comentário e interpretação
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comentário e interpretação
ENSAIOS IMUNOLÓGICOS NAS ENFERMIDADES VIRAIS I - INTRODUÇÃO *NOVAS TECNOLOGIAS • ANTICORPOS MONOCLONAIS • GENÉTICA MOLECULAR • CITOMETRIA DE FLUXO *DECISÃO DIAGNÓSTICA • • • • CONFIRMAÇÃO TRATAMENTO MONITORAMENTO PREVENÇÃO DE DOENÇAS *DESAFIO • INFLUÊNCIA DE DIVERSOS FATORES • INTERFERÊNCIA • LIMITAÇÕES *QUALIDADE DO LAUDO • FASE PRÉ-ANALÍTICA • FASE ANALÍTICA • FASE PÓS-ANALÍTICA *FASE PRÉ-ANALÍTICA • SOLICITAÇÃO DO EXAME PELO MÉDICO • INFORMAÇÕES CLÍNICAS, SUSPEITA DIAGNÓSTICA • PREPARO DO PACIENTE: JEJUM , SORO *FASE ANALÍTICA: EXECUÇÃO DO EXAME, METODOLOGIAS • • • • • • AGLUTINAÇÃO HEMAGLUTINAÇÃO IMUNOFLOURESCÊNCIA QUIMIOLUMINESCÊNCIA IMUNOFLUORIMETRIA IMUNO ENZIMA ENSAIO (ELISA) *FASE PÓS-ANALÍTICA: RESULTADOS • FALSO-POSITIVO • FALSO-NEGATIVO *INFECÇÃO – ANTÍGENO • SISTEMA IMUNE ⇒ ANTICORPOS ⇒ CURA • FATORES GENÉTICOS E IMUNOLÓGICOS INERENTES AO INDIVÍDUO: CRONICIDADE OU MORTE *CLASSE DO ANTICORPO • ANTICORPOS IGM ⇒ FASE AGUDA DA DOENÇA • ANTICORPOS IGG ⇒ DOENÇA ATUAL, PREGRESSA OU IMUNIDADE II – DIAGNÓSTICO LABORATORIAL *MONONUCLEOSE COMENTÁRIO • Mononucleose infecciosa aguda: Herpes vírus Epstein-Barr infecta células epiteliais e linfócitos. Os pacientes apresentam anticorpos que reagem com hemácias de carneiro ou de cavalo, chamados de anticorpos heterófilos, da classe IGM, e não específicos, que aparecem no soro dos pacientes entre a 2ª e 3ª semana da doença. *DIAGNÓSTICO E INTERPRETAÇÃO MONOTESTE: reação de hemaglutinação em lâmina com hemácias de cavalo formolizadas ⇒ Reação de Hoff e Bauer. É um teste extremamente sensível. • Reação de Paul-Bunnell-Davidsohn: pesquisase a presença de anticorpos heterófilos contra hemácias de carneiro, títulos superiores a 1/56 sugere positividade para mononucleose infecciosa. • Anticorpos específicos para EBV: IGG E IGM. *DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PATOLOGIAS QUE CURSAM MONONUCLEOSES “like”: COM SÍNDROMES Citomegalovirose, toxoplasmose, hepatites virais agudas, colagenoses, síndrome de soroconversão do HIV, entre outras. *RUBÉOLA COMENTÁRIO • Doença viral benigna, caracterizada por febrícula, sintomas respiratórios de vias aéreas superiores, exantema máculo-papular típico e linfodenopatia sub-occipital. *DIAGNÓSTICO RUBÉOLA ANTICORPOS IGM *SINONÍMIA Rubéola IGM, Pesquisa de IGM para Rubéola, Sorologia IGM para Rubéola. *INTERPRETAÇÃO A presença de anticorpos específicos da classe IGM pode indicar uma infecção aguda. Os níveis de anticorpos IGM são detectáveis a partir da 1ª ou 2ª semana do início das manifestações clínicas. Importante para o diagnóstico diferencial da infecção em recém-nascidos, pois não atravessa a placenta. *RUBÉOLA ANTICORPOS IGG *SINONÍMIA Pesquisa de IGG para Rubéola, Sorologia IGG para Rubéola. *INTERPRETAÇÃO Exame útil na avaliação pré-natal. Indica imunidade adquirida natural ou artificialmente. Os anticorpos surgem após os da classe IGM ou 2 semanas após imunização. Detectáveis por toda a vida, mais nem sempre traduzem uma proteção duradoura, principalmente em mulheres com imunidade adquirida por vacinação. Há indícios de que a doença natural confere maior imunidade. *CITOMEGALOVÍRUS *COMENTÁRIO O CMV pertence a família Herpesviridae. A infecção pode permanecer latente por toda a vida ou ter um ou mais episódios de reativação. É endêmico em todo mundo. A infecção pelo CMV pode ser adquirida por via transplacentária, amamentação, transfusão sanguínea, sexual, entre outras. A maioria das infecções evolui de forma assintomática. Quando sintomáticas, as manifestações clínicas são amplas de acordo com a idade e o estado imunológico do paciente. A infecção pelo CMV apresenta quadro semelhante à Mononucleose. *DIAGNÓSTICO CITOMEGALOVÍRUS ANTICORPOS IGM *SINONÍMIA CMV IGM, Pesquisa de Anticorpos IGM para citomegalovírus, Sorologia IGM para CMV *INTERPRETAÇÂO A presença positiva de IGM relaciona-se, dependendo da história clínica do paciente, a infecção primária aguda, reativação ou reinfecção. A infecção primária da mãe durante a gravidez é muito mais danosa ao feto do que a reativação durante este período. *CITOMEGALOVÍRUS ANTICORPOS IGG *SINONÍMIA CMV IGG, Pesquisa de anticorpos IGG para Citomegalovírus, Sorologia IGG para CMV *INTERPRETAÇÃO Os anticorpos da classe IGG aparecem uma semana após os da classe IGM. Devido a alta incidência de CMV - IGG positiva na população de 30 anos (30 a 90%), um único resultado não tem valor clínico. *HEPATITES AGENTES ETIOLÓGICOS: VÍRUS: “A”, “B”, “C”, “D”, “E” MARCADORES SOROLÓGICOS: •DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL •IDENTIFICAÇÃO DO VÍRUS •DISTINÇÃO DA FASE EVOLUTIVA •GRAU DE INFECTIVIDADE DO VÍRUS •PROGNÓSTICO DA DOENÇA *HEPATITE “A” COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO É uma doença aguda, de curso clínico benigno, altamente contagiosa. Cerca de 50% dos casos apresentam-se de forma subclínica (hepatite aníctérica), sendo mais freqüente em crianças. *DIAGNÓSTICO IGM ANTI-VÍRUS DA HEPATITE “A” *SINONÍMIA: ANTI-VHA IGM, HAV IGM, IGM PARA HEPATITE A *INTERPRETAÇÃO Os anticorpos IGM anti vírus da hepatite A são encontrados na fase inicial da infecção indicando doença aguda. O anticorpo da classe IGM está presente uma semana antes do início do quadro clínico e permanece positivo por cerca de 3 meses. *ANTI-VÍRUS DA HEPATITE “A” *SINONÍMIA: ANTI-VHA IGG, HAV-IGG, IGG PARA HEPATITE A *INTERPRETAÇÃO O teste em geral se torna positivo uma semana após o início da doença e permanece positivo para o resto da vida. A maior parte da população adulta em nosso meio (mais de 90%) apresenta positividade para anti-VHA IGG por infecção pregressa ou vacinação. *HEPATITE “B” COMENTÁRIOS • VÍRUS DE DNA • PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 1 a 6 MESES • SINTOMATOLOGIA ADULTOS: AGUDA⇒ MAIORIA FULMINANTE⇒ 0.5 a 1% CRÔNICA⇒ 2 a 10% CRIANÇAS: 10%⇒ AGUDA 30 a 90% SUBCLÍNICA OU CRÔNICA. HBsAg DNA HBeAg HBcAg PERFIS SOROLÓGICOS TÍPICOS EVOLUÇÃO BENÍGNA • HBsAg (HBV, ANTÍGENO AUSTRÁLIA, ANTÍGENO AU, ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE DO VÍRUS DA HEPATITE B): torna-se positivo 30-45 dias após exposição ao vírus (antes da elevação das transaminases) e é detectável por cerca de 4 meses. • ANTI-HBc IGM (HBc IGM, ANTICORPO IGM ANTICORE DO VÍRUS DA HEPATITE B): 1º anticorpo detectável e permanece por cerca de 4 meses. • ANTI-HBc IGG (ANTI-HBc TOTAL, ANTICORPOS IGG ANTI-CORE DO VÍRUS DA HEPATITE B): surgem logo após e tendem a permanecer por toda vida do indivíduo. Pode ser o único marcador de infecção positiva no período que decorre entre a negativação do HBsAg e a positivação do anti-HBs (“Janela imunológica”). • HBeAg (AgHBe, ANTÍGENO “e” DA HEPATITE B): torna-se positivo logo após o HBsAg, seguido da sintomatologia. É um marcador de replicação viral. Com a evolução da infecção, os níveis do HBeAg começam a declinar com o surgimento de anticorpos antiHBe, indicadores de um bom prognóstico. • ANTI-HBs (ANTI-HBV, ANTI-AU ANTICORPO ANTI-ANTÍGENO DE SUPERFÍCIE DO VÍRUS DA HEPATITE B): surge entre 2 a 6 semanas após o desaparecimento do HBsAg e permanece positivo para o resto da vida, conferindo imunidade à doença. O exame é útil no acompanhamento dos indivíduos imunizados contra o HBV. *EVOLUÇÃO CRÔNICA • HBsAg: permanece detectável por anos, e os indivíduos são classificados como portadores, que podem ou não terem doença hepática. • HBeAg: estando presente indica replicação viral e infectividade. NOTA: Os níveis de HBeAg e de HBsAg só irão decair em caso de resolução da infecção após tratamento antiviral e o aparecimento dos anticorpos anti-HBe. Entretanto, pode ocorrer a resolução da infecção crônica e o não surgimento dos anticorpos anti-HBs. *PERFIS SOROLÓGICOS ATÍPICOS HBsAg INDETECTÁVEL • “mutante a”: substituição no aa 145 do antígeno de superfície do HBV; • baixa replicação do vírus selvagem: epas de HBV com mutações na região omotora do antígeno de superfície do BV e no gene da polimerase; • equilíbrio do vírus com o sistema imune: dificulta a persistência de marcadores orológicos a níveis detectáveis. PRESENÇA ÚNICA DO POSITIVO ANTI-HBc IGG • períodos de janela imunológica; • casos de infecção resolvidas há décadas e os níveis de anti-HBs já diminuíram significativamente; • geralmente são indivíduos assintomáticos, têm níveis normais de transaminases e bom prognóstico; • “mutantes a” (10 a 40%) MUTAÇÕES NA REGIÃO DO CORE E DO PRÉCORE QUE CODIFICAM O ANTÍGENO HBe (HBeAg − ): podem ser encontrados tanto em pacientes crônicos sintomáticos como em assintomáticos. Nestes casos, testes de DNA ou biópsia são recomendados para confirmar o diagnóstico. * DNA DO VÍRUS DA HEPATITE B *SINONÍMIA PCR para Hepatite B, HBV – DNA, PCR para VHB, Carga Viral para Hepatite B *MÉTODO Reação em cadeia de polimerase (PCR) *COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO A presença de DNA do VHB é o indicador mais sensível de replicação viral na circulação. A carga viral do VHB auxilia na: •indicação da terapêutica antiviral ou imunomoduladora; • monitoração da progressão da doença e resposta terapêutica; •determinação da infecciosidade (por exemplo: transmissão materno-fetal) • avaliar a presença de replicação viral • casos de perfis sorológicos atípicos *HEPATITE C *COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO A infecção causada por um flavírus (RNA), é prevalente em indivíduos transplantados, transfundidos, usuários de drogas e pacientes dialisados. Com um período de incubação de 6 a 8 semanas, 70 a 80% dos casos evoluem de forma assintomática, anictérica e para cronicidade. *DIAGNÓSTICO ANTI VÍRUS PARA HEPATITE C *SINONÍMIA Anti HCV, sorologia para Hepatite C, Anticorpo Anti-Hepatite C, VHC *COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO Os anticorpos contra o HCV não são neutralizantes e não conferem imunidade. Teste de triagem para detectar infecção pregressa ou atual, não diferencia entre Hepatite C aguda ou crônica. Cerca de 10% dos pacientes infectados jamais se tornam anti HCV positivos. A detecção do RNA é o único marcador direto da infecção pelo HCV. RNA DO VÍRUS DA HEPATITE C *SINONÍMIA PCR para Hepatite C, HCV-RNA, PCR para Vírus da Hepatite C. *COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO A detecção tanto qualitativa como quantitativa do RNA viral pela técnica do PCR é possível 2 semanas após a infecção pelo HCV. Este teste é utilizado para: • detectar flutuações da viremia; • monitorar a resposta terapêutica antiviral; • determinar a infecciosidade. GENOTIPAGEM DO VÍRUS DA HEPATITE C *METODOLOGIA:RT – PCR e sequenciamento nucleotídico. *COMENTÁRIO E INTERPRETAÇÃO • Tipos do HCV isolados no Brasil: 1a (42%), 1b (34%), 2a (2%), 2b (1%) e 3a (19%). • O Genótipo do HCV e suas concentrações pré-tratamento são importantes em predizer os resultados da terapia: genótipos 2a, 2b e 3a têm maior resposta ao tratamento do que aqueles do Genótipo 1b. • Genótipo e a carga viral são fatores independentes na previsão da resposta à terapia pelo interferon.