Especificidades da Segurança Contra Incêndio em Edifícios

Transcrição

Especificidades da Segurança Contra Incêndio em Edifícios
Título
1
Especificidades da Segurança
Contra Incêndio em Edifícios
Hospitalares e Lares de Idosos
2
Em Locais de Risco
Centrais (desinfecção e esterilização) utilizando
oxido de acetileno.
Centrais e depósitos de gases medicinais com
capacidade superior a 100 lt.
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Em Locais de Risco
Internamento; Cuidados intensivos; Cuidados
Especiais; Blocos operatórios; Blocos de partos;
Hemodiálise; Cirurgia ambulatória; Hospital de dia;
Exames especiais; Imagiologia; Radioterapia;
Fisioterapia; Urgências; Neonatologia.
Excepto serviços de diagnóstico e tratamento que
dispõem de equipamentos pelas suas características,
devam nelas ser instalados.
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Em Locais de Risco
Classificação dos consultórios dentários?
Nota: o licenciamento de consultórios e
clínicas dentárias tem ainda legislação
Mas poder-se-á considerar que estes
locais exercem actividade no âmbito da
Classificação das IS para deficientes?
várias coisas não farão sentido. Por exemplo,
nunca terão saídas independentes para o
Nota: a não ser quando agrupadas em
conjunto com outros locais de risco D!
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Em Locais de Risco
No agrupamento de locais
Vantagens de exploração e custos, mas com desafios
associados:
Agrupar apenas circulações horizontais exclusivas
(sem outros locais no agrupamento);
Ajustar as distâncias máximas de evacuação (passa a
ser um único local);
Aplicar iluminação de emergência ambiente
(antipânico) por todo o conjunto;
Quantidade max. de líquidos inflamáveis;
Especificidades no isolamento e protecção
Blocos operatórios, de partos, unidades de cuidados
intensivos, e espaços de neonatologia, devem ficar
separados dos restantes espaços;
Se possuírem área > a 200m 2 devem ser subdivididos
em dois compartimentos corta-fogo, tornando possível
a evacuação horizontal;
ATENÇÃO! Medidas de segurança importantes para
possibilitarem o combate ao fogo nesses
compartimentos: Cortes de energia e Cortes de gases
medicinais.
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Nas Instalações Eléctricas
Cortes de Energia
A legislação prevê de forma geral para todos os
edifícios:
i. A criação de Compartimentos Gerais CortaFogo, nos edifícios (por piso e/ou por áreas
máximas em cada piso).
ii.A dotação de cortes de energia para cada
Compartimento Geral Corta-Fogo.
Nota: sistema similar deverá ser aplicado para
corte de gases combustíveis e medicinais.
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Nas Instalações Eléctricas
Cortes de Emergência
A Legislação da área eléctrica prevê:
i.
Possibilidade de cortes por comando
eléctrico à distância.
Tipos de comando com técnicas de segurança
equivalentes:
Segurança Positiva
tensão).
Segurança Negativa
corrente).
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Nas Instalações Eléctricas
Cortes de Emergência - Segurança Positiva:
Utiliza dispositivos de comando por relé de falta de tensão.
Vantagem:
em caso de incêndio se o cabo de comando for
cortado dá-se o corte imediato de energia do sector.
Por isso, não necessita sinalização de confirmação.
Desvantagem:
Na exploração, pois após falta de energia da rede o
seu retorno não energiza os circuitos automaticamente
(ficam desligados até ligação manual por operador).
Exemplo onde
normalmente também
se utiliza actuação
eléctrica por segurança
positiva:
Sistemas de
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Nas Instalações Eléctricas
Cortes de Emergência - Segurança Negativa:
Utiliza dispositivos de comando por impulso de corrente.
Desvantagens:
Caso o cabo esteja cortado, os Bombeiros poderão não ter
possibilidades de actuar efectivamente o corte, pois o sinal
eléctrico não chega ao quadro. Mesmo com o cabo intacto
não saberão se efectivamente o corte actuou.
Por isso exige(através de fonte de emergência), que caracterize a posição
do dispositivo de corte e que permita comprovar o seu
funcionamento.
Vantagem:
Na exploração, porque após falta de energia o retorno da
mesma energiza novamente os circuitos (útil em câmaras
frigorificas, ou onde existam computadores, por exemplo).
ATENÇÃO:
Existem edifícios mais antigos com
Segurança Negativa SEM SINALIZAÇÃO!
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Teste dos cortes em obra
Deverá ser solicitado:
O corte individual a cada sector de fogo (definido pela
compartimentação geral do projecto SCIE, ou para os sectores
específicos).
Deverá ser verificado:
Se nesse sector não existem quaisquer instalações de energia sob
tensão (especial atenção aos equipamentos de AVAC).
Se foram cortados os gases combustíveis e/ou medicinais (ou faze-lo
manualmente).
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Nas Instalações Eléctricas
A Legislação SCIE prevê em geral:
Circuitos independentes para cada instalação
de Segurança.
Circuitos dimensionados para sobrecargas
(1,5x Corrente Nominal [A] ).
Canalizações eléctricas assegurando
integridade operacional das instalações de
segurança por escalões de tempo.
E especificamente para: Blocos operatórios,
de partos e cuidados intensivos.
Muito importante ter atenção ao sistema de
suporte dos cabos!
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Nas Instalações Eléctricas
A Legislação SCIE prevê para as UT-V (e para
locais de risco F):
Às cablagens eléctrica, de fibra óptica e
sinal são assim exigidas propriedades
resistentes ao fogo conforme normas
EN 13501-3 e EN 50200 (Anexo II do
RJ-SCIE).
Nestas normas os cabos têm testes de
classificação FE, conferindo-lhes
Classificação P ou PH para que sejam
asseguradas as integridades funcional
dos circuitos.
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Nas Instalações Eléctricas
Para garantir
correctamente a
Integridade dos
Sistemas com Circuitos,
em vez do teste (FE),
devia exigir-se a
utilização destes
produtos conforme
norma DIN 4102-12,
teste de Integridade do
Sistema (E), que melhor
representa a situação
real de fogo.
Notas:
A norma DIN, futuramente será substituída pela EN 1366-11.
Os cabos estão normalmente marcados com indicações do tipo E30 / FE180.
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Nos ascensores
Se destinados a garantir evacuação de pessoas em camas, com assistência médica:
Satisfazer as características para ascensores para bombeiros;
Protegidos por CCF em todos os pisos (exceção de átrios com acesso directo ao
exterior e sem ligação e outros espaços interiores distintos de escadas
protegidas);
Capacidade de carga não inferior a 1600 kg;
Dimensões mínimas de 1,3m x 2,4m;
Portas de patamar e cabina deslizantes (largura mínima 1,3m);
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No alarme
Os meios de difusão de alarme não podem ser reconhecíveis pelo público!
Exemplo: Sistemas sonoros diferentes de sirenes típicas (ding dong,
etc..), sistemas luminosos, sistemas com mensagens sonoras, audíveis
em qualquer ponto, com 10dB(A) acima de outro som existente por mais
de 30s.
Nestes locais da 2ª categoria de risco ou superior, deve existir um posto
de comunicação oral com o posto de segurança.
Atenção: cablagem terá de cumprir requisitos de segurança. Bastidor
e/ou Central telefónica devem ficar em local protegido pelo fogo.
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Na Autoprotecção
UT-IV da 2ª categoria de risco ou superior:
Plano de evacuação individual
(explicitando as
zonas seguras para onde devem ser evacuados os ocupantes)! (sectores
de fogo, ou outros)
Plano de emergência com medidas especiais para manter as condições
de segurança dos ocupantes de blocos operatórios, de partos e cuidados
intensivos. Abortar procedimentos médicos em curso, se possível.
Reforçar meios de 1ª intervenção, se for o caso. Cortar instalações
desnecessárias de gases e energia. Desobstruir acessos a bombeiros,
preparar evacuação posterior do local. Etc.
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Melhorar a coordenação de
projecto e garantir a
implementação efectiva em
obra de:
Isolamento dos sectores de
fogo (atravessamentos);
Adaptação dos cortes de
energia, gases combustíveis
e medicinais;
Garantir redundâncias dos
circuitos vitais, etc.
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Obrigado
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