Jornal ADUFMS - ADUFMS Sindicato

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Jornal ADUFMS - ADUFMS Sindicato
Jornal
SindicatodosProfessoresdasUniversidadesFederaisBrasileirasdosMunicípiosdeCampoGrande,Aquidauana,Bonito,
ChapadãodoSul,Corumbá,Coxim,Naviraí,NovaAndradina,Paranaíba,PontaPorãeTrêsLagoas,noEstadodeMatoGrossodoSul
adufms.org.brfacebook.com/ADUFMS.Sindicato
CampoGrande(MS),agostode2015–Ediçãon.004
Greverea irmacompromissoem
defesadauniversidadepública
Agostoéomêsdecisivonasnegociaçõescomogovernofederalemobilizaçãoemdefesadosdireitosdos/astrabalhadores/as
DiogoGonçalves
O
movimento docente nacional segue
irmenalutaporreposiçã osalarial,
reestruturaçã o da carreira e na
defesaintransigentedauniversidadepú blica,gratuita,laicaedequalidade.Nessesmais
de dois meses de movimento na UFMS, o
ComandoLocaldeGreveeleitoem assembleia, juntamente com a direçã o da
ADUFMS-Sindicato,temrealizadodiversas
açõ es nos campi de Campo Grande e do
interiorcomoformadepressionarogoverno
a acatar as reivindicaçõ es da categoria e
sensibilizarasociedadesobreaprecarizaçã o
das instituiçõ es federais de ensino com os
ajustes iscais determinados no Orçamento
Federal2015.
Páginas3,4e12
GersonJara/ADUFMS-Sindicato
Passeatapeloreajustede27,3%eemdefesadoserviçopúblicofederal
ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato
GersonJara/ADUFMS-Sindicato
Adreferendum
sepulta
democracianaUFMS
SededeTrêsLagoas
reinaugurada
depoisdareforma
SuplementoEspecial
comestudantesde
Jornalismo
A ADOÇAO de medidas administrativas
verticalizadas promove mudanças bruscas
navidauniversitá riaetemsufocadoatradiçã odemocrá ticadentrodaUFMS.Osconselhossuperioresvirarammerosinstrumentos
dehomologaçã odasdecisõ esdaadministraçã osemqualquerdiscussã o,porexemplo,o
Plano de Atividades Docentes (Padoc) e a
expansã o da carga horá ria. Para saber dos
cortes no orçamento da Universidade, a
comunidade teve de protestar em frente à Reitoria.
Página9
DOCENTES, estudantes e té cnicos/as administrativos/asdoCampusTrê sLagoas(CPTL)
participaram da festa de reinauguraçã o da
sededaADUFMS-SindicatonoLestedeMS,
totalmente reformada. O evento marcou o
compromissodaatualdireçã odaentidadede
fortalecer o movimento sindical no interior,
aumentando a presença e a proximidade
com os/as iliados/as. A solenidade virou
palcodemanifestaçã oemdefesadagrevee
dauniversidade.Forammomentosdeinteraçã ocomumdeliciosocaldo,acompanhadode
boamú sica.Página11
EM UMA EXPERIENCIA INEDITA, as/os
alunas/osdeJornalismodaUFMS,coordenados/as pelo professor Edson Silva e pela
professora Katarini Miguel, pautam maté rias
naspá ginasdoJornalADUFMSqueatacamo
vacilodaatualpolıt́icadeexpansã ouniversitá ria,comdireitoselementarescomocreche,
restauranteuniversitá rioemoradiaestudantilvioladosApesardasconstantesreivindicaçõ es,aReitoriadaUFMSnã otempriorizado
polıt́icas que facilitem a permanê ncia dos e
das estudantes nos cursos de graduaçã o e
pó s-graduaçã o.Páginas5,6,7e8
2
Jornal
CampoGrande(MS),agostode2015
EDITORIAL
Avançaremdefesada
educaçãosuperiorpública
Chegamosamaisumaediçã odoJornalADUFMS
emplenagreveemdefesadauniversidadepú blica,
gratuita, laica e de qualidade. Sã o inegá veis os
avançossalariaiseosaumentosdeinvestimentosna
universidade pú blica nos ú ltimos governos.
Devemos,noentanto,preservaroquejá conseguimoscomtodaadeterminaçã oeavançarnasconquistas,pormeiodereajustesalarialdecente,melhorias
nosbenefıćiosedareestruturaçã odacarreira.Nossa
remuneraçã oaindaé inferioraoutrascarreirasdo
Executivo, Legislativo e do Judiciá rio, aqué m da
nobretarefadeformarpro issionaisgraduados/ase
pó s-graduados/as para atuar no mercado, nas
instituiçõ espú blicasenasnã o-governamentais.
Nestaediçã o,estamosprestandocontadasaçõ es
daADUFMS-SindicatoedoComandoLocaldeGreve
naconduçã odemaisdesessentadiasdegreve.Aos
poucos estamos rompendo com a cultura do
distanciamento da direçã o sindical em relaçã o à categoria,cumprindoosrequisitosdaLeideGrevee
garantindo a docentes informaçõ es sobre os
desdobramentos do movimento praticamente em
tempo real. As decisõ es sã o democraticamente
discutidas, acordadas em assembleias e reuniõ es,
rea irmando o cará ter de independê ncia do nosso
movimento.
Ao mesmo tempo, apoiamos e cumprimos
diversas atividades programadas que visam dar
visibilidade a nossa luta, contestar os cortes de
verbasparaaEducaçã oeapontarascontradiçõ esda
polı́ t ica econô mica do governo federal numa
tentativa suicida de promover ajustes econô micos
para encher os cofres já abarrotados do sistema
inanceiroà custadosacrifıćiodoProgramadeApoio
a Planos de Reestruturaçã o e Expansã o das
Universidades Federais (Reuni) e do processo de
precarizaçã odasnossascondiçõ esdetrabalho.
Dentrodopropó sitodedemocratizaraADUFMSSindicato e fortalecer as lutas unitá rias, estamos
integrando o Fó rum dos Servidores Pú blicos
Federais.Simultaneamentearticulamosapublicaçã o
do Suplemento Especial com os/as alunos/as de
Comunicaçã o Social, uma experiê ncia-laborató rio
iné dita,comomonitoramentodedocentesdoCurso
deJornalismodaUFMS-CampoGrande.Oobjetivoé darvazã oà spautasesquecidaspelaadministraçã o
daUFMSequetocamdiretamentenascondiçõ esde
permanê ncia dos/as estudantes e dos/as trabalhadores/asnaUniversidade.Esperamosdarsequê ncia
aotrabalhonaspró ximasediçõ es.
Cumprindo o que foi assumido em campanha,
publicamos o resumo de despesas e receitas da
ADUFMS-Sindicato, devidamente auditado pelo
ConselhoFiscal.Aprestaçã odecontatambé mestará disponıv́elnositedaentidade.
Em pleno andamento da luta, convocamos
todos/as associados/as e nã o-associados/as a
participardomovimento,poisestemê sdeagostoé o
momentoparaforçarogovernofederalaapresentar
contraproposta decente para a categoria e instituir
negociaçõ espermanentesemtornodanossacarreira.
Nossaforçanascenaluta!Contamoscomvocê !
Jornal
E X P E D I E N T E
Aposentadospromovemencontro
nacionalemCampoGrande
ACS/UFMS
PresidentedaAApP/ufms,professorMarnePereiradaSilva(1ºà esquerda),an itrioudiretores/asdaFenafe
C
ampoGrandesediounosdias14e15de
maio a reuniã o de 2015 da Federaçã o
NacionaldasAssociaçõ esdeServidores
Aposentados e Pensionistas das Instituiçõ es
FederaisdeEnsino(Fenafe)-oXVIIIEncontro
d o s D i r i g e n t e s d a s A s s o c i a ç õ e s d e
Aposentados e Pensionistas das Instituiçõ es
Federais de Ensino. O evento aconteceu no
auditó rio 2 do Complexo Multiuso (Cidade
Universitá ria)enoHotelMetropolitan.
Ainda nos dias 14 e 15 de maio, a
Associaçã odosAposentadosePensionistasda
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(AApP) fez, pela primeira vez, um grande
encontrodefuncioná rios/asaposentados/ase
pensionistas da UFMS para discutir, entre
outros assuntos, a pauta de reivindicaçã o
dessessegmentos.
Oseventosserviramparade inirastá ticas
deaprovaçã odaspautasgeraleespecı́ icade
aposentados/as e pensionistas em â mbito
nacional:atuarpelo imdofatorprevidenciá rio;defenderoreajustedepensõ eseaposentadorias de acordo com o salá rio mı́nimo; e
barrar mudanças na Previdê ncia que retroagem direitos dos/as trabalhadores/as, contidas na Medida Provisó ria 664/2014, cujo
ProjetodeLeideConversã ofoiaprovadoem
maionaCâ maradosDeputadoscomumasé rie
deemendasparciaise/outotaiseenviadoao
Senado Federal com rejeiçõ es de outras
emendas. No Senado o Projeto foi aprovado,
passando a ser Lei 13.135, sancionada pela
presidentaDilmaRousseffem17dejunhode
2015,comvetosparciais.
Alé mdaAssembleiaGeraldaFenafe,com
debatessobreconquistasebenefıćiosetroca
deexperiê nciasentreassociaçõ esdeaposentados/as, aconteceram as palestras "Saú de e
qualidadedevida",proferidaporLuıśOvando,
e "Vida ativa na aposentadoria", com a
ProfessoraDoutoraSuziRosaMiziaraBarbosa,
bemcomoapresentaçõ esculturais.
O presidente da AApP/ufms, professor
Marne Pereira da Silva, lembrou que "todos
nosunimosparaumbemcomum:oaposentado". Lamentou o veto presidencial da presidentaDilmaà polıt́icadereajustedasaposentadorias ao salá rio mın
́ imo e a aprovaçã o do
Projeto de Lei de Conversã o da MP 664 pelo
CongressoNacional.ALei13.135,naqualfoi
transformadaaMP664,introduznovasregras,
protelandoapensã oadependentesemcasode
mortedos/assegurados/as.
Associação-AAApP/ufmsfoifundadaem6de
julhode1996.Eumaentidadecivildepersonalidade jurıd
́ ica sem ins lucrativos, inscrita no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurıd
́ ica (CNPJ).
Seusobjetivosprincipaissã odefenderosinteressesgeraisdeseus/suasassociados/as,valorizar
acapacidadeprodutiva,bemcomopromovero
bem-estar,alé mdauniã odos/asaposentados/as
epensionistas.AAApPreú neservidores/asde
todasascategoriasqueencerraramsuasatividadesnoserviçoativodaUFMS.
O Jornal ADUFMS é uma publicação oficial do Sindicato dos Professores das Universidades Federais Brasileiras dos Municípios
de Campo Grande, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e
Três Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul (adufms.org.br e facebook.com/ADUFMS.Sindicato)
Endereço: avenida Senador Filinto Müller, 559, Vila Ipiranga , CEP: 79080-190,
Campo Grande, Mato Grosso do Sul, fone (67) 3346-1514, fone/fax (67) 3346-1482
E-mails: [email protected] e [email protected]
Gestão Autonomia Sindical - ADUFMS, biênio 2014-2016
Presidente:José CarlosdaSilva;vice-presidenta:MariuzaAparecidaCamilloGuimarã es;secretário-geral:OsvaldoNunesBarbosa;primeiro-secretário:PauloMarcosEsselin;diretor- inanceiro:MarcoAuré lio
Stefanes;diretor- inanceiroadjunto:MoacirLacerda;diretordeDivulgaçãoeImprensa:AntonioLinoRodriguesdeSá ;diretordePromoçõesSociais,CulturaiseCientí icas:RonnyMachadodeMoraes;diretorade
AssuntosdeAposentadoria:LuciaMonteSerratAlvesBueno;CPAQ:AnaPaulaSalvadorWerri;CPAN:AnamariaSantanadaSilva;CPTL:José BatistadeSales.
ConselhodeRepresentantes _CCBS-titular:MariadeFá timaM.Cheade,suplente:Otá vioFroehlich.CCHS-titular:MargaritaVictoriaRodrıǵuez,suplente:Joã oJairSartorelo.Facom-titular:RenatoPor irio
Ishii,suplente:CarlosAlbertodaSilva.Fadir-titular:YnesdaSilvaFé lix,suplente:LucianiCoimbradeCarvalho.Faeng-titular:Jé fersonMeneguinOrtega,suplente:MariaHelenadaSilvaAndrade.Famed-
titular:Auré lioFerreira,suplente:IzaiasPereiradaCosta.Famez-titular:ValdemirAlvesdeOliveira.Faodo-titular:DaniloMathiasZanelloGuerisoli,suplente:Fá timaHeritierCorvalan.In i-titular:Widinei
AlvesFernandes,suplente:Doroté iadeFá timaBozano.Inma-titular:PatrıćiaSandaloPereira,suplente:KarinaMirandaD’Ippó litoLeite.Inqui-titular:SilvioCé sardeOliveira.Aposentados-titular:Celso
Correia,suplente:CarlosStiefNeto.CPAQ-titular:AnaPaulaSalvadorWerri,suplente:EdelbertoPauliJú nior.CPAN-titular:AnamariaSantanadaSilva,suplente:FabianoAntoniodosSantos.CPTL-titular:José BatistadeSales.CPBO-titular:NoslindePaulaAlmeida,suplente:AdrianoVianaBednaski.CPCS-titular:Octá vioBarbosaPlaster.CPNA-titular:GemaelChaebo.CPAR-titular:JulioCé sardeSouza,suplente:
EltonGeanAraú jo.CPPP-titular:AmauryAntô niodeCastroJunior,suplente:KleitonAndreSchneider.CPNV-titular:RoseliMariaRosadeAlmeida,suplente:CeliaReginadeCarvalho.
ConselhoFiscal _titulares:EdvaldoCorreaSotana,AlessandroGustavoSouzaArrudaePauloCesarDuartePaes.Suplentes:LuizCarlosBatistaeRicardoPereiradeMelo.
Editoresresponsáveis:jornalistasGersonCanheteJaraMTE-MS3/1994eArnordaSilvaRibeiroMTE-MS18.Diagramação:Carlã oValé rio.
Jornal
CampoGrande(MS),agostode2015
3
Atividadesfortalecem
campanhasalarialnointerior
O
diaadiadagreve
nos campi da UFMS alémCampoGrandetemsidode
muitas atividades sociais,
político-sindicais, sindicais
e de arte, entre as quais
iniciativas conjuntas entre
professoras/es, alunas/os,
técnicas/os administrativas/os.
A professora Késia
CarolineRamiresNeves,da
Comissão de Mobilização
do Campus de Ponta Porã
(CPPP), explica que nessa
cidade as agendas de
eventos lincados ao movimento grevista são
planejadas semanalmente.
Lá houve passeata com
faixas e cartazes nas vias
centrais da cidade e
panfletagemnossemáforos
no6deagosto,dianacional
de protestos pedindo que
asdireçõesdasuniversidades federais Brasil afora
abramascontasemostrem
o grau de contingenciamento de verbas em cada
setor.
Os trabalhos sindical e ComandoLocaldeGreve
político-sociocultural que
vêm sendo desenvolvido
na greve deste ano em
Corumbá por professoras,
professores,alunas,alunos,
técnicas administrativas e
técnicosadministrativosdo
Campus do Pantanal (CPAN)atestamaforçado
movimento para além da
Capitalsul-mato-grossense.
“Agreveestánarua,além
de acontecer de forma
unificada com docentes,
Acadêmicos/asdeParanaíbasesolidarizamcomomovimentodocente
estudantes e técnicos administrativos da UFMS e também alunos, técnicos e
professoresdoIFMS[InstitutoFederaldeMatoGrossodo
Sul]”, descreve o professor Ronny Machado de Moraes,
diretordaADUFMS-Sindicato.Aulaspúblicas,tereréda
greve, mesas-redondas, conferências e panfletagens nas
feiras, nas vias (ruas e avenidas), nas praças, além do
cinegreve, exemplificam a desenvoltura da comunidade
CPANnestagreve.
OssegmentosdoCampusdeAquidauana(CPAQ),no
OestedeMatoGrossodoSul,somam-seaessasaçõesque
têmdadoperenidadeaomovimentogrevista.“Agentetem
mantido uma certa constância nas atividades, com
envolvimento da comunidade”, avalia o professor
EdelbertoPauliJúnior.AagendadagreveemAquidauana
envolveiniciativascomoaulapública,saraueatospúblicos
companfletagens.
Acomunidadeuniversitáriadoscampimeridionaisda
UFMS tem contribuído de forma consistente para o
fortalecimentodagreveiniciadadia15dejunho.Alémde
Ponta Porã, no Campus de Naviraí (CPNV), conforme a
professora Roseli Maria Rosa de Almeida, do Comando
LocaldeGreve,osespaçospúblicosurbanosdomunicípio
têmsidoprivilegiadoscomsaraus,declamaçãodepoesias,
panfletagens e diálogo com as e os naviraienses para
discutir a greve e a crise pela qual vem passando a
educaçãonacional.
AmovimentaçãodacomunidadeuniversitáriadaUFMS
noLestesul-mato-grossenseconfigura,cadavezmais,anova
fase do movimento sindical de trabalhadores e
trabalhadoras no Campus Três Lagoas (CPTL), onde o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Fundação
UniversidadeFederaldeMatoGrossodoSul,noEstadode
MatoGrossodoSul(Sista-MS),movimentoestudantil,Seção
SindicaldoAndes-SNnaUFMSRegiãoLestedeMatoGrosso
do Sul (ADLeste) e a ADUFMS-Sindicato se uniram em
defesadauniversidadepúblicaenodebatedequestõesque
extrapolamoslimitesdaUniversidade,comoocombateà
reduçãodamaioridadepenal.“Agreveaquicontinuaforte!”,
enfatizaopresidentedaADLeste,professorVitorWagner
Neto de Oliveira. Prova da força do movimento em Três
Corumbá:pan letagemeexplicaçãosobreagreve
ConversandocomapopulaçãodeNaviraí
Lagoas,foiaorganizaçãodoBotecodaGreve,nodia20de
julho, pelo diretor da ADUFMS-Sindicato no CPTL,
professorJoséBatistadeSales,paraarrecadarrecursosao
Fundo de Greve. A presença maciça de técnicos
administrativos, técnicas administrativas, alunos, alunas,
professoreseprofessorasnobotequimavalizaaconsistência
domovimentonaquelecampus.
NoCampusdeParanaíba(CPAR,extremonordestede
MatoGrossodoSul)saraus,reivindicaçãodetransportepara
acomunidadeacadêmica–aunidadeficalongedocentroda
cidade–,cinegreve,debate,panfletagem,entrevistasaovivo
e gravadas à mídia eletrônica local substanciam o rol de
atividadesqueestãosendopostasempráticanestagreve,
conforme descreve a professora Renata Bellenzani, do
ComandoLocaldeGreve.
CampoGrande(MS),agostode2015
4
Jornal
Greverevelacontradições
dasuniversidadespúblicas
Nográ icoabaixo,ocomparativoderemuneraçãoemcarreirasdoserviçopúblicofederal.
As/osdocentesestãoentreos/asqueganhamosmenoressalários(traçosvermelhos).
Paraondevaio
dinheirodaUnião
Fonte: <http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=92718> (reproduzido do site da Auditoria Cidadã da Dívida,
<http://www.auditoriacidada.org.br/e-por-direitos-auditoria-da-divida-ja-confira-o-grafico-do-orcamento-de-2012/>)
A
greve nacional nas universidades pú blicas
expõ eascontradiçõ eseopçõ esdomodelode
desenvolvimentodoensinosuperiorbrasileiro, indicando que há visõ es e projetos distintos em
disputa,queseevidenciamnestemomento.Porisso,a
categoria nã o aceita a polıt́ica de transferê ncia de
recursos pú blicos para o setor inanceiro e para as
empresasdeeducaçã osuperiorprivadas.
De acordo com o Comunicado 24 do Comando
NacionaldeGrevedoSindicatoNacionaldosDocentes
dasInstituiçõ esdeEnsinoSuperior(CNG-Andes-SN),
só “em2014,ogovernodestinouR$13,8bilhõ espara
ascorporaçõ eseducacionais,pormeiodoFies[Fundo
de Financiamento Estudantil]”. O negó cio bilioná rio
detransferê nciaderecursospú blicosparainteresses
privadosvirouminadeouro.Deacordocomentrevista do Soció logo Wilson de Almeida, na revista
CartaCapital, publicada em 19/12/2014, o “maior
grupoeducacionalformadopelafusã oentreKrotone
Anhanguera”tem40%deseufaturamentooriginá rio
de verbas pú blicas, principalmente do Fies e do
Programa Universidade para Todos (Prouni). Esses
dados evidenciam que o governo federal tem de
reavaliar a polıt́ica de inanciamento da educaçã o
privadasuperiorcomrecursospú blicos.
Mesmo com a expansã o de investimentos nos
ú ltimos anos, dados da Diretoria de Estatı́sticas
Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e
PesquisasEducacionaisAnıśioTeixeira(Deed-Inep),
de2013,apontam1137851matrıćulasnasinstituiçõ espú blicasfederaisdeensinosuperior,enquanto
que nas particulares chegou-se a 5373450. A
exemplodonú merodematriculados/as,adiferença
ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato
ExpansãodoensinosuperiorpúblicocomqualidadenoBrasilrequerfortalecimentodacomunidadeuniversitária
també mé colossalemrelaçã oaonú merodeinstituiçõ es.Aindadeacordocominformaçõ esde2013,há noBrasil106instituiçõ esfederaisdeensinosuperior
pú blicas.Ainiciativaprivadatem2090 universidades.Apesardoaumentoderecursos,aá reaeducacionalrecebeapenas3%dototaldosrecursosfederais.E
o setor que mais sofre com o contingenciamento:
corteemtornodeR$9bilhõ es.Enquantoisso,tem
continuidade a polı́tica inanceira ortodoxa, que
destinou,só em2014,R$978bilhõ esapagamentode
juros e amortizaçõ es da
́ ida, o que representou
ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato dıv
45,11% do orçamento
executado no ano – veja
grá ico redondo acima,
p u b l i c a d o n o s i t e d a
AuditoriaCidadã daDıv́ida.
Umasangriaquebene icia
osistema inanceiroà custa
desacrifıćiodeverbasque
seriam para a educaçã o, a
ciê nciaeatecnologia.
A distâ ncia entre o
discurso da Pá tria Educadora e a de iniçã o de
prioridades na destinaçã o
dosrecursosdoorçamento
devesercobradadogoverno federal. As medidas
adotadaspõ ememriscoo
compromisso de cumprir
Docente,estudantesetécnicosdaUFMSemcaravanarumoaBrasília
as metas estabelecidas
peloPlanoNacionaldeEducaçã o(PNE), ixadasem
7%doProdutoInternoBruto(PIB)apó scincosanose
de atingir 10% em 2024, visto que as decisõ es
apontamemoutradireçã o,porqueosR$9bilhõ esde
investimentos em sete anos (2008 a 2014) na
expansã o das universidades é equivalente ao valor
cortadoagoraem2015comrespaldodaCâ marados
Deputados.
Portanto,alé mdareestruturaçã odascarreiras,
emprocessodedesmantelamentodesde1996,eda
reposiçã o salarial das perdas acumuladas desde
2010,asentidadesquelideramomovimentodegreve
nasuniversidadesfederaisdefendemfatiasmaiores
do orçamento federal, com recursos do pré -sal e
outras fontes de receita, à s instituiçõ es federais de
ensino superior e tecnoló gico. A continuidade da
expansã o do ensino superior pú blico, sem comprometer a sua qualidade, requer o fortalecimento da
mobilizaçã odacategoria,nummomentocrucialpara
os destinos e caminhos da educaçã o superior no
Brasil.
Porisso,omovimentoquehojesedesenvolveé essencialparaoatendimentoeducacionaldapopulaçã o, sobretudo os/as jovens da classe trabalhadora
que nos ú ltimos anos tiveram acesso à educaçã o
superiorpú blica,masaindacarecemdeinvestimento
em programas de permanê ncia. Essa garantia é responsabilidade de todos e de todas que tê m
compromissocomumpaıścomdivisã ojustaderenda
e que privilegia a produçã o do conhecimento como
estraté giadedesenvolvimento.
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CampoGrande(MS),agostode2015
LoraineGonçalves/AF-UFMS
RestauranteUniversitáriolotadomostraanecessidadedemaisespaçoeconfortoparaoscomensais
Mádigestão
UsuáriosdoRU-UFMSqueixam-sedelongas ilas,faltadeespaçoedeopçãodejantar
•AlessandraMarimon
•GuilhermePimentel
A
sextensasfilas,ademoranoatendimento,
olocalapertadoeafaltadeumarefeiçã o
noturnasã oasprincipaisreclamaçõ esde
usuá rios do RU (Restaurante Universitá rio) da
UFMS(UniversidadeFederaldeMatoGrossodo
Sul)CampusdeCampoGrande.Inicialmenteprojetadoparaatender400pessoassentadas,opico
diá riojá chegaaaproximadamente1,6mil,entre
alunos, professores, té cnicos administrativos,
funcioná riosevisitantes.Alé mdisso,apromessa
deumRUnoturnonã ofoicumpridaporfaltade
verbaseoprojetodeampliaçã odoespaçonã osai
dopapel.
ComquaseoitomilestudantesnoCampus,
orestaurantenã oconsegueatenderà altademanda e precisa ser urgentemente ampliado, como
aponta o estudante de Economia Renan Araú jo,
22. “Já almocei à s 11h, ao meio-dia e perto das
13h,easfilasestã osempreparalá dopré diodo
RU,nosolemuitodemoradas.”Paraele,é necessá riaanoçã ocoletivadecomeresairparanã ofaltar
espaço.
Deacordocomopró -reitordaPreae(Pró -
ReitoriadeExtensã o,CulturaeAssuntosEstudantis),ValdirSouzaFerreira,existeprojetodeampliaçã o do RU em andamento. “Sabemos que há a
necessidadedeampliarolocaleoferecermelhorescondiçõ es.Agoraestã odiscutindoaparteelé tricaehidrá ulicadoprojeto.Vamosverasplanilhasesimularosvaloreseassimqueestiverem
todas as plantas prontas, encaminhamos para a
mã o da reitora para fazer a solicitaçã o junto ao
MEC[Ministé riodaEducaçã o]."
AfaltadeRUnoturnodificultaapermanê ncia de estudantes, principalmente aqueles que
estudamnesseperıo
́ do.Renancontaqueficana
UFMSaté à s23heenfrentaoproblema.“Edifıćil
cumpriratividadescomplementaresdomeucurso,participardecampeonatoseprojetosdepesquisa, pois eu fico aqui até tarde lanchando um
salgadoeissofazcomqueeugasteumdinheiro
quenã otenho.”
No ano passado, os/as alunos/as do DCE
(Diretó rioCentraldasedosEstudantes)reivindicaramoRUnoturno,quepelaprevisã odaPreae
começariaafuncionaraindaesteano.Noentanto,
porfaltadeverbasdoPnaes(PlanoNacionalde
Assistê ncia Estudantil), o jantar nã o será mais
oferecido.“Terıámosqueinvestirtodaaverbado
Pnaesenã oseriainteressanteinseriressaverba
de assistê ncia só em alimentaçã o. Entã o, por
enquanto,nã oestá garantido”,dizValdirFerreira.
Masopró -reitorlembraqueorestauranteà noite
aindaestá dentrodasnovasaçõ esdeassistê ncia
da Preae. Ele afirma que 30% dos usuá rios que
almoçamnopré diojantariamnoRUseaopçã o
estivessedisponıv́el.Das54graduaçõ esoferecidaspelaUFMSemCampoGrande,22tê maulas
duranteanoite.
Preçoatual -APreaeasseguraaindaquenã o
haverá alteraçõ esnoscustosdoRUe,portanto,o
atual preço da refeiçã o para os alunos está garantido. Depoisdereivindicaçõ esfeitaspela
antigagestã odoDCEem2013,oalmoçopassou
a custar R$ 2,50. Funcioná rios, acadê micos de
mestrado e doutorado e visitantes pagam
R$7,60poralmoço.
AestudanteEvaCruz,21,afirmaqueocorretoseriasubsidiarovalorintegraleestendero
benefıćio.“Nã oadiantadaracessoaoacadê micoe
nã odarcondiçõ esmın
́ imasparaoalunopermanecer.Quemvemdeforajá pagaumvalorabsurdo
de aluguel pró ximo à universidade e ainda tem
quegastarparasealimentar?Quemé queproduz
comestô magovazio?”
CampoGrande(MS),agostode2015
6
Jornal
cial
Espe
Eaprioridadeabsoluta?Como ica?
OEstatutodaCriançaedoAdolescente(ECA)completou25anosnodia13dejulho,masa
UniversidadeFederaldeMatoGrossodoSul(UFMS)aindanãoreconheceosdireitos
humanosfundamentaisprevistosnaLei8.069,de13dejulhode1990.Noartigo4º,a
8.069(ECA)determinaque“édeverdafamília,dacomunidade,dasociedadeemgerale
dopoderpúblicoassegurar,comabsolutaprioridade”,osdireitosdacriança.A
Instituição,porexemplo,nãooferececreche.São ilhose ilhasdeestudantes,professores,
professoras,técnicosadministrativos,técnicasadministrativas,prestadores/asde
serviços,alémdeoutrostrabalhadoresetrabalhadorasqueatuamnoscampicomo
funcionários/asdebancos,lanchonetes,entreoutros,quetêmseusdireitosviolados
CarolineCarvalho
Gabrielaea ilhaÍsis:acreche‘‘éumdireitonossoenossalutacontinua!”
Arquivodefamília
GrazielaeAndré:elatrancouoCursodeBiologiaparasededicarao ilhoBenício
A
paraodesenvolvimentosaudá veldacriança, a creche seria um ganho a toda a
comunidadedaUFMS.Paisemã espoderiamterapermanê ncianauniversidade
facilitada e a possibilidade de deixar
os/as filhos/as em ambiente pró ximo,
seguro. Toda a comunidade acadê mica
seria beneficiada, atendendo os cursos
dePedagogia,Psicologia,Nutriçã oeEducaçã o Fı́sica, entre outros. Na unidade
poderiamserdesenvolvidosprojetosde
pesquisa,extensã oeestá gios.
Direitosdacriançacomofocoprincipal - Ahistó riadacrecheestevemuito
ligadaaodireitodamulhertrabalhadora,
poisdecorreudoaumentodesuainserçã o no mercado de trabalho e consequentenecessidadedelocalondepudesse deixar os/as seus/suas filhos/as.
Poré m,apartirdaConstituiçã oFederal
de 1988 e do Estatuto da Criança e do
Adolescente,de1990,acrechepassoua
servistacomodireitodacriança.
Segundooartigo3ºdoECA,“acriança
eoadolescentegozamdetodososdireitos
fundamentaisinerentesà pessoahumana”.
Sendoassim,acriançaeoadolescente
“
colchã o,umlugaradequadopraeladescansar. Muitas vezes eu dei banho na
minha ilhanatorneiradobanheiro.Muitasvezesnã otinhaumlugarpraesquentarumamamadeira.Nã otinhaumlugar
praprepararumapapinha”,contaRosesmã eseospaisreclamamquea
lene de Souza, acadê mica de Histó ria,
UFMS nem ao menos oferece
sobre a sua ilha Vitó ria, hoje com sete
estrutura adequada para as crianos, que a acompanhava nas aulas de
anças.“Aminha ilhapassavadi iculdasua primeira graduaçã o, em Educaçã o
des[denã otercreche],chorava.Asvezes
Fı́sica.
ela precisava descansar, nã o tinha um
Acrechejá é realiCarolineCarvalho
dade em instituiçõ es
pú blicas de ensino
superior como as universidades federais de
Santa Maria (UFSM),
d e P e r n a m b u c o
(UFPE) e, em Mato
GrossodoSul,daGrandeDourados(UFGD).A
primeiraaserfundada
no Brasil foi a Creche
FrancescaZacaroFaraco da Universidade
FederaldoRioGrande
do Sul (UFRGS), em
PatríciaAraújoeDarlantrazema ilhaEduardadiariamenteparao
1972. Fundamental
trabalhonaUniversidadepornãoterondedeixá-la
•CarolineCarvalho
•StefannyVeiga
Jornal
CampoGrande(MS),agostode2015
7
CarolineCarvalho
“
passamaserreconhecidoscomo
sujeitosdedireitosenã osó meros“objetos” da intervençã o estatal. O artigo
12 da Convençã o sobre os Direitos da
Criança, da Organizaçã o das Naçõ es
Unidas(ONU),prevê queacriançadeve
serouvidasobretodososassuntosrelacionadosaela,levando-seemcontasua
maturidade e capacidade para formularseuspró priosjuı́zos.
ParaAdrianaLemoz,acadê micade
Letrasemã edeJú lia,detrê sanosequatro meses, a creche deve estimular o
desenvolvimentodacriança.“Euemeu
ex-maridosomosprofessores,entã oa
Jú liaaprendeuasegurarolá pismuito
maiscedo.Noteiquenaescolaparticulareles,infelizmente,limitaramaJú lia,
sabe?! Disseram: ‘Ah, nã o! Lá ela nã o
precisasegurarolá pismuitopequena,
porqueelanã osabe’.Masagentejá tava
estimulandoelaemcasa.”
A estudante acredita que se deve
respeitaropró prioritmodeaprendizadodos/as ilhos/as.“Eusoucontraformar pequenos seres inteligentes. Nã o
precisa disso, entendeu? Tudo no
tempo dela, no ritmo dela. Eu mesma
nã oforçonada.”
SegundoaConstituiçã oFederal,odireitoà crecheé asseguradoacriançasde
zeroaseisanos.Poré m,muitos/asestudantes, professores/as, funcioná rios/as té cnico-administrativos/as,
entre outros/as, tê m ilhos/as acima
dessa idade, necessitando de um programaqueos/asatenda.EocasodeFlá viaPaulinaRodriguesdeMazzi,acadê mica de Filoso ia, que muitas vezes,
alé mdetrazerSo iaà saulas,deumano
esetemeses,precisatrazerIsis,de11
anos.“Nã otemquesersó umberçá rio,
ela[creche]teriaqueabrangerascrianças até uma faixa etá ria, dos 14, 15
anos,umasaladerecreaçã o,atividades
voltadas pra essas crianças”, aponta
Flá via. Nesse caso, a demanda é mais
ÍsiseSo ia, ilhasdeFláviaPaulina
ampla e vislumbra a necessidade da
criaçã o de outras unidades de educaçã o e lazer infantil voltadas a esse
pú blico,enã osó acreche.
As di iculdades de permanência -
Muitas sã o as di iculdades para pais,
mã esououtros/asresponsá veisconciliaremosestudosetrabalhocomacriaçã o das crianças. Para o professor do
curso de Filoso ia André Rocha, é impossı́vel.Elesó nã oteveproblemas
em continuar o trabalho porque sua
esposaGrazieladosSantos,acadê mica
deBiologia,trancouocursoeassimconseguiusededicarao ilhodeles,Benı-́
cio, de um mê s e meio. “A primeira e
maiordi iculdadeparaoestudanteque
tem ilhoedesejacontinuarsuajornadaacadê micaé referenteaoó bvioafastamentodasatividadesuniversitá rias,
ComitêPró-Creche
Pensando nos problemas da ausência de creche na UFMS, acadê
micasestãosereunindoparaformaroComitêPró-Creche.Numprime
iromomento,foidiscutidaanecessidadedoconhecimentosobreoque
a legislação diz sobre o tema, acompanhada de levantamento sobre
quantas crianças na Universidade precisam de creche, exemplos de
unidadesfederaisquetenhamesseauxílioeprojetosexistentesjápla
nejados na UFMS. Desse modo, foram divididas as responsabilidades
entreasinteressadas.Aspróximasreuniõesserãodivulgadasnapági
na Creche/UFMS e Comando de Greve – Jornalismo UFMS. Todos
podemparticipar.
visto que nã o há nenhuma chance de
conciliaçã o entre os estudos e a nova
vidafamiliar.”
Acriançaeo
adolescente
gozamdetodos
osdireitosfundamentais
àpessoahumana
(Artigo3ºdoECA)
”
Darlan de Araú jo, funcioná rio da
lanchoneteParaquedas,ePatrı́cianã o
conseguemmatriculara ilhaEduarda
dequatromesesemnenhumacreche.
Alegam que as unidades sã o muito
longeoucarasequeprecisamtrazê -la
paraaUFMS.“Temquetrazerjunto,nã o
temjeito!Ela icaumperı́odoaquicomigo.Porenquantoelatava icandocoma
minhamã e.Só queagoraminhamã etá indo pra Rio Verde. Vai ter que achar
algué m,colocaremalgumlugar.Omais
pertoqueeuencontreiaquifoioABC,
só que o valor ali é absurdo, que eles
cobramali.Cobram700reais[pormê s]
pracuidardeumacriançanoperı́odo
deseishoras”,explicaDarlan.
GabrielaZaleski,estudantedeJornalismoemã edeIsis,de11meses,completa que a creche é de interesse de
todosdacomunidadeuniversitá ria.“E
umbemquenã ovaifavorecersomente
asmã es,mastodaacomunidadeacadê mica,porqueasmã esvã opodercontinuaratrabalharaqui,poderã ocontinuarapesquisa,aciê nciaaquinauniversidade, concluir as suas graduaçõ es.
En im,é umdireitonossoenossaluta
continua!”
8
Jornal
cial
Espe
Ingressoamplo,
permanênciamínima
”
(MatheusSouza)
Jornal
CampoGrande(MS),agostode2015
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DemocraciasobsufoconaUFMS
Depoisdequarentadiasbatendoàsportasdainstituição,ReitoriadisponibilizarelatórioparcialdecortesnaUniversidade
Fotos:GersonJara/ADUFMS-Sindicato
ProtestoemfrenteàReitoriapedetransparênciaadministrativanascontasdaUFMS
A
satitudescentralizadorasdadireçã o
daUFMSnã oparamdesurpreender.
Apesar dos reiterados pedidos da
ADUFMS-Sindicato para discussã o pré via
de pontos referentes à vida funcional e
acadê micadedocenteseté cnicos/asadministrativos/as, o centralismo permeia as
decisõ es de quem teria o compromisso de
garantir o princıp
́ io da gestã o colegiada e
democrá tica da Universidade Federal de
MatoGrossodoSul.
Há quarenta dias o Comando Local de
Greve e a ADUFMS-Sindicato cobravam a
apresentaçã o do plano de ajustes ao corte
orçamentá rio do Ministé rio da Educaçã o
(MEC),combasenocumprimentodaLeida
Transparê ncia. Apesar do compromisso
assumido com a categoria, a medida foi
proteladadiaapó sdia.
Diante do descaso, o Sindicato e o
ComandoLocaldeGreve izeramnodia6de
agosto o ato “Abra as contas, reitora!”. A
atividade foi proposta pelo Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituiçõ es de
Ensino Superior (Andes-SN) simultaneamenteemmaisdequarentaseçõ essindicais
dopaıśquerepresentamdocentesemgreve.
Pressionada,aReitoriapublicouorelató rio
Comfaixas,manifestantes ixamreivindicaçõesemgradedoprédiodaReitoria
decortesnositedaUFMS.
Maisumavezavelhafó rmulaverticalizada ganha espaço na atual gestã o da UFMS,
recheadadeprá ticashá muitotemposuperada nas organizaçõ es modernas. Com esse
procedimento nada democrá tico, ganham
espaço a burocracia, a demora, a falta de
criatividade,aine iciê ncia,poisessemodode
administrarvolta-seexclusivamenteà autorreproduçã o e à manutençã o do poder de
pequenosgruposdentrodaUFMS.
Nesse modelo, autoritá rio, perde
espaço a gestã o horizontalizada, mais
e icienteeenvolvente,capazdeestimularo
potencial humano existente na Instituiçã o.
Esvaziadas, a participaçã o e as decisõ es
colegiadas efetivas podem ser o remé dio
paragarantirsaltosqualitativosnasatividadesdeensino,pesquisaeextensã o,valorizandoaparticipaçã ocoletivaeestimulando
processosdeautogestã o.
Mas, ao contrá rio dos compromissos
assumidos em campanha, a concepçã o
centralizadora recrudesceu na UFMS nos
ú ltimosanos,comaeliminaçã odosdepartamentos.Oquetinhaobjetivodeencurtaro
caminho dos rituais administrativos e
acadê micosaumentouadistâ nciadapartici-
MarcoAuréliocriticafaltadediscussãosobregastosdaUFMSnosconselhossuperioresdaInstituição
paçã odos/dasdocentes,té cnicos/asadministrativos/aseestudantesemmaté riasde
relevâ ncia para a nossa Universidade,
esfacelando, cada vez mais, o seu projeto
pedagó gico, gerando a desmotivaçã o das
pessoasresponsá veispelorepasseeproduçã odeconhecimento.
O Conselho Universitá rio (Coun) se
reú ne cada vez menos, mesmo diante da
gravecriseprovocadapeloscortesdeverbas
porpartedogovernofederal.Osproblemas
se amontoam e as soluçõ es sã o cada vez
maismonocrá ticascompacotes-surpresae
decisõ esadreferendum,quefazemretroceder a democracia e a participaçã o, sem
contemplaraté mesmoasentidadesrepresentativasdeclasseousuprimindoafundamentaldiscussã oacadê micanosconselhos
superiores.
Astentativasdemudançaimplementadassã ofocadasemtesesprodutivistas,com
o propó sito velado de punir todo o corpo
docente,paraatingiraqueles/asquenã ose
enquadram nos indicadores avaliativos,
mé todos ou rituais administrativos. Tudo
isso sem analisar as condiçõ es oferecidas
pela Instituiçã o, com docentes submetidos/asaumajornadaestressantedetrabalho, sem suporte té cnico-administrativo e
comdesviosde inalidade,assumindocada
vezmaisopapelburocrá tico.
O Plano de Atividades Docentes (Padoc),já emsuaterceiraversã o,aexpansã o
dacargahorá riaeagoraoCó digodeEtica
sã o exemplos de sufoco à democracia na
UFMS, em que o corpo docente clama por
participaçã o, porque sã o os/as professores/asos/asmaisdiretamenteatingidos/as
nasmudanças.
Alé mdisso,aadministraçã osedistâ nciadadocê ncia,relutandoemparticipardo
debate democrá tico, de apresentar suas
argumentaçõ esedeconstruirprocessossob
aná lisesmultifacetadas,capazesderesgatar
ocompromissodetodasedetodosemtorno
de uma proposta de valorizaçã o dos/as
docentes e té cnicos/as administrativos/as,
quedevemservistos/ascomoparceiros/as
enã ocomoadversá rios/asnaconstruçã ode
umauniversidadeplural,democrá ticaede
qualidade, fortalecendo o papel social da
UFMS,objetivoquedeveriaserperseguido
portodos/as.
10
CampoGrande(MS),agostode2015
Jornal
EstatutodaADUFMSdemocratizadoeatualizado
MudançasconsolidamrepresentaçãodoSindicatonabaseterritorialdoscampi
C
onforme compromisso assumido, a direçã o da
ADUFMS-Sindicato, em assembleia realizada
em Campo Grande e nos campi do interior
impulsionouaprimeirareformaestatutá riadagestã o
AutonomiaSindical.Deformademocrá tica,comamplo
processo de participaçã o da categoria desde maio,
concretizamosasmudançasnecessá rias.
Oprimeiroobjetivodasalteraçõ esfoigarantir
a base territorial de representaçã o da ADUFMS
nos municı́ p ios em que a UFMS tem campi. Essa
medidapermitiuaobtençã odoRegistroSindical
homologado pelo Ministé rio do Trabalho e
Emprego (MTE), conquistando reconhecimento
polı́ t icoejurı́ d ico.
Comasmudanças,rati icou-seonomedaentidade: Sindicato dos Professores das Universidades
FederaisBrasileirasdosMunicıp
́ iosdeCampoGrande,
Aquidauana, Bonito, Chapadã o do Sul, Corumbá ,
Coxim,Naviraı,́NovaAndradina,Paranaıb
́ a,PontaPorã e Trê s Lagoas, no Estado de Mato Grosso do Sul
(ADUFMS–Sindicato).
Entre as novidades, o novo estatuto permite a
iliaçã odepensionistasque,mediantesindicalizaçã o,
passam a ter direitos aos serviços oferecidos pela
entidade, como Assessoria Jurı́dica, convê nios e
utilizaçã o do espaço fı́sico disponibilizado pelo
Sindicato.
Para legitimar e facilitar as decisõ es, o quó rum
paradeliberaçõ esemAssembleiaGeralfoialteradode
20% para 10%, democratizando a participaçã o e
fortalecendo a representaçã o principalmente nos
campi,ondeadi iculdadedemobilizaçã oé maior.
Com o propó sito de evitar alguma tentativa de
manipulaçã oeresguardaroamplodireitodeparticipaçã odacategoria,asmudançasnoEstatutodoSindicato
só poderã oserrealizadasemassembleiaparaesse im
especı́ ico.Oquó rum,nessecaso,mudoude2/3para
3/5,sendovedadaadiscussã osobreoutrospontosde
pauta.
Para as assembleias gerais convocadas por
requerimento à diretoria, o quó rum icou em 10%,
facilitandoopoderdo/aassociado/a,comexigê nciade
nomın
́ imo10%dos/as iliados/asnocasodeassembleiasextraordiná rias.Parafusã o, iliaçã ooudes iliaçã odeentidadessindicais,oquó rummın
́ imoé de10%,
comexigê nciade3/5devotosfavorá veis.Aconsulta
eletrô nica foi suprimida, uma forma de garantir a
participaçã o e a discussã o da categoria em assuntos
pertinentesà entidadeeaomovimentosindical. Em
casodedecisõ essobregreve,paralisaçõ es,estadode
greve e outras maneiras de mobilizaçã o, o quó rum
exigidopassaaserpormaioriasimples.
Paragarantirmaiorrepresentatividadedoscampi
dointerior,compõ emadiretoriaexecutivadirigentes
sindicais que atuam nos campi de Aquidauana, do
PantanaleTrê sLagoas.Asreuniõ esdadiretoriapara
deliberaçã opoderã oserinstaladascompelosmenos
50%dosmembros.
Na reforma do Estatuto, foram alteradas as
atribuiçõ esdedirigentesresponsá veispelaformaçã oe
relaçõ es sindicais e polı́ticas, bem como dos/das
diretores/asdaentidadenoscampideAquidauana,do
PantanaleTrê sLagoas.Aseleiçõ espararepresentantes sindicais acontecerã o de forma independente da
chapa central, com cada unidade elegendo seu/sua
representante.Antes,recebiamvotosounã oemtodos
asunidades.Já oeditalparaeleiçã onaentidadedeverá serpublicadocomaantecedê nciamın
́ imadesessenta
diaseamplamentedivulgado.
ADUFMSdecontasabertas
Praticandooquefoiassumidoemcampanha,apresentamosodemonstrativodereceitas
edespesasdaADUFMS-Sindicato,devidamenteauditadopeloConselhoFiscal.
Jornal
CampoGrande(MS),agostode2015
11
Investimento
Sindicatoreinaugura
sedeemTrêsLagoas
Fotos:ArnorRibeiro/ADUFMS-Sindicato
Eventoreuniuprofessores/as,alunos/as,técnicos/asadministrativos/as,seusfamiliares,seus/suasamigos/as
eserviudeespaçoparamanifestaçãopolíticaemdefesadagreveedauniversidadepública
A
diretoria da ADUFMS-Sindicato reinaugurou no dia 20 de julho o pré dio da
entidadeemTrê sLagoascomatividadede
arrecadaçã o de recurso para o Fundo de Greve
dos/das docentes da UFMS. De acordo com o
professorJosé BatistadeSales,darepresentaçã o
do Sindicato no Campus Trê s Lagoas (CPTLUFMS), foram investidos R$ 12 mil na reforma.
Entreosserviçosrealizadosestã otrocadepiso,
instalaçã odetoldos,pintura,reforçodomuroe
eliminaçã oderachaduras.
Mú sicas de variados gê neros, ao vivo,
pronunciamentos sobre as greves, atuaçã o
conjunta de docentes, estudantes e té cnicos
administrativos,alé mdecongraçamentoentre
esses trê s segmentos, amigos e parentes,
marcaram a reinauguraçã
o. Nã o faltaram o
Arnor Ribeiro/ADUFMS-Sindicato
Boteco da Greve, os caldos para arrecadar
dinheiro de custeio das açõ es do movimento
grevista e aquele bate-papo sobre assuntos
diversos, incluindo o movimento sindical,
conjunturanacional,polı́tica,arteeasituaçã o
crı́ticadaUFMS.
A sede da ADUFMS em Trê s Lagoas estava
deterioradapelafaltadeconservaçã oemanutençã o. “Pensar no futuro. Nã o deixar chegar ao
ponto a que chegamos”, asseverou o diretor da
entidade,professorJosé BatistadeSales.
Odiretor- inanceirodoSindicato,professor
MarcoAuré lioStefanes,lembrouadedicaçã oda
gestã odaADUFMSemTrê sLagoas.“Parabé ns
aoprofessorSalespelotrabalhoderecuperaçã o!” Stefanes acrescentou a atuaçã o do
movimentosindical“emdefesadauniversidadepú blica”eosentidodaatuaçã oconjuntade
todosossetoresdaUFMS.“Paranó s,é importanteessecongraçamento.”
Apreocupaçã odaatualgestã odaADUFMS
com as pessoas ligadas à UFMS no Leste de
MatoGrossodoSulfoiumdosaspectoscitados
pelo novo diretor do CPTL, professor Osmar
JesusMacedo.“Parabé nsaoSindicatoporesta
conquistaepelacapacidadedeseusdiretores
em manter um patrimô nio importante a esta
comunidade.”
Já que a noite era de caldo e, entre os
assuntos das conversas, se destacava o movimentoparedista,arepresentantedaseccional
doSindicatodosTrabalhadoresemEducaçã o
da Fundaçã o Universidade Federal de Mato
GrossodoSul,noEstadodeMatoGrossodoSul
(Sista-MS),MariaLuizaTegon,fezumaanalogia para demonstrar as atividades conjuntas
quevê msendodesenvolvidaspelacomunidadeUFMS.“Engrossandoocaldodagreve,quero
conclamaracomunidadeacadê micadoCPTL,
urgente!”, enfatizou. “Estamos todos juntos
nessa luta”, assegurou o presidente da
ADUFMS-Sindicato, professor José Carlos da
Silva.
Filie-se à
Àesquerda:sindicalistasMarcoAurélioeAnaPaula.
Àdireita:professorJoséAntonioMenoni(camisaazul)
eoatualdiretordoCPTL,OsmarJesus
• Assessoria Jurídica
• Convênios mais
vantajosos com a
Unimed e a Uniodonto
• Espaço para reuniões
e festas
• Informação sindical
• Defesa da categoria
e da universidade pública
12
CampoGrande(MS),agostode2015
Jornal
Greve movimenta UFMS em todos os campi
O
ADUFMS-Sindicato
movimento na UFMS ganhou
forçanessesmaisdoismesesde
greve. Desde a decretaçã o do
estado de greve, no dia 26 de maio, o
processo participativo das e dos
docentes foi crescente, com atuaçã o
expressiva no dia 10 de junho na
decisã odeaderirà greve,quecomeçou
dia15dejunho.
Todaaconstruçã odomovimento
neste perıo
́ do tem ocorrido de forma
democrá tica,comampladivulgaçã odas
assembleias semanais e discussõ es
intensas conduzidas pelo Comando
LocaldeGreve,abertoà participaçã ode
todas e de todos, de forma voluntá ria.
Os nomes das e dos integrantes do
Comando foram homologados em
Assembleia Geral e as reuniõ es vê m
Docenteseestudantesduranteatoemdefesadoserviçopúblico
acontecendo semanalmente. Simuldeensino,pesquisaeextensã o,expansã o,assistaneamente, a direçã o da ADUFMS-Sindicato
tê nciaestudantil,condiçõ esdetrabalhoedefesa
visitaoscampi,respaldandoacategoriapormeio
daparidadesalarialentreativoseaposentados.
deassessoriajurıd
́ ica,convê niomé dico,odontoCom a diretoria desenvolvendo uma nova
ló gicoepromoçã odeeventosdeintegraçã o.
prá tica sindical, baseada na discussã o e na
Nagreve2015,acategoriavemdesenvolvenparticipaçã o coletiva, a greve da UFMS atingiu
do agenda positiva, alicerçada na discussã o em
100%dos/asdocentes,causandoasuspensã
odo
tornodadefesadauniversidadepú blicaegratuisemestre
e
in
luenciando
o
movimento
em
ta,reposiçã osalarial,reestruturaçã odacarreira,
outrasuniversidades.
Previdê ncia, inanciamentodoEstado,qualidade
Em cima de propostas de inidas
aconteceram diversas mobilizaçõ es,
comarealizaçã odeassembleiasgerais
todas as quartas-feiras, ato conjunto
com té cnicas/os administrativas/os e
alunas/os, passeata com as demais
categorias do serviço pú blico federal,
em Campo Grande, o 1º Encontro do
Fó rum Permanente de Discussã o dos
Problemas da UFMS, com o tema “A
democracia na UFMS”, aulas pú blicas
sobre temas como “Plano Nacional de
Educaçã o: origem, desenvolvimento e
avaliaçã o”,“Acriseeconô micamundiale
aPrevidê nciaSocial:mitoseverdades”,
“Aprecarizaçã odotrabalhodocentenas
universidadesfederaisbrasileiras”e“O
retorno do pensamento perdido: a
dualidade atual da economia polı́tica
brasileira”. Mais aulas pú blicas estã o
acontecendoemagosto.
Houvetambé maorganizaçã odecinegreve,
saraus na ADUFMS-Sindicato e na esplanada
ferroviá ria, na Capital sul-mato-grossense, com
apoiodegruposdeteatro,dançarinas/os,mú sicosdediversosestilosemovimentosculturais.A
açã o voluntá ria fortaleceu e legitimou a greve
peranteasociedade.
ProtestoemBrasíliareúnemilhares
depessoasemdefesadoserviçopúblico
FotoreproduzidadoFacebookdaADUFMS-Sindicato
ADUFMSsefazpresentenaspasseatasemfrenteaoMECeMPOG,emBrasília
M
ais de seis mil manifestantes de
diversas categorias do funcionalismo
pú blico e estudantes participaram no
dia 22 de julho da Marcha dos Servidores
Pú blicos Federais (SPFs) em Brasıĺia (DF). A
atividade deliberada pelo Fó rum das Entidades
Nacionais dos SPFs contou com a atuaçã o de
caravanaintegradaporprofessoras,professores,
alunas, alunos, té cnicas administrativas e
té cnicos administrativos. As/os representantes
d o s t rê s s e g m e n t o s d a U F M S t a m b é m
participaramdaprimeiramobilizaçã onoDistrito
Federal,ocorridanodia7dejulho,emfrenteao
Ministé riodaEducaçã o(MEC).
O intuito das atividades foi cobrar uma
do Planejamento, Orçamento e Gestã o (MPOG),
alé mdeprotestarcontraocortedeverbasparaa
Educaçã o e demonstrar ao governo federal a
insatisfaçã ocomaatualpolıt́icaeconô micaque,
contrariando os compromissos assumidos em
campanha, direciona parte expressiva do
OrçamentodaUniã ode2015paraopagamento
dosserviçosdadıv́idapú blica(47%).Defato,o
valor escorchante dessa dıv́ida já deveria ser
objeto de auditoria pelos ó rgã os responsá veis
por iscalizar o cumprimento das leis e da
Constituiçã oFederal.
No ato de 22 de julho, servidores/as,
advindos/as de diversos estados do paı́ s
percorreram a Esplanada dos Ministé rios em
audiê ncia, pedindo que a Secretaria-Geral da
Presidê nciadaRepú blicainter iranointuitode
avançar o processo de negociaçã o entre os/as
servidores/as e a Secretaria de Relaçõ es de
TrabalhonoServiçoPú blico,doMPOG.
Apó samarcha,umacomissã orepresentativa
do Fó rum das Entidades Nacionais dos SPFs
participou de audiê ncia na Secretaria-Geral da
Presidê ncia da Repú blica com objetivo de dar
continuidadeaoprocessodenegociaçã osalarial
fundamentadonoseixosdacampanhauni icada
2015dos/asservidores/aspú blicos/asfederais.
Os/as servidores/as foram recebidos por José Lopez Feijó o, assessor-especial da SecretariaGeraldaPresidê nciadaRepú blica.
A audiê ncia demonstrou a disposiçã o de
d i á l o g o c o m o g o ve r n o , d e p o i s q u e a
contrapropostadoMPOG,dereajustesalarialde
2 1 , 3 % p a r c e l a d o e m q u a t r o a n o s , f o i
amplamente rechaçada pela categoria porque
ignoraasperdasacumuladas(2010-2015)enã o
leva em conta a in laçã o prevista para os
pró ximosquatroanos.
O crescimento da greve nas universidades e
nas escolas té cnicas federais, alé m de outros
segmentosdos/asSPFs,fezcomqueogoverno
centralavançassenapropostaderealinhamento
dos benefıćios, mas aqué m do desejado pelas
categorias. Para o auxı́lio-alimentaçã o e o
auxı́lio-saú de, sem reajuste há trê s anos, o
governopropô scorreçã ode22,8%.Oprimeiro
passaria a R$ 458 e o ú ltimo proporcional por
faixa etá ria, sendo o mın
́ imo de R$ 101 e o
má ximodeR$205.Já paraoauxıĺio-creche,desde
1995 sem correçã o in lacioná ria, o acú mulo
representareajustede317%,variandodeacordo
com os valores praticados em cada estado.