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Apresentação Oral Qualidade de Vida no Trabalho: um desafio para o Psicólogo Organizacional. Ana Cláudia Santos de Albuquerque1; Rodrigo Bastos2 1. Discente do curso de Pós-Graduação em Psicologia do IPGL; 2. Discente do curso de PósGraduação em Psicologia do IPGL; Discente do Mestrado em Ciências Sociais pela UFJF. Palavras-chave: Trabalho. Qualidade de Vida. Psicologia Organizacional. Enriquecimento. O presente artigo visa contribuir com a discussão sobre a participação do psicólogo dentro do campo teórico e prático no que se refere à sua atuação em projetos desenvolvidos nas empresas sobre qualidade de vida no trabalho (QVT). Esta, será compreendida aqui, através de uma revisão bibliográfica, como um investimento não somente na saúde de vida do trabalhador, mas também, da saúde econômica da empresa, além de destacar o conceito contemporâneo de Enriquecimento como proposta de trabalho a ser implantada pelo psicólogo na organização. (Davis & Newstrom, 1996). Estudos desenvolvidos nos últimos anos sobre as novas formas de organização do trabalho e de produção sugerem que, motivados pelo advento da globalização, o perfil dos cargos ocupacionais está mais complexo, acarretando um maior nível de exigência e de formação por parte dos trabalhadores. Desta forma, a demanda por funcionários com mão de obra especializada, as exigências advindas da industrialização por maior produtividade e competitividade, estão interferindo na qualidade de vida dos mesmos e conseqüentemente, das empresas. (Nascimento & Barbosa, 2004). Como forma de solucionar tais questões, o contexto organizacional atual busca aprender a administrar e desenvolver soluções criativas para manter um melhor nível de qualidade de vida do trabalhador e da instituição. É neste momento que surge o papel do psicólogo como essencial para construir de maneira relevante, intervenções de assessoramento, diagnóstico, produção de conhecimento e planejamento, assim como também, fazer avaliação, aperfeiçoamento e reciclagem de mão de obra. Tal profissional, de maneira geral, trabalha com questões ligadas à saúde, proteção, valorização e satisfação do trabalhador/empresa, uma vez que, esses aspectos, estão intimamente relacionados ao aumento da melhor qualidade de vida no trabalho. (Borges, Oliveira, & Morais, 2005). Esta revisão pretende abordar inicialmente, alguns aspectos da História do Trabalho, dos processos exploratórios até as formas de trabalho humanizado, e a sua relação com os trabalhadores. Posteriormente, busca compreender a ligação entre a qualidade de vida e os fatores que interferem na relação homem e trabalho. Finalmente pretende ampliar a discussão sobre a participação do Psicólogo Organizacional na promoção da QVT, além de um de seus conceitos cada vez mais implantados e desenvolvidos dentro das empresas: o de Enriquecimento. Em função deste estudo, verificou-se que o desenvolvimento industrial, sob influência do capitalismo (e de conceitos como o fordismo e o taylorismo), contribui para mudanças no contexto laboral, e acarretou alterações negativas na qualidade de vida dos trabalhadores. Portanto, tornou-se necessário estruturar um modelo específico de melhoria de qualidade no trabalho, com a finalidade de oferecer possibilidade de atendimento tanto das necessidades do indivíduo como da organização, vindo ao encontro das expectativas dos empregados. Através deste estudo tornou-se possível compreender que, quando as instituições investem em buscar soluções para a qualidade de vida no trabalho, elas acabam por garantir para si, um aumento significativo em sua produtividade. Para isto observou-se que, ao psicólogo, tornou-se fundamental intervir no processo de trabalho, contribuindo para a compreensão, por parte das instituições, da importância de se investir em processos de QVT e para os trabalhadores, gerando motivação através do aproveitamento do potencial de cada um, da valorização e da criação de oportunidades para os mesmos. REFERÊNCIAS Borges, L. O., Oliveira, A. C. F., & Morais, L. T. W. A. (2005). O exercício do papel profissional na Psicologia Organizacional e do Trabalho. RPOT-Psicologia: Organizações e Trabalho, Florianópolis, v. 5, n. 2, 100-138. Davis, K., & Newstrom, J. W. (2001). Comportamento Humano no Trabalho: Uma Abordagem Organizacional (C. W. Bergamini e R. Coda, trans.). São Paulo: Pioneira. Guidelli, N. S., & Bresciani, L. P. (2008). Qualidade de Vida no Trabalho e Ambiente de Inovação: encontros e desencontros no serviço de atendimento ao cliente. Revista Brasileira de Inovação. Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, 341-365. Nascimento, A. E., & Barbosa, J. P. (2004). Trabalho História e Tendências. São Paulo: Editora Ática. Ziliotto, D. M. (2002). O sentido do trabalho na era virtual. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, v.1, n.6, 95-104.