Edição nº26

Transcrição

Edição nº26
REVISTACARGILL
Puro tomate
Cargill entra para
o mercado de
atomatados com a
maior aquisição já
realizada no Brasil
ANO 31 - ABR. MAI. 2011
26
Estamos no caminho
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Gerenciamento de tempo
entrevista
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Boas práticas em Food Safety
visão global
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mensagem
Cargill no segmento de atomatados
Tomates: atendendo novos consumidores
em foco
Notícias Cargill
destaques
TEAC: inovação na logística de açúcar
inovação
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Revista Cargill é uma publicação trimestral editada pelo Departamento de Assuntos Corporativos e dirigida aos clientes, fornecedores e funcionários da
Cargill – Av. Morumbi, 8.234 – CEP 04703-002 – São Paulo – Tel.: (11) 5099-3311 – www.cargill.com.br – Direção Editorial: Afonso Champi – Coordenação
Editorial e Jornalista Responsável: Katia Perez (Mtb 20401) – Comitê Editorial: Ana Lúcia Caiasso, Andrea Fioravante, Anyelle Rocha, Cintia Bernardes,
César Neres, Cristiane Bordinhon, Cristina Vitória, Cristine Chui, Débora Sesti, Francisco Gomes, Gerson Beraldo, José Cardoso, Katia Sala, Neusa Duarte, Sônia
Matangrano, Vagner Rodrigues e Valmir Tambelini – Colaboração: Carolina Cardoso – Projeto Gráfico: Oz Design – www.ozdesign.com.br - Editoração e
Direção de Arte: Arco W Comunicação & Design – www.arcow.com.br – Elaboração de Conteúdo: Quintal 22 – Edição de Textos: Anna Costa e Letícia
Tavares – Reportagem: Raquel Casselli e Renata Nogueira – Foto Capa: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF. A Revista Cargill não se responsabiliza pelas
opiniões emitidas em entrevistas.
• A Revista Cargill adota o novo acordo ortográfico da língua portuguesa.
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especial
Para comentários ou sugestões sobre a Revista, envie seu e-mail para [email protected] ou telefone para (11) 5099-3220.
Foto: Sergio Zacchi
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Marcelo Martins
Presidente
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Boa leitura,
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Todos esses investimentos que acabo de citar, e muitos outros que a
Cargill realizou no mundo nesses últimos anos, tiveram início lá atrás, quando
definimos o que queremos ser em 2015, e contaram com o comprometimento e a dedicação de cada pessoa que integra nossa empresa. Tenho a certeza
de que estamos no caminho certo rumo à materialização da nossa intenção
estratégica. E alguns exemplos práticos desse nosso movimento você confere
nas próximas páginas.
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Nossas Unidades de Negócios e cada uma de nossas fábricas tomaram o
mesmo rumo. E os resultados são vistos a cada dia. Inauguramos em maio de
2009 a unidade de processamento de soja, em Primavera do Leste, em Mato
Grosso; ampliamos a capacidade de processamento de milho, em Uberlândia,
Minas Gerais, em 2010; incrementamos, também no ano passado, a nossa
capacidade de exportação no Terminal Exportador do Guarujá. E consolidamos, em março deste ano, a compra dos negócios de atomatados da Unilever
– assunto que vocês verão em detalhes nesta edição.
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Algumas dessas alterações rumo à nova estratégia podem ser imediatas,
outras exigem um tempo de maturação. Quando a Cargill definiu que nossa intenção estratégica é ser a empresa preferida de nossos clientes e uma
das mais importantes organizações globais no setor de alimentos, não estava
apenas escrevendo sua visão, seu sonho, mas apontando a direção exata para
chegar aonde queremos em 2015. E não ficamos parados.
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uando uma empresa traça uma estratégia de longo prazo, para alguns pode ficar aquela sensação de que nada mudará no dia seguinte, no ano que está por vir. Pensar assim é um engano. A partir do
momento em que são definidos os rumos dos negócios, de forma consistente
e acordada pela direção da organização, os conceitos e as metas são repassados para o time todo o mais rápido possível e, realmente, as mudanças aos
poucos começam a ser percebidas.
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Falta tempo para cumprir compromissos
profissionais e equilibrar a vida pessoal?
Planeje-se pela manhã e siga fielmente a agenda
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Tic-tac, tic-tac. As horas passam e fica a sensação de
que poucas tarefas foram concretizadas no trabalho ao
longo do dia. Diferentemente do que muitos profissionais pensam, o relógio não é o vilão da história e qualquer pessoa pode usá-lo a seu favor. A solução é mais
simples do que parece, o difícil é cumpri-la rigorosamente: planejamento e agenda. É preciso ter em mente que
não é o tempo que nos controla, nós é que temos de
controlar o tempo.
Revista Cargill – Como os profissionais podem fazer do tempo seu maior aliado, e não o principal algoz?
Christian Barbosa – Uma questão tem de ficar clara.
Não é que não temos tempo, é que estamos usando-o
mal. O trabalho é uma coisa infinita, as pessoas sempre
terão o que fazer, mas o tempo é finito. Por isso, nosso
papel é estipular horários para o trabalho e abrir espaço
para as atividades pessoais. É preciso controlar o tempo
e não deixar nada para a última hora.
De acordo com dados da consultoria Triad
Productivity Solutions, de 60% a 70% do tempo do funcionário deve ser utilizado com trabalhos cujo objetivo é
gerar resultados tanto para a empresa como para a vida
pessoal. Para esclarecer a melhor forma de gerenciamento do tempo, a fim de que o profissional seja produtivo
no trabalho e saiba equilibrá-lo com a vida pessoal, a
Revista Cargill conversou com Christian Barbosa, fundador e diretor da Triad PS.
Revista Cargill – Qual é a melhor forma de organizar a agenda do dia?
Christian Barbosa – A primeira coisa é ter uma agenda única para a vida profissional e pessoal. Isso porque
a vida é uma só. O ideal é dividi-la em duas partes: os
compromissos com horários e as tarefas, isto é, as pequenas atividades que temos de fazer ao longo do dia.
São telefonemas, checagem de uma entrega, verificar se
a pessoa cumpriu uma atividade delegada etc. Nosso dia
não é composto apenas de reuniões, há muitas tarefas. E
é nessas tarefas que precisamos prestar atenção, pois as
pessoas não tropeçam nas coisas grandes, mas nas pedrinhas. Outro ponto importante: não guardar as atividades na cabeça. Quem faz isso não consegue se planejar.
Como consequência, vive na urgência e corrompe todo
o dia. É aí que entra a agenda, que pode ser a convencional, um software ou a do celular, basta que o profissional
consiga registrar os compromissos e tarefas e use esse
recurso todos os dias. Atenção: anote as pequenas atividades, pois aquilo que não era prioridade pode se tornar
uma urgência, mais para a frente.
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Foto: Divulgação
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O relógio
a seu favor
Revista Cargill – Em que atividade os profissionais
gastam mais tempo hoje?
Christian Barbosa – Algumas ações consomem muito do seu tempo, como e-mails, reuniões e a internet. As
pessoas também perdem tempo enrolando no ambiente corporativo. Isso é natural no ser humano, e pode ser
comprovado por meio de uma pesquisa que realizamos
em janeiro, divulgada no mês seguinte na revista Você
S/A, para descobrir de que forma os profissionais usam
o tempo no trabalho. Dos 1.606 entrevistados, 30% passam, em média, uma hora do dia sem fazer nada, ou seja,
gastam mal as horas que permanecem no escritório. A
tecnologia é outro fator, pois muitas vezes acaba atrapalhando o rendimento das pessoas, ao invés de ajudá-las.
Se não houver disciplina de horário para acesso à internet, por exemplo, o profissional vai perder tempo à toa,
em vez de focar no trabalho.
Revista Cargill – Ficar muitas horas no trabalho
pode não significar necessariamente aumento de produtividade?
Christian Barbosa – Trabalhar muito não significa
trabalhar bem. Temos de trabalhar na medida em que
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Christian Barbosa – Como havia dito, a organização é bastante pessoal, mas cabem aqui alguns conselhos. No domingo, momentos antes de dormir, dê uma
olhada na agenda e pense em tudo que precisa fazer.
Veja seus objetivos e cheque suas reuniões. No dia a
dia, acrescente em suas anotações as atividades cotidianas que deve fazer, pense na duração de cada uma
e não exagere, pois deve sempre sobrar tempo para
eventuais urgências que possam aparecer. Outra dica é
a conscientização da equipe em relação à produtividade. Uma pessoa mais produtiva ajuda a criar uma equipe mais produtiva, para transformar o escritório em
um ambiente mais eficiente. Converse sobre a adoção
de estratégias de produtividade e inicie o processo de
ajudar todos a ter mais tempo, mais resultados e mais
equilíbrio em todas as áreas. E, por fim, saiba dizer não.
Essa é uma tarefa difícil, ainda mais quando se trata de
cliente e fornecedor (internos ou externos). Mas, acredite, se você aceitar tudo, sua agenda ficará lotada com
prioridades de terceiros e sobrará pouco tempo para
cumprir aquilo que planejou, que é realmente prioridade. Negociar é a palavra-chave.
geramos resultados. Há pessoas que cumprem uma
jornada de 12 ou 14 horas porque ficam duas, três horas enrolando ao longo do dia, enquanto há profissionais que em oito horas conseguem dar conta de todo
o trabalho. É preciso refletir e se perguntar: durante
todo esse tempo que passo no trabalho, o que estou
deixando de fazer? Há mais pessoas que usam mal o
tempo do que gente sem tempo. O profissional tem de
aprender a lidar com o tempo, para também ficar em
casa, ver a família, sair com amigos. Lá na frente, aos 90
anos, a família e os amigos é que estarão ao seu lado.
Revista Cargill – Como fazer reuniões produtivas, a
fim de que os profissionais não percam muito tempo
nessa tarefa?
Christian Barbosa – Uma boa reunião começa com
bom planejamento. Além disso, precisa ter uma condução, alguém para liderar. Deixar na mão de todo mundo
não funciona. O líder ajuda a tornar o encontro produtivo. É uma pessoa assertiva, objetiva, que corta as conversas paralelas, e, principalmente, consegue extrair um
resultado. A quantidade de pessoas também influencia.
O ideal é fazer reuniões com poucas pessoas, que decidam e estejam por dentro do assunto.
”Não é que não temos
tempo, é que estamos
usando-o mal”
Revista Cargill – Ferramentas eletrônicas, como emails, são utilizadas para agilizar processos, mas podem embaraçar o dia todo. Como usá-las a favor?
Christian Barbosa – O mais importante é ter disciplina com a ferramenta, definir quantas horas do dia
se quer gastar com e-mail e internet. O Outlook, por
exemplo, já faz parte do cotidiano da maioria dos profissionais, mas aqueles que não dominam o software
perdem muito tempo. É preciso aprender a usá-lo de
maneira eficiente. Deixar a caixa de entrada vazia, copiar todos apenas em caso de extrema necessidade e
usar a cópia oculta para evitar que as pessoas comecem a responder para todos os e-mails. Outra dica para
tornar a ferramenta eficaz é escrever e-mails de forma
simples e objetiva.
Revista Cargill – É verdade que as pessoas mais produtivas trabalham em um ambiente mais organizado?
Christian Barbosa – Ambiente bagunçado é um
convite à improdutividade. Reserve um tempo para pôr
em ordem cada ambiente da sua casa e escritório, evite
querer organizar tudo em apenas um dia (isso se torna
cansativo e faz com que você desista no meio). Jogue
fora o que não precisar, utilize pastas transparentes etiquetadas para organizar sua papelada.
Revista Cargill – Há como identificar se a tarefa
exercida é prioritária?
Christian Barbosa – Para isso, o funcionário tem de
saber se a tarefa está gerando resultado para a carreira
dele ou para a empresa, se tem a ver com as metas da
corporação. As pessoas hoje acham que tudo é urgente,
e acabam ficando sem tempo.
Revista Cargill – Como as corporações podem incentivar esse aprendizado?
Christian Barbosa – A melhor forma é treinar seus
líderes para aprenderem a ter mais tempo. As pessoas
não aprenderam isso em sua formação e têm de ser treinadas para lidar com a questão. E o mais importante é a
conscientização da direção, que precisa rever conceitos,
posturas e métodos para conseguir aplicar modelos de
produtividade e qualidade de vida na empresa. 
Revista Cargill – Quais as suas dicas para o profissional melhorar o gerenciamento do tempo?
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O
Cargill envolve produtores em nova
campanha sobre segurança alimentar
que para muitos pode soar como novidade é,
há muito tempo, uma preocupação mundial.
Acredite, o food safety (alimento seguro) surgiu após a Primeira Guerra Mundial, momento em que
as nações deram atenção à questão do abastecimento
de alimentos para sua população. Na época, porém, a
grande preocupação era a possibilidade de um país dominar outro caso controlasse esse fornecimento.
mento de 3,4% na produção, ou seja, cerca de 5 milhões
de toneladas, em comparação com o período anterior.
O País destaca-se também entre os maiores produtores mundiais de soja. Segundo a Conab, a previsão para
2010-2011 é de 70,3 milhões de toneladas – 1,6 milhão a
mais que o volume produzido em 2009-2010.
De lá para cá, o food safety evoluiu muito, sendo traduzido como garantia de o consumidor adquirir um
alimento seguro em relação à saúde. Isso significa ser
livre de contaminantes de natureza química, biológica
ou física que possam pôr em risco a saúde das pessoas.
O conceito criou normas rígidas, que são incrementadas
de acordo com cada governo e servem de exigência para
o comércio mundial de alimentos. Ficar à margem disso
significa estar fora do mercado e até perder a produção.
Essa bonança exige do produtor e das indústrias critérios rígidos de qualidade e segurança. Um produto em
desacordo com essas normas pode significar perdas importantes para quem é do campo e da indústria.
Grão de qualidade
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Alimento
seguro em
primeiro lugar
A segurança começa no campo, por isso a Unidade
de Negócio Grãos e Processamento de Soja iniciou, este
ano, uma campanha com os produtores de soja e milho.
O propósito é conscientizá-los da importância de fornecer grãos de qualidade, sem contaminantes que possam
comprometer a saúde dos futuros consumidores.
O Brasil aparece como um dos maiores produtores
de grãos do mundo e vem registrando sucessivos recordes em suas safras. Para o período 2010-2011, deve bater
novamente o recorde, com 154,2 milhões de toneladas
colhidas, conforme dados divulgados pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). Espera-se um au-
De acordo com Tiago Moreno, gerente de Qualidade
de Grãos da Unidade, muitas vezes o produtor compra
as sementes de soja e milho para plantar e faz uso de
uma série de defensivos para garantir sua produtividade.
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As sementes que sobram – as que não foram plantadas
– em alguns casos são misturadas aos grãos da colheita
e acabam chegando dessa forma à Unidade. “O objetivo da campanha é mostrar aos produtores rurais que a
Cargill é uma empresa comprometida com alimentos seguros e de qualidade. Por isso, eles também são responsáveis pela segurança dos produtos, e devemos orientálos para que os grãos cheguem sem contaminantes ao
seu destino”, afirma Tiago Moreno.
cionários são treinados por especialistas da área, pois devem seguir à risca todos os procedimentos estabelecidos.
O CFSRA estabelece requisitos a serem implantados
em toda a cadeia de suprimentos (originação, produção,
expedição). Para verificar seu cumprimento, foi instituído um indicador de segurança do produto, o Food
Safety Index (FSI), que anualmente é medido por auditorias in loco, realizadas por uma equipe de segurança
do produto devidamente capacitada. Outra inciativa do
CFSRA é estar à frente das exigências dos clientes quanto
à segurança do produto. Para isso, em 2010 estabeleceu
um cronograma para certificação das fábricas em conformidade com a Food Safety System Certification 22000
(FSSC 22000), que engloba a norma ISO 22000, com foco
em segurança do produto, e a PAS 220, que são requisitos adicionais elaborados pelos próprios clientes.
A iniciativa está sendo realizada em todas as Unidades
brasileiras, por meio de banners com as orientações sobre segurança alimentar e distribuição de material informativo nas visitas da equipe Comercial aos produtores e
no momento da entrega de grãos. E, no caso de devolução de carga ao fornecedor por não conformidade com
as normas de food safety, ele recebe explicações sobre o
motivo do embargo.
No Brasil, seis Unidades da Cargill já foram certificadas pela norma FSSC 22000: Mairinque (SP), Primavera
do Leste (MT), Ilhéus (BA), São José do Rio Pardo (SP),
Unidade de Grãos e Processamento de Soja de Uberlândia
(MG) e Itumbiara (GO). Em Uberlândia, a Unidade de
Negócio Grãos e Processamento de Soja possui, desde
2007, a certificação ISO 22000, também com foco em segurança alimentar. “Isso demonstra que estamos alinhados com as estratégias da empresa, o cumprimento de
normas e exigências dos clientes frente à segurança dos
nossos produtos”, diz Ana Maria da Silva Marques, gerente de Controle de Qualidade da Unidade.
“Dentro das Intenções Estratégicas 2015 da Cargill, o
foco é ser o fornecedor de preferência do consumidor. O
food safety não é uma vantagem competitiva, e sim uma
obrigação do fabricante. Hoje trabalhamos com aproximadamente 9 mil produtores e oferecemos grãos seguros,
mas nosso desafio é garantir que cada dia mais a commodity saia da Unidade com segurança”, diz o gerente.
Cuidado de longa data
Foto: Arquivo Cargill
Atenta a esse tema, a Cargill mantém o Grupo
Corporativo de Segurança dos Alimentos e Assuntos
Regulatórios (CFSRA), sediado em Mineápolis (EUA).
Seus especialistas em ciências dos alimentos dão suporte às 24 Unidades de Negócios da Plataforma de
Ingredientes Alimentícios, o que corresponde a 220 instalações de produção no mundo.
Entre as iniciativas coordenadas por esse grupo estão
treinamentos ministrados para a liderança, gerência de
operações, supervisores e pessoas que fiscalizam a eficácia
do programa de segurança dos alimentos nas operações
da empresa. A Cargill trabalha com regras rígidas e os fun-
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Fotos Soja: Arquivo Arco W/StockPhoto - RF
Unidade de Uberlândia conquista a ISO 22000, que tem como foco a segurança
alimentar. A empresa está alinhada às exigências do mercado e de sua matriz,
nos Estados Unidos
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Cargill entra no
mercado de atomatados
Empresa amplia seu portfólio de produtos com as marcas
Pomarola, Tarantella, Elefante, Extratomato e Pomodoro
T
er marcas fortes como Liza, Gallo, Delverde e,
agora, Pomarola reunidas na mesa da família
brasileira não é apenas uma coincidência para
a Cargill. Por trás está a Intenção Estratégica 2015 da
empresa, que tem como um dos objetivos tornar-se a
preferida dos seus clientes. “A decisão de entrar para
o segmento de atomatados, adquirindo marcas consagradas da Unilever, significa dar um passo a mais nessa
direção”, explica Marcelo Martins, presidente da Cargill
no Brasil.
estratégicos. A grande chance surgiu com a negociação da linha de atomatados da Unilever, que reúne as
marcas Tarantella, Pomarola, Elefante, Extratomato e
Pomodoro”, afirma o presidente da Cargill.
É a primeira vez que a empresa atuará no mercado de
tomates, em todo o mundo. “Acredito que, se executarmos o projeto com sucesso, essa boa prática pode ser repassada aos países nos quais a empresa também possui
produtos de consumo”, diz o presidente. E, segundo ele,
“apesar dessa grande aquisição, a Cargill vai continuar
olhando para as oportunidades, na expectativa de que
diversos projetos que estão em andamento, em especial
em relação à inovação em alimentos, amadureçam”.
Em 1º de março a empresa concluiu a compra do
negócio de produtos de tomate da Unilever no Brasil.
O acordo foi firmado em setembro do ano passado e
envolveu um investimento de cerca de R$ 600 milhões.
Essa é uma das maiores aquisições da história da Cargill
no mundo e a maior no País. Segundo Martins, o segmento de atomatados já estava na mira da Unidade de
Negócios Foods Brasil. “A Unidade havia identificado
como uma das oportunidades o mercado de tomates,
afinal possui um significativo componente agrícola, no
qual temos muita experiência, guarda muitas sinergias
com o restante de nosso portfólio de produtos de consumo e não compete com nenhum de nossos clientes
Mercado aquecido
Segundo dados da consultoria Nielsen, o mercado
brasileiro de atomatados – cerca de 530 mil toneladas/
ano – teve um crescimento de 16,2% entre 2007 e 2010.
Os derivados de tomate, como molhos e extratos, são a
sétima categoria mais importante de produtos alimentícios não perecíveis na mesa do brasileiro e com alta frequência de compra.
Conheça alguns dos novos produtos Cargill
www.pomarola.com.br
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A empresa vai utilizar a base de distribuição já consagrada para seus produtos de consumo para levar a linha de
atomatados até o consumidor. “Temos marcas líderes nos
segmentos de óleos e azeites e ainda atuamos nacionalmente com nossa equipe Comercial e com nossa Distribuição.
Isso nos dá condições para sermos um excelente parceiro
dos varejistas, com um portfólio interessante e relevante
para trabalhar as lojas”, afirma Rubens Pereira, gerente-geral
da Unidade de Negócio Foods Brasil.
lhor é que partimos de um patamar de operação agrícola
muito bom, muito elevado”, diz o presidente da Cargill.
Desafio da integração
O primeiro desafio de uma aquisição como essa é a
integração dos negócios e das equipes. São cerca de 750
funcionários transferidos para a Cargill e foram contrata-
Com o novo negócio, a Cargill pretende aumentar
em mais de 40% o faturamento da Unidade. Para isso
haverá investimento em publicidade e ações nos pontos
de venda no segundo semestre. “Todas as marcas têm
bom posicionamento no mercado e algumas já são líderes, mas queremos recuperar e ampliar o market share
de cada uma”, diz Pereira.
Além de olhar para o cliente, a Cargill se preocupa com
a outra ponta do negócio: os fornecedores. A empresa aliará sua experiência em agronegócio ao trabalho que estava
sendo feito pela Unilever para fortalecer o relacionamento
com os produtores. “Queremos ampliar as sinergias, buscar
oportunidades, compartilhar as melhores práticas. O me-
O presidente mundial da Cargill, Greg Page (à dir.), visita unidade de atomatados
em Goiás, acompanhado pelo gerente-geral Rubens Pereira, e conhece as novas
marcas da empresa
www.extratoelefante.com.br
www.tarantella.com.br
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“Temos pela frente um grande desafio e entendo
também que uma enorme possibilidade de aprendizado. A equipe da Cargill está aprendendo sobre uma
nova categoria de produto. Os profissionais que chegam
agora à nossa empresa vão conhecer o nosso jeito de ser
e de fazer negócios”, explica Marcelo Martins. O objetivo, segundo o presidente da empresa, é realizar essa
integração da maneira mais suave possível para todos.
“Tomamos cuidado para preservar ao máximo as condições e os benefícios dos funcionários que assumimos.”
Para consolidar essa integração, a Cargill formou um
grupo com cerca de 70 profissionais para alinhar os
sistemas de informática, os processos de trabalho,
entre outras missões. O time de integração começou
a trabalhar em outubro e permanecerá até o início
do segundo semestre. O primeiro passo da empresa foi
fazer um estudo para perceber os pontos fortes do processo produtivo e identificar oportunidades de melhoria.
A partir desse diagnóstico, serão definidas as ações para
2011. “Bem diferente de algumas outras empresas que
adquirimos, o negócio de atomatados era de uma grande
companhia, com excelentes práticas operacionais e de recursos humanos, e para nós também é um desafio superar
e aperfeiçoar essa realidade”, afirma Marcelo Martins.
Por dentro da maior processadora
de tomates da América Latina
Localização: Goiânia (GO)
Área: 580 mil m² de área total e 135 mil m² de
área construída
Produção: processamento de tomates em molho, extrato
e polpa
Capacidade: 450 toneladas/dia de produto acabado
Marcas: Pomarola, Tarantella, Elefante, Extratomato,
Pomodoro
Número de funcionários: 756
Novas contratações: 120 profissionais
Time temporário: 350 funcionários para a época da safra
Algumas decisões, por exemplo, já estão tomadas.
Uma delas é investir na fábrica, localizada em Goiânia, capital de Goiás. O objetivo é dar maior flexibilidade quanto
aos tipos de embalagem produzidos e aperfeiçoar a infraestrutura. O mercado, os consumidores, os clientes, os
produtores e também os funcionários da Cargill podem
esperar boas novidades daqui para a frente.
www.cargill.com.br
www.cargill.com.br
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Fotos: Arquivo Cargill e Arquivo Arco W/StockPhoto - RF
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dos mais 120 profissionais, sem contar um contingente
superior a 350 pessoas com contrato temporário para o
período da safra – entre junho e outubro.
Tomates?
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Foto: Sérgio Zacchi
Sergio Rial*
aceleração do crescimento da Cargill foi um tópico importante do nosso Fórum de Liderança
2010, realizado em outubro. Em determinado
momento, a liderança corporativa da empresa começou
a responder às perguntas feitas pelos demais colaboradores. Uma das que chegaram a mim continha apenas
uma palavra: “Tomates?”
nacional, e os produtos de tomate processado encaixamse perfeitamente na distribuição que já estabelecemos.
Mas por que tomates? Esse é um produto novo para a
Cargill: uma cadeia de produção que envolve um insumo
totalmente perecível. Não devemos subestimar os riscos.
É exatamente por isso que enfatizamos a expressão “ótimas pessoas” na declaração da nossa Intenção Estratégica
de 2015. Sim, podemos assumir riscos em categorias que
ainda não dominamos se reconhecermos a força do nosso
pessoal. Acredito plenamente que temos uma equipe de
ótimas pessoas, que propiciarão o sucesso dos negócios.
A Cargill anunciou recentemente a aquisição da
unidade de atomatados da Unilever no Brasil, no valor
de US$ 350 milhões, que inclui uma fábrica e grandes
marcas de molho e extrato de tomate. Imagino que a
pergunta de uma única palavra revelasse várias preocupações. Por que entrar em uma nova categoria de negócios? De que forma uma unidade de atomatados se
qualifica como crescimento válido?
As aquisições envolvem pessoas – clientes e funcionários –, e não apenas instalações e produtos. Estamos
animados com o ingresso na Cargill de profissionais importantes da equipe de agricultura da Unilever. Também
vamos continuar a trabalhar com os 60 fazendeiros
contratados que fornecem a colheita de tomate. O que
aprendermos com as marcas de produtos de tomate no
Brasil nos ajudará em outras economias em expansão.
Temos 13 forças-tarefa envolvidas na integração e esperamos aprimorar as práticas recomendadas em todos os
setores: de vendas e pesquisa e desenvolvimento a comunicação. A meta é ambiciosa.
Então, por que tomates? Sempre que as pessoas se
tornam mais prósperas, uma das primeiras decisões que
tomam é melhorar a dieta alimentar. Um dos produtos
que compram é o tomate processado. O mercado brasileiro dessa categoria apresentou crescimento de cerca de 4,5% ao ano entre 2007 e 2010. Os segmentos de
baixa renda e a classe média da sociedade não têm sido
consumidores tradicionais de molho e extrato de tomate. Acreditamos que, à medida que o Brasil continuar a
crescer, o mercado doméstico se tornará cada vez mais
robusto e um número maior de consumidores experimentará novos produtos alimentícios.
O Brasil está crescendo. E, o que é mais importante,
os brasileiros voltaram a sonhar. Vamos atender muitos novos consumidores neste grande país com nossos
molhos e extratos de tomate, fornecendo um produto
acessível da mais alta qualidade. Serão as muitas ótimas
pessoas da Cargill que tornarão tudo isso possível.
A Cargill pretende se tornar uma das maiores empresas de produtos alimentícios do País. Essa aquisição
triplica o tamanho da Cargill Foods Brasil. Já temos uma
empresa com marcas de óleos e gorduras no mercado
*Sergio Rial é vice-presidente sênior
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À medida que a economia
brasileira continuar a crescer,
o mercado doméstico se tornará
mais robusto e um número maior
de consumidores experimentará
novos produtos alimentícios,
como molho e extrato de tomate
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orriso aberto. Em
março, a unidade da
Cargill de Santarém
(PA) inaugurou um consultório
odontológico para atender aos
associados da Colônia de Pescadores Z20 e seus familiares. O
local, com uma estrutura completa e moderna, levará saúde
bucal a milhares de pessoas. A
ação reforça a atuação social
da Cargill nas comunidades em
que atua.
P
lantando o futuro. Na edição de 2010 a ação Um Dia
para o Futuro – na qual
funcionários fazem doação em dinheiro
para promover atividades de responsabilidade social e ambiental – voltou seu
foco para o meio ambiente. A mudança
ocorreu depois que a Fundação Cargill
fez uma pesquisa de opinião com os funcionários na qual tiveram a oportunidade de sugerir o destino da arrecadação
de 2010. O resultado mostrou que preferiam apoiar iniciativas voltadas à preservação da natureza, em vez de educação ou nutrição. Foram arrecadados
R$ 105 mil, entre doações de funcionários, da Fundação Cargill e do Comitê da
Cargill de Mineápolis para esse fim.
B
iodiesel para Petrobras.
A Cargill, por meio da Unidade de Negócio Óleos
Industriais e Lubrificantes, entregou o
último lote de biodiesel à Petrobras no
mês de março. O contrato se deu por
meio do 20º Leilão de Biodiesel, realiza-
V
olume ampliado. A Cargill investirá cerca de R$ 350
milhões em uma nova fábrica de processamento de milho, com previsão de início das
operações em 2013. A Unidade ampliará em 30% a
capacidade de moagem de milho da empresa para a
América do Sul. Três Estados estão sendo avaliados para sediar a fábrica. Esse é o segundo investimento da Cargill no setor. Em
março de 2010, a fábrica de Amidos e
Adoçantes em Uberlândia (MG) teve
sua capacidade de moagem ampliada
em 70% e ganhou também a construção de um sistema de cogeração para
a produção de energia elétrica limpa,
a partir de biomassa, que supre 70%
de sua demanda naquele local.
do em 2010 pela Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e previa a venda do produto por um período de três meses, totalizando 2 mil m³. Para a pontualidade
da entrega com a qualidade exigida, a
equipe da Unidade de Mairinque (SP)
F
ácil de abrir. Para atender
às necessidades e superar as
expectativas dos consumidores, a Cargill lançou uma tampa especial para o óleo de soja Liza. A nova
versão possui duas abas para abertura
do produto, em vez de uma, o que facilita o manuseio para destros e canho12
trabalhou em parceria com profissionais da área de Pesquisa e Desenvolvimento dos Estados Unidos, que vieram
ao Brasil para acompanhar a realização
de testes e análises. A conectividade
dos times foi ponto fundamental para
o sucesso do negócio.
tos. Além da funcionalidade, a tampa
está mais sustentável: pesa 1 grama a
menos, o que gera uma economia de
518 toneladas/ano de polietileno, correspondentes a 230 milhões de tampas
por ano. O desenvolvimento do projeto
foi possível graças à parceria entre as
equipes da Cargill Brasil e Europa.
F
avoritos do consumidor.
O 12º Estudo Líderes de
Vendas, realizado pela
Nielsen, aponta a Cargill como líder
de mercado nas categorias óleos (de
soja, algodão, canola, girassol, milho
e arroz), com a marca Liza; azeite de
oliva, com Gallo; e óleo composto,
com Maria. Publicado na edição de
março da revista SuperHiper, o estudo analisa 200 categorias de produtos e destaca as cinco principais
marcas nacionais e regionais que tiveram maior faturamento nos pontos de venda. Essa avaliação é um
Fotos: Arquivo Cargill
V
isita ao Brasil. O CEO da
Cargill, Greg Page, esteve no
Brasil em março para participar do CEO Forum Brasil-Estados
Unidos, em Brasília. O encontro contou
com a presença de executivos-chefes de
empresas brasileiras e norte-americanas,
os quais, ao final do evento, tiveram a
oportunidade de entregar uma carta de
intenções ao presidente Barack Obama,
em visita ao Brasil, e à presidente Dilma
Rousseff. Page também aproveitou sua
estada no País para, junto com o presidente da Cargill no Brasil, Marcelo Martins, debater os rumos da empresa com
líderes do governo. Em São Paulo, na
sede da Cargill, reuniu-se com funcio-
nários, para uma conversa informal, e
com líderes das Unidades de Negócios,
para discutir temas referentes a Açúcar
e Etanol, Amidos e Adoçantes e a Uni-
dade Grãos e Processamento de Soja.
Em Goiás, conheceu a nova unidade de
atomatados e ainda se reuniu com o
governador do Estado, Marconi Perillo.
importante instrumento para orientar o supermercadista sobre a composição ideal de marcas nas lojas e
o que não pode faltar nas gôndolas.
arca renovada. Em 2010,
uma parceria entre a
Cargill e a Louis Dreyfus
Commodities (LDC) passou a controlar o Terminal Exportador do
Guarujá (TEG). A joint venture permite uma utilização ainda melhor
do terminal em razão da sinergia
entre as empresas, com aprimoramentos que resultarão em um aumento da capacidade do terminal.
A expressão desse novo momento
está, também, no atual logotipo do
TEG, que une as cores de ambas as
empresas – verde e azul – e aponta
para um posicionamento diferenciado do terminal. O estudo da marca foi desenvolvido entre as áreas
de Comunicação Corporativa da
Cargill e da Louis Dreyfus. O Terminal Exportador de Açúcar do Guarujá (TEAG), controlado pela Cargill
e vizinho ao TEG, também teve seu
logotipo atualizado.
P
resença marcante. Pela primeira
vez Gallo patrocina eventos gastronômicos em todo o País. A edição
deste ano da São Paulo Restaurant Week, entre 21 de março e 3 abril, levou aos paulistas o
melhor da culinária do Estado por preços mais
acessíveis. Harmonizações com Azeite Gallo
foram feitas em diversas receitas. A marca
apoia também o Comida di Buteco, realizado
em 15 cidades de 8 Estados a partir de 15 de
abril. Esse é um dos principais concursos culinários do País e a votação ocorre nos bares
pelo público e por uma comissão de jurados. O
Instituto de Pesquisas Vox Populi é responsável
pela apuração e os resultados são informados
na festa A Saideira, que encerra o concurso.
13
M
o
d
n
negócio de álcool com a aquisição das
operações da Royal Nedalco na GrãBretanha e Holanda. Juntas, estas unidades respondem por cerca de 1 milhão
de hectolitros anuais de álcool para
consumo humano e uso industrial. A
Cargill já é fornecedora de matéria-prima
para a Nedalco nesse segmento. A aquisição, assim, é uma extensão natural
da parceria.
u
Foto: Arquivo Cargill
 A Cargill anunciou sua entrada no
D
oce recorde. A fábrica de
Porto Ferreira alcançou
em janeiro recorde de
produção de chocolate, em barras,
raspas e coberturas. O aumento foi
de 40% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado positivo
tem como principal explicação a
chegada da Páscoa, melhor época de
vendas para o setor. Inaugurada há três anos, a Unidade
da Cargill fabricava inicialmente volumes pequenos de
chocolate. Ao longo do tempo, a
empresa ampliou seu mercado de
atuação, e a fábrica acompanhou
esse crescimento.
 A cadeia norte-americana de restau-
14
rantes Wendy’s, em parceria com a Divisão de Molhos e Óleos (DSO) da Cargill e a
Cargill Salt, lançou uma linha de batatas
fritas em óleo com zero de gordura trans
produzido pela DSO e salpicadas com sal
marinho natural da Cargill Salt. As novas
batatas fritas levaram dois anos para ser
desenvolvidas, implicando várias combinações, avaliações e ajustes. A aprovação
dos consumidores foi unânime quanto
aos quesitos qualidade, sabor e valor, em
testes de lançamento realizados em quatro cidades norte-americanas.
m
o
l
líder da plataforma de Ingredientes
& Sistemas Alimentícios (FIS), Paul
Naar, estavam entre os líderes globais
que participaram da reunião anual do
Fórum Econômico Social 2011, realizado em janeiro em Davos, na Suíça.
O Fórum é um painel de discussão das
questões mais prementes enfrentadas
pelo mundo hoje, incluindo saúde
e meio ambiente. O tema deste ano
foi “Melhorar o estado do mundo:
repensar, reformular, reconstruir”
– e, frente ao papel fundamental da
agricultura, alimentação e gestão de
riscos na economia internacional, a
Cargill poderá contribuir com sua expertise e entender melhor as perspectivas de outros stakeholders globais
nessas questões.
e
 O CEO da Cargill, Greg Page, e o
1942. Focada em seu público-alvo
e com o objetivo de ficar cada vez
mais próxima de seus consumidoras,
a marca Maria lança sua nova campanha publicitária – “Um toque de
Maria faz toda a diferença”. De março a maio, será veiculada em revistas
femininas semanais de todo o Brasil,
em TV aberta nos Estados de Minas
Gerais e Espírito Santo e no interior do
Rio de Janeiro, nas televisões de ônibus de BH e da capital paulista, assim
como nas TVs do metrô paulistano e
suas principais estações. Além disso,
haverá displays em pontos de venda.
Maria aproveita a época de Páscoa
para reforçar a marca e estar cada
vez mais presente no dia a dia dos
consumidores.
p
T
oque de Maria. O óleo
composto Maria® é um
produto tradicional, presente na mesa dos brasileiros desde
Foto: Arquivo Cargill/Ricardo Teles
d
e
s
t
a
q
u
e
s
Á
gua é vida. A Unidade de Mairinque recebeu menção honrosa no 6º
Prêmio Fiesp de Conservação e Reúso de Água em março, referente ao
trabalho “Redução do consumo de água e carga orgânica dos efluentes
tratados”, apresentado durante o evento. Desde 2007 a Unidade realiza o Programa
de Conscientização no Uso de Água, com o objetivo de utilizar o recurso de forma
adequada e sustentável. Na medição entre junho e dezembro de 2010, a recuperação atingiu 10,05% de toda a água usada na localidade, o que mostra uma evolução entre as medições anteriores: 7,29% de junho de
2009 a junho de 2010 e 3,56% entre junho de 2008 e
junho de 2009. Os resultados são referentes ao tratamento, reúso e descarte da água. A ação teve início
com um trabalho de conscientização dos funcionários em relação ao consumo do recurso.
Com benefícios para
produtores e meio ambiente,
a Cargill amplia a
proposta inovadora
ç
ã
o
Exportação de
açúcar em
contêineres ganha reforço
Desde 2003, quando a Cargill criou o transporte de
açúcar em contêineres no Brasil, as usinas podem exportar quantidades menores, pois não é preciso afretar um
navio inteiro, como no embarque convencional. “Com
esse modal, a empresa chega diretamente ao cliente final. O risco de crédito é menor, assim como o frete marítimo, uma vez que a frota está sendo renovada com
foco em navios adequados ao transporte de contêineres”, diz Mendes. O usineiro administra melhor o fluxo
de caixa, por programar mais efetivamente a exportação, diminuindo a necessidade de armazenagem, por
exemplo. Também pode controlar com maior eficiência
a qualidade do açúcar, analisando pequenas amostras
continuamente, conforme vão ocorrendo os embarques. “Com o TEAC, estamos inovando mais uma vez – e
mantendo a Cargill em posição de vanguarda no setor.
O aprimoramento do modo como açúcares ensacados
são exportados no País oferece grandes vantagens tanto
para o produtor como para o importador, além da preservação do meio ambiente. O Brasil é o maior produtor
e exportador mundial da commodity e merece uma logística mais eficiente”, afirma Mendes. O mercado como
um todo terá um grande ganho.
Depois de realizar estudos sobre como melhorar a logística do transporte da commodity, com foco em benefícios para a cadeia exportadora de açúcares ensacados,
a Cargill concluiu que era preciso utilizar um terminal
próprio. O local foi escolhido estrategicamente na região de Campinas – entre Ribeirão Preto, onde estão as
principais usinas do País, e o Porto de Santos, de onde é
exportado o produto –, um dos maiores polos de infraestrutura do interior de São Paulo. “O Porto de Santos
está saturado, já atingimos o máximo de sua capacidade.
Para a Cargill continuar crescendo seus volumes exportados por ano, era necessário encontrar uma nova alternativa, adotar uma nova estratégia”, diz Fábio Mendes,
trader de açúcar branco.
O projeto, em parceria com a empresa belga de logística Katoen Natie, possibilitará que o açúcar, depois
de embarcado em contêineres, seja transportado por via
ferroviária, desde o TEAC até os terminais no Porto de
Santos. Usando esse modal, os exportadores não precisarão mais transportar a mercadoria em caminhões, o
que representará uma diminuição de custos, além de ser
um meio de transporte mais sustentável.
15
v
o
n
i
Foto: Arquivo Cargill
A
Cargill iniciará as atividades, no primeiro semestre de 2011, do Terminal de Exportação de
Açúcar em Contêineres (TEAC), apontado pelo
mercado como uma grande novidade do setor açucareiro
no País. A iniciativa é pioneira e trará benefícios não só
à Cargill, mas também a produtores e usineiros. O TEAC
vem complementar uma ação da empresa instituída em
2003, que é a exportação de açúcar já em contêineres.
a
Através do TEAC, a Cargill poderá oferecer ao mercado produtos customizados, como diversos tipos de sacaria
e embalagem para os clientes importadores. “Assim, um
supermercado da África do Sul, por exemplo, pode nos enviar seu logotipo para produzirmos sua embalagem aqui.
Já comprará o produto pronto para colocar nas prateleiras,
ganhando tempo e economizando”, explica Mendes. Hoje,
mais de 85% da exportação de açúcares ensacados é feita
em embalagens de 50 quilos. Para os usineiros, conforme
analisa Mendes, também há benefícios. Como toda a logística ficará sob a responsabilidade da Cargill, o produtor
terá maior segurança quanto à agilidade no embarque e
à conservação do açúcar. “Durante o período de safra, de
maio a dezembro, dificilmente os contêineres são embarcados no navio onde inicialmente foram nomeados. As rolagens de navios chegam a mais de 80%”, diz Mendes.
www.purilev.com.br
Óleo de Canola Pu
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dio
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ANÚNCIO
Purilev é livre de gorduras trans e possui baixo teor de gorduras
saturadas. E, como todo óleo de canola, é rico em Ômega 3,
nutriente essencial que o organismo não produz e, por isso,
deve ser consumido através de uma alimentação balanceada.
gia
.

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