Navegação de Cabotagem no Brasil João Guilherme Araujo

Transcrição

Navegação de Cabotagem no Brasil João Guilherme Araujo
Navegação de Cabotagem
no Brasil
João Guilherme Araujo
Novembro/2013
Agenda
Porque falar de Cabotagem?
Cabotagem no Brasil
Pontos Favoráveis e Desfavoráveis
Números da Cabotagem no Brasil
Cabotagem de Contêiner
Avaliação e Principais Problemas dos Usuários
Futuro da Cabotagem no Brasil
Principais Conclusões
2
Agenda
Porque falar de Cabotagem?
Cabotagem no Brasil
Pontos Favoráveis e Desfavoráveis
Números da Cabotagem no Brasil
Cabotagem de Contêiner
Avaliação e Principais Problemas dos Usuários
Futuro da Cabotagem no Brasil
Principais Conclusões
3
O que é cabotagem?
O transporte de
cabotagem é entendido
como transporte
nacional realizado entre
dois portos da costa de
um mesmo país ou entre
um porto costeiro e um
fluvial.
Navegação Interior
4
Cabotagem no Brasil
Ao longo dos 7.400 km de
costa, o Brasil possui mais
de 30 portos organizados
e terminais de uso
privativo.
Concentração ao longo da
costa dos setores produtivo
e consumidor.
Portos Organizados
Fonte: ANTAQ
Entre as regiões litorâneas
brasileiras e 200 km da
costa vive 80% da
população.
5
Por que falar de Cabotagem?
Mais de 2/3 da carga nacional é transportada por meio de rodovias
3% 0,04%
2%
0,3%
10%
21%
31%
4%
7%
19%
67%
37%
Rodoviário
Ferroviário
Aquaviário (sem Cabotagem)
Cabotagem
Dutoviário
Aéreo
Fonte: ILOS, US Bureau of Transportation Statistics.
6
Por que falar de cabotagem?
Custos Logísticos em Relação ao PIB de cada País
11,5%
12,0%
0,4%
0,8%
10,0%
8,7%
3,2%
8,0%
0,3%
0,8%
6,0%
2,8%
4,0%
7,1%
2,0%
4,8%
0,0%
Brasil
Transporte
Fonte: ILOS
Estoque
EUA
Armazenagem
Administrativo
7
Por que falar de cabotagem?
Custos Logísticos de Transporte no Brasil em 2012 (R$ bilhões)
6,3% do PIB
Se a matriz de transporte
nacional fosse equiparável a dos
EUA, o Brasil teria uma
economia de R$ 113 bi
R$275,57
Rodoviário
Fonte: ILOS
R$12,88
R$8,54
R$8,62
R$4,49
R$2,31
Ferroviário
Cabotagem
Aquaviário (sem
Cabotagem)
Dutoviário
Aéreo
8
Representatividade da Cabotagem
na Matriz de Emissão de CO2
O transporte em navios de contêiner é o menos poluente
Emissão de CO2 (g/TKU)
540
50
Boeing 747
Locomotiva (diesel)
35
15
Caminhão (3 eixos)
Navio Full Conteiner (8000 TEUs)
Fonte: ILOS, Eurostat, National Bureau of Statistics of China, US Bureau of Transportation Statistics.
9
Vantagens da Cabotagem
Principais Vantagens da Cabotagem com relação
a outros modos de transporte
Custo do frete
86%
Segurança da carga
50%
Confiabilidade dos prazos
46%
Nível de avarias
37%
Comunicação/Informação sobre a carga
33%
Armazenagem da carga
11%
Outros
5%
Rede de Agências
1%
% de respostas
Fonte: Pesquisa CNT 2013 – Transporte Aquaviário – Cabotagem; Análise: ILOS
10
Agenda
Porque falar de Cabotagem?
Cabotagem no Brasil
Vantagens e Dificuldades enfrentadas
Números da Cabotagem no Brasil
Cabotagem de Contêiner
Avaliação e Principais Problemas dos Usuários
Potencial de Cabotagem de CTN no Brasil
Principais Conclusões
11
Cabotagem no Brasil
Pontos Favoráveis e Desfavoráveis ao modo de transporte no país
Pontos Favoráveis
Pontos Desfavoráveis
consumo
Alto custo do abastecimento dos navios na
costa brasileira:
Desenvolvimento N/NE, melhorando o
balanceamento dos fluxos;
• Bunker para Longo Curso - isento de
tributação
Aumento
nacional;
da
produção
e
Conscientização da cabotagem como um
dos meios de transportes menos poluentes;
Consolidação
do
contêiner
facilitador no transporte de carga;
como
Baixa Ocorrência de Acidentes;
• Bunker para Cabotagem – PIS(1,65%)
+ COFINS(7,6%) + ICMS(17%)
Elevado tempo de espera para atracação
de navios. Preferência por atracação, em
alguns portos, de navios de longo curso;
Aumento da sinergia com outros modais;
Morosidade e burocracia nos processos;
Necessidade de capacidade de transporte.
Restrições de infraestrutura e recursos.
Fonte: ANTAQ
12
Perfil da Carga de Cabotagem
Os granéis líquidos, principalmente os combustíveis,
são os produtos mais movimentados na cabotagem.
Tipo de Carga (2012)
Granel Sólido
12%
Carga Geral
Conteinerizada
5%
Granel Líquido
79%
Fonte: ANTAQ
Carga Geral
Solta
4%
Principais Mercadorias (2012)
Bauxita
10%
Combustíveis,
Derivados e
Químicos
77%
Outros
8%
Contêiner
5%
13
Movimentação de Cargas no Brasil
Evolução das cargas transportadas na
Cabotagem no Brasil (milhões de tons)*
131
96
101
110
114
117
135
139
120
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
*Contempla apenas o Desembarque de Cargas
Fonte: ANTAQ
14
Movimentação de Cargas no Brasil
Evolução das cargas transportadas na Cabotagem
no Brasil por tipo de carga (milhões de tons)*
15%
43%
185%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Carga Geral
*Contempla apenas o Desembarque de Cargas
Fonte: ANTAQ
Granel Líquido
Granel Sólido
15
Movimentação de Contêineres
Evolução dos Contêineres transportados por
Cabotagem no Brasil (milhões de TEUs)
1,78
1,38
1,35
1,11
1,09
2006
2007
1,21
1,11
0,93
0,79
2004
Fonte: ANTAQ
2005
2008
2009
2010
2011
2012
16
Principais Portos
Cabotagem de Contêiner
O Porto de Santos representa 27% da
movimentação de contêineres de cabotagem no Brasil.
Portos
*Contempla apenas Desembarque de Cargas
Fonte: ANTAQ
TEU
2012
Porto de Santos (SP)
227.720
TUP Chibatão (AM)
83.634
Porto de Suape (PE)
79.871
Porto de Rio Grande (RS)
78.304
Porto de Salvador (BA)
70.286
Porto de Itaguaí (RJ)
42.951
Porto de Paranaguá (PR)
40.730
Porto Do Rio De Janeiro (RJ)
34.028
TUP Porto Itapoá (SC)
29.698
TUP Pecém (CE)
28.365
17
Agenda
Porque falar de Cabotagem?
Cabotagem no Brasil
Pontos Favoráveis e Desfavoráveis
Números da Cabotagem no Brasil
Cabotagem de Contêiner
Avaliação e Principais Problemas dos Usuários
Futuro da Cabotagem no Brasil
Principais Conclusões
18
Crescimento da Cabotagem
Maior utilização de
contêineres
Iniciativas da
Intermodalidade
Investimento em
Infraestruturas dos portos
Regulamentação do
Transporte Rodoviário
19
Investimentos realizados nos
Terminais de Contêineres
Em 2012, a Wilson Sons realizou investimentos na ordem de
R$ 160 mi no TECON em Salvador, duplicando sua
capacidade de embarque e desembarque.
Em julho de 2013, o TUP Embraport começou a operar no
porto de Santos. Foram investidos R$ 2,3 bi, e a expectativa
é que o terminal passe a receber grande parte dos grandes
operadores internacionais ligam o Brasil ao Oriente.
O Porto do Pecém receberá um novo terminal de
armazenagem e logística no complexo, com investimento na
ordem de R$ 70 mi por parte da empresa Komboogie/TRC e
planejam iniciar as operações em janeiro de 2014.
Estão sendo realizadas obras do PAC 2 no Porto de Fortaleza,
para construção de um novo terminal de contêineres. O
investimento total previsto é de R$ 28,5 bi.
20
Futuro da Cabotagem no Brasil
Até 2014, o volume movimentado pela sua empresa em cabotagem:
36% de aumento médio
68%
62% de redução médio
23%
9%
Aumentará
Ficará estável
Diminuirá
% de respostas
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
21
Futuro da Cabotagem no Brasil
por setor
Higiene, Limpeza, Cosméticos e Farmacêutico
Automotivo e Autopeças
Químico e Petroquímico
Alimentos e Bebidas
Comércio Varejista
Papel e Celulose
Fumo
Siderurgia e Metalurgia
Eletroeletrônico
Material de Construção e Decoração
Tecnologia e Computação
Diversos
Aumentará
100%
14%
83%
17%
80%
20%
75%
25%
70%
30%
67%
33%
64%
36%
58%
25%
17%
33%
67%
33%
67%
33%
33%
33%
86%
Ficará Estável
Diminuirá
% de respostas
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
22
Potencial da Cabotagem de
Contêiner no Brasil
O volume de contêiner na cabotagem pode mais que
dobrar em menos de 10 anos.
Volume (MM TEUs)
3,3
1,4
2011
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
2021
23
Portos que mais enviarão cargas através
da Cabotagem
Santos, Manaus e Paranaguá são os portos com maior
potencial de enviar carga de cabotagem nos próximos anos.
Manaus 8%
Santos 31%
Paranaguá 8%
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
% respostas
23
Portos que mais receberão cargas
através da Cabotagem
Manaus, Suape e Santos são os portos com maior
potencial de receber carga de cabotagem nos próximos anos.
Manaus 18%
Suape 18%
Santos 16%
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
% respostas
24
O que as empresas esperam com a
Cabotagem?
Do Modal:
Do Armador:
Confiabilidade
Flexibilidade de
carga de última
hora
Segurança
Custos
Competitivos
Frequência
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
26
Principais Problemas na Cabotagem na
visão das Empresas Embarcadoras
Elevado
transit
Elevado
transittime
time
66%
Infraestrutura
inadequada
nosnos
portos
Infraestrutura
inadequada
portos
64%
59%
Falta
de infraestrutura
integraçãoentre
entre os
modais
Falta de
infraestrutura
dede
integração
modais
BaixaBaixa
frequência
dede
navios
frequência
navios
57%
ModalModal
com baixa
confiabilidade
com baixa
confiabilidadenos
nosprazos
prazos
56%
Indisponibilidade
dederota
Indisponibilidade
rota
55%
Falta de operadores
logísticos
que disponibilizem
o serviçode
de
Falta de operadores
logísticos
que disponibilizem
o serviço
intermodalidade intermodalidade
Excesso
de burocracia
governamental
Excesso
de burocracia
governamental
53%
52%
Elevada
distânciado
do ponto
ponto de
ou destino
até o até
porto
(fábrica
Elevada
distância
deorigem
origem
ou destino
o porto
ou
local de
longe
do porto)
(fábrica
ouentrega
local de
entrega
longe do porto)
37%
32%
compensa
CustoCusto
totaltotal
nãonão
compensa
Dificuldade
daempresa
empresa
coordenar
diferentes
Dificuldadede
degestão
gestão da
emem
coordenar
diferentes
modais
modais
Alto risco
e avarias
Alto de
riscoroubos
de roubo
e avarias
31%
13%
% de respostas
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
27
Nota Média para a Cabotagem no Brasil
Nota
9 (máx)
Nota Média por Tipo de Carga
Granel Líquido
6,8
Granel Sólido
6,7
6,2 (média)
Contêiner
6,2
0 (min)
Fonte: Pesquisa ILOS 2012
28
O que pode ser feito para
melhorar a Cabotagem?
Navios modernos com escalas regulares (dia fixo da semana).
Terminais portuários eficientes.
• Berços de atracação destinados aos navios da cabotagem,
• Recepção e armazenamento de cargas,
• Integração com os modais de transporte rodoviário e
ferroviário.
Infraestrutura e parcerias nas pontas terrestres para garantir o
serviço porta-a porta.
Simplicidade documental e de procedimentos equivalentes aos
dos modais concorrentes.
Usufruir as mesmas condições que as empresas internacionais
tem para a compra do combustível – isenção de ICMS.
Regulamentação do ICMS na Multimodalidade em especial para
atender as operações interestaduais.
29
Agenda
Porque falar de Cabotagem?
Cabotagem no Brasil
Pontos Favoráveis e Desfavoráveis
Números da Cabotagem no Brasil
Cabotagem de Contêiner
Avaliação e Principais Problemas dos Usuários
Futuro da Cabotagem no Brasil
Principais Conclusões
30
Conclusões
As condições do Brasil (longa costa navegável e alta concentração de PIB
no litoral) são extremamente favoráveis à navegação de cabotagem;
Simplificações burocráticas e desonerações de combustível dariam grande
impulso ao modal de transporte;
Trata-se de modal com enorme atratividade em SSMA e de oferta de
capacidade de transporte;
Entre os perfis de carga, a carga em CTN apresentará o maior crescimento
percentual de participação;
O modal apresenta crescimento acima do PIB, mas está restrito por
questões de carência de infraestrutura, complexidade burocrática e
disponibilidade de recursos;
É preciso que o país invista nos acessos marítimos e, especialmente,
terrestres para trazer eficiência aos portos.
31
João Guilherme Araujo
Diretor de Desenvolvimento de Negócios
[email protected]
ILOS
www.ilos.com.br
(21) 3445-3000
(11) 3847-1909

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