver. Semana Informática A DECSIS, SA e a DECUNIFY, SA, empresas do Grupo DECSIS, são Empresas Certificadas NP EN ISO 9001 : 2000 Norma ISO 27001: 2005 | Sistemas de Gestão da Segurança da Informação. Consulte-nos :: Soluções Globais | Grupo DECSIS Direcção de Formação | Academia DECSIS Centro Autorizado de Assistência Técnica Samsung com grandes expectativas para TV 3D A Samsung espera vender dois milhões de televisores 3D este ano. Os ecrãs LCD tradicionais devem baixar de preço. Exame Informática DECSIS ExpandiServe DECUNIFY DECCARE Porto Porto Porto Porto Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decsis.pt www.expandiserve.pt Rua de Francos, 121 4250-219 Porto Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Estrada Principal do Outeiro Lte 9 Piso 0 - 1B 2785-507 S. Domingos de Rana Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decsis2.com Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.deccare.pt Nº 163 # FEVEREIRO 2010 13 Dossier antidumping China apresenta queixa contra UE na Organização Mundial do Comércio O maior produtor mundial de calçado acaba de apresentar uma queixa-formal na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra a Comissão Europeia. Em causa está a prorrogação, por 15 meses, dos direitos antidumping às importações de calçado de couro proveniente da China e Vietname decretada em Outubro último. Este é um dossier que se arrasta há vários anos, a pedido das associações europeias dos industriais do sector (APICCAPS incluída) no seio da CEC. Com efeito, foi possível comprovar, depois de realizada uma mega-investigação (que a própria Comissão Europeia levou a cabo) a existência de práticas desleais, distorçoras da concorrência e reiteradas por parte da China e do Vietname. Ainda assim, mesmo no seio da União Europeia os Estados-membros relevaram posições antagónicas. No final, vincou a posição de países como Espanha, Itália, Polónia e Portugal que procuraram “pugnar por um comércio livre, equilibrado e que respeitasse as regras da OMC”. Para a Confederação Europeia da Indústria de Calçado, “a investigação levada a cabo pela Comissão Europeia provou que a prática de dumping é contínua e é prejudicial para a indústria europeia, pelo que se impunha que as regras da própria CE e da OMC fossem cumpridas”. O braço-de-ferro entre China e UE continua www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. A SPEDYCARGO foi criada em Janeiro de 2004 combinando a experiência e profissionalismo da sua equipa e a confiança dos seus parceiros no exterior com o conhecimento das exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desafios da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em cada mercado.Como membro a SPEDYCARGO beneficia de parcerias com mais de 60 agentes em cerca de 50 países servindo mais de 250 portos e aeroportos. Aéreo Marítimo Rodoviário A Spedycargo oferece uma diversificada gama de opções no transporte de carga aérea. Garantimos uma operação bem estruturada resultante da criatividade e experiência da nossa equipa. A Spedycargo assegura coordenação total da operação de transporte seleccionando a opção que melhor responda às exigências de cada embarque ao custo mais competitivo. Em parceria com os seus agentes na Europa, a Spedycargo oferece serviço regular de transporte em Camião de e para várias origens e destinos. Aduaneiro A Spedycargo dedica especial atenção a este segmento para o qual criou o seu próprio departamento aduaneiro no que conta com pessoal especializado e licenciado. Transportes Especiais A Spedycargo tem uma vasta experiência no segmento de: · Feiras e Exposições · Transportes Especiais · Armazenagem e Distribuição SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, LDA. Head Office Travessa da Telheira, nº. 305 · 1º Andar · Sala 9 · 4455-563 Perafita · Portugal Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 Lisbon Office Edifício 124 · Piso 1 Gabinete 18 · 1700-008 Aeroporto de Lisboa · Portugal Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 · Fax. +351 218 480 370 TRANSITÁRIO ESPECIALIZADO EM FEIRAS INTERNACIONAIS Nº 163 # FEVEREIRO 2010 15 Importações europeias de calçado com queda abrupta Os 27 Estados-membros da União Europeia adquiriram, nos primeiros onze meses de 2009, menos 223 milhões de pares de calçado do que no mesmo período do ano anterior. De Janeiro a Novembro, a Europa adquiriu 2911 milhões de pares de calçado, ou seja menos 7,1%. A Europa adquiriu menos calçado «fora de portas» (recuo geral de 8,2% para 2096 milhões de pares), em especial à China (menos 6,4% para 1563 milhões de pares) e Vietname (menos 22,7% para 203 milhões de pares). O comércio intracomunitário também se fez sentir com menor incidência, com um recuo de 4,1% para 815 milhões de euros. Realce ainda para o facto de a Bélgica (menos 5,4% para 128 milhões de pares) e Alemanha (crescimento de 2,4% para 121 milhões de pares) surgirem à frente de Itália (recuo de 14,1% para 119 milhões de pares) entre os principais fornecedores de calçado do «Velho Continente». Determinante para esta quebra foi o comportamento do mercado alemão. Nos onze primeiros meses de 2009, a Alemanha importou menos 442 milhões de pares do que no mesmo período de 2008. Em termos absolutos há um recuo de 36 milhões de pares (menos 7,6%). A Alemanha importou menos calçado, fundamentalmente, a outros países europeus (menos 12,9% para 113 milhões de pares), em especial de Itália (recuo de 23,4%) e Holanda (menos 9,3%). Curioso foi o desempenho relativo do Reino Unido. Num ano atípico, assinala-se um crescimento de 1,9% para 421 milhões de pares. Numa análise mais fina, é possível identificar que os «súbitos de Sua Majestade» importam mais calçado de países extracomunitários (aumento de 3,4% para 362 milhões de pares) e menos a nível interno, uma vez que as importações intracomunitárias diminuíram 6% para 59 milhões de pares. Em França, o recuo das importações é de apenas 2,9% para 366 milhões de pares. Ao contrário do Reino Unido, os franceses compram cada vez mais calçado a outros países europeus como Espanha, Itália e Portugal (aumento global das importações europeias de 0,5% para 168 milhões de pares) e menos a outros países extracomunitários (quebra de 5,6% para 198 milhões de pares). Por fim, as importações espanholas recuaram 4,4% (menos 14 milhões de pares) para 312 milhões de pares. A maior quebra volta a verificar-se ao nível do comércio intracomunitário (recuo de 9,1% para 50 milhões de pares). As vendas de calçado contrafeito «on line» estão a causar sérias dores de cabeça às marcas internacionais 17 Nº 163 # FEVEREIRO 2010 Internacional – volta ao mundo Puma abandona actividade em Espanha A marca desportivo Puma deverá abandonar, ao que tudo indica, a actividade em Elche, um dos grandes pólos de calçado em Espanha. Este será um duro revês para o calçado espanhol que ainda há poucos meses perdeu outro gigante do desporto: a Reebok. A Puma estava instalada em Espanha há já quinze anos. Na sequência desta decisão, os cerca de 200 trabalhadores da Estúdio 2000 poderão perder o posto de trabalho. Setembro do ano passado parecem estar a regular o mercado doméstico brasileiro. Em termos práticos, por cada par exportado para o Brasil, o calçado chinês suporta um direito adicional de 12,47 dólares por par, de modo a que o preço médio do calçado chinês comercializado no Brasil ascende agora a 18 dólares. Na sequência dessa decisão, a importação de calçado chinês pelo Brasil recuou, em 2009, 32,7% em volume e 16,1% em valor. Para o Director-Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Calçados, Heitor Klein, esta decisão reveste-se da maior importância, até porque “a cotação do dólar deixa antever que o calçado brasileiro estará ainda mais dependente do mercado interno em 2010”. Com efeito, as exportações brasileiras caíram 23,7% em volume, para 126,6 milhões de pares. No entanto, foi possível nesse período criar 42 mil postos de trabalho. Nos Estados Unidos, revelou ainda o investigador, a economia não registada é de 8,4 do PIB e nos países da Organização para a Cooperação Económica e o Desenvolvimento (OCDE) a média é de 16,3 por cento. Carlos Pimenta revelou ainda que a chamada fraude ocupacional (apropriação ilegal de activos, relatórios de contas fraudulentos e esquemas de corrupção) representa 10 por cento do volume das vendas das empresas portuguesas. GHIBI lança linha de chinelos de luxo Comércio mundial regista maior queda desde a II Guerra Mundial Economia paralela vale 22 por cento do PIB Segundo a Organização Mundial de Comércio (OMC), o comércio mundial registou, em 2009, uma redução de 12%, Esta queda foi superior às previsões, sendo a maior desde a II Guerra Mundial. “Esta é a maior queda desde o final da II Guerra Mundial. É uma grande queda”, sublinhou Pascal, Director-Geral da Organização Mundial de Comércio. Lamy adiantou que o comércio mundial já começou a recuperar, sem avançar, no entanto, previsões para este ano. “É muito cedo para dizer se a actual tendência é apenas de curto-prazo ou é sustentável”, acrescentou o responsável da OMC. Segundo Carlos Pimenta, do Observatório de Economia e Gestão e Fraude da Universidade de Economia do Porto, a economia não registada em Portugal representa 22% do Produto Interno Bruto (PIB),. De acordo com os dados avançados, a evasão fiscal, branqueamento de capitais, contrafacção, o tráfico de armas, drogas e seres humanos, entre outros crimes, rondará os cerca de 33 mil milhões de euros, já que o PIB ronda os 166 mil milhões de euros. SWEET CHIC BY GHIBI é o mais recente posicionamento da marca GHIBI, para a sua colecção de homewear shoes para os segmentos de senhora, criança e homem. Inspirada nas mais recentes tendências do sector de calçado para casa, a gama de produtos GHIBI é confortável e chique, ao utilizar materiais escrupulosamente seleccionados, quer ao nível do design, modelos de construção, acabamento e composição. Inspirada em tecidos com efeito de pele de leopardo, cascavel, pónei, que têm constituído um verdadeiro êxito junto dos seus clientes, pela sua componente de elevada inovação, a nova colecção apresentada na MICAM de Março deste ano promete dar que faltar. Destacam-se ainda os modelos em construção tipo bailarina, em tecidos nobres como veludos acetinados e adamascados, entre outros, com aplicações em strass. Uma das fortes apostas da marca será a apresentação de uma alargada gama de calçado para o segmento baby, extremamente evoluída, para a qual desenvolveu o slogan SWEET FOR MY SWEET, uma vez que a delicadeza e design dos modelos assim o caracterizam. Antidumping brasileiro surte resultados Os direitos Antidumping às importações de calçado chinês introduzidos pelo governo de Brasília em Nº 163 # FEVEREIRO 2010 19 EUA Calçado contrafeito prolifera em sites «on line» É a mais recente dor de cabeça para as grandes marcas internacionais. Vários sites de vendas «on line» especializaram-se na comercialização de calçado contrafeito. Os prejuízos poderão ascender a vários milhões de dólares. Segundo a Associação de Retalhistas Norte-americanos “é muito difícil seguir o rasto a esse calçado contrafeito”. “Temos conhecimento – continuou Matt Priest – que é proveniente da China e é um fenómeno que está a crescer”. Numa simples pesquisa «on line», no motor de buscar google, é possível encontrar vários sites de revenda de calçado contrafeito do prestigiado estilista Christian Louboutin. Os responsáveis pela marca estão já no terreno a procurar recolher o máximo de informação disponível, de modo a que possam agir em conformidade. Já os responsáveis da New Balance investiram num software que permite seguir o «rasto» dos sites que comercializam produtos da marca. Ed Haddad, Vice-presidente da New Balance, recorda que, através deste software, “foi possível encerrar vários destes sites ilegais”. Jeff Swartz, CE da Timberland, admite que “a contrafacção sempre foi um problema”. Acresce que a proliferação de sites «on line» permite que “o fenómeno continue a crescer, tornando mais difícil a defesa dos direitos de propriedade industrial das marcas”. Para a Associação de Retalhistas Norte-americanos “a única solução para este problema passa por educar os consumidores”. Por esse motivo, deverá ser anunciado brevemente o lançamento de uma mega-campanha no decorrer do Mundial de Futebol da África do Sul, de sensibilização para o fenómeno da contrafacção. As vendas de calçado contrafeito «on line» estão a causar sérias dores de cabeça às marcas internacionais MADE TO FEET PORTUGUESE SHOES The best in Quality Excellence in Design
Documentos relacionados
Conjuntura GAPI World Footwear Yearbook Investimento
mais de 20 anos”, destacou Fortunato Frederico. Para o líder associativo, o sector soube, num primeiro momento, em particular nas décadas de oitenta e noventa, “modernizar-se”, nomeadamente do pont...
Leia mais