Beta-talassemia major

Transcrição

Beta-talassemia major
Beta-talassemia major (Anemia de Cooley) e Beta-talassemia Intermédia: são doenças da
hemoglobina.
A Hemoglobina existe nos glóbulos vermelhos e serve para transportar Oxigénio e Dióxido de Carbono.
Neste tipo de Talassemia a hemoglobina é produzida em muito pouca quantidade. É uma doença grave.
O que causa a Doença e qual a sua frequência?
É uma doença genética associada a uma diminuição ou ausência de produção de cadeias β-globínicas, um
dos componentes da Hemoglobina (Hb). Resulta da diminuição ou da não expressão dos dois genes βglobínicos.
É uma doença frequente em pessoas originárias da Bacia do Mediterrâneo, Ásia Ocidental e não rara em
África. Esta situação deve-se ao facto destas áreas serem ou terem sido infectadas com malária e a βtalassémia conferir uma protecção relativa contra a doença.
Quais são os principais sintomas da Doença?
Doentes com β-talassémia major, também chamada anemia de Cooley, são saudáveis até cerca dos seis
meses idade, tornando-se então muito pálidos devido a uma anemia profunda. Sem tratamento, uma
criança cresce lentamente, apresenta deformações ósseas e tem uma sobrevida curta.
Doentes com β-talassémia intermédia têm uma forma moderada da doença.
Qual o tratamento indicado para a doença?
Na maioria dos casos, sem transfusão sanguínea um doente β-talassémia major morrerá no primeiro ano
de vida. A doença e as transfusões sanguíneas são também responsáveis por um excesso de ferro no
organismo, que deve ser "removido" utilizando "quelantes do ferro". A doença pode ser curada por um
transplante de medula óssea, contudo, há efeitos secundários e deve ser discutido com um Hematologista.
Estes doentes devem ser seguidos num Serviço de Hematologia com cuidados multidisciplinares.
Qual é o risco de transmitir a doença aos descendentes?
Um casal em que ambos são portadores de β-talassemia (β-talassemia minor) tem, em cada gestação, um
risco de 25% de ter uma criança afectada por uma doença grave (β-talassemia major ou β-talassemia
intermédia). Em cada gravidez a probabilidade da criança ser portadora saudável é de 50%, e a
probabilidade de que não seja portadora é de 25%. Deve, no entanto, procurar aconselhamento genético
para um esclarecimento mais pormenorizado.
Autor: Beatrice Gulbis e Patricia Aguilar Martínez
Tradutor: Leticia Ribeiro
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