entrevista vem comigo passatempo

Transcrição

entrevista vem comigo passatempo
ume
L
*5
Forluz
Revista da Fundação Forluminas de Seguridade Social
ano no
nono no onon
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Ciclo de vida financeira.
O que entender sobre
o tema nos ajuda?
páginas 16 a 19
$
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entrevista
vem comigo
passatempo
Confira o bate-papo com Flávio Castro,
presidente do Instituto Brasileiro de
Atuária, sobre estudo atuarial
Margareth Lemos, assistida da
Fundação, adora viajar e compartilha
seu hobby com os leitores
Temos um novo webgame
exclusivo. Corra para aprender,
se divertir e concorrer a brindes
Foto: arquivo pessoal
Flávio Castro
Foto: arquivo pessoal
Margareth com as filhas Amanda,
Marina e Ana no Rio de Janeiro
Foto: arquivo pessoal
mas há um preço a ser pago. Thiago Gonçalves, atuário Forluz, aborda a questão
Thiago Gonçalves
Lume
editorial
Participantes ativos e assistidos da Forluz que moram no interior de
Minas e em outros estados passaram a contar, a partir de outubro,
com o atendimento especializado por telefone. Os interessados em
fazer o agendamento devem ligar na Central de Atendimento, no
número 0800 0909090, para marcar dia e horário. A iniciativa
buscou facilitar o atendimento para esse público, que tem mais
dificuldade em se deslocar para o atendimento presencial na sede
da Fundação na capital.
O ano que termina não foi nada fácil. Mas deixa, com certeza, muito aprendizado: na economia,
nos negócios, na nossa vida pessoal. Para crescer o Brasil precisa investir em infraestrutura
e também em educação. Isso mesmo: foco pesado e contínuo em inteligência, em aprendizado,
em inovação. E, aí, meu amigo, ninguém nos segura. E essa também é a proposta da Lume. Por
isso, desejamos um novo ano de muito conhecimento e criatividade.
Veja as boas notícias desta edição: começamos pela entrevista, que traz o diretor de
Seguridade e Gestão da Forluz, José Ribeiro Pena Neto, que assume a presidência da Abrapp.
Nosso Vem Comigo é com a assistida Margareth Lemos, que adora viajar, e vai compartilhar
com os leitores algumas de suas experiências. E no Previdência em Foco vamos lhe contar um
pouco sobre a história da previdência no Brasil.
Forluz Ativa
O Forluz Ativa, novo programa de gestão estratégica da Forluz,
aconteceu em novembro, com a participação de cerca de 80
empregados. A ideia do programa, que teve o formato renovado, foi
explorar novos caminhos em busca de uma gestão mais moderna e
eficiente, começando por valorizar o quadro humano. A iniciativa
contou com palestras, dinâmica integrativa, monólogo e
confraternização, tudo em busca de maior interação entre as áreas
e pessoas e melhores resultados para a Fundação.
Fim do recadastramento
Você sabe o que é ciclo de vida financeira? Pois a seção Finanças em Dia aborda exatamente
este assunto. No Boas Ideias, o papo é combate ao desperdício de alimentos. Já na matéria
Especial nos debruçamos sobre o papel dos órgãos estatutários da Fundação. E o artigo, o que
traz? Nele o atuário da Forluz, Thiago Gonçalves, enfoca o viver mais. É o que está
acontecendo conosco, mas isso tem um preço, sabia?
E tem mais: quadrinhos e o Passatempo. Este com novidade: sai do forno outro webgame
exclusivo para você aprender e se divertir.
Boa leitura, bom divertimento!
Victor Correia
Editor Geral
expediente
Fundação Forluminas de Seguridade Social - Forluz // A Revista Lume é uma publicação eletrônica semestral, editada pela Assessoria de Comunicação // Editor
Geral: Victor Aluísio Silva (MTb MG03519JP) // Edição de Texto: Viviane Primo, Cinara Ribeiro e Pedro Fonseca (estagiário) // Projeto gráfico e diagramação:
Link Comunicação Empresarial (www.linkcomunicacao.com.br) - João Clemente // Imagens: Fotolia // Ilustração/Quadrinhos: Giselle Vargas // Redação: av. do
Contorno, 6500 - Lourdes - Belo Horizonte - MG // CEP 30.110-044 // Telefone: (31)3215-6701 // E-mail: [email protected] //Portal: www.forluz.org.br
As matérias publicadas nesta revista têm caráter exclusivamente informativo, não gerando qualquer espécie de direito ou obrigação por parte da Forluz. // Os
textos assinados não correspondem necessariamente a opinião da Lume ou da direção da Entidade.
Lume
Nova marca
A Forluz ganhou, em novembro, uma nova marca gráfica.
Segurança, confiabilidade, perenidade e transparência foram
alguns dos conceitos trabalhados para a sua criação. Outros
atributos encomendados para a nova marca foram elegância,
humanização e manutenção da cor laranja. A sintonia com seus
associados, foi pensada sob a ideia de círculos, trazendo
dinamismo e movimento. Clique aqui e assista a vinheta de
criação da nova marca, mais moderna e arrojada.
Com educação, vamos mais longe!
04
giro Forluz
Atendimento ao interior
Forluz na Abrapp
Em decisão tomada em dezembro, assistidos e pensionistas não
precisarão mais fazer o recadastramento anual, a partir de janeiro de
2014. A medida tinha como finalidade fazer a “atestação de vida” por
parte do participante. O recadastramento, que era feito em parceria
com o banco conveniado, será substituído por dados adquiridos junto
à Dataprev, órgão da previdência federal, que possibilita que óbitos
de assistidos sejam informados diretamente à Fundação.
O diretor de Seguridade e Gestão da Forluz e então vice-presidente
da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar – Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, foi eleito diretor
presidente da entidade. Ribeiro foi candidato pela chapa Unidade,
para o triênio 2014-2016. A votação aconteceu nos dias 19 e 20 de
dezembro. A Abrapp congrega hoje 324 fundos de pensão do país,
que somam um patrimônio de cerca de R$ 650 bilhões.
Para mais informações sobre a Fundação, acompanhe seus
diversos veículos de comunicação ou acesse a seção de
notícias do portal:
www.forluz.org.br
Lume
05
entrevista
Lume - Quais as responsabilidades trazidas pelas novas normas?
O imprescindível papel da
atuária num fundo de pensão
O presidente do Instituto Brasileiro de Atuária - IBA, Flávio Castro,
expõe os desafios desse estudo e dos profissionais dedicados a ele
Foto: arquivo pessoal
Lume - Quais as responsabilidades do atuário em um fundo de pensão
e como essa atividade impacta a vida das pessoas?
FC - O atuário é responsável pela assessoria atuarial do plano de um
fundo de pensão. Essa avaliação consiste em projeções futuras,
considerando a massa atual e futura dos participantes ativos,
assistidos e beneficiários. No seu cálculo, utiliza premissas
biométricas, demográficas, financeiras, econômicas que são
definidas especificamente para cada plano. O cálculo é feito para que
o plano tenha os recursos suficientes para o pagamento dos
benefícios na forma contratada.
sucecsasroreira
Lume - O que mudou no mercado atuarial com as recentes
alterações normativas?
Flávio Castro
Presidente do Instituto Brasileiro de Atuária - IBA
emprego
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06
Lume
vida
carreira
cv
vida
emprego
FC - Após a implementação da CNPC 09/12 e IN 07/13, muita coisa mudou
no mercado atuarial. Com a implementação da resolução do Conselho
Nacional de Previdência Complementar - CNPC 09/12, o paradigma da
taxa máxima real de juros admitida nas projeções atuariais, que sempre
foi de 6%, caiu. Com isso, a taxa máxima permitida para projeção
diminuirá de forma escalonada até 2018, quando deverá chegar a 4,5%.
A consequência para os planos de previdência será um aumento nos
compromissos, pois não poderá mais contar com rendimentos
financeiros mais robustos. Além disso, a resolução ressaltou a
necessidade de estudos específicos que comprovem a aderência das
tábuas biométricas, bem como a taxa de juros aplicada na projeção dos
cálculos com objetivo de sempre ser a mais fidedigna possível à
realidade do plano. Já a IN 07/13 chegou com o objetivo de parametrizar
os estudos técnicos realizados pelos atuários.
FC - Com as novas normas, entrou no radar dos fundos de pensão a
possibilidade de menor retorno nos investimentos. A análise
minuciosa do ativo garantidor do plano de benefícios se tornou mais
que necessária. Bem como o estudo das possibilidades de evolução
da taxa de desconto utilizada nos cálculos. Também explicitou a
necessidade de realização de estudos de aderência para comprovar
que as hipóteses atuariais utilizadas estão adequadas à massa de
participantes. A novidade é que ficou para o atuário de uma entidade
a incumbência de ser o único profissional responsável pelos
estudos de aderência. Nesse caso, o Instituto Brasileiro de Atuários
- IBA entende que, embora o atuário seja responsável pela
elaboração dos estudos, ele pode compartilhar a responsabilidade e
se apoiar em profissionais especializados, quando necessário.
Lume - Quais os desafios da longevidade nos planos previdenciários?
Onde e como o atuário pode contribuir neste sentido?
FC - Todo brasileiro fica feliz ao saber que a população vive mais
tempo. Mas a consequência de uma vida longa é a necessidade de
maior poupança para custear o período de recebimento de
benefícios. Muitos se aproximam da época de descansar, viajar,
aproveitar o tempo com os netos, mas precisarão adiar esse
momento para acumular mais recursos. Os mais jovens precisam
ser alertados. O cenário mudou. É preciso se adaptar, contribuindo
um pouco mais para a aposentadoria e o atuário tem papel
fundamental na disseminação dessa cultura previdenciária. Para
planos de benefício estruturados na modalidade de Contribuição
Definida (CD), o atuário deve mostrar a importância de que todos os
participantes contribuam para o plano, de preferência, sinalizando
com uma contribuição extra, de acordo com a necessidade de cada
um. Outro papel do atuário é acompanhar a evolução da situação
dos participantes e alertar ao fundo de pensão aqueles que
certamente ficarão aquém do projetado. O atuário possui
capacidade técnica para fazer um plano de contribuição definida ser
diferente de uma simples poupança. Para os planos concebidos na
modalidade de Benefício Definido (BD), o atuário deve utilizar na
avaliação atuarial premissas condizentes com o planejado para o
futuro da entidade, bem como auxiliar a melhorar a qualidade do
banco de dados, pois o resultado obtido é reflexo direto disso.
Lume - Quais os desafios diante da perspectiva de queda na taxa de
juros daqui em diante?
FC - O desafio econômico é complexo. O cenário econômico mudou
bastante. Antigamente, os fundos de pensão tinham o conforto de
ter na renda fixa um porto seguro, com taxas de retorno superiores
as metas atuariais. Há alguns anos, os juros no Brasil começaram a
cair, nesse momento já estamos vendo um repique. Pode ser
Os mais jovens precisam
ser alertados. O cenário
mudou. É preciso se adaptar,
contribuindo um pouco mais
para a aposentadoria e o
atuário tem papel
fundamental na disseminação
dessa cultura previdenciária
passageiro ou não. Com o cenário econômico mundial mudado, o
Brasil pode ser impactado e a taxa de juros também poderá mudar de
patamar. Mas isso se a expectativa dos especialistas quanto aos
juros se concretizar. Nosso país está carente em investimentos em
infraestrutura, tornando-se uma ótima opção para os fundos de
pensão combinar retorno de investimento mais atraente com prazo
alongado. O atuário tem a missão de explicar como a taxa de juros
impacta a solvência dos planos de benefícios, pois é uma das
premissas utilizadas na avaliação atuarial que mais impacta nos
resultados do estudo.
Lume - Existem novos produtos a serem lançados? Como os atuários
vêm trabalhando para o crescimento do sistema?
FC - Para fomentar o sistema, novos produtos seriam bem-vindos,
principalmente alguma novidade na questão tributária. Existem
alguns projetos em discussão no governo. A instituição de tributação
semelhante a aplicável ao VGBL, oferecido pelas entidades abertas,
será de grande incentivo para adesão de profissionais liberais,
aqueles que fazem declaração de IR simplificada ou até mesmo para
os participantes que já estejam contribuindo com 12% de sua
remuneração bruta. Também está na pauta a possibilidade da
inscrição automática de novo funcionário no plano de previdência,
permitindo ao participante se desligar do plano levando todo o
dinheiro investido. Observando o prazo, é claro. Os atuários de hoje
devem ainda trabalhar com o objetivo de levar a informação
previdenciária à sociedade. Devem mostrar os benefícios que a
previdência privada fechada oferece e auxiliar na criação de novos
planos de previdência.
entrevista
Lume
07
vem comigo
raios x
Conheça a quantidade de participantes da Fundação em cada uma das patrocinadoras.
Hoje são mais de 22 mil pessoas no 8º maior fundo de pensão do país e você faz parte desta história.
Quantidade de Participantes - Detalhado
5 196
65 15
188 18
2.252
2.170
Cemig
1
5.909
Cemig Distribuição
6
1
13
Rosal Energia
1
122
338
Taesa
Cemig Saúde
2
Sá Carvalho
2
Legenda:
Lume
68
Forluz
Autopatrocinados
Pensionistas
Desde a aposentadoria, em 2010, Margareth traçou como meta
realizar pelo menos duas viagens por ano e se tornar voluntária em
um grupo que difunde o folclore brasileiro no Brasil e no exterior. Ela
conta que a filha caçula, Amanda, entrou para a equipe de dançarinos
voluntários do grupo folclórico Aruanda em 2008. Para Margareth, a
paixão da filha pelo trabalho
desenvolvido na entidade e a
seriedade da instituição,
despertaram nela o interesse
em participar do grupo. “Nossa
cultura corre o risco de cair no
esquecimento. Queremos
mantê-la viva!”, explica.
Margareth Lemos
O trabalho de Margareth no grupo folclórico é cuidar de um dos
maiores e mais belos guarda-roupas do país, destinado a uma
entidade cultural. São mais de 5 mil toneladas de figurino e adereços.
Ela separa as roupas, costura e prega botões quando necessário,
passa, organiza e ajuda na produção dos shows. “Toda terça-feira
vou ao Aruanda auxiliar na organização das roupas e utensílios e
quando tem espetáculos marcados vou mais vezes durante a
semana”, conta.
9
32
08
Viajar, conhecer lugares exóticos, pessoas, culinária e, ainda,
preservar as riquezas culturais do país são as atividades que mais
alegram a vida da participante assistida da Forluz, Margareth
Martins Paulo Soares. Ela trabalhou na Cemig e na Forluz, foi
coordenadora da Central de Regulação e de Guias.
Foto: arquivo pessoal
95
Cemig Telecom
2 1
1.625
Cemig Geração/Transmissão
1
146
Gasmig
Valorizar as raízes culturais, preservar as origens brasileiras e viajar são as grandes
paixões da participante assistida Margareth Soares. Para ela, a herança cultural
deve ser passada de geração em geração
714
8.000
Abraçar o novo e
reverenciar o passado
Sobre o Aruanda
Assistidos
Ativos
Aruanda significa terra de luz, de paz e mansão dos bem-aventurados.
Fundado em 1960 pelo ex-participante Forluz, Paulo César Valle, o grupo
foi criado como forma de valorizar e transpor a cultura para a juventude.
07
Lume
09
O acervo possui mais de 100 danças de todas as regiões, mais de 5
mil toneladas de figurino e adereços e mais de 3 mil espetáculos
realizados no Brasil e exterior.
O Aruanda acredita que um cidadão completo é aquele que não só
cumpre seus deveres, mas aquele que reconhece suas raízes, preserva
suas origens e passa esses conhecimentos à frente.
Mestiço, multicultural e grande
Viajar, viajar e viajar, sempre
Margareth já esteve em várias cidades mineiras e diversos
estados, principalmente no Nordeste brasileiro. Também esteve nos
Estados Unidos/Nova Iorque, Argentina, Chile, Cuba, Panamá,
República Dominicana/Punta Cana, Portugal, Espanha, França e
Polônia. “Não posso dizer que já conheci esses lugares, mas foi
possível ter uma noção sobre a cultura, a arquitetura, os costumes,
etc”. Apenas com o Aruanda foram cerca de 15 viagens, no interior
de Minas e no exterior.
Durante 22 dias, ela esteve num festival folclórico na Polônia com
cerca de 25 pessoas, entre dançarinos, músicos e auxiliares. Grupos
culturais da Romênia, Rússia,
Polônia, Itália, Holanda e México
também apresentaram na turnê,
que percorreu pequenas cidades
da Polônia. “É um país
culturalmente rico. Vale a pena
conhecer. Apesar das cicatrizes
de um passado marcado pela
Margareth Lemos
Segunda Guerra, A Polônia é linda e está empenhada em crescer.
Especialmente sob o ponto de vista turístico. Fomos muito bem
recebidos”, conta.
Quer saber mais sobre a Polônia?
Além do trabalho, a diversão. “É claro que aproveitamos também
para passear e conhecer um pouco do país. Fomos a Varsóvia por
três dias. Ficamos em um hostel, andamos pela cidade, fizemos
bastante compras, já que a moeda é mais desvalorizada que o real e
fomos conhecer uma parte da cidade que foi reconstruída no pósguerra”, explica.
Na terra de Chopin você pode testemunhar a história na Cidade
Velha de Varsóvia, totalmente destruída por Hitler - com plena
conivência de Stálin, um dramático desfecho do Levante, retratado
no premiado filme O Pianista, de Roman Polanski. Reconstruída
nos mínimos detalhes, hoje o centro da capital é patrimônio da
humanidade, bem como Cracóvia, com sua grande praça, inúmeras
igrejas e o poderoso castelo Wawel. Auschwitztambém é um bom
destino para refletir um pouco sobre os horrores da guerra. E ao
sul, junto à fronteira com a Eslováquia, erguem-se as
montanhas Tatras e as belas paisagens naturais,
fáceis de explorar a partir da cidade
movimentada Zakopane.
Foto: arquivo pessoal
Esse é o retrato do país. São descendentes indígenas portugueses,
escravos africanos e diversos grupos de imigrantes que formaram a
base cultural do país. “A cultura brasileira é uma das mais ricas e
admiradas no mundo, mas para mantê-la viva é preciso muita
dedicação. Com tanta diversidade, a riqueza cultural precisa e deve
ser preservada”, explica Margareth. O folclore
é a cultura popular passada de gerações em
gerações. É o conjunto de crenças, festas,
mitos, lendas, superstições, artes e costumes.
“Viajar pra mim significa estudar história, pesquisar o passado,
mas, ao mesmo tempo, constatar o presente e vislumbrar o futuro.
Relacionar com pessoas de diferentes culturas, comer comidas
diferentes, apreciar novas paisagens. Tudo isso faz bem ao físico e
torna mais leve a alma”, esclarece Margareth.
Foto: arquivo pessoal
O grupo leva o folclore brasileiro há mais de bilhões de pessoas.
Além da atuação na área cultural, contribui para elevar a autoestima
para a inserção social de crianças e adolescentes em situação de
risco, ou para mulheres e idosos abandonados ou vítimas de
violência familiar. A entidade não tem fins lucrativos e é composta
por 60 voluntários, entre dançarinos, músicos e cantores populares.
Margareth Lemos
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Lume
vem comigo
Lume
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para viver melhor
previdência em foco
Taesaprev, poupança
previdenciária inteligente
Criado em 2012, ele é o mais novo plano administrado pela Fundação
e exclusivo dos empregados da Taesa, empresa do Grupo Cemig
A
Poupança recheada
A poupança previdenciária pode ficar recheada se você contribuir
mais. Para isso, o participante pode fazer contribuições eventuais
ou aportes, de acordo com regras estabelecidas no regulamento.
poupança previdenciária foi criada para garantir a manutenção do
padrão de vida do trabalhador no momento em que ele não pode ou
não deseja mais trabalhar. Sem dúvida, é uma forma inteligente de
poupar dinheiro. Mas é importante acompanhar o plano, participar
das decisões e conhecer a entidade que administra seus recursos.
Afinal, é o seu futuro que está em jogo.
Se você é empregado da Transmissora Aliança de Energia Elétrica
S.A. - Taesa e aderiu ao plano de previdência complementar da
Forluz, seu plano é o Taesaprev. Ele possui atualmente 341
participantes e foi estruturado especificamente para os
empregados da Transmissora. Nesse plano, você e a empresa
depositam mensalmente um valor na conta individual, cujo saldo é
aplicado em investimentos. Quando o participante requerer o
benefício, no fim da vida laborativa, o valor da prestação mensal
será calculado com base no saldo acumulado.
Se você mudar de emprego é possível resgatar o que foi depositado,
transferir para outro fundo ou continuar no plano. No Taesaprev, você
tem direito ao saldo total correspondente às contribuições, mais
uma parte do que a empresa contribuiu, que depende do tempo de
vínculo ao plano.
12
Lume
O plano Taesaprev permite ao participante escolher diferentes
valores de contribuição, com percentual variando entre 50 e 100%
da contribuição básica. A patrocinadora contribuirá com o mesmo
valor do participante até o limite de 100% da contribuição básica.
Tanto a contribuição do participante quanto a da patrocinadora vai
para a conta de aposentadoria. Se você optar por contribuir com
percentuais acima de 100%, a Taesa não contribuirá sobre a
parcela excedente. E caso sua opção seja contribuir com menos de
100%, a patrocinadora também reduzirá o valor da contribuição
que ela faz em seu nome.
Veja os exemplos:
Se você ganha R$ 4.000,00, sua contribuição para a Taesaprev será a seguinte:
1
2
Optando pela contribuição mensal obrigatória padrão ( 100%)
Valor mensal de sua contribuição destinado à sua conta de aposentadoria : R$ 129,31
Valor mensal depositado pela patrocinadora em sua conta de aposentadoria : R$ 129,31
Optando por pagar, além da contribuição obrigatória, uma contribuição
mensal facultativa de 25%
Valor mensal de sua contribuição Forluz : R$ 129,31+ R$ 32,33 = R$ 161,64
Valor mensal depositado pela patrocinadora em sua conta de aposentadoria : R$ 129,31
previdência em foco
Lume
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Qual é o seu perfil?
Aposentadoria com tranquilidade
Para fazer render o dinheiro depositado nas contas de aposentadoria, a equipe de profissionais da Forluz investe esses recursos em diferentes
carteiras de investimentos. Para isso, o participante escolhe qual será o seu perfil de investimento. Hoje, são oferecidos quatro perfis:
agressivo, moderado, conservador ou ultraconservador.
Quando o tão merecido momento da aposentadoria chegar, o participante
deve cumprir os critérios exigidos no plano. Ele deve se desligar da
Taesa, ter pelo menos 8 anos de vínculo com a Forluz e 30 anos de
contribuição à Previdência Social se mulher, e 35 anos se homem.
Como o dinheiro é aplicado em cada perfil
Composição das carteiras de investimentos do plano Taesaprev
Segmento de renda fixa,
operações com participantes e empréstimos
Ultraconservador
Segmento de renda
variável e estruturados
100%
Títulos de renda fixa públicos e
privados (pré e pós fixados) e empréstimos
Conservador
De 90 a 95%
Títulos de renda fixa públicos e
privados (pré e pós fixados) e empréstimos
Moderado
De 75 a 90%
Títulos de renda fixa públicos e
privados (pré e pós fixados) e empréstimos
Agressivo
De 50 a 75%
Títulos de renda fixa públicos e
privados (pré e pós fixados) e empréstimos
0%
Fundos de Ações
De 5 a 10%
Fundos de Ações
De 10 a 25 %
Fundos de Ações
De 25 a 50%
Fundos de Ações
* Pode haver variação nos limites e percentuais acima definidos, face à valorização ou desvalorização dos ativos em decorrência de
variações no mercado financeiro e conjuntura econômica.
O perfil pode ser alterado a cada 12 meses. Para acompanhar os
resultados, o participante pode verificar a rentabilidade no Jornal
Forluz, enviado bimestralmente, ou no portal.
Há pessoas que suportam melhor oscilações na rentabilidade dos
investimentos e, até mesmo, perdas em determinados momentos,
confiando que, no longo prazo, os resultados serão compensadores.
Outras, ao contrário, perdem noites de sono ao menor sinal negativo.
Para o gerente de Gestão de Portfólio da Forluz, Sandro Garcia,
não é porque a bolsa cai ou sobe, no curto prazo, que o
participante deve mudar de perfil. As oscilações podem fazer
com que a rentabilidade seja negativa em determinado período,
14
Lume
o que não impede de alcançar um bom resultado no final.
Segundo Garcia, o ideal é avaliar o comportamento da rentabilidade a
médio e longo prazos. “Quem não suporta oscilações de renda
variável no mês a mês, talvez fique mais confortável nos perfis com
menor exposição a riscos”.
“Ter um plano de previdência complementar como o Taesaprev é um
privilégio”, explica o gerente da área de Previdência, Atuária e
Atendimento da Forluz, Wilson Geraldo Silva. Ele garante que aderir ao
plano é uma forma inteligente de poupar, porque existe a contribuição
do empregado e também da empresa na conta previdenciária.
“Quanto mais cedo a pessoa começa a contribuir, melhor, pois o
tempo de contribuição é um determinante no acúmulo dos recursos”.
Aderir ao plano de
previdência privada é uma
forma inteligente de
poupar porque existe a
contribuição da patrocinadora
na conta do participante.
Quanto mais cedo começa
melhor, pois o tempo de
Também é interessante aderir ao plano o quanto antes, em razão do
efeito dessa rentabilidade. “O verdadeiro fermento que ajuda a
formar a poupança previdenciária são os juros”, esclarece o diretor
de Seguridade e Gestão da Forluz, José Ribeiro Pena Neto,
Em casos de imprevistos
O teto de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS
nem sempre possibilita manter o padrão de vida conquistado em
anos de trabalho. O valor desse benefício é geralmente menor que o
salário da ativa, principalmente para quem ganha acima do teto da
Previdência, que atualmente é de R$ 4.396,06.
Fatos imprevisíveis podem ocorrer durante o vínculo empregatício.
Neste caso, o plano Taesaprev oferece algumas opções. Se o
participante se desligar da empresa e não tiver cumprido os requisitos
exigidos para se aposentar na Forluz, é possível optar por uma das
quatro opções denominadas “institutos”, conforme abaixo:
A Forluz oferece uma renda complementar denominada Renda
Mensal Programada – RMP. Nesse tipo plano, o participante tem a
liberdade de escolher o valor de sua renda, definido pelo número de
cotas escolhido por ele mesmo. Nessa modalidade, não há reajuste
nem 13º, sendo imprescindível que o participante acompanhe a
evolução do seu saldo e a rentabilidade auferida.
Veja as modalidades abaixo:
Renda Mensal Programada (RMP)
é o benefício pago pelo Plano ao participante que tenha pelo
menos oito anos de vínculo com o Plano, 55 anos de idade e se
desligue da patrocinadora.
Resgate
saque de 100% das contribuições feitas pelo participante
devidamente acrescidas da rentabilidade auferida e uma parcela
da conta patronal, conforme tempo de filiação ao plano
Portabilidade
transferência para outro plano previdenciário de 100% das
contribuições vertidas pelo participante devidamente acrescidas
da rentabilidade auferida e uma parcela da conta patronal
Autopatrocínio
manutenção no plano através do compromisso mensal de
verter as contribuições individual e patronal que eram realizadas
mensalmente enquanto ativo
Pecúlio por Invalidez (PPI)
BPD (Benefício Proporcional Diferido)
é o benefício concedido em parcela única pelo Plano ao
participante que se aposenta por invalidez.
manutenção no plano, sem realização de contribuições mensais
obrigatórias, é devida a contribuição destinada à cobertura das
despesas de natureza administrativa. O saldo de conta continua
tendo a rentabilidade de acordo com o perfil de investimento
escolhido pelo participante
Para acessar a cartilha sobre Perfil de Investimento clique aqui.
Para alterar o perfil, Clique aqui.
Pecúlio por Morte (PPM)
Você também pode consultar o extrato individual de conta de
aposentadoria, o simulador de benefícios e alterar o percentual de
contribuição. Acesse o portal Forluz: www.forluz.org.br
é o benefício pago pelo Plano ao(s) beneficiário(s)
indicado(s) pelo participante que falece.
Para mais detalhes sobre o plano Taesaprev clique aqui
previdência em foco
Lume
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para viver melhor
finanças em dia
Como saber sobre ciclo
de vida pode auxilia-lo
Tal como a vida biológica, a vida financeira também tem seu ciclo e
exige escolhas adequadas de quem almeja uma aposentadoria tranquila
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Lume
B
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As etapas da vida
astante utilizado nos Estados Unidos e Europa e inclusive associado
a planos e produtos previdenciários, o modelo de ciclo de vida
financeiro foi proposto pelo economista italiano Franco Modigliani,
ganhador de Prêmio Nobel. Na perspectiva da educação financeira,
o modelo é visto como importante ferramenta que o investidor pode
contar para balizar seus níveis de poupança e apetite ao risco e
garantir um projeto financeiro de longo prazo.
O gráfico do estudo de ciclo de vida enxerga o trabalhador ativo a
partir dos 20 anos em diante. Antes desse momento, é o período no
qual se vive o aprendizado informal e também formal, através dos
estudos. Nessa etapa, as necessidades financeiras são
integralmente cobertas pelos pais. Vale lembrar que essa faixa
etária pode sofrer variações de um país para outro. No Brasil, é
comum os jovens começarem a trabalhar pouco antes dos 20 anos.
O estudo de Modigliani, hoje adaptado por outros economistas,
demonstra que o trabalhador ativo normalmente aplica seus
recursos de forma mais agressiva no começo da sua vida
produtiva e de maneira mais conservadora no final deste ciclo,
possibilitando um equilíbrio nas fases de vida do investidor.
A primeira fase do gráfico, dos 20 aos 50 anos, é a mais propícia
para a pessoa acumular riqueza ou formar patrimônio. Nessa
fase, o trabalhador coloca em prática seus conhecimentos
teóricos e práticos. É uma etapa que exige decisões
importantes. A primeira delas, saber qual o objetivo de vida
desejado, de acordo com as condições financeiras do momento e
as perspectivas de crescimento no mercado de trabalho. É nessa
fase que o trabalhador constitui família, faz investimentos e
pode arriscar mais.
Segundo o estrategista de investimento pessoais do Santander,
Aquiles Mosca, “o momento em que o investidor se encontra no ciclo
de vida (jovem, meia idade ou próximo da aposentadoria) é um dos
fatores que deve ser levado em conta na hora de decidir como alocar
os recursos investidos”. Mas não somente isso, acrescenta: “junto é
preciso vir uma análise criteriosa de objetivos e tolerância ao risco”.
$
$
“Via de regra, uma pessoa jovem, digamos de 25 anos, que
pretende aposentar-se aos 65 anos, tem um horizonte de aplicação
$
de 40 anos até precisar utilizar os recurso que está investindo para
sua aposentadoria. Esse horizonte largo de investimentos favorece
uma maior exposição em aplicações de risco, que exigem tempo
para materializar sua alta, geralmente com retornos bem acima das
aplicações conservadoras, e acomodar as flutuações inerentes a
tais aplicações”, esclarece Aquiles Mosca.
Assumir riscos não é uma decisão simples. É necessário ter
conhecimento e disposição para saber onde aplicar o dinheiro para
que ele tenha os rendimentos esperados a médio e longo prazo.
Nesse período, principalmente na sua primeira metade, a pessoa
ainda conta com o tempo a seu favor. Aqui os erros apesar de não
desejados, são aceitáveis. Assim, é permitido recomeçar do zero
caso algo de errado aconteça. O mais interessante, ao começar uma
carreira, é estabelecer três vertentes de acúmulo de riqueza, sem
esquecer as contas mensais. Veja o esquema na página 19.
finanças em dia
Lume
17
Ciclo de Vida Financeira
Chega a hora de ser mais conservador
Na segunda fase do ciclo de vida, dos 50 aos 65 anos, é essencial
que o investidor tenha uma atitude mais conservadora. Segundo o
estrategista do Santander, “um investidor com 60 anos está
apenas a cinco anos de sua aposentadoria. Estar tão avançado em
seu ciclo de vida sugere que tal investidor deve privilegiar a
previsibilidade e a preservação daquilo que conseguiu poupar até
o momento, à despeito de ter um perfil moderado ou arriscado.
Nesse instante da vida, tão próximo de utilizar os recursos
poupados, ele não pode se dar ao luxo de ter flutuações ou perdas
de patrimônio, uma vez que que o tempo para recuperá-los antes
de usá-los é curto demais”.
Não arriscar não significa parar no tempo, afinal até o fim da vida é
essencial saber lidar com as finanças. Dessa forma, cursos de
educação financeira são extremamente indicados para pessoas na
meia idade, até mesmo para saberem como lidar com a queda de
renda que normalmente ocorre com a chegada da aposentadoria. A
renda será tanto menor quanto o trabalhador não tiver se preocupado
durante a juventude em conquistar sua liberdade financeira.
Por último, chega o momento em que o trabalhador recebe a tão
sonhada aposentadoria. Essa fase não combina com planos
arriscados. É ainda uma fase de grandes gastos e que o
trabalhador tem que desfrutar de seus investimentos - INSS e
previdência complementar. O ideal aqui é possuir imóveis para
alugar. Investimentos em cadernetas de poupança também podem
ser boas alternativas.
Meia-idade
Juventude
Anos para acumular riqueza
Atitude conservadora
Aproveitar
Não gastar tudo o que ganha, mais do que ganha e antes mesmo de
ganhar são princípios fundamentais que se aliam com o
planejamento feito através do modelo de Ciclo de Vida Financeiro.
É sempre bom lembrar que o trabalhador não se aposenta da vida e
sim do mercado de trabalho, por isso a importância do
planejamento. E como ferramenta de planejamento, o ciclo de vida
financeira é de grande utilidade.
Fazer seguros
Construir sua família
Assumir riscos
Poupar e investir
Qual é o seu objetivo?
50 anos
20 anos
Que destino você quer após se aposentar?
EUA
Ciclo de Vida Financeira do Brasileiro
Brasil
1400
1200
1000
800
600
400
200
0
53% das famílias americanas são consideradas “em risco”
de não conseguirem manter o mesmo padrão de vida
da ativa ao se aposentarem.
Fonte: 1) EUA 2012 - National Retirement Risk Index (NRRI); 2) Brasil - MPAS
65 anos
Renda de todas as fontes
Renda do trabalho
em R$
1% (apenas) dos aposentados pela previdência social no país
consegue se manter sem ajuda de parentes ou caridade.
Aposentadoria
Renda não oriunda do trabalho
20
30
40
50
60
70
80 +80
Idade
Fonte: Livro Investimentos, do economista Mauro Halfeld
18
Lume
finanças em dia
Lume
19
boas ideias
O lixo que mata a fome
Metade dos alimentos produzidos no mundo é jogada fora.
Mas inúmeras iniciativas, no Brasil e mundo, buscam mudar esse quadro
humanos, certamente não teríamos essa grande diversidade de
pessoas. E isso nos garante o sucesso e a resiliência de nossa
espécie”, explica.
“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Foi o
que disse o cientista Lavoisier, no século XVIII, ao anunciar o princípio da
conservação da matéria. De fato, nada deveria se perder, mas muita
coisa é descartada incorretamente, principalmente comida, algo
absolutamente incoerente, tendo em vista que milhões de indivíduos
passam fome no planeta. A boa nova é que pessoas, empresas e
instituições já se organizam para combater essa distorção.
O número de famintos no mundo nos últimos 10 anos passa de um bilhão.
Para contornar o problema, instituições fazem uma ponte entre onde há
sobra e onde há falta de alimento. Voluntários se organizam para ir a
supermercados, hotéis e padarias para recolher os alimentos que não
têm valor comercial, mas ainda estão adequados para o consumo.
Apenas a Global FoodBanking Network, que apoia bancos de alimentos
em todo o mundo, atua em seis continentes. Em 2013, a entidade
distribuiu 418 bilhões de quilos de comida.
Há mais de 10 anos, o Mesa Brasil, programa do Serviço Social do
Comércio - Sesc, realiza um trabalho similar por aqui. São doados 3,3
milhões de quilos de alimentos por ano. Em Minas, 56 empresas são
parceiras, 224 instituições sociais assistidas e 237 voluntários atuam
na coleta, separação e distribuição.
Outra iniciativa solidária é a ONG paulista Banco de Alimentos, em
parceria com empresa Ticket Refeições. Qualquer pessoa pode
ajudar. Basta curtir a página no Facebook. Para cada curtida, a
Ticket se compromete a doar R$1,00. O dinheiro doado é revertido
em trabalho de coleta e distribuição de alimentos para 22 mil
pessoas em 51 instituições.
Foto: arquivo pessoal
Bonito que faz feio
20
Lume
Parte do que está exposto nas prateleiras dos mercados vai parar no
lixo, por uma simples razão: a aparência não agrada. O professor
carioca Flávio Barreto, bacharel em genética e ciências biológicas,
acredita que o problema está na
cultura de valorizar o que é bonito
aos olhos. “Produtos amassados,
pequenos, de aparência incomum
ou até parcialmente danificados
nem sempre estão deteriorados,
contaminados, estragados ou
impróprios para o consumo. Se
Flávio Barreto
essa cultura de selecionar apenas os
belos e perfeitos, por analogia, também valesse para os seres
Jeffrey Klein, presidente da rede FoodBanking, afirma que
se o desperdício mundial não acabar, não haverá comida
para todos. “Em 2050, o mundo terá 9 bilhões de
pessoas. Basta olhar para as mudanças climáticas,
para a quantidade de água e a ocupação do solo. Não
temos muito espaço livre mais.”
Para o ambientalista Genebaldo Freire, a solução é
agredir menos o meio ambiente. “Quando
aproveitamos ao máximo os alimentos, a natureza
deixa de fazer tudo novamente, então geramos um
impacto menor. O alimento descartado emitirá
gases que aumentarão o efeito estufa. Isso complica as
mudanças climáticas”, esclarece.
Brasil: lixo “bem dotado”
Toneladas de alimentos vão parar no lixo todos os dias. No
Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo,
esses números impressionam. Um comportamento que custa
caro para quem produz, para quem compra e para o meio
ambiente. O desperdício de alimentos em solo brasileiro causa
um prejuízo de cerca de 2,2 bilhões de dólares por ano. Daria para
alimentar, por mês, toda a população faminta da América Latina.
Das feiras, para o lixo
22% da laranja
40% do morango
30% de melancia
25% de abacaxi
26% de abacate
21% de mamão
35% de repolho
30% de alho
40% de tomate
50% de couve-flor
20% de cenoura
40% de pimentão
Das casas, para o lixo
As perdas, nos domicílios, somam 10%.
Cada brasileiro compra cerca de 37 kg de hortaliças por ano,
mas joga no lixo cerca de 28 kg.
Uma família de classe média joga fora meio quilo de alimento
por dia ou um prato feito.
Quer entender mais sobre o assunto?
Acesse!
Como construir um planeta Sustentável
Ecycle – Pegue leve com o meio ambiente
Click - Dicas para uma vida sustentável
Hypeness - Troca de alimentos em feira livre
Em nosso país, o desperdício começa no campo, onde 10% dos
alimentos são perdidos na colheita. Durante o manuseio e o
transporte, essas perdas chegam a 50%. E nas centrais de
distribuição do país, as Ceasas, são desperdiçados outros 30%. Nas
feiras dos bairros, em razão do armazenamento ruim e do mau
manuseio dos alimentos, infelizmente, a história não é diferente.
Super Abril – Ideias Verdes
Galileu – Números do desperdício no Brasil
Momento ambiental - Desperdício impacta a sociedade,
a economia e o meio ambiente.
Mesa Brasil Sesc Minas - Como e o que doar?
Entrevista com Jeffrey Klein para a revista Época sobre o FoodBanking
boas ideias
Lume
21
especial
A hora é agora
Nova marca Forluz, uma estratégia de comunicação e marketing
Em novembro do ano passado, a Forluz ganhou nova identidade visual.
A nova marca traz aspectos modernos, com símbolos que lhe
atribuem movimento e aposta na manutenção da cor laranja. A
criação da nova logo foi uma estratégia desenvolvida, a pedido da
!!
22
Lume
Evolução
Nova marca Forluz
diretoria, pela assessoria de comunicação da Forluz, no intuito de
acompanhar e traduzir em sua marca, as constantes mudanças do
mundo corporativo.
A necessidade de uma revitalização da marca já havia sido
detectada há algum tempo. Entretanto, essa iniciativa ganhou força
em 2011, com o concurso de frases realizado no aniversário de 40
anos da Fundação. Os participantes reforçaram valores ligados à
Forluz que precisavam ser traduzidos em sua marca. Palavras como
transparência, segurança, futuro, confiabilidade e perenidade foram
as mais citadas. A partir daí, a marca foi redesenhada, agregando os
principais atributos apontados.
Segundo o gerente de comunicação da Forluz, Victor Aluísio Correa,
para desenvolver uma marca forte e alcançar um diferencial
estratégico, é preciso conhecer o mercado e os públicos envolvidos.
Também é necessário considerar e reforçar os valores conquistados
na trajetória da empresa.
Grafismos de significado
Além dos conceitos apontados pelos participantes, a nova marca traz
a forma de um círculo, que remete aos mais de 21 mil participantes
ativos e assistidos, razão de ser da Fundação. O círculo ainda
representa o mutualismo de um fundo de previdência privada e a
formação das contas de aposentadoria que um dia serão revertidas
em benefícios para todos os participantes e seus dependentes.
Atributos como elegância, contemporaneidade e humanização
também foram trabalhados. “A cor laranja remete à luz, e investimos
igualmente na ideia de futuro, de horizonte e iluminação (significando
transparência), elementos representativos da Forluz e que se
O que é uma marca?
conectam à sua procedência no setor elétrico. Com a adoção de
círculos formando o horizonte, símbolo que retorna à marca,
buscamos trazer dinamismo e movimento”, explica o gerente da
Comunicação da Forluz.
Segundo Cacate Almeida, publicitária responsável pela criação da
marca, a identidade visual de uma organização não se restringe à
simples aplicação da logo. “São utilizados recursos e elementos
diversos para criar um universo de percepções que representem os
valores da empresa. Esses elementos foram reunidos
harmonicamente para se chegar ao resultado desejado”, esclarece.
A marca é muito mais que a sua representação gráfica, do que uma
simples logo ou um nome, é a identidade da empresa. Segundo o
especialista em marketing, Flávio Tófani, marca é significado. E é a
percepção das pessoas a respeito da empresa que vai gerar, ou
não, credibilidade e boa reputação. Para ele, a mudança da marca é
a representação de um novo posicionamento da empresa. É o
somatório de toda a filosofia, missão e valores. Mas é, também, o
que as pessoas têm como referência em suas mentes, como a
marca é lembrada.
Especialista em marketing Flávio Tófani
É preciso evoluir. O mundo está em
constante mudança. Existem muitas
empresas múmias no país, aquelas que
só têm valor histórico. A empresa
estagnada perde a oportunidade de
conversar, de se relacionar com novos
tempos, novos consumidores, com um
novo mercado.
A empresa precisa avaliar a necessidade ou não de uma mudança de
marca. Entretanto, o momento mais oportuno de mudar a marca
gráfica se dá na evolução da empresa. Quando a antiga marca já não
representa tudo que a empresa é para os seus públicos. Às vezes, o
público interno cria um carinho pela logo antiga e isso faz com que as
pessoas tenham muito receio em mudar. Mas temos que lembrar que
a marca é viva. A empresa precisa entender seu significado e evoluir.
A mudança da marca deve traduzir a nova realidade da empresa. Seus
componentes e identidade visual devem refletir num novo
pensamento organizacional, muitas vezes exigido pelo próprio
mercado. Isso requer um dinamismo diferenciado.
Agora o maior desafio é para o departamento de comunicação da
Forluz. Ele deverá traduzir o significado da nova marca em seu
grafismo. As pessoas tendem a avaliar a identidade visual, achando
que ela por si só é a marca. Porém, não percebem que muita coisa
está por traz do novo desenho. Com a marca gráfica criada, fruto de
uma mudança na cultura da empresa, o desafio passa a ser o de
sensibilizar as pessoas, de fazê-las se sentirem parte dela. E isso se
faz estreitando o relacionamento da empresa com seus públicos.
Lançamento da marca e fontes de pesquisa
@ Vinheta nova logo
@ Lançamento no Portal
@ Lançamento no Jornal Forluz
@ Lançamento no Facebook
@ Estratégia de Marketing - Brand Experience
@ Estratégia de Marketing - Mundo Marketing
@ Flávio Tófani – Empresas múmias
especial
Lume
23
artigo
Na medida do possível,
deve-se buscar o planejamento
Por Thiago Felipe Gonçalves,
atuário da Forluz e membro da Comissão Nacional de Atuária da Previc
V
ocê é adepto da prática de esportes, seja por meio de caminhada,
musculação, natação, corrida, etc? Possui uma boa alimentação?
Parou de fumar ou nunca fumou? Não bebe ou bebe moderadamente?
Pratica outras boas atividades físicas que contribuem para o
desenvolvimento da saúde do corpo e da mente? Então, é bastante
provável que seu médico, ao avaliar os resultados dos exames anuais
periódicos, lhe dê a seguinte notícia: - Parabéns, sua saúde está
perfeita! Continuando assim, você vai longe!
O parecer reflete uma constatação demográfica: você, assim como
eu e os demais brasileiros, estamos, felizmente, vivendo mais. Tratase do tão falado aumento da longevidade. Essa conclusão tem sido
noticiada em todos os meios de comunicação e é vivenciada em cada
esquina. Não é mais apenas um retrato da praia de Copacabana,
bairro historicamente com mais idosos no país por metro quadrado.
No ambiente previdenciário, essa realidade não pode ser considerada como
um problema pelos gestores e participantes dos planos. Porém, pode e
deve ser encarada como um importante e presente desafio para todos.
Sem dúvida, a inserção global da cultura previdenciária e financeira é
a principal questão a ser tratada nesse contexto. Embora possa
parecer uma visão utópica, pensar e planejar o futuro é o pontapé
inicial. Na medida do possível, deve-se buscar o planejamento de
quanto tempo contribuir, com quantos anos se aposentar, a renda que
se quer atingir e o destino que será dado aos recursos.
24
Lume
com quantos anos se
aposentar, a renda que se quer
atingir e o destino que será
dado aos recursos
Foto: arquivo Forluz
Você conhece o
preço da longevidade?
de quanto tempo contribuir,
Jim O’Neill,
Sachs Asset Management
Thiago Felipe Gonçalves
Você pode me rebater: “Será que ele acha que tenho uma bola de
cristal?!”. Sei que não. Também não tenho. Mas, embora não
tenhamos o dom de prever o futuro, podemos chegar a uma simples
conclusão acerca dele: quando e com que renda vou viver quando
não estiver trabalhando mais? Estou contribuindo atualmente para
ter a renda que pretendo no futuro?
Veja a lógica a partir desse exemplo: a expectativa de vida
aumentou. Se ainda assim, eu ou você optarmos por contribuir para
a previdência privada, pelo mesmo tempo (ex: 30 anos se mulher, e
35 anos se homem) e com o valor anteriormente planejado (ex: 10%
da renda mensal), o benefício terá que ser obrigatoriamente menor
no momento da aposentadoria.
É isso mesmo, caro leitor. Não há mágica. E como dizia minha avó,
infelizmente dinheiro não é capim. Em outras palavras, sob o
aspecto prático, o administrador do seu recurso previdenciário, ou
seja, o fundo de pensão, tem o mesmo montante para lhe pagar o
benefício por um período maior.
Para enfrentar esse desafio, existem algumas alternativas. Você
pode contribuir por um período maior, ou seja, aposentar-se com
idade superior àquela anteriormente planejada. Outra opção é
contribuir com um recurso maior para compensar o aumento da
sua expectativa de vida. Você também pode optar pelo
recebimento de um benefício menor que aquele anteriormente
previsto. Ou, até mesmo, possibilitar que a Fundação exponha
seus recursos a riscos maiores de mercado e investimentos.
Apesar dos riscos, há a possibilidade de buscar rentabilidades
maiores para compensar a redução do benefício, fruto do aumento
da expectativa de vida. Mas também há o risco de perda,
reduzindo ainda mais o seu benefício.
De todo modo, independente da opção, é imprescindível que se
estabeleça um efetivo e maduro choque de realidade no dia a dia
daqueles que possuem um plano previdenciário.
O aumento de expectativa de vida vai gerar uma contrapartida que
será assumida por você e por mim que viveremos mais: reduzir o
benefício, adiar a aposentadoria, depositar mais recursos na
previdência privada ou, ainda, ter maior exposição ao risco.
Convenhamos: é preciso decidir. E para isso, é preciso planejar. Para
planejar, conhecer. E para conhecer, educar. Por isso, busque
informações na sua entidade previdenciária. Não deixe para a última
hora. Repasse essa informação aos seus filhos. Cultive o
conhecimento e viva mais e melhor!
Mudança de tábua
A Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, estabelece que o
plano previdenciário deve adotar, no cálculo do benefício, as
premissas mais adequadas, que reflitam o real comportamento
financeiro da economia e demográfico dos participantes. Em razão
disso, as entidades são obrigadas periodicamente a rever suas
tábuas de mortalidade, taxa de juros, dentre outras premissas, por
meio de estudos de aderência.
A Forluz, através de ferramentas e técnicas específicas de gestão dos
riscos atuariais (demográficos e financeiros), detectou em seu último
estudo a necessidade de alteração da tábua de mortalidade, em
função do aumento da expectativa de vida dos seus participantes. A
adoção do novo parâmetro no Plano B passa a vigorar a partir de 2015.
Caso queira aprofundar mais, a legislação atual que trata do assunto
é a Resolução CNPC n.º 09/12, disponível no site da Previc. Acesse
em: www.previdencia.gov.br/previc
artigo
Lume
25
passatempo
vaga-lume
quadrinhos
Aqui você se diverte e ainda concorre a brindes. Para esta edição, será realizado o sorteio de cinco brindes culturais (pares de
ingressos para cinemas, teatros ou shows, livros, CDs e DVDs) até junho de 2014.
Nosso jogo online é uma brincadeira lúdica, divertida e repleta de conhecimentos. Para esta edição, lançamos um novo webgame, o
Acerte a Palavra, desenvolvido especialmente pra você aprender mais de forma agradável. E tem mais: pode ser jogado
individualmente ou em grupo. Para entrar no jogo, clique no link no pé da página e siga as orientações.
Ao acertar o desafio, preencha o formulário eletrônico que será disponibilizado. Ele deverá ser preenchido e será automaticamente
enviado à Forluz para você concorrer aos brindes.
Acerte a Palavra
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Entre no jogo agora mesmo!
CLIQUE AQUI
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Lume
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pra você
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previd
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a
d
a
c
r
a
m
hora
Nesta modalidade de atendimento presencial,
você resolve:
Contagem de tempo;
Simulação de benefícios dos planos A, B e Taesaprev;
Dúvidas previdenciárias diversas.
Diferentemente do comum, você é recebido por um analista previdenciário, que fica
à disposição para sanar as suas dúvidas sobre o plano e seus benefícios. Essa orientação
é agendada através da Central de Atendimento, pelo número 0800 0909090.
O atendimento é na sede da Forluz, das 8 às 17 horas, de segunda a sexta-feira,
exceto feriados.
Mas não se esqueça: em caso de imprevisto, desmarque o horário agendado
o quanto antes. Assim, a vaga poderá ser disponibilizada para outra pessoa.
Atendimento previdenciário da Forluz. Agende e conte conosco!
Avenida do Contorno, 6.500, 3º andar - Lourdes.

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