Anestesia em revista maio-junho.p65
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Anestesia Publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia - ano 59 - nº 03/2009 - mai/jun em revista Sociedade Brasileira de Anestesiologia Nesta Edição Editorial • ISO 9001: Desafio e pioneirismo da SBA _________________________ 4 Notícias • • • • • • • • • Política da Qualidade ___________________________________________ 5 Assembléia de Representantes __________________________________ 6 Calendário Científico Oficial ____________________________________ 7 Aprovados na Prova Oral para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia __________________________________________________ 8 Científico News ________________________________________________ 9 CBHPM, TUSS e Tabela do SUS ________________________________ 10 News from the WFSA __________________________________________ 11 World Federation of Societies of Anaesthesiologists ____________ 12 Videoaulas 2009_______________________________________________ 13 Artigos • Cálculo do tempo de resposta do BIS ___________________________ 14 • Análise dos Critérios de Alta da Sala de Recuperação PósAnestésica em Pacientes Submetidos à Colecistectomia Videolaparoscópica: Influência do Escore de Aldrete e Kroulik ___ 20 Regionais • Notícia da JASB _______________________________________________ 15 • XVII JAEPE ____________________________________________________ 17 • 40a Jornada de Anestesiologia do Brasil Central _________________ 18 Parecer Técnico • Qual o melhor antisséptico para ser utilizado nos bloqueios de neuroeixo? ____________________________________________________ 23 Concurso SBA • Edital do Concurso de Dor - Ano 2009__________________________ 26 Novos Membros _________________________________ 29 Responsabilidade Social • Os 10 Mandamentos da Responsabilidade Social ________________ 32 Expediente Anestesia em revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Rua Professor Alfredo Gomes, 36 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 - Tel.: (21) 2537-8100 - Fax: (21) 2537-8188 Conselho Editorial: Luiz Antônio Vane, Carlos Eduardo Lopes Nunes, Márcio de Pinho Martins, Henri Braunstein, Nádia Maria da Conceição Duarte, José Mariano Soares de Moraes e Airton Bagatini Diretor Responsável: Airton Bagatini Foto da Capa: 40a Jornada de Anestesiologia do Brasil Central Programação Visual: Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJ - Wellington L. R. Lopes Equipe Editorial: José Bredariol Jr, Marcelo Marinho, Marcelo Sperle, Mercedes Azevedo e Rodrigo Matos Impressão e Acabamento: MasterGraph - Tiragem: 9.000 - Distribuição gratuita. IMPORTANTE: Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA: www.sba.com.br - [email protected] EDITORIAL ISO 9001: Desafio e pioneirismo da SBA A pós deflagrar e implantar o seu Planejamento Estratégico nos dois últimos anos, a SBA se dedica atualmente a um vôo mais alto: a conquista da certificação ISO 9001. Para os não familiarizados com o termo, trata-se de uma norma reconhecida mundialmente, criada para especificar os requisitos de um sistema de gestão da qualidade. Nele, a instituição que se propõe a adota-lo tem o objetivo de aumentar a satisfação de seus clientes, através de uma melhoria contínua dos seus processos internos. Para isso, é necessário que a empresa, instituição ou organização que se habilite a seguir esta norma, seja capaz de demonstrar sua capacidade em prover produtos ou serviços que atendam constantemente aos requisitos dos clientes, assim como os da esfera regulatória (leis, acordos e contratos, entre outros). Esta capacidade é alcançada através de uma ampla implementação de processos internos, assessorada por empresas certificadoras que, ao final dos trabalhos, avaliam se aquela determinada organização está apta a cumprir a norma ISO 9001, conferindo-lhe ou não este selo de qualidade. Se em qualquer empresa a implantação da ISO 9001 já é, por si só, um grande desafio, essa tarefa torna-se especialmente delicada 4 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista numa associação de classe, pois o “lucro” e o “negócio” – palavraschave usuais no mundo empresarial – são de difícil mensuração no nosso caso. Ao contrário das empresas que vendem um produto ou serviço, o “lucro” da SBA não pode ser medido pelo resultado de sua Tesouraria ao final do ano. Dessa forma, isto acaba sendo um dificultador para a adoção das fórmulas e formatos existentes para a obtenção da ISO 9001. O perfil de uma associação de médicos não se encaixa facilmente nas “receitas de bolo” universalmente em voga nesse terreno. A SBA, que já havia constatado essa peculiaridade durante o desenvolvimento de seu Planejamento Estratégico, depara-se novamente com a necessidade de adaptar caminhos, terminologias e conceitos. Mas, vale destacar que foram necessários muitos esforços e interação, entre toda nossa estrutura administrativa e a empresa que nos assessora, para que, com o aprendizado mútuo, pudéssemos deslanchar esse trabalho. E para que, então, sermos uma instituição certificada com a ISO 9001? Para podermos assumir, perante todos os associados, empresas Dr. Carlos Eduardo Lopes Nunes Vice-Presidente parceiras, estruturas governamentais, estruturas de ensino, compradores de serviços médicos, e outras entidades de classe, o compromisso de que buscamos continuamente a melhoria, através da adesão a processos de gestão mundialmente aceitos. Isto significa responsabilidade e aumento de credibilidade da instituição e de seus produtos, como a Revista Brasileira de Anestesiologia; mostra maior densidade em debates, negociações e pleitos; demonstra mais transparência e confiabilidade perante a sociedade civil e valoriza os documentos e certificações que emitimos, como por exemplo, o Título de Especialista em Anestesiologia. Além disso, em última análise, a conquista deste selo de qualidade dignificará ainda mais a Anestesiologia brasileira e os quase 10 mil sócios que, como você, mantêm a SBA viva e com fôlego para empreitadas pioneiras desse tipo. DR. CARLOS EDUARDO LOPES NUNES Vice-Presidente da SBA Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 5 Assembléia de Representantes Assembléia de Representantes (AR) é o segundo órgão mais importante na hierarquia da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), só ficando abaixo, em termos de poderes de deliberação, da Assembléia Geral (AG). A AR é formada pelos Representantes das Sociedades Regionais, o Presidente do Conselho Superior e a Diretoria da SBA, funcionando de acordo com Regimento próprio, mas fiel às determinações do Estatuto de nossa entidade. Sua missão é atuar como órgão legislativo, deliberativo e soberano das decisões da SBA, com exceção dos assuntos pertinentes à liquidação da entidade, eleição e/ou destituição da Diretoria e Conselho Fiscal, aprovação de contas e alteração estatutária, temas estes de responsabilidade exclusiva da AG. A reunião ordinária da Assembléia de Representantes é feita anualmente na sede do Congresso Brasileiro de Anestesiologia (CBA), sendo previamente convocada pela Diretoria da SBA por meio de circular postal para todas as suas Regionais. Por sua importância, a AR poderá ser convocada extraordinariamente, por iniciativa da Diretoria, de pelo menos metade mais uma das Regionais ou ainda por um terço dos Membros Ativos da SBA, sendo obrigatória a clara especificação do motivo da AR, bem como a comunicação com pelo menos 60 dias de antecedência, com definição da data, local e agenda a ser cumprida. Dentre as inúmeras prerrogativas e competências da AR, merecem destaque: exame e deliberação sobre todos os assuntos administrativos da associação, excetuando-se os restritos à AG; eleição dos membros de Comissões Permanentes, do Editor-Chefe e CoEditor da RBA, do Secretário do Con- A 6 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista selho de Defesa Profissional, dos Comitês e criação de Comissões de Estudo por prazo inferior a um ano; eleição da Regional sede do CBA com até cinco anos de antecedência; definição das anuidades, taxas de readmissão e aprovação da proposta orçamentária para o exercício seguinte. Também são relevantes atribuições da AR: exame de recursos da Diretoria encaminhados pelo Conselho Superior; discussão e votação dos pareceres dos Grupos de Trabalho sobre propostas das Comissões Permanentes, da Diretoria e do Conselho Superior; discussão e votação das alterações dos Regulamentos e Regimentos propostas no relatório da Comissão de Estatuto, Regulamentos e Regimentos (CERR) da SBA; encaminhamento à Diretoria, juntamente com parecer da CERR, propostas de alterações estatutárias oriundas da AR, para análise na próxima Assembléia Geral. Somente os Membros Ativos e/ou seus suplentes, quites com as obrigações sociais até a data de convocação da AR, e devidamente indicados por suas Regionais, poderão fazer parte desta Assembléia. A representação de uma Regional é proporcional ao número de Membros Ativos nela registrados. Os Representantes presentes na Assembléia poderão: solicitar esclarecimentos à Mesa Diretora dos trabalhos; levantar questões de ordem; debater propostas, comunicações e relatórios inscrevendo-se previamente; apartear oradores ou relatores com o devido consentimento daquele que está com a palavra; propor votações secretas; requerer verificações de contagem de votos e ter livre acesso aos Grupos de Trabalho para apresentar sugestões ou emendas pertinentes aos assuntos a serem tratados. Uma faculdade das mais importantes, inerente ao participante da AR, é a capacidade de apresentar propostas Dr. José Mauro Mendes Gifoni Presidente CERR de alteração do Estatuto, dos Regimentos e Regulamentos da SBA, o que o torna não apenas partícipe, mas autor, responsável e fiscal da maioria dos atos de relevância para a Sociedade. De acordo com o seu Regimento, a AR pode reunir-se com qualquer número de Membros Ativos, uma vez concluída a chamada dos Representantes e suplentes. Todavia, estabelecido o quorum inicial, a AR será suspensa sempre que houver no plenário um número abaixo de 50% dos Representantes cadastrados na chamada acima referida. A Assembléia de Representantes deve incluir num Boletim Agenda relatórios da Diretoria, do Conselho Superior, do Conselho de Defesa Profissional, de todas as Comissões Permanentes, dos Comitês, do Editor-Chefe da Revista Brasileira de Anestesiologia, destacando ainda os assuntos aprovados pela Diretoria na atual gestão, o orçamento da entidade para o ano seguinte, a relação dos cargos a vagar com o nome dos respectivos titulares (exceção feita à Diretoria e Conselho Fiscal, que são de responsabilidade da Assembléia Geral), e a ata da AR do ano anterior. Para uma análise mais apurada e responsável dos temas a serem debatidos, é obrigatória a remessa prévia do Boletim Agenda por circular postal a todas as Regionais, além da distribuição de cópias dos mesmos a todos os Representantes presentes na Sessão. A AR é instalada pelo Presidente do Conselho Superior. A Mesa condutora dos trabalhos é formada por um Presidente, um 1º Secretário e um 2º Secretário; o Presidente é eleito pelo plenário, após a sua instalação. Os candidatos são Representantes devidamente inscritos por suas Regionais ou por um número mínimo de 10 (dez) Representantes. Delega-se ao Presidente o poder de nomear os Secretários. É fundamental na AR a colaboração de três Grupos de Trabalho, pertinentes aos seguintes temas: Administrativos; Éticos e de Defesa Profissional; Científicos e de Ensino e Treinamento. Cada grupo é composto pelo Diretor do Departamento da área que lhe diz respeito e por quatro Representantes designados pelo Presidente da Mesa. Os grupos de trabalho emitem pareceres sobre os relatórios apresentados pelas Comissões Permanentes de sua área específica de atuação; já o Grupo de Trabalho de Assuntos Administrativos tem a prerrogativa de apresentar emendas às propostas de alterações dos Regulamentos e Regimentos, além de manifestar-se sobre a proposta orçamentária. Como a atuação dos Grupos de Trabalho é imprescindível na análise das questões e propostas em discussão, eles contam com a assessoria permanente da CERR, desde a Instalação até a Sessão da Ordem do Dia, no tocante à compatibilidade das mesmas com o Estatuto, Regulamentos e Regimentos da SBA. Como já foi dito, a AR tem duas sessões distintas: a de Instalação e a da Ordem do Dia. Na Sessão de Instalação, verifica-se o recebimento das cre- denciais dos Representantes, ocorre a eleição do Presidente da AR e a designação por este dos Secretários da AR, bem como se dá a constituição dos Grupos de Trabalhos e a distribuição dos assuntos a eles dirigidos. Já na Sessão da Ordem do Dia, iniciada sempre 72 horas após o início da Sessão de Instalação, tem-se a apreciação da Ata da Assembléia do ano anterior, a avaliação de indicações para Membros Honorários e Beneméritos da SBA, a discussão e votação dos pareceres dos Grupos de Trabalhos sobre as propostas constantes do Boletim Agenda, as eleições secretas para preenchimento dos cargos eletivos não administrativos a vagar e a eleição da Regional sede do CBA com, no máximo, 05 anos de antecedência. A aprovação de qualquer matéria se fará sempre por maioria de votos, cabendo ao Presidente da AR o voto de qualidade (voto duplo em caso de empate). Quanto à eleição dos cargos não administrativos a vagar, os candidatos poderão ser inscritos por indicação do Conselho Superior, dos Presidentes das respectivas Comissões Permanentes e Comitês, dos Presidentes das Regionais, de qualquer Representante da AR ou por iniciativa própria. Somente serão aceitas as candidaturas encaminhadas à Mesa da AR até o início da Sessão da Ordem do Dia. A apuração será feita por comissão designada pelo Presidente da Mesa durante a AR e a Mesa proclamará os resultados das eleições divulgando os nomes dos eleitos. Para maior segurança e garantia legal de suas decisões, todas as deliberações da AR serão gravadas e transcritas em Ata assinada por seu Presidente e Secretários, após o que a Ata será arquivada eletronicamente. Vale a pena ressaltar que as resoluções da AR ordinária entrarão em vigor no primeiro dia do ano civil subseqüente, exigindo-se para isto a prévia aprovação da Ata e a publicação das citadas Resoluções em Órgão de Divulgação Oficial da SBA, enquanto as decisões da AR extraordinária terão vigência imediata após a aprovação da Ata e sua publicação em Órgão de Divulgação da entidade. Finalmente, merece menção o fato de que o Regimento da AR poderá ser alterado no todo ou em parte, sempre pela própria Assembléia de Representantes, desde que através de proposta encaminhada pela Diretoria da SBA ou de, no mínimo, 20% dos Representantes presentes, fazendo-se obrigatório um parecer prévio da CERR quanto à compatibilidade com o Estatuto e outros dispositivos legais da entidade, o Código Civil Brasileiro e a Constituição Federal. CALENDÁRIO CIENTÍFICO OFICIAL 2009 AGOSTO 13 a 15 – 40ª Jornada de Anestesiologia do Brasil Central Goiânia – GO 28 e 29 – JALAGIPE Aracaju – SE SETEMBRO 20ª JARGS – Jornada de Anestesiologia do Rio Grande do Sul 3ª Jornada de Dor da SARGS 05 a 07 de setembro Canela – RS III Jornada Paranaense de Anestesiologia 05 a 07 de setembro Foz do Iguaçu – PR XVII JAEPE – Jornada de Anestesiologia do Estado de Pernambuco 10 a 12 de setembro de 2009 Summerville Beach Resort na Praia de Muro Alto – Porto de Galinhas / PE JOMA – Jornada Mineira de Anestesiologia 25 a 27 de setembro Ouro Preto – MG OUTUBRO 17 a 21 – ASA Annual Meeting New Orleans – Los Angeles – USA NOVEMBRO 14 a 18 – 56º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Centro de Convenções da Bahia – Salvador – BA Cursos pré-congresso estão previsto para dias 13 e 14/11 de (09h – 17h) (conforme demanda) Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 7 Aprovados na Prova Oral para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia 1º Semestre 2009 Parabéns Ana Carolina Ortiz __________________________ SP Arthur Guimarães Naves _____________________ SP Atsuko Nakagami ___________________________ SP Bruno Carvalho Cunha de Leão ______________ MG Bruno Mendes Carmona _____________________ PA Celso Antônio Lustosa de Oliveira ____________ BA Claudio Luis da Fonseca _____________________ RJ Daniel Vieira de Queiroz _____________________ RJ Edirson de Araújo Pereira Júnior _____________ SP Eduardo Ferreira da Silva Biscarde ___________ BA Emerson Salim Nogueira ____________________ MG Fabrício Capello Brasil ______________________ PR Fernanda Elizabeth Romero __________________ SP Fernando Cássio do Prado Silva ______________ SP Fernando José Buitrago ____________________ MG Fernando Lima Coutinho ____________________ MG Gabriel José Redondano de Oliveira __________ SP Gerardo Cristino de Menezes Neto ____________ SP Giorgio Pretto ______________________________ SC Helena Queiroz Costa ______________________ MG Hugo Soltz _________________________________ GO Lisana Caroline Lins Rodrigues _______________ DF Luis Henrique Cangiani ______________________ SP Marcio Hyeda ______________________________ PR Marcos Eduardo Padoveze ___________________ SP Marilman Maciel Benicio ____________________ CE Patricia Pavei ______________________________ SC Paulo Bruno Catalão de Albuquerque _________ GO Renato Toledo Maciel _______________________ RJ Ricardo Augusto Bergold ____________________ SC Ricardo Segadas Acylino de Lima ____________ RJ Rodrigo Gaspar Ribeiro ______________________ RJ eça! Datas Associativas Importantes u q e es s Segundo semestre de 2009 o Nã DATA 16/8/2009 a 16/9/2009 16/8/2009 13/11/2009 16/8/2009 15/11/2009 - 12:00 h 15/11/2009 16/9/2009 16/9/2009 17/8/2009 16/9/2009 Até 16/9/2009 14/11/2009 - Até 13:00 h 15/11/2009 - Até 11:00 h 15/11/2009 - 13:00 h 15/11/2009 - Até 13:00 h 17/11/2009 - Até 17:00 h 18/11/2009 - 13:00 h 18/11/2009 - 13:00 h 15/8/2009 - JABC 15/8/2009 - JABC DESCRIÇÃO ELEIÇÕES DIRETORIA E CONSELHO FISCAL - SBA Período de inscrição de chapas para eleições da Diretoria e Conselho Fiscal. Limite para regularização SBA e Regional para os associados interessados em participarem das eleições. Limite para recebimento de votos postais para as eleições da Diretoria e Conselho Fiscal. ASSEMBLÉIA GERAL Convocação para a Assembléia Geral. Assembléia Geral para eleição da Diretoria e Conselho Fiscal, aprovação das contas e alterações Estatutárias. Limite para regularização com a SBA e Regional dos membros ATIVOS que queiram par ticipar da Assembléia. ASSEMBLÉIA DE REPRESENTANTES Convocação para a Assembléia de Representantes. Limite para regularização com a SBA e Regional dos associados que serão indicados por suas Regionais como representantes e/ou suplentes. Limite para envio pelas Regionais, à secretaria da SBA, listagem de membros quites com a Regional, para cálculo do número de Representantes da AR. Limite de envio dos relatórios para o Boletim Agenda (Diretoria, Comissões, Comitês, Conselhos e RBA). Divulgação do número de Representantes de cada Regional para a Assembléia de Representantes. Entrega à secretaria da SBA, no CBA, pelos Presidentes das Regionais, da lista de Representantes e Suplentes de suas Regionais. Disponibilização das credenciais de representantes e suplentes para os presidentes de Regionais. Sessão de Instalação. Devolução da lista de Representantes e Suplentes, devidamente assinada para liberação da bancada. Disponibilização do material da AR para os Presidentes, na secretaria da SBA, no CBA. Sessão de Ordem do Dia. Até o início da Sessão de Ordem do Dia poderão ser substituídas credenciais Representes por Suplentes. REUNIÕES DA DIRETORIA DA SBA DURANTE JORNADAS REGIONAIS 09:00 h - com Presidentes de Regionais / 14:00 h - com Presidentes de Cooperativas e FEBRACAN REUNIÕES DA CET DURANTE JORNADAS REGIONAIS 08:00 h - com Responsáveis Região Centro Oeste / 11:00 h - com ME Região Centro Oeste 8 - mai-jun, 8 - mai-jun, 20092009 - Anestesia - Anestesia em revista em revista NOTÍCIAS DA AMB Científico News m reunião realizada dia 21 de maio passado, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Científico da entidade discutiu: E Informes do Conselho Nacional de Saúde Dr. Armando Guastapaglia, representante titular da AMB no Conselho Nacional de Saúde (CNS), passou alguns informes sobre a atuação das entidades médicas e ressaltou a importância do trabalho que pode ser desenvolvido dentro do CNS. Dr. Guastapaglia pediu novamente que todas as Sociedades de Especialidade participem das reuniões das Comissões e passou os nomes dos representantes médicos de cada grupo. Fóruns discutiram necessidade de especialistas e interiorização Dr. Aldemir Humberto Soares, secretário-geral, e Dr. Edmund Baracat, diretor científico, comunicaram a realização de dois importantes fóruns: o primeiro é o II Fórum Nacional de Especialidades Médicas, organizado pela Comissão Mista de Especialidades, que aconteceu dia 28 de maio, no CFM. O tema principal desta discussão foi a necessidade de médicos especialistas no Brasil e o exercício da profissão. O segundo encontro foi o Fórum Interiorização da Medicina: Medicina com qualidade, que ocorrereu no dia 3 de junho, no Expo Center Norte, durante a Feira Hospitalar. Foi anunciada ainda a realização, para o mês de agosto, do I Fórum de Defesa Profissional da AMB, com coordenação dos Drs. Florisval Meinão e Roberto Gurgel, 1º tesoureiro e diretor de Defesa Profissional da entidade, respectivamente. Qualificação médica e plano de saúde Dr. Rogério Toledo Jr., representante da Federação Brasileira de Gastroenterologia junto à AMB, apresentou proposta para que seja criada uma comissão específica que discuta a contratação de médicos com título de especialista por parte das operadoras de planos de saúde. Ao final, o presidente da AMB, Dr. José Luiz Gomes do Amaral, explicou a necessidade de que a categoria médica se articule. Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 9 CBHPM, TUSS e Tabela do SUS progresso da ciência exige a contínua reavaliação da prática clínica, de sorte a eliminar os procedimentos obsoletos e incorporar aqueles que, em razão das melhores evidências disponíveis, trazem benefícios aos cuidados da saúde. A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), um processo desenvolvido pela Associação Médica Brasileira (AMB) e suas Sociedades de Especialidade, com apoio do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), tem como objetivo primário a definição dos procedimentos médicos apropriados para uso clínico. Na elaboração da CBHPM, o trabalho se desenvolve em duas vertentes: na Câmara Técnica decidese quais procedimentos médicos constantes da Classificação devem ser reavaliados e quais procedimentos novos, que porventura devam nela ser incluídos, merecem avaliação. Dessa forma, eles são submetidos primeiramente a uma análise de evidência, de forma a manter a CBHPM permanentemente atualizada. A segunda parte do trabalho consiste em hierarquizar o procedimento e discutir com os pagadores e a agência regulatória sua valorização. A atualização da CBHPM é um processo complexo e extenso, fatores esses que não afetam sua dinâmica. Atualmente, a AMB edita a 5ª. edição da CBHPM, que representa a integralidade dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos apropriados para uso clínico. O 10 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Dr. José Luiz Gomes do Amaral - Presidente da AMB Espera-se para novembro o lançamento da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), que foi elaborada pelo Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (COPISS), do qual faz parte a AMB. Este grupo, por unanimidade, entendeu que a terminologia e a codificação da CBHPM deveriam ser incorporadas ao TUSS e encarregou Associação Médica Brasileira de sugerir inclusões e exclusões. Ainda que tenha concordado em fazê-lo, a AMB entende que seria melhor e muito mais fácil a adoção direta da CBHPM. Os procedimentos constantes na TUSS fazem parte da CBHPM, porém, na CBHPM há cerca de 500 que não constam da TUSS. A Tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) contém os procedimentos indicados pelo Ministério da Saúde que compõem a cobertura do sistema público. A AMB acredita que seria também mais acertado para o SUS incorporar a CBHPM. Somente assim seriam respeitadas às finalidades do SUS, isto é, oferecer assistência médica integral e universal. Obituário NOME REGIONAL ANO/ADMISSÃO Wander Mario Linares Paes SAMG 1996 NOTÍCIAS DA WFSA News from the WFSA N a última edição do News from the WFSA, o foco foi o trabalho do Comitê da Segurança e Qua- lidade da Prática, presidido pelo professor Alan Merry, da Nova Zelândia. O objetivo da WFSA é melhorar o padrão da anestesia mundialmente. O Comitê da Segurança e Qualidade da Prática está contribuindo para isso através de vários projetos. O site da WFSA (www.anaesthesiologists.org.) tem sido muito importante na melhoria da comunicação entre os membros da sociedade. Dr. Nian Chih Hwang, membro do Comitê da Segurança e Qualidade da Prática contribui com uma sessão chamada Alerts Sessions, que ele atualiza regularmente. Padrões: Os padrões internacionais para Anestesia segura, desenvolvidos por uma equipe independente, sancionados pela WFSA na Haia (*The Hague – cidade holandesa), e publicados em 1993, foram revisados como parte de um Desafio Global da OMS (WHO Global challenge), Cirurgia Segura Salva Vidas. Muitas pessoas colaboraram com essa atividade, notavelmente Ianin Wilson, Meena Cherian, Olaitan Soyannwo, Jeff Cooper and John Eichhorn (que fazia parte da equipe original). Os padrões revisados foram endossados pela Assembléia Geral da WFSA, na Cidade do Cabo, em Março de 2008. Eles podem ser vistos no site. O Executivo da WFSA também sancionou um padrão, promovendo a Interoperabilidade do equipamento usado na anestesia – o que também pode ser visto no site. Projeto Oximetria Global: Esse foi um projeto colaborativo entre a WFSA, AAGBI e a assistência médica GE, para fornecer oxímetros de pulso de baixo custo em um pacote que inclua treinamento, coleta de dados e acordos com fornecedores de anestesia locais e administradores para atingir mudança sustentável na prática a longo prazo. O Comitê da Oximetria Global foi proveniente do Comitê de Segurança e Qualidade da Prática, tendo o Dr. Gavin Thoms como o nosso representante e presidente total. Sub-projetos foram empreendidos em Uganda, nas Filipinas, no Vietnã e na Índia. O objetivo foi fazer com que cada sub-projeto fosse auto-sustentável. A assistência de Saúde GE forneceu um total de 58 oxímetros, 125 sensores e material de treinamento. Eles também forneceram um considerável suporte de logística (moderando teleconferências, entregando os oxímetros, fornecendo manutenção etc). A GE provou ser uma grande parceira nessa iniciativa e nós somos gratos pelo seu apoio para essa importante atividade. Nós somos particularmente gratos pelo comprometimento contínuo de Mark Phili´s e Colin Hughes. Os profissionais da anestesia participantes completaram os diários de bordo e dados foram apresentados no Congresso Mundial na Cidade do Cabo. Um relatório final está em preparação para ser complementado por publicações revisadas por colegas. Por muitos motivos, a estrutura tripartite foi terminada na Cidade do Cabo e o Projeto OG retornou à supervisão do Comitê de Segurança e Qualidade da Prática da WFSA, permanecendo como a atividade mais importante do comitê. OMS, Cirurgia Segura e Oximetria de Pulso: Alan Merry e Iain Wilson também se envolveram no projeto Cirurgia Segura Salva Vidas da Organização Mundial da Saúde (não como representantes da WFSA) e gratificaram-se ao ver o desenvolvimento de um catálogo (checklist) aplicável universalmente com relevância considerável à promoção de um trabalho em grupo na sala de operação e apoio para a importância da anestesia em cirurgia segura. Esse catálogo (checklist) tem recebido atenção notória em todo o mundo. A OMS desenvolveu uma iniciativa para avançar a idéia de Oximetria Global. Isso fundamenta-se no trabalho do projeto OG da WFSA e envolve o Alan e o Iain e também muitos outros membros do comitê Executivo da WFSA, inclusive Angela Enright, Florian Nuevo, Gonzalo Barreiro e Rob McDougall. Trabalhando-se com outros membros da equipe da OMS, especificações para o oxímetro ideal foram desenvolvidas e um pacote instrutivo está sendo organizado. Inscrições para ser um site piloto nessa atividade estão disponíveis no site da OMS e tem circulado para sociedades-membro da WFSA. Essa é uma ação muito instigante e acarretará em uma melhoria na segurança do paciente perioperatório em todo o mundo. A Máquina de Anestesia Virtual (um projeto educacional independente sob a direção do Dr. Sem Lampotang) é apoiada pelo Comitê de Segurança e Qualidade da Prática. Um link para esse projeto está disponível na sessão do CSQP no site da WFSA. Manual de Gestão de Crise: Nós somos muito gratos à Fundação Australiana de Segurança do Paciente for permitir que o CSPQ colocasse um link no site da WFSA para o Manual de Gestão de Crise. Boletim de Ocorrência: O professor Quirino Piacevoli é o responsável por um novo projeto para tornar o boletim de ocorrência disponível em países que atualmente ainda não tem acesso ao mesmo. Farmacovigilância: Esforços para promover que informações nos rótulos das ampolas dos medicamentos sejam apresentadas de forma mais clara e mais padronizada será algo de crescente importância para p CSQP nos próximos quatro anos. O professor Merry agradece caso haja interesse no envio de comentários ou sugestões ou caso queira contribuir para qualquer atividade do Comitê. Angela Enright Presidente Alan Merry Presidente do CSQp Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 11 WORLD FEDERATION OF SOCIETIES OF ANAESTHESIOLOGISTS To make available the highest standards of anaesthesia, pain treatment, trauma management and resuscitation to all peoples of the world Durante a última reunião do Comitê Executivo da WFSA, realizada na Cidade do Cabo, durante o “14th World Congress of Anesthesiologists” foi aprovada por unanimidade pelos membros deste grupo de estudos a proposta do Prof. Gastão F. Duval Neto, MD, PhD (membro ativo do EC – WFSA) criando o Professional Wellbeing Working Party (PWWP) desta Federação. Constituição do PWWP – WFSA é a seguinte: · Dr. Gastão F. Duval Neto – Chair (Brasil) [email protected] · Dr. Francis Bonet (France) [email protected] · Dr.Steve Howard (USA) [email protected] · Dra. Genevieve Goulding (Australia) [email protected] · Dr. Kiyoshi Morita (Japan) k [email protected] · Dr. Eddie Rahardjo (Indonesia) [email protected] · Dr. Pratyush Gupta (India) [email protected] · Dr. Lize Xiong (China) [email protected] · Dra. Florian Nuevo (Philippines) [email protected] O “Professional Wellbeing Working Party” tem como principais objetivos: 1. O incentivo e o provimento de assistência metodológica, após solicitação das Sociedades Membros da WFSA, para o desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas no campo da saúde ocupacional em específicos grupos de estudo [ populações alvo (n) – com possibilidade de randomização] como por exem12 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista 2. 3. 4. 5. 6. plo os Centro de Ensino e Treinamento, Departamentos de Anestesiologia de Escolas Médica, etc. O incentivo ao desenvolvimento de pesquisa, na área ocupacional, da correlação entre regimes de trabalho (horas trabalhadas – plantões e rotinas) e a prevalência do fenômeno de fadiga, com as suas conseqüências sobre a performance profissional e segurança do paciente, como também sobre a incidência de patologias somáticas e psíquicas no anestesiologista; nessa direção, estimular os estudos epidemiológicos na avaliação da correlação entre condições de trabalho e os níveis de estresse ocupacional, bem como as suas repercussões na saúde do anestesiologista, através de síndrome de Burnout e dependência química, nas Sociedades Membros da WFSA. A emissão de recomendações, elaboração de diretrizes, de cursos de revisão utilizando o site e a Newsletter da WFSA. A apresentação, através de um específico ícone no site da WFSA de revisões de literatura publicadas sobre o tema Impaired Physician, comentadas por Membros do PWWP ou por convidados especiais com comprovada experiência nesse assunto. O estabelecimento de um Fórum de Discussão sobre o tema Professional Wellbeing com os membros de Sociedades Membros da WFSA, através da Internet. Incentivar a inclusão deste tema, Professional Wellbeing and Impaired Physician, nos progra- Prof. Gastão F. Duval Neto, MD, PhD Member of the Executive Committee of WFSA mas científicos de Congressos Nacionais, Jornadas Regionais e Reuniões Científicas nas Sociedades Membros da WFSA. 7. Tentar o estabelecimento de algum tipo de associação cooperativa entre o PWWP-WFSA e outras instituições como a World Health Organization (WHO), Anesthesia Patient Safety Foundation (APSF), a American Society of Anesthesiologists (ASA), entre outras possibidades. Nesse momento as atividades do PWWP-WFSA estão concentradas na estruturação de instrumentos visando viabilizar, de maneira prática, os seus objetivos. Para tanto, estamos trabalhando, junto com o coordenador do site da WFSA, Dr. Peter Kempthorne (New Zeland), na inserção do ícone específico de nosso Grupo de Pesquisa nesse site. Os Membros do PWSP-WFSA solicitam às Sociedades Membros da WFSA que emitam opiniões e contribuições sobre a dinâmica de funcionamento desse Comitê, pois o mesmo só terá razão de existir se demonstrar utilidade para a prática clínica da anestesiologia mundial e, resultar em melhoria das condições de segurança do binômio anestesiologista/paciente. VISITE O SITE PAGE DA WFSA e o link Professional Wellbeing Working Party ! http://www.anaesthesiologists.org/ 9 0 0 2 s a l u eoa Vide AULAS PROGRAMADAS AULAS JÁ DISPONÍVEIS NO SITE • Anestesia em Urologia • Anestesia para Cirurgia Abdominal • Ética Médica e Bioética. Responsabilidade Profissional do Anestesiologista /Organização da SBA. • Sistema Urinário • Anestesia e Sistema Cardiovascular • Anestesia e Sistema Endócrino • Anestesia em Ortopedia • Anestesia em Urgências e no Trauma • Anestesia para Cirurgia Plástica e Buco-Maxilo-Facial • Anestesia para Cirurgia Torácica • Anestesia para Neurocirurgia • Anestesia para Procedimentos fora do Centro Cirúrgico AULAS GRAVADAS EM FASE DE EDIÇÃO • Anestesia em Geriatria • Anestesia para Transplantes • Choque • Complicações da Anestesia • Física e Anestesia • Monitorização (Parte 1) • Monitorização (Parte 2) • Autacóides Derivados dos Lipídios • Bloqueio Peridural • Farmacologia do Sistema Cardiovascular • Farmacologia do Sistema Nervoso • Farmacologia do Sistema Respiratório • Metabolismo • Metodologia Científica • Recuperação Pós-Anestésica • Reposição Volêmica e Transfusão • Risco Profissional do Anestesiologista • Sistema Cardiocirculatório (Parte 1) • Sistema Cardiocirculatório (Parte 2) • Sistema Digestivo • Sistema Endócrino • Sistema Nervoso • Terapia Intensiva • Transmissão e Bloqueio Neuromuscular (Parte 1) • Transmissão e Bloqueio Neuromuscular (Parte 2) Atualização Associativa A Diretoria da SBA empenhada com a preservação do meio ambiente, tem intensificado as comunicações com os associados por via eletrônica. Para que isto seja possível, torna-se imperiosa a necessidade de manter seus dados cadastrais atualizados, especialmente seu endereço eletrônico. Acesse o Portal da SBA (http://www.sba.com.br) ou envie e-mail solicitando atualização de seus dados cadastrais. Anuidade SBA/2009 O vencimento da anuidade da SBA ocorreu no dia 30/04/2009. Caso tenha perdido este prazo, desde que esteja devidamente regularizado com sua regional, poderá solicitar a emissão de um novo boleto para quitação de sua anuidade, que será enviado pela tesouraria através de mensagem eletrônica. Desta forma continuará usufruindo dos benefìcios oferecidos pela SBA. Aspirantes/Aspirantes-Adjuntos A partir de 01/05/2009: R$ 224,00 (duzentos e vinte e quatro reais) = anuidade de R$ 214,00 + taxa de readmissão de R$ 10,00 (dez reais). Ativos/Adjuntos A partir de 01/05/2009: R$ 448,00 (quatrocentos e quarenta e oito reais) = anuidade de R$ 428,00 + taxa de readmissão de R$ 20,00 (vinte reais). Lembramos que nossa união nos torna fortes para lutarmos por nossos ideais. Anestesia Anestesia em revista em revista - mai-jun, - mai-jun, 20092009 - 13 - 13 ARTIGO TÉCNICO Cálculo do tempo de resposta do BIS BIS é recalculado internamente a cada 0,5 segundos, usando um intervalo de dois segundos com uma sobreposição de 75%. O valor mostrado na tela é atualizado a cada segundo. O BIS usa uma janela interna de mudança com duração de 15 segundos (Fig. 1). Assim, o tempo médio para o cálculo de resposta do BIS é a metade desta, ou seja, 7,5 segundos, podendo ser calculado da seguinte forma: Fazendo o somatório dos “n” termos relacionados a uma progressão aritmética², temos: O Sn = [(a1 + an ). n] / 2, Sendo: n= número de termos=16, a1= primeiro termo=zero, an = a16= último termo=15 Salientando-se que os termos correspondem aos segundos decorridos, teremos assim: S16= [(0 + 15).16] / 2 => S16= 120 . Contudo, esta análise deverá ser feita pela média. Assim, como temos 16 termos, a média será: S16/16=120/16 => S16/16= 7,5 segundos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Figura 1 – Representação esquemática da janela interna Dr. Rogean R Nunes-TSA/SBA - rogean@for talnet.com.br - Mestre e Doutor em Medicina Graduando em Engenharia Eletrônica - Membro da Sociedade Brasileira de Redes Neurais - Membro da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional Referências 1. Sigl, JC – BIS [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <[email protected] >em 27 de maio de 2007. 2. Iezzi G, Hazzan S- Progressão aritmética, em: Iezzi G, Hazzan S- Fundamentos de Matemática Elementar, 4º Vol, 7ª Ed, São Paulo, Atual Editora, 2005; 15-17. REGIONAIS SARGS e CREMERS exigem cumprimento da resolução 1802/2006 A Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS), juntamente com o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) está realizando um trabalho focado nos hospitais gaúchos, que pretende verificar o cumprimento da resolução 1802/2006. Esta resolução foi recentemente atualizada trazendo mais segurança ao ato anestésico, pois determina as condições necessárias para a realização do mesmo, bem como da recuperação pósanestésica. Vale lembrar que, em um levantamento realizado no ano de 2008 foi identificado um número elevado de hospitais que não estavam adequados à resolução 1802/06, o que fez necessária a atuação das duas entidades gaúchas. 14 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista HOMENAGEM Dr. Renato Almeida Couto de Castro homenageado pela Academia Catarinense de Medicina Em sessão solene realizada no dia 08 de maio de 2009 foi acolhido como membro titular da Academia Catarinense de Medicina (ACAMED) o Dr. Renato Almeida Couto de Castro - Presidente da SBA no ano de 2001. A ACAMED foi fundada em 1996, em Florianópolis, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento e o progresso da Medicina, da cultura e das ciências em geral. Entre as atribuições previstas no seu regimento está o de homenagear, em sessões solenes, vultos que se destacaram nessas áreas, bem como comemorar efemérides e cultuar a história da medicina. Parabéns! 43ª JASB cumpre seus objetivos e é sucesso de público A 43ª Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro (JASB), realizada de 25 a 27 de junho, no Rio de Janeiro, obteve a participação intensa dos anestesiologistas. Com a presença de mais de 900 congressistas, de todas as gerações, do mais jovem ao mais experiente, a JASB atendeu às expectativas da sua comissão organizadora e ofereceu ao público atualização profissional e confraternização. O retorno foi extremamente positivo e se deu através de um público interessado e preocupado com o seu aprimoramento. Segundo a Diretora Científica da SAERJ, Dra. Ana Cristina Pinho Mendes Pereira, a programação da 43ª JASB procurou propiciar a discussão e a troca de experiências, uma vez que o modelo de somente apresentar conferências é desgastado e pouco eficiente, principalmente hoje em que o acesso à informação é muito fácil, através da internet. - O que precisamos é de um espaço de discussão, interpretação e visão crítica dos assuntos. Por isso, investimos em temas bastante con- Mesa de abertura da 43ª JASB troversos, e no formato de mesaredonda. Após a apresentação dos palestrantes, o tempo de 30 minutos para os debates, na maioria das vezes, foi pouco e teve que ser ultrapassado, pois a platéia nos deu um retorno muito bom, realizando muitas perguntas – relatou. As atividades práticas da JASB ficaram por conta dos workshops de “arritmias” e “vias aéreas”. Os quatro turnos de workshops tiveram inscrições esgotadas, o que demonstrou o grande interesse dos congressistas neste tipo de treinamento que aumenta a segurança e a qualidade do trabalho do anestesiologista. De acordo com a Dra. Ana Cristina Pinho, a presença do jovem médico foi marcante, não apenas na participação nos Temas Livres, com 21 trabalhos inscritos, mas principalmente nas diversas palestras que aconteceram. - O futuro da anestesiologia esteve presente na 43ª JASB. Um dos principais focos da SAERJ hoje é o médico em formação. Precisamos investir neles e incutir o espírito de aprimoramento, de pesquisa e de ensino, sem descuidar do associativo, isso só contribui para o fortalecimento da especialidade. A apresentação de Temas Livres é uma oportunidade de treinamento e pode despertar o interesse e até mesmo a vocação para a vida acadêmica. A anestesiologia precisa de novos professores. Esperamos que os jovens cada vez mais participem das atividades científicas e acadêmicas patrocinadas pela Sociedade - frisou. Representantes de entidades médicas participam da abertura da JASB Diretores da SAERJ, médicos em especialização e responsáveis por CETs A solenidade de abertura da 43ª JASB, realizada no dia 25 de junho, Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 15 Selo qualifica anestesiologista do Rio de Janeiro Na ocasião, ainda aconteceu o lançamento do Selo de Qualidade SAERJ, que tem como objetivo diferenciar os profissionais vinculados à Sociedade. De acordo com o Dr. Público lotou as salas de palestras Sérgio Logar, o Selo contou com a presença do Dr. Luiz de Qualidade SAERJ poderá ser Antonio Vane, Presidente da SBA; usado nos documentos que fazem Dr. Sérgio Logar, Presidente da parte do dia-a-dia do anesteSAERJ; Dr. Celso Ramos, represensiologista, como ficha de anestesia, tante da AMB; Dr. Aloísio Tibiriçá, recibo médico, folhas de evolução, representante do CFM; Dr. Marcos termo de consentimento informado, Botelho, representante do etc. CREMERJ; Dra. Glória Maria Potério, - O Selo de Qualidade SAERJ, Presidente da SAESP; Paulo Antonão significa que aquele nio Gouvêa, Presidente da SAES; anestesiologista é mais capaz ou Dr. Tolomeu Artur Casali, Presidenhabilidoso do que qualquer outro. te da SAMG; e Dr. Carlos Alberto No entanto, atesta o seu zelo em Moura, Presidente da manter-se atualizado e em contato COOPANEST-RIO. com o que há de mais moderno e Durante o seu discurso, Dr. Sérde melhor para oferecer ao seu pagio Logar ressaltou que, desde o ciente. O importante é que o início da organização da JASB, estaanestesiologista demonstre preocuva claro que era fundamental valopação com o seu aprimoramento, rizar o calendário científico da SBA. com a sua atualização. As próprias - Sabíamos que era importante instituições estão avançando em revigorar o espírito associativo relação aos programas de qualidados anestesiologistas, cada vez de e de acreditação, em todos os mais levados a ver o exercício da níveis. A tendência do mercado é especialidade apenas como um trabalhar com profissionais qualimeio de vida, ou no máximo, ficados – enfatizou. como uma atividade puramente técnica, despida de qualquer conteúdo humanístico, cada vez mais levados a acreditar apenas nas iniciativas individuais para resolução dos seus problemas imediatos e na obtenção isolada de informação através da internet, o que por certo leva a um estado de alienação muito conveniente para aqueles que lucram ou fazem política com o nosso trabalho – afirCongressistas recebem treinamento no mou. workshop de “Vias aéreas” 16 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista IMAGEM DO SELO DE QUALIDADE SAERJ Homenagem aos médicos em especialização Durante a abertura da 43ª JASB, foram realizadas homenagens aos médicos em especialização do Estado do Rio de Janeiro que obtiveram a maior nota estadual na prova nacional da SBA, no ano de 2008. Médicos que obtiveram a maior nota na prova nacional de ME1: Dr. Pedro Rotava, médico em especialização do Centro de Ensino e Treinamento do Instituto Nacional do Câncer; e Dr. Vinicius Carneiro Morais Cavalcanti, médico em especialização do Centro de Ensino e Treinamento Prof. Bento Gonçalves, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Médico que obteve a maior nota na prova nacional de ME2: Dr. Rodrigo Marques dos Santos Laia Franco, médico em especialização do Centro de Ensino e Treinamento do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Médicos que obtiveram a maior nota na prova nacional de ME3: Dr. Marcelo Grisólia Gonçalo, do Centro de Ensino e Treinamento do Hospital dos Servidores do Estado; e Dr. Leandro Aurélio da Silva Santana, médico em especialização do Centro de Ensino e Treinamento Prof. Bento Gonçalves, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. WORKSHOP 01: MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA 11/09/2009 - SEXTA-FEIRA Coordenadores: Dr. Cassio Campello de Menezes/SP e Dra. Débora de Oliveira Cumino/SP 10/09 - Quinta-feira – das 09:00 às 12:00h (40 vagas) Estação Teórica: Otimização volêmica e monitorização hemodinâmica no intra-operatório: é fundamental? Dr. Cassio Campello de Menezes/SP Estações Práticas: 10 A 12 DE SETEMBRO DE 2009 Summerville Beach Resort Porto de Galinhas – PE SESSÃO DE CONFERÊNCIAS 08:00h - Anestesia no traumatismo craniano Dr. Clóvis Marcelo Corso/ PR 08:30h - Qual o papel dos inalatórios em neuroanestesia? Dra. Maria Angela Tardelli/SP 09:00h - Vasopressina: uso clínico atual Dr. Sebastião Araújo/SP 09:30h - Disfunção cognitiva do idoso Dra. Deise Martins Rosa/RJ PAINEL - COMPLICAÇÕES EM ANESTESIA 10:30h - Despertar e memória intraoperatória no adulto Dra. Deise Martins Rosa/RJ 11:00h - Náuseas e vômitos pósoperatórios. Atualização Dra. Maria do Socorro Almeida Barbosa/PE 11:30h - Dor aguda - quais os limites para o uso dos diferentes antinflamatórios? Dra. Josenilia Maria Alves Gomes/CE PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA A - Montagem dos sistemas de monitorização Enf. Fátima Faria/SP B - Casos clínicos. Entendendo parâmetros dinâmicos de volume responsividade. Dr. Cassio Campello de Menezes/SP C - Como usar a saturação venosa central? Dra. Débora de Oliveira Cumino/SP WORKSHOP 02: STANFORD DIFFICULT AIRWAY COURSE 11/09 - Sexta-feira – das 08:00 às18:00 - (60 vagas) WORKSHOP 03: STANFORD DIFFICULT AIRWAY COURSE 12/09 - Sábado – das 08:00 às18:00 - (60 vagas) Coordenador: Dr. Vladimir Nekhendzy/USA Palestrantes: Alexander Butwick/USA Calvin Kuan/USA Cosmin Guta/USA Jay Brodsky/USA Jeremy Collins/USA Martin Angst/USA Pedro Tanaka/USA Robert Norris/USA Sara Goldhaber-Fiebert/USA Vivek Kulkarni/USA WORKSHOP 04: ANESTESIA VENOSA Coordenador: Dr. Marcos Antonio Costa de Albuquerque/SE 11/09 - Sexta-feira - Turma A - das 10h às 11h (10 vagas) Turma B - das 11h às 12h (10 vagas) 12/09 - Sábado - Turma C - das 10h às 11h (10 vagas) Turma D - das 11h às 12h (10 vagas) 10/09/2009 - QUINTA-FEIRA SESSÃO DE CONFERÊNCIAS 14:00h - Algoritmo de via aérea difícil - ASA (discussão baseada em evidência) Dr. Vladimir Nekhendzy/Stanford-USA 14:40h - Via aérea difícil em pediatria Dr. Calvin Kuan/Stanford-USA SESSÃO DE CONFERÊNCIAS 15:50h - Princípios e práticas de intubação com fibraóptica Dr. Vladimir Nekhendzy/Stanford-USA 16:30h - Perspectiva médica na sala de emergência sobre o manuseio da via aérea difícil Dr. Robert Norris/Stanford-USA 12:00h – INTERVALO PAINEL - COMPLICAÇÕES EM ANESTESIA 14:00h - Controle das disrritmias perioperatórias: ALGORITMOS DE CONDUTA Dr. Henrique Dória de Vasconcelos/PE 14:30h - Entendendo a fisiopatologia e o diagnóstico das coagulopatias intraoperatórias Dr. Joel Avancini Rocha Filho/SP 15:00h - Racionalizando o tratamento das coagulopatias estratéias de conservação sangüínea e novos agentes Dr. Joel Avancini Rocha Filho/SP SESSÃO DE CONFERÊNCIAS 16:00h - Rocurônio X Cisatracúrio. Vantagens e desvantagens Dra. Maria Angela Tardelli /SP 16:30h - Reposição volêmica no trauma Dr. Pedro Paulo Tanaka/Stanford-USA 12/09/2009 - SÁBADO SESSÃO DE CONFERÊNCIAS 08:00h - Conduta anestésica na pré-eclâmpsia Dr. Jeremy Collins/Stanford-USA 08:30h - O que faz a diferença no cuidado do paciente obeso Dr. Jay B. Brodsky/Stanford-USA 09:00h - SRPA: Cuidados com o obeso Dr. Jay B. Brodsky/Stanford-USA 09:30h - Condução intraoperatória do pneumopata Dra.Claudia Lutke/SP PAINEL – PACIENTE CRÍTICO 10:30h - Otimização da perfusão tecidual: indicações e métodos de avaliação Dr. Macius Pontes Cerqueira/BA 11:00h - Choque séptico. O que o anestesiologista precisa saber? Dr. José Otávio Costa Auler Júnior/SP 11:30h - Soluções coloidais: diferenças e melhores indicações Dr. José Otávio Costa Auler Júnior/SP PROGRAMAÇÃO SOCIAL 11/09/2009 - Sexta-feira 20h - Solenidade de Abertura (traje: esporte fino) 12/09/2009 - Sábado 20h - Jantar Dançante (traje: esporte fino) Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 17 18 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 19 ARTIGO CIENTÍFICO Análise dos Critérios de Alta da Sala de Recuperação PósAnestésica em Pacientes Submetidos à Colecistectomia Videolaparoscópica: Influência do Escore de Aldrete e Kroulik Autores Daniel Volquind: Especialista TSA/SBA, Anestesiologista da CAN - Clínica de Anestesiologia, Presidente da Sociedade de Anestesiologia do Rio Grande do Sul (SARGS), Membro da Comissão de Educação Continuada da Sociedade Brasileira de Anestesiologia - CEC/SBA. Cristiano Dalmina: Especialista TSA/SBA, Anestesiologista da CAN - Clínica de Anestesiologia. Alexandre Mussato: Especialista TSA/ SBA, Anestesiologista da CAN - Clínica de Anestesiologia. Vilmar Molon: Especialista TSA/SBA, Professor da Disciplina de Técnica Anestésica Cirúrgica da Universidade de Caxias do Sul - UCS, Anestesiologista da CAN - Clínica de Anestesiologia. Roberto Fellini: Medico em Especialização do 1o ano no CET. SANE/RS. Descritores (Palavras-chave) Recuperação Anestésica; Colecistectomia, Escore de Aldrete e Kroulik. Resumo Justificativa e Objetivos: A alta do paciente da SRPA (sala de recuperação pós anestésica) é uma etapa impor tante da medicina perioperatória. A fim de padronizar a avaliação da recuperação dos pacientes, foram criados sistemas de pontuação semelhantes ao estabelecido por Apgar no atendimento aos recémnascidos. O sistema de pontuação criado por Aldrete e Kroulik contempla a avaliação de 5 parâmetros: motricidade, respiração, cor da pele, pressão ar terial e nível de consciência. Recentemente o parâmetro cor da pele foi substituído pela SpO2 . Analisar as informações a respeito das condições de alta dos pacientes da SRPA relacionadas ao sistema de pontuação de Aldrete e Kroulik e ao tempo de permanência nesta fase da recuperação. Método: Foram avaliados 233 prontuários de pacientes submetidos a videocolecistectomia sob anestesia geral balanceada. Foram excluídos 80 prontuários por não apresentarem a avaliação de 20 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Aldrete e Kroulik. Os dados analisados constaram da classificação ASA, tempo de permanência na SRPA, tempo programado para alta da SRPA, o escore de Aldrete e Kroulik na admissão e na alta da SRPA. Resultados: Foram estudados 153 pacientes, 49 (32%) eram do sexo masculino e 104 (68%) do sexo feminino. A idade variou de 14 88 anos (média 47,15 anos). Apresentou-se diferença estatisticamente significante na comparação do tempo estimado para alta pelo anestesiologista e tempo médio real. Conclusão: A aplicação de escores sistematizados para avaliação dos pacientes em SRPA diminui o tempo de permanência dos mesmos nestas unidades, melhorando o atendimento e otimizando os recursos disponíveis. Trabalho submetido em (Article’s submission in): 19/2/2008 23:08:15 Instituição (Affiliation): Hospita Saúde Caxias do Sul RS Correspondência (Correspondence): Daniel Volquind Avenida Itália, 490/232 Bairro São Pelegrino Caxias do Sul - RS CEP 95010040 Suporte Financeiro (Financial support): Submetido para (Submited for): Revista Brasileira de Anestesiologia Artigo numerado no SGP sob código de fluxo (The Article was numbered in SGP for the flux code): 89 Introdução: recuperação pósanestésica compreende importante etapa do cuidado perioperatório. É um processo dinâmico, que inicia ainda na sala de operações (SO) e estendese até a recuperação completa do paciente, a qual depende da técnica e das drogas anestésicas utilizadas.1 Neste período, o paciente pode apresentar quadro variável de instabilidade, no qual podem ocorrer complicações cardiovasculares, respiratórias, metabólicas, náuseas e vômitos (N/V) e dor.2,3 As salas de recuperação pósanestésica (SRPA) foram idealizadas no século XX, embora a preocupação com o cuidado pósoperatório date do século XIX, e visam à observação do A paciente e prevenção de complicações pósoperatórias.3,4,5 No intuito de estabelecer uma avaliação objetiva da recuperação dos pacientes, foram criados sistemas de pontuação semelhantes ao estabelecido por Apgar no atendimento aos recém-nascidos.6 O sistema de pontuação criado por Aldrete e Kroulik contempla a avaliação de 5 parâmetros: motricidade, respiração, cor da pele, pressão arterial e nível de consciência. Recentemente o parâmetro cor da pele foi substituído pela SpO2 .6 A introdução destes sistemas de avaliação por atribuição de pontos otimiza o uso da SRPA e pode contribuir para a diminuição da estada dos pacientes neste setor, visando à melhora da dinâmica do bloco cirúrgico. Analisar as informações a respeito das condições de alta dos pacientes da SRPA relacionadas ao sistema de pontuação de Aldrete e Kroulik e ao tempo de permanência nesta fase da recuperação são os objetivos deste trabalho na validação deste método como instrumento de diminuição no tempo de permanência na SRPA. Método: Após aprovação do conselho de ética da instituição, foram analisados de forma retrospectiva, 233 prontuários de pacientes submetidos à colecistectomia videolaparoscópica realizadas com anestesia geral balanceada. Foram excluídos 80 pacientes nos quais não foi aplicado o escore de Aldrete e Kroulik na avaliação pós-operatória. Os dados analisados foram coletados de 153 prontuários e constaram da classificação ASA, tempo de permanência na SRPA, tempo programado para alta da SRPA, o escore de Aldrete e Kroulik na admissão e na alta da SRPA. Na análise estatística, as características dos pacientes foram descritas utilizandose a média e desvio padrão quando a variável era numérica e seguia uma distribuição normal. As variáveis categóricas foram descritas por proporções ou percentagens. A análise para a comparação entre duas médias usouse o teste t de Student quando as variáveis eram simétricas e teste U de MannWhitney para as variáveis assimétricas. Na comparação de mais de duas médias foi utilizado o teste de Wilcoxon e a análise de variância de uma via, conforme as variáveis fossem, respectivamente, assimétricas ou simétricas. Definiuse um nível de significância de P < 0,05. A análise foi realizada com o pacote estatístico SPSS 12.0 for Windows (Copyrights SPSS Inc). Resultados: Dos 153 pacientes estudados, 49 (32%) eram do sexo masculino e 104 (68%) do sexo feminino. A idade variou de 14 88 anos (média: 47,2 anos). A média do escore de Aldrete e Kroulik na admissão dos pacientes na SRPA foi 7,1 (DP=0,05) com mínimo de 6 e máximo de 9. Na alta da SRPA, a média do escore de Aldrete e Kroulik foi 9,9 (DP =0,02) com mínimo de 9 e máximo de 10. A distribuição dos pacientes quanto à classificação do estado físico pela ASA foi: I (29,6%), II (60,9%), III (8,6%), IV (0,9%). Houve significância estatística na comparação do tempo estimado para alta pelo anestesiologista e tempo médio real. Quadro 1 e Gráfico 1. Discussão: Os primeiros relatos da preocupação com o atendimento de pacientes no pósoperatório datam do século XIX , em Newcastle, na Inglaterra. A primeira descrição de uma sala de recuperação foi em 1863 por Nightingale: “... não é raro, em um hospital do interior, se ter uma pequena sala ligada ao centro cirúrgico onde os pacientes permanecem até estar recuperados, ou pelo menos recuperados dos efeitos imediatos da operação.” No entanto, grande atenção ao cuidado pósoperatório surgiu com a segunda guerra mundial devido à observação que os feridos vinham a morrer, por não ter atendimento adequado e organizado, no período pósoperatório. Somente a partir da década de 20, do século XX, é que as salas de recuperação pósanestésicas começaram a tomar corpo. 5 No Brasil, a existência de salas de recuperação pósanestésicas é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), recomendada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia e prevista na resolução 1802/2006 do Conselho Federal de Medicina (CFM).7,8,9 A recuperação anestésica é planejada antes da cirurgia, pois o paciente deve Quadro 1: Comparação entre Tempo Programado e Tempo Real Número de pacientes 2 72 74 5 Tempo programado para alta (h) 2 4 6 8 ou mais Tempo médio Real (h) 2 3,5 ( + 1,0) 4,4 (+1,4) 8 p <0,001 <0,001 - Test t ser avaliado em relação ao porte cirúrgico e à anestesia que será submetido para que seja estabelecido o local de sua recuperação. Esta poderá ocorrer em SRPA, UTI ou unidade semi-intensiva. Todavia, o processo de recuperação não se modifica, sendo dinâmico e relacionado à técnica anestésica e às drogas utilizadas.10 O período pósoperatório imediato, parte importante da medicina perioperatória, o qual engloba a recuperação anestésica, é o que apresenta um paciente com potencial instabilidade cardiorrespiratória decorrente das alterações fisiológicas e/ou fisiopatológicas relacionadas ao procedimento anestésicocirúrgico. 2 ,11,12 A recuperação pósanestésica tem seu início ainda na sala de cirurgia, evidenciando o estágio I, no qual ocorre o restabelecimento dos reflexos respiratórios, da estabilidade cardiovascular e da recuperação da força muscular, caso tenham sido utilizados bloqueadores neuromusculares.13,14 O estágio II compreende a estada d o p a c i e n t e n a S R PA , n a q u a l é monitorizado conforme a resolução 1802/2006 (cardioscopia, oximetria de pulso, pressão arterial não invasiva, temperatura, nível de consciência e dor).7,9 No estágio III da recuperação pósanestésica, o paciente deve ter asse- gurada a capacidade de deambulação, de micção espontânea e de tolerar líquidos por via oral. Ainda nesta etapa devem ter a dor, náuseas e vômitos controlados por medicação oral.10,13 A alta do paciente, após estar recuperado, é de responsabilidade do anestesiologista que realizou a anestesia ou que é responsável pela SRPA. 9,10 Por muitos anos, a alta dos pacientes da SRPA era obtida sem critérios clínicos objetivos. O que resultava no aumento da morbimortalidade dos procedimentos, bem como na utilização inadequada da SRPA. Com o intuito de melhorar a avaliação pósoperatória, sistemas de pontuação foram criados para estabelecer uma avaliação objetiva da recuperação dos pacientes no pósoperatório, seguindo critérios clínicos relacionados a parâmetros fisiológicos.6,10,14 O sistema de pontuação criado por Aldrete e Kroulik, elaborado para aplicação por enfermeiras, contempla a avaliação de 5 parâmetros: motricidade, respiração, cor da pele, pressão arterial e nível de consciência. Recentemente o parâmetro cor da pele foi substituído pela SpO2.6 Este sistema de pontuação atribui de 0 a 2 pontos para cada parâmetro, sendo o paciente considerado recuperado quando atinge o somatório 910, podendo ter alta da SRPA. Figura 1: Comparação entre Tempo de Permanência e Tempo Programado Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 21 Neste estudo, os pacientes foram submetidos à colecistectomia videolaparoscópica, procedimento que se tornou padrão para o tratamento da colelitíase, após a sua primeira descrição em 1989. Via de regra é realizado com anestesia geral, permitindo uma padronização da técnica anestésica, o que evitou a ocorrência de vieses na avaliação dos critérios de alta da SRPA.16 A escala de Aldrete e Kroulik foi escolhida para avaliar as condições de alta da SRPA pela fácil aplicabilidade e por já ser aplicada rotineiramente em nosso hospital. O tempo de permanência da SRPA apresenta variações relacionadas a fatores que podem interferir no aumento do mesmo como a técnica anestésica, a farmacodinâmica e farmacocinética dos agentes utilizados e características individuais de cada paciente, além da determinação de um horário para que o paciente tenha alta, com base empírica, pelo anestesiologista que assistiu ao paciente. 10,17 Nos serviços que não adotam sistemas de escores para avaliação da alta do paciente, esta é estabelecida por um horário determinado pelo anestesiologista que promoveu a anestesia, não havendo relação com qualquer tipo de avaliação do estado pósanestésico do paciente. Esta conduta implica em situações de permanência desnecessária do paciente na SRPA, uma vez que já poderiam ter atingido os critérios de alta estabelecidos. Outra implicação é a obtenção da alta sem ter atingido os critérios e deste modo estarem expostos às complicações inerentes ao período pósanestésico. As complicações que podem ocorrer no período pósoperatório imediato estão relacionadas ao procedimento cirúrgico, à anestesia, às intercorrências transoperatórias e às condições clínicas préoperatórias apresentadas pelo paciente, determinando o aumento da permanência na SRPA.3,18,19 Nossos resultados demonstram que existe uma diferença estatisticamente significativa entre o tempo estimado para alta, ou seja, aquele estabelecido pelo anestesiologista, e o tempo médio real, o qual foi determinado pela avaliação dos parâmetros do escore de Aldrete e Kroulik. A significância deste resultado mostra que os leitos das SRPA apresentam uma ocupação acima da necessidade real, visto que o horário de alta é previsto sem embasamento em escalas de escores, levando a uma utilização desnecessária e onerosa da SRPA. Fato que implica na diminuição do número de procedimentos ci22 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista rúrgicos e inviabiliza a otimização do bloco cirúrgico. O custo gerado pela permanência excessiva dos pacientes na SRPA onera o procedimento no seu âmbito global e contraria as propostas de redução de custos das instituições de saúde. A SRPA é considerada uma área dispendiosa que contribui como uma fatia significante dos custos perioperatórios.5,20 Os gastos com funcionários confere importante elevação ao custo da SRPA. Portanto, a aplicação de protocolos para a alta da SRPA diminui o tempo de permanência do paciente internado nesta área e otimizam o gasto com pessoal.20,21 Nossos resultados permitem afirmar que a aplicação de escores sistematizados para avaliação dos pacientes em SRPA diminui o tempo de permanência dos mesmos nestas unidades, melhorando o atendimento e otimizando os recursos disponíveis. Deste modo a escala de Aldrete e Kroulik mostrou ser um instrumento adequado para avaliação das condições de alta dos pacientes na SRPA. 1. Cardoso AR Recuperação PósAnestésica, em: Yamashita AM, Takaoka F, Auler JrJOC, Iwata NM Anestesiologia, 5º Ed., São Paulo, Atheneu, 2001; 11291141. 2. Roichman CBC, Lima LC, Melo Lins RS et al Recuperação PósAnestésica, em: Cavalcanti IL Medicina Perioperatória, 1º Ed., Rio de Janeiro, SBA, 2005;305325. 3. American Society of Anesthesiologists Task Force on Post Anesthetic CarePractice Guidelines for Post Anesthetic Care. Anesthesiology 2002; 96:742752. 4. Oliveira Fº, GR Rotinas de Cuidados PósAnestésicos de Anestesiologistas Brasileiros. Rev Bras Anestesiol, 2003; 53:518534. 5. Waddle JP, Evers AS and Piccirillo Postanesthesia Care Unit Length of Stay: Quantifyng and Assessing Dependent Factors. Anesth Analg, 1998; 87: 628633. 6. Aldrete JA, Kroulik D A Postanesthetic Recovery Score. Anesth Analg, 1970; 49: 924934. 7. Brasil Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução RDC n° 50 de 21 de fevereiro de 2002. 8. Brasil. Ministério da Saúde. Portatia 400 de 6 de dezembro de 1977. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, p. 17193, 15 de dezembro 1977. Seção 1, pt. 1. 9. Conselho Federal de Medicina (Brasil) Resolução CFM 1802 de 01 novembro de 2006. 10. Cangiani LM, Porto AM Anestesia Ambulatorial. Rev Bras Anestesiol. 2000; 50:6865. 11. Cavalcanti IL Medicina Perioperatória O Futuro da Anestesiologia. em Cavalcanti IL Medicina Perioperatória. 10 ed, Rio de Janeiro, SBA, 2005; 1323. 12. Cavalcanti IL A anestesiologia é a Medicina Perioperatória? (Editorial) Anestesia em Revista setembro/outubro 2005, pág. 5 13. Ganem EM, Vianna PTG , Fabris P et al Comparação da Recuperação de Anestesia Venosa com Propofol e Anestesia Inalatória com Sevoflurano para Laparoscopia Ginecológica. Rev Bras Anestesiol, 1999; 49:8488. 14. K i n g d o n B., Newman K. Determining Patient Discharge Criteria in an Outpatient Surger y Setting. AORN Journal , 2006,83:898904. 15. White P, Song D. New criteria for fasttracking after outpatient anesthesia: a comparison with the modified Aldrete’s Scoring System. Anesth Analg, 1999;88:10691072. 16. Vagenas K, Spyrakoloulos P, Karanikolas M et al MiniLaparotomy Cholecistectomy Versus Laparoscopic Cholecistectomy: Which Way to Go? Surg Laparosc Endosc Perctun Tech, 2006; 16:321324. 17. S o n g D , J o s h i G P, W h i t e P F Fasttrack eligibility after ambulatory anesthesia: A comparison of desflurane, sevoflurane and propofol. Anesth Analg, 1998; 86: 267273. 18. LedesmaSanchez MJ, OlaondoLópez L, Pueyo FJ et al A Comparison of Three Antiemetic Combinations for the Prevention of Postoperative Nausea e Vomiting. Anesth Analg, 2002;95:15901595. 19. Naguib M, Kopman AF and Ensor JE Neuromuscular Monitoring and Postoperative Residual Curarization: a Metaanalisys. Br J Anaesth 2007; 98:30216. 20. Lubarsky DA. Fast track in the postanesthesia care unit: unlimited possibilities? J CLin Anesth, 1996; 8:7072. 21. Dexter F, Tinker JH. Analysis of strategies to decrease post anesthesia care unit costs. Anesthesiology, 1995; 82:94101. Imagens enviadas pelo autor. (Images sent by the author) : Comparação entre Tempo de Permanência e Tempo Programado PARECER TÉCNICO Qual o melhor antisséptico para ser utilizado nos bloqueios de neuroeixo? CARLOS ROGERIO DEGRANDI EDISIO PEREIRA NEUBER MARTINS FONSECA CNTSA/SBA 2009 Introdução desinfecção é o processo de destruição de microrganismos, patogênicos ou não, na forma vegetativa, presentes em objetos inanimados. Denomina-se anti-sepsia ao conjunto de medidas empregadas com a finalidade de destruir ou inibir o crescimento de microrganismos existentes nas camadas superficiais (microbiota transitória) e profundas (microbiota residente) da pele e de mucosas, pela aplicação de agentes germicidas, classificados como antissépticos. Na assistência à saúde, a principal função dos antissépticos é o preparo da pele, na higienização das mãos ou antecedendo alguns procedimentos como cirurgias, aplicações de injeções, punções venosas e arteriais, cateterismos vesicais e outros procedimentos invasivos, onde ocorre o rompimento das barreiras normais de defesa do indivíduo. Price, em seu clássico estudo sobre a quantificação da microbiota da pele, dividiu as bactérias isoladas presente na pele em duas categorias: transitória e residente. A microbiota transitória, que coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples com água e sabonete, por meio de fricção mecânica. A microbiota residente, que está aderida às camadas mais profundas da pele é mais resistente à remoção apenas por água e sabonete. As bactérias que compõem esta microbiota (e.g., estafilococos coagulase negativos e bacilos difteróides) são agentes menos prováveis de infecções veiculadas por contato. A Agentes Antissepticos Os agentes antissépticos para o tratamento da pele a fim de reduzir a quantidade de germes presentes, a chamada microbiota, devem ter ação antimicrobiana imediata e efeito residual ou persistente. Não devem ser tóxicos, alergênicos ou irritantes para a pele. Recomenda-se que sejam agradáveis de utilizar, suaves e ainda de custo-efetivos. Álcool O termo álcool é originário do árabe alkuhul. O líquido incolor e volátil é obtido a partir da destilação de suco de frutas fermentado, como o da uva, ou de açúcares de féculas, sementes e cana. Este composto orgânico é caracterizado por possuir pelo menos uma hidroxila (radical OH) ligada ao átomo de carbono. Apresentações com variados pesos moleculares, que lhe conferem características próprias, são comercializados para diferentes aplicações como, por exemplo, desinfetante, solvente e combustível, respectivamente o álcool etílico, o isopropílico e o metílico. O álcool etílico e o isopropílico possuem atividade contra bactérias na forma vegetativa, vírus envelopados (p.ex.: vírus causadores da influenza, das hepatites B e C, e da SIDA), micobactérias e fungos. Não apresentam ação contra esporos e vírus nãoenvelopados (p.ex.: vírus da hepatite A e Rinovírus), caracterizando-se como desinfetante e antisséptico, porém sem propriedade esterilizante. Sua atividade ocorre provavelmente pela desnaturação de proteínas e remoção de lipídios, inclusive dos envelopes de alguns vírus. Para apresentar sua atividade germicida máxima, o álcool deve ser diluído em água, que possibilita a desnaturação das proteínas. A concentração recomendada para atingir maior rapidez microbicida com o álcool etílico é de 70% em peso e com o isopropílico, entre 60 e 95%. Algumas características do álcool limitam seu uso: é volátil e de rápida evaporação na temperatura ambiente; é altamente inflamável; possui pouca ou nenhuma atividade residual em superfí- cies. Além disto, a presença de altas concentrações de matéria orgânica pode diminuir a atividade microbicida do álcool. As preparações alcoólicas não são apropriadas quando a pele estiver visivelmente suja ou contaminada com material protéico, segundo os manuais Americano, Britânico, da OMS e recente publicação da Anvisa/MS. Os antisépticos que mais satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são o álcool diluído em água e compostos alcoólicos ou aquosos de iodo e clorexidina. Soluções aquosas de permanganato de potássio e formulações à base de sais de prata também são empregadas com esta finalidade. Formulações preparadas com mercuriais orgânicos, acetona, quaternário de amônio, líquido de Dakin, éter ou clorofórmio não possuem atividade microbicida ou apresentam toxicidade excessiva quando aplicados à pele e não devem ser usados para a anti-sepsia. De acordo com as recomendações do “Centers for Disease Control and Prevention“ (CDC), na escolha do antisséptico ideal para degermação é importante: 1. Verificar se possui apresentação clara das características desejadas em relação ao espectro de atividade procurado, rapidez de ação na diminuição da microbiota, ausência de absorção através da pele e das mucosas, efeito prolongado estável, ausência de ação corrosiva, odor agradável e baixo custo; 2. Analisar os estudos de avaliação do custo do produto e da sua aceitação pelo usuário, considerando o balanço custo-benefício (muitas vezes um produto pode ter um preço alto sem custar mais, quando comparado aos seus benefícios); 3. Avaliar a eficácia e a segurança do produto, com aplicação de testes na instituição, quando devem ser seguidas as instruções do fabricante, para observar aspectos como odor, facilidade de uso e praticidade da embalagem. Mesmo sem possuir ação contra formas esporuladas, em concentrações apropriadas, o álcool é um antisséptico de baixo custo, extremamente rápido e eficaz na redução do número de microrganismos encontrados na pele. O álcool está entre os antissépticos mais seguros, não só por possuir Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 23 baixíssima toxicidade, mas também pelo seu efeito microbicida rápido e fácil aplicação. Estudo comparativo da eficácia dos diversos produtos comumente utilizados na prática do procedimento de degermação: sabão líquido, PVP-I degermante, clorexidina degermante, solução aquosa de PVP-I, álcool a 70% e clorexidina associada a álcool a 79%, mostra que o álcool a 70% apresenta mais eficácia como bactericida, com um efeito residual maior, comparado a outros antissépticos. Clorexidina O gluconato de clorexidina, bibiguanida catiônica,foi desenvolvido na Inglaterra no início dos anos 1950, e foi introduzido nos EUA, nos anos70. A base clorexidina é 0pouco solúvel em água, mas a forma digluconato é solúvel em água. A atividade antimicrobiana da clorexidina provavelmente é atribuída à ligação e subseqüente ruptura da membrana citoplasmática, resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos. A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que os álcoois, sendo considerada de nível intermediário; porém, seu efeito residual, pela forte afinidade com os tecidos, torna-o o melhor entre os antisépticos disponíveis. A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Gram-positivas, menor atividade contra bactérias Gram-negativas e fungos, mínima atividade contra micobactéria e não é esporicida. Tem atividade in vitro contra vírus envelopados (herpes simples, HIV, citomegalovírus, influenza e vírus sincicial respiratório), mas atividade substancialmente menor contra os vírus não envelopados (rotavírus, adenovírus e enterovírus). A atividade antimicrobiana é pouco afetada na presença de matéria orgânica, incluindo o sangue. Uma vez que a clorexidina é uma molécula catiônica, sua atividade pode ser reduzida por vários anions inorgânicos, surfactantes não iônicos contendo agentes emulsificantes aniônicos. A clorexidina tem efeito residual importante, em torno de 6 horas. A adição de baixas concentrações desse antisséptico (0,5% a 1%) às preparações alcoólicas resulta em atividade residual dessas formulações proporcionada pela clorexidina. 24 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Iodóforos - PVPI (Polivinilpirrolidona iodo) O iodo é um antisséptico reconhecido pela sua efetividade, desde 1821. Entretanto, devido àspropriedades de causar irritação e manchar a pele, foi substituído por PVPI ou iodóforos nosanos 1960. Iodóforos são moléculas complexas compostas de iodo e de um polímero carreador chamado “polivinilpirrolidona”, cuja combinação aumenta a solubilidade do iodo e provê um reservatório de iodo, liberando-o ao ser utilizado e reduzindo o ressecamento da pele. A quantidade de iodo molecular presente (iodo livre) é que determina o nível de atividade antimicrobiana do iodo, sendo que as soluções de PVPI a 10% contendo 1% de iodo disponível liberam iodo livre de aproximadamente 1 ppm. A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular, ocorrendo a inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados, prejudicando a síntese protéica e alterando as membranas celulares. O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Gram-positivas e Gramnegativas, bacilo da tuberculose, fungos e vírus (exceto enterovírus), possuindo também alguma atividade contra esporos. Entretanto, em concentrações utilizadas para anti-sepsia, usualmente os iodóforos não têm ação esporicida. O iodóforo é rapidamente inativado em presença de matéria orgânica, como sangue e escarro e sua atividade antimicrobiana também pode ser afetada pelo pH, temperatura, tempo de exposição, concentração e quantidade/tipo de matéria orgânica e compostos inorgânicos presentes (e.g., álcool e detergentes). Um grama de hemoglobina pode inativar 58 g de iodo. Triclosan O triclosan, cujo nome químico é éter 2,4,4’- tricloro-2’-hidroxofenil, é um derivado fenólico, introduzido em 1965. É incolor, pouco solúvel em água, mas solúvel em álcool e detergentes aniônicos. A ação antimicrobiana de triclosan ocorre pela difusão na parede bacteriana, inibindo a síntese da membrana citoplasmática, ácido ribonucléico, lipídeos e proteínas, resultando na inibi- ção ou morte bacteriana. Estudos recentes indicam que a atividade antimicrobiana é decorrente da sua ligação ao sítio ativo da redutase protéica enoil-acil, bloqueando a síntese lipídica. Este antisséptico tem amplo espectro de atividade antimicrobiana, sendo bacteriostático com concentrações inibitórias mínimas (CIM) entre 0,1 a 10 µg/mL, entretanto, as concentrações bactericidas mínimas são de 25-500 µg/ mL por 10 minutos de exposição. A atividade bactericida é maior contra bactérias Gram-positivas, incluindo MRSA, do que contra bactérias Gram-negativas, particularmente a P. aeruginosa. Possui atividade razoável contra micobactérias e Candida spp., mas é limitada contra fungos filamentosos, como Aspergillus spp., cuja CIM é 100 µg/mL. Em experimento com contaminação intencional com bactérias, a higienização antiséptica por um minuto com triclosan a 0,1% resultou em redução bacteriana de 2,8 log10, resultado semelhante à higienização simples das mãos com sabonete água e comum (redução de 2,7 log10). Em cinco estudos relatados, as reduções logarítmicas foram menores com triclosan quando comparadas à higienização antiséptica das mãos com clorexidina, PVPI e produtos alcoólicos. Em um estudo em que houve contaminação artificial com rotavírus e o uso de triclosan por 30 segundos, a redução logarítmica foi de 2,1 log10. A velocidade de ação antimicrobiana é intermediária, tem efeito residual na pele como a clorexidina e é minimamente afetada por matéria orgânica. Detergentes contendo triclosan em concentrações menores que 2% são geralmente bem tolerados, sendo que em concentração de 1% apresentam menos problemas na pele do que os produtos à base de iodóforo e solução alcoólica a 70% contendo clorexidina a 4%. Em 1994, a FDA classificou o triclosan como agente ativo, categoria IIISE (dados insuficientes, para classificar esse agente como seguro e efetivo como antisséptico), portanto não sendo considerado como primeira linha de segurança na utilização como antisséptico. Conclusão Pelo exposto acima a CNTSA/SBA RECOMENDA que para a eficiente e segura antissepsia da pele, para realização de qualquer procedimento anestésico que promova ruptura da integridade da pele seja observado as recomendações: 1- Remoção de qualquer matéria orgânica ou inorgânica da pele por limpeza com água e sabão e posterior enxágüe. 2- Utilização de antisséptico de forma adequada conforme exposto acima, dando preferência ao álcool 70% pela característica do produto de baixa toxicidade, alergia ou irritação da pele. 3- Recomenda-se que o antisséptico utilizado seja em quantidade adequada, evitando retirar o excesso de líquido, esperando sua evaporação a fim de garantir a real efetividade da solução. A CNTSA considera que o álcool é um desinfetante importante para o ambiente assistencial e um antisséptico excepcional, por possuir características microbicidas direcionadas aos microrganismos mais freqüentes neste meio, possuir fácil aplicabilidade, baixo custo e reduzida toxicidade porem, sua utilização nas áreas de assistência à saúde deve obedecer às legislações sobre sua comercialização e seguir critérios como diluição correta e tempo de exposição adequado. Para que haja um melhor aproveitamento dos antissépticos e desinfetantes, do ponto de vista de custo e qualidade, é necessário que os produtos adquiridos tenham registro na Anvisa, venham acompanhados dos laudos de fabricação e que o estabelecimento disponha de um responsável farmacêutico para a sua avaliação, aquisição e manipulação. A CNTSA/SBA recomenda também que para os procedimentos no quais demandam medidas de anti-sepsia; como as punções venosas centrais ou periféricas, punções arteriais, intubações traqueais, bloqueios nervosos periféricos e punções para anestesia neuroaxial com ou sem passagem de cateteres, seja precedida da correta higienização das mãos, assim como a utilização de luvas estéreis, gorro e máscara. As características dos principais antissépticos utilizados para higienização, conforme estabelecido pela ANVISA, estão descritas no quadro 1. Literatura recomenda 1. 2. 3. 4. 5. 6. GRANATO, P.A. Pathogenic and Indigenous Microorganisms of Humans. In: MURRAY, P.R. et al. Manual of Clinical Microbiology, 8th ed. Washington: ASM Press, 2003. p. 44- 54. PRICE, P.B. The bacteriology of normal skin: a new quantitative test applied to a study of the bacterial flora and the disinfectant action of mechanical cleansing. J Infect Dis. 1938, 63: 301-318. LEVIN, A.S.S.; KOBATA, C.H.P et al. Microbiota Normal. In: LEVIN, A.S.S.; DIAS, M.B.G.S. Antimicrobianos – Um guia consulta rápida. São Paulo: Atheneu, 2006.p. 17-24. WICKETT, R.R.; VISSCHER, M.O. Structure and function of the epider mal barrier. Am J Infect Control, 2006; 34:S98-S110. McLEOD, J.A.; EMBIL, J.M. Hand Hygiene: cleaning up our act! The Canadian Journal of CME, 2002; 177-185. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº. 481, de 23 de setem- bro de 1999. Estabelece os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e per fumesconforme o anexo desta resolução. Diário Oficial [da União da República FederativadoBrasil], Brasília, DF, 27 set. 1999. 7. WICKETT, R.R.; VISSCHER, M.O. Structure and function of the epider mal barrier. Am J Infect Control, 2006; 34:S98-S110. 8. GRAZIANO, K.; SILVA, A.; BIANCHI, E.R.F. Limpeza, desinfecção, esterilização de artigos e anti-sepsia. In: FERNANDES A. T. Infecção hospitalar e suas interfaces na área da saúde. São Paulo: Editora Atheneu, 2000:266-305. 9. K A I S E R , E . N . ; N E W M A N , J . L . Formulation technology as a key component in improving hand hygiene practices. Am J Infect Control, 2006; 34: S82-S97. 10. KOPKA A, CRAWFORD JM, BROOME IJ – Anaesthesists should wear gloves – touch sensitivity is improved witha new type of thin glove. Acta Anaesthesiol Scand, 2005; 49:459462. Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 25 CONCURSO SBA Edital do Concurso de Dor Associação Médica Brasileira Academia Brasileira de Neurologia Sociedade Brasileira de Anestesiologia 1. Do Certificado 1.1 1.2 A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e a Academia Brasileira de Neurologia, em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), concederão o Certificado de Atuação na Área de Dor (CAAD) aos portadores do Título de Especialista em Anestesiologia ou Neurologia (TEA-SBA/ABN-AMB), devidamente aprovados em concurso processado de acordo com este edital. O Certificado (CAAD) terá validade por 05 (cinco) anos, sendo renovável de acordo com a Resolução 1772/ 2005 do Conselho Federal de Medicina e com as normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Acreditação AMB/CFM. 2.3 2.4 anos, comprovados por meio de atuação em atividades profissionais no Brasil, em instituição hospitalar idônea e legalmente constituída, pública ou privada, comprovação de participação em atividades científicas na área de Dor, as quais deverão atingir no mínimo 100 pontos nos últimos 05 (cinco) anos, utilizando como modelo o sistema de pontuação elaborado pela AMB (Tabela I). 2.2.5 Currículo vitae. Os médicos quites com a AMB farão jus a um desconto de 5% no valor da inscrição. A desistência do candidato, a qualquer momento após a sua inscrição, não dará direito à devolução da taxa de inscrição. 2. Das Inscrições 3. Da Comissão Examinadora 2.1 3.1 2.2 Os candidatos ao certificado deverão cumprir os seguintes pré-requisitos: 2.1.1 Estar regularmente inscritos no Conselho Regional de Medicina. 2.1.2 Possuir o Título de Especialista em Anestesiologia ou Neurologia concedido pela SBA ou ABN, em convênio com a AMB (TEA-SBA/ ABN-AMB). 2.1.3 Comprovar ter concluído curso de formação em Dor credenciado pela SBA ou ABN, com duração mínima de 01 (um) ano, ou; 2.1.4 Comprovar treinamento e exercício na área de Dor por um período de, no mínimo, 02 (dois) anos, através de atuação em atividades profissionais no Brasil, em instituição hospitalar idônea e legalmente constituída, pública ou privada, além de participação em atividades científicas na área de Dor, as quais deverão atingir no mínimo 100 pontos nos últimos 05 (cinco) anos, utilizando como modelo o sistema de pontuação elaborado pela AMB (Tabela I). A inscrição para o exame de suficiência para obtenção do Certificado de Atuação na Área de Dor será feita por meio de requerimento ao Secretário Geral da SBA, a partir da data de divulgação do edital a até 17 de agosto de 2009, acompanhado da prova de recolhimento à tesouraria de taxa igual a uma anuidade de membro ativo estabelecida para o exercício e de cópia dos seguintes documentos: 2.2.1 Diploma de médico. 2.2.2 Inscrição definitiva no CRM. 2.2.3 Comprovante de Título de Especialista em Anestesiologia ou Neurologia (TEA-SBA/ABNAMB). 2.2.4 Certificado de conclusão de curso de formação em Dor credenciado pela SBA/ABN ou comprovação de treinamento e exercício na área de dor por um período de, no mínimo, 02 (dois) 26 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Ano 2009 A comissão examinadora deverá ser constituída pelos 03 (três) membros do Comitê de Dor da SBA, e 03 (três) da Academia Brasileira de Neurologia, sendo estes três últimos indicados pelo Presidente desta Academia. 3.2 Os membros da comissão examinadora deverão possuir o Título de Especialista em Anestesiologia ou Neurologia e o Certificado de Área de Atuação em Dor. 3.3 A aplicação da prova teórica, elaborada pela Comissão Examinadora, ficará sob responsabilidade do Presidente da SBA. 4. Das avaliações 4.1 4.2 4.3 4.4 O concurso será constituído por Prova de Títulos (análise curricular do candidato) e prova Teórica. A Prova de Títulos terá peso 2 e a Prova Teórica terá peso 8. A prova teórica será realizada na semana que antecede o Congresso Brasileiro de Anestesiologia, na cidade de Salvador-BA, em dia(s) determinado(s) pela Secretaria da SBA, de acordo com a demanda de candidatos, dentro das instalações do Congresso e obedecerá aos seguintes critérios: 4.3.1 Será composta de 50 questões em forma de testes. 4.3.2 Terá duração de duas horas. 4.3.3 Cada resposta correta marcará dois pontos e as incorretas não contarão pontos negativos. 4.3.4 Será considerado aprovado, o candidato que obtiver índice de acertos igual ou superior a 60%. Na prova de títulos serão obedecidos os seguintes critérios: 4.4.1 Serão consideradas apenas as atividades acadêmicas e profissionais vigentes no ano em curso da inscrição do concurso. 4.4.2 Serão considerados apenas os certificados de TABELA I. SISTEMAS DE CRÉDITOS PARA PONTUAÇÃO ATIVIDADES Nº PONTOS EVENTOS Congresso nacional da especialidade Congresso da especialidade no exterior Congresso/jornada regional/estadual da especialidade Congresso relacionado à especialidade com o apoio da sociedade nacional da especialidade Outras jornadas, cursos e simpósios. Programa de educação à distância por ciclo ATIVIDADES CIENTÍFICAS Artigo publicado em revista médica Capítulo em livro nacional ou internacional Edição completa de livro nacional ou internacional Conferência em evento nacional apoiado pela sociedade de especialidade Conferência em evento internacional Conferência em evento regional ou estadual Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou jornada da especialidade ATIVIDADES ACADÊMICAS Participação em banca examinadora (mestrado, doutorado, livre docência, concurso, etc.) Mestrado na especialidade Doutorado ou livre docência na especialidade Coordenação de programa de residência médica eventos e atividades científicas adquiridos nos últimos 05 (cinco) anos. 4.4.3 A pontuação da análise curricular obedecerá aos critérios abaixo listados: A) Atividades acadêmicas na área de dor e/ou anestesiologia: até 5,0 pontos Título Superior em Anestesiologia (TSA):1,0 Instrutor de Centro de Ensino e Treinamento (CET): 0,5 Responsável por CET: 1,0 Mestrado: 0.5 Doutorado ou livre docência: 1.0 Docente de graduação: 0,5 Docente de pós-graduação: 0,5 B) Atividades profissionais na área de dor: até 1.0 ponto Atividade prática em hospitais ou clínicas públicas ou privadas: 0,5 Atividade administrativa em clínica multidisciplinar de dor: 0,5 C) Eventos científicos na área de dor: até 1.5 pontos Congresso nacional ou internacional: 0,2 por evento Congresso regional ou estadual: 0,1 por evento Curso realizado no Brasil ou exterior: 0,1 por curso Estágio em serviço de dor no Brasil ou exterior (mínimo de 30 dias): 0,5 por estágio 20 5 15 10 0,5/hora (mín. 1 e máx.10) 0,5 por hora/aula (máx. 10) 5 5 10 5 5 2 2 (máx. 10) 5 15 20 5 por ano D) Atividades científicas na área de dor: até 2.5 pontos Conferência em evento nacional ou internacional: 0,2 por conferência Conferência em evento estadual ou regional: 0,1 por conferência Capítulo de livro: 0,3 por capítulo Edição completa de livro: 0,5 por livro Apresentação de tema livre em evento científico: 0,2 por tema livre Artigo publicado em revista médica: 0,3 por artigo 5. Do programa 5.1 O programa para o exame consta dos seguintes pontos: 5.1.1 Taxonomia em dor 5.1.2 Mecanismos periféricos da dor – Plasticidade nociceptor 5.1.3 Mecanismos centrais da dor e sua modulação 5.1.4 Dor aguda – considerações gerais 5.1.5 Dor crônica – considerações gerais 5.1.6 Avaliação do paciente com dor: 5.1.6.1 Exame clínico, exames complementares, medidas da dor 5.1.6.2 Avaliação psicosocial da dor, avaliação muldisciplinar 5.1.7. Dor neuropática 5.1.7.1 Neuropatias periféricas Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 27 5.1.7.2 Síndrome de dor complexa regional: I e II 5.1.7.3 Dor de membro fantasma 5.1.7.4 Herpes zooster 5.1.7.5 Dor de origem central 5.1.8 Síndrome de dor miofascial 5.1.8.1 Fibromialgia 5.1.8.2 Dor aguda músculo-esquelética 5.1.9 Dor do câncer 5.1.9.1 Avaliação, diagnóstico, exame clínico 5.1.9.2 Tratamento da dor do câncer 5.1.9.3 Radioterapia na dor do câncer 5.1.9.4 Quimioterapia na dor do câncer 5.1.9.5 Mucosite oral 5.1.9.6 Dor em AIDS 5.1.10 Dor aguda 5.1.10.1 Dor pós-operatória 5.1.10.2 Dor no queimado 5.1.10.3 Dor pós-trauma 5.1.11 Dor e seu tratamento em criança 5.1.12 Dor e seu tratamento no idoso 5.1.13 Dor na cabeça 5.1.13.1 Cefaléia 5.1.13.2 Neuralgias craniais 5.1.13.3 Desordens miofascial e da articulação têmporo-mandibular 5.1.13.4 Dor de origem dental e intra-oral 5.1.13.5 Dor ocular e peri-ocular 5.1.13.6 Dor causada por câncer na cabeça e pescoço 5.1.14 Dor torácica 5.1.14.1 Avaliação da dor torácica 5.1.14.2 Dor de origem cardíaca 5.1.14.2 Dor por doenças da aorta 5.1.14.3 Dor de origem respiratória 5.1.14.4 Dor esofágica 5.1.15 Dor abdominal 5.1.15.1 Considerações gerais na dor abdominal 5.1.15.2 Dor de origem hepática, biliar e pancreática 5.1.15.3 Dor renal e do ureter 5.1.15.4 Dor do parto 5.1.15.5 Síndromes dolorosas ginecológicas 5.1.15.6 Dor de origem pélvica e urológica 5.1.16 Dor lombar 5.1.16.1 Avaliação e considerações gerais 5.1.16.2 Dor lombar crônica e ciática 5.1.16.3 Dor no quadril 5.1.16.4 Dor no joelho e membros inferiores 5.1.17 Tratamento da dor: opções clínicas e cirúrgicas 5.1.18 Farmacologia do tratamento da dor: 5.1.18.1 Analgésicos não-opióides 5.1.18.2 Analgésicos opióides 5.1.18.3 Antidepressivos, relaxantes musculares, antagonistas NMDA 5.1.18.4 Anticonvulsivantes 5.1.18.5 Anestésicos locais 5.1.18.6 Medicamentos tópicos 5.1.19 Terapias psicológicas para o alívio da dor 5.1.19.1 Terapia cognitivo-comportamental 5.1.19.2 Biofeedback, hipnose, técnicas de relaxamento 5.1.20 Acupuntura no tratamento da dor, estimulação elétrica trans-cutânea 28 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista 5.1.21 Uso de estimuladores elétricos implantáveis 5.1.22 Anestesia regional para o tratamento da dor 5.1.22.1 Bloqueios simpáticos, bloqueios regionais 5.1.22.2 Bloqueios neurolíticos 5.1.23 Tratamento cirúrgico do tratamento da dor 5.1.24 Clínica de dor aguda: conceitos, organização, funcionamento 5.1.25 Clínica de dor crônica: conceitos, organização, funcionamento. 6. Da Bibliografia 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 6.6 6.7 6.8 6.9 6.10 6.11 6.12 6.13 6.14 6.15 6.16 6.17 6.18 6.19 Aronoff GM. Evaluation and Treatment of Chronic pain. Williams&Wilkins, Baltimore, 1999. Ballantyne J. Massachusetts General Hospital Manual de Controle da Dor. Guanabara Koogan, Rio de janeiro, 2004. Camargo AC. Dor – Diagnóstico e Tratamento.Ed. Roca, São Paulo, 2001. Castro AB. A Clínica de Dor – Organização, funcionamento e bases científicas. Editora Maio,Curitiba, 2003. Cavalcanti IL, Madallena ML. DOR. SAERJ, 2003. Cavalcanti IL, Gozzani JL. Dor Pós-Operatória. SBA, Rio de Janeiro, 2004. Cousins MJ, Bridenbaugh PO. Neural Blockade in Clinical Anesthesia and Management of Pain. Lippincott-Raven, 3d edition, 1998. Loeser JD. Bonica’s Management of Pain. Williams&Wilkins,2001. Nitrini R, Bacheschi LA. A Neurologia que todo médico deve saber. Atheneu, 2ª edição, 2003. Raj PP. Practical Management of Pain. Mosby, St Louis, 1992. Raj PP. Current Review of Pain. Current Medicine Editor, 1994. Raj PP. Pain Medicine A Comprehensive Review. Mosby, St. Louis,1996. Roenn JHV. Current Diagnosis & Treatment – Pain. McGraw-Hill, 2006. Saper J. Manual de Tratamento da Cefaléia. Revinter, 2000. Teixeira MJ. Dor- Contexto interdisciplinar. Editora Maio, Curitiba, 2003. Teixeira MJ, Figueiró JAB. Dor Epidemiologia, fisiopatologia, avaliação, síndromes dolorosas e tratamento. Grupo Editorial Moreira Jr, 2001. Wall PD, Melzack R. Textbook of pain. Churchill Livingstone, 3d ed, 1994. Warfield CA. Manual of Pain Management. Lippincott Company, 1998. Warfield CA. Principles and practice of pain Management. McGraw-Hill, New York, 1993.8. 7. Da Divulgação dos Resultados 7.1. A lista dos aprovados no concurso, sem menção de suas notas ou classificação, será divulgada publicamente em até 48 horas após a realização da prova teórica na Secretaria da SBA, nas dependências do Congresso Brasileiro de Anestesiologia e no portal eletrônico da SBA. 7.2. A prova teórica será publicada no portal da SBA, www.sba.com.br acompanhada do gabarito, comentário e referência(s) bibliográfica(s) de cada questão. NOVOS MEMBROS Ativo Adriana Lima Valério Adriano Marcondes Fróes Afaf Francis Ribeiro Alessandro Duarte Gonçalves Alessandro Massayuki Fujita Alexandra Tavares Raffaini Alexandre de Oliveira Leite Alexandre Lopes Maddarena Alexandre Maitto Caputo Alexandre Sturm Alfredo Guilherme Haack Couto Alfredo Yukio Ando Aline Franchini Goulart Lima Alysson Bruno Oliveira Santos Ana Claudia Souza Tagawa Ana Paula Faustino Ana Paula Thomé Silva André Gomes Félix Cordeiro André Peres e Serra Andrea Coelho Magalhães Andresa de Melo Meira Bastos Brivio Antonio Soares e Abrão Ariel Felipe Gamboa Armando Guilherme Magalhães A.e Mendes Arnaldo Mitsuo Tsuji Ary de Carvalho Mesquita Augusto Zottis de Deus Vieira Bárbara Silva Neves Bráulio Fortes Mesquita Braulio Gonçalves Sombra Caio Flavio Ramos M. de Martins Camila de Figueiredo N.Portela Cândida da Silva Viana Carla Kubiak Carlos David Bastos Sousa Carlos Eduardo Barbosa M. da Silva Carolina Orselli Comparato Caroline Martinello Charles Alexandre Cardoso Christiano Matsui Cinthia Christiane Vitorino Cínthia Duarte da Costa Cláudia Panossian Clênio Scussel Tarasconi Cleyverton Garcia Lima Cristiane de França Dantas Cristiano Garcia Gonçalves Cristiano Hiroshi Vieira Horiguchi Cristina Carvalho Rolim Guimarães Cynthia Cristina Zambom Bastia Daiana Batista de Urzêdo Daniel Capucci Fabri Daniel Cordovani Daniel Moser Queiroz Daniel Sergio de Melo Daniel Varoni Schneider Danielle Cavalcanti M. da Silva Danilo Azenha Joaquim Davis Oliveira de Souza Diogo Cunha Loula Diogo Folgoso Sasaki Donátila Helene Cazarotto Edinei Fabiano Rebonatto Edson Rodrigues Júnior Eduardo Bianchini Eduardo Dala Rosa Soares Eduardo Sakai Elieti Ferreira Neves Elisa Anunciação Santos Ellen Muraro Erica Cristina dos Santos Erick Augusto Ramalho e Silva Fabiana Bezerra da Fonsêca Fabiana Mara S. Lima A.Caldeira Fabio Branco da Costa Fábio Bueno Pompêo Fábio Farias de Aragão Fabio Maciel Rosa Pereira Fábio Rocha Cargnin Fanny Marianne Cardoso Bezerra Felipe Furtado Groke Felipe Silveira Rodrigues Felippe Duarte Mantiolhe Fernanda de Castro Rincon Fernanda Leite Fernanda Salomão Turazzi Pécora Fernanda Sztiler Fernando Aoki Masuda Fernando Martins Piratelo Fernando Nardy Bellicieri Flávia Nakagawa Flávia Vieira Sá Flávio Augusto Henriques Vince Flávio Miguel Ribeiro Junior Gabriel Bacila de Sousa Gabriela Chagas Freitas de Andrade Gilson Pereira dos Santos Junior Gisela Brasil Fortunato Gisela Magnus Graziela Flávia de Oliveira Russo Gustavo Bachtold Gustavo Bertoni de Toledo Gustavo Brandalise Lazzarotto Gustavo da Silva Machado Gustavo Ferreira Rezende Gustavo Hennemann Humberto Righetto Neto Igor Alves da Silva Ilana Esquenazi Najman Jaime Garcia Pinto Jesus Pinto Pacheco Joana Barreto Pereira João Alexandre Pinheiro Lovizio João Paulo Casella João Paulo Martinez Matos João Ricardo Pinho Martins João Rodrigo Baptista e Costa Jonas Antonio Franco Ferreira Junior Jorge Filhou Neto José Daniel Braz Cardone José Ricardo Paz Joyce Gavino Juliana Arruda Godoy Santos Juliana Camila Gomes Siqueira Juliana Piechnik Juliano Antonio Aragão Bozza Klaus Renault Nascentes Bruno Lana Faria Almeida Laudinely Martins de Oliveira Laura Cristina Ely Zibetti Leandro Balthazar da S.Gomes Silva Leandro Ferreira Guimarães Leonardo Amaro Castelan Leonardo Gonzaga de A. dos Santos Leonardo Petry Barcelos Santos Leopoldo Muniz da Silva Letícia Ferreira de Souza Lianara Maria Beal Martins Lilian Akemi Moori Peceguini Lívia Dahmen Rodrigues Livia Helena Canno Loara Passos Borjaille Hammoud Loreany Rubira dos Santos Luciano Partata Borges Lucília Ítalo da Silva Lúcio Antonio Garcia Dias Luis Gustavo Manfredi Luiz Mamede Demes de Castro Madalena Juliana da Silva Freitas Maiumy Balsan Manuela Freire Caetano de Almeida Marcela Arantes Fernandes Marcello Ferreira Campanini Marcelo Dias Hammoud Marcelo Keiti Watanabe Marcelo Nardy de Avila Marcelo Pena Moreira de Oliveira Marcelo Ribeiro Sillete de Melo Marcelo Urquidi Furtado Márcio Nogueira Napolitano Marco Aurélio Gondim Cordeiro Marcondes Rogério Pereira Marcos Grijó Pitangui Mariana Pinheiro Hoefel Mariana Pires do Amaral Marques Mariana Rego de Carvalho Marilia Bonifácio Baranauskas Matheus Arroyo Lupino Matheus Queiroz da Silva Reis Mauricio Daher Andrade Gomes Melissa Nespeca Mendes Michele de Pina Bastos Mileda Nascimento Rachid Murilo Monici Sabino Neise Apoliany Martins Núbia Campos de Faria Paloma Rincón Tamanini Patrícia Pereira Leite de Moura Patrícia Wajnberg Gamermann Patrick Dubugras Barone Paulo Edwalter Truvilho Giancoli Paulo Ricardo R. de Macedo Costa Pedro Miguel Asperti Rafael Batista Graça Rafael Dias de Almeida Rafael Frasson Pinheiro Rafael Leitão de A. da S. Pereira Rebeca Maria Bastos e Santos Reginaldo Rosa Lemes Renata de Paula Lian Renato Cesar Senne Godoy Reniere Augusto Jones da Silva Ricardo Bittencourt Richardson Ozheas Bezerra Campos Roberta Oricchio Begueldo Roberta Souza Nicolau Roberto Carlos de Oliveira Ferreira Roberto de Andrade Ferreira Robson Girardi de Abreu Robson Rodrigues Teixeira Rodolfo de Morais Araújo Rodrigo de Andrade Mattos Generoso Rodrigo Dias Suñé Rodrigo Monteiro Mathias Rômulo Ostmann Oliveira Sabrina Tiradentes Ferreira Samuel Santana de Morais Sanches Augusto S. do Nascimento Sérgio Luiz Ribeiro Ponciano Filho Silvana Maria da Costa Albuquerque Silvia Katlauskas Muraro Simone de Andrade Curado Taveira Tadeu Ferreira de Morais Carvalho Tais de Fatima Soares Nogueira Taísa Blum Lopes Thais Watanuki Thales Resende Damião Thassio Cunha de Santana Thiago de Freitas Gomes Thiago Marques Tourinho Thonya Cruz Braga Reis Tiago Teixeira da Rocha Santiago Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 29 Valéria Larissa Marochi Valesca Costa Guedes Vanessa Ferreira Amorim Maier Vinicius Montez Vianna Vitor Montez Vianna Vitor Paulo Forti Viviane Alves Teixeira Wanderley Pimenta de Queiroz Júnior Washington Luiz de Mendonça Wild Penteado Neto Aspirante-Adjunto Angelo Joan Nicolau Roman Neto Eritson Márcio Fernandes de Andrade Fernando Tartas Hevandro Hideaki Yamane Pacheco Igor Souza de Almeida Maria Carolina Camarotti O. Canejo Mário André dos Santos Suellen Criminácio Adjunto Andréa Rezende de H. Cavalcante Antonio Aderlandro Freitas Oliveira Antonio da Costa Miller Auber Soares de Lima Filho Augusto Luiz Lima Lugo Cintia Margaret Lucchini de Matteo Daniela de Andrade Erlandson Silva Evangelista Leandro Cezario Raso Lenny Ana Mary Rojas Fernandez Lilian Teixeira Silva Santos Luciano Bornia Ortega Paulo de Andrade Oliveira Neto Paulo Henrique Borges Campos Selma Maués Santos dos Santos Thiago Bezerra Santos Wagner Hamilton Freire Coelho Wellington de Mattos Domingos Aspirante Abdon Coelho Parente Adair de Salles Barrozo Filho Adriana Cristina de Vasconcelos Adriana Mallet Toueg Adriano Camara Gomes Adriano Liberman M. de Barros Alessandra Bittencourt de Oliveira Aline Boff Aline Campos Dallaval Aline Ladeira Lavorato Aline Viana Carvalho Amorim Amanda Guerson Porto Amanda Medeiros Avelar Ana Carolina Castro de Medeiros Ana Cecília Lopes Mota Ana Lia Mendes Moreira Ana Lúcia Gondim Montenegro Ana Luiza Murta Timponi de Moura Ana Luiza Vidal Maia Ana Maria Costa da Silva Ana Paula da Rosa Rodrigues Ana Paula Lacerda de Andrade Anaísa Caparroz Duarte André Caldas Brito Gadelha de Lima André Felipe Lovison Andre Luiz dos Santos Barra 30 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista Andre Tadeu Guimarães Medeiros Andréa de Carvalho Knabe Andréa Simões Martins da Silva Andréia de Paula Souza Lima Andreia I An Tsai Anelise Schifino Wolmeister Anna Eliza Costa Brandão Anne Danielle Santos Soares Antônio Giovani Junior Antônio Marcos Viana de Jesus Antônio Nei Nogueira Martins Júnior Antonio Souza Coelho Junior Aristides Rudnick Junior Arthur Di Guida Arthur Rangel Zanon Artur Rodolfo Andrade Dexheimer Augusto dos Anjos Santos Augusto Emanoel do N. Batista Áurea Carolina M. de Sousa Oliveira Barbara Lima Sousa Beatriz Sophia de Q. Robert Fonseca Bernardo Gazzola Palma Lima Bianca Machado de Almeida Bianca Valéria G.Nobre dos Santos Breno Freitas de Souza Assis Morais Bruno Alves Dias Pereira Bruno Gonçalves Corrêa Bruno Hill de Oliveira Alves Pessoa Bruno Mendonça Barcellos Bruno Mendonça Fonseca Bruno Pimentel de Oliveira Carvalho Bruno Tadeu Manente Camila Buka Bordini Camila de Souza Hagui Camila Fechine Ribeiro Camila Maria Caminha Cordeiro Camilla Cilião Carla Monteiro Callado Carlos Alberto Morales Junior Carlos Eduardo Esqueapatti Sandrin Carlos Eduardo Moreira de Freitas Carlos Eduardo Solcia Carlos Leonidas Chaves Oliveira Carlos Rodrigo Brandão Lócio Bezerra Carolina de Oliveira Sant´anna Cássio Soares de Araújo Cemar Fonini Christiano Pessanha Carvalho Viana Christine Holtz Rolin Christine Lannes Schoeler Cinthia Martins Leite Clarice Martins Ferreira Claudine Maria Jorge de Oliveira Cleyton Amaral Nogueira e Silva Cristiane Knopp Tristão Rocha Cristiano Barbosa de Oliveira Dailson Mamede Bezerra Daniel Alves Maciel Daniel Corrêa Helfer Daniel Restum Lopes Góes Daniel Rosa Gonçalves Daniele Pedrozo Gonçalves Daniele Raul Rodrigues Darlan Favreto Dayanne Igreja da Silva Deborah Soma Denise Martins Alves da Silva Deylla Pereira Brandão Diego Barretto Lorenzo Diego Nogueira Silvestre Diogo Pinto da Costa Viana Dionísia Ericy Menezes Teixeira Eduardo de Rezende Almeida Eduardo Guilherme Leite Eduardo Lopes Machado Eduardo Sonego Leite Elissa Carla Pinto Jaques Ellen Soares Dias Ênio Marques Teixeira Estevão Peixoto Monteiro Esthael Cristina Querido Avelar Euvaldo Barbosa Dias Filho Evelyn Yuri Okumura Issa Fabiana Specht Fabiano dos Santos Gonçalves Fabio de Souza Murad Fábio Duarte Rosique Fábio Júlio de Andrade Fabio Zanatta Gonçalves Fabrício Boechat Carmo Silva Fausto Negreiros Felipe André Amorim Pêgo Felipe Carnevale Pereira Felipe Gonçalves Alves Felipe Gornicki Schneider Felipe Oliveira Marques Felipe Roriz Bressan Felipe Rothman Felipe Sessin Lucas Fernanda Maria Maciel Fernanda Montesi Pereira Fernanda Pestilla Esperidião Fernanda Silvestre e Silva Fernando Baldavira Hirano Fernando Bastos Mendes Fernando Chiquetto Nogueira Fernando de Oliveira Lima Fernando de Paiva Araújo Fernando Henrique Tosin Garcia Fernando Jorge Pacheco Saba Fernando Ricardo Dias do Amaral Flávia Caldas Maurício Flávia Caldeireiro Alves de Melo Flávia Regina Coutinho Soares Flávio Maciel Fonseca Francisco das Chagas Bastos Neto Francisco Rômulo Sampaio Lira Gabriel Franzin Rusca Gabriel Gjorup Barcellos Gabriel Rocha R. Motta Cavalcante Gabriela Alves Cezar de Carvalho Gabriela de Moraes Cellia Gabriela Rubira Santos Gellisyanne Fernandes Ferreira Gilberto Jansen Duailibe Gilvandro Lins de Oliveira Júnior Glaucia Shiraki Oshima Guilherme Cagno Guilherme Frederico Lopes da Silva Guilherme Gomes Felicio da Cunha Guilherme Henryque da Silva Moura Guilherme Rufino da Silva Gustavo de Paula Andriolo Gustavo Henrique Silva Wanderley Gustavo Marcinko Gustavo Molina Rangel Hélder Glênio Reis Hélio Cardoso de Barros Henrique Carvalho Lacerda Henrique Flávio Veras Freitas Henrique Magrani de Souza Henrique Mendes Motta Henrique Xavier Theis Hugo Denji Nakazato Hugo Sérgio Gomes Humberli Gomes Carvalho Vitorino Igor Martins Santos Isabela de Alustau Guimarãe Italo Abreu Viana Ivan Wagner Éckeli Jane Liang Janete Maria de Carvalho Oliveira Jaqueline Aparecida da Silva Jarila Regina Mendes de Assunção Jeremis Mozachi Sandri João Gilberto Ribeiro D´Castro João Marcelo Brasil Pinheiro Duarte João Monteiro Machado José Eudismar de Queiroz Bessa José Francisco de Lima e Silva José Jorge Schiavon Bueno José Mendes dos Santos José Osvaldo Barbosa Neto Juciclayton Elias Ericeira Julia Gusmão Andrade Ferraz Juliana de Moraes Perri Alvarez Juliana Menezes Siqueira Juliana Outemuro M. Pinheiro Luiz Juliana Peixoto Ramos Juliano Reis Freitas Costa Julie Azevedo Araújo Karen Renata Medina Bittencourt Karina Fonseca Uehara Karleno de Lima Cantanhede Kátia Cilene Soares de Macêdo Keliny Cláudia Nogueira Silva Larissa Christyne A. de Albuquerque Leandro Francischini Dibe Leandro Lopes Ramos de Carvalho Leandro Melo Pontes Leonardo Castro Agueda Lopes Leonardo Ciannella Nunes Leonardo Ribeiro Golçalves Letice Maria Barboza de Deus Lívia Carolina Paulillo Bazan Lucas Cordeiro de Azevedo Lucas Jorge Santana de Castro Alves Luciana Cover Rigodanzo Luciana Duarte Saraiva Lima Luciana Freitas Queiroz Luciana Maria Fernandes Guerra Luciana Sobral Costa Luciano Araujo Prado Pereira Ludmila Kwasinski Silva Obeid Luis Bernardo V. Brasil Bogado Júnior Luís Mauro Alvim de Lima Luis Ricardo Nunes Teixeira Luiz Augusto Silva do Carmo Junior Luiz Bruno Pereira Lima Luiz Carlos Azevedo Júnior Luiz Cesar Rossi Borges Luiz Henrique da Silva Marques Luiz Roberto Maia Luiza Helena Callado Castelo Branco Manuela Guimarães Almeida Marcello de Souza Pavan Marcelo Augusto de Oliveira Torres Marcelo de Oliveira Peres Marcelo Fonseca Medeiros Marcelo Lopes Santos Marcelo Oliveira Prata Marcelo Ribeiro Krempser Marcelo Tabary de Oliveira Carlucci Márcio Andrei Gil Monteiro Marco Antonio Tomita Marcos de Souza Neves Marcos Silvestre Rosvailer Marcos Takeyoshi Akiba Maria Alice Rodrigues Barros Maria Clara Bellavinha Thomazi Maria de Lourdes de A. P. M. Marques Maria Eugênia Silva Castanha Maria Pirauá Alves Gonçalves Mariana Delestro Moraes Mariana Emi Makita Mariana Garcia da Costa Mariana Rodrigues Barcelos Mariane Frois Ourique Marília Antunes Flores Marina Gross Gomes Marina Martins Assunção V. da Silva Martin Mendonça Cutait Mateus Barros de Paula Matheus Augusto Mieli Médici Matheus Saraiva Castellassi Maurício Diegoli Moritz Mauro Gil Pinheiro Alves Maximiano Corrêa de Carvalho e Silva Melina Pampuch Melissa Carigas Abujamra Melissa Guimarães do Rocha Brito Micheline Mendonça Kodama Michelly Wada Monteiro Miguel Henrique Farah Mila Vanessa de Farias Brito Milena Magalhães Castro Mili Freire Almeida Mirella Vilas Foerster Mirla Rossana Nogueira Mourão Murilo Simão Arantes de Brito Naiara Borges Santiago Narjara Cristina Marques Rocha Natal Rodrigo Albrecht Natália Marques Moreti Nélio Ernane Monteiro da Silva Nelson Orlando da Silva Alex Filho Nicole Silvestre Monteiro Norton Lago Pinheiro Filho Núria Alonso López Cid Otávio Krause Pablo Britto Detoni Pablo Loredo Scheroki Patrícia Lopes Gabriel Paula Macedo Coelho de Magalhães Paulo Gabriel Melo Brandão Paulo Heiichi Sado Paulo Henrique de Almeida Paulo Kledson C.de Figueiredo Leitão Pedro Augusto Oliveira Capelo Pedro Ferraz de Oliveira Neto Pedro Solfa Campos Oliveira Philipp Mendes Lawall Polyana Domingos de Oliveira Priscila Rodrigues Rezende Rachel Martins de Castro Bejar Rafael Ambrozim de Araújo Rafael Barbosa Cocuroci Rafael Ferreira da Silva Rafael Guerra Bria Rafael Mauro Borges Lousada Rafael Reis Fernandes Rafael Santos Diniz Rafaela Dutra da Silva Menezes Rainer Maier Braga Raphael Zehetmeyer Raquel Fischer Raquel Schneider Rebeca Fernandes Werner Cesar Reinaldo Agnelo Silveira da Silva Renata Araujo Teodoro Renata da Silva Mello Renata de Melo Nogueira Renata Koda Konishi Renata Ortiz Pedrini Renata Rezende Teixeira Renata Vivian Ferreira Pereira Renato Borges Amorim Renato Lucas Passos de Souza Renato Ravizon Lisboa Ricardo Cesar Barbosa de Macedo Ricardo Messias de Figueiredo Oliveira Roberta Mattei Jacoby Roberto Cardoso Martins Roberto Taboada Fellini Roberto Vieira da Silva Robinson Borges Palau Rodney Junqueira Pereira Rodrigo Cerqueira Fernandes Rodrigo César Teixeira Rodrigo de Matos Souza Rodrigo José Alencar de Castro Rodrigo Seiji Taniguchi Rogéria Garcia Reis Rogério Alves Ribeiro Rogério Costa Sousa Rogério Luiz de Jesus Correia Romildo Loures de Alcantara Romualdo Oliani Neto Rômulo José Rodrigues de Carvalho Ruben Wagner T. Porto de Andrade Sang Ho Woo Sara Yumi Tsuchie Saulo Fernandes de Mattos Dourado Sergio Arcoverde de Castro Silvia Piccolo Daher Stella Marys Meirelles Campos Titotto Suelen Leal Susan Kelly da Silva Vasconcelos Taís Caldas da Fonseca Tais Pignatari Rosas Menin Tales Eduardo Laurenti Tamires Susini Ramalho Chaves Tássia Veloso Gomes Tatiana Garcia Lopes Tayane Farias Andrade Thadeu Alves Máximo Thais Fernanda Pivetta Thais Rizzatti da Rosa Thais Rodrigues Abra Thales Marinho Campos Thalita Lima Ezarchi Thays Aparecida Zych Themis de Almeida Thiago Augusto Gusmão Rocha Thiago Braido Dias Thiago Carlos de Oliveira Ramos Thiago Emmanuel de Oliveira Thiago Gonçalves Wolf Thiago Lopes Machado da Costa Thiago Ramos Grigio Tiago Henrique Marçal Vieira Tiago Mesquita Bezerra e Silva Tiago Souto Nacif Ticiana Saunders Pacheco do Vale Vanessa Andréa Moreira Cardoso Vanessa Nahmias Carvalho da Silva Vânia Faillace de Mello e Alvim Verônica Constancio Batista Vicente de Paula Melo Filho Victor Albuquerque Ferreira da Costa Victor Gomes Albuquerque de Aguiar Vinícius Alves Boscatti Vinicius Braz Vieira Vinicius Conte Piccinini Vinicius da Costa de Souza Vinicius dos Santos Ferraro Virgínia Soeiro Barros Vitor Szczerbacki Valice Vivianne Maria Moreira Peixoto Wilson Shi Chia Yeh Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 31 RESPONSABILIDADE SOCIAL “Os 10 Mandamentos da Responsabilidade Social” POR STEPHEN KANITZ* 1. Antes de implantar um projeto social pergunte para umas vinte entidades do Terceiro Setor para saber o que elas realmente precisam. A maioria das empresas começa seu projeto social procurando uma “boa idéia” internamente. Contrariando os preceitos da administração que exige pesquisar primeiro o mercado antes de sair criando novos, na área social estes princípios são jogados fora. A maioria dos projetos começa nos departamentos de marketing das empresas sem consultar as entidades que são do ramo. O espírito do Terceiro Setor é “servir o outro”, e isto significa perguntar primeiro: “O que vocês precisam?”. 2. O que as entidades precisam normalmente não é o que sua empresa faz, nem o que a sua empresa quer fazer. O conceito de “sinergia” é muito atraente e poderoso para a maioria dos executivos, mas lembra um pouco aquele escoteiro que atravessa um cego para o outro lado da rua sem perguntar se é isso que o cego queria. Dar aula de inglês para moradores de favelas só porque você tem uma cadeia de escolas de inglês, não é resolver o problema do Terceiro Setor. Mas é o que uma escola de inglês tende a fazer. Pode ser uma forma de resolver o seu problema na área social, com o menor esforço. Se toda empresa pensar assim, quem vai resolver o problema da prostituição infantil, abuso sexual, violência, dos órfãos? Ninguém. Por isto, muitas entidades estão começando a ver este movimento de empresas “socialmente responsáveis” com maus olhos. “Onde estavam estas empresas nestes últimos 400 anos, quando fizemos tudo sozinhos?”, é a primeira pergunta que fazem. “Por que muitas estão iniciando projetos iguais ao que fazemos, ao invés de nos ajudar?” 32 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista 3. Toda empresa que assumir uma responsabilidade será mais dia menos dia responsabilizada. Da mesma forma que sua empresa será responsabilizada pelos péssimos produtos que venha a produzir, seu insucesso em reduzir a pobreza ou uma criança que for maltratada no seu projeto social, também será responsabilidade da sua empresa. E empresas que tem 10.000 funcionários, 12 dos quais no departamento de responsabilidade social irão fracassar no seu intento. 4. Assumir uma responsabilidade social é coisa séria. Creches não mandam embora órfãos porque a diretoria mudou de idéia. Muitas empresas “socialmente responsáveis” não estão assumindo responsabilidades sociais. Nenhuma empresa está disposta a adotar um órfão, um compromisso de 18 anos. A maioria das empresas “socialmente responsável” está no máximo disposta a bancar um projeto por um único ano. E não poderia ser o contrário. Empresas não podem assumir este tipo de responsabilidade, não foram constituídas para tal. As entidades foram instituídas para exatamente prestar serviços sociais, e é triste ver que estão perdendo espaço. Se o projeto não ganhar um destes prêmios de Responsabilidade Social, troca-se de projeto. Hoje, a tendência das empresas é trocar de projeto a cada dois anos se ela não for premiada, por outro que tenha mais chance de vencer no ano seguinte. 5. Todo o dinheiro gasto em anúncios tipo “Minha Empresa É Mais Responsável do que o Concorrente”, poderia ser gasto duplicando as doações de sua empresa. Os líderes sociais do país, que cuidam de 28 milhões de pessoas carentes, não têm recursos para comprar anúncios caríssimos na imprensa. Depois desta onda de responsabilidade social o “Share of Mind” do Terceiro Setor tem caído de 100% para 15%. Cinco anos atrás, o recall espontâneo de instituições responsáveis na mente do público em geral, eram a AACD, as APAES e a Abrinq. Hoje, os nomes mais citados são de empresas que no fundo usaram o Terceiro Setor para ficarem conhecidas. Bom para as empresas e seus produtos, péssimo para a AACD e seus deficientes. Lembre-se também, que todas as religiões sem exceção recomendam não alardear os atos de responsabilidade social, que deveriam ser discretos e anônimos. Quem alardear sua bondade sofrerá a ira do povo, uma sabedoria milenar em todas as crenças do mundo. Algo para se afirmar que o projeto social é custeado pelo lucro da empresa, e não entra como despesa, não convence ninguém. O lucro pertence aos acionistas, não aos executivos da empresa. Na maioria dos países, filantropia é feita na pessoa física não na jurídica. Não existe Fundação Microsoft, e sim Fundação Bill Gates. Da Microsoft queremos bons softwares, não bons projetos sociais. 8. Antes de querer criar um Instituto com o nome da sua empresa ou da sua marca favorita, lembrese que a maioria dos problemas sociais é impalatável. Empresas que criaram institutos com a marca da empresa fogem de problemas sociais complicados como o diabo foge da cruz. Nenhuma delas quer ajudar a resolver problemas como hanseníase, abuso sexual, prostituição infantil, deficiência mental, autismo, Aids, discriminação racial, velhice e Alzheimer, doenças terminais, alcoolismo, dependência química, drogados, mães solteiras, pais abusivos, pois são projetos que não se adequam bem à imagem que você quer imprimir para a sua marca. Marcas são penosamente construídas e não dá para discordar desta relutância em apoiar projetos “mercadologicamente incorretos.” Você terá que decidir o que vem em primeiro lugar, se sua marca ou a sua responsabilidade social, decisão ética de primeira importância. Empresas que criaram institutos ou fundações com a marca da empresa, preferem projetos como educação, ado- lescentes, esportes ou ecologia, projetos que “não dão problemas”. 9. Evite usar critérios empresariais ao escolher seus projetos sociais, como “retorno sobre investimento” ou “ensinar a pescar”. Esta área é regida por critérios humanitários, não científicos ou econômicos. Empresários tendem a usar critérios empresariais para definir quais projetos apoiar, embora este seja um setor de critérios humanitários. Um dos “mantras” das empresas socialmente responsáveis é que elas ensinam a pescar em vez de fazer “mero assistencialismo”. Só que, quando as entidades fazem “mero assistencialismo”, deficiente visual sai com óculos, crianças com câncer saem curadas, órfãos são cuidados, paraplégicos saem com cadeiras de rodas. 10. A responsabilidade social é no final das contas, sempre do indivíduo, do voluntário, do funcionário, do dono, do acionista, do cliente, porque requer amor, afeto e compaixão. Na literatura encontramos duas posições bem claras. Uma que a responsabilidade social é do governo, por isto estamos pagando quase 50% da nossa renda em impostos. Sem muito resultado. A segunda posição é que a responsabilidade social é do indivíduo, da comunidade, da congregação, das ONG organizadas para tal. No Brasil, surgiu uma terceira visão, de extrema direita. Que a responsabilidade social é das empresas e dos empresários, que a agenda social deve ser estabelecida por executivos e empresários, sob critérios empresariais de retorno de investimento. Empresas, como o governo, são impessoais. E, ainda corremos o perigo dos poucos indivíduos que achavam que a responsabilidade é do indivíduo acabem lavando as mãos achando que a responsabilidade é do governo e das empresas. Por que então se envolver? E agora, o que fazer? Empresas estão agora ganhando dinheiro vendendo a imagem de bonzinhos na área social. Virou um grande negócio, existem agora interesses a preservar, o lado voluntário e filantrópico se foi para sempre. Lamento dizer que joguei 10 anos da minha vida fora, tentando incentivar o voluntariado individual e a filantropia pessoal através dos sites www.voluntarios.com.br e www.filantropia.org; e enaltecendo a imagem das entidades independentes com o Prêmio Bem Eficiente®. Foi tudo em vão. * Texto autorizado pelo autor: Stephen Kanitz, colunista da Revista Veja, na seção Ponto de Vista. Ilustração autorizada pela Bete Brito, artista plástica de Votuporanga - SP Anestesia em revista - mai-jun, 2009 - 33 36 - mai-jun, 2009 - Anestesia em revista
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