Edição nº26
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REVISTACARGILL Puro tomate Cargill entra para o mercado de atomatados com a maior aquisição já realizada no Brasil ANO 31 - ABR. MAI. 2011 26 Estamos no caminho 3 Gerenciamento de tempo entrevista 4 Boas práticas em Food Safety visão global 6 s u m á r i o mensagem Cargill no segmento de atomatados Tomates: atendendo novos consumidores em foco Notícias Cargill destaques TEAC: inovação na logística de açúcar inovação 8 11 12 15 Revista Cargill é uma publicação trimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos clientes, fornecedores e funcionários da Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação Editorial e Jornalista Responsável: Katia Perez (Mtb 20401) – Comitê Editorial: Ana Lúcia Caiasso, Andrea Fioravante, Anyelle Rocha, Cintia Bernardes, César Neres, Cristiane Bordinhon, Cristina Vitória, Cristine Chui, Débora Sesti, Francisco Gomes, Gerson Beraldo, José Cardoso, Katia Sala, Neusa Duarte, Sônia Matangrano, Vagner Rodrigues e Valmir Tambelini – Colaboração: Carolina Cardoso – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Quintal 22 – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia Tavares – Reportagem: Raquel Casselli e Renata Nogueira – Foto Capa: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em entrevistas. • A Revista Cargill adota o novo acordo ortográfico da língua portuguesa. A N O 3 1 - N º - 2 6 A B R . / M A I . 2 0 1 1 especial Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220. Foto: Sergio Zacchi t n e d i s e g m e n s a Marcelo Martins Presidente e m Boa leitura, d Todos esses investimentos que acabo de citar, e muitos outros que a Cargill realizou no mundo nesses últimos anos, tiveram início lá atrás, quando definimos o que queremos ser em 2015, e contaram com o comprometimento e a dedicação de cada pessoa que integra nossa empresa. Tenho a certeza de que estamos no caminho certo rumo à materialização da nossa intenção estratégica. E alguns exemplos práticos desse nosso movimento você confere nas próximas páginas. o p Nossas Unidades de Negócios e cada uma de nossas fábricas tomaram o mesmo rumo. E os resultados são vistos a cada dia. Inauguramos em maio de 2009 a unidade de processamento de soja, em Primavera do Leste, em Mato Grosso; ampliamos a capacidade de processamento de milho, em Uberlândia, Minas Gerais, em 2010; incrementamos, também no ano passado, a nossa capacidade de exportação no Terminal Exportador do Guarujá. E consolidamos, em março deste ano, a compra dos negócios de atomatados da Unilever – assunto que vocês verão em detalhes nesta edição. r Algumas dessas alterações rumo à nova estratégia podem ser imediatas, outras exigem um tempo de maturação. Quando a Cargill definiu que nossa intenção estratégica é ser a empresa preferida de nossos clientes e uma das mais importantes organizações globais no setor de alimentos, não estava apenas escrevendo sua visão, seu sonho, mas apontando a direção exata para chegar aonde queremos em 2015. E não ficamos parados. e Q uando uma empresa traça uma estratégia de longo prazo, para alguns pode ficar aquela sensação de que nada mudará no dia seguinte, no ano que está por vir. Pensar assim é um engano. A partir do momento em que são definidos os rumos dos negócios, de forma consistente e acordada pela direção da organização, os conceitos e as metas são repassados para o time todo o mais rápido possível e, realmente, as mudanças aos poucos começam a ser percebidas. 3 Falta tempo para cumprir compromissos profissionais e equilibrar a vida pessoal? Planeje-se pela manhã e siga fielmente a agenda n a Tic-tac, tic-tac. As horas passam e fica a sensação de que poucas tarefas foram concretizadas no trabalho ao longo do dia. Diferentemente do que muitos profissionais pensam, o relógio não é o vilão da história e qualquer pessoa pode usá-lo a seu favor. A solução é mais simples do que parece, o difícil é cumpri-la rigorosamente: planejamento e agenda. É preciso ter em mente que não é o tempo que nos controla, nós é que temos de controlar o tempo. Revista Cargill – Como os profissionais podem fazer do tempo seu maior aliado, e não o principal algoz? Christian Barbosa – Uma questão tem de ficar clara. Não é que não temos tempo, é que estamos usando-o mal. O trabalho é uma coisa infinita, as pessoas sempre terão o que fazer, mas o tempo é finito. Por isso, nosso papel é estipular horários para o trabalho e abrir espaço para as atividades pessoais. É preciso controlar o tempo e não deixar nada para a última hora. De acordo com dados da consultoria Triad Productivity Solutions, de 60% a 70% do tempo do funcionário deve ser utilizado com trabalhos cujo objetivo é gerar resultados tanto para a empresa como para a vida pessoal. Para esclarecer a melhor forma de gerenciamento do tempo, a fim de que o profissional seja produtivo no trabalho e saiba equilibrá-lo com a vida pessoal, a Revista Cargill conversou com Christian Barbosa, fundador e diretor da Triad PS. Revista Cargill – Qual é a melhor forma de organizar a agenda do dia? Christian Barbosa – A primeira coisa é ter uma agenda única para a vida profissional e pessoal. Isso porque a vida é uma só. O ideal é dividi-la em duas partes: os compromissos com horários e as tarefas, isto é, as pequenas atividades que temos de fazer ao longo do dia. São telefonemas, checagem de uma entrega, verificar se a pessoa cumpriu uma atividade delegada etc. Nosso dia não é composto apenas de reuniões, há muitas tarefas. E é nessas tarefas que precisamos prestar atenção, pois as pessoas não tropeçam nas coisas grandes, mas nas pedrinhas. Outro ponto importante: não guardar as atividades na cabeça. Quem faz isso não consegue se planejar. Como consequência, vive na urgência e corrompe todo o dia. É aí que entra a agenda, que pode ser a convencional, um software ou a do celular, basta que o profissional consiga registrar os compromissos e tarefas e use esse recurso todos os dias. Atenção: anote as pequenas atividades, pois aquilo que não era prioridade pode se tornar uma urgência, mais para a frente. c h r i s t e i n t r b e a v r Foto: Divulgação a s b o a t s i O relógio a seu favor Revista Cargill – Em que atividade os profissionais gastam mais tempo hoje? Christian Barbosa – Algumas ações consomem muito do seu tempo, como e-mails, reuniões e a internet. As pessoas também perdem tempo enrolando no ambiente corporativo. Isso é natural no ser humano, e pode ser comprovado por meio de uma pesquisa que realizamos em janeiro, divulgada no mês seguinte na revista Você S/A, para descobrir de que forma os profissionais usam o tempo no trabalho. Dos 1.606 entrevistados, 30% passam, em média, uma hora do dia sem fazer nada, ou seja, gastam mal as horas que permanecem no escritório. A tecnologia é outro fator, pois muitas vezes acaba atrapalhando o rendimento das pessoas, ao invés de ajudá-las. Se não houver disciplina de horário para acesso à internet, por exemplo, o profissional vai perder tempo à toa, em vez de focar no trabalho. Revista Cargill – Ficar muitas horas no trabalho pode não significar necessariamente aumento de produtividade? Christian Barbosa – Trabalhar muito não significa trabalhar bem. Temos de trabalhar na medida em que 4 Christian Barbosa – Como havia dito, a organização é bastante pessoal, mas cabem aqui alguns conselhos. No domingo, momentos antes de dormir, dê uma olhada na agenda e pense em tudo que precisa fazer. Veja seus objetivos e cheque suas reuniões. No dia a dia, acrescente em suas anotações as atividades cotidianas que deve fazer, pense na duração de cada uma e não exagere, pois deve sempre sobrar tempo para eventuais urgências que possam aparecer. Outra dica é a conscientização da equipe em relação à produtividade. Uma pessoa mais produtiva ajuda a criar uma equipe mais produtiva, para transformar o escritório em um ambiente mais eficiente. Converse sobre a adoção de estratégias de produtividade e inicie o processo de ajudar todos a ter mais tempo, mais resultados e mais equilíbrio em todas as áreas. E, por fim, saiba dizer não. Essa é uma tarefa difícil, ainda mais quando se trata de cliente e fornecedor (internos ou externos). Mas, acredite, se você aceitar tudo, sua agenda ficará lotada com prioridades de terceiros e sobrará pouco tempo para cumprir aquilo que planejou, que é realmente prioridade. Negociar é a palavra-chave. geramos resultados. Há pessoas que cumprem uma jornada de 12 ou 14 horas porque ficam duas, três horas enrolando ao longo do dia, enquanto há profissionais que em oito horas conseguem dar conta de todo o trabalho. É preciso refletir e se perguntar: durante todo esse tempo que passo no trabalho, o que estou deixando de fazer? Há mais pessoas que usam mal o tempo do que gente sem tempo. O profissional tem de aprender a lidar com o tempo, para também ficar em casa, ver a família, sair com amigos. Lá na frente, aos 90 anos, a família e os amigos é que estarão ao seu lado. Revista Cargill – Como fazer reuniões produtivas, a fim de que os profissionais não percam muito tempo nessa tarefa? Christian Barbosa – Uma boa reunião começa com bom planejamento. Além disso, precisa ter uma condução, alguém para liderar. Deixar na mão de todo mundo não funciona. O líder ajuda a tornar o encontro produtivo. É uma pessoa assertiva, objetiva, que corta as conversas paralelas, e, principalmente, consegue extrair um resultado. A quantidade de pessoas também influencia. O ideal é fazer reuniões com poucas pessoas, que decidam e estejam por dentro do assunto. ”Não é que não temos tempo, é que estamos usando-o mal” Revista Cargill – Ferramentas eletrônicas, como emails, são utilizadas para agilizar processos, mas podem embaraçar o dia todo. Como usá-las a favor? Christian Barbosa – O mais importante é ter disciplina com a ferramenta, definir quantas horas do dia se quer gastar com e-mail e internet. O Outlook, por exemplo, já faz parte do cotidiano da maioria dos profissionais, mas aqueles que não dominam o software perdem muito tempo. É preciso aprender a usá-lo de maneira eficiente. Deixar a caixa de entrada vazia, copiar todos apenas em caso de extrema necessidade e usar a cópia oculta para evitar que as pessoas comecem a responder para todos os e-mails. Outra dica para tornar a ferramenta eficaz é escrever e-mails de forma simples e objetiva. Revista Cargill – É verdade que as pessoas mais produtivas trabalham em um ambiente mais organizado? Christian Barbosa – Ambiente bagunçado é um convite à improdutividade. Reserve um tempo para pôr em ordem cada ambiente da sua casa e escritório, evite querer organizar tudo em apenas um dia (isso se torna cansativo e faz com que você desista no meio). Jogue fora o que não precisar, utilize pastas transparentes etiquetadas para organizar sua papelada. Revista Cargill – Há como identificar se a tarefa exercida é prioritária? Christian Barbosa – Para isso, o funcionário tem de saber se a tarefa está gerando resultado para a carreira dele ou para a empresa, se tem a ver com as metas da corporação. As pessoas hoje acham que tudo é urgente, e acabam ficando sem tempo. Revista Cargill – Como as corporações podem incentivar esse aprendizado? Christian Barbosa – A melhor forma é treinar seus líderes para aprenderem a ter mais tempo. As pessoas não aprenderam isso em sua formação e têm de ser treinadas para lidar com a questão. E o mais importante é a conscientização da direção, que precisa rever conceitos, posturas e métodos para conseguir aplicar modelos de produtividade e qualidade de vida na empresa. Revista Cargill – Quais as suas dicas para o profissional melhorar o gerenciamento do tempo? 5 O Cargill envolve produtores em nova campanha sobre segurança alimentar que para muitos pode soar como novidade é, há muito tempo, uma preocupação mundial. Acredite, o food safety (alimento seguro) surgiu após a Primeira Guerra Mundial, momento em que as nações deram atenção à questão do abastecimento de alimentos para sua população. Na época, porém, a grande preocupação era a possibilidade de um país dominar outro caso controlasse esse fornecimento. mento de 3,4% na produção, ou seja, cerca de 5 milhões de toneladas, em comparação com o período anterior. O País destaca-se também entre os maiores produtores mundiais de soja. Segundo a Conab, a previsão para 2010-2011 é de 70,3 milhões de toneladas – 1,6 milhão a mais que o volume produzido em 2009-2010. De lá para cá, o food safety evoluiu muito, sendo traduzido como garantia de o consumidor adquirir um alimento seguro em relação à saúde. Isso significa ser livre de contaminantes de natureza química, biológica ou física que possam pôr em risco a saúde das pessoas. O conceito criou normas rígidas, que são incrementadas de acordo com cada governo e servem de exigência para o comércio mundial de alimentos. Ficar à margem disso significa estar fora do mercado e até perder a produção. Essa bonança exige do produtor e das indústrias critérios rígidos de qualidade e segurança. Um produto em desacordo com essas normas pode significar perdas importantes para quem é do campo e da indústria. Grão de qualidade v i s ã o g l o b a l Alimento seguro em primeiro lugar A segurança começa no campo, por isso a Unidade de Negócio Grãos e Processamento de Soja iniciou, este ano, uma campanha com os produtores de soja e milho. O propósito é conscientizá-los da importância de fornecer grãos de qualidade, sem contaminantes que possam comprometer a saúde dos futuros consumidores. O Brasil aparece como um dos maiores produtores de grãos do mundo e vem registrando sucessivos recordes em suas safras. Para o período 2010-2011, deve bater novamente o recorde, com 154,2 milhões de toneladas colhidas, conforme dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Espera-se um au- De acordo com Tiago Moreno, gerente de Qualidade de Grãos da Unidade, muitas vezes o produtor compra as sementes de soja e milho para plantar e faz uso de uma série de defensivos para garantir sua produtividade. 6 As sementes que sobram – as que não foram plantadas – em alguns casos são misturadas aos grãos da colheita e acabam chegando dessa forma à Unidade. “O objetivo da campanha é mostrar aos produtores rurais que a Cargill é uma empresa comprometida com alimentos seguros e de qualidade. Por isso, eles também são responsáveis pela segurança dos produtos, e devemos orientálos para que os grãos cheguem sem contaminantes ao seu destino”, afirma Tiago Moreno. cionários são treinados por especialistas da área, pois devem seguir à risca todos os procedimentos estabelecidos. O CFSRA estabelece requisitos a serem implantados em toda a cadeia de suprimentos (originação, produção, expedição). Para verificar seu cumprimento, foi instituído um indicador de segurança do produto, o Food Safety Index (FSI), que anualmente é medido por auditorias in loco, realizadas por uma equipe de segurança do produto devidamente capacitada. Outra inciativa do CFSRA é estar à frente das exigências dos clientes quanto à segurança do produto. Para isso, em 2010 estabeleceu um cronograma para certificação das fábricas em conformidade com a Food Safety System Certification 22000 (FSSC 22000), que engloba a norma ISO 22000, com foco em segurança do produto, e a PAS 220, que são requisitos adicionais elaborados pelos próprios clientes. A iniciativa está sendo realizada em todas as Unidades brasileiras, por meio de banners com as orientações sobre segurança alimentar e distribuição de material informativo nas visitas da equipe Comercial aos produtores e no momento da entrega de grãos. E, no caso de devolução de carga ao fornecedor por não conformidade com as normas de food safety, ele recebe explicações sobre o motivo do embargo. No Brasil, seis Unidades da Cargill já foram certificadas pela norma FSSC 22000: Mairinque (SP), Primavera do Leste (MT), Ilhéus (BA), São José do Rio Pardo (SP), Unidade de Grãos e Processamento de Soja de Uberlândia (MG) e Itumbiara (GO). Em Uberlândia, a Unidade de Negócio Grãos e Processamento de Soja possui, desde 2007, a certificação ISO 22000, também com foco em segurança alimentar. “Isso demonstra que estamos alinhados com as estratégias da empresa, o cumprimento de normas e exigências dos clientes frente à segurança dos nossos produtos”, diz Ana Maria da Silva Marques, gerente de Controle de Qualidade da Unidade. “Dentro das Intenções Estratégicas 2015 da Cargill, o foco é ser o fornecedor de preferência do consumidor. O food safety não é uma vantagem competitiva, e sim uma obrigação do fabricante. Hoje trabalhamos com aproximadamente 9 mil produtores e oferecemos grãos seguros, mas nosso desafio é garantir que cada dia mais a commodity saia da Unidade com segurança”, diz o gerente. Cuidado de longa data Foto: Arquivo Cargill Atenta a esse tema, a Cargill mantém o Grupo Corporativo de Segurança dos Alimentos e Assuntos Regulatórios (CFSRA), sediado em Mineápolis (EUA). Seus especialistas em ciências dos alimentos dão suporte às 24 Unidades de Negócios da Plataforma de Ingredientes Alimentícios, o que corresponde a 220 instalações de produção no mundo. Entre as iniciativas coordenadas por esse grupo estão treinamentos ministrados para a liderança, gerência de operações, supervisores e pessoas que fiscalizam a eficácia do programa de segurança dos alimentos nas operações da empresa. A Cargill trabalha com regras rígidas e os fun- 7 Fotos Soja: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF Unidade de Uberlândia conquista a ISO 22000, que tem como foco a segurança alimentar. A empresa está alinhada às exigências do mercado e de sua matriz, nos Estados Unidos l a i c e p s e Cargill entra no mercado de atomatados Empresa amplia seu portfólio de produtos com as marcas Pomarola, Tarantella, Elefante, Extratomato e Pomodoro T er marcas fortes como Liza, Gallo, Delverde e, agora, Pomarola reunidas na mesa da família brasileira não é apenas uma coincidência para a Cargill. Por trás está a Intenção Estratégica 2015 da empresa, que tem como um dos objetivos tornar-se a preferida dos seus clientes. “A decisão de entrar para o segmento de atomatados, adquirindo marcas consagradas da Unilever, significa dar um passo a mais nessa direção”, explica Marcelo Martins, presidente da Cargill no Brasil. estratégicos. A grande chance surgiu com a negociação da linha de atomatados da Unilever, que reúne as marcas Tarantella, Pomarola, Elefante, Extratomato e Pomodoro”, afirma o presidente da Cargill. É a primeira vez que a empresa atuará no mercado de tomates, em todo o mundo. “Acredito que, se executarmos o projeto com sucesso, essa boa prática pode ser repassada aos países nos quais a empresa também possui produtos de consumo”, diz o presidente. E, segundo ele, “apesar dessa grande aquisição, a Cargill vai continuar olhando para as oportunidades, na expectativa de que diversos projetos que estão em andamento, em especial em relação à inovação em alimentos, amadureçam”. Em 1º de março a empresa concluiu a compra do negócio de produtos de tomate da Unilever no Brasil. O acordo foi firmado em setembro do ano passado e envolveu um investimento de cerca de R$ 600 milhões. Essa é uma das maiores aquisições da história da Cargill no mundo e a maior no País. Segundo Martins, o segmento de atomatados já estava na mira da Unidade de Negócios Foods Brasil. “A Unidade havia identificado como uma das oportunidades o mercado de tomates, afinal possui um significativo componente agrícola, no qual temos muita experiência, guarda muitas sinergias com o restante de nosso portfólio de produtos de consumo e não compete com nenhum de nossos clientes Mercado aquecido Segundo dados da consultoria Nielsen, o mercado brasileiro de atomatados – cerca de 530 mil toneladas/ ano – teve um crescimento de 16,2% entre 2007 e 2010. Os derivados de tomate, como molhos e extratos, são a sétima categoria mais importante de produtos alimentícios não perecíveis na mesa do brasileiro e com alta frequência de compra. Conheça alguns dos novos produtos Cargill www.pomarola.com.br 8 A empresa vai utilizar a base de distribuição já consagrada para seus produtos de consumo para levar a linha de atomatados até o consumidor. “Temos marcas líderes nos segmentos de óleos e azeites e ainda atuamos nacionalmente com nossa equipe Comercial e com nossa Distribuição. Isso nos dá condições para sermos um excelente parceiro dos varejistas, com um portfólio interessante e relevante para trabalhar as lojas”, afirma Rubens Pereira, gerente-geral da Unidade de Negócio Foods Brasil. lhor é que partimos de um patamar de operação agrícola muito bom, muito elevado”, diz o presidente da Cargill. Desafio da integração O primeiro desafio de uma aquisição como essa é a integração dos negócios e das equipes. São cerca de 750 funcionários transferidos para a Cargill e foram contrata- Com o novo negócio, a Cargill pretende aumentar em mais de 40% o faturamento da Unidade. Para isso haverá investimento em publicidade e ações nos pontos de venda no segundo semestre. “Todas as marcas têm bom posicionamento no mercado e algumas já são líderes, mas queremos recuperar e ampliar o market share de cada uma”, diz Pereira. Além de olhar para o cliente, a Cargill se preocupa com a outra ponta do negócio: os fornecedores. A empresa aliará sua experiência em agronegócio ao trabalho que estava sendo feito pela Unilever para fortalecer o relacionamento com os produtores. “Queremos ampliar as sinergias, buscar oportunidades, compartilhar as melhores práticas. O me- O presidente mundial da Cargill, Greg Page (à dir.), visita unidade de atomatados em Goiás, acompanhado pelo gerente-geral Rubens Pereira, e conhece as novas marcas da empresa www.extratoelefante.com.br www.tarantella.com.br 9 “Temos pela frente um grande desafio e entendo também que uma enorme possibilidade de aprendizado. A equipe da Cargill está aprendendo sobre uma nova categoria de produto. Os profissionais que chegam agora à nossa empresa vão conhecer o nosso jeito de ser e de fazer negócios”, explica Marcelo Martins. O objetivo, segundo o presidente da empresa, é realizar essa integração da maneira mais suave possível para todos. “Tomamos cuidado para preservar ao máximo as condições e os benefícios dos funcionários que assumimos.” Para consolidar essa integração, a Cargill formou um grupo com cerca de 70 profissionais para alinhar os sistemas de informática, os processos de trabalho, entre outras missões. O time de integração começou a trabalhar em outubro e permanecerá até o início do segundo semestre. O primeiro passo da empresa foi fazer um estudo para perceber os pontos fortes do processo produtivo e identificar oportunidades de melhoria. A partir desse diagnóstico, serão definidas as ações para 2011. “Bem diferente de algumas outras empresas que adquirimos, o negócio de atomatados era de uma grande companhia, com excelentes práticas operacionais e de recursos humanos, e para nós também é um desafio superar e aperfeiçoar essa realidade”, afirma Marcelo Martins. Por dentro da maior processadora de tomates da América Latina Localização: Goiânia (GO) Área: 580 mil m² de área total e 135 mil m² de área construída Produção: processamento de tomates em molho, extrato e polpa Capacidade: 450 toneladas/dia de produto acabado Marcas: Pomarola, Tarantella, Elefante, Extratomato, Pomodoro Número de funcionários: 756 Novas contratações: 120 profissionais Time temporário: 350 funcionários para a época da safra Algumas decisões, por exemplo, já estão tomadas. Uma delas é investir na fábrica, localizada em Goiânia, capital de Goiás. O objetivo é dar maior flexibilidade quanto aos tipos de embalagem produzidos e aperfeiçoar a infraestrutura. O mercado, os consumidores, os clientes, os produtores e também os funcionários da Cargill podem esperar boas novidades daqui para a frente. www.cargill.com.br www.cargill.com.br 10 Fotos: Arquivo Cargill e Arquivo Arco W/StockPhoto - RF e s p e c i a l dos mais 120 profissionais, sem contar um contingente superior a 350 pessoas com contrato temporário para o período da safra – entre junho e outubro. Tomates? c o f m Foto: Sérgio Zacchi Sergio Rial* aceleração do crescimento da Cargill foi um tópico importante do nosso Fórum de Liderança 2010, realizado em outubro. Em determinado momento, a liderança corporativa da empresa começou a responder às perguntas feitas pelos demais colaboradores. Uma das que chegaram a mim continha apenas uma palavra: “Tomates?” nacional, e os produtos de tomate processado encaixamse perfeitamente na distribuição que já estabelecemos. Mas por que tomates? Esse é um produto novo para a Cargill: uma cadeia de produção que envolve um insumo totalmente perecível. Não devemos subestimar os riscos. É exatamente por isso que enfatizamos a expressão “ótimas pessoas” na declaração da nossa Intenção Estratégica de 2015. Sim, podemos assumir riscos em categorias que ainda não dominamos se reconhecermos a força do nosso pessoal. Acredito plenamente que temos uma equipe de ótimas pessoas, que propiciarão o sucesso dos negócios. A Cargill anunciou recentemente a aquisição da unidade de atomatados da Unilever no Brasil, no valor de US$ 350 milhões, que inclui uma fábrica e grandes marcas de molho e extrato de tomate. Imagino que a pergunta de uma única palavra revelasse várias preocupações. Por que entrar em uma nova categoria de negócios? De que forma uma unidade de atomatados se qualifica como crescimento válido? As aquisições envolvem pessoas – clientes e funcionários –, e não apenas instalações e produtos. Estamos animados com o ingresso na Cargill de profissionais importantes da equipe de agricultura da Unilever. Também vamos continuar a trabalhar com os 60 fazendeiros contratados que fornecem a colheita de tomate. O que aprendermos com as marcas de produtos de tomate no Brasil nos ajudará em outras economias em expansão. Temos 13 forças-tarefa envolvidas na integração e esperamos aprimorar as práticas recomendadas em todos os setores: de vendas e pesquisa e desenvolvimento a comunicação. A meta é ambiciosa. Então, por que tomates? Sempre que as pessoas se tornam mais prósperas, uma das primeiras decisões que tomam é melhorar a dieta alimentar. Um dos produtos que compram é o tomate processado. O mercado brasileiro dessa categoria apresentou crescimento de cerca de 4,5% ao ano entre 2007 e 2010. Os segmentos de baixa renda e a classe média da sociedade não têm sido consumidores tradicionais de molho e extrato de tomate. Acreditamos que, à medida que o Brasil continuar a crescer, o mercado doméstico se tornará cada vez mais robusto e um número maior de consumidores experimentará novos produtos alimentícios. O Brasil está crescendo. E, o que é mais importante, os brasileiros voltaram a sonhar. Vamos atender muitos novos consumidores neste grande país com nossos molhos e extratos de tomate, fornecendo um produto acessível da mais alta qualidade. Serão as muitas ótimas pessoas da Cargill que tornarão tudo isso possível. A Cargill pretende se tornar uma das maiores empresas de produtos alimentícios do País. Essa aquisição triplica o tamanho da Cargill Foods Brasil. Já temos uma empresa com marcas de óleos e gorduras no mercado *Sergio Rial é vice-presidente sênior 11 e A o À medida que a economia brasileira continuar a crescer, o mercado doméstico se tornará mais robusto e um número maior de consumidores experimentará novos produtos alimentícios, como molho e extrato de tomate S d e s t a q u e s orriso aberto. Em março, a unidade da Cargill de Santarém (PA) inaugurou um consultório odontológico para atender aos associados da Colônia de Pescadores Z20 e seus familiares. O local, com uma estrutura completa e moderna, levará saúde bucal a milhares de pessoas. A ação reforça a atuação social da Cargill nas comunidades em que atua. P lantando o futuro. Na edição de 2010 a ação Um Dia para o Futuro – na qual funcionários fazem doação em dinheiro para promover atividades de responsabilidade social e ambiental – voltou seu foco para o meio ambiente. A mudança ocorreu depois que a Fundação Cargill fez uma pesquisa de opinião com os funcionários na qual tiveram a oportunidade de sugerir o destino da arrecadação de 2010. O resultado mostrou que preferiam apoiar iniciativas voltadas à preservação da natureza, em vez de educação ou nutrição. Foram arrecadados R$ 105 mil, entre doações de funcionários, da Fundação Cargill e do Comitê da Cargill de Mineápolis para esse fim. B iodiesel para Petrobras. A Cargill, por meio da Unidade de Negócio Óleos Industriais e Lubrificantes, entregou o último lote de biodiesel à Petrobras no mês de março. O contrato se deu por meio do 20º Leilão de Biodiesel, realiza- V olume ampliado. A Cargill investirá cerca de R$ 350 milhões em uma nova fábrica de processamento de milho, com previsão de início das operações em 2013. A Unidade ampliará em 30% a capacidade de moagem de milho da empresa para a América do Sul. Três Estados estão sendo avaliados para sediar a fábrica. Esse é o segundo investimento da Cargill no setor. Em março de 2010, a fábrica de Amidos e Adoçantes em Uberlândia (MG) teve sua capacidade de moagem ampliada em 70% e ganhou também a construção de um sistema de cogeração para a produção de energia elétrica limpa, a partir de biomassa, que supre 70% de sua demanda naquele local. do em 2010 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e previa a venda do produto por um período de três meses, totalizando 2 mil m³. Para a pontualidade da entrega com a qualidade exigida, a equipe da Unidade de Mairinque (SP) F ácil de abrir. Para atender às necessidades e superar as expectativas dos consumidores, a Cargill lançou uma tampa especial para o óleo de soja Liza. A nova versão possui duas abas para abertura do produto, em vez de uma, o que facilita o manuseio para destros e canho12 trabalhou em parceria com profissionais da área de Pesquisa e Desenvolvimento dos Estados Unidos, que vieram ao Brasil para acompanhar a realização de testes e análises. A conectividade dos times foi ponto fundamental para o sucesso do negócio. tos. Além da funcionalidade, a tampa está mais sustentável: pesa 1 grama a menos, o que gera uma economia de 518 toneladas/ano de polietileno, correspondentes a 230 milhões de tampas por ano. O desenvolvimento do projeto foi possível graças à parceria entre as equipes da Cargill Brasil e Europa. F avoritos do consumidor. O 12º Estudo Líderes de Vendas, realizado pela Nielsen, aponta a Cargill como líder de mercado nas categorias óleos (de soja, algodão, canola, girassol, milho e arroz), com a marca Liza; azeite de oliva, com Gallo; e óleo composto, com Maria. Publicado na edição de março da revista SuperHiper, o estudo analisa 200 categorias de produtos e destaca as cinco principais marcas nacionais e regionais que tiveram maior faturamento nos pontos de venda. Essa avaliação é um Fotos: Arquivo Cargill V isita ao Brasil. O CEO da Cargill, Greg Page, esteve no Brasil em março para participar do CEO Forum Brasil-Estados Unidos, em Brasília. O encontro contou com a presença de executivos-chefes de empresas brasileiras e norte-americanas, os quais, ao final do evento, tiveram a oportunidade de entregar uma carta de intenções ao presidente Barack Obama, em visita ao Brasil, e à presidente Dilma Rousseff. Page também aproveitou sua estada no País para, junto com o presidente da Cargill no Brasil, Marcelo Martins, debater os rumos da empresa com líderes do governo. Em São Paulo, na sede da Cargill, reuniu-se com funcio- nários, para uma conversa informal, e com líderes das Unidades de Negócios, para discutir temas referentes a Açúcar e Etanol, Amidos e Adoçantes e a Uni- dade Grãos e Processamento de Soja. Em Goiás, conheceu a nova unidade de atomatados e ainda se reuniu com o governador do Estado, Marconi Perillo. importante instrumento para orientar o supermercadista sobre a composição ideal de marcas nas lojas e o que não pode faltar nas gôndolas. arca renovada. Em 2010, uma parceria entre a Cargill e a Louis Dreyfus Commodities (LDC) passou a controlar o Terminal Exportador do Guarujá (TEG). A joint venture permite uma utilização ainda melhor do terminal em razão da sinergia entre as empresas, com aprimoramentos que resultarão em um aumento da capacidade do terminal. A expressão desse novo momento está, também, no atual logotipo do TEG, que une as cores de ambas as empresas – verde e azul – e aponta para um posicionamento diferenciado do terminal. O estudo da marca foi desenvolvido entre as áreas de Comunicação Corporativa da Cargill e da Louis Dreyfus. O Terminal Exportador de Açúcar do Guarujá (TEAG), controlado pela Cargill e vizinho ao TEG, também teve seu logotipo atualizado. P resença marcante. Pela primeira vez Gallo patrocina eventos gastronômicos em todo o País. A edição deste ano da São Paulo Restaurant Week, entre 21 de março e 3 abril, levou aos paulistas o melhor da culinária do Estado por preços mais acessíveis. Harmonizações com Azeite Gallo foram feitas em diversas receitas. A marca apoia também o Comida di Buteco, realizado em 15 cidades de 8 Estados a partir de 15 de abril. Esse é um dos principais concursos culinários do País e a votação ocorre nos bares pelo público e por uma comissão de jurados. O Instituto de Pesquisas Vox Populi é responsável pela apuração e os resultados são informados na festa A Saideira, que encerra o concurso. 13 M o d n negócio de álcool com a aquisição das operações da Royal Nedalco na GrãBretanha e Holanda. Juntas, estas unidades respondem por cerca de 1 milhão de hectolitros anuais de álcool para consumo humano e uso industrial. A Cargill já é fornecedora de matéria-prima para a Nedalco nesse segmento. A aquisição, assim, é uma extensão natural da parceria. u Foto: Arquivo Cargill A Cargill anunciou sua entrada no D oce recorde. A fábrica de Porto Ferreira alcançou em janeiro recorde de produção de chocolate, em barras, raspas e coberturas. O aumento foi de 40% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado positivo tem como principal explicação a chegada da Páscoa, melhor época de vendas para o setor. Inaugurada há três anos, a Unidade da Cargill fabricava inicialmente volumes pequenos de chocolate. Ao longo do tempo, a empresa ampliou seu mercado de atuação, e a fábrica acompanhou esse crescimento. A cadeia norte-americana de restau- 14 rantes Wendy’s, em parceria com a Divisão de Molhos e Óleos (DSO) da Cargill e a Cargill Salt, lançou uma linha de batatas fritas em óleo com zero de gordura trans produzido pela DSO e salpicadas com sal marinho natural da Cargill Salt. As novas batatas fritas levaram dois anos para ser desenvolvidas, implicando várias combinações, avaliações e ajustes. A aprovação dos consumidores foi unânime quanto aos quesitos qualidade, sabor e valor, em testes de lançamento realizados em quatro cidades norte-americanas. m o l líder da plataforma de Ingredientes & Sistemas Alimentícios (FIS), Paul Naar, estavam entre os líderes globais que participaram da reunião anual do Fórum Econômico Social 2011, realizado em janeiro em Davos, na Suíça. O Fórum é um painel de discussão das questões mais prementes enfrentadas pelo mundo hoje, incluindo saúde e meio ambiente. O tema deste ano foi “Melhorar o estado do mundo: repensar, reformular, reconstruir” – e, frente ao papel fundamental da agricultura, alimentação e gestão de riscos na economia internacional, a Cargill poderá contribuir com sua expertise e entender melhor as perspectivas de outros stakeholders globais nessas questões. e O CEO da Cargill, Greg Page, e o 1942. Focada em seu público-alvo e com o objetivo de ficar cada vez mais próxima de seus consumidoras, a marca Maria lança sua nova campanha publicitária – “Um toque de Maria faz toda a diferença”. De março a maio, será veiculada em revistas femininas semanais de todo o Brasil, em TV aberta nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e no interior do Rio de Janeiro, nas televisões de ônibus de BH e da capital paulista, assim como nas TVs do metrô paulistano e suas principais estações. Além disso, haverá displays em pontos de venda. Maria aproveita a época de Páscoa para reforçar a marca e estar cada vez mais presente no dia a dia dos consumidores. p T oque de Maria. O óleo composto Maria® é um produto tradicional, presente na mesa dos brasileiros desde Foto: Arquivo Cargill/Ricardo Teles d e s t a q u e s Á gua é vida. A Unidade de Mairinque recebeu menção honrosa no 6º Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água em março, referente ao trabalho “Redução do consumo de água e carga orgânica dos efluentes tratados”, apresentado durante o evento. Desde 2007 a Unidade realiza o Programa de Conscientização no Uso de Água, com o objetivo de utilizar o recurso de forma adequada e sustentável. Na medição entre junho e dezembro de 2010, a recuperação atingiu 10,05% de toda a água usada na localidade, o que mostra uma evolução entre as medições anteriores: 7,29% de junho de 2009 a junho de 2010 e 3,56% entre junho de 2008 e junho de 2009. Os resultados são referentes ao tratamento, reúso e descarte da água. A ação teve início com um trabalho de conscientização dos funcionários em relação ao consumo do recurso. Com benefícios para produtores e meio ambiente, a Cargill amplia a proposta inovadora ç ã o Exportação de açúcar em contêineres ganha reforço Desde 2003, quando a Cargill criou o transporte de açúcar em contêineres no Brasil, as usinas podem exportar quantidades menores, pois não é preciso afretar um navio inteiro, como no embarque convencional. “Com esse modal, a empresa chega diretamente ao cliente final. O risco de crédito é menor, assim como o frete marítimo, uma vez que a frota está sendo renovada com foco em navios adequados ao transporte de contêineres”, diz Mendes. O usineiro administra melhor o fluxo de caixa, por programar mais efetivamente a exportação, diminuindo a necessidade de armazenagem, por exemplo. Também pode controlar com maior eficiência a qualidade do açúcar, analisando pequenas amostras continuamente, conforme vão ocorrendo os embarques. “Com o TEAC, estamos inovando mais uma vez – e mantendo a Cargill em posição de vanguarda no setor. O aprimoramento do modo como açúcares ensacados são exportados no País oferece grandes vantagens tanto para o produtor como para o importador, além da preservação do meio ambiente. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial da commodity e merece uma logística mais eficiente”, afirma Mendes. O mercado como um todo terá um grande ganho. Depois de realizar estudos sobre como melhorar a logística do transporte da commodity, com foco em benefícios para a cadeia exportadora de açúcares ensacados, a Cargill concluiu que era preciso utilizar um terminal próprio. O local foi escolhido estrategicamente na região de Campinas – entre Ribeirão Preto, onde estão as principais usinas do País, e o Porto de Santos, de onde é exportado o produto –, um dos maiores polos de infraestrutura do interior de São Paulo. “O Porto de Santos está saturado, já atingimos o máximo de sua capacidade. Para a Cargill continuar crescendo seus volumes exportados por ano, era necessário encontrar uma nova alternativa, adotar uma nova estratégia”, diz Fábio Mendes, trader de açúcar branco. O projeto, em parceria com a empresa belga de logística Katoen Natie, possibilitará que o açúcar, depois de embarcado em contêineres, seja transportado por via ferroviária, desde o TEAC até os terminais no Porto de Santos. Usando esse modal, os exportadores não precisarão mais transportar a mercadoria em caminhões, o que representará uma diminuição de custos, além de ser um meio de transporte mais sustentável. 15 v o n i Foto: Arquivo Cargill A Cargill iniciará as atividades, no primeiro semestre de 2011, do Terminal de Exportação de Açúcar em Contêineres (TEAC), apontado pelo mercado como uma grande novidade do setor açucareiro no País. A iniciativa é pioneira e trará benefícios não só à Cargill, mas também a produtores e usineiros. O TEAC vem complementar uma ação da empresa instituída em 2003, que é a exportação de açúcar já em contêineres. a Através do TEAC, a Cargill poderá oferecer ao mercado produtos customizados, como diversos tipos de sacaria e embalagem para os clientes importadores. “Assim, um supermercado da África do Sul, por exemplo, pode nos enviar seu logotipo para produzirmos sua embalagem aqui. Já comprará o produto pronto para colocar nas prateleiras, ganhando tempo e economizando”, explica Mendes. Hoje, mais de 85% da exportação de açúcares ensacados é feita em embalagens de 50 quilos. Para os usineiros, conforme analisa Mendes, também há benefícios. Como toda a logística ficará sob a responsabilidade da Cargill, o produtor terá maior segurança quanto à agilidade no embarque e à conservação do açúcar. “Durante o período de safra, de maio a dezembro, dificilmente os contêineres são embarcados no navio onde inicialmente foram nomeados. As rolagens de navios chegam a mais de 80%”, diz Mendes. www.purilev.com.br Óleo de Canola Pu rile v n e d m a o d c o e r p e la eo l ó o eir e Brasileira de m i iedad pr c Car o S O dio lo ANÚNCIO Purilev é livre de gorduras trans e possui baixo teor de gorduras saturadas. E, como todo óleo de canola, é rico em Ômega 3, nutriente essencial que o organismo não produz e, por isso, deve ser consumido através de uma alimentação balanceada. gia .
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