Perspectivas de Investimento 2016

Transcrição

Perspectivas de Investimento 2016
CONTEÚDO
1
Carta do CEO
2
Perspectivas Global Macro
Por Michael Hasenstab, Ph.D.
Chief Investment Officer
Templeton Global Macro
7
Perspectivas de Renda Variável
Por Edward D. Perks, CFA
Chief Investment Officer
Franklin Templeton Equities
12
Perspectivas dos Mercados de
Capitais no Longo Prazo
Por Rick Frisbie
Chefe de Franklin Templeton Solutions
Franklin Templeton Investments
14
Mais Ideias de Investimento On-line
Janeiro de 2016
Gregory E. Johnson
Presidente do Conselho de administração, Chief
Executive Officer
Franklin Resources, Inc.
Com trinta anos de experiência em gestão de investimentos, aprendi que evolução e mudanças rápidas são
constantes. É um momento dinâmico em nossa indústria e nos mercados financeiros em geral, e vejo muitas razões
para se manter otimista. É em momentos como este que a gestão profissional ativa é mais importante.
As páginas a seguir destacam nossas percepções de mais alto nível, dos líderes seniores de três principais áreas
essenciais às decisões de portfólio de muitos investidores: o ambiente macro global, as ações globais e as soluções
multiestratégia.
Michael Hasenstab, Ph.D. – Como CIO da Templeton Global Macro, Michael lidera uma equipe de
economistas treinada em algumas das melhores universidades do mundo, que integra a análise global
macroeconômica com pesquisa aprofundada de cada país para ajudar a identificar desequilíbrios de longo
prazo que se traduzam em oportunidades de investimento. Michael e sua equipe administram as
estratégias globais de renda fixa da Templeton, incluindo renda fixa sem restrições, moedas estrangeiras
e macro global.
Ed Perks, CFA – Ed recentemente assumiu um papel mais abrangente, supervisionando nossas já
estabelecidas equipes de ações que incluem a Franklin Equity Group, a Templeton Global Equity Group, a
Templeton Emerging Markets Group, a Franklin Mutual Series e a Franklin U.S. Value. Nossas equipes de
renda variável continuam a administrar suas próprias pesquisas de baixo para cima. Ao compartilhar
perspectivas entre equipes inseridas em vários mercados-chave, elas podem fortalecer suas convicções
gerais.
Rick Frisbie – Rick lidera a Franklin Templeton (FT) Solutions, nosso grupo dedicado a soluções
multiestratégia. Todos os anos, a FT Solutions revisa os dados e os temas que impulsionam os mercados
de capitais, para gerar as expectativas de retorno dos ativos para as diferentes classes, para os próximos
cinco a dez anos. A equipe incorpora essas expectativas em seu processo de posicionamento de longo
prazo do portfólio.
A diversidade de nossas perspectivas, aprimorada ao longo de quase sete décadas, nos permite dizer "Ganhe com
nossa perspectiva." Apesar de não podermos prever o que acontecerá com os mercados em 2016, esperamos que
os ideias que preparamos sejam valiosas para você, como investidor, para ajudá-lo a tomar importantes decisões
sobre seu portfólio e lidar com as dinâmicas de um mercado em transformação.
Em nome dos mais de 9.000 funcionários da empresa por todo o mundo, gostaria de agradecer pela confiança
depositada em nós e expressar nossos melhores votos de um feliz e próspero 2016.
Greg Johnson
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 1
Perspectivas Global Macro
PERSPECTIVAS PARA 2016: “Ao iniciar 2016, sentimo-nos encorajados pelo vasto conjunto de avaliações de
valor empresarial com fundamentos atraentes, em todos os mercados de renda fixa e de câmbio do mundo.
Esperamos uma continuação da depreciação do euro e do iene, um aumento dos rendimentos dos títulos do
Tesouro dos EUA e uma valorização cambial em alguns mercados emergentes.”
Aumento das taxas de juros pelo Fed
e maior flexibilização quantitativa por
parte do BOJ e do ECB
De modo geral, permanecemos confiantes nas
perspectivas econômicas para os Estados
Unidos e continuamos a esperar um aumento
das taxas de juros pelo US Federal Reserve
(Fed). As condições do mercado de trabalho nos
Estados Unidos têm estado fortes, enquanto os
salários e os rendimentos têm aumentado, o que
acreditamos que continuará a impulsionar o
consumo. Em nossa avaliação, os mercados
financeiros globais estão preparados para se
beneficiar da expansão econômica dos EUA.
Também esperamos divergências significativas
nas políticas monetárias em todo o mundo em
2016. Esperamos que o Fed ajuste suas políticas
enquanto o Banco do Japão (Bank of Japan BOJ) e o Banco Central Europeu (European
Central Bank - ECB) continuem a expandir sua
acomodação monetária por meio de flexibilização
quantitativa (quantitative easing - QE). O BOJ
indicou que seu programa de QE provavelmente
continuará até 2017, e
o ECB indicou que
provavelmente
continuará sua QE até
março de 2017. Em
nossa avaliação, tanto
o BOJ como o BCE
precisam continuar as
atuais políticas de
expansão,
o que deve continuar a depreciar o iene e o
euro em relação ao dólar dos EUA. Na zona
do euro, a QE tem enfraquecido o euro para
estimular o crescimento econômico
impulsionado pelas exportações e elevar a
inflação até a meta do BCE. No Japão, a QE
se tornou um financiamento explícito de
dívida para o governo e uma peça
fundamental do “Abenomics.”
2 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
Michael Hasenstab, Ph.D.
Chief Investment Officer
Templeton Global Macro
O crescimento global permanece seguindo sua tendência e os
riscos de deflação permanecem baixos
A despeito das revisões para baixo nas projeções de crescimento global para 2016, pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI), não esperamos recessão ou deflação global. O
crescimento global permanece seguindo sua tendência, enquanto que as principais
economias continuam relativamente saudáveis. Nossas projeções de crescimento para
2016 são 2% a 3% para os Estados Unidos, acima de 1% para a zona do euro, em torno
de 1% para o Japão e entre 6% e 7% para a China.
Acreditamos que os receios de uma deflação global sejam sem justificativa. Em nossa
opinião, os mercados superestimaram até que ponto a inflação básica mais baixa reflete
uma demanda global estruturalmente mais fraca. Acreditamos que fatores de oferta são o
principal determinante da queda dos preços da energia e das commodities que, por sua
vez, forçaram para baixo a inflação básica. Esses são efeitos de curto prazo, e seu
impacto desinflacionário deve se dissipar à medida que os preços das commodities se
estabilizem. A crença de que a inflação tenha se tornado estruturalmente mais baixa
tornou alguns investidores complacentes em sua tomada de risco de taxas de juros, o que
acreditamos ser uma parte perigosa do ciclo de rendimento. Quando os preços de
períodos anteriores das commodities pararem de influenciar a inflação na primeira metade
de 2016, esperamos que a inflação dos EUA volte à meta do Fed. A inflação subjacente
dos Estados Unidos não foi adequadamente precificada nos rendimentos dos títulos de
renda fixa nos últimos meses, em nossa avaliação, e estamos receosos da falta de
precificação da inflação nos rendimentos dos títulos de renda fixa em todo o mundo.
Apesar de a inflação básica ter caído em todo o mundo, as tendências subjacentes do
núcleo da inflação têm permanecido resilientes. Apesar de não esperarmos fortes
aumentos de inflação nos Estados Unidos, podemos ver uma inflação igual ou superior à
meta declarada do Fed à medida que o impacto do preço do petróleo se dissipe. Qualquer
normalização da precificação da inflação nos rendimentos dos títulos de renda fixa globais
— Continuação
e nos títulos do Tesouro dos EUA elevaria os rendimentos.
PERSPECTIVAS GLOBAL MACRO
A economia da China
permanece resiliente, a despeito
de seu crescimento moderado
Durante a primeira semana do ano, os
mercados de ações da China declinaram
fortemente causando pânico geral nos
mercados de investimento de todo o
mundo. Apesar de compreendermos que
isso pode ser perturbador para os
investidores globais, nossa análise de
longo prazo da situação econômica da
China nos faz crer que o pânico seja
injustificado. Ao todo, nossa opinião
permanece sendo de que as condições
subjacentes da economia chinesa estão
fundamentalmente mais estáveis do que os
mercados indicaram recentemente.
Acreditamos que os legisladores da China
possuem tanto as ferramentas como o
poder financeiro para reagir ao recente
desaquecimento e manter o crescimento
entre 6% e 7%, o que, por sua vez, é
suficiente para suportar o crescimento
global.
Como mencionamos em nossa análise
aprofundada Deslocamentos Macro
Globais, não compartilhamos dos
pessimismos do mercado quanto à trajetória
do crescimento da China. Consideramos a
recente moderação do crescimento na
China como uma normalização inevitável
para uma economia do seu tamanho. O
nível nominal de seu produto interno bruto
(PIB) é atualmente cinco vezes o tamanho
de dez anos atrás. Assim uma taxa mais
baixa de crescimento ainda representa uma
enorme demanda agregada global.
Em nossa avaliação, a qualidade do
crescimento da China melhorou nos últimos
anos. O aumento dos custos de mão de
obra e das taxas de juros pressionou para
baixo os lucros. Entretanto, salários mais
altos impulsionam o consumo, que se
tornou cada vez mais a âncora do
crescimento chinês. Estimamos que o
consumo esteja perto de 60% do PIB e
aumentando. Além disso, novas políticas de
liberalização das taxas de juros podem
O Banco Popular da China (People’s Bank redirecionar o capital para toda a economia,
particularmente o setor privado, que
of China - PBOC) interveio mais uma vez
esperamos ser o futuro impulsionador do
para desvalorizar o yuan, e mais uma vez
alguns comentaristas estão interpretando a crescimento.
desvalorização como um sinal de que os
O setor privado da China já contribui mais
legisladores se mantêm profundamente
para o crescimento dos empregos do que o
preocupados com a desaceleração do
setor público, o que não tem sido o caso
crescimento.
nos últimos 30 anos. O rápido processo de
urbanização da China também necessitará
Apesar de alguns observadores acharem
que as autoridades chinesas podem querer de desenvolvimento. Planos para
investimentos em infraestrutura estão em
gerar uma depreciação substancial, para
andamento, à medida que o setor de
reforçar o crescimento através da
ferrovias está prestes a se expandir,
exportação, levando a guerras cambiais
que podem prejudicar o crescimento global juntamente com as demandas por
purificação de água e projetos relacionados
e o sistema financeiro global, nossa
com o meio ambiente. Tais projetos podem
opinião é diferente.
compensar até certo ponto os efeitos
Lembramos que, antes da depreciação de negativos no crescimento, causados pelas
agosto de 2015, a moeda chinesa havia se contrações na manufatura e pelo excesso
valorizado mais de 12% em bases reais
de capacidade no setor imobiliário. Além
efetivas, nos 12 meses anteriores. Além
disso, os preços das propriedades parecem
disso, a China sofreu fluxos de saída de
estar se recuperando de seu ponto mais
recursos especulativos durante a primeira
baixo, devido a medidas de flexibilização
metade do ano, o que também influenciou anteriores.
claramente as ações dos legisladores.
De modo geral, com base em nossa
Apesar de o renmibi ter sofrido uma
análise, acreditamos que a China
modesta depreciação, não acreditamos
permanecerá em sua trajetória, com o
que a ação seja um precursor de um
crescimento do PIB desacelerando
enfraquecimento descontrolado maior,
moderadamente para perto de 6% nos
como temido pelos mercados.
1 Não há garantia de que qualquer estimativa ou previsão se realizará.
próximos anos1, enquanto a economia
migra para o consumo, serviços e
manufatura de mais alto valor agregado.
Isso tem importantes implicações para a
economia global:
• Acreditamos que um crescimento acima
de 6% na China suportará o crescimento
global.
• Juntamente com uma nova rodada de
investimentos em infraestrutura, isso
fornecerá algum suporte aos mercados
de commodities. Note-se, entretanto,
que o rebalanceamento da China do
investimento para o consumo também
reduzirá a demanda pela maioria dos
metais industriais. No geral, portanto,
nossa previsão para a China deve ser
consistente com preços de commodities
amplamente estáveis, nos próximos
anos.
• O rebalanceamento da China também
tem um impacto diferencial nos fluxos
comerciais: devemos ver mais comércio
com as economias avançadas
produzindo bens acabados e industriais,
e relativamente menos com produtores
de commodities.
• Finalmente, o crescimento sustentado
dos salários sugere que a China deve
gradualmente exportar um estímulo mais
inflacionário para o restante do mundo,
reforçando nossa opinião de que,
começando com os Estados Unidos, a
perspectiva permanece sendo de
inflação e taxas de juros mais altas.
Em resumo, a economia da China está em
um estágio crucial de rebalanceamento,
mas acreditamos que não esteja em risco
de um colapso. Alguns dos tradicionais
motores do crescimento (manufatura,
imóveis e gastos do governo local)
estagnaram ou se contraíram, mas novos
motores do crescimento (o setor de
serviços e uma nova geração de empresas
do setor privado) estão emergindo. Apesar
de continuarmos a sofrer volatilidade no
curto prazo, permanecemos otimistas
quanto às perspectivas para a China, à
medida que o país busca seu novo
— Continuação
equilíbrio.
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 3
PERSPECTIVAS GLOBAL MACRO
Não esperamos problemas de
solvência em muitos mercados
emergentes
Os mercados emergentes foram
frequentemente considerados à beira de
uma crise, durante a segunda metade de
2015. Acreditamos que as preocupações
com uma crise sistêmica tenham sido
exageradas, uma vez que existem
diferenças significativas entre as classes de
ativos. A maioria dos exportadores de
commodities e os mercados emergentes
com fracos fundamentos macroeconômicos
permanecem vulneráveis. Outros países
emergentes, entretanto, têm políticas
sólidas e melhores fundamentos
subjacentes que não foram reconhecidos
pelas avaliações de valor
não causaram crises de solvência como
no passado. Na verdade, as depreciações
reduziram vulnerabilidades pelo reforço da
competitividade das exportações e pelo
suporte ao crescimento. Além disso,
alguns países têm mais ativos externos do
Ao longo da última década, diversos países
que passivos, de modo que a depreciação
dos mercados emergentes aumentaram suas cambial reduz seu índice de dívida sobre o
reservas internacionais, geraram um saldo
PIB. Em nossa avaliação, várias moedas
positivo ou próximo do equilíbrio em suas
dos mercados emergentes estão
contas correntes, melhoraram sua contas
fundamentalmente subvalorizadas, e estão
fiscais e reduziram seus passivos em dólar
posicionadas para valorizarem no médio a
dos EUA. Por exemplo, atualmente países
no longo prazos.
como a Malásia e o México dependem
principalmente de fontes de financiamento
domésticas. Dessa forma, as depreciações
cambiais
do mercado. Acreditamos que os
investidores não deveriam considerar a
classe de ativos dos mercados emergentes
como um todo, mas em vez disso distinguir
seletivamente entre as economias.
Gráfico 1: Mercados emergentes - avaliação das taxas de câmbio reais efetivas
Variação entre 2014 e agosto de 2015
25
20
15
10
SOBREVALORIZAÇÃO
5
0
-5
-10
SUBVALORIZAÇÃO
-15
REER Valuation in 2014
Valorização
da TCRE em 2014
Malásia
Malaysia
Colômbia
Colombia
México
México
Indonésia
Indonésia
Cingapura
Cingapura
ChileChile
Coreia
do
Coreia
do Sul
Sul
Polônia
Poland
Filipinas
Philippines
Tailândia
Thailand
China
China
Romênia
Romania
ÍndiaIndia
Peru Peru
Brasil
Brazil
Rússia
Russia
África
do
South
Africa
Sul
Hungria
Hungary
-25
Turquia
Turkey
-20
Latest REER Valuation in 2015
Valorização mais recente da TCRE em 2015
Fonte: Fundo Monetário Internacional, Relatório setorial externo de 2015, avaliações de cada economia preparadas pela equipe do FMI, concluídas em 26/6/15 e publicadas em 27/7/15.
A taxa de câmbio real efetiva (TCRE) é um indicador de competitividade baseado na demanda. É a taxa de câmbio nominal efetiva (uma medida do valor de uma moeda em relação a
uma média ponderada de diversas moedas estrangeiras), dividida por um deflator de preços ou um índice de custos.
— Continuação
4 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
PERSPECTIVAS GLOBAL MACRO
Taxas crescentes podem
aumentar as diferenças entre as
economias dos mercados
emergentes
recentes períodos de volatilidade, e
acreditamos que os fundamentos do
mercado global eventualmente voltarão a se
afirmar. Á medida que o Fed aumenta as
taxas, e as taxas de juros do mercado
sobem, esperamos que os mercados
possam se normalizar. Em nossa opinião,
as apreensões
quanto aos riscos em lugares como o
México, a Coreia dos Sul e a Malásia
provavelmente se dissiparão à medida que
esses países provem sua resiliência aos
aumentos das
taxas pelo Fed.
O fortalecimento da economia dos EUA,
juntamente com a possibilidade de taxas
de juros mais altas nos EUA, podem
aumentar ainda mais as diferenças
fundamentais entre as economias
saudáveis e as vulneráveis. Prevemos que
os países com fundamentos relativamente
mais fortes, tais como o México,
provavelmente estarão em uma melhor
posição para aumentar as taxas de juros,
seja em conjunto com os aumentos das
taxas de juros dos EUA ou logo depois
dessas. Entretanto, os países com
fundamentos relativamente mais fracos,
tais como a Turquia e a África do Sul,
provavelmente serão impactados
negativamente pelos aumentos das taxas
de juros dos EUA.
Uma estratégia global sem
restrições tem um amplo
conjunto de opções para um
ambiente de alta das taxas de
juros
Continuamos a acreditar que uma estratégia
global sem restrições seja a maneira mais
eficaz de se posicionar para um ambiente
de aumento de taxas, porque oferece
acesso a todo o conjunto global de
oportunidades. As estratégias sem
restrições podem ajustar a duration a
qualquer
Aumentamos seletivamente nossas
posições de convicção mais forte nos
mercados emergentes durante os
nível adequado para os riscos associados
às taxas de juros vigentes. Isso inclui
reduzir a duration global do portfólio a
quase zero, ao mesmo tempo que se
assume exposição aos títulos do Tesouro
dos EUA, com duration negativa. Somos
também capazes de acrescentar, de
maneira seletiva, exposições de duration
adequada de mercados emergentes
específicos, com rendimentos
relativamente mais altos.
Adicionalmente, a natureza irrestrita de
nossas estratégias oferece flexibilidade
para assumir posições (posições
compradas e posições vendidas) em
vários mercados cambiais, os quais
apresentam uma ampla variedade de
oportunidades de avaliação de valor. Já
utilizamos posições vendidas em euro e
iene para nos proteger contra um
fortalecimento geral do dólar dos EUA, ao
mesmo tempo que assumimos posições
compradas em algumas moedas dos
mercados emergentes com avaliações de
valor de longo prazo atraentes.
Gráfico 2: J.P. Morgan Emerging Markets Currency Index e euro e iene japonês negativos contra o dólar dos EUA
31 de agosto de 2014 – 30 de setembro de 2015
Retorno cumulativo
25%
20%
15%
10%
5%
0%
-5%
-10%
-15%
-20%
-25%
8/14
9/14
10/14
11/14
12/14
Negative
of EUR against
USD
EUR negativo
contra
USD
1/15
2/15
3/15
4/15
Negative
of JPY against
USD
JPY negativo
contra
USD
5/15
6/15
7/15
8/15
9/15
JPM
EM Currency
Índice
JPM deIndex
moedas de
mercados emergentes
Fonte: J.P. Morgan Chase & Co., até 30/9/15. O J.P. Morgan Emerging Markets Currency Index consiste dos preços à vista de 10 moedas dos mercados emergentes, relativos ao dólar
dos EUA. Índices não são gerenciados e não se pode investir diretamente em um índice. Eles não refletem quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda. Performance passada
não garante resultados futuros. A área sombreada do gráfico representa o período de alta volatilidade causada por preocupações com a China e com um potencial aumento de
taxas pelo Fed. Apenas para fins ilustrativos.
— Continuação
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 5
PERSPECTIVAS MACRO GLOBAIS
Estamos posicionados para um
aumento
nos rendimentos dos títulos do
Tesouro dos EUA e para uma
valorização cambial em alguns
mercados emergentes
No geral, temos continuado a posicionar
nossas estratégias para um aumento das
taxas, mantendo uma duration baixa no
portfólio e buscando uma correlação
negativa com os retornos dos títulos do
Tesouro dos EUA. Também continuamos
a buscar ativamente exposições a
algumas durations que podem oferecer
rendimentos reais positivos sem assumir
risco indevido de taxa de juros,
favorecendo países que possuem sólidos
fundamentos subjacentes e prudentes
políticas fiscal, monetária e financeira. Ao
investir globalmente, várias oportunidades
de investimento podem demorar para se
materializar, o que pode exigir resistência
às volatilidades de curto prazo enquanto
as teses de longo prazo se desenvolvem.
Durante 2015, saímos dos mercados em
que anteriormente éramos contrários (que
estavam pressionados mas que agora se
recuperaram e se tornaram um
consenso), para poder realocar para
posições com avaliações de valor
fundamentalmente atraentes no médio
prazo. Também mantivemos nossas
exposições a várias de nossas
6 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
“
Durante 2015, saímos dos mercados em que
anteriormente éramos contrários (que estavam
pressionados mas que agora se recuperaram e se
tornaram um consenso) para poder realocar para
posições com avaliações de valor
fundamentalmente atraentes no médio prazo.
”
convicções de investimento mais fortes, e
aumentamos essas posição à medida que
os preços se tornaram mais baixos
durante os períodos de alta volatilidade.
Ao iniciar 2016, sentimo-nos encorajados
pelo vasto conjunto de avaliações de valor
empresarial com fundamentos atraentes,
em todos os mercados de renda fixa e de
câmbio do mundo. Atualmente preferimos
moedas de países onde a inflação esteja
subindo e o crescimento continue
saudável, mas onde a moeda local
permaneça fundamentalmente
subvalorizada. Para o futuro, esperamos
uma continuação da depreciação do euro
e do iene, um aumento dos rendimentos
dos títulos do Tesouro dos EUA e uma
valorização cambial em alguns mercados
emergentes.
VISÃO GERAL DA EQUIPE
O Dr. Hasenstab e sua equipe
administram as estratégias
globais de renda fixa da
Templeton, incluindo renda fixa
sem restrições, moedas
estrangeiras e macro global.
Essa equipe econômica,
treinada em algumas das
melhores universidades do
mundo, integra a análise global
macroeconômica com
pesquisa aprofundada de país
para ajudar na identificação de
desequilíbrios de longo prazo,
que resultam em oportunidades
de investimento.
Perspectivas Renda Variável
Perspectivas para 2016: “Com um cenário em geral saudável, um conjunto de oportunidades robusto e
um foco no longo prazo, permanecemos otimistas com as perspectivas da gestão ativa de ações em
diversos setores e regiões, ao entrarmos em 2016.”
Perspectivas de um bom 2016
Durante a maior parte de 2015, os mercados
globais de ações funcionaram sob o peso de
um crescimento errático nas economias
desenvolvidas, de um enfraquecimento nos
mercados emergentes e de um colapso nos
preços de diversas commodities e recursos
naturais, com consequências abrangentes.
Apesar de medidas extraordinárias de política
monetária terem sido utilizadas pelos principais
bancos centrais, na tentativa de estimular o
crescimento econômico nos últimos anos,
essas medidas foram menos eficazes para
atingir as metas de crescimento de 2015 nas
economias que compõem uma grande parte do
PIB global, incluindo os Estados Unidos, a
zona do euro, o Reino Unido e o Japão. Esse
cenário desafiador ocorreu em meio a
incertezas em torno do crescimento econômico
da China e da transição do país, de uma
economia liderada pelo investimento para uma
mais impulsionada pelo consumo interno. Por
fim,
os mercados
permaneceram
atentos ao momento
em que o Fed
iniciaria o aumento
das taxas de juros, e
às potenciais
implicações de
mercado que
poderiam haver
durante o atual ciclo
de negócios.
Sucumbindo ao peso desses contratempos, os
mercados de ações globais em geral ficaram
estagnados em 2015.
Voltando nosso foco para este ano, a primeira
semana de negociação do ano de 2016 trouxe
consigo outra onda de volatilidade incremental
nos mercados financeiros. Diversos fatores
macroeconômicos globais aumentaram a
ansiedade dos investidores, incluindo uma
combinação de problemas
Edward D. Perks, CFA
Chief Investment Officer
Franklin Templeton Equity
envolvendo a China: forte volatilidade nos mercados de ações chineses,
movimento adicional de baixa no valor cambial do yuan chinês, e novas
preocupações com a redução do ritmo do crescimento econômico chinês. Além
disso, os mercados financeiros na primeira semana de negociações de 2016
ficaram um pouco nervosos com as tensões geopolíticas entre a Arábia Saudita e
o Irã, com relatos de testes nucleares militares acontecendo na Coreia do Norte e
com um enfraquecimento adicional dos preços globais de energia. Apesar de
levarmos esses fatores em consideração na formulação de nossas opiniões de
investimento, estamos seguros de que, contanto que não haja um aumento
substancial nas tensões geopolíticas, os mercados eventualmente superarão
essas manchetes de curto prazo e voltarão seu foco principal aos méritos e aos
fundamentos de cada ação. Na verdade, a reação exacerbada dos mercados
financeiros às manchetes negativas de curto prazo frequentemente cria atraentes
oportunidades de investimento para investidores de longo prazo disciplinados.
Permanecemos geralmente positivos quanto às perspectivas para o potencial de
performance das ações globais, devido a diversos fatores tais como quedas
adicionais no desemprego nas principais regiões, uma melhor perspectiva de
salários para um segmento mais amplo da economia global e a resiliência da
lucratividade empresarial, a qual continua a permitir uma enorme flexibilidade na
alocação de capital.
Lidando com as mudanças nas políticas dos bancos centrais
e dos governos
Apesar de muitos participantes do mercado considerarem a recente decisão do
Fed de elevar as taxas de juros como uma "decolagem", preferimos considerá-la
um processo de normalização. A implementação da política de juros zero (zero
interest rate policy - ZIRP) em dezembro de 2008 foi
— Continuação
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 7
PERSPECTIVAS RENDA VARIÁVEL
em grande parte em função de
circunstâncias especiais, presentes
durante os momentos críticos da crise
financeira mundial, e persistiu como parte
da política monetária nos anos seguintes,
à medida que a expansão econômica dos
EUA permanecia frágil em alguns
momentos durante esse período. Ao
entrarmos em 2016, uma das principais
áreas de foco na economia dos EUA é a
robustez do aumento dos empregos, com
a taxa de desemprego nacional caindo
para 5% (frequentemente considerada o
nível de "pleno emprego") em outubro de
2015 e os salários em ascensão. Em
nossa opinião, até mesmo uma série de
aumentos de 25 a 50 pontos-base na taxa
base dos fundos federais provavelmente
resultaria em um cenário continuado de
taxas de juros de mercado historicamente
baixas e na continuidade das condições
favoráveis do mercado financeiro. Apesar
de precedentes históricos indicarem que
os mercados de ações dos EUA em
média tendem a sentir alguma pressão de
baixa nos meses imediatamente
seguintes ao início de um ciclo de
aumento de taxas pelo Fed, eles tendem
a se recuperar e alcançar níveis mais
elevados nos seis a
doze meses seguintes ao primeiro aumento
das taxas. Intuitivamente, parece que a
força econômica subjacente, que
normalmente torna as elevações das taxas
necessárias, coincide com um ambiente
macroeconômico que leva a melhores
lucros empresariais e, eventualmente, a
preços de ações resilientes.
Ao final de 2015, aumentou a certeza de
que o Fed provavelmente não aumentaria
as taxas em um vácuo que
desconsiderasse as condições econômicas
globais e, em vez disso, como a presidente
do Fed Janet Yellen declarou, procedesse
“em um ritmo gradual e comedido." Essa
trajetória mais dependente de dados para
os aumentos futuros de taxas, em última
análise, dependerá da evolução dos
principais indicadores econômicos, que
incluem desemprego, salários e
expectativas de inflação, ao mesmo tempo
que também avalia as condições
econômicas em todo o mundo e as
influências potenciais nas perspectivas
econômicas dos EUA.
Maior suporte ao crescimento econômico
mundial também está evidente em
indicações recentes de
diversos bancos centrais e governos,
como o BCE e o BOJ, ambos os quais
estão dispostos a continuar seus
respectivos programas de QE em meio
às incertezas econômicas. Apesar de as
perspectivas de crescimento, segundo a
maioria dos economistas e o FMI,
permanecerem um tanto mistas no início
de 2016, as condições econômicas da
Europa, em geral, continuam a melhorar,
como evidenciado pelo aumento do
crescimento do PIB e pela queda do
desemprego em muitos países da zona
do euro. Da mesma forma, as medidas
do PBOC para reduzir ainda mais as
taxas de juros e flexibilizar as exigências
de reservas financeiras podem facilitar a
transição que está ocorrendo na
economia. A despeito da fraqueza na
manufatura chinesa, o consumo interno
parece robusto, seguindo o mais recente
plano de cinco anos do Partido
Comunista para reestruturar a economia
chinesa, tornando-a menos dependente
de investimentos e exportações e mais
impulsionada pela inovação e pelo
consumo interno.
Performance histórica do mercado de ações dos EUA
Gráfico 3: Retornos médios do índice S&P 500 – Últimos sete aumentos de taxas do Fed
Até 20 de novembro de 2015
Retorno total médio (indexado a 100)
120
115
110
105
100
95
90
85
80
-252 -234 -216 -198 -180 -162 -144 -126 -108 -90
-72
-54
-36
-18
0
18
36
54
72
90
108 126 144 162 180 198 216 234 252
Dias antes do aumento inicial de taxas ------------------------------------------------------------ Dias após o aumento inicial de taxas
Fonte: Bloomberg. Os retornos são indexados a 100 a partir do dia zero (data do aumento de taxas do Fed) O índice S&P 500 é um índice ponderado pela capitalização de mercado
de 500 ações, projetado para medir a performance do mercado total de ações dos EUA. Índices não são gerenciados e não se pode investir diretamente em um índice. Eles não
— Continuação
refletem quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda. Performance passada não garante resultados futuros.
8 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
PERSPECTIVAS RENDA VARIÁVEL
Diversas trajetórias para obter
força e flexibilidade empresarial
no atual ambiente
Apesar de nossa análise indicar que o
Uma característica que definiu os recentes
mercados de ações globais, que
esperamos que continue um componente
importante em 2016, foi a disciplina exibida
na alocação de capital corporativo. Com as
métricas de lucratividade permanecendo
em níveis historicamente elevados, os
tomadores de decisões empresariais têm
desfrutado de grande flexibilidade para
considerar diversas medidas estratégicas e
voltadas ao acionista, como atividades de
fusão e aquisição, maior investimento e
gastos de capital, melhorias no balanço
financeiro, aumento dos dividendos e
recompra de ações. Além disso, muitas
empresas, por esforço interno e/ou
pressões externas, têm se voltado para
seu mix de negócios, com algumas
empresas optando por eliminar ativos não
fundamentais e priorizar novamente as
oportunidades de investimento para
melhorar os retornos.
provável que o que acontece abaixo da
crescimento das vendas tem sido modesto
em muitos setores, recentemente, é
linha de receita bruta continue a ter o
maior impacto na sustentabilidade dos
atuais níveis de lucros saudáveis, em 2016.
Em nossa opinião, as condições favoráveis
devem persistir, auxiliadas por uma
pequena pressão nos custos dos insumos
(devida em parte aos custos de energia e
dos preços de diversas commodities mais
baixos durante vários anos), pressões
salariais moderadas, baixos custos de juros
e baixa alavancagem. Dadas as
expectativas de taxas de juros mais
elevadas no futuro, muitos investidores têm
se preocupado com o impacto dos custos
mais alto dos juros nos lucros empresariais
e, em última análise, nos preços das ações.
Apesar de o impacto não ser totalmente
insignificante, acreditamos que outros
fatores devem ser considerados, incluindo a
menor proporção de dívidas em relação ao
capital total, bem como o limitado papel que
a dívida total e os custos dos juros
desempenham na maioria
dos balanços financeiros e demonstrativos
de resultados empresariais. Na verdade,
apesar de o total de dívida emitido
globalmente pelas empresas nos últimos
anos ter sido considerável, acreditamos
que a maior parte dessa emissão de
dívida tenha sido efetuada pelas razões
certas, tais como substituir dívidas de alto
custo por outras de custo mais baixo, e
aproveitar taxas de juros de mercado
historicamente baixas para garantir custos
financeiros atraentes por muitos anos
(veja os gráficos 6 a 8 na página 10).
Um mercado desafiador para
investidores voltados à renda
O nível geralmente baixo de taxas de juros
de mercado, combinado com o potencial
problema de taxas de juros mais elevadas
no futuro, apresenta um desafio para
investidores voltados à renda. Cada vez
mais, uma alternativa para muitos
investidores permanece sendo
Atividade mensal global de fusões e aquisições
Gráfico 4: Por valor de transação (trilhões de USD)
Gráfico 5: Por região (trilhões de USD)
Até 23 de novembro de 2015
Até 23 de novembro de 2015
Trilhões de USD
Trilhões de USD
0,50
2,0
0,45
1,8
0,40
1,6
0,35
1,4
0,30
1,2
0,25
1,0
0,20
0,8
0,15
0,6
0,10
0,4
0,05
0,2
0,00
0,0
Jan
Feb
Mar
Apr
May
2014
Fonte: Bloomberg.
Jun
2015
Jul
Aug
Sep
Oct
North
America
Latin
America &
Caribbean
Fonte: Bloomberg.
2007
Western
Europe
2013
Eastern Developed Emerging Middle East
Europe Asia Pacific Asia Pacific & Africa
2014
YTD 23/11/15
— Continuação
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 9
PERSPECTIVAS RENDA VARIÁVEL
as ações que paguem dividendos, as quais
podem oferecer a combinação de rendimento
Gráfico 6: Índice MSCI All Country World
atual e potencial de crescimento futuro dos
Janeiro de 1997–Outubro de 2015
dividendos. O nível global de dividendos
MSCI AC World %
68%
pagos caiu um pouco durante a crise
financeira global, após a qual muitas
66%
empresas retornaram seu foco ao aumento do
64%
pagamento de dividendos, uma tendência que
62%
permaneceu como uma característica
60%
dominante dos mercados de ações em 2015.
58%
Com o potencial futuro para aumentos das
56%
taxas de juros, muitos investidores
1997
2000
2003
2006
2009
2012
2015
manifestaram preocupações com a
MSCI AC World – Total Debt/Total Capital – LTM
sensibilidade, ou a correlação, dos pagadores
Fonte: FactSet. O índice MSCI All Country (AC) World é um índice ponderado pela capitalização de mercado, ajustado pelo de dividendos com ativos de renda fixa de
free-float (quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação no mercado), projetado para medir o
longa duration. Apesar de reconhecermos que
desempenho do mercado de ações dos mercados globais desenvolvidos e emergentes. Índices não são gerenciados e não
empresas de alto índice de pagamento de
se pode investir diretamente em um índice. Eles não refletem quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda. UDM =
últimos 12 meses, o que significa que cada um dos pontos inclui os últimos 12 meses de dados para eliminar variações de dividendos, que exibiram crescimento limitado
curto prazo.
dos lucros e dos dividendos, podem ser
suscetíveis a essa pressão, nossa análise
Dívida líquida/Patrimônio líquido dos acionistas
fundamental procura avaliar o cenário
Gráfico 7: Índice MSCI All Country World ex-Financials
31 de dezembro de 1996–20 de novembro de 2015
completo, do posicionamento competitivo e
110%
potencial de crescimento à força do balanço
100%
financeiro e à capacidade de gerar crescentes
90%
fluxos de caixa livres. Acreditamos que as
80%
ações com essas características podem
oferecer aos investidores um potencial
70%
atraente de performance em 2016 e nos anos
60%
seguintes (ver Gráfico 9 na página 11).
50%
Dívida total sobre o capital total
40%
31/12/96
29/12/00
31/12/04
31/12/08
31/12/12
20/11/15
Net Debt / Shareholders' Equity
Pesquisa fundamental,
seletividade e otimismo em 2016
Embora a análise fundamental e a seleção de
ações de baixo para cima permaneçam o foco
principal de muitas de nossas equipes de
investimento, as ideias setoriais específicas
de nossa experiente equipe de analistas em
todo o mundo aprimoram nossa visão do ano
à frente. A despeito da incerteza em torno do
ritmo do crescimento econômico global e da
duração da expansão econômica atual, muitos
temas seculares de crescimento persistem,
oferecendo diversas oportunidades aos
investidores. As crescentes fortunas da classe
média em escala global trazem consigo maior
acesso a bens e serviços para um segmento
da população em rápida expansão,
particularmente nas principais economias
emergentes da China e da Índia. Com
tecnologia avançada, a proliferação de
30/9/15
smartfones está possibilitando a computação
móvel
Fonte: FactSet. O índice MSCI All Country (AC) ex-Financials é um índice ponderado pela capitalização de mercado,
ajustado pelo free-float (quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação no mercado),
projetado para medir o desempenho do mercado de ações dos mercados globais desenvolvidos e emergentes,
excluindo o setor financeiro. Índices não são gerenciados e não se pode investir diretamente em um índice. Eles não
refletem quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda.
Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA,
EBITDA em inglês)/Despesas com juros
Gráfico 8: Índice MSCI All Country World
31 de março de 1997–30 de setembro de 2015
Índice LAJIDA (EBITDA em inglês)
9
8
7
6
5
4
3
31/3/97
24/7/99
15/11/01
9/3/04
2/7/06
24/10/08
16/2/11
10/6/13
EBITDA/Interest Expense
Fonte: FactSet. Índices não são gerenciados e não se pode investir diretamente em um índice. Eles não refletem
quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda.
10 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
— Continuação
PERSPECTIVAS RENDA VARIÁVEL
em escala global, ao mesmo tempo que
Rendimento global de dividendos
cria oportunidades de investimento em
Gráfico 9: Rendimento de dividendos (últimos doze meses) para alguns índices MSCI
diversas indústrias e empresas. A
continuação da aplicação de tecnologia no
setor de saúde tem levado a avanços no
8%
desenvolvimento de novas drogas,
tratamentos e programas customizados
Últimos 15 anos, de 30 de setembro de 2000 a 30 de setembro de 2015
para os pacientes, e de um
7%
monitoramento móvel e preditivo. E
apesar de o setor de energia ter
6%
apresentado enormes desafios para os
investidores em 2015, após uma queda
significativa no preço global do petróleo,
ALTO
5%
as forças autocorretivas de redução do
investimento no início da cadeia, do
Rendimento
de
esgotamento de poços e da queda na
dividendos 4%
atividade de perfuração nos EUA deverão
levar a um cenário de oferta e demanda
BAIXO
mais equilibrado durante o ano, segundo
3%
nossa análise.
A despeito dos inúmeros riscos aos
mercados financeiros globais, os fatores
que impulsionam a lucratividade
empresarial nos parecem sustentáveis no
atual ambiente econômico e de negócios.
Apesar de desafios fundamentais
poderem certamente se apresentar na
forma de uma desaceleração econômica
inesperada, conflitos geopolíticos,
aumento de inflação e de custos de
insumos, ou de um aumento inesperado
no ritmo ou na magnitude das elevações
das taxas de juros nos EUA e em outros
países, acreditamos que o ciclo
econômico permaneça intacto, suportado
pela continuidade dos ganhos em
empregos e por melhores perspectivas
salariais. Com esse cenário geralmente
saudável, um conjunto de oportunidades
robusto e um foco no longo prazo,
permanecemos otimistas com as
perspectivas para uma gestão ativa de
ações em diversos setores e regiões, ao
entrarmos em 2016.
2%
1%
0%
All Country France All Country Germany
World
Asia exJapan
High-Low Range
UK
Current
Japan
China
Canada
US
Brazil
Mean
Fonte: FactSet. O índice MSCI AC Ásia ex-Japan é um índice ponderado pela capitalização de mercado, ajustado pelo
free-float (quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação no mercado), projetado para medir o
desempenho do mercado de ações dos mercados globais desenvolvidos e emergentes na região da Ásia, exceto o Japão.
O índices MSCI para países individuais são índices ponderados pela capitalização de mercado, ajustados pelo free-float
(quantidade de ações de uma empresa disponível para negociação no mercado), projetados para medir o desempenho do
mercado de ações daqueles países. Índices não são gerenciados e não se pode investir diretamente em um índice. Eles
não refletem quaisquer taxas, despesas ou encargos de venda. Performance passada não garante resultados
futuros.
VISÃO GERAL DA EQUIPE
O Sr. Perks supervisiona as estratégias de ações de várias equipes de investimento, abrangendo os mercados norte-americanos,
internacionais, regionais, locais e emergentes, e as estratégias voltadas aos estilos de investimentos. Servindo-se de mais de seis
décadas de experiência como base, as equipes realizam pesquisas fundamentais e aderem a processos de baixo para cima, que
orientam a tomada de decisão na escolha do que consideram as melhores oportunidades disponíveis em um dado universo. Essas
decisões são aprimoradas pela troca de ideias entre as equipes, para ajudar a reforçar as convicções de cada equipe.
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 11
Perspectivas dos mercados de capitais no longo prazo
PREVISÃO DE LONGO PRAZO: “Observamos que mudanças estruturais subjacentes têm
reduzido o crescimento real em todo o mundo, e que dificilmente veremos a inflação
acelerando-se a níveis inesperados nos próximos cinco anos. Nossa análise das medidas
atuais de avaliação de valor, bem como das perspectivas de crescimento econômico e da
inflação, nos deixa otimistas em termos de oportunidades em ações globais, em beta
sistemático2 e no petróleo, e pessimistas com relação aos títulos públicos globais.”
Expectativas de longo prazo
para o mercado de capitais
Todos os anos, a FT Solutions revisa os
dados e os temas que impulsionam os
mercados de capitais, para gerar as
expectativas de retorno dos ativos para as
diferentes classes, para os próximos cinco
a dez anos. Nossas previsões de longo
prazo são baseadas em nossa análise das
atuais medidas de avaliação de valor, das
perspectivas de crescimento econômico e
inflação, e dos prêmios de risco históricos.
Rick Frisbie
Chefe da Franklin Templeton Solutions
Franklin Templeton Investments
Crescimento global lento
Desde a crise financeira global de 2007–
2008, temos testemunhado uma
recuperação mais fraca em relação aos
padrões históricos, mesmo com a ajuda de
bancos centrais de todo o mundo.
Acreditamos que mudanças estruturais
subjacentes estejam reduzindo o
crescimento real de todo o mundo. A
desalavancagem da dívida é um dos
principais culpados. Embora já esteja
ocorrendo nos EUA e na Europa, a China
está só agora se juntando à
tendência, que pode
levar anos para se
realizar. De acordo
com o FMI, a China
substituiu os Estados
Unidos como o país
que mais contribui
para o crescimento
global3
e, portanto, o peso sobre o crescimento global,
como resultado da desalavancagem da China,
assume um impacto proporcionalmente maior.
A continuação da desaceleração na China e o
realinhamento da economia em direção ao
consumo e aos serviços é, em nossa opinião,
especialmente ruim para os países que
exportam petróleo e metais.
Além disso, o envelhecimento da população nos principais países desenvolvidos e
emergentes é um fator ainda mais forte para a redução das perspectivas de
crescimento. A partir de 2016, a população em idade produtiva diminuirá nas
economias avançadas, ao mesmo tempo que a proporção da população acima de 65
anos aumentará fortemente.4 Acreditamos que essa mudança demográfica seja uma
força poderosa a ser reconhecida O Japão é um importante exemplo do que a
Europa e o restante do mundo desenvolvido enfrentarão no futuro. Os Estados
Unidos podem parecer mais bem posicionados, em termos dessa crise demográfica,
mas o dólar mais forte não apenas aumenta os problemas dos mercados emergentes
como também impacta negativamente no crescimento econômico dos EUA.
.
Expectativas de inflação global modesta
Em termos gerais, achamos que a inflação está atualmente baixa, tanto nas
economias desenvolvidas quanto nas dos mercados emergentes. Dada a expectativa
de crescimento lento e a baixa ameaça de qualquer choque de oferta (como o
embargo de petróleo nos anos 70), é difícil imaginar a inflação acelerando a níveis
inesperados nos próximos cinco anos. Nas últimas décadas, vimos uma forte
poupança na China e na Alemanha fornecer capital excedente que tem mantido
baixas as taxas de juros e a inflação. No futuro, o fato de uma grande parte da
população entrar para um período de suas vidas de menor consumo e maior
poupança provavelmente aumente a poupança excedente, mantendo as taxas de
juros baixas e a inflação moderada. Os bancos centrais reagiram a essas forças
econômicas e implementaram uma flexibilização quantitativa. Eles também tiveram
que manter a flexibilização quantitativa em vigor por mais tempo do que inicialmente
esperado, para impulsionar a inflação para mais perto dos níveis da meta desejada.
2. Beta sistemático é uma fonte de potenciais retornos que é persistente, passível de investimento e líquida, e pode ser implementado sistematicamente.
3. Fonte: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, outubro de 2015. © 2015 pelo International Monetary Fund. Todos os direitos reservados.
4. Fonte: United Nations World Population Prospects, revisão de 2015.
12 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
— Continuação
PERSPECTIVAS DOS MERCADOS DE CAPITAIS DE LONGO PRAZO
Tabela 1: Previsões de inflação para 10 anos
Com base nas estimativas de consenso (em outubro de 2015) e nas taxas de "breakeven" (em novembro de 2015)
Estados Unidos
Canada
Zona do Euro
Reino Unido
Japão
Austrália
Previsão de consenso
2,3%
2,0%
1,9%
2,1%
1,4%
2,6%
Taxa de breakeven
1,6%
1,6%
1,5%
2,5%
0,8%
2,2%
Fontes: Consensus Economics Inc.: Consensus Forecasts, outubro de 2015, e Bloomberg L.P., novembro de 2015. A taxa "breakeven" é uma taxa de inflação quinquenal, de cinco anos
à frente, que mede a inflação esperada (em média) no período de cinco anos que se iniciará daqui a cinco anos. A taxa "breakeven" resulta da diferença entre o rendimento de um título
de renda fixa nominal, de taxa fixa, e o rendimento real de um título de renda fixa atrelado à inflação, de vencimento e de qualidade de crédito similares. Não há garantia de que
qualquer estimativa ou projeção se realizará.
Com essa política de flexibilização
monetária, os bancos centrais podem ser
bem sucedidos em trazer a inflação de
volta para as metas, mas acreditamos que
o risco da inflação ser significativamente
superior à meta seja bastante baixo. As
estimativas de consenso da inflação no
longo prazo e das taxas de "breakeven"
dos mercados de renda fixa estão em linha
com a nossa visão.
outras. Em relação aos títulos de renda fixa
O petróleo pode continuar fraco por
globais, o prêmio por risco das ações
aproximadamente mais um ano, em função
globais ainda está atraente, em nossa
da oferta abundante e do ciclo de alta das
opinião, do ponto de vista histórico.
taxas de juros do Fed. Vimos o movimento
Também achamos que, entre as ações
de queda dos preços que esperávamos em
globais, existe oportunidade nos mercados
2015 e consideramos os atuais preços, a
emergentes em relação aos mercados
partir do final de 2015, como estando muito
desenvolvidos, no longo prazo.
próximos da oportunidade de compra ideal.
Estima-se que os estoques de petróleo
atingiram um pico e, aos atuais baixos
O potencial de performance está Nossas maiores convicções “a
favor”:
mais baixo em relação ao
histórico, praticamente em todos
os lugares, mas, em nossa
opinião, as ações globais
parecem mais atrativas do que
os títulos de renda fixa globais
Acreditamos que o rendimento atual seja
um bom indicador do potencial de
performance futura. Até o final de 2015, os
rendimentos dos títulos de renda fixa
globais estavam em níveis historicamente
baixos na maioria das economias. Os
rendimentos (earnings yields - o inverso do
índice de preço/lucro) reais das ações
globais em relação a seu próprio histórico
não estavam, em nossa opinião, muito
atraentes. Essa análise está em linha com
a nossa visão sobre crescimento e inflação.
Além disso, não vemos ambiente para que
as commodities ofereçam retornos
parecidos aos da década passada, dadas
as perspectivas sombrias sobre o
crescimento global. Seguindo o mesmo
argumento de poupança excessiva, uma
oferta abundante de capital pode reduzir o
retorno real exigido por investidores em
geral. Embora seja a nossa opinião que os
retornos em geral serão provavelmente
modestos, também acreditamos que
existam áreas que oferecem oportunidades
relativamente mais atraentes do que
As ações globais devem continuar a
desfrutar dos estímulos das políticas
flexíveis dos bancos centrais da Europa e
do Japão. No curto prazo, pode haver
obstáculos para os Estados Unidos e os
países dos mercados emergentes, dado o
ciclo de alta das taxas de juros do Fed.
Porém, dado que os planos desses bancos
centrais são bastante previsíveis, achamos
que é provável que o impacto seja
administrável. Consequentemente,
acreditamos que as ações globais podem
desfrutar de potencial de performance no
decorrer dos próximos
sete anos.
O beta sistemático (prêmio por risco
alternativo) pode oferecer um forte potencial
de performance, ajustado ao risco. Dadas
as nossas expectativas de retornos
relativamente baixos das classes de ativos
tradicionais, o beta sistemático, que
consiste em estratégias baseadas em
regras que buscam obter um prêmio pelo
risco, pode ser uma boa alternativa. Essas
estratégias podem ser usadas como adição
a um portfólio de ativos de beta tradicional,
devido aos potenciais benefícios de
diversificação.
preços, esperamos mais reduções de
perfuratrizes, à medida que os
fornecedores marginais encerrem suas
atividades por falta de lucro.
As nossas maiores convicções
“contra”:
De uma perspectiva histórica, poucos
títulos públicos de mercados desenvolvidos
já estiveram mais caros do que os níveis
vistos atualmente. A flexibilização
quantitativa e as políticas de taxas de juros
zero que foram implementadas pelos
principais bancos centrais levaram os
rendimentos dos títulos públicos próximos a
recordes mínimos, criando uma expectativa
de uma performance possivelmente mais
baixa no futuro.
VISÃO GERAL DA EQUIPE
A Franklin Templeton Solutions é um
grupo de gestão de investimentos
global dedicado a soluções
multiestratégia, sendo composta por
indivíduos que representam várias
entidades registradas de consultoria
em investimento da Franklin
Resource, Inc., uma organização de
investimento global operando como
Franklin Templeton Investments.
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 13
MAIS IDEIAS DE
INVESTIMENTO ON-LINE
Acesse o nosso site para conhecer melhor a visão das nossas várias equipes de investimento de
classe mundial, sobre os complexos e interconectados mercados financeiros globais nos quais
investem. Os gestores de portfólio listados abaixo descrevem o que eles consideram como
oportunidades de investimento e desafios em 2016.
RENDA FIXA
Investimento em títulos de renda
fixa multissetoriais:
Investimento em títulos de renda
fixa municipais:
Christopher J. Molumphy, CFA
Franklin Templeton Fixed Income Group
Sheila Amoroso e Rafael Costas
Franklin Templeton Fixed Income Group
RENDA VARIÁVEL
Investimento em ações de valor
globais:
Investimento em mercados
emergentes:
Investimento em ações de
crescimento dos EUA:
Norman J. Boersma, CFA e
Cindy L. Sweeting, CFA
Templeton Global Equity Group
Mark Mobius, Ph.D.
Templeton Emerging Markets Group
Grant Bowers e
Matthew J. Moberg, CPA
Franklin Equity Group
Investimento em ações de valor
globais:
Investimento em ações globais:
Stephen H. Dover, CFA
Franklin Local Asset Management
Peter A. Langerman
Franklin Mutual Series
Investimento em ações de
crescimento dos EUA:
Serena Perin Vinton, CFA
Franklin Equity Group
MULTI ASSET
Investimento em portfólios multiativos:
Thomas A. Nelson, CFA e
Brooks Ritchey
Franklin Templeton Solutions
INVESTIMENTOS ALTERNATIVOS
Investimento em estratégias de
fundos multimercados:
Investimento em recursos
naturais:
Investimento em imóveis e
infraestrutura:
David C. Saunders e
Robert Christian
K2 Advisors
Frederick G. Fromm, CFA
Franklin Equity Group
Wilson Magee
Consultores de ativos reais da Franklin
14 | PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016
QUAIS SÃO OS RISCOS?
INFORMAÇÕES LEGAIS IMPORTANTES
Todos os investimentos envolvem riscos, inclusive uma possível
perda de principal. As taxas de câmbio podem oscilar
significativamente durante curtos períodos de tempo e podem
diminuir os retornos. Os derivativos, inclusive as estratégias de
gestão de câmbio, acarretam custos e podem criar alavancagem
econômica em um portfólio de investimento, o que pode resultar
em uma volatilidade acentuada e causar perdas (assim como
possibilitar ganhos) para o portfólio em um valor que exceda o
investimento inicial. Um portfólio pode não alcançar os
benefícios esperados, podendo realizar perdas quando uma
contraparte não cumpre com o prometido. Os mercados de
alguns ativos ou tipos de ativos são, ou podem se tornar,
ilíquidos. A baixa liquidez terá um efeito adverso no valor do
ativo e na habilidade de vender tais ativos em resposta a um
evento de mercado específico. Os ativos estrangeiros acarretam
riscos especiais, incluindo flutuações cambiais e incertezas
econômicas e políticas. Os investimentos em mercados
emergentes acarretam riscos mais elevados em relação aos
mesmos fatores, além dos riscos associados ao menor tamanho
desses mercados e à menor liquidez. Os investimentos em
títulos de renda fixa de mais baixa classificação têm maior risco
de inadimplência e perda de principal. Os preços dos títulos de
renda fixa, em geral, se movimentam na direção oposta à das
taxas de juros. Conforme os preços dos títulos de renda fixa em
um portfólio de investimentos se ajustam a um aumento nas
taxas de juros, o valor do portfólio pode baixar. As variações na
solidez financeira de um emissor de títulos de renda fixa ou na
classificação de crédito de um título podem afetar o seu valor.
Os preços das ações oscilam, às vezes de forma rápida e
drástica, devido a fatores que afetam certas empresas,
determinadas indústrias ou setores, ou devido a condições
gerais de mercado. Pelo fato de alguns sinais de estratégias de
beta sistemático serem construídos usando eventos de mercado
históricos, as estratégias de beta sistemático podem estar
sujeitas ao risco do modelo, de modo que as estratégias podem
gerar um resultado diferente do que o esperado pelo modelo por
várias razões, incluindo mas não limitado às condições de
mercado e econômicas. Em outras palavras, a performance e
as correlações das estratégias de beta sistemático podem
diferir, possivelmente de modo significativo, da performance e
das correlações históricas.
Esse material é para fins informativos e de interesse geral, não
devendo ser considerado como uma consultoria em
investimentos, uma recomendação ou uma solicitação de
compra, venda ou manutenção de qualquer ativo ou para adotar
qualquer estratégia de investimento. Ele não constitui uma
assessoria jurídica ou fiscal.
As opiniões expressas são as do gestor de investimento e os
comentários, as opiniões e as análises são apresentados como
sendo válidos na data da publicação, podendo ser alterados sem
aviso prévio. As informações fornecidas neste material não têm
como objetivo ser uma análise completa de todos os fatos
importantes em relação a qualquer país, região ou mercado.
Todos os investimentos envolvem riscos, inclusive uma
possível perda de principal.
Dados provenientes de outras fontes podem ter sido usados na
preparação deste material e a Franklin Templeton Investments
("FTI") não verificou, validou ou auditou, de forma independente,
os referidos dados. A FTI não aceita qualquer responsabilidade
por qualquer perda decorrente do uso dessas informações e a
confiança nos comentários, nas opiniões e nas análises incluídas
no material deve ocorrer ao critério exclusivo do usuário.
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disponíveis em todas as jurisdições e são oferecidos fora dos
EUA por outras afiliadas da FTI e/ou suas distribuidoras, de
acordo com as leis e as regulamentações locais. Consulte o seu
próprio consultor profissional para obter mais informações sobre
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registrados nos EUA da Franklin Templeton Investments, que
estão disponíveis apenas em jurisdições onde a oferta ou a
venda de tais produtos é permitida, em conformidade com as leis
e os regulamentos aplicáveis.
PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTO PARA 2016 | 15
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