A Gazeta 26 junho 2011
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Trilhos na Selva no coração da floresta A Gazeta - MT - MT - VIDA - 26/06/2011 Luiz Fernando Vieira / Da Redação Mesmo depois de um século, a história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré continua a ser contada. A obra faraônica em plena Amazônia se estendeu de 1907 a 1912, como forma de ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, em Rondônia. Sua construção era uma das exigências para que o país ficasse com o Acre, constante do Tratado de Petrópolis, assinado entre Brasil e Bolívia, em 1903. A ferrovia se tornou um triste capítulo da história brasileira por conta do alto número de mortes - o que lhe valeu apelidos como "ferrovia do diabo" e "ferrovia da morte". Agora, graças à descoberta casual de dois pesquisadores norte-americanos, Rose Maurine e Gary John Neeleman, uma nova luz é jogada sobre esses verdadeiros heróis. Esses relatos estão na obra Trilhos na Selva: O Dia a Dia dos Trabalhadores da Ferrovia Madeira-Mamoré (BEI Editora), que será lançada no dia 30 de junho, em São Paulo, e no dia 3 de julho, no pátio histórico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, Rondônia. Estudando a presença de ex-confederados no Brasil, Gary e Rose Neeleman tiveram acesso aos pertences de um imigrante norte-americano que trabalhou na obra. Entre eles havia fotos inéditas e exemplares do jornal The Porto Velho Marconigram, escrito e editado por funcionários americanos da ferrovia. Até então, o único material iconográfico disponível sobre o assunto era o conjunto de fotografias do nova-iorquino Dana Merrill, abrigadas no Museu Paulista da Universidade de São Paulo e em um álbum montado pelo próprio fotógrafo e preservado na Biblioteca de Nova York (EUA). As fotografias reunidas em Trilhos na Selva são, em sua grande maioria, de Merrill. Além de reproduções de imagens já conhecidas, há versões com pequenas variações delas e outras inéditas. O livro traz ainda reproduções das páginas do Marconigram e destaca poemas, alguns de surpreendente qualidade, publicados no periódico. A partir desse material, os autores traçam um painel comovente e profundamente humano da vida cotidiana de personagens que, lançados no coração da floresta, participaram de uma das mais dramáticas aventuras da história contemporânea. (Com assessoria)
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