Made in Portugal» regressa eM força
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Made in Portugal» regressa eM força
JORNAL DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS INDUSTRIAIS DE CALÇADO, COMPONENTES E ARTIGOS DE PELE E SEUS SUCEDÂNEOS Marisa Cruz «deslumbra» no Desfile Colectivo de Calçado Marisa Cruz foi a grande figura do Desfile Colectivo de Calçado, que decorreu na Alfândega do Porto, no âmbito da 26ª edição do Portugal Fashion. A manequim, actriz e apresentadora regressou, assim, aos grandes palcos da moda nacional, desfilando em exclusivo para oito das mais importantes marcas portuguesas de calçado. Calçado português chega a mais mercados A indústria portuguesa de calçado, que exporta mais de 96% da sua produção, está cada vez mais internacional. Em 2009, o calçado nacional chegou a 132 países, mais 14 do que no ano anterior. Pela primeira vez, as empresas portuguesas exportaram calçado para países como Bolívia, Bósnia, Iraque, Macedónia, Malásia e Paraguai, dando, assim, tradução prática à estratégia definida no Plano Estratégico do Sector de 2007-2013, onde se perspectiva como fundamental a abordagem a novos mercados com potencial de crescimento. «Made in Portugal» regressa em força A indústria portuguesa de calçado renovou-se, modernizou-se e, com isso, aumentou a sua notoriedade internacional. São, por isso, cada vez mais as empresas a apostarem na criação e desenvolvimento de marcas com uma identidade totalmente portuguesa. Uma diferença abissal relativamente ao que se verificava num passado recente. É o regresso em força do “made in Portugal”. # Nº 164 # MARÇO 2010 2 Nº 164 # MARÇO 2010 Nº 164 # MARÇO 2010 3 Calçado português chega a 132 países A indústria portuguesa de calçado, que exporta mais de 96% da sua produção, está cada vez mais internacional. Em 2009, o calçado nacional chegou mesmo a 132 países, mais 14 do que no ano anterior. Pela primeira vez, as empresas portuguesas exportaram calçado para países como a Bolívia, Bósnia, Iraque, Macedónia, Malásia e Paraguai, dando, assim, tradução prática à estratégia definida no Plano Estratégico do Sector de 20072013, onde se perspectiva como fundamental a abordagem a novos mercados com um interessante potencial de crescimento. Em 2009, a indústria portuguesa exportou 59 milhões de pares de calçado, no valor de 1208 milhões de euros. Relativamente ao ano anterior, há a assinalar, naturalmente, um decréscimo de 6,4%, já que a economia mundial enfrentou, nesse período, a crise mais profunda desde a década de vinte do século passado. Num contexto particularmente difícil, o calçado foi o sector da economia portuguesa com melhor registo em 2009 (a totalidade das exportações de todos os sectores de actividade recuou 18,1%). Acresce registar que as exportações de calçado foram recuperando ao longo do ano, uma vez que a queda no início de 2009 ascendeu a 15%, naquele que poderá ser um bom prenúncio para 2010. O preço médio do calçado exportado aumentou 2,1% para 20,38 Euros (o segundo maior a nível mundial, apenas sendo superado por Itália). A indústria portuguesa de calçado voltou a exportar preferencialmente para a Europa. França perfilou-se como o principal mercado, com um crescimento de 2,7% para 354 milhões de Euros. No segundo posto, surge o mercado alemão, com um recuo de 13,3% para 228 milhões de euros. A redução significativa da produção numa grande empresa multinacional alemã terá sido determinante neste registo. As exportações para a Holanda (terceiro mercado de destino) também aumentaram, ainda que de forma ligeira, para 161 milhões de euros O calçado voltou a assumir-se em 2009 como o produto que mais positivamente contribui para a balança comercial portuguesa, com um saldo liquido de 809 milhões de euros (mais 1,7%). Fora do espaço europeu, destaque para o recuo das exportações em Angola (menos 10,9% para 13 milhões de euros), na Rússia (menos 41% para 6,6% milhões de euros) e EUA (menos 26,6% para 8,3 milhões de Euros) e para o crescimento no Japão (de 32,8% para 6,8 milhões de Euros). As importações, por sua vez, recuaram 7,6% para 398 milhões de euros (valor que corresponde sensivelmente a 1/3 do exportado por Portugal), pelo que o calçado voltou a assumir-se como o produto que mais positivamente contribui para a balança comercial portuguesa, com um saldo liquido de 809 milhões de euros. O preço médio do calçado importado por Portugal ascendeu a 7,79 Euros (menos 8,2% do que em 2008) 4 Nº 164 # MARÇO 2010 Entrevista a António Saraiva, novo Presidente da CIP “Revisão do Código do Trabalho não permite relançar a economia” António Saraiva é o novo Presidente da CIP. Ao Jornal da APICCAPS fala da nova Confederação, da Indústria Portuguesa, do PEC, do Código do Trabalho, do aumento do Salário Mínimo e outros temas relevantes. Para ler com redobrada atenção. Foi recentemente eleito Presidente da CIP. Quais são as suas prioridades para os próximos anos? Reinventar a CIP, ajudar a mudar o País – este é o lema da nova Direcção da CIP, de acordo com o programa da candidatura. Elegemos 4 grandes causas para o mandato. O primado da economia de mercado, antes de todas as causas. A defesa da livre concorrência, a transparência nos apoios concedidos às empresas, o combate à corrupção. Em segundo lugar, a aposta na indústria transformadora e nos bens transaccionáveis, para reduzir o desequilíbrio externo, sustentar o crescimento económico e criar empregos duradouros. Em terceiro lugar, a defesa das empresas: queremos que o Estado honre os seus compromissos, pagando a tempo e horas, somos contra práticas arbitrárias das autoridades inspectivas, a carga burocrática asfixiante, a legislação abundante, mal enquadrada e sem qualidade. Pretendemos uma justiça eficiente – a tempo e horas – e um sistema fiscal competitivo. Por último, a dignificação dos empreendedores e empresários, porque sem empresas não há crescimento e emprego, não há riqueza. Toda a nossa acção será centrada nestes objectivos estratégicos essenciais. O Governo apresentou nos últimos dias o PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento). Concorda com as medidas apresentadas pelo Governo ou acredita que há outras matérias que poderiam merecer uma atenção especial? A CIP considera que Portugal tem um grave problema de crescimento económico, agravado pelo crescimento do desequilíbrio externo e pelo peso muito elevado da dívida pública. Perspectivam-se taxas de crescimento do PIB muito modestas (só em 2013 é que a economia portuguesa deverá crescer acima de 1,5%). Até lá, prevê-se que o crescimento seja inferior a 1%. O PEC visa essencialmente encontrar resposta para o grande desequilíbrio das finanças públicas. Portugal tem de reduzir o défice das administrações públicas para um valor inferior a 3% do PIB até 2013, de forma credível e sustentável, tomando medidas numa perspectiva de médio prazo. É esta a questão central; o problema tem de ser resolvido, num espaço de tempo relativamente curto e, ainda por cima, numa conjuntura muito difícil. O esforço vai ter de ser colectivo; vai ser um processo custoso, muito custoso, mas, infelizmente, vamos ter de passar por ele; e quanto mais adiarmos este problema, mais dolorosa será a forma de o resolver. Concordamos que as medidas se devem centrar na redução e controle da despesa pública, área em que os sucessivos governos têm falhado. Em relação às medidas que visam o aumento da receita algumas vão claramente afectar as empresas como sejam as seguintes: a) Sujeição a tributação autónoma Por exemplo, e desde logo, nada de significativo se fez no capítulo da flexibilidade externa, na vertente da cessação do contrato de trabalho e, ao invés, muito de extremamente restritivo foi introduzido na contratação a termo. A duração máxima da contratação a termo certo sofreu drástica redução: de 6 para 3 anos. Não obstante, manteve-se o espaço negocial para a contratação colectiva, em matéria de fundamentos da contratação a termo, e alargou-se de duas para três o número de renovações dentro da referida duração máxima de três anos. A contratação a termo incerto, que não tinha qualquer limite máximo legalmente previsto, passa a não poder durar mais de 6 anos. No preenchimento da duração máxima da contratação a termo certo, passam a relevar, para além de anterior contratação a termo, a contratação temporária e a prestação de o trabalhador e o respectivo empregador ganhou maior conteúdo negocial, mas a contratação colectiva, como mecanismo de ajustamento às especificidades sectoriais e empresariais, continua a deter a primazia e maior latitude. A flexibilidade inerente a estas novas figuras encerra virtualidades não só para ajustamentos às flutuações das necessidades empresariais como potencia uma melhor articulação entre a vida profissional e a vida familiar. Passos muito positivos também foram dados no sentido da dinamização e revitalização da contratação colectiva, que passa a dispor de melhores condições para se desenvolver. Neste domínio, ressalta-se a manutenção do princípio geral da negociabilidade, permitindo a negociação para mais e para menos relativamente às soluções constantes do Código e, assim, propiciando os equilíbrios que as próprias partes tenham por mais ajustados. É certo que se introduzem algumas limitações a esse princípio. Não, porém, de molde a descaracterizá- “Fixação do Salário Mínimo em 500 Euros afectará gravemente a competitividade” dos salários ou quaisquer retribuições, acima de um determinado limite de referência, aos administradores, sócios ou gerentes de empresas que apresentem prejuízos e o reforço da tributação autónoma aplicável a benefícios acessórios, o que configura um ataque às empresas pois, se estas tiverem lucro, são tributadas em sede de IRC mas, se não tiverem, as retribuições dos seus administradores, sócios ou gerentes, acima de um determinado limite de referência, serão sujeitas a tributação autónoma; b) Sujeição das mais-valias mobiliárias a taxa de IRS de 20%: afastará investidores do mercado de capitais, que é fonte de financiamento para muitas empresas; c) Código Contributivo, que o Governo nem sequer equaciona voltar a avaliar com os Parceiros Sociais. Por outro lado, o programa de privatizações previsto não está enquadrado numa estratégia política, coerente e fundamentada, de redução do peso do Estado na economia, o que se impunha. O Código do Trabalho foi uma das mais fortes “batalhas” que a CIP travou nos últimos anos. Está contente com o resultado final? A revisão do Código do Trabalho (CT), aprovada pelo Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro, embora contenha aspectos úteis, não foi, todavia, a revisão necessária. serviços, em certas circunstâncias. Todas estas figuras passam também a relevar no quadro da contratação sucessiva. Para além disso, acresce o aumento de 3 pontos percentuais da taxa contributiva para a segurança social a cargo dos empregadores que recorram a este tipo de contrato – previsão a inserir em sede de legislação no âmbito da segurança social. Transmite-se, assim, um sinal muito negativo quanto à utilização de uma forma legal de contratação especialmente adequada a fazer face a necessidades reais de flexibilidade das empresas, e que, insiste-se, muito tem contribuído para que estas enfrentem com sucesso ciclos económicos recessivos, como a crise que actualmente atravessamos. Já na flexibilidade interna, particularmente na organização do tempo de trabalho, foram significativamente positivos os passos dados. Desde logo, na organização do tempo de trabalho, manteve-se a adaptabilidade nas duas vertentes: por instrumento de regulamentação colectiva e por acordo individual. Para além desse aspecto, foram introduzidas no CT as figuras da “adaptabilidade grupal”, dos “horários concentrados” e do “banco de horas”, permitindo-se ainda alguma forma de gestão do absentismo, articuladamente com trabalho que o compense. Assim, com excepção do “banco de horas”, a relação directa entre António Saravaiva Presidente da CIP Nº 164 # MARÇO 2010 lo e, menos ainda, a subvertê-lo. A revisão do Código permitiu, igualmente, resolver, com equilíbrio mas também com eficácia, a questão da caducidade das convenções. Nesse particular, prevê-se um regime transitório de caducidade para as convenções colectivas portadoras de cláusula da renovação sucessiva e já denunciadas. Por outro lado, as próprias cláusulas da renovação sucessiva passarão a caducar ao fim de 5 anos. Eliminou-se a necessidade de proposição da arbitragem voluntária como condição de caducidade das convenções colectivas, determinando-se ainda que a arbitragem obrigatória fique confinada a casos verdadeiramente residuais, não podendo, ela mesma, impedir o decurso do prazo para a caducidade. Em contraponto, surge a criação da arbitragem necessária, com possibilidade de ser requerida passados doze meses sobre a caducidade da convenção, se não houver no sector/empresa convenção aplicável à maioria dos trabalhadores, e competindo ao colégio arbitral a definição do respectivo objecto se as partes a tal respeito não se entenderem. Neste âmbito, merece também realce a previsão expressa da possibilidade de adesão individual de trabalhador não sindicalizado a convenção colectiva em vigor na respectiva empresa. Em conclusão, é seguro que a re- 5 ções deverão acelerar para 4.1% (3.5%, em 2010). A produtividade do trabalho também deverá crescer 0.8%. Prevê-se que a taxa de desemprego, em 2011, se mantenha inalterada em 9.8%. Todavia, perante estes dados, e apesar da ligeira melhoria que os mesmos evidenciam, creio que, economicamente, a fixação, para “Portugal tem um grande problema de crescimento” visão do CT não consubstanciou, nem de perto nem de longe, a resposta que se torna absolutamente essencial ao relançamento da economia e ganhos de produtividade que hão-de contribuir e alicerçar uma maior competitividade. Mas é igualmente certo que muitas das soluções aí integradas ainda não têm tempo de vigência suficiente para poder aquilatar-se de todas as suas reais virtualidades - o que só uma razoável maturação permitirá avaliar de modo sustentado. O aumento da Retribuição Mínima Mensal Garantida (salário mínimo) continua a ser um tema fracturante e que divide os parceiros sociais. Que consequências terá para a economia portuguesa o aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros? Os indicadores económicos mais relevantes ao nível nacional desaconselham – já desaconselhavam para o corrente ano – qualquer tipo de aumento da Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG). O PIB per capita, entre 2008 e 2009, registou uma quebra de 2,5%. Em matéria de produtividade do trabalho, registaram-se quebras de 0,4% em 2008 e de 2,4% e 1% nos dois primeiros trimestres de 2009, respectivamente. O Boletim Económico de Inverno de 2009, do Banco de Portugal, apontava para uma quebra do PIB de 2,7% e para uma taxa de inflação na ordem dos -0,9%, em 2009. Nesse mesmo ano, a variação homóloga de exportações de bens e serviços, em volume, foi de 11.6%. Quanto à taxa de desemprego, a mesma vem em acelerada ascensão, situando-se em 10.3% em Dezembro de 2009 e em 10.5% em Janeiro de 2010. É certo que o cenário previsto para 2011, constante, aliás, das projecções do Governo apresentadas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) 2010-2013, aponta para uma ligeira melhoria da actividade económica. A taxa de crescimento do PIB, em 2011, deverá situar-se na ordem dos 0.9%, depois de, em 2010, ter sido de 0.7%. Prevê-se que, nesse mesmo ano, a inflação seja de 1.9%. Em 2011, o investimento já deverá ser positivo (1%, relativamente aos -0.8%, em 2010) e as exporta- 2011, da RMMG em €500 – ou seja, um acréscimo de 5.3% face aos actuais €475 – afectará gravemente a competitividade e o nível de emprego de alguns Sectores – vários deles caracterizados por uma forte componente exportadora e utilização de mão-de-obra intensiva. Ou seja, aumentos significativos das remunerações só deverão verificar-se quando a economia crescer a um ritmo mais robusto e de forma sustentada. Que avaliação faz ao estado actual da indústria portuguesa? Atravessa uma fase complicada. Ressentiu-se fortemente da crise económico-financeira, que ainda não terminou, sublinhe-se. A indústria enfrenta uma redução séria da procura, quer interna quer externa, está a adiar investimentos, continua a ter dificuldade na obtenção de crédito e em ver pagas as dívidas do que vendeu ao Estado; tem um enquadramento fiscal e parafiscal complexo, injusto e pesado; debate-se, muitas vezes, por conseguir cumprir as suas obrigações legais: a inexistência de seguros no caso da responsabilidade por danos ambientais é um bom exemplo; suporta custos elevados, como os energéticos. Mas importa referir que quando se fala de indústria, também se fala de empresários; e nestes, impera o espírito combativo, da não resignação. Seria bom que se soubesse valorizar mais o que é conseguir, mensalmente, pagar salários e cumprir com as obrigações legais em vigor. De qualquer maneira, qualquer empresário sabe que, após um período menos bom, virá outro melhor; é cíclico. É por isso que vemos hoje, apesar de tudo, muitas empresas a investir, a inovar, a melhorar a qualidade dos seus produtos, a procurar novos mercados. E a terem sucesso! Qualidade e inovação são hoje palavras-chave no léxico empresarial; é este o caminho, e os resultados estão à vista em muitas empresas industriais em Portugal. Que opinião tem da indústria portuguesa de calçado? A indústria do calçado em Portugal continua a ser um baluarte das exportações nacionais. É uma indústria tradicional, com um peso mui- to grande no Norte do país, desde logo na criação de emprego; e com grande importância nas nossas exportações. Defrontou-se com grandes transformações nos últimos anos, especialmente com a deslocalização de muitas empresas; mas mantém-se como uma indústria de referência no nosso país. E esse estatuto de referência advém de ser uma indústria moderna, competitiva e tecnologicamente avançada, que soube resistir com um grande empenho, apostando na qualidade, na inovação e no controlo dos custos; é comercialmente agressiva e impõe-se nos mercados externos. O facto de, em 2009, segundo a APICCAPS, ter exportado para 132 países, reflecte com clareza o seu dinamismo. Não se pode confundir tradicional com artesanal; e a indústria portuguesa de calçado é o exemplo cabal disso mesmo. A APICCAPS muito tem contribuído, com a definição de estratégias a médio prazo em relação à actividade que representa e a persistência na sua implementação, para a evolução e dinamismo deste sector, muito voltado para o mercado externo e, por esse facto, a congratulo. Quem tem dúvidas acerca da importância e da força do associativismo, não pode deixar de olhar para este sector. A essa indústria deve o País um exemplo marcante de transição, com sucesso, de um sector caracterizado por forte utilização de mãode-obra intensiva para a produção com recurso às mais modernas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) ao longo de toda a cadeia produtiva e de comercialização. O sector é hoje reconhecido pela sua capacidade de controlo sobre todas as etapas do processo, desde o design à logística até à entrega do produto final. Neste âmbito, não posso deixar de salientar o papel da APPICAPS, como a associação que co-concebeu, juntamente com os seus associados, uma estratégia e a implementou no terreno, em pareceria com muitas outras entidades, designadamente instituições académicas científicas e tecnológicas, promovendo o sector e auxiliando-o a tornar-se naquilo que é hoje. A CEP deverá arrancar ainda este ano. Na sua opinião, qual deverá ser o contributo da Confederação Empresarial de Portugal para o movimento associativo? A CIP dialogará com a Confederação Empresarial de Portugal, se e logo que seja constituída nos termos em que está anunciada, agregando a parte institucional da AEP e da AIP. Aliás, a postura da CIP relativamente a qualquer organização associativa é de diálogo e de concertação, procurando juntar o que acrescenta valor e evitando tudo o que não passe de mera sobreposição em relação ao que já exista. www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. A SPEDYCARGO foi criada em Janeiro de 2004 combinando a experiência e profissionalismo da sua equipa e a confiança dos seus parceiros no exterior com o conhecimento das exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desafios da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. 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São, por isso, cada vez mais as empresas a apostarem na criação e desenvolvimento de marcas com uma identidade totalmente portuguesa. Uma diferença abissal relativamente ao que se verificava num passado recente. É o regresso em força do “made in Portugal”. to boa e consideram mesmo que a Atelier do Sapato tem um grande potencial”. Para José Machado, “o calçado português é, cada vez mais, uma referência no mercado internacional”. Um mérito que atribui “ao empenhamento dos empresários” que, nos últimos anos, investiram na modernização empresarial, apostaram nos factores imateriais da competitividade, reforçaram a presença nos grandes fóruns internacionais da especialidade e foram capazes de apresentar “produtos inovadores, de potencial muito elevado e altamente diferenciadores”. Durante décadas, foi indefinida a imagem de Portugal no mundo. Ao nível do sector de calçado, os empresários lamentavam o facto de “a imagem de Portugal não acrescentar valor” e esse era mesmo entendido como um dos principais “estrangulamentos à competitividade e plena afirmação internacional do sector”. Os especialistas defendiam mesmo que “existia uma diferença substancial entre a qualidade intrínseca do calçado português e a imagem percebida pelos consumidores”. Um «teste cego» feito em plena MOCAP (Mostra de Calçado Português) junto de importadores validava os lamentos dos empresários: o preço de um par de calçado português poderia sofrer uma redução de 30% no momento em que fosse revelada a sua proveniência. Durante sensivelmente duas décadas, as empresas portuguesas tiveram de conviver com este estrangulamento. Não era, pois, de estranhar, que na altura de lançarem uma nova marca e se «aventurarem» nos mercados externos se socorressem de estrangeirismos, em especial de nomes de origem anglo-saxónica. Hoje, porém, essa realidade começa, paulatinamente, a mudar e são várias as empresas que investem em marcas com uma identidade claramente portuguesa. Só nos últimos três anos, foram mais de 20. Também a AS, empresa de calçado com sede em Oliveira de Azeméis, não pensou duas vezes na altura de lançar uma nova marca no mercado. A Chocolate Negro teve rapidamente “bastante aceitação por parte dos clientes internacionais e as vendas têm aumentado significativamente época após época”. Para Miguel Oliveira, é notória “a evolução qualitativa da imagem do calçado português. As empresas são já hoje reconhecidas pela sua qualidade e começam a ter uma maior notoriedade no plano internacional”, realçou, facto que resulta “da aposta no lançamento de marcas modernas e com uma imagem muito apelativa”. Miguel Oliveira sublinha, que este é um trabalho meticuloso e, fundamentalmente, de grande persistência. Luís Onofre lamenta o dia em que uma importante cadeia de retalho de calçado de luxo norteamericana “abortou um negócio quando percebeu que eu era português”. Um episódio que tem menos de meia dúzia de anos. Mas nem por isso esmoreceu. O prémio da persistência acabaria por chegar. Luis Onofre acaba de celebrar um contrato com uma importante plataforma comercial em Espanha, o El Corte Inglês, e as suas criações serão vendidas por toda a Espanha. De Mackjames a Carlos Santos Durante vários anos, a Mackjames afirmou-se como uma das boas marcas europeias de calçado masculino, ainda que, não raras vezes, tivesse de esconder a sua proveniência. Chegou, agora, a altura de mudar e, desde o início do ano, a Mackjames dará lugar à marca Carlos Santos. “Quer por parte dos clientes já existentes quer por parte dos potenciais novos clientes, a receptividade foi bastante boa” revelou Raquel Santos. De todos os argumentos, sobressaiu um: “mais do que um nome, Carlos Santos é uma pessoa. A marca ganha assim um significado acrescido”. Na óptica da responsável da Carlos Santos, “o calçado português O calçado português está na moda. Em Portugal e no mundo começa a ser visto internacionalmente como produto de qualidade”. A única desvantagem era, até agora, “a falta de notoriedade”, mas também nesse capítulo “Portugal tem vindo a melhorar”. “É importante que todas as empresas portuguesas trabalhem afincadamente para conceber bons produtos e estejam, assim, dispostas a criar uma boa imagem do calçado português”. Um Atelier ambicioso A Atelier do Sapato nasceu há apenas três anos. O responsável, José Machado, sempre revelou no entanto a ambição de projectar a marca no plano internacional. A reacção dos importadores foi “mui- Já Miguel Vieira nunca escondeu a sua origem. Simbolicamente, tatuou o nome de Portugal no corpo. Também a Fábrica de Calçado Mariano apostou, desde a primeira hora, e há já várias décadas, numa marca de identidade claramente portuguesa. Hoje, Ângela Oliveira reconhece que “a imagem dos produtos portugueses é substancialmente melhor”, até porque “se verificou uma grande evolução ao nível do design e da qualidade do calçado nacional”. Reconhece que «o made in Itaty» ainda “continua a ter um grande peso internacional”, mas os sinais não enganam. O calçado português está literalmente na moda. Em Portugal e no mundo. Fevereiro|2010|ANO V|Nº 63 Grupo DECSIS | decsis SA | expandiserve SA | decunify SA | deccare Lda SOMOS O MAIOR GRUPO EMPRESARIAL PORTUGUÊS DE SERVIÇOS DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO entre | palavras SOMOS RESPONSÁVEIS POR MAIS DE 170 POSTOS DE TRABALHO DIRECTOS DEIXE-NOS AJUDAR A RESOLVER OS SEUS PROBLEMAS CONTACTE-NOS Estágios | Educação Serviços de Formação estágios curriculares | estágios profissionais garantir competências | melhorar desempenho SAMSUNG apresenta o primeiro Disco Rígido Externo com consumo energético inferior a 0,1 watt A Qualidade é uma meta possível de medição e não apenas uma definição vaga de bom. È mais um esforço contínuo para melhorar do que um grau de excelência prédefinido. Deming define Qualidade como um grau previsível de uniformidade e confiança ao mais baixo custo e adaptado às necessidades do mercado, considerando adicionalmente a que a Qualidade se fabrica não se inspecciona. Philip Crosby considera que a Qualidade é um processo dinâmico e não um programa em que o único padrão de performance aceitável é o “zero defeitos”. Kaoru Ishikawa considera que é necessária a satisfação do cliente (interno ou externo) de modo a que as suas expectativas sejam atingidas ou excedidas, com base numa melhoria contínua do processo. Por outro lado, o conceito de Qualidade está fortemente associado a valor. A ISO9000 é um sistema de Qualidade aplicável a qualquer produto, serviço ou processo em qualquer país do mundo. O sistema é constituído por planeamento, controlo e documentação. O planeamento é estabelecido para assegurar que os objectivos, autoridade e responsabilidades de cada actividade são correctamente definidos e percebidos. O controlo é estabelecido para assegurar que os objectivos são concretizados e os problemas antecipados ou evitados através de acções correctivas adequadas. A documentação é utilizada predominantemente para informação acerca do comportamento do sistema em relação às necessidades do cliente e às alterações que é necessário introduzir. in Gestão de Projecto | Victor Sequeira Roldão formação de profissionais para profissionais A nossa metodologia facilita a tomada de decisões eficazes na gestão do plano de formação o que permite às organizações: • definir as necessidades de formação • conceber e planear a formação • executar e monitorizar a formação • avaliar os resultados da formação • calcular o ROI | rentabilidade da formação Academia DECSIS | Direcção de Formação Análise e Reengenharia de Processos A marca conseguiu reduzir em 95% o consumo de energia em modo Standby. A SAMSUNG Electronics Co., Ltd., líder mundial em electrónica de consumo digital e tecnologia da informação, anunciou que o novo disco rígido externo de 3,5 polegadas, o STORY Station, vai ser o primeiro a apresentar um consumo de energia em standby inferior a 0,1 watt. DATA RECOVER CENTER Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social | Windows 7 São cerca de 1000 as máquinas que vão começar a trabalhar com o novo sistema operativo, tendo como mais-valias a não necessidade de adquirir novos computadores e a tecnologia de encriptação Bitlocker. A Unidade de Negócio de Consultoria de Serviços do Grupo DECSIS está envolvida em projectos de levantamento e reengenharia de processos em Câmaras Municipais e Instituição Públicas.Estes projectos têm como âmbito a reorganização de todos os processos das organizações acima referidas e culminarão no desenvolvimento e implemantação de portais digitais. SEMANA INFORMÁTICA Actualmente, as organizações debatem-se com graves problemas de burocracia interna directamente ligados às suas acções administrativas. A quantidade, diversidade e dispersão da informação física e digital, a forma de acesso, o modo como circula, os mecanismos de aprovação, o tempo que exige e os custos que envolve continuam a ser um factor de constrangimento da performance das organizações. O controlo de processos torna-se imperativo e a solução está na consultoria e implementação de sistemas de gestão de processos. Identificar e analisar os problemas, identificar as melhores práticas e implementar a solução mais adequada a cada caso específico. Grupo DECSIS | Consulting Services Norma ISO 27001: 2005 | Sistemas de Gestão da Segurança da Informação. Consulte-nos :: Grupo DECSIS | Soluções Globais A DECSIS, SA e a DECUNIFY, SA, empresas do Grupo DECSIS, são Empresas Certificadas NP EN ISO 9001 : 2008 Centro Autorizado de Assistência Técnica DECSIS ExpandiServe DECUNIFY DECCARE Porto Porto Porto Porto Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decsis.pt www.expandiserve.pt Rua de Francos, 121 4250-219 Porto Rua das Artes Gráficas, 162 4100-091 Porto Estrada Principal do Outeiro Lte 9 Piso 0 - 1B 2785-507 S. Domingos de Rana Rua Alfredo da Silva Lotes 16 e 17 Alfragide 2614-509 Amadora Funchal Funchal Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.decsis2.com Rua Antero de Quental, 8 9000-375 Funchal www.deccare.pt Outsourcing de TI é Segmento dos Serviços de TI Com Maior Potencial de Crescimento até 2012 A IDC prevê que o mercado nacional de serviços de Outsourcing de Tecnologias de Informação (TI) cresça a uma taxa média anual de 5,5% entre 2008 e 2012, IDC | Portugal Nº 164 # MARÇO 2010 9 Governo lança nova linha de crédito -seguros de crédito com condições mais favoráveis Sapsiwai(fotolia.com) Os seguros de crédito apresentam condições muito mais vantajosas para as empresas No âmbito das medidas de apoio às PME preconizadas pelo Governo, acaba de ser protocolada com a banca uma nova linha de crédito. A PME Investe V disponibiliza mais 750 milhões de euros, dos quais 250 milhões são exclusivamente destinados a micro e pequenas empresas. Para minimizar os efeitos da crise nas empresas, “as condições de acesso deste novo instrumento de apoio foram alargadas às PME que tenham necessidade de regularização de dívidas ao fisco e à segurança social, permitindo a utilização até 30% do empréstimo para liquidar dívidas contraídas junto da banca”, explicou o IAPMI em comunicado. . A nova linha foi ainda “alargada às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e permite que a garantia do capital em dívida seja majorada para 65% em operações realizadas por empresas que não tenham beneficiado de qualquer apoio nas linhas anteriores.” No caso de operações de crédito realizadas por micro e pequenas empresas, o sistema de Garantia Mútua garante até 75% do valor do financiamento. Outra novidade introduzida é o aumento de um ano no prazo da operação, que passa agora a ser de quatro anos, na linha de apoio às micro e pequenas empresas, e de 6 anos, na linha geral, e a inclusão da locação financeira imobiliária e de equipamentos como operação elegível. Ao abrigo das linhas anteriores foram apoiadas cerca de 50 mil empresas, num valor de operações realizadas de mais de cinco milhões de euros. Seguro de Créditos para internacionalização Como reforço dos apoios à internacionalização, o Governo afectou 30% da Linha OCDE II, no valor de mil milhões de euros, para cobertura do risco de crédito em operações de exportação de dimensão significativa, para clientes situados em países da OCDE. Em causa estão operações com concessão de crédito comercial de montante elevado e por prazo que pode ir até aos dois anos. Os limites máximos de responsabilidade do Estado por operação, que estavam estabelecidos por importador e por empresa beneficiária, passam agora a estar limitados apenas por importador e com ‘plafonds’ muito superiores, que alcançam 5 milhões de euros por cobertura para os melhores riscos. Importa registar que esta foi uma proposta da APICCAPS ao Ministério da Economia. As empresas que pretendam obter mais informações deverão contactar a COSEC ou o seu banco habitual. 10 Nº 164 # MARÇO 2010 Visita do Secretário de Estado à MICAM Felmini Eject Perlato Harlot Y.E.S. Coxx Coqueterra Goldmud Nº 164 # MARÇO 2010 11 Fernando Medina elogia calçado português -principais feiras deixam bons indicadores “O sector do calçado é um orgulho para um país”, defendeu o Secretário de Estado da Indústria “O sector de calçado é um motivo de orgulho e um exemplo a seguir”. O Secretário de Estado da Indústria, mostrou-se particularmente animado com o dinamismo das empresas portuguesas de calçado, no decorrer da visita à MICAM. A acompanha-lo esteve o Gestor do Programa Compete, Nelson de Souza. “A indústria portuguesa está ao nível do que se faz na Europa e no mundo em matéria de qualidade, inovação, conceito de marca e capacidade de se adaptar ao mercado”, sublinhou, ainda, Fernando Medina. Para as empresas portuguesas, Março foi, como se esperava, frenético, com passagens por Dusseldorf, Madrid, Milão, Moscovo, Paris e S. Paulo. A indústria de calçado voltou a estar em plano de evidência na maior e mais prestigiada feira de calçado do mundo, a MICAM. As 79 empresas revelaram a ambição e ousadia necessária para enfrentaram o ano de 2010 com redobradas esperanças. Um ano que se espera melhor do que 2009. Os primeiros indicadores são, pelo menos, favoráveis, já que os principais fóruns europeus da especialidade, a GDS e a MICAM, deixaram bons indicadores. A feira de Milão atraiu um total de 36.623 visitantes profissionais, número ligeiramente superior ao registado no período homólogo. “O sucesso desta edição confirma que, para ope- radores do sector de todo o mundo, a MICAM continua a ser um verdadeiro ponto de referência”, defendeu Vito Artioli. Para o Presidente da ANCI “o grande mérito reside no apertado critério de selecção”, facto que permite que “apenas as marcas mais importantes possam participar na MICAM”. No total, 1.597 empresas expositoras, 591 deles estrangeiras, participaram na feira de Milão, apresentando as propostas para a próxima estação Outono/Inverno. “Estamos satisfeitos com os resultados da Micam Shoevent”, defendeu Vito Artioli, “que deixam antever os primeiros sinais da tão esperada recuperação, já que as empresas confirmaram excelentes resultados comerciais”. Também a 109ª edição da GDS prometeu bons sinais para o futuro. Os 760 expositores oriundos de 40 países (1120 expositores compreendendo a GDS e Global Shoes), foram visitadas por 28.500 visitantes. Entres os clientes estrangeiros, destacam-se, respectivamente, os países do Benelux, França, Itália, Reino Unido e Áustria. Portugal esteve representado por 52 empresas, a 3ª maior representação estrangeira, num crescimento (o 6º consecutivo) superior a 60%. Kirstin Deutelmoser, Directora da Messe de Dusseldorf, defendeu que “a GDS revelou-se um indicador-chave para o sector, sendo perceptível um ambiente geral de optimismo ”. A GDS vai sofrer, já na próxima edição, uma alteração das datas, iniciando-se a “feira das feiras” a uma quarta e terminando numa sexta-feira, “Com esta alteração, a Organização e o Conselho Consultivo da Messe de Dusseldorf acreditam que tornarão a GDS ainda mais atraente para os retalhistas”. Forte campanha Ao longo de 2010, a indústria portuguesa de calçado participará em 80 acções promocionais no exterior, investindo sensivelmente 9 milhões de euros, numa iniciativa conjunta da APICCAPS e AICEP e que contará com o apoio do Programa Compete. Em traços gerais, o sector investirá no reforço da presença em feiras e exposições de plataforma mundial bem como na presença em feiras de nicho, alargando assim horizontes a outros segmentos de mercado que apresentem um potencial de crescimento muito interessante. No total, prevê-se que mais de 140 empresas da fileira do calçado participem neste megaprograma de promoção à escala internacional, que tem como objectivos consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos, diversificar o destino das exportações, abordar novos mercados e possibilitar que novas empresas iniciem o processo de internacionalização. 12 Nº 164 # MARÇO 2010 26ª edição do Portugal Fashion Calçado surpreende na 26ª edição do Portugal Fashion fotos: Portugal Fashion A Atelier do Sapato, marca revelação do sector de calçado em 2008, voltou a surpreender. Da junção entre o amor pela tradição à criação de calçado com um toque único, a marca manteve-se fiel ao seu conceito “Advanced Vintage”. Os materiais (camurças suaves de vitela, peles de vaca lavadas com um granulado cheio, pele de cabra lavada com efeitos de imitação de cobra lavada), conjugam-se em harmonia, camada sobre camada, com as cores negro, azul navy profundo e castanho- ébano, que se combinam com sigaro, cor camelo polido, petrol escuro, antracite, coroados por uma cor intensa, rust. Pela primeira vez no Portugal Fashion e sob o signo da juventude no design, conforto no andar e jovialidade nas cores, a Chocolate Negro demonstrou as razões pelas quais os sapatos podem ser um saboroso vício: pelas linhas jovens e cores alegres, pelas formas mais arrojadas e pormenores de charme e pelo conforto dos materiais, nomeadamente peles, muito macias. A marca revelação do sector de calçado em 2009 aposta numa presença forte, ao qual nenhuma mulher ficará indiferente. A Dkode voltou a proporcionar um desafio constante à sensibilidade criativa. “Break The Code to create a new one” é o tema da nova colecção. Todas as abordagens ou intervenções têm uma orientação profundamente urbana e cosmopolita, que se reflectem em gáspeas com peles mescladas e rústicas, denims e cracks. Wine e taupe/grey são as cores de tendência desta nova colecção. Sempre progressiva, nunca convencional, a Fly London propõe uma mistura de modelos, cores e sensações. As influências provêm de todo o lado… desde a época Vitoriana, anos 60, 70 e 80 até aos dias de hoje e continua a experimentar novos materiais e novas técnicas incluindo a lavagem de calçado já acabado. A Fly propôs vários visuais diferentes, prevalecendo um inigualável espírito aventureiro. 13 Nº 164 # MARÇO 2010 Marisa Cruz foi a grande figura do Desfile Colectivo de Calçado, que decorreu na Alfândega do Porto, no âmbito da 26ª edição do Portugal Fashion. A manequim, actriz e apresentadora regressou, assim, aos grandes palcos da moda nacional, desfilando em exclusivo para oito das mais importantes marcas portuguesas de calçado. Criatividade, moda e conforto fundem-se na colecção Inverno 2010 da Y.E.S, com o objectivo de recriar uma nova identidade urbana cheia de personalidade e carácter, vocacionada para todos aqueles que ambicionem um sentimento de «puro prazer». A Stiletto promete agradar às mulheres jovens, cosmopolitas, elegantes, sensíveis e sensuais. Não rompendo com as raízes da marca, mas mostrando uma vertente mais arrojada e apelativa, a nova colecção aposta sobretudo na elegância e no conforto da mulher actual, oferecendolhes inúmeras escolhas, tanto a nível de cores, como de peles e saltos. Tendo como identidade e inspiração, um conceito clássico, jovem e urbano, mas com um carácter marcadamente irreverente, a Nobrand sugeriu para o Inverno de 2010 uma atitude futurista, vibrante, multitextural e gráfica, com ênfase nos detalhes. “First Collection” foi a nova proposta, de aspecto casual, urbano e militar com detalhes baseados no individualismo, ideias novas, optimismo e diversão, numa fusão de estilos de linhas limpas, puras e funcionais, criando um calçado de novo aspecto, para um consumidor confiante, moderno e elegante. Já a Goldmud convidou a uma viagem no tempo. O cenário, tal como num sonho, não se define, será um misto de Oeste americano e um lugar perdido na imensa cordilheira dos Himalaias. A luz que ofusca, por momentos não vem do Sol, é Las Vegas no seu expoente-máximo. Tons quentes, materiais naturais e inovadores e um design arrojado materializam a nova colecção da Goldmud em formas sofisticadas e, simultaneamente, descomprometidas. Uma mistura ecléctica de modelos de calçado combinados de forma original que sugerem um look único, de modo a vincar uma forte expressão de individualidade. expandindústria Telef. 228 312 477 / 228 310 731 / 228 300 736 Fax 228 317 846 [email protected] Nº 164 # MARÇO 2010 Agenda de eventos Abril 3/16 - Fimec, Novo Hamburgo, Brasil - Fileira do couro 13/15 - 40ª edição da ISF –Toquio, Japão - Calçado e Artigos de Pele 15/18 - Cosmoprof 2010, Bolonha, Itália - Calçado Footwear Maio 12/13 - BTS – Poznan, Polónia (Fileira da moda) 18/20 - International Fur and Leather exhibition, Moscovo, Rússia – Fileira do couro Junho 08/10 - Ffany Collections, Nova Iorque, EUA – Calçado 12/15 - 74ª edição da Expo Riva Schuh, Riva del Garda, Itália – Calçado 14/17 – MosShoes, Moscovo, Rússia – Calçado 28/30 - The Brandery, Barcelona, Espanha, Fileira da Moda 15 Obama elogia calçado português “Os mais espectaculares que, alguma vez, passaram pela Casa Branca”. Foi desta forma que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou os sapatos da marca portuguesa Swear. O elogio surgiu no decorrer de uma reunião promovida por Barack Obama com os principais activistas norte-americanos dos direitos homossexuais, num evento realizado na Casa Branca, em Washington Segundo o Director Comercial, da Swear, os sapatos, com reflexos prateados, conquistaram a atenção do presidente dos EUA. A Swear parece estar assim de regresso à ribalta. Prestes a celebrar 15 anos de existência, a marca criada por José das Neves rapidamente atingiu uma grande notoriedade internacional. O patrocínio a algumas figuras da música POP mundial como REM, Prodigy e as extintas Spice Girls serviu de trampolim para uma entrada em grande estilo em Hollywood. Na capital do cinema, os protagonistas da segunda trilogia Star Wars foram calçados pela Swear, naquela que se revelou uma operação de marketing verdadeiramente internacional. A Swear continua a «dar cartas» no plano internacional Nº 164 # MARÇO 2010 17 Breves Antidumping Tribunal Europeu dá razão à CE no processo contra a China O Tribunal Geral da União Europeia, o segundo principal da UE, com sede no Luxemburgo, rejeitou o apelo de empresas chinesas e de Hong Kong, que pretendiam anular a decisão do Conselho dos Ministros da União Europeia que aprovou, a 22 de Dezembro último, a prorrogação dos direitos antidumping à China e ao Vietname. Esta decisão da CE tem carácter definitivo e tem como consequência directa a aplicação, a alguns tipos de calçado com a parte superior em couro, de taxas no valor de 16,5% e 10%, respectivamente às importações provenientes da China e do Vietname. Estes direitos antidumping vigorarão por um período de 15 meses. Itália O Parlamento italiano aprovou uma lei que impõe que todos os produtos de moda (calçado, vestuário, etc.) e mobiliário comercializados em Itália devem colocar a origem dos produtos. As próximas semanas serão importantes para perceber se a Comissão Europeia autoriza que esta legislação entre em vigor, pois poderão violar prorrogativas europeias. No total, o Tribunal do Luxemburgo recusou cinco apelos distintos e ordenou que as empresas chinesas e de Hong Kong suportassem a totalidade das custas judiciais. Havaianas Pendente está, ainda, a queixa formal que a China apresentou à Organização Mundial de Comércio (OMC). Num dossier com algumas semelhanças, o Brasil anunciou recentemente que voltou a aumentar em 11% os direitos antidumping ao calçado importado da China, para um total de 13,85 dólares o par. Uterqüe O grupo Inditex anunciou o lançamento da sua primeira loja Uterqüe na Rússia. A loja fica localizada no Metropolis, um dos maiores centros comerciais de Moscovo. Com esta nova abertura, o grupo Inditex reforça a presença num mercado com grande potencial. Todas as insígnias do grupo como Zara ou Massimo Dutti estão já na Rússia. Já a Uterqüe, lançada em Julho de 2008, tem agora 60 lojas em 13 países, incluindo Portugal, Espanha, Grécia, Bélgica, Chipre, México, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Líbano, Kuwait, Qatar, Turquia e Rússia. A CE acaba de vencer outro «braço-de-ferro» à China e Vietname Jovens estilistas portugueses em destaque na GDS A Alpargatas, depois de ter conseguido transformar os chinelos de dedo Havaianas uma referência internacional, vai lançar em Maio próximo um novo produto: uma colecção de calçado fechado que inclui modelos desportivos com a designação Soul Collection. Além dos modelos de cano baixo e alto, a nova colecção apresentará sapatilhas, sabrinas e o sapato de lona com borracha no lugar da palmilha de corda. Os modelos serão colocados à venda em luxuosas lojas como o Harrods e Selfridges, em Londres, e as Galerias Lafayette, em Paris, e custarão entre 28 e 55 euros. Os novos ténis e sapatos Havaianas estarão também disponíveis no Brasil e chegarão aos EUA em 2011. Ficha Técnica Propriedade: Tal como tem acontecido em edições anteriores da GDS, o Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado (CENTRO) esteve em plano de evidência na feira de Dusseldorf. APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos José Afonso sublinhou que esta participação visou “divulgar as potencialidades do CENTRO, ao nível do design e competências técnicas, quer junto das empresas portuguesas presentes no certame, quer dos compradores internacionais”. O Centro esteve presente com seis stands na área Design Attack do Pavilhão 3 e os resultados foram considerados como “muito positivos”. Fax 225 074 179 Nota de destaque para o facto de esta ter sido “uma importante rampa de lançamento para alguns antigos formandos da área Rua Alves Redol, 372 - Apartado 4643 4011-001 PORTO Telef. 225 074 150 [email protected] http://www.apiccaps.pt Director: Presidente da APICCAPS Edição: Gabinete de Imprensa da APICCAPS Os jovens “criadores” do CENTRO estiveram em grande na GDS do estilismo e da modelação, que participaram neste espaço a convite do CENTRO e que estão a lançar no mercado novas marcas próprias”. O CENTRO voltará a marcar presença na edição de Setembro próximo, a convite da GDS, o que para José Afonso “demonstra por parte da Organização o empenho e contentamento pelos resultados obtidos”. [email protected] Participação especial: Manuel Correia (Fotos) Distribuição gratuita aos sócios Tiragem: 2000 exemplares COM O APOIO Nº 164 # MARÇO 2010 19 Inovar em português As empresas portuguesas de calçado continuam a surpreender os mercados internacionais com pequenos pormenores capazes de fazer toda a diferença. Colecções de cariz ecológico, calçado que utiliza as peles mais exóticas, novas soluções para doentes diabéticos. As marcas portuguesas não param de surpreender. A inovação faz já parte do seu ADN. Softwaves desenvolve Calçado para diabéticos A Softwaves foi uma das marcas portuguesas em plano de destaque na MICAM, com a apresentação de uma linha inovadora, “através da introdução de um novo sistema que alia uma sola de borracha, flexível e resistente, com palmilhas especiais, que permitem a circulação do ar e, dessa forma, a manutenção de uma temperatura adequada para o pé”, explicou Orlando Santos. Este novo modelo, que já se encontra patenteado, “é indicado para pessoas com diabetes”, sublinhou o responsável da Softwaves e está já a ser comercializado em farmácias. Calafe certifica Processo de inovação A Calafe é já uma das empresas portuguesas de calçado mais modernas do ponto de vista tecnológico. Uma estratégia que será reforçada no futuro. A empresa de Felgueiras foi a primeira PME de um sector “dito” tradicional a concluir o processo de inovação, de acordo com as normas NP 4457 - Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação. O objectivo, assume Joaquim Carvalho, passa por “apresentar pelo menos duas inovações a cada colecção”. O responsável da Calafe reconhece, igualmente, que este é um grande desafio, já que obriga “a fazer ainda mais e melhor do que fazíamos no passado”. Pele de perca do Nilo e calçado ecológico Tal como há seis meses, a Mariano voltou a ser uma das empresas portuguesas em franco plano de destaque nos principais certames internacionais que decorreram em Março. Desta feita, para além de uma linha de calçado ecológico que, segundo Ângela Oliveira, privilegia “a utilização de peles que não sejam nocivas para o meio ambiente e todos os restantes componentes são recicláveis”, a Mariano apresentou uma colecção de calçado que utiliza peles de perca do Nilo. Uma aposta exótica que voltou a surpreender. Ângela Oliveira assume que a “apresentação de novos materiais, sempre fantásticos e muito confortáveis, é uma prioridade”. Miguel Vieira lança linha para noivos «Special Day» é o nome da linha de calçado que o estilista Miguel Veira lançou em Milão, exclusivamente dedicada aos noivos. Trata-se, como explicou Miguel Vieira, de uma colecção relativamente restrita, constituída por apenas seis modelos de calçado altamente personalizados, que permite designadamente colocar o nome dos noivos e a data e local onde se realiza a cerimónia. A caixa dos sapatos é dourada, pormenor que lhe assegura um carácter especial. O feedback inicial foi muito positivo, garantiu o estilista de S. João da Madeira, com uma carreira na fileira da moda há mais de 20 anos. Nº 164 # MARÇO 2010 21 Importações europeias de calçado recuam em 2009 Os 27 países que integram a União Europeia adquiriram 3,1 mil milhões de pares de calçado no valor de 26, 700 milhões de euros em 2009. Relativamente ao ano anterior há a registar quebras de 7 e 4,9%, respectivamente. A Alemanha perfila-se como o principal mercado europeu. De Janeiro a Dezembro de 2009, importou 472 mil pares de calçado (menos 8,2%) no valor de 4 738 milhões de euros. No segundo posto entre os principais importadores europeus de calçado, mas já uma distância significativa da Alemanha, surge a França. Em 2009, importou 396 milhões de pares (menos 2,7%) no valor de 3 956 milhões de euros (menos 0,2%). A completar o pódio, o Reino Unido registou um comportamento diferente dos restantes países, na medida em que comprou mais calçado, designadamente a países asiáticos, mas a preços mais reduzidos. Em 2009, o Reino Unido adquiriu 453 milhões de pares (mais 2%, superando mesmo em quantidade a França) no valor de 3 3621 milhões de euros (menos 2,3%). Nota de destaque para o comportamento da Holanda e da Bélgica. Ainda que a população conjunta dos dois países não ascenda sequer a 25 milhões de habitantes (menos de metade da Alemanha, por exemplo), os dois países juntos importaram sensivelmente 400 milhões de pares de calçado. Holanda e Bélgica surgem, assim, como 5º e 6º importadores de calçado da Europa, o que lhes permite funcionar posteriormente como os dois mais importantes centros de reexportação de calçado à escala europeia. Em quantidade, Espanha surge no 4º lugar entre os principais importadores europeus (329 milhões em 2009, menos 3,6% do que no ano anterior), mas em valor surge apenas no 6º posto (1724 milhões de euros, menos 13,5% do que em 2008). Ao nível dos países de Leste, de sublinhar o facto de a República Checa ter importado, em 2009, 118 milhões de pares de calçado (menos 27%) no valor de 436 milhões de euros (menos 9,3%). Nº 164 # MARÇO 2010 23 Empresário Correia Alves homenageado O empresário Correia Alves é uma referência no sector do calçado O empresário António Correia Alves celebrou, a 7 de Março último, o 80º aniversário. Momento ideal para uma justa e sentida homenagem, por parte da família, autarquia e forças vivas da cidade de Santa Maria da Feira a um empresário que se mantém no activo há já 62 anos. Correia Alves, desde cedo, revelou a ambição de ser empresário. Com apenas 17 anos, funda a empresa J. Correia de Sá & Filhos e, três anos depois, a António Correia Alves (Ginita). Desde o início, percebeu que o mercado nacional era demasiado pequeno, pelo que vislumbrou nas antigas províncias ultramarinas uma imensa janela de oportunidade. Com o 25 de Abril, inicia a “aventura” europeia, para onde se dirige ainda hoje o essencial da produção. Actualmente, a Ginita empresa com 110 trabalhadores apresenta um volume de negócios que ascende a oito milhões de euros. Ao longo de oito décadas, António Correia Alves notabilizou-se igualmente ao nível da intervenção social. Com efeito, sempre teve uma acção próxima e socialmente responsável, designadamente do Feirense, Arrifanense, Bombeiros Voluntários de Arrifana e São João da Madeira, do Rancho Folclórico de S. Martinho de Escapães e do Rotary Club da Feira. Nota de grande destaque para o facto de ter sido o principal impulsionador da construção do primeiro monumento ao “sapateiro” construído na freguesia de Escapães, em Santa Maria da Feira. “Aos oitenta anos, mantém a jovialidade que sempre o caracterizou e continua a ser a voz autorizada da experiência moldada na sabedoria, no espírito de justiça, que fazem dele um dos mais respeitados empresários portugueses do sector do calçado”, destacou o filho Albérico Alves. Acresce que “sempre se revelou uma pessoa de grande simplicidade, de irrepreensível carácter, empresário de reconhecido mérito, que soube ser ousado quando o rasgo dos negócios o exigia e prudente quando as cautelas o impunham”. Para o Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Alfredo Henrique, “Correia Alves foi um dos principiais impulsionadores da indústria de calçado na região”. 24 Nº 164 # MARÇO 2010 MADE TO FEET PORTUGUESE SHOES The best in Quality Excellence in Design
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