Sepse por Pneumocystis jirovecii: Detecção precoce do agente

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Sepse por Pneumocystis jirovecii: Detecção precoce do agente
Sepse por Pneumocystis jirovecii: Detecção precoce do agente etiológico
através da pesquisa de PCR no escarro. Um auxílio no combate as infecções
pulmonares que evoluem com síndrome do desconforto respiratório do adulto
Introdução: A síndrome apresenta-se com infiltrado pulmonar difuso, devido
ao aumento de permeabilidade da membrana alvéolo-capilar, com redução
de oxigenação, redução de complacência pulmonar e opacidades bilaterais
na radiografia de tórax. Materiais e métodos: revisão de prontuário e exames
radiológicos. Resultados: homem, 38 anos, HIV positivo, com história de
infecção respiratória aguda, evoluindo com taquidispnéia, febre,
linfonodomegalia submandibular, estertores em bases, e opacidade peri-hilar
à Direita em rx de tórax, após uso de azitromicina 03 dias e levofloxacino por
mais 03 dias. Iniciado Tazocin com claritromicina. 24 horas após, na
Tomografia de tórax presença de opacidades em vidro fosco difusas
bilateralmente. Linfonodomegalia pré-carinal. Leucograma normal, LDH 436.
Após 4 dias evoluiu para intubação orotraqueal, piora do leucograma GSA:
acidemia mista, P/F: 316, PCR: 67,5 LDH: 2079. Iniciado Levofloxacino e
bactrim com pulsoterapia de Metilprednisolona. 24 horas após, obteve
melhora do leucograma, GSA com acidemia respiratória (P/F: 174).
Diagnosticada SDRA. Ecocardiograma normal, punção liquórica normal.
Solicitado pesquisa de PCR para PCP e BK em aspirado de secreção
traqueal, confirmando Pneumocystis jirovecii. Iniciado Atracúrio em bólus,
ajustes do parâmetros ventilatórios. Contagem de CD4: 16/mm3 CD8:
159/mm3. Fez 10 dias de Vancomicina, 10 dias de Levofloxacino e 21 dias de
Bactrim. Extubado com sucesso 10 dias após início da terapia com bactrim.
Recebeu alta do CTI após 12 dias. Conclusão: A detecção da infecção por
PCP na análise de PCR em escarro não é comum, mas pode ser uma
ferramenta no combate a sepse por germes atípicos.