Construções Cidade Nova do Marco SA

Transcrição

Construções Cidade Nova do Marco SA
Construções
Cidade Nova
do Marco S.A.
Portugal Inovador I
Editorial
Empreendedorismo
ao quadrado
T
erminámos de contar os dias do mês de
janeiro do ano de 2014. Ano esse que,
várias vozes, apontam como os efetivos 365
dias de viragem económica e financeira do nosso país. Numa altura em que Portugal continua
a ser classificado como “lixo” pelas agências
de ‘rating’, as melhorias no mercado nacional
são notórias. Pouco a pouco, a nossa máquina
empresarial reergue-se. É essa realidade que
comprovamos, dia a dia, nas diversas PME
que visitamos.
Todavia, existe um triângulo de ações
que é necessário ter em consideração. O
empreende­dorismo pode ser definido como
uma forma de vida em que o empresário coloca em prática toda a sua capacidade criativa,
inovadora e administrativa. Dito de uma outra
forma, em­preendedorismo prende-se com o
triângulo supracitado: o saber, o fazer e, por
fim, o saber fazer.
Pires de Lima, atual ministro da Economia,
veio defender a implementação do empreen­
dedorismo como disciplina de ensino obrigatória, medida que se encontra incluída no
documento de Estratégia de Fomento Industrial
para o Crescimento e Emprego. Porém, há
quem já opine que deve ser cultivado e galvanizado junto dos mais jovens ao longo do seu
percurso académico, incluindo-o como uma
temática, contando com abertura das portas
das empresas enquanto exemplo de gestão,
incentivando também a parte prática.
Por sua vez, foi criada uma plataforma
online personalizada para as mulheres
empreende­doras portuguesas. Maria José
Amich, criadora do projeto, fez questão de frisar, na altura do seu lançamento, que isto não
se trata de uma questão de “equidade”. Comprovou, através do relato de várias estatísticas,
que cerca de 40% das empresas criadas em
Portugal no ano de 2012, foram de autoria
feminina. Dessa forma, há que dar mérito e
reconhecer a importância do desenvolvimento
de uma ferramenta como esta.
Sendo assim, e nós que lidamos de perto
com os empresários e que partilhamos o
panorama do tecido empresarial português,
interrogamos: o empreendedorismo deverá
ser imposto como oferta formativa ou compete ao país oferecer estratégias económico-financeiras que atraiam novos empresários?
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Fevereiro I 3
I Portugal Inovador
“O nosso desafio e a nossa
missão é a satisfação do cliente”
A JMM – Construções Cidade Nova do Marco, S.A. é
uma empresa que está preparada para atuar em diversas
áreas: construção civil, demolições, terraplanagem e
remoção de produtos contendo amianto. Em entrevista
à nossa revista, Cristina Mendes contou a história desta
empresa e explicou-nos quais os objetivos para o futuro.
R
ecuemos até ao ano de
1984 quando tudo come­
çou. Criada por José Manuel Men­
des, esta empresa começou por
se dedicar apenas à construção
civil, onde grande parte das obras
eram feitas para particulares. Com
o evoluir dos tempos diversificaram
os servi­ços e concorreram a obras
públicas. Como refere Cristina
Mendes, admi­nistradora da JMM
– Construções Cidade Nova do
Marco e filha do fundador da empresa, “ao longo dos anos a firma
foi sofrendo algumas alterações,
porque tivemos de nos adaptar ao
mercado e às exigências do cliente”. Atualmente, a adminis­tração
desta empresa é de cariz familiar
onde trabalham os três filhos do
fundador, Cristina Mendes, Paula
Mendes e Vítor Mendes.
Evolução da empresa
Na década de 90 esta empresa
começou a diversificar os seus
servi­ços, dadas as alterações verificadas no ramo da construção
civil. Como tal, apostaram na terraplanagem e começaram a fazer
todo o tipo de movi­mentação de
terras no âmbito da escavação e
aterro. “Nessa altu­ra, comprámos
as primeiras máqui­nas e quisemos
inovar, ou seja, fomos das primeiras
empresas da região, que adquiriram certos equi­p a­m entos com
determinada capaci­dade”, afirma
a nossa entrevistada.
Com a remodelação da malha
urbana de muitas cidades do nosso
país, a Construções Cidade Nova
do Marco teve também de investir
4 I Fevereiro
Cristina Mendes
“
Queremos continuar
com o nosso trabalho
na área da remoção
de material contendo
amianto”
em equipamento direcionado para
as demolições. Todo este trabalho
é feito com recurso a meios próprios, técnicos especializados e,
com ferramentas e equipamentos
de vanguarda, uma vez que, “para
ser­mos bons nas obras que realizamos, temos que estar equipados
com os melhores técnicos e com
as melhores máquinas. Foi com
esse objetivo, que em 2010, comprámos a única máquina a nível
nacional que estava especialmente pre­parada para demolições.
Tem uma lança de 40 metros e que
permite ao fun­cionário comandar
a máquina a uma longa distância.
Permitindo assim a execução de
todo o tipo de demo­lições”, refere
Cristina Mendes.
A par de todos estes serviços e
com o passar do tempo, a empresa
sentiu necessidade de criar uma
estação de tratamento de todos
os resíduos que são provenientes das obras e, por esse motivo,
imple­mentaram uma Unidade de
Triagem e Fragmentação de Resíduos de Construção e Demolição,
RCD. Única na região de Marco
de Cana­veses, esta unidade “está
a funcionar desde 2012 e uma máquina própria para estes serviços,
Portugal Inovador I
a britadeira, recupera o velho e
transforma em algo novo que pode
ser reutilizado na mesma ou em outras obras. Ape­nas o ferrro, plástico
vidro e cartão é que não podem ser
reci­clados por esta máquina e são
enviados para empresas licenciadas para os reciclar”, acrescenta
Cristina Men­des.
Remoção das placas
de fibrocimento
Além de todos os serviços
anteriormente mencionados, a
administradora desta empresa fez
questão de referenciar que o grande serviço que, neste momento,
a empresa presta e que é aquele
que mais pretende destacar, é a
remoção de placas de fibrocimento
que contêm amianto. “Esta é uma
das nossas áreas de atuação e é
aquela que tentamos divulgar ao
máximo. Estivemos pelo país inteiro, em diversas obras e queremos
continuar com o nosso trabalho
na área da remo­ção de produtos
contendo amianto”. Com pessoas
com forma­ção e com uma cabine
de desconta­minação, a JMM é das
poucas empresas no país que está
habilitada a realizar este tipo de trabalho, pois “foi uma das áreas nas
quais nos vimos obrigados a inovar,
nomea­damente na formação dos
funcioná­rios, porque era uma situação que queríamos aproveitar”,
refere Cristina Mendes.
“Esta é uma das nossas áreas
de atuação e é aquela que tentamos divulgar ao máximo. Estivemos pelo país inteiro, em diversas
obras e queremos continuar com o
nosso trabalho na área da remoção
de ma­terial contendo amianto”.
Obras realizadas
por todo o país
Envolvidos em diversas obras
públicas, por todo o país, que vão
desde pequenas a grandes obras,
a Construções Cidade Nova do
Marco esteve envolvida na re­
modelação de muitas escolas na
altura da Parque Escolar e em muitos outros projetos, desde hospitais,
hotéis e edifícios públicos.
Projetos para o futuro
Com o grande objetivo de divulgar ao máximo e por todo o país o
servi­ço de remoção de placas de
fibro­cimento assim como todo o tipo
de demolições, a JMM – Constru­
ções Cidade Nova do Marco tem
como grande objetivo para o ano
de 2014 continuar a melhorar todos
os serviços e inovar sempre que
possí­vel: “Não gostamos de ficar
parados no tempo e a evolução
é extre­mamente necessária para
respon­dermos às exigências do
mercado. Aliás, o nosso desafio e a
nossa missão no mercado é, desde
sem­pre, a satisfação do cliente”,
conclui Cristina Mendes. I
Obras onde estiveram envolvidos:
· Vouga Park – Sever do Vouga
· Hospital de São João – Porto
· Escola EB 2/3 André Soares - Braga
· Centro Escolar Abade de Mouçós - Vila Real
· Hospital Padre Américo – Penafiel
· Fábrica ENERCON – Viana do Castelo
· Casa Royas Mc Donald – Porto
· Hospital da Horta – Açores
· Cineteatro D. João V – Amadora
· Unicer – Leça do Balio
· Escola Secundária Dra. Laura Ayres – Quarteira
· Escola Secundária Miranda do Douro – Miranda do Douro
· Escola Secundária Mestre de Avis - Avis
Fevereiro I 5
I Portugal Inovador
Concelho criador
de oportunidades
Com 54 mil habitantes, 202 km2 de área, dois rios
internacionais, Douro e Tâmega, Marco de Canaveses é
um concelho do Norte do país com um imenso potencial.
Manuel Moreira, presidente da Câmara há oito anos,
fala-nos do marco importante que este município tem
deixado na região.
Manuel Moreira,
presidente da Câmara
F
alar no Marco de Canaveses
é falar em inovação. Este
concelho tem percorrido um caminho
evolutivo nos últimos anos e vai-se
afirmando, cada vez mais, na região
Norte do nosso país. “O nosso objetivo passa por regenerar o Marco.
Fazer do Marco um município credível e respeitável. Temos tentado
reequilibrar as contas e proporcionar
qualidade de vida aos marcoenses”,
afirma Manuel Moreira.
Entre os censos de 2001 e 2011,
a população do concelho aumentou. Uma das grandes apostas do
concelho tem sido a educação de
qualidade, combater o abandono e o
6 I Fevereiro
insucesso escolar. “Criámos a ação
social escolar para ajudar os filhos
das famílias mais carenciadas ao
nível da alimentação e do material
escolar. Valorizamos e requalifica­
mos as escolas e já construímos
dois centros escolares, sendo que
pretendemos ainda criar mais dois
até ao final do mandato. Lançámos
ainda, a Universidade Sénior do
Marco para as pessoas poderem
con­tinu­ar a cultivar o seu conheci­
mento e ocuparem os seus tempos
livres”, salienta o presidente da
Câmara.
Marco de Canaveses é um con­
celho com obra feita! De destacar
a construção do Parque Fluvial do
Tâmega com um percurso pedonal
de três km, um centro náutico, um
restaurante e bar com vista para
o Tâmega, plataformas de pesca
desportiva - em que uma delas
se transforma em palco no verão,
durante as Festas do Marco. Há
também a construção das piscinas
municipais em Alpendorada, a Casa
de Produtos Tradicionais/Posto de
Turismo em Bitetos, o Museu da
Pedra, a organização da Bienal da
Pedra, a criação da Confraria do
Granito, com o objetivo de juntar os
empresários para refletirem sobre
este setor económico.
No concelho do Marco de Cana­
ve­ses há também a preocupação de
sensibilizar as pessoas para uma
vida ativa. “Apostamos fortemente
no desporto. Criámos 29 escolas
municipais de desporto em dez
modalidades diferentes, pois é necessário chamar as pessoas para a
prática desportiva. Implementamos
aulas de educação física, logo no
primeiro ciclo escolar e ginástica
lúdica e hidroginástica para os
nossos séniores”, salienta o nosso
entrevistado.
As atividades lúdicas e a gastronomia fazem as delícias dos marcoenses e dos turistas que visitam
o concelho: “As nossas freguesias
têm a tradição de festejar o S. João
e o Santo António com marchas
populares. Tomei a inici­ativa de
trazer essas marchas até à cidade
nas Festas do Marco, o que se
tornou num ótimo cartaz turístico.
Apostamos nos fins-de-semana gastronómicos e lançamos a Con­fraria
do Anho Assado. Os nossos vinhos
verdes têm ganho várias medalhas
em feiras e mostras a nível nacional
e internacional”.
Quanto ao futuro, “continuaremos a apostar muito forte na educação e na ação social. Queremos
acelerar a construção da rede de
água e saneamento. O empreendedorismo é também algo em que
vamos investir. Queremos criar
uma incubadora de empresas para
atrair investimentos e criar postos
de trabalho, designadamente para
os jovens. Ser presidente de Câmara é uma experiência fantástica.
Vim para servir a minha terra e não
para me servir dela! O nosso desígnio municipal é fazer do Marco, no
espaço de uma geração, um dos
melhores municípios da região e
de Portugal. Espero poder terminar
esta missão pública, na minha terra
natal, com a consciência de dever
cum­prido”, acrescenta Manuel Moreira. I
Portugal Inovador I
Welcome to Clifton College!
Com sede no Marco de Canaveses e um pólo em
Alpendorada e Matos, o Clifton College é uma escola de
línguas, fundada em 1995 e reconhecida, oficialmente,
pelo Ministério da Educação - autorização definitiva nº 80/
DREN. Contam com quase duas décadas de experiência
no ensino de línguas, esta escola possibilita aos
seus alunos a aprendizagem do inglês, do alemão, do
espanhol, do francês e do português para estrangeiros.
Susana Ne­ves e Maria Carneiro
D
ecorria o ano de 1995 quando
um casal britânico decidiu
residir em Marco de Canaveses. A
sua formação em línguas levou-os a
criar um Instituto de Línguas. Assim
surgiu o Clifton College. Susana
Neves e Maria Carnei­ro, antigas funcionárias do instituto, aproveitaram
o regresso do casal britânico ao seu
país natal, em 2001, para assumirem
um novo papel no Clifton College, o
da gerência do insti­tuto: “Aceitámos o
convite e começá­mos uma nova etapa neste projeto”, referem as nossas
entre­vistadas.
O Clifton College possui uma
equipa dinâmica com bastante experiência e devidamente qualificada,
dispondo também da colaboração de
professores nativos que integram o
grupo de trabalho em todas as áreas
de aprendizagem. Aqui, os formandos
têm ao seu dispor um leque alargado
de formações. Falamos de cursos
académicos e modulares, traduções,
retroversões, aulas individuais, explicações, entre outros. Contando,
inicialmente, com apenas 25 alunos,
hoje são um total de 250, abrangendo
todas as faixas etárias, desde os 5
aos 60 anos.
Com uma vasta experiência, o
Clifton College é parceiro do British
Council. O seu principal objetivo é
pre­pa­rar os alunos para se candida­
tarem a diplomas da Universidade
de Cambridge em Inglaterra, reconhecida internacionalmente tanto por
empre­gadores como por instituições
su­periores de ensino, sendo a sua
taxa de sucesso superior a 95%.
No Clifton College promove-se um
ensino gradual e natural, evitando os
métodos mais técnicos e recorrendo
a meios tecnológicos e interativos.
São organizadas ainda uma série de
atividades que aproximam os profes­
sores e os alunos: “Para além dos
serviços prestados no instituto, temos
ainda parcerias com a Câmara Muni­
cipal e deslocamo-nos às escolas.
Fazemos, igualmente, diversas ativ­
idades, incluindo duas viagens anuais
e um convívio, também anual, em que
convidamos os pais a assistirem a peças de teatro interpretadas pelos seus
filhos, onde estes demonstram o seu
conhecimento da língua”.
Numa altura em que a emigração
apresenta níveis muito elevados no
nosso país, Susana Neves afirma:
“Temos ajudado no aperfeiçoamento
das diversas línguas, com vista à
emigração dos nossos alunos, retrato
atual da situação em que o nosso país
se encontra. Os cursos rápidos e intensivos tiveram uma imensa procura.
Sendo que, também muitas empresas
estão a internacionalizar-se e como tal,
procuram-nos para aprimorar os conhecimentos dos seus quadros”, explica a
diretora da escola.
“No futuro, esperamos continuar
a contribuir para o sucesso pessoal e
profissional dos nossos alunos, em
particular, e da nossa comunidade em
geral. Trabalhando com empenho e de­
dicação, de forma dinâmica e inovadora, o nosso lema é ensinar no presente
a pensar no futuro”, é este o desejo da
gerência do Clifton College. I
Fevereiro I 7
I Portugal Inovador
Garantir o seu bem-estar!
A Farmácia Nova surgiu no Marco de Canaveses, no
ano de 2002, através de um concurso de farmácias do
concelho. O atendimento personalizado ao público
e a inovação discreta do local, tornam esta farmácia
especial e mais próxima dos seus utentes.
Ana Couto Ribeiro
N
o passado a Farmácia Nova
tinha o nome de Farmácia
da Torre. Com origem em Tabuado,
em 1995, através da diretora técnica Ana Couto Ribeiro, esta farmácia
foi transferida para o centro do
concelho. A génese do novo nome
está relacio­nada com o facto de ser
um espaço novo, como nos explica
o marido da diretora técnica e administrador da farmácia, Fernando
Couto Ribeiro: “Como abrimos uma
farmácia, decidi­mos dar-lhe o nome
de Nova”, refere.
Desde então este espaço tem
ganho um importante estatuto na
região, onde se diferencia das
restantes farmácias do concelho,
através do atendimento e da forma
como interpreta e faz uso da inovação: “Pretendemos inovar, mas só
quando essa mudança acrescenta
8 I Fevereiro
valor e resolve as necessidades
das pessoas. Não gostamos de
inovar só para parecermos muito
modernos. A título de exemplo,
gostamos de explicar e aconselhar
tudo detalhada­mente aos pacientes, algo que não era habitual
neste meio. Por outro lado, julgo
que pintar as paredes do estabelecimento, pode trazer um ar muito
moderno, mas não acrescenta nada
no que diz respeito à qualidade do
nosso trabalho. Considero que este
nosso conservadorismo em alguns
aspetos pode ser encarado como
inovação”, explica Fernando Couto
Ribeiro.
O bem-estar físico e psicológico
dos utentes é uma preocupação
constante da Farmácia Nova e
muitas vezes o lucro é sacrificado,
em prol das necessidades das pessoas. E como a saúde está sempre
em primeiro lugar, a farmácia não
olha a despesas e presta um vasto
serviço: entrega de medicamentos
ao domi­cílio, nutrição, podologia,
administra­ção de injetáveis, organização de workshops em escolas
e lares, cur­sos de preparação com
grávidas, cursos e demonstrações
capilares, são alguns dos exemplos
que caraterizam esta farmácia.
A equipa de trabalho é bastante
numerosa e qualificada. São 18
os profissionais, sendo que mais
de metade são licenciados. “São
colaboradores espetaculares que
nos prestam um trabalho fantástico.
Temo-nos esforçado por manter os
postos de trabalho. Damos formação contínua e constante”, salienta
o administrador.
A ambição está bem presente
no horizonte da Farmácia Nova:
“Queremos dar continuidade ao
bom trabalho e pretendemos ser a
farmácia de referência do Marco!”,
conclui Fernando Couto Ribeiro. I
Portugal Inovador I
Toque inovador na Tradição
Fundada por António Moreira e Maria Benvinda Moreira,
a Padaria A Moreira está a festejar o seu 35º aniversário
de criação, no Marco de Canaveses. Este mês, tivemos
a oportunidade de conversar com Sónia Moreira e José
Freixo, as mais recentes caras do negócio.
Especialidades:
A
Padaria A Moreira iniciou-se
em Favões onde funcionava,
sem fabrico próprio, com recurso à
venda porta-a-porta. O crescimento
da empresa conduziu à sua expan­
são dando início ao fabrico dentro
de portas. Para tal, foi realizado um
investi­mento em máquinas especia­
lizadas, sendo criados mais postos
de trabalho.
Após esta mudança, foi neces­
sário encontrar um nome adequado
para o negócio que permitisse relacionar as padarias já existentes
Com uma grande variedade de produtos que muito
agrada os seus visitantes, as
espe­ci­a­lidades desta casa
são: a regueifa, a broa de
milho casei­ra, as bailarinas,
as cavaqui­-n­has, o pão de ló
e o bolo rei de Favões que,
com um toque especial de
inovação, os diferencia de todos os outros vendidos nesta
zona do país. Para além do
fabrico próprio, nos espaços
Doces de Favões podemos
encontrar outros pro­d utos
de mercearia, considera­dos
essenciais, e que servem de
su­porte ao restante negócio.
com os espaços que foram surgindo.
Sónia Moreira revela a escolha: “Doces de Favões”. De modo a man­ter
os seus clientes, a gerente expli­ca
que, “foram mantidos o logótipo e a
cor para que os cidadãos que sem­
pre escolheram comprar o nosso
produto se apercebessem que a
nossa filosofia e qualidade se man­
tém, apenas registamos a marca”.
Para além dos oito postos de venda espalhados pelas freguesias do
Marco de Canaveses e que abrangem toda a cidade, a empresa conta
também com quatro postos de venda
extra aos quais fornecem produtos.
Uma vez que pretendem revitalizar
a distribuição de pão porta-a-porta,
têm à sua disposição seis veículos
que fazem a repartição de mercadorias, os quais utilizam para desenvolver e expandir o alcance da sua
produção a locais mais lon­gínquos.
Com cerca de 40 funcionários, a
qualidade dos produtos apresenta­
dos e o atendimento prestado na
primeira loja (que funciona como
base do negócio e está localizada na
Avenida Central de Favões), estende-se a todos os outros espa­ços em
Alpendorada e Matos (1998), Várzea
do Douro, Ariz, Vila Boa do Bispo,
Avessadas e Fornos, no centro do
Marco de Canaveses e uma última
perto do Convento de Aves­sadas.
A Padaria A Moreira e os Doces
de Favões são hoje um exemplo
de inovação, aliada à tradição. No
futuro, José Freixo revela que pretende manter os ideais da empresa
e “con­tinuar a expandir a marca para
as redondezas do Marco de Canaveses, visto que já estamos pre­sentes
em Amarante e Penafiel”. I
Fevereiro I 9
I Portugal Inovador
Decoração no Marco
A um quilómetro do centro do Marco de Canaveses
encontramos a Rinuma, um espaço de decoração de
interiores e cozinhas, gerenciado por Joaquim Silva.
A forma como lida com o seu negócio e a escolha
dos produtos em exposição é visivelmente cuidada e
rigorosa, tendo sempre em consideração o potencial
cliente e as suas necessidades.
Joaquim Silva, proprietário
J
oaquim Silva decidiu criar a
Rinuma, que festeja este ano
o seu 25º aniversário.
Nascendo já no ramo da deco­
ração de interiores por influência
do pai, Joaquim Ricardo Nunes
da Silva tem agora 59 anos e é
o sócio-ge­rente e fundador da
empresa.
Adquirindo alguma experiência
na área através da imigração para
Toronto, o nosso entrevistado
dedi­cou-se à arte de fabrico de
cozinhas sendo que, quando decidiu voltar para Portugal, resolveu
10 I Fevereiro
aplicar essa mesma especialização
num projeto próprio.
Rinuma
Contrariamente ao que planeava, mas com igual gratidão,
Joaquim Silva afirma: “Embora
tenhámos desenvolvido a empresa
com o intuito de trabalhar no fabrico de cozinhas, ultimamente esta
tem sido direcionada para a área
de decoração de interiores”. E de
facto, ao entrar nas instalações da
Rinuma, os clientes observam uma
panóplia de objetos de decoração
dos mais distintos estilos e cores.
A Rinuma tem capacidade
para adequar o seu produto às
especifica­ções do cliente e consegue corres­ponder facilmente às
expectativas dos que procuram o
seu serviço. “Trabalhamos com
material de excelente qualidade,
duradouro e à medida, para obter
um produto final que fideliza e
conquista a confiança do cliente”,
garante o gerente.
A firma conta com a colaboração de vários funcionários especia­
lizados nesta área, assim como
com inúme­ras parcerias nos mais
diversos ramos que complementam a deco­ração de uma casa,
desde móveis, papel de parede,
carpetes, candeeiros etc.
Uma vez que os seus clientes
são maioritariamente particulares,
a empresa orçamenta, faz projeto
3D e adequa os seus preços a
cada tipo de negócio. Disponível
para trabalhar de Norte a Sul e
também no estgran­geiro, o nosso
entrevistado informa que a equipa
da Rinuma faz o trans­porte e a
decoração de espaços onde haja
um cliente interessado.
Profissionalismo
A concorrência não é uma preo­
cupação. O gerente aliás mantém
bons relacionamentos com várias
pessoas do sector. No entanto, não
deixa de salientar a postura e o
profissionalismo da sua equipa de
trabalho na resolução de todas as
questões que surgem no dia a dia.
Se o objetivo inicial era o fabrico
de cozinhas, hoje o maior volume
Portugal Inovador I
de negócio prende-se com o ramo
da decoração, sendo que o mercado externo é um nicho de negócio
im­p or­t ante, nomeadamente em
Fran­ça, onde servem uma pequena
comunidade portuguesa.
Em fim de conversa, Joaquim
Silva confirma: “No meu projeto de
vida, sempre procurei proporcionar
aos meus clientes a melhor relação
preço/qualidade. Essa preocupação e o respeito que temos pela
con­c orrência tornam a Rinuma
numa empresa de referência no
Marco de Canaveses”. I
Fevereiro I 11
I Portugal Inovador
“Os nossos preços
e o atendimento fazem
toda a diferença”
Marco Horizonte é uma cadeia de supermercados no
Marco de Canaveses, onde os preços baixos e produtos
de qualidade tornam este espaço uma referência na
região. Carlos Albino, proprietário deste negócio, em
entrevista à Portugal Inovador revelou qual o segredo do
seu sucesso
Carlos Albino
C
omeçou por trabalhar num
café e depois passou
para um minimercado mas mal
surgiu a oportunidade de abrir o
primeiro supermercado, Carlos
Albino nem sequer hesitou e
viu aí uma grande oportunidade
12 I Fevereiro
de negócio. “Não pensei duas
vezes quando a oportu­n idade
me apareceu e felizmente correu muito bem. De tal maneira
que neste momento já tenho 6
supermercados”, refere o nosso
entrevistado.
Com espaços abertos no Marco
de Canaveses e em Penafiel, a
cadeia Marco Horizonte tem à disposição dos clientes um conjunto
variado de produtos ao melhor preço e com a melhor qualidade para
que as pessoas voltem e estejam
sempre satisfeitas com o que compram. Para o proprietário, a grande
preocupação é que os espaços
estejam perto das pessoas. “Os
meus supermercados estão bem
localizados. Tenho quatro deles no
Marco de Canaveses e outros dois
em Penafiel. Os supermercados têm
de estar em locais que sejam de fácil
acesso para as pessoas que estão à
volta, porque as pessoas procuram
sair de casa e ter o espaço perto de
si. Hoje em dia, quanto mais rápido
e perto melhor”, afirma. Apesar
de ter em volta uma concorrência
feroz, Carlos Albino acredita que as
pessoas procuram o seu espaço,
não só pelos preços praticados, mas
também pelo “atendimento perso­
nalizado e mais próximo do cliente,
que faz toda a diferença”.
Apesar de ter uma grande concorrência à volta, este não é um fator
que preocupe o nosso entre­vistado,
pois para além de no ano anterior
Portugal Inovador I
ter “aumentado consi­deravelmente
o volume de negócio”, Carlos Albino acredita que “as pessoas
quando procuram uma superfície
para comprar os bens essenciais,
procura um bom preço e acima de
tudo a qualidade. Porque nem tudo
o que é caro é de qualidade e é
isso que nós tentamos trans­mitir”.
É através da distribuição de flyers e
de um carro adequado para o apoio
publicitário aos flyers que anuncia
semanalmente as promo­ções, que o
proprietário cativa e atrai os clientes
que frequentam o Marco Horizontes.
Futuro
Um dos projetos que está na
mente do nosso entrevistado é abrir
mais um supermercado em Lousada
para poder continuar a servir bem o
Vale do Sousa. Além disto, “pretendo
continuar com o mesmo trabalho,
a mesma dedicação e se aparecerem novas oportunidades quero
aproveitá-las”, conclui. I
Fevereiro I 13
I Portugal Inovador
Para miúdos e graúdos
A Inarbel é uma empresa têxtil especializada na conceção
e desenvolvimento de malhas exteriores para criança,
senhora e homem. José Armindo, ex-internacional
de futebol lidera hoje a esta firma, uma das maiores
entidades empregadoras da região de Marco de
Canaveses.
em­presa têxtil fundada pelos pais.
A sua vivência internacional e o
convívio com grandes homens de
negócio - num tempo em que muitos
dirigentes desportivos conciliavam a
presidência dos clubes com a gestão das suas empresas - conferiu-lhe a capacidade para projetar
um plano a médio/longo prazo e
incutir uma atitude mais arrojada
no seio da firma. Investimentos na
renovação do parque de máquinas
industriais, na formação (interna e
externa) dos seus colaboradores, a
aposta na internacionalização, assim como a criação de um gabinete
de design permitem à Inarbel ser
hoje reconhe­cida nos principais mercados externos, “por fazer mais e
melhor num curto espaço de tempo”.
Atualmente, a marca portuguesa
está presente em 25 países, cola­
borando com exigentes players
internacionais: “Os nossos clientes
comercializam produtos com valor
acrescentado e não toleram falhas”. Este requisito incitou a imple­
mentação do Sistema de Gestão da
Qualidade ISO 9001:2008, assim
José Armindo, administrador da Inarbel
como o carimbo OEKO-TEX que
pós algumas épocas na Pre­ certifica a qualidade do produto junto
mier League ao serviço do do cliente final.
Bolton, José Armindo pendura as
Dr. Kid
chuteiras e, de regresso a PortuHá 12 anos, integrada no seu
gal, veste o fa­to de empresário,
projeto
de internacionalização, a
assu­mindo a lide­rança da Inarbel,
A
14 I Fevereiro
Inarbel apresentou ao mercado a
Dr. Kid – uma marca de vestuário
dire­cionada para os mais jovens.
“Foi a Dr. Kid a grande mentora da
nossa expansão dado que, a criação de uma marca própria (cliente
da Inarbel) nos permitiu entrar em
inúmeros merca­dos e feiras do setor, cativando o interesse de outras
marcas nas malhas por nós produzidas”, explica o administrador.
A Dr. Kid está atualmente pre­
sente no território nacional através
de parceiros multimarca, mas também com sete lojas próprias, es­
tando prevista, em 2014, a abertura
de, pelo menos, mais três. “O mer­
cado nacional vive dias de maior
contenção, mas não é por isso que
deixamos de investir e escolher
pontos estratégicos de venda. A
economia é cíclica e acredito que
melhores dias se aproximam”, reitera José Armindo.
Vertente Social
A Inarbel é uma das firmas que
mais emprega no concelho de
Marco de Canaveses. Hoje com
180 cola­boradores, José Armindo
sente-se feliz por ser um agente
dinamizador da região. “É com
muito agrado que percebo que os
funcionários gostam de trabalhar
aqui e mantêm um rela­cionamento
excelente”. Empreen­dedor e proactivo, assegura que os projetos
para 2014 estão já a ser delineados: “Queremos abrir mais lojas,
continuar a reorganizar a nossa
estrutura e alcançar maior sucesso
apostando, constantemente, na
inovação e em novas tecnologias”,
conclui. I
Portugal Inovador I
Investimento
e Formação
No seu périplo por Marco de
Canaveses, a revista Portugal
Inovador visitou a Fisiofeel, um
projeto arrojado encetado por uma
jovem licenciada da cidade.
D
“
urante a minha licenciatura
em fisioterapia, tive a opor­
tunidade de integrar o programa
Erasmus, em Toledo, Espanha. Por
lá, encontrei uma realidade com a
qual me identifico, diferente da que
aqui me foi apresentada. Por isso,
decidi dar início a um projeto próprio
com base nesse sistema”. Assim nos
apresenta Daniela Moreira o projeto
Fisiofeel, criado em junho de 2012.
Ao contrário das técnicas aplica­
das em Portugal, a equipa da Fisiofeel aposta numa fisioterapia mais
personalizada que se inicia com
uma avaliação geral do problema por
parte de um profissional qualificado.
Cada caso é analisado de modo particular, sendo que o tempo e o mo­do
terapêu­tico são ajustados às reais
necessi­dades dos utentes. “Temos
doentes que necessitam de horas
de trata­men­­­to por dia, tudo depende da pa­­­to­­­lo­gia que apresentam”,
expli­ca a profissional. Intimamente
liga­das, as componentes física e
psico­lógica são avaliadas de forma
inten­siva: “Mantemos uma conversa
inicial com o utente, porque não é
apenas a componente física que
interfere nas queixas apresentadas.
Conscientes disso, estamos atentos
a todos os problemas por forma a
encaminhar as pessoas para os me-
Daniela Moreira, fisioterapeuta
lhores tratamen­tos, evitando muitas
vezes o recurso ao bloco operatório”.
Assim sendo, a parceria com outras entidades é também promo­vida:
“Mantemos o contacto com ou­tras
entidades e, em caso de necessi­
dade, encaminhamos o doente para
o seu médico de família, ou recorre­
mos ao apoio de outros profissionais”, complementa.
Empreendedorismo Jovem
Por forma a oferecer todas as
con­dições aos seus utentes, a Fisiofeel foi alvo de um grande investimento particular, “não só ao nível
dos equipa­mentos técnicos, mas
também de formação dos seus quadros. Todos os nossos colaboradores
são licen­cia­dos, facto que promove
um maior nível de eficácia na recuperação de cada caso”, esclarece
Daniela Mo­reira. Especificamos, por
exemplo, tratamentos com recurso
a electroa­cupuntura, cinesioterapia,
ondas de choque ou microcorrentes.
Para além da fisioterapia aqui
encontramos também inúmeras
valências no âmbito do tratamento
estético, tais como tratamentos avan­
çados como a criolipólise, endermo­
logia, laser, luz pulsada, entre outros,
sempre devidamente suportados
pelo acompanhamento de uma
nutricio­nista por forma a potenciar
todos os resultados.
Apaixonada pela sua área de
formação, Daniela Moreira afirma:
“A fisioterapia está muito desacreditada no nosso país, mas na Fisiofeel
apostamos na verdadeira essência
desta área da medicina, atuando de
forma honesta e muito dedicada a
cada caso. Por isso mesmo, temos
muitos utentes que nos agradecem
pois só aqui encontraram um trata­
mento adequado às suas queixas”.
Em final de conversa, Daniela
Moreira não deixa de mostrar a vontade de levar a Fisiofeel para outros
voos: “Apostámos em Portugal e, no
futuro, tenho a ambição de expandir
e apresentar o meu trabalho a um
crescente número de pessoas”. I
Fevereiro I 15
I Portugal Inovador
António e Rui Peixoto
A obra nasce aqui!
Os Granitos Irmãos Peixoto dedicam-se à extração,
transformação e comercialização do granito, desde
1997. Sediada no Marco de Canaveses e com a pedreira
de extração situada em Aguiar da Beira, Rui e António
Peixoto fazem desta pedra a sua pérola.
U
m desafio familiar fez
arrancar a obra dos Granitos Irmãos Peixoto. Rui e António
Peixoto, proprietários da firma,
atribuem ao pai a ideia que conduziu à criação deste projeto: “Tudo
começou em 1997 quando o nosso
pai, que tinha uma empresa no
setor, nos desafiou a criar uma empresa nova. Comprámos o terreno
e construímos os Granitos Irmãos
Peixoto”, explica Rui Peixoto.
Com uma mão de obra qualifica­
da e máquinas sofisticadas, a firma é uma referência da região:
16 I Fevereiro
“Damos o máximo de formação
possível aos nossos funcionários
que, neste momento, são 35, mas
temos pers­petivas de aumentar
para os 40, bem como a própria
fábrica, que está a ser ampliada.
Apostamos na melhor tecnologia
e para tal estamos inseridos num
projeto que visa a utilização de
equipamentos multifios, que é
inovador na nossa região. Algo
muito mais limpo e que promove
a poupança de água uma das
nossas preocupações ambi­entais”,
refere Rui Peixoto. “O sucesso da
Granitos Peixoto passa por toda a
equipa e não apenas por quem a
gere. O nos­so segredo é escolher
sempre os melhores para trabalharem connos­co, sendo que o mérito
dos resul­tados obtidos resulta do
trabalho e do espírito de união de
todos”, reforça.
As provas dadas por esta empresa portuguesa têm sido constantes e a imponência das suas
obras salta à vista de qualquer um.
Obras públicas como a Serra do
Pilar, a marginal de Gaia e o prado
do Museu Soares dos Reis, são da
autoria dos Granitos Irmãos Peixoto, o que lhes confere um estatuto
relevante no setor da construção
na­cional. As moradias de alguns
ex-futebolistas, como por exemplo
Paulinho Santos e Jorge Costa,
têm também o toque destes irmãos.
70% do trabalho é destinado
à exportação - França, Suíça e
Ale­manha são os países onde a
inter­nacionalização da empresa se
verifica. Tendo participado a nível
internacional numa feira no Qatar,
internamente estiveram presentes,
por exemplo, em eventos na Exponor e na Bienal da Pedra.
A obra dos Granitos Irmãos
Peixoto tem sido consolidada ao
longo dos anos, construindo os
alicerces necessários para uma
projeção nacional e internacional
que coloca esta empresa num patamar de excelência e com ótimas
pers­petivas de futuro: “Temos excelentes expectativas para o futuro.
Quase duplicamos a faturação no
ano passado. 2013 foi o ano em
que conquistamos os mercados
estran­geiros e agora pretendemos
con­tinuar a conquistar outros países, inclusivamente fora da Europa”, conclui Rui Peixoto. I
Portugal Inovador I
Um amigo nos
momentos difíceis
A Agência Funerária do Marco, criada por Ernesto
Peixoto Rodrigues, é uma agências funerárias, que
se define como uma empresa familiar com 40 anos de
experiência, passou pela representação da segunda
geração, contando hoje com a liderança da terceira, a
cargo dos irmãos Gil e Amália Rodrigues.
Gil, Peixoto e Amália Rodrigues
G
il Rodrigues licenciou-se
em solicitadoria, de modo a
conseguir fornecer um serviço mais
completo aos seus clientes, antes
e após um falecimento. Amália Rodrigues rege a área administrativa
e, embora não seja “a cara” do
negócio como o irmão, controla
toda a informação e faturação dos
servi­ços desta agência funerária.
“Se tivesse de escolher entre
a funerária e outro emprego, escolheria a funerária de imediato!
É uma profissão dura, dado que
em 90% dos casos, os clientes
são nossos conhecidos e amigos,
mas é tam­bém muito recompensa-
“
Se tivesse de escolher
entre a funerária
e outro emprego,
escolheria a funerária
de imediato! É uma
profissão dura, dado
que em 90% dos casos,
os clientes são nossos
conhecidos e amigos,
mas é também muito
recompensadora, pois
ensina-nos a dar valor
à essência humana”
dora, pois ensina-nos a dar valor à
essência humana”, explica Gil Rodrigues. Opinião corroborada por
Amália: “Aprendemos com o nosso
pai que devemos respeitar o corpo
com o qual temos obrigações”.
Nos dias de hoje, a agência
dispõe de sete colaboradores
mas, uma vez que neste negócio
não existem horários de trabalho,
Gil Rodrigues afirma que cada
fun­c ionário tem que dedicar-se
total­mente às funções que executa.
Dando o melhor de sinas suas fun­
ções, para dignificar cada vez mais
a empresa a que pertence.
Neste momento, a Agência
Funerária do Marco prevê uma
mudança de instalações para um
espaço já adquirido e onde tenci­
onam criar um centro funerário que
vai agregar todos os seus serviços:
uma capela onde se poderá velar
um corpo, independentemente da
crença religiosa do cliente e da
sua família, uma sala para tratar
os corpos e um espaço dedicado
ao serviço floral.
Gil Rodrigues declara: “Uma
das evoluções que tivemos no Marco foi a rede de capelas mortuárias,
nas quais colocamos o material ne­
cessário, não havendo necessidade de o transportarmos sempre que
temos de sair, sendo que qualquer
outra funerária terá oportunidade
de usar o material. Deste modo,
os nossos entrevistados tentam
manter-se na linha da frente deste
ramo de atividade, preocupando-se
sempre com o profissionalismo, a
componente humana, o respeito
pelo cliente e, principalmente, a
amizade para com cada família que
vive um dos momentos mais difíceis
das suas vidas. I
Fevereiro I 17
I Portugal Inovador
Urnas à sua medida
Começou com um pequeno armazém, mas o
crescimento foi enorme. Atualmente com setenta
funcionários, a Urnas Baldaia já trabalha para o
mercado nacional e estrangeiro.
E
m 1995, Agostinho e Paula
Baldaia iniciaram a empresa
apenas com um armazém. Os anos
foram passando e “a evolução nunca
mais parou. Começámos apenas com
três funcionários e, neste momento, já
temos cerca de setenta”. Atualmente,
a empresa conta com duas unidades
fabris em Portugal, continuando a ser
uma das maiores produtoras de urnas. Para além do território nacional,
chegou já a França, Espanha, Angola
e Cabo Verde onde tem uma unidade
especial.
Proximidade com o cliente
A Urnas Baldaia aposta muito na
qualidade dos seus produtos e dos
serviços prestados. Gostamos de
trabalhar em conjunto com os clientes,
18 I Fevereiro
os fornecedores e os colaboradores,
numa relação de proximidade. Esta interligação leva a melhores resultados
e a satisfação dos nossos clientes, daí
resultante, é o mais importante.
A empresa marca a diferença
em diversos fatores: “Gostamos
de nos diferenciar dos produtos de
concorrência. Não falamos negativamente das outras empresas do ramo,
concentramo-nos sim em melhorar os
nossos produtos e serviços. Proteger
o meio ambiente também é algo importante, por isso vários dos materiais
que utilizamos acabam reciclados”,
referiu Agostinho Baldaia.
Pedidos especiais
Agostinho Baldaia contou-nos
alguns dos pedidos que a sua em-
presa já recebeu: “Há uns tempos
um cliente deixou em testamento
que queria repousar numa urna toda
amarela. Também já nos pediram
urnas alusivas aos vários clubes
de futebol. Nenhum dos pedidos é
considerado estranho por nós, pois
respeitamos as vontades e os gostos
de todos os clientes. Mostramo-nos
sempre recetivos a qualquer pedido
e vontade”.
Quanto ao futuro Agostinho Baldaia mostra-se confiante, mas sempre com cautela: “Queremos manter
a qualidade que sempre tivemos e é
reconhecida pelos clientes. Não damos passos que possam pôr em risco
a nossa sustentabilidade. Satisfazer
quem recorre aos nossos serviços é
o nosso dever”. I
Portugal Inovador I
Ases na Estrada
Quando surgiu a possibilidade de abertura da escola
de condução 4 Ases, no Marco de Canaveses, António
Teixeira Pinto uniu-se a três outros sócios para dar lugar
a um novo espaço de ensino rodoviário. Recentemente,
a empresa foi alvo de uma reestruturação interna, sendo
que agora António Pinto assume a função de gerente,
tendo conquistado reconhecimento pelo seu rigor e
profissionalismo.
António Teixeira Pinto
I
naugurada a 12 de maio de 1999,
a escola de condução 4 Ases foi
constituída com o intuito de oferecer
o melhor e mais variado serviço aos
seus alunos. António Pinto, atual
gerente do negócio, esforçou-se
por colocar em prática aquelas que
considera ser as melhores práticas.
Alargando as áreas de ensino, “hoje
a 4 Ases leciona todas as categorias
de carta de condução e proporciona
uma instrução adequada e responsável”.
A escola acolhe cinco colabora­
dores habilitados com capacidade
para responder às diferentes neces­
sidades dos formandos, contando
com o apoio de equipamento de
última geração, bem como com uma
frota (quatro automóveis ligeiros,
um autocarro, um camião para categoria C+E, um camião de categoria
C , três motociclos e três carrinhas),
renovada periodicamente.
Condução Defensiva
“Sempre fui muito exigente e
procurei estar na linha da frente,
frequentando o maior número de formações profissionais. Concluí todas
as categorias e, como diretor de uma
escola de condução, fiz o curso de
formador de condução. Já em 2010,
obtive o curso de examinador de
condução”, afirma António Pinto, assumindo também a sua capacidade
para lutar contra a falta de educação
e civismo que persiste nas estradas.
O nosso entrevistado alerta para
a necessidade de se incutir nos
forman­dos, em contexto de sala de
aula, a promoção de uma condução
defensiva, para que isso se reflita
na via pública: “A transformação
do comportamento humano é uma
das mais complexas tarefas, mas
temos que gostar de instruir e transmitir os valores corretos para que
o comporta­mento se altere e para
que a taxa de acidentes rodoviários
diminua”, defende António Pinto,
assegurando ainda que, “manter a
calma é essencial em situações de
acidente ou problema mecânico”.
Em jeito de conclusão, o diretor
da 4 Ases defende que a escola é
dirigida com dinamismo, exigência
e honestidade, tendo incutido esses
valores a mais de cinco mil alunos. I
Fevereiro I 19
I Portugal Inovador
De Geração em Geração
A Mendes de Carvalho, empresa familiar com mais
de 30 anos, foi fundada por Joaquim Mendes, sogro
de José Carvalho gerente até 2012, altura em que
delegou funções nas mãos da terceira geração,
Francisco Carvalho. No futuro, a empresa pretende dar
continuidade ao negócio de cariz familiar.
Francisco Carvalho e José Carvalho
S
ão uma empresa de distribuição e instalação de
gás, mas das suas valências também constam a comercialização
de acessórios, trabalhando em
exclusividade com a BP. São distribuidores desta marca no Marco
de Canaveses, mais precisamente
em Avessadas.
A Mendes de Carvalho lida com
clientes de todas as áreas comerciais e distribuem para todas as
freguesias da cidade. No que diz
respeito à concorrência, José considera que, “o gás natural surgiu
com preços mais baratos que o
nosso gás (propano e butano), e
20 I Fevereiro
com a diferença de IVA tornou-se
uma opção mais fácil de escolher
na altura, agora que temos IVA
com valor igual já se torna mais
competitivo”.
Em termos de segurança, a
firma esforça-se por controlar rigorosamente os locais onde instalam
o gás. “Verificamos sempre se as
garrafas e as mangueiras estão em
perfeitas condições, pois só podemos instalar e distribuir gás nas
casas que estiverem preparadas
para isso”. Lidando principalmente
com restaurantes, locais comerciais, a Mendes de Carvalho tem
que ser extremamente rigorosa
com o controlo dos equipamentos
de gás.
O atual proprietário, Francisco
Carvalho afirmou: “O pior já passou,
o nosso futuro é risonho, este serviço é um bem material necessário,
é sustentável, por isso acreditamos
no crescimento. Para além do estabelecimento principal, a Mendes de
Carvalho conta com uma outra loja no
centro da cidade.
Neste negócio trabalha-se muito
mas também se obtém rentabilidade,
futuramente Francisco e José pretendem continuar com o negócio de família sempre com perspectivas positivas
e com respeito e dedicação à área. I
Portugal Inovador I
Assistência Informática
de excelência
Há 22 anos no mercado, a Inforpacto é uma referência
a nível nacional. Sediada no Marco de Canaveses esta
empresa dedica-se à consultoria e assistência técnica na
área das Tecnologias de Informação.
Equipa da Inforpacto
C
riada em 1992 pelo seu sócio
fundador José Manuel Soares de Aguiar, sedeada no Marco
de Canavezes, inicialmente a Inforpacto - Informática e Serviços, Lda,
dedicava-se à informatização de
empresas da região através da implementação de software de gestão
desenvolvido à medida.
Desenvolvendo um papel activo
na assistência técnica aos seus
clientes, foi identificando e explorando as neces­si­dades existentes
e desenvol­v endo o potencial de
crescimento da empresa. A aposta
da empresa traduziu-se então na
conquista da liderança do mercado
da região norte do país, através
do aumento e da fidelização dos
seus clientes, impondo uma gestão
de rigor e qualidade na prestação
dos serviços e na manu­tenção da
assistência necessária, na área da
informática, bem como na exigência da formação contínua dos seus
profissionais.
Em 1993, a Inforpacto desenvolveu uma parceria com a empresa
de software PMR, permitindo assim a
informatização de um maior número
de empresas.
A partir de 1999 inicia a comerci­
alização de uma marca própria de
computadores e estabelece impor­
tantes parcerias sendo actualmente
Advanced Partner PHC e SAGE
Business Partner o que permite à
empresa oferecer aos seus clientes
soluções profissionais e adaptadas
ao seu negócio.
Certificada pela Microsoft em Especialistas de Pequenas Empresas e
com Microsoft Certified Professional
(MCP) nos seus quadros, a empresa
oferece aos seus clientes serviços
prestados por profissionais com
formação especializada.
A performance alcançada é resultado da estratégia da empresa
de total enfoque nos seus clientes,
abarcando projectos de dimensões
e complexidades diversificadas,
asse­gurando com profissionalismo o
apoio às empresas, sendo pois uma
empresa versátil na sua capacidade
de adaptação às necessidades dos
clientes e de reacção às constantes
evoluções e oscilações do mercado
empresarial.
A Inforpacto procura constante­
mente a obtenção de novas oportuni­
dades de negócio que se traduzem
na criação de propostas inovadoras
e dedicadas às necessidades espe­
cíficas de cada Cliente, tem obtido
como resultado desta estratégia a
procura dos seus serviços a nível da
região norte do país e mesmo a nível
nacional, afirmando-se cada vez
mais como líder de mercado da área.
Com uma equipa jovem e dinâmica e com um crescimento de 11%
em 2013, José Aguiar pretende que
a sua empresa continue a evoluir e
a ser reconhecida no mercado. “Um
dos projectos para o ano 2014 é a
abertura de uma filial no grande Porto onde a empresa já tem cerca de
250 clientes empresariais.”, concluiu.
SOFTWARE DE GESTÃO |
PHC | SAGE | PMR | WINTOUCH
| MICROSOFT BROTHER PARTNER | DELL PARTNER | HP
PARTNER
Fevereiro I 21
I Portugal Inovador
Criação de pintos
de qualidade
Desde 1998 no ativo, a Pecuária do Marco é uma
referência no que respeita ao tratamento e à qualidade
dos pintos que cria.
Fernando Ferraz
D
esde 2001 que Fernando
Ferraz está à frente da Pecuária
do Marco. Por estar ligado à área da alimentação animal, o nosso entre­vistado
soube reconhecer o potencial desta
atividade e, como tal decidiu entrar
neste proje­to. “Pelo facto de conhecer o mercado e saber exatamente o
potencial que este tinha, apostei neste
negócio. É a qualidade do nosso
produto que nos permite chegar ao
patamar onde estamos hoje”, refere.
Negócio de excelência
Para se poderem destacar no mercado da recria de pintos, Fernando Ferraz faz questão de ter todos os cuidados
de higiene, alimentação e bem-estar
dos animais: “Desde a alimentação,
a assistência veterinária e a formação
contínua dos nossos colaboradores,
tudo isto permite que tenhamos um
pinto saudável e de qualidade para o
cliente final”, afirma o administrador da
empresa. Para melhorar ainda mais
22 I Fevereiro
todos estes fatores, em 2009 iniciaram
a cons­trução de uma nova unidade
produtiva (Centro de Recria de Rosém) e, em Março de 2011, fizeram a
primeira criação de pintos na exploração. De acordo com Fernando Ferraz:
“Foi um grande investimento privado
que nos permitiu ter mais capacidade
de produção. Contudo, a densidade
animal é por nós definida, sendo
que, podemos chegar em termos
limite aos 20 mil pintos, por quinzena”.
Com uma empresa totalmente virada
para o cliente final e que tem como
objetivo primordial inspirar confiança
nas pessoas na criação do frango caseiro, todos os cuidados são poucos.
Como tal, antes de entrar um novo
bando num dos pavilhões, “o local é
completa­mente limpo e desinfetado.
Na véspera de entrar novo bando,
ligamos o aquecimento, cuja temperatura ronda os 32 graus, nos 1ºs dias
de vida dos pintos e, todos os dias,
registamos diversas informações,
imprescindíveis ao acompanhamento
de cada bando de pintos e verificação
do seu desen­volvimento saudável.
Além disso, temos dois veterinários
com experi­ência de décadas, que nos
assistem, sempre que necessário.
Crescer de forma sustentada
Com um crescimento de 20% no
ano de 2013, a Pecuária do Marco não
quer crescer apenas nesta atividade,
dado que, a recria de pintos é uma
ativi­d ade muito sazonal, onde os
melhores meses são entre março e
setembro. Por esse motivo, Fernando
Ferraz afir­ma que, “acumulamos esta
atividade com representações na área
da alimentação animal, porque queremos crescer nas duas atividades,
não queremos depender apenas de
uma delas”. Como grande objetivo
para 2014, “pretendemos crescer de
forma susten­tada, criar novos Parceiros: Distribuido­res e Lojas, assisti-los, formá-los e incentivá-los. Se eles
crescerem, nós crescemos também”,
conclui. I
Portugal Inovador I
Manuel João
Maia Frazão,
Provedor
Cuidar com Bondade
Fundada em 1587, a Santa Casa da Misericórdia de Pernes
deriva da Confraria do Divino Espírito Santo e, posteriormente,
em 1594, da confirmação dada pelo El-Rei D. Filipe I.
A
sua missão principal consiste
na prática das 14 Obras
de Misericórdia, adaptando-as aos
tempos atuais, com a criação e dinamização de respostas e medidas
sociais, utilizando adequa­damente
os recursos existentes, por forma a
diminuir as carências das famílias
da freguesia e de todos os que nos
procuram, como realça Manuel João
Maia Frazão, o atual Provedor.
“Os nossos 51 colaboradores
são extremamente importantes para
o cumprimento desta nossa missão,
tencionamos dotá-los de compe­
tências e habilitações que possibilitem uma prestação de serviços com
mais qualidade”. Manuel João Maia
Frazão explicou-nos que, enquanto
Provedor, tem re­c ebido inúmeras
solicitações de pedido de ajuda,
tornando-se muito difícil dizer que
não, a pessoas que se encontram
em situações de grande fragilidade.
Para concretizar a sua ação, a
Santa Casa da Misericórdia de Per-
nes responde a diferentes realidades, os idosos, os jovens e os mais
carencia­dos, servindo as necessidades desta população, através das
respostas sociais de: Lar de Idosos,
com capacidade para 73 residentes,
Lar de Grandes Dependentes, com
capaci­dade para 23 utentes, Complexo de Residências Assistidas, onde
são apoiadas onze famílias, Centro
de Dia, para 4 utentes, Serviço de
Apoio Domiciliário, para 24 utentes
e Canti­nas Sociais que servem 56
refeições diárias. Para os jovens, disponibiliza ATL de verão, Residência
Universitária, com capacidade para
48 jovens e Residência Universitária
para trabalha­dores/estudantes, com
capacidade para 5 jovens.
A Instituição pretende prosseguir
com intervenções para melhorar as
condições de algumas das estruturas
existentes, quer a nível da vertente
energética e do meio ambiente, como
na construção de novos espaços para
desenvolver outras áreas sociais.
Quanto ao património, em Pernes,
o Provedor afirma querer também
desenvolver um núcleo museológico.
Em Lisboa, pretende dotar os
prédios doados, num total de 21, pelo
grande Benemérito, Sr. Comendador
José Gonçalves Pereira, localizados
nas zonas mais nobres da cidade,
de melhores condições. Atualmente,
contabilizam-se quase duzentos
inquilinos.
Em fim de conversa, Manuel Fra­
zão confessou ser fundamental para
a continuidade das boas práticas
implementadas pela Instituição, não
só o contributo dos colaboradores,
mas também dos mesários e da Fundação Comendador José Gonçal­ves
Pereira.
O nosso entrevistado deixou ainda
uma nota de agradecimento a toda a
sua equipa: “A felicidade e a paixão de
trabalhar nesta área são alimentadas
pela dedicação desta equipa com quem
trabalho e a quem agradeço”.I
Fevereiro I 23
I Portugal Inovador
50 anos de sucesso
“O futuro da impressão” é o grande lema com que
a Tipotejo se tem destacado no mercado. Situada
na zona industrial de Santarém e com quase 50
anos de existência, esta empresa foi pioneira no
seu ramo de negócio.
F
undada em 1967 por Alfredo
Mendes e mais dois sócios, a
Tipotejo é um exemplo de que não é
preciso ser grande para vencer num
mercado altamente concorrencial.
Nessa época, para se abrir uma
gráfica, tinha de ter 4 máquinas
tipográficas de impressão (2 minervas e 2 cilíndricas). Se assim não
fosse, não nos davam autorização
para iniciar a atividade. A solução,
explica o nosso entrevistado, foi
adquirir duas que não funcionavam.
Mais tarde, em 1980, já sem os dois
sócios, começa a modernização,
com a instalação do sistema de
im­pressão offset e em 2000 a con­
cretização de um sonho, com a
mu­dança para instalações próprias,
24 I Fevereiro
na zona industrial. “Somos e queremos continuar a ser uma pequena
em­presa, porque assim posso controlar de perto todos os setores de
pro­dução e servir melhor o cliente.
Rigor no cumprimento dos prazos
e uma boa relação qualidade/preço
tem sido o “segredo” do nosso sucesso, afirma o nosso entrevistado.
Desde que se iniciou a nova
fase da Tipotejo, Alfredo Mendes
decidiu que esta empresa tinha de
ser pio­neira na aquisição de determinadas máquinas, como os CTP’S
ecoló­gicos que utiliza chapas sem
reve­lação (ausência de produtos
quí­micos), em que foi a primeira
em­presa, no país a adquiri-lo. Em
2000 acabou definitivamente com
o sistema tipográfico e continuou a
modernizar a empresa. Esta firma
tem como grande lema, “o futuro
da impressão”, o que para o nosso
entrevistado é a sua grande mais-valia no mercado. Como o próprio
fez questão de referir, “este lema
tornou-se fundamental para nós,
porque num mercado extremamente competitivo, adquirir as últimas
tecnologias na área da impressão
permitiu-nos adequar a nossa produção ao tipo de mercado para o
qual trabalhamos”.
“
O rigor no cumprimento
dos prazos e a relação
qualidade/preço fizeram
com que a carteira de
clientes aumentasse”
Sem estarem especializados em
determinada área e, como o proprietário da Tipotejo refere, houve
um período em que nos focamos no
mercado bolsista, com a impressão
de ações da bolsa e títulos de valor,
que a nível de pequenas empresas,
Portugal Inovador I
“
Felizmente este ano
que passou faturámos
mais 20% do que no
ano anterior o que foi
ótimo”
eramos praticamente a única que
os podia fazer. “Produzimos um
pouco de tudo. Desde o trabalho
comercial a impressão de livros,
revistas, bro­churas, catálogos, etc.
Os nossos cli­entes, são maioritariamente, na região de Lisboa e vão
desde a indústria farmacêutica a
agências de publi­cidade”.
Para o futuro, as grandes pers­
petivas de Alfredo Mendes são as
de melhorar o serviço que prestam
aos clientes. “Felizmente este ano
que passou faturámos mais 20%
do que no ano anterior o que foi
ótimo. Neste momento os grandes
planos para o futuro são de manter
os postos de trabalho e melhorar a
qualidade do serviço que prestamos aos nossos clientes”, conclui. I
Fevereiro I 25
I Portugal Inovador
Na área das análises
clínicas, encontramos em
Santarém o laboratório
Noémia Igreja, fundado
em 1982 pela analista
clínica que o nomeou,
conta hoje com a gestão
do seu filho, Paulo
Mourão, sob a direção
técnica de Mónica
Cardoso.
Paulo Mourão, gestor
Análises Noémia Igreja
O
laboratório Noémia Igreja
situa-se na parte histórica
de Santarém, existindo desde 1946,
altura em que a profissional que
lhe dá nome iniciou o seu trabalho
como profissional liberal. A 29 de
abril de 1982, vindo a verificar-se
um crescimento no número de
postos de trabalho, impulsionado
pela maior exigência da população
na procura de um serviço rigoroso
e profissional, entendeu-se alterar a
designação social da empresa para
sociedade por quotas.
Em 1998, deu-se a transferência
de instalações do laboratório Noémia Igreja para as atuais, sendo
que pre­viamente se localizava no
lado oposto da rua, no primeiro andar de um pré­dio, um espaço mais
diminuto com pouca acessibilidade
para utentes com dificuldades de
locomoção.
Hoje, podemos aqui encontrar
uma série de serviços, sendo que
o laboratório oferece as condições
e os equipamentos necessários
para efetuar análises nas áreas
de bio­química, microbiologia, hematologia, imunologia e, também,
endocrinologia laboratorial e estudo
funcional dos metabolismos, órgãos
e sistemas. O nosso entrevistado, Paulo Mourão, garante: “Nos
serviços de análises oferecidos,
distinguimo-nos pelo rigor na execução das análises, não excluindo o
serviço de atendimento aos utentes
26 I Fevereiro
no qual temos bastante sucesso,
conforme pode ser compro­v ado
pelos inquéritos de satisfação do
utente regularmente realizados”.
Para além do trabalho em labo­
ratório, onde a qualidade é colocada
em primeiro lugar, o laboratório
aposta na relação de proximidade
para com o cliente. Como tal a empresa abriu três novos postos de
Portugal Inovador I
colheita, por forma a promover uma
maior apro­ximação aos utentes que
procuram este tipo de serviços: um
posto em Santarém (São Domingos), um segundo em Alpiarça e um
terceiro em Almeirim.
Parcerias
Esta empresa desempenha a
sua atividade no âmbito do Sistema
Nacional de Saúde, oferecendo ser­
viços em parceria com as Adminis­
trações Regionais de Saúde, ADSE,
bem como outras organi­zações de
que são exemplo a associação de
saúde dos militares das forças armadas, GNR e PSP, associações de
saúde bancárias, Portugal Telecom
e diversas sociedades gestoras de
seguros de saúde.
Paulo Mourão assume não ter
como objetivo imediato a expansão
do negócio familiar dado que, de
momento, considera o laboratório
com as condições necessárias para
prestar os serviços para os quais
está habilitado: “Para já queremos
manter a empresa como está pois,
feliz­mente, temos conseguido obter resultados muito satisfatórios,
tendo em consideração o ambiente
eco­nómico adverso atual do nosso
país”, refere o administrador, espe­
rançoso com uma clarificação na
área da saúde em Portugal. Em fim
de conversa, o nosso entrevistado
realça que, “os utentes procuram um
serviço de confiança, prestado por
uma entidade com credibilidade no
mercado”. É com essa consciência
que o laboratório Noémia Igreja coloca à disposição dos seus clientes
uma equipa de profissionais e um
laboratório altamente equipado para
efetuar todos os seus serviços. I
Fevereiro I 27
I Portugal Inovador
O seu ente querido
Com agências em Santarém e em Fazendas de Almeirim,
a Lopes & Benavente é uma agência funerária com
pergaminhos no Ribatejo. O respeito, profissionalismo e
patriotismo, são a base do seu desenvolvimento.
Carlos Lopes e Acácio Bena­vente
C
arlos Lopes e Acácio Bena­
vente, são os agentes funerários com mais experiência no
distrito de Santarém. Com 32 anos
de ligação à área, Carlos e Acácio,
já fizeram um pouco de tudo nas
agências funerárias por onde passaram. Em todas deixaram a sua
marca e o seu toque de profissio­
nalismo. Há cerca de seis anos,
decidiram abrir a Agência Funerária
Lopes & Benavente e desde então,
os resultados têm sido bastante
positivos, “o negócio está muito
acima das expectativas iniciais”,
admite Carlos Lopes. Segundo o
gerente da funerária, mais que um
negócio, este ramo tem de ser visto
como um espaço de acolhimento,
apoio e reflexão, onde as pessoas
possam desabafar e minimizar a
sua dor, “O agente funerário tem
de tirar uma radiografia imediata
à família do defunto e saber quem
são, o que querem e como devem
ser tratados. Temos de ser profissionais e ir ao encontro imediato
28 I Fevereiro
das necessidades das famílias”,
explica o gerente.
Com um serviço permanente
de 24 horas por dia e 365 dias por
ano, a Lopes & Benavente disponibiliza uma vasta gama de serviços
às pessoas. Os funerais são os
ser­viços mais requisitados, mas
tam­bém faz cremações e transladações. A documentação necessária
para o efeito, é tratada inteiramente
pela agência, de forma a atenuar as
preocupações das famílias.
Com uma média de 50 funerais
por mês, sete pessoas envolvidas
no projeto, quatro carros fúnebres
e oito viaturas de apoio, a Lopes
& Bena­vente, tem ganho uma dimensão bastante significativa na
região, existindo a preocupação
constante de elevar ao máximo o
nome de Portugal, e para tal, compra os seus produtos, unicamente
em território nacional. “Só trabalhamos com forne­cedores nacionais.
Somos patriotas. Compramos tudo
em Amarante”, afirma o gerente.
Desta forma, a empresa transmite
patriotismo e dá o exemplo a outras
atividades do país.
A formação na área é bastante
importante e para tal, esta agência
funerária, preocupa-se em estar
atenta às novidades do mercado,
ao desenvolvimento da própria atividade, às exigências das pessoas
e à situação socioeconómica do
país. “Temos contacto com agências fune­rárias de outros países
para tratar­mos do repatriamento.
Gostamos de estar em constante
sintonia com médicos legistas,
polícia e tribunais, para tornar o
negócio mais eficiente. Em relação aos produtos que temos para
os nossos clientes, preten­demos
sempre estar atentos às tendências
do mercado, e temos por exemplo
um caixão em forma de canoa. De
referir que temos ainda, um caixão
Portugal Inovador I
estilo americano, unica­mente para
exposição. Tentamos combinar da
melhor forma a quali­dade com o
preço, disponibilizando produtos
económicos”, explica Carlos Lopes.
Em relação à escolha dos caixões
para o seu ente querido, as pessoas
preferem visitar as instalações e ver
os modelos com os seus próprios
olhos. “99% das pessoas, vêm às
nossas instalações escolher. Assim
ficam mais elucidadas de tudo”,
afirma Carlos Lopes.
Para o nosso entrevistado, San­
tarém é uma cidade conservadora,
e para tal na Lopes & Benavente,
tentam ao máximo apresentar o
defunto aos seus entes queridos, da
forma mais simples possível, sem
grandes alterações, respeitando
os costumes da região e a religião
praticada, “tentamos apresentar o
cadáver à família o mais natural
possível. Para nós não é benéfico, por exemplo, maquilharmos o
defunto, ou colocarmos símbolos
religiosos, que não vão de encontro com as crenças das pessoas”,
refere.
“Trabalhamos todos os dias e
gostamos muito daquilo que fazemos. O património que temos não
foi herdado de ninguém, foi através
da nossa dedicação à atividade
que conseguimos atingir o reconhecimento. Queremos conti­nuar
a ser uma agência funerária de
referência na região”, é desta forma
que Carlos Lopes e Acácio Benavente fazem uma retrospetiva da
evolução da empresa e anteveem
o futuro da Lopes & Benavente. I
Fevereiro I 29
I Portugal Inovador
O Fio Dourado do Sol
Em Comeiras de Baixo, no concelho de Santarém, a
Fio Dourado desenvolve a sua actividade na área da
produção, embalamento e comercialização de azeite. O
seu azeite, virgem extra, de reconhecida qualidade, é
comercializado com a marca Quinta do Juncal.
O
lagar está na família há várias
gerações. “O primeiro registo relativo ao lagar data de 1896”,
refere João Vítor Mendes que, juntamente com a sua esposa, Maria
João Mendes, ambos agrónomos,
gerem a Fio Dourado. Além de
extraírem o azeite proveniente das
azeitonas produzidas nos seus
olivais, colocam à disposição de
outros olivicultores a mais avançada
tecnologia de extracção de azeite,
permitindo, mesmo a produtores em
pequena escala, obter o azeite da
sua própria produção.
A aposta na melhor tecnologia
disponível tem sido uma constante,
estando o lagar equipado com três
linhas de extracção, em contínuo,
que permitem optimizar os rendimentos em azeite e assegurar
elevados padrões de qualidade do
azeite produzido. Reflexo disso é a
fidelização dos clientes e o número
crescente de olivicultores, de praticamente todo o país, que procuram
a Fio Dourado para ali produzirem
o seu azeite.
A Fio Dourado dispõe tam30 I Fevereiro
bém de uma moderna unidade de
armazena­m ento e embalamento
de azeite, utilizada para a marca
Quinta do Jun­cal, bem como para
outras marcas.
Com seis pessoas a trabalhar
permanentemente, e com pelo
menos mais três na época de campanha, todo o processo, desde a recepção da azeitona até que o azeite
sai da Fio Dourado, é rigorosamente
controlado em cada etapa. O azeite
produzido na Fio Dourado é maioritariamente azeite virgem extra, de
elevada qualidade.
Produto de excelência
A Fio Dourado comercializa, com
a marca Quinta do Juncal, três lotes
de azeite virgem extra. O Quinta do
Juncal D.O.P. – Azeites do Ribatejo é
um lote com denominação de origem
protegida, preservando o perfil tradicional dos azeites da região, em que
predomina a variedade Galega. O
Quinta do Juncal Selecção é um lote
extra que incorpora as variedades
Galega, Cobrançosa e Arbequina.
Esta última variedade é produzida em
olivais em sebe, método de produção
do qual João Vítor Mendes foi pioneiro em Portugal. O Quinta do Juncal
Culinarium é um azeite virgem extra
mais intenso, adequado para pratos
que vão ser aquecidos.
O reconhecimento do azeite
Quinta do Juncal tem aumentado
nos mercados, quer a nível nacional,
quer em mercados internacionais.
“Expor­tamos produto embalado para
o Brasil, Canadá, Japão, Suíça, entre
outros”, acrescenta o responsável
comercial, Bento Costa. A Fio Dourado comer­cializa também azeite a
granel, para Espanha e Itália, onde é
bastante valo­rizado. “Para aumentar
a exportação, é fundamental ganhar
Portugal Inovador I
escala e criar sinergias entre os vários elos da ca­deia”, refere João Vítor
Mendes. Foi nes­­ta perspectiva que a
Fio Dourado se lançou, em 2008 num
projecto de fileira no sector do azeite,
aglutinando a vontade de vários olivicultores em aumentar a produção e a
competiti­vidade.
Tradição e inovação
A satisfação dos clientes é muito
importante para a Fio Dourado. “Para
além de olivicultores com produção
em maior escala, recebemos azeitona de muitos produtores de pequena
dimensão. É muito gratificante saber
que contribuimos para que estes
produ­tores e as suas famílias preservem as tradições de produção e
consumo do próprio azeite”, refere
Maria João Mendes.
Todos os anos a Fio Dourado recebe visitas de estudo de alunos do
ensino superior e de cursos profissionais, bem como grupos organizados
de turistas que pretendem saber mais
sobre o azeite e a sua produção.
A Fio Dourado decidiu certificar
um Sistema de Gestão Integrado da
Qualidade, Ambiente e Segurança
Ali­mentar, de acordo com as Normas
ISO 9001, ISO 14001 e ISO 22000.
“Estamos no final do processo de
certificação. Tivémos algumas solici­
tações nesse sentido e avançámos.
Assumimos um compromisso com a
melhoria contínua, com a minimiza­
ção do impacte ambiental e com a
garantia da segurança alimentar dos
nossos produtos”, salienta Ângela
Bastos, responsável pela qualidade.
“Temos capacidade tecnológica e
humana para crescer. A nossa equipa
está motivada e consciente de que
com o empenho de todos consegui­
mos manter o padrão de qualidade
que nos distingue”, refere João Vítor
Mendes.
Na Fio Dourado a tradição anda
de mão dada com a tecnologia, e
olha-se para o futuro com vontade
de fazer mais e melhor! I
Fevereiro I 31
I Portugal Inovador
Parabéns Linguacultura!
Situada em Santarém, a Linguacultura comemora
este ano o seu 50º aniversário. Este instituto de
línguas privado foi o primeiro a surgir em Portugal.
Desde então, têm passado por aqui muitos alunos,
têm sido distribuídos muitos diplomas e tem sido
lecionado o inglês, o francês, o espanhol, o alemão,
o italiano e o português para estrangeiros, de uma
forma exemplar.
C
om quase meio século de
história e com o reconhe­
cimento do Ministério da Educação,
o Instituto de Línguas, Linguacultura, está repleto de memórias. Rosa
Pinto é a atual diretora e aproveitou
a paixão que tem pelas línguas,
desde uma fase embrionária da
sua vida, e o legado deixado pelo
seu pai. “Este instituto foi fundado
pelo meu pai. Comecei desde muito
cedo a aprender inglês, francês e
alemão, portanto a minha ligação às
línguas vem desde criança”, explica
a diretora.
Para a nossa entrevistada, é
importantíssimo manter o passado
bem vivo e enaltecer o que de bom
foi feito ao longo destas décadas.
Existe uma autêntica história de
continuidade, “temos aqui avós que
muitas vezes vêm trazer os netos,
que já cá estudaram”, refere Rosa
Pinto. A par desta necessidade em
tornar intacta a tradição do instituto,
existe a vontade de inovar e de se
adaptar às tendências do ensino e
do mercado de trabalho. A Lingua­
cultura tem um leque variado de
oferta educativa, com cursos de
ano letivo, cursos para adultos,
cursos para empresas, cursos
específicos para certas áreas de
32 I Fevereiro
Rosa Pinto
atividade, como: bancários, médicos e enfer­meiros. Estes cursos
estão estrutu­rados de acordo com
o Quadro Europeu Comum de
Referência para as Línguas. As
pessoas vêm para este instituto
para enriquecimento de currículo,
outras por gosto e outras porque
têm o objetivo de emigrar.
Com uma diversidade de línguas a serem lecionadas na Lingua­
cultura, Rosa Pinto diz-nos que,
“nos primeiros anos da escola,
a língua mais importante era o
francês mas, neste momento, as
pessoas interessam-se mais em
aprender o inglês”.
Os alunos que fazem parte da
escola vão desde a idade pré-escolar ate à idade adulta. “Os mais
novos têm 4 anos e os mais velhos
entre 70 e 80 anos. Temos muitas
cri­anças, muita vida”, salienta a
diretora.
Para além das aulas nas insta­
lações do instituto, a Linguacultura
tem dado aulas em institutos superiores, empresas e escolas. Há
também a organização de visitas de
estudo a Inglaterra, peças de teatro,
atividades lúdicas, campanhas de
solidariedade, entre outras.
“Estou muito satisfeita por estar
aqui. Temos tido um crescimento
contínuo. No ano passado tivemos
um aproveitamento de 98% e nos
exames de Cambridge 100%. Tentamos sempre vencer os desa­fios.
O nosso lema continuará a ser, o
aluno em primeiro lugar”, conclui
Rosa Pinto. I
Portugal Inovador I
“Os agentes judiciários têm que
corporizar esta nova reforma”
Ramiro Matos, advogado, recentemente eleito Presidente
da delegação da Ordem dos Advogados de Santarém,
considera que a reforma ao Código de Processo Civil
tem muitas mais vantagens do que inconvenientes.
Ramiro Matos
O
Novo Código de Processo
Civil está, segundo alguns
advogados, a gerar confusão nos
tribunais por ter entrado em vigor
cedo demais e sem suficiente debate jurídico. Há ainda quem defenda
que o Novo Código não vai produzir
a mudança necessária na Justiça,
mas não é esta a opinião de Ramiro
Matos: “Não concordo com os meus
colegas quando dizem que este Código tenha sido colocado em prática
sem suficiente debate jurídico. As
reformas têm que ser feitas, não
podem ser sempre adia­das e esta
foi imposta internacio­nalmente. Os
agentes, nomeada­mente juízes,
advogados, agentes de execução,
solicitadores e outros profissionais
do direito, têm que dar corpo a esta
nova reforma e estar bem informados sobre ela. Tem que haver muito
bom senso na aplicação dos novos
princípios”, afirma.
A celeridade foi, sem dúvida,
o grande objetivo que o Novo
Código se propôs concretizar e
revela-se, entre outros, no controlo
dos prazos estabelecidos para o
juiz, na limitação dos articulados,
na inadiabilidade das audiências
e na programação da audiência
final. Estas questões, para Ramiro
Matos, foram sem dúvida alguns
dos aspetos positivos deste novo
modelo de justiça civil, porque, “vai
obrigar a uma maior especialização
da advocacia. Temos que dominar o
processo, desde o inicio, do ponto
de vista dos factos e do direito, para
prestar um bom serviço aos nossos
clientes”.
De acordo com o nosso entre­
vistado, outro dos aspetos positivos
desta reforma ao Código de Processo Civil é a contribuição que dele
pode sair para a dinamização da
economia do país, no sentido em
que, “um dos grandes entraves ao
crescimento da nossa economia
sempre foi a morosidade da Justiça,
mas com os propósitos deste Código acredito que se conseguirão
bons resultados. A justiça para ser
eficaz tem que ser rápida, salvaguardando os diretos das pessoas,
mas sem expedientes dilatórios
excessivos, o que leva, inevitavelmente, a uma maior exigên­cia
para nós e para os juízes.”, refere
Ramiro Matos. Con­tudo, o nosso
entre­vistado acredita que, “só com
o tempo, com a prática e outras
reformas, estas alterações se vão
harmonizar com outras normas
do Direito. São pormenores que
ainda não estão completamente
esclare­cidos, mas, acredito que
imperando o bom senso, a juris­
prudência tratará de resolver nos
próximos tempos, com ajuda de
todos agentes judiciários. As reformas têm de acontecer, mes­mo
que possam doer um boca­dinho.” I
Fevereiro I 33
I Portugal Inovador
Dedicação centenária
Em pleno centro histórico de Santarém, destaca-se
a centenária Farmácia Batista. Com um serviço de
excelência, em que o utente está sempre em primeiro
lugar, a farmácia continua bem próxima de si!
Maria Manuela Estevão
C
om algumas mudanças nas
infraestruturas e nos equipamentos, ao longo dos anos, a Farmácia Batista, preocupou-se sempre
em manter intacta, a sua filosofia de
trabalho. A diretora técnica, Maria
Manuela Estevão, tem sido crucial
para a manutenção da tradição
desta farmácia. Está desde 1990 no
“comando” deste estabeleci­mento e
o segredo para o sucesso é muito
simples. “Trabalho com os melhores
e dedico-me todos os dias para o
bem da Farmácia Batista. A minha
maneira de estar é esta e não irei
mudar”, afirma a diretora técnica.
Existe uma grande ligação de
empatia entre os profissionais e os
utentes. Quem cá vem, sabe que
pode encontrar a resposta às suas
34 I Fevereiro
dúvidas e depara-se com um serviço
de qualidade. “Tenho uma equipa
técnica excelente, constituída por
10 pessoas. Esta equipa já está tão
familiarizada com os utentes, que
conhece praticamente o nome das
pessoas todas, o agregado familiar,
as suas patologias”, afirma Maria
Estevão.
Os tradicionais medicamentos
continuam a ser os produtos com
mais procura na farmácia e possui
também, um vasto leque de servi­
ços. Dermocosmética, espaço para
o bebé e a sua mamã, consultas de
nutrição, podologia/ortopedia, con­
sulta do pé diabético e os habituais
serviços farmacêuticos, teste de
gravidez, colesterol, triglicerídeos,
glicemia, PSA quantitativo, hemo­
globina glicosilada, ácido úrico e
estudo da coagulação, fazem da
Farmácia Batista, um local onde as
pessoas podem tratar de si a todos
os níveis.
Numa altura em que a sociedade
se sente insegura em relação ao
futuro, é necessário um aconselha­
mento permanente e uma perspetiva positiva. Os farmacêuticos,
são cada vez mais, uma referência
para as pessoas. “Tem de existir
uma relação de proximidade com
o utente. Temos que entrar na sua
zona de conforto. Nós somos os
interlocutores mais disponíveis no
setor da saúde e aqui na farmácia
continuaremos a fazer os possíveis
para melhorar a vida das pessoas”,
salienta Maria Manuela Estevão.
A farmácia Batista, continuará
desta forma, a contar uma história
de sucesso, em terras Escala­
bitanas. I
Portugal Inovador I
Executar a lei com
profissionalismo
Teresa Marques, aproveitou a experiência que tinha
como advogada para aceder à área executiva do Direito.
A agente de execução fala-nos das particularidades da
profissão e aborda as alterações ao Código de Processo
Civil, na vertente executiva.
Teresa Marques, agente de execução
C
om um passado ligado à
advocacia e atuando hoje
como agente de execução, Teresa
Marques enaltece o importante elo
de ligação existente entre estas
duas áreas do Direito. “Enquanto
advogada estagiei na Ordem e exerci advocacia. Isto deu-me acesso
facilitado à profissão de agente de
execução”, salienta. A exigência das
novas funções e o facto de trabalhar
com situações limite para os intervenientes, fazem desta área um desafio
diário constante: “Este trabalho exige
muita entrega a nível profissional e
pessoal. Enfrentamos casos complicados, sendo que temos de entender
quem está do outro lado. Por vezes,
tratam-se de situações inesperadas
que acontecem na vida das pessoas
e que as deixam em situações dramáticas”, refere Teresa Marques.
Novo Código Processo Civil
No que diz respeito às alterações
ao Código de Processo Civil, que
entraram em vigor no dia 1 de setembro de 2013, a nossa entrevistada
eviden­cia o facto de o processo executivo ter ficado mais simples, mais
célere, trazendo alguns benefícios
para a Justiça portuguesa. “O processo exe­cutivo exige que sejamos
muito céle­res. Com a nova reforma
executiva, o processo ficou muito
mais simplifica­do: os executados têm
capacidade financeira para pagar a
sua dívida ou então o processo extingue. Esta alte­ração permite uma
menor pendência nos Tribunais e
escritórios dos AE’s de processos
irresolúveis por inexis­tência de bens
penhoráveis. Com este Novo Processo Civil passou a ser possível a penhora eletrónica do saldo bancário do
devedor, sem necessidade de despacho judicial no âmbito da execução,
através de um pedido eletrónico ao
Banco de Portugal que tem o mérito
de responder muito rapidamente É
menos um encargo judicial e mais célere. Este é um pro­cesso de grande
responsabilidade, porque não pode
haver a mínima falha. Não podemos
descurar que tem ser salvaguardado
o valor correspondente ao ordenado
mínimo nacional”, explica a agente
de execução.
Para a profissional, no processo
jurídico, todas as partes têm o seu
relevo e importância no decorrer
do processo, sendo portanto necessário o bom entendimento entre
magistra­dos, advogados e agentes
de execu­ção. Com estas alterações
ao Código, mantém-se a correlação
entre todos os agentes judiciais. “O
agente de execução é, normalmente, visto como o ‘elo mais fraco. No
entanto, é uma peça essencial na
ação executiva. Nunca tive qualquer
problema com nenhum mandatário e
nunca me senti diminuida enquanto
agente de execução”, refere Teresa
Marques.
Com a recessão económica dos
últimos anos e os problemas que
daí adviram, o trabalho do agente
de execução aumentou. Teresa
Marques espera continuar a exercer
as suas funções como sempre o fez:
“Não desejo o aumento do número
de processos, mas o que é certo,
é que vivo deles. Os últimos anos
têm sido de imenso trabalho, devido
aos créditos fáceis e ao aumento do
desemprego. Estes dois fatores, levaram muita gente a contrair dívidas
e, consequentemente, a serem alvo
de ações em tribunal”, conclui. I
Fevereiro I 35
I Portugal Inovador
Um valor seguro na região!
Em terra de escalabitanos surgiu há 23 anos a sociedade
Scalabitana de Mediação de Seguros, Lda. Com o
propósito de bem servir a população em geral.
Equipa da Scalabitana
A
Scalabitana é considerada
uma das melhores media­
doras do Ribatejo em termos de
carteira/receita processada, bem
como em termos de prestação de
serviços, com um grau de satisfação
muito elevado por parte dos seus
clientes e público em geral. Em 2013
o crescimento foi cerca de 20%, o
que foi muito bom relativamente ao
crescimento da atividade seguradora que em alguns ramos foi negativo.
“O nosso objetivo para 2014 é
conti­nuar essa tendência de cresci­
mento”, refere o gerente José Branco.
36 I Fevereiro
Os resultados alcançados só
foram possíveis devido à maneira
de estar no mercado. “Estamos
dispo­níveis a qualquer hora e em
qualquer momento, disponibilidade
reconhe­cida pelos clientes. Apostamos na formação dos nossos
colabora­d ores, pois esta é a
chave prin­cipal para o sucesso
na nossa atividade”, explica o
gerente.
Com profissionais há mais
de 20 anos “dá-nos muita segurança no desempenho das
tare­fas do dia a dia, facto por
todos re­conhecido. Para uma
melhor pres­tação alargá­mos o horário de funciona­mento de 2ª a 6ª, sem
interrupção para al­moço, e ao sábado
das 9h às 13h”, afir­ma José Branco.
“Temos muito orgulho no trabalho
que fazemos e também em termos
como clientes empresas de grandes
dimensões na nossa zona de atu­a­
ção, e que estão connosco desde o
início da nossa atividade. Para isto
acontecer, temos de estar atentos
ao mercado, prestarmos um acon­
selhamento constante aos nossos
clientes e estes agradecem e reconhecem este facto”, explica o nosso
entrevistado.
Diariamente é feito um trabalho
de retenção de clientes, onde é ofe­
re­­cido o melhor preço, acon­selhando
novas coberturas nos vários ramos.
Este trabalho é muito importante para
o cliente que fica melhor servido e a
custos inferiores.
A Scalabitana tem um contrato
de exclusividade com a Fidelidade
e “orgulha-se de, em 2012, ter sido
a melhor mediadora do centro de
mediadores de Santarém. É esta a
nossa postura no mercado que os
nossos clientes valorizam e é esta
também a razão da existência
de um mediador de seguros”,
conclui José Branco. I
Portugal Inovador I
Uma vida de entrega ao Direito
Leandro Coelho exerce desde 1980, a profissão de
Advogado. O novo Código de Processo Civil é visto com
bons olhos pelo Advogado.
Leandro Coelho, advogado
L
icenciou-se pela Faculdade de
Direito da Universidade de
Lisboa em 1978, ano em que iniciou o estágio no escritório do Dr.
Leonardo Ribeiro de Almeida, em
Santarém, frequentando em simultâneo estágio para notário no Cartório Notarial de Rio Maior. O nosso
entrevistado inscreveu-se como
Advogado na Ordem em 1980,
exer­cen­do advocacia há mais de
30 anos sem interrupção, mesmo
durante os anos em que foi membro
do Conselho de Administração de
uma Instituição bancária.
No seu escritório em Rio Maior,
o nosso entrevistado desenvolve
a sua actividade nas várias áreas
do direito, como base num atendimento persona­lizado e de ligação
de confiança com os seus clientes,
que sabem que pro­curará com a
sua experiência e conhecimento
da lei e dos processos defender os
seus direitos ou da sua em­presa,
com permanente disponibili­dade.
As suas áreas preferenciais são a
recuperação de créditos, as insol­
vências, os contratos, os divórcios,
as partilhas e a fiscalidade.
Novo Código de Processo Civil
No que diz respeito às alterações ao Código de Processo Civil,
Leandro Coelho é optimista e, na
sua opinião, esta mudança assenta
em três pon­tos-chave: mais celeridade, mais fle­xibi­lidade e mais
agilidade, sancio­nando-se a prolixidade e conferindo conteúdo útil
aos princípios da verdade material,
da cooperação judicial e ao primado
da substância sobre a forma, nomeadamente através do controlo
dos prazos estabelecidos para o
juiz, da limitação dos articulados,
do incremento do princípio da oralidade, da tendencial inadiabilidade
da audiência final, do dever do Juiz
adequar a tramitação processual às
especificidades da causa. Sendo
certo que o primado da substância
sobre a forma favorece a ligação do
advogado com o cliente, que procura a realização dos seus direitos.
“O nosso processo civil estava
a precisar de algumas mudanças”.
O nosso entrevistado considera
que o novo Código de Processo
Civil vem quebrar regras e hábitos
pro­cessuais tornando o processo
mais eficaz e compreensível pelas
partes, sem subverter os princípios
estrutu­rantes do processo civil,
como a proi­bição de autodefesa e o
acesso aos tribunais, o dispositivo,
a igualdade das partes, o contraditório, a coope­ração e boa-fé entre
as partes e a ges­tão processual.
Para Leandro Coelho é essencial a adaptação rápida a este
novo Código: “por exemplo, quando
pre­paro uma petição inicial, uma
contes­tação, ou um julgamento,
tenho que faze-lo de uma maneira
diferente daquela que fiz ao longo
de mais de 30 anos”.
O nosso entrevistado considera
que o sucesso do novo Código
depen­d erá, acima de tudo da
forma como os advogados e os
juízes interiori­za­rem as alterações
introduzidas o que implica, necessariamente, uma altera­ção de mentalidades, na forma como vemos e
aplicamos o Processo Civil. I
Fevereiro I 37
I Portugal Inovador
A Flamma que não se apaga!
A farmácia Flamma Vitae foi fundada em 1931, na
freguesia de São Salvador, em Santarém, tendo sido
transferida para o local atual – freguesia de São Nicolau
em 2009. Esta farmácia prima por ser eficiente e por
garantir um atendimento ao público de excelência.
Equipa da Flamma Vitae
O
nome Flamma Vitae surge
do latim. Em português,
Chama da Vida. É com esta filosofia,
que a Flamma está bem presente na
vida dos Escalabitanos, sendo um
ponto de referência e um local de
conforto para os seus utentes.
A sua diretora técnica é Maria
Arlete, e conta-nos como surgiu o
gosto pela profissão e a abertura
da própria farmácia, “ sempre tive o
gosto do contacto com o público. Abri
uma farmácia numa aldeia em que
foi uma experiência fantástica. Nesta
farmácia fazia um pouco de tudo,
veterinária, enfermeira, con­selheira.
Em 1992, tive a oportu­nidade de
adquirir esta farmácia em Santarém,
explica a nossa entre­vistada. Após
esta mudança, a carga horária da
diretora técnica foi quase que duplicou, o que exigiu um grande esforço
e dedicação à causa farma­cêutica.
38 I Fevereiro
Com oito pessoas a trabalhar,
o diálogo com os utentes tem de
ser o mais cuidado possível e ir
de encontro com as pretensões
das pessoas. “As pessoas pedem
aconselhamentos de praticamente
tudo e nós temos de estar sempre
disponíveis a tirar todas as dúvidas
aos utentes”, afirma a diretora
técnica. Os produtos são os mais
variados, desde os tradicionais
medicamentos, a produtos para
bebé, a produtos de estética, entre
outros. Existe sempre o objetivo da
Flamma estar atenta à indústria
farmacêutica e às tendências do
mercado. “Com alguma frequência
a farmácia adere a programas/
cam­panhas de apoio a várias insti­
tuições tais como AMI, Valormed,
formação dirigidas a estudantes e
mediação através da importação
direta de medicamentos vindos
do estran­g eiro, com a devida
autori­zação do Infarmed (sem fins
lucrativos)”salienta a nossa entre­
vistada.
Os serviços prestados pela
Flamma Vitae são: dispensa de
medicamentos ao balcão e ao
domicílio, produtos ortopédicos,
homeopáticos, fitoterapia, dermo­
cosmética, puericultura medição
da tensão, vacinação, administração de injetáveis, análises várias,
mani­pulados, nutrição, entre outros. A filha da diretora técnica é
a nutricionista, e demonstra aos
utentes os cuidados alimentares
que têm de ter para uma boa qualidade de vida. Na farmácia existe
também uma enfermeira.
Em relação ao futuro a Flamma
Vitae continuará “a garantir o bem-estar dos seus utentes e a dar
um apoio essencial a quem mais
precisa”. I
Portugal Inovador I
“As alterações continuarão
a acontecer”
Advogado desde 1986, João Ferreira, é dos profissionais
com mais pergaminhos na comarca de Rio Maior.
Contamos com a sua experiência e sabedoria para nos
falar das novas alterações ao Código de Processo Civil.
João Ferreira
C
om quase 20 anos de
exercício da profissão, o advogado João Ferreira está rendido
à advocacia, “gosto muito de ser
advogado e não me imagino a fazer
outra coisa na vida. O balanço que
faço da minha carreira é positivo,
porque temos a sensação que conseguimos deixar uma marca na vida
das pes­soas”, refere o advogado.
Apesar de estar mais focado na
área criminal, João Ferreira tem algum trabalho desenvolvido na área
do Processo Civil, transmitindo-nos
algumas conclusões positivas das
recentes alterações: “Acabou-se
com os processos sumários e
sumaríssi­mos. A existência de uma
audiência prévia, antes da audiência
final veio dar uma maior elasticidade
ao sistema. Baseando-se mais na
oralidade, as pessoas discutem os
problemas pessoalmente, o que
torna as coisas mais práticas e facilita a questão dos litígios”, explica
o advogado.
Para João Ferreira, ainda estamos em processo de assimilação
de ideias, sendo que na justiça tudo
leva o seu tempo: “Os resultados
das alterações ao Código só se
começam a sentir passado dois ou
três anos”, explica.
Segundo o advogado, o ponto
fulcral de todo o processo reside
na magistratura e na forma como
os magistrados encaram estas
novas realidades: “Em relação aos
magistra­dos, a principal alteração
que verifico, é ser-lhes dado um
prazo de 30 dias para decidir a
sentença. Considero útil, assim os
processos são resolvidos mais rapidamente. O que fará a diferença
é a forma como os juízes vão gerir
o processo civil. Se continua­rem
com hábitos antigos, não haverá
grandes diferenças, mas se tirarem
o melhor proveito das virtualidades
do processo, as alterações serão
mais eficazes”, refere João Ferreira.
A boa relação entre todas as partes envolvidas no processo jurídico
é crucial, para tal é fundamental
existir uma adaptação às circunstâncias de cada caso. De acordo
com João Fer­reira, é necessário
um trabalho paci­ente e elaborado
e há certos aspe­tos que os clientes
não conseguem enten­der: “É muito
difícil explicar-lhes, por­que é que os
processos se arrastam tanto tempo
em tribunal”, afirma.
Outros aspetos abordados pelo
advogado, estão relacionados com
os recursos de cada processo, onde
se permite que na segunda instância se discuta matéria de facto e se
façam as alterações necessárias,
evitando assim que a matéria seja
reenviada para a primeira instância e
tudo seja novamente julgado. Assim
é proferida a decisão final, sendo
mais prático todo o processo.
“No futuro, vai continuar a haver
reformas no Processo Civil, mais
ou menos de dois em dois anos,
porque vai continuar a chegar-se à
conclusão que o sistema não funciona, está emperrado. Há milhões de
processos no tribunal, portanto existirá a necessi­dade constante de se
alterar sempre qualquer coisa para
acelerar todos os processos”, é esta
a perspetiva de futuro do advogado
João Ferreira. I
Fevereiro I 39
I Portugal Inovador
Carla Ferreira e Tânia Coelho
Refúgio de ouro
Na pacata freguesia de Almoster, pertencente ao
concelho de Santarém, existe um autêntico oásis para
os mais idosos. O lar Golden Haven está, desde 2006,
a tomar conta de si!
N
o lar Golden Haven respira-se
tranquilidade! O lar está
distanciado dos grandes centros
urbanos e privilegia o contato com
a Natureza, o que o torna um local
terapêutico para os seus residentes.
Preocupa-se em dar uma resposta
eficaz para qualquer tipo de necessi­
dades dos idosos: “Investimos muito
no espaço para proporcionar uma
grande comodidade aos residentes,
mas o que nos, realmente, preocupa, são as relações humanas que
estabelecemos com as pessoas”,
explica Carla Ferreira - diretora
técnica do lar.
Os idosos são a grande maioria
dos residentes deste espaço, mas
também residem pessoas mais novas com alguma dependência. Há
40 I Fevereiro
residen­tes de Santarém e de algumas cidades das proximidades. O lar
tem capa­cidade para 49 residentes.
As mais-valias do local são infin­
dáveis, mas destacam-se a humani­
dade, a proximidade e o conforto.
“Há cerca de um ano, começámos a
fazer apoio domiciliário. Reduzimos
o preço das mensalidades para conseguirmos dar resposta ao máximo
de pedidos possível. Para a qualidade que pro­porcionamos (contamos
com mais de 20 colaboradores que
integram uma equipa multidisciplinar, composta por fisioterapeutas,
enfermeiros e médicos), temos preços económicos”, explica a diretora.
Para ocuparem o seu tempo, os
residentes têm algumas atividades
disponíveis. Visualização de filmes,
jogos de estimulação, ginástica,
jogos de rua, passeios, entre outros. “Eles gostam mais de tudo o
que lhes faça pensar, por exemplo,
sopa de letras, palavras cruzadas,
jogo das adivinhas. Organizamos
também passeios para os idosos.
Por exemplo, recente­mente, fomos
até Peniche, mas é muito importante termos em atenção que alguns
idosos têm maiores problemas de
mobilidade”, explica Tânia Coelho,
assistente social do Golden Haven.
O horário de visitas diário, e por
uma questão de norma, está fixado
das 15 às 17.30, no entanto o Lar
permite uma maior flexibilidade do
mesmo, proporcionando aos familiares uma abertura permanente do espaço, sempre que eles o pretendam.
No futuro, “vamos tentar alargar
ainda mais o nosso servi­ço. Que­
remos continuar a oferecer cada
vez mais qualidade. Queremos que
as pessoas que aqui residem, se
sintam na sua própria casa”, conclui
Carla Ferreira. I
Portugal Inovador I
A imobiliária que lidERA!
A imobiliária em que mais portugueses confiam, está
presente em Santarém, com resultados bastante positivos. A ERA Santarém já tem para venda, mais de 1000
imóveis.
A
partamentos, moradia,
quintas, lojas, armazéns
e terrenos, têm marca ERA em Santarém. Os imóveis que esta imobiliária
possui não param de aumentar e o
negócio tem tido uma evolução positiva, à imagem do que acontece no
resto do país com a ERA. “Em Santarém, como no resto do país, este
negócio tem sido, na generalidade,
positivo. Aqui, bene­ficia­mos com a
proximidade a Lis­boa”, explica João
Pimenta, diretor comercial da loja
ERA Santarém. Em termos nacionais,
150 mil pessoas confiam a casa à ERA
e já existem cerca de 170 lojas espalha­
das por todo o território nacional. Em
termos internacionais, a ERA está
presente em mais de 50 países.
Em Santarém o principal target,
onde existe um maior número de vendas, é a área residencial. Mas a nível
comercial, industrial e agrícola, também
existem vendas.
Na ERA Santarém trabalham
sete colaboradores comerciais, uma
administrativa, um diretor comercial
e a gerente Isabel Leão. “O que nos
difere da concorrência é o espírito de
equipa. Aqui não há vedetas, todos têm
o seu grau de importância. Funcionamos como uma alcateia na venda, ou
seja, ao sermos unidos, so­mos mais
eficazes”, salienta o diretor comercial. De salientar ainda que, neste
mesmo ano, a ERA Santarém ficou
em primeiro lugar no grupo de lojas
do Oeste Ribatejo.
A mediação imobiliária em regime
de exclusividade e em não-exclusi­
vidade é uma realidade nesta imobi­
liária. Na exclusividade, com um pa­
cote de serviços e de investimento em
marketing superior, um acompanha­
mento constante com compromisso
de serviço verbal e escrito. A não
exclusividade tem um nível de serviço
inferior, não tem uma dimensão tão
marcante na empresa, mas também
é solução. Outro ponto de destaque
da ERA Santarém, é a formação
constante e o recrutamento que fazem de novos profissionais: “Temos
um programa de formação anual
da ERA Portugal, onde existe uma
formação teórica em sala e depois
acompanha­mento prático na rua até
as pessoas estarem prepara­das. Há
a necessi­dade de incutir nas pessoas
que, se querem vir para aqui, têm de
ter um espírito empreendedor muito
grande”, afirma o nosso entrevistado.
Esta imobiliária preocupa-se
em prestar sempre um serviço de
quali­dade e em proporcionar novas
solu­ções aos seus clientes. Um projeto inovador que surgiu, foi o Casa
Pronta ERA. “Através deste projeto
as pesso­as podem construir a casa
dos seus sonhos em 12 meses,
completa­mente de raiz e com o orçamento acordado. A nível nacional,
foram feitos em 2013, mais de 100
contratos Casa Pronta ERA”, refere
João Pimenta.
Para João Pimenta, as perspetivas do futuro são realistas e ao mesmo tempo ambiciosas: “As pessoas
que têm dinheiro percebem esta é
uma boa altura para investir, os preços são muito bons. Pretendemos
aumentar a nossa equipa de trabalho
e continuar a conquistar um lugar
meritório na região”, conclui. I
Fevereiro I 41
I Portugal Inovador
“A grande batalha que
teremos que vencer:
regulamentar a atividade”
Vera Azevedo
Administradora
de condomínios
42 I Fevereiro
V
era Azevedo, licenciada em
Ciências da Comunicação, com
especialização em Marketing, é uma das
vozes que defendem a melhoria e a clarificação da atuação das empresas e do
setor de administração de condomínios.
A profissional considera que são várias
as falhas que hipotecam a gestão rigorosa e cuidada do parque habitacional
português. “A falta de regulamentação
e exigência do cumprimento das regras para todos os intervenientes no
mercado é gritante, alimentando a falta
de qualidade do serviço prestado por
algumas empresas que nem sempre são
cumpridoras. Criando um clima de descredibilização da nossa função perante
o mercado e os condóminos. Esta é
uma função muito exigente e que nem
sempre é reconhecida, mesmo quando
é meticulosamente desempenhada.
Essa é a grande batalha que teremos
que vencer: regulamentar a atividade”.
Presença assídua em colóquios
e sessões de discussão dos documentos apresentados ao longo dos
anos, com vista à regulamentação da
atividade, entre vários pontos discutidos,
Vera Azevedo considera, “essencial a
obrigatoriedade de ser atribuída a responsabilização civil e um alvará (com
obrigatoriedade de formação atualizada
para todos os elementos da equipa nas
suas diversas valências), assim como
um código de ética que reja a sua atuação. São elementos base que poderão
impulsionar inúmeras vantagens. Outra
das condições que considero fundamental passa pela obrigatoriedade de
os condomínios apresentarem, perante
uma entidade credenciada, o relatório
de contas, devidamente aprovado em
assembleia. O condomínio é uma entidade jurídica equiparada a uma entidade comercial, como tal é necessário
apresentar uma previsão das contas, por
forma a prevenir eventuais fugas. Esta
medida seria uma salvaguarda para todos
os condóminos”.
Assumindo a função de gestora de
uma empresa de administração de condomínios, sediada na Grande Lisboa,
a profissional considera urgente a necessidade de criação de uma entidade
autónoma que fiscalize o setor de forma
construtiva, “uma entidade independente
que promova a transparência e que colabore com as empresas, no sentido
de levarmos a bom porto todas estas
intenções, não de uma forma penalizadora, mas de colaboração, de construir
e não de destruir o que muitas vezes é
erguido com muito esforço e dedicação.
A essa entidade poderia estar também
atribuída a função de formar e de definir
o perfil de administrador de condomínios.
Parece-me utópico pensar na criação de
um instituto profissional que forme para
o setor, dado que esta é uma atividade
muito abrangente e complexa que exige,
para além de competências técnicas,
um espírito de bom senso e dedicação
muito forte”.
Apologista da necessidade de
preservação e manutenção dos edifícios,
mesmo perante conjunturas difíceis, Vera
Azevedo alerta: “Não podemos hipotecar
o futuro com a vontade de fazer uma
poupança imediata. Há poupanças que,
necessariamente, nos trarão prejuízos.
As pessoas assumem que este serviço,
facilmente, pode ser executado por
qualquer pessoa. Mas que questiono:
Quando comprou a sua casa foi a única
que visitou até tomar a decisão final?
Não... As pessoas compram uma casa
para a vida, escolhem aquela onde se
sentem melhor. Mas, a partir do momento
da compra esquecem-se que precisam de
escolher uma entidade credível que cuide
desse bem. Porque não abrir o leque de
possíveis escolhas também no âmbito das
empresas de gestão de condomínios?”,
conclui. I
Portugal Inovador I
Administração com
cunho empresarial
H
á 13 anos presente no mercado, esta empresa abarca
a gestão de condomínios habitacionais, sem grandes especificidades,
condomínios privados, centros empresariais e comerciais. “Focalizamos uma grande parcela do nosso
negócio no concelho de Vila Franca
de Xira. As pessoas desta área
residencial estão disponíveis para
colaborar na promoção da saúde do
seu condomínio, sendo no entanto
uma dificuldade extrema investir
na manutenção preventiva, uma
realidade que penso ser transversal
de Norte a Sul do país. Os condóminos nem sempre acreditam no
benefício do investimento ao nível
preventivo, preferem atuar em cima
do acontecimento, sem consciência
que perdem qualquer poder de
negociação”. Hoje, os orçamentos
anuais do edifício para cálculos de
quotas, têm que ser o mais reais
possível, sendo que, em determinados casos só se consegue atuar por
via da obrigatoriedade legal. “Creio
que as pessoas nem sempre estão
conscienciosas dos riscos que correm. Na questão dos elevadores,
por exemplo, é mais fácil promover
a manutenção, porque corre-se o
risco de ficar sem esse serviço.
Neste caso, há uma consciencialização impulsionada pela obrigação.
Se tivéssemos uma fiscalização no
âmbito das outras componentes do
condomínio, a atuação das pessoas
tenderia a mudar”.
Vera Azevedo, administradora
da Global Póvoa, adianta: “Entendemos que a cobertura de um
edifício é tão importante quanto os
alicerces do mesmo, sendo que,
como não está visível, tende-se a
desvalorizar. Foram necessários
vários anos para incutir e mentalizar
as pessoas para essa necessidade,
mas é com muito orgulho que per-
A Global Póvoa atua no âmbito da administração de
condomínios na região da Grande Lisboa, com destaque
no concelho de Vila Franca de Xira.
Equipa
da Global
Póvoa
cebo que esse tema já não é sequer
discutido. Desta forma, todos os
anos, fazemos uma inspeção aos
telhados e, habitualmente, detetamos problemas que conseguimos
controlar em tempo útil”, explica
em conversa com a revista Portugal
Inovador.´
A Global Póvoa faz a administração dos imóveis contando com
os serviços de uma equipa de
limpeza e de manutenção básica
integrada. Recorrendo a uma
panóplia de parceiros que, “por uma
questão de transparência, colaboram diretamente com o condomínio.
Determinados serviços requerem
ser realizados por empresas especializadas, outros não, mas por
uma questão de salvaguardar os
interesses dos próprios condóminos, prefiro que seja uma empresa
especializada a fazê-lo”.
nicho de mercado. Considero ser
um trabalho mais gratificante, pois
temos margem para aplicar os nossos ideais ao nível, por exemplo,
do manual de procedimentos de
autoproteção e segurança contra
incêndios. Estamos a ultimar a entrada num novo centro em Lisboa,
um projeto que acompanhamos e
introduzimos no condomínio desde
há três anos. É importante perceber
que os esforços que fizemos estão
agora a dar frutos e tivemos a oportunidade de implementar aquilo que
consideramos importante não para
nós mas para os clientes”, conclui.I
Mercado empresarial
Vera Azevedo está atenta às
necessidades do mercado e tem em
mente a criação de um projeto direcionado para o setor empresarial.
“Oferecendo um projeto global ao
nível da gestão, limpeza e manutenção quero atuar junto deste
Tel.:21 959 1181
Tlm.:96 399 0240
Fax:21 959 7974
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Centro Empresarial da Póvoa de Santa Iria
Rua Quinta da Piedade,
lote Q/R Sector III Rch
2625 - 172 Vila Franca de Xira
Fevereiro I 43
I Portugal Inovador
“Reabilitar é um
investimento”
A TMGest é hoje uma empresa de administração de
condomínios, de cariz familiar, com um nicho de
mercado fidelizado por via do trabalho desenvolvido.
Equipa da TMGest
Q
uando Jorge Pinto decidiu,
em 1996, dar continuidade
ao projeto impulsionado por uma
sociedade de advogados da cidade
do Porto, desde logo percebeu a
complexidade desta área de negócio: “A administração de um condomínio abrange muito mais que os
processos de gestão em si. É uma
entidade anónima que precisa de
ser defendida e que exige uma fiscalização cons­tante por parte de uma
instituição independente que acorra
em situações de emergência e planeie a melhoria da sua eficiência e a
rentabilidade dos seus equipamentos
elétricos”.
Regulamentação?
“Em 1996, encontrei um mercado
44 I Fevereiro
diferente do atual. A proliferação
de empresas tornou-o mais selvagem e hoje a guerra de preços
e os interesses desmedidos estão
implantados”, aponta.
Apologista da regulamentação
deste setor, Jorge Pinto mostra-se,
no entanto descontente perante a
possibilidade de uma futura legislação ser castradora e restritiva:
“Vivemos num mercado livre onde
todos têm a oportunidade de desenvolver o seu negócio. Não é preciso
ser-se cate­drático para administrar
condomínios. O empenho, a dedicação e o estudo são fatores mais
importantes, como tal, estou de
acordo que se legisle, mas em bases mínimas. As em­presas têm que
ter liberdade de ação e de iniciativa
para poderem caminhar em direção
ao futuro”.
Informar para Reabilitar
Apoiado pela sua experiência ao
longo dos últimos 18 anos, Jorge
Pinto é peremtório: “A crise não
interfere na manutenção. Se existir
informação, ética e transparência
as pessoas aderem à necessidade
de intervir preventivamente. Como
a ética não é difundida na formação
das pessoas, surge a necessidade de regulamentar. Por força do
abandono da população que vivia
nos centros das cidades para as
periferias, as construções antigas
estão deterio­radas, enquanto que
as mais recen­tes apresentam graves
falhas estru­turais, fruto do boom da
Portugal Inovador I
cons­trução ocorrido nas últimas décadas. A construção e a qualidade
dos ma­teriais utilizados interferem no
tempo de vida dos edifícios. Até nas
infraes­truturas de água e gás se verificam graves problemas! As redes
de gás necessitam de ser muito bem
con­troladas, são autênticas bombas
dentro dos prédios! Deveria ser obrigatória uma vistoria geral regular ao
condomínio, à semelhança do que
acontece com os elevadores, e não
apenas quando existe uma mudança
de proprietário”.
A TMGest promove a manutenção preventiva dos edifícios. Para
esta empresa, “o conceito do condomínio, assenta em dois baluartes
funda­mentais: é necessário estipular
um orçamento não especulativo,
Bazar Brochado
O Bazar Brochado é a
mais recente obra de reabilitação impulsionada pela
TMGest. Com uma ligação
afetiva a este emblemático
espaço comercial da cidade
do Porto, Jorge Pinto pretende homenagear a memória
do pai, Casimiro Alberto Jorge
Pinto, fundador do espaço, e
devolver ao centro histórico
da cidade invicta, “uma das
lojas de modelismo mais
antiga e prestigiada no país”.
mas que não descure, entre outras
tarefas, a higienização, ventilação
e manu­tenção anual das cisternas
ou a vistoria dos sistemas de águas
residuais nas pré-épocas de chuva.
São serviços básicos que deveriam
constar de qualquer orçamento ou
proposta de administração”, defende.
Apostando na (in)formação dos
seus condóminos, a empresa tem
conseguido bons resultados, através desta relação de confiança. “A
habitação é o investimento de uma
vida, é um bem de longo prazo que
não desvaloriza se for devidamente
preservado. Nos dias que correm,
em que crise económica impulsiona
a desvalorização dos imóveis, o seu
aspeto degradado contribui ainda
mais para a perda do seu valor de
“
Deveria ser obrigatória uma vistoria geral
regular ao condomínio,
à semelhança do que
acontece com os elevadores, e não apenas
quando existe uma mudança de proprietário”.
mercado”, reforça Susana Pinto.
Com uma carteira composta
por 50 edifícios todos situados na
região do Grande Porto, a equipa
da TMGest não prevê alargar a sua
área de abrangência. “Os condóminos apre­ciam o nosso serviço de
proximidade. Felizmente, temos uma
administra­ção familiar coesa que
tem criado uma forte relação com os
clientes. Há um sentido de continuidade que ga­rante segurança”, afirma
o admi­nistrador.
Sem grandes planos de cres­
cimento, Joel Pinto pondera a fusão
da TMGest com a Tricontinental –
empresa pertencente à família –, por
forma a homogeneizar a sua forma
de atuação mesmo que direcionada
para diferentes nichos de mercado.
Hoje, Susana e Ricardo Pinto
acom­panham o pai na gestão do
quo­tidiano da TMGest, estando
prevista para a breve a mudança
para nova instalações, assim como a
abertura de uma delegação no Porto.
“Pre­serverança, atitude e fiabilidade”,
dizem, são os valores que regem a
sua conduta. I
Para já todos os artigos podem ser apreciados na loja
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Fevereiro I 45
I Portugal Inovador
Pedro
Correia
Administrar com
Formação
Pedro Correia e Anabela Figueiredo representam,
desde 2007, o Sítio dos Condóminos.
O Sítio dos
Condóminos:
Q
uando entraram neste ramo
de ativi­dade, os nossos entrevistados fo­ram confrontados com
um senti­mento de desconfiança,
promovido por casos de incumpri­
mento de empresas do ramo. “Esses
episódios ainda perma­necem no subconsciente das pessoas e preju­dicam
todo o setor. Muitos condó­minos optaram por fazer administração interna,
mas não têm os conheci­mentos e a
experiência necessária e as dificuldades acabam por aparecer”, explica
Pedro Correia.
Para prevenir a ocorrência destes casos, o nossos entrevistados
apoiam a criação de uma legislação
espe­cífica: “A atividade de mediação
imobiliária foi regulamentada, sendo
nós uma atividade semelhante qual
a razão para não merecermos a
mesma atenção? Muitas empresas
de admi­nis­tração de condomínios
advêm, nor­malmente, de atividades
como as limpe­zas e a contabilidade.
No en­tanto, consideramos que o
condomínio é um todo que exige um
conhecimento pluralista”.
Deste modo, a definição do perfil
de administrador de condomínio deveria ser validado. “Como? Através
da prestação de uma prova, tendo em
consideração conhecimentos gerais
nas áreas da construção, vertente
jurídica, competências financeiras,
etc., obrigando a uma credenciação e
46 I Fevereiro
- Não pede orçamentos a presta­
dores de serviços incluíndo uma percentagem de lucro em proveito próprio;
- Não celebra contratos anuais com
condomínios: “Sempre que a relação
não for benéfica para ambas as partes,
finaliza-se a prestação de serviço sem
qualquer tipo de encargo”;
- Não cobra ações em curso nos
Julgados de Paz: “Consideramos que
isso faz parte das nossas funções, no
âmbito dos nossos honorários”;
- Não apresenta orçamentos subavaliados como estratégia de “entrada”
nos condomínios.
a uma formação adequada”, defende.
Mesmo sem essa obrigatoriedade, o Sítio dos Condóminos presta
inúme­r os serviços apoiados na
formação dos seus administradores.
“Esta atividade requer uma aprendizagem constante. Não se pode supervisionar sem primeiro saber como
se faz”, garante Anabela Figueiredo.
“Desde elaborar o orçamento, ativar
um seguro, acom­panhar o jardineiro,
controlar as inspe­ções de gás e o
tratamento das pisci­nas, por exemplo, temos que ter conhe­ci­mentos
para controlar se o trabalho está a
ser bem elaborado. Nesse sentido,
vimo-nos obrigados a fazer inúmeras formações para avaliar a melhor
situação em defesa dos interesses do
condomínio”, defende.
“A formação e a ética profissional
são os dois vetores que regem a
nossa conduta. Trabalhando através
de parcerias, quando apresentamos
um orçamento promovemos um diálogo aberto com os condóminos e,
re­conhe­cendo que eles desconfiam
das empresas da nossa área, incentivamo-los a participar, ativamente, no
dia a dia do condomínio, sendo, por
exem­plo, titulares da conta bancária”,
explica Pedro Correia
Manutenção vs. Justiça
Caldas da Rainha, à semelhança de outras cidades portuguesas,
apre­senta uma construção erigida,
maiori­tariamente, nos anos 80 que,
“começa a revelar patologias que vão
muito para além do envelhecimento
natural”. O legislado no Código Civil
obriga a uma manutenção preventiva
dos edifícios de oito em oito anos,
“mas a verdade é que ninguém cumpre. Antes optam, sempre em último
caso, pela manu­ten­ção curativa”.
Segundo Pedro Cor­reia, “é quase
impensável intervir de forma preventiva. Os condóminos enten­dem que o
pagamento da quota do condomínio
não é prioritário, à semelhança da
fatura da luz e da água e, face às
dificuldades, deixam de pagar as
suas quotas”.
Estando sempre sujeitos ao entendimento dos juízes, o Sítio dos
Condóminos defende-se de possíveis
incumprimentos, restringindo a sua área
de atuação à região Oeste. “Tentámos
ficar na zona de intervenção do Julgado
de Paz, pois a celeridade dos pro­cessos
é maior, no entanto temos con­
domínios na Lourinhã e em Peniche,
onde ainda é necessário recorrer aos
tribunais, facto que dificulta a nossa
atuação”, conclui Pedro Correia. I
Telf./Fax: 262 838 434
Telm: 962 432 181
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www.sitiodoscondominos.pt
Praceta António Montez, 2-A
2500-112 Caldas da Rainha
Portugal Inovador I
Vanda Oliveira
lidera o Grupo Ideal,
disponibilizando uma oferta
integrada no âmbito da
contabilidade, administração
de condomínios e seguros.
“É necessário
precaver o futuro”
sica, que promovem a reabilitação
urbana e a eficiência energética das
localidades. Prestámos uma sessão
de esclarecimento junto de empre­
sários de construção civil, no intuito
de informar sobre os apoios exis­
tentes para a reabilitação urbana e
encorajar os proprietários de edifícios
degradados a reabilitá-los”.
T
écnica oficial de contas,
Vanda Oliveira deu início à
IdealConta, prestando serviços de
contabilidade, apoio a recursos humanos e projetos de financiamento.
Em 2008, a nossa entrevistada
decidiu assumir a lideran­ça de uma
empresa de administração de condomínios, incentivada pelo clima de
insatisfação e desconfiança rei­nante
em torno do setor no concelho da
Lourinhã. “Não tendo conheci­mentos
práticos da comple­xidade de viver
em propriedade horizontal, procurei
uma legislação que me apoi­asse
e foi com surpresa que verifiquei a
sua inexistência. Ainda hoje temos
que recorrer à legislação avulsa que
consta no Código Civil”, introduz.
Tra­balhando em exclusivi­dade no
con­celho da Lourinhã, a IdealCon­
domínio verificou um cres­cimento
célere e sustentado, con­tando atualmente com uma carteira de 90
edifícios.
Mais recentemente, o Grupo inte­
grou a IdealSeguros, dada a neces­
sidade de encontrar uma parceria
no âmbito dos seguros direcionados
para a propriedade horizontal. “Contactei uma companhia que dispõe de
segu­ros para partes comuns e, não
haven­do nenhum mediador no concelho, fui convidada para ser mediadora dessa companhia”, esclarece.
IdealCondomínio
“A administração de condomínios
é um setor complexo que exige uma
grande gestão financeira e ética profissional. Neste momento, temos um
processo em tribunal contra uma empresa que usurpou verbas de alguns
prédios e contraiu dívidas com as
empresas de manutenção de eleva­
Vanda Oliveira
dores. As consequências ten­dem a
recair sobre os condóminos. É uma
questão complicada e incomoda-me
a falta de ética que se verifica no
mercado”.
Meticulosa na estruturação dos
orçamentos, Vanda Oliveira tem conseguido incutir nos seus condó­minos
a necessidade de precaver o futuro.
“Apesar desta herança pesa­da, já
temos alguns prédios com con­tas
poupança. Conquistámos uma boa
imagem e somos bem referenci­ados,
facto que leva a que sejam os condóminos a procurarem-nos”.
Por forma a travar as más práticas acima referenciadas, a nossa
entre­vistada defende a aplicação de
uma legislação específica no setor.
“Como TOC, prezo o cumprimento da
lei, no entanto qualquer pessoa pode
montar um negócio nesta área e, na
Lourin­hã, são recorrentes os casos
de in­cum­­primento. Sou apologista da
cria­ção de uma carteira profissional,
pro­posta que já apresentei junto das
entidades superiores, nomeamente
o INCI”.
Reabilitar
Enquanto membro ativo na comu­
nidade, Vanda Oliveira procura que
o trabalho das entidades onde está
inserida, seja mais efetivo no âmbito
da renovação do património da vila.
“Existem apoios, como o fundo Jes­
Rigor na atuação
A IdealCondomínio disponibiliza
serviços de limpeza e manutenção
aos condomínios e aos condóminos.
“Não existe uma obrigatoriedade
de contratação destes serviços nos
condomínios que administramos,
esses podem ser realizados por ou­
tras empresas, no entanto exigimos
que esses prestadores de serviços
passem fatura”.
Sempre que surge a necessidade
de investir na manutenção preventiva
de um edíficio, a equipa da IdealCon­
domínio, “não dá início às obras sem
obter 95% do valor total. Temos muita credibilidade no mercado por promovermos esta prática, facto que nos
atribui um forte poder de negociação
junto dos fornecedores”, esclarece.
Atuando num setor muito con­
correncial, Vanda Oliveira tem cons­
ciência que as empresas que surgem
no mercado apresentam preços muito competitivos por forma a cativar
o público: “É uma prática que não
me incomoda. Não queremos ter o
monopólio do negócio e ganhamos
todos se cooperarmos uns com os
outros”. I
Telf.: 261 423 629
Telm: 912 182 093
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www.idealcondominio.com.pt
Alameda Nuno de Brion
Bloco C - Loja 5 - Lourinhã
Fevereiro I 47
I Portugal Inovador
“A casa começa na
entrada do edifício”
A ADM Condomínios® surgiu no setor da administração de
condomínios em 2009, por iniciativa de Paulo Almeida e
Carla Costa.
Equipa da ADM Condomínios
M
arcando presença no mercado, “percebemos que
existiam muitas queixas e falta de
transparência no setor”, inicia Paulo
Almeida. Para se desmarcar desta
imagem, a ADM Condomínios ®
aposta na diferenciação: “Sendo
pequenos, nascemos com uma
visão diferente e inovadora. Apostámos também na criação de uma
plataforma online com uma área
do cliente (que permite aos condóminos acompanharem a situação
financeira do condomínio), onde
publicamos a legislação que regula
o setor, assim como notícias que
interessam aos visitantes e um
serviço 24h de assistência técnica
ao edifício”. Esta transparência,
disponibilidade e oferta de serviços
de apoio ao lar marcam a diferença
dentro e fora da sua área de intervenção.
No desenrolar da nossa conversa, ficámos a conhecer o método de
trabalho desta empresa: “Sempre
que somos designados administradores de um imóvel, fazemos um
levantamento das suas necessidades, no sentido de propor a correção dessas patologias, alertando
que o adiamento da intervenção
promoverá o aumento dos problemas e consequente custo da obra.
Atendendo à conjuntura atual, por
vezes os condóminos não aprovam
obras por dificuldades financeiras.
Nesses casos, disponibilizamos
um serviço gratuito de apoio aos
48 I Fevereiro
condóminos com dificuldades financeiras para reestruturar o seu orçamento familiar, de forma a que as
obras se possam realizar, evitando
assim a degradação das condições
de habitabilidade dos condóminos
afetados”. Paulo Almeida considera importante a realização de
manutenção para a valorização do
condomínio: “Alertamos que uma
fração, por muito bem conservada
que esteja, tem baixo valor comercial e é difícil a sua comercialização
quando o edifício não está em bom
estado. A casa começa na entrada
no edifício. Os condóminos são proprietários das suas frações e coproprietários das zonas comuns pelo
que devem conservar as mesmas”.
A constituição de um fundo
comum de reserva é obrigatória.
Porém, em determinados casos,
nem sequer essa norma é cumprida. A constituição desse fundo
permite aos condóminos, através
do pagamento de uma pequena
quantia mensal, maior margem para
atuar em situações de necessidade
de obras”.
Para combater esta disparidade
de comportamento, Paulo Almeida
considera ser necessária uma legislação que obrigue à realização de
obras de manutenção nos edifícios.
O REGEU refere a necessidade de
se proceder a obras de manutenção de oito em oito anos, mas na
prática não é cumprido. A atuação
das entidades camarárias seria fundamental: “Os municípios deveriam
ter um papel ativo, no sentido de
não deixar degradar as cidades,
notificando e cooperando com os
condomínios, no sentido de preservar o património, assim como a
qualidade de vida e segurança dos
habitantes”, alerta o profissional.
Boa aposta
Quais as mais-valias da contratação de uma empresa de administração de condomínios? “São várias.
Uma administração profissional evita
conflitos entre condóminos; segundo,
no nosso caso, os condóminos passam a ter o acesso à contabilidade
através do nosso site; depois, promovemos uma manutenção preventiva semanal; por fim, as empresas
de condomínios têm um maior poder
negocial, junto dos fornecedores e
prestadores de serviços, permitindo a
redução da despesa do condomínio e
consequentes quotizações mensais”.
No entanto, “hoje qualquer pessoa pode ser administrador, mesmo
sendo os condomínios uma entidade
tão complexa que abrange várias
especificidades tais como seguros,
legislação, construção, gestão, etc.
Somos das primeiras empresas com
formação na área e é bom que esta
atitude se generalize”.
Atuando na região do Grande
Porto, “este ano, mudámos de instalações para uma loja de rua onde
estamos mais visíveis e próximos dos
nossos condóminos. Somos pioneiros
em várias ações e temos sido o exemplo para a concorrência”. I
Rua das Fontainhas, 231
4000-240 Porto
TEL.: 223 321 161
TLM.: 917 303 931
914 283 221
FAX: 220 946 507
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www.admcondominios.net
Portugal Inovador I
A Adiurbana, empresa de administração de condomínios
com sede em Torres Vedras,
está no mercado há 13 anos.
Sandra Sabino, licenciada em
gestão de empresas turísticas e hoteleiras, é a mulher
que lidera este projeto.
A
inexistência de uma formação
específica para o setor da
administração de condomínios é uma
das lacunas, frequentemente, aponta­
das pelos profissionais do ramo. “Não
existem cursos vocacionados para esta
área, por isso temos que aproveitar os
conheci­mentos e a experiência adquiri­
da para evoluir”, refere em início de
conversa, Sandra Sabino.
A falta de legislação é outra das
falhas apontadas pela administradora:
“A criação de uma regulamentação específica permitiria controlar a economia
paralela, beneficiando a atuação das
empresas que estão no mercado e que
cumprem com os seus encargos fiscais,
empregando os recursos humanos
necessários à sua atividade”, reforça.
A nossa entrevistada não critica a
existência de edifícios com administra­
ção interna: “Há prédios com poucas
frações onde isso é possível. O que
temos verificado é que, nessas situa­
ções, sempre que surgem problemas
é a uma empresa com provas dadas
no mercado que os condóminos recorrem”. Para prevenir atuações menos
corretas, Sandra Sabino defen­de que
todas as administrações de condomínio
deveriam ser controladas, através da
atribuíção, por exemplo, de um certificado que identificasse o condómino
ou a entidade coletiva responsável
pelo imóvel.
Falta de profissionalismo
Perante uma conjuntura económica
desfavorável, “os condóminos estão
mais preocupados com o valor cobrado
do que com os serviços que lhes vão
O Poder da Informação
seguros - tema colocado anualmente
na ordem de trabalhos. Por incrível que
pareça, desde que afixamos esta notícia,
é crescente o número de pedidos de
esclarecimento que nos têm chegado!”.
Reabilitação
Sandra Sabino
ser prestados”. Deste modo, a falta de
profissionalização do setor, “alimenta
a concorrência desleal que apresenta,
necessariamente, orçamentos inferio­res
aos cobrados por empresas estru­­tu­­radas
e zelosas dos requisitos legais”, alerta.
A política de trabalho da Adiurbana
passa por dedicar-se, em exclusivo, à
gestão do imóvel. “Gostamos de deixar
os condóminos à vontade para selecio­
nar os prestadores de serviços que
mais lhes agradam”. No entanto, em
2013, a firma procurou, ativamente, a
regularização de atividades como são
o caso dos serviços de limpezas. “Já
tínhamos sanado a falta de seguros de
trabalho atribuídos às funcionárias da
limpeza. Mas, em 2013, esforçámo-nos
por sensibilizar os nossos clientes para
a necessidade de regularizar a com­
ponente fiscal sendo que, hoje em dia, a
grande mairia dos nossos prédios estão
regularizados. Percebemos que muitos
condóminos não tinham consciência do
problema que estavam a alimentar!”.
No âmbito da manutenção e reabilitação dos edíficios, Sandra Sabino denota
que, “os condóminos ainda se mostram
um pouco relutantes face à necessidade
de promover a manutenção dos edíficios,
assim como a criação do fundo comum
de reserva obrigatório por lei. Nesse
sentido, a profissional considera que as
entidades camarárias deveriam atuar,
juntamente com as empresas de administração dos condomínios, na fiscalização
das patologias dos edíficios.
Em final de conversa, a administra­
dora da Adiurbana alerta para a ne­
cessidade de os futuros condóminos
procurarem junto das empresas de
administração de condomínios, porme­
nores sobre o estado do edíficio.
“Ape­sar de verificarmos um número
cres­cente de pessoas que já estão
men­taliza­das para esta necessidade,
a maioria compra a habitação tendo
em conta a parte (fração) e não o todo
(condo­mínio, parqueamento, acessibi­
lidades, etc.)”, conclui. I
Informação
Promovendo deste modo uma prática
ativa de formação e informação junto dos
seus condóminos, a Adiurbana recorre
aos meios de comunicação para facilmente fazer chegar a sua mensagem.
“Para além do contacto frequente através de emails, este ano inovámos com
a criação da ‘notícia mensal’. Todos os
meses vamos disponibilizar uma informação sobre um assunto relevante. Por
exemplo, em janeiro o tema foram os
Telf.: 261 324 862
Fax: 261 338 728
Telm: 963 561 691 - 919 055 111
E-mail: [email protected]
www.adiurbana.com
Travessa das Oliveiras, 3 E
2560-683 Torres Vedras
Fevereiro I 49
I Portugal Inovador
Custo Justo
Defendendo o bem-estar dos seus clientes,
a Condomínio Saudável administra edifícios
na área metropolitana do Porto.
tarefas de manutenção”. Desta for­
ma, “não podemos definir um preço
fixo para todos os condomínios,
pois há custos de deslocação, por
exem­plo, que devem ser equacio­
nados. Optamos por dar preferência a condo­mínios com mais
frações, para minimizar os custos
para cada cliente”.
Apoio à mudança
Rui Mendes, administrador de condomínios
O
futuro incerto da entidade
bancária onde colaborou durante mais de duas décadas, conduziu
Rui Mendes à atividade, em part-time,
de administração de condomínios.
Após a rutura do vínculo contratual
com a entidade empregadora, o nosso entrevistado fez do Condomínio
Saudável a sua forma de vida.
Regendo a sua conduta por padrões de qualidade que considera
fundamentais, o administrador apostou na divulgação da sua empresa
num perímetro territorial por si definido
o que lhe permite marcar presença
de forma rápida, sempre que seja
necessário.
“Temos que ser transparentes
com os nossos clientes e distan­
50 I Fevereiro
ciarmo-nos da má imagem criada
em torno do setor. Por isso, a
Condo­mínio Saudável preza por oferecer uma série de valências e serviços – por exemplo, site com área
de clien­te, apresentação de relatório
de con­tas e extrato bancário semestral –, que permitem ao condómino
acom­p anhar, permanentemente,
todos os movimentos efetuados.
Desta forma eliminamos quaisquer
dúvidas que possam surgir”, explica.
Com uma política de preços
assente no custo justo, “ao contrário das empresas que apresentam
orçamentos low cost - que con­
templam apenas o serviço adminis­
trativo -, nós atuamos com maior
proximidade, prestando auxílio em
Ao entrar num setor sem le­
gislação própria, regido pelo Código
de Processo Civil, o administrador
encontrou uma realidade, “em que
cada um faz o que quer”. Sem
regras definidas e responsabilidades atri­buídas, “há empresas que
acabam por denegrir a imagem do
setor. Nes­se sentido, acredito que
a criação de uma regulamentação
própria per­mitiria que estes casos
desapare­cessem”.
No entanto, Rui Mendes não
deixa de realçar a mudança ocorrida no mês de setembro do ano
transato que permite que a ata seja
consi­derada título executivo com penhoras ime­diatas: “Já conseguimos
benefi­ciar des­ta medida por uma
vez. É sem dúvida uma mais-valia
perante situa­ções de incumprimento”, conclui. I
Telf./Fax: 229 536 095
Telm: 967 424 822
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www.condominiosaudavel.com
Portugal Inovador I
Visão Estratégica
Promovendo o diálogo em torno da atual situação
do parque habitacional português, a Portugal
Inovador procurou a opinião de Alberto Almeida.
gestor qualificado demora pelo
menos um ano, entre formações e
trabalho de campo. Já fizemos formação a nível profissional na Escola
Profissional de Atividades Imobiliárias e desde cedo apercebemos-nos
da neces­sidade de atuar no âmbito
da reabilitação urbana”.
C
riada em 2006 por iniciativa
de cinco investidores, a
Great House foi evoluíndo, adaptando-se às exigências do mercado,
numa região do país que apresenta
realidades muito distintas. Após
a cisão da sociedade, a empresa
conta agora com a administração
de três sócios, um dos quais Alberto
Almeida que nos concedeu uma entrevista: “Apresen­tamos um produto
de excelência e dessa forma fomos
ganhando re­c onhe­c imento, con­
tando, neste mo­mento, com uma
carteira de clientes fidelizada que
regista um crescimento sustentado”,
revela.
Ex-funcionário público, Alberto
Almeida encontrou neste setor
uma realidade que carateriza como
agressivo, sendo que, “apostando
na diferenciação e na qualidade a
recompensa financeira pode atingir
valores bastantes satisfatórios”.
Atualmente, a estrutura da Great
House permite-lhe desempenhar
uma função meramente executiva
e de controlo da vertente comercial
e financeira. Estando a componente
administrativa, de manutenção e
gestão de clientes, devidamente
sectorizada e entregue a uma
equipa de profissionais altamente
qualifica­dos. “A preparação de um
Renovar
Segundo Alberto Almeida, “verifi­
cá­mos que a entrada da crise financeira interferiu fortemente com a
economia real e hoje, a classe média
vê-se a braços com habita­ções para
a vida, ao contrário do que acontecia
na década de 90, em que a troca de
imó­vel estava muito mais facilitada.
Isso está a causar inú­meros problemas, sendo compli­cado incutir
nessas pessoas a necessidade de
promover obras de manutenção nas
suas casas, realidade transversal a
todos os estratos sociais. Mesmo
em condo­mínios de luxo, as pessoas sentem dificuldade em efetuar
o pagamento das suas quotas, tão
mais elevadas consoante o número
de regalias que dispõem. Estes
condó­minos não foram informados
dos encargos que lhes seriam exigidos para fazer a manutenção de
todo aquele espaço”.
O nosso entrevistado alerta: “Na
região de Lisboa, temos zonas que,
a médio prazo, correm o risco de
cola­psar, porque os seus condó­
minos não tem condições para fazer
a manu­tenção dos imóveis. As patologias de uma construção deficitária
tendem a aparecer, difi­cultando a
atuação das empresas”.
Com uma forte visão estratégica
e negocial, Alberto Almeida afirma:
“O nosso setor não é assim tão
afetado pela falta de pagamento,
porque as habitações que entram
em incum­primento com as entidades
ban­cárias são adquiridas através de
fundos de investimento imobiliário, e
mesmo que tenha que ser adjudica-
da uma obra, essas entidades pagam o devido valor e têm a noção da
ne­cessidade de valorizar o seu patri­
mónio imobiliário. O trabalho com os
particulares tende a ser muito mais
complicado mas, paulatinamente,
esses vão tendo consciência dessa
necessidade”.
A Great House dedica-se, em
exclu­sivo, à gestão e manutenção
de condo­m ínios, recorrendo a
outsour­c ings para realizar outro
tipo de serviços. “Temos clientes
fidelizados há anos que, com maior
ou menor celeridade, vão resolvendo os seus problemas e sentem-se
satisfeitos com a nossa capacidade
de res­posta”, garante.
Atento à realidade deste setor,
o nosso entrevistado verifica que
as maiores queixas que surgem
pren­dem-se com a incompetência
e/ou gestão danosa. Nesse sentido,
Alberto Almeida considera que a
nova legislação deveria estipular a
obriga­toriedade de administração
profissi­onal em edifícios com mais
de oito frações. “Para imóveis de
grandes dimensões, a gestão por
parte de uma empresa acaba por
ser uma mais-valia, entre outras
razões, pelo nosso elevado poder de
negociação junto dos fornecedores.
Por forma a garantir um acompanhamento cre­dível, todas as firmas
deveriam ter um seguro de responsabilidade civil e um capital mínimo
investido”, conclui. I
Telf.: 218045760
Telm: 918024935
Fax: 211990143
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www.great-house.pt
Rua Alfredo Keil Nº4 , Loja B.
2675-613 Odivelas - Portugal
Fevereiro I 51
I Portugal Inovador
Norberto
Ferreira
Administrar
com Inovação
Tendo desenvolvido o seu percurso profissional no âmbito da auditoria aplicada ao
setor hoteleiro, Norberto Ferreira apresenta, em 2007, um projeto inovador no ramo da
administração de condomínios.
O
empreendimento onde
residia serviu de cobaia para
divulgar e ajustar o seu conceito di­
feren­ciador. Hoje, com uma experiên­
cia de sete anos, o empresário
ga­rante ser necessário, “incutir nas
pes­soas as regras de funcionamento
e organiza­ção da vivência em proprie­
dade horizontal”. Em conversa com a
Portugal Inovador, Norberto Ferreira
lamenta as atitudes dos condóminos,
impulsionadas pela falta de informa­
ção que grassa no setor: “Algumas
pessoas consideram que a nossa
atuação se restringe ao pagamento
de faturas de água e luz, menospre­
zando todo um trabalho de base de
gestão e defesa dos interesses do
condomínio”.
A inexistência de uma legislação
específica, segundo Norberto Ferreira, promove esta falta de informação,
assim como o clima de desconfiança
que paira no setor: “Não entendo qual
a razão para se andar a adiar esta
questão. Somos empresas prestado­
ras de serviços, como tal, temos que
ter responsabilidades sobre os atos
e informações que prestamos”. Desta
forma, a certificação das empresas
se­ria uma medida desejável, “viria
ate­nuar o clima de desconfiança
existen­te, beneficiando o trabalho
prestado pelas empresas que atuam
de forma correta”.
Com sede em Matosinhos e uma
52 I Fevereiro
área de atuação que abrange também os concelhos do Porto, Maia e
V. N. Gaia, a Propostas de Sonho
procura diferenciar-se pela variedade
e inovação dos serviços prestados.
“Devemos incutir nos condóminos
a necessidade de pensar a médio/
longo prazo. O trabalho de gestão
de um edifício tem um valor e a
Pay Per Use
Com o objetivo de personalizar e
ajustar os serviços às necessi­dades de
cada condómino, a Propostas de Sonho
está a levar a cabo o serviço ‘pay per
use’. “Quere­mos proporcionar a cada
condómino um serviço de hotel a baixo
custo”. Falamos de serviços básicos
como lavandaria, engoma­doria, limpeza, entre outros, entregues ao domicílio
de forma cómoda e prática. “Através da
par­ceria criada com empresas cre­den­
ciadas, conseguimos oferecer um preço
muito competitivo se comparado com
o que é cobrado ao cliente individual”,
garante Norberto Ferreira.
- Lavagem de carro (brevemente)
- Lavandaria
- Engomadoria
- Limpeza de apartamentos (brevemente)
- Conserto de roupas (brevemente)
- Conserto de calçado (brevemente)
- Mercearia porta a porta (brevemente)
- Passeio de animais domésticos
(brevemente)
manutenção tem outro, sendo que
acreditamos que é preferível pagar
mais um pouco, todos os meses, por
forma a acaute­lar futuras intervenções”, reitera.
Inovar
Norberto Ferreira garante, “a
Pro­postas de Sonho prima pela quali­
dade, transparência e pelo serviço de
excelência. Segundo a nossa filosofia
de trabalho, não estamos apenas a
gerir o imóvel, mas também a promo­
ver o conforto dos nossos clientes”.
Marcando a sua posição, em 2014 o
nosso entrevistado pretende alargar
a sua ação, com a abertura de uma
filial em Lisboa e, posteriormente,
outra na região do Algarve. Para longo prazo fica a ambição: “Queremos
internacional o nosso projeto que, a
acontecer vai passar, inevitavelmente, pelo Brasil”, conclui. I
Rua António Ferrinha, loja 120
4450-614 - Leça da Palmeira
Matosinhos
TEL. / FAX: (+351) 229 260 656
TELEM.: (+351) 916 634 137
(+351) 916 664 154
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[email protected]
www.propostasdesonho.com
Portugal Inovador I
Temos que ser nós
a mudar o sistema
A
Odivelgest aposta na informação dos seus condóminos por forma a incutir-lhes a
necessidade de atuar preventivamente sobre os edifícios, no entanto
a falta de poder económico tem
impedido que isso aconteça: “O
condómino precisa de ser informado da realidade e, sempre que nos
defendemos com a Lei, a maioria
das pessoas aceita. A legislação
em vigor tem vindo a melhorar, mas
precisa de ser atualizada por forma
a defender tanto o condómino como
as empresas do setor”.
O clima de desconfiança que
paira na atividade não passou
indiferente ao administrador da
Odivelgest que, analisando as razões para tal, chegou à conclusão
que são sempre impulsionadas
pela desconfiança que recai sobre
a gestão das contas bancárias.
“Consciente dessa realidade, tentei reverter essa situação. Como
tal, a Odivelgest não faz parte das
contas, somos apenas consultores.
Quando nos é requisitada a movimentação da conta, solicitamos
que seja sempre em conjunto.
Protegemo-nos nesse sentido e
temos com isso conquistado a
confiança dos clientes”. Outra das
medidas tomadas pela Odivelgest,
consiste na afixação de um relatório
com os serviços de manutenção
efetuados. “Promovemos também
um grande contacto com o administrador interno, sendo que, caso
surja algum problema, garantimos
uma resposta até 24h”.
Com uma equipa de profissionais atenta e zelosa das necessidades dos seus clientes, a Odivelgest
opta por apresentar quatro opções
de orçamento, com distintos níveis
de manutenção/acompanhamento.
“Temos que apostar na inovação e
promover as boas práticas, porque
Qual a realidade das empresas de administração de condomínios em Odivelas? A Portugal Inovador foi conhecê-la
através da conversa com a Odivelgest.
A equipa da Odivelgest
se a lei, em determinadas situações, não protege as empresas e
os condóminos, somos nós que
devemos criar as defesas a favor do
condómino e da Odivelgest”.
A empresa, sediada em Odivelas, disponibiliza serviços de limpeza, manutenção e começa agora a
prestar serviços de obra, “estamos
a procurar o devido licenciamento
para o efeito. Percebemos que os
condóminos preferem ter um único
prestador de serviços efetuar várias funções, porque controlam-no
melhor e sabem a quem se queixar.
Verificamos esta necessidade,
oferecemos o que eles preferem,
passando a imagem de que eles
podem contar connosco”.
A política da Odivelgest passa
por não se preocupar com a concorrência, “preocupo-me sim com
os condóminos e com as suas
dificuldades. Prova disso é que
não temos contratos de anos orçamentais, o nosso vínculo termina a
partir do momento em que as partes
estão em desacordo”.
Em final de conversa o nosso
entrevistado refere: “Há muitas
boas pequenas empresas a laborar
neste setor, em Portugal. Gostaria
que existisse um maior diálogo
entre empresas e um debate sobre
as várias realidades, temos que ser
nós a mudar o sistema”, conclui. I
Telm: 926 381 105 / 916 211 549
Tlf: 219 329 727
Fax: 219 328 986
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www.odivelgest.pt
rua Rainha Santa Isabel, nº3
2675-439 Odivelas
Fevereiro I 53
I Portugal Inovador
R de Responsabilidade
A Portugal Inovador esteve na Póvoa de Santo
Adrião à conversa com Bruno Inácio, administrador
de condomínios. A Big R dedica-se à gestão de
propriedade comercial e residencial, essencialmente,
na zona Lisboa e Norte de Lisboa (Odivelas, Loures,
Linda-a-Velha).
Gestão e Administração de Condomínios
U
ma vez que nos dedicamos a uma área muito
vasta com realidades significativamente diferentes, cada
condomínio tem as suas características”, afirma Bruno Inácio,
o administrador da firma. “Cada
zona é diferente, zonas novas são
habitadas por jovens informados
e economicamente estáveis, há
muita conservação dos edifícios
e faz-se a devida manutenção.
Assim como nas zonas mais antigas da cidade de Lisboa e zona
Norte, onde os condóminos têm
também o hábito de respeitar as
suas quotas e tratar tudo muito
corretamente”.
Prestando um serviço de
grande proximidade, a Big R
oferece uma panóplia de serviços
que integram a administração
de um condomínio: supervisão
em áreas comuns, reparações,
preparações de relatórios financeiros, prestação de informação,
preparação de orçamentos para
custos de serviços, elaboração
de orçamentos, resolução de
problemas de seguros, verificação
“
Gestão e Administração de Condomínios
Telf./Fax: 219384274
Telm: 19565920
[email protected]
Rua Luís Camões Lote 3,1º-escr 12620105 PÓVOA DE SANTO ADRIÃO
54 I Fevereiro
Bruno Inácio, administrador de condomínios
de pagamento de contas e gestão
de resíduos. A Big R agrega
também uma vertente de contabilidade que, em certos casos,
complementa a administração de
condomínios.
Dada a sua experiência de
14 anos no setor, Bruno Inácio
afirma: “Há prédios que não
estão preparados para uma
administração externa. Em alguns casos, os condóminos não
percebem qual é a dimensão do
nosso trabalho enquanto ge-
stores de condomínio e exigem
de nós a resolução de situações
que fogem da nossa competência”, alerta Bruno Inácio.
Num setor regido pelo Código Civil, a Big R está, constantemente, atenta às alterações que vão surgindo no
Código Civil. O gerente admite
que, a sua formação académica
em gestão de empresas, aplicada
na administração de condomínios,
permite-lhe manter uma postura
altamente rigorosa. I
Portugal Inovador I
Serviço Moderno
Na procura de um melhor serviço para os seus utentes
surge a Farmácia Moderna, no centro de Barcelos. É
Maria Fernanda Santos, diretora técnica, que atualmente
gere este negócio de família.
Maria Fernanda Santos com a sua equipa
A
tenção, consideração e
simpatia são os três pontos
mais importantes que Maria Fernanda Santos assegura serem cruciais
na distinção da farmácia perante a
concorrência. O negócio já existe
desde 1910 quando a farmácia foi
com­prada pelo seu avô e, posterior­
mente, transferida para as atuais
instalações, transformando-se num
interesse familiar até aos dias de hoje.
O lema de “assumir a dor do utente”
contagia também os funcionários
que contribuem para o bom funciona­
mento e atendimento do espaço.
Composta por uma equipa de oito
funcionários, o espaço conta ainda
com a presença da proprietária da
farmácia, mãe de Maria Fernanda
Santos, farmacêutica há mais de 50
anos e que, ainda hoje, continua no
ativo como farmacêutica substituta.
Para além da venda de medica­
mentos e produtos complementares,
este estabelecimento de renome
oferece também serviços de vacina­
ção, medição de parâmetros como
colesterol, glicemia triglicerídeos,
entre outros assim como a medição
gratuita da tensão arterial o que torna
a farmácia especialmente procurada
entre os utentes de Barcelos.
Em 2007, ano em que a Farmácia
Moderna foi totalmente remodelada,
foi proposto a esta entrar num projeto
inovador com chancela portuguesa:
a introdução de um robô adequado
a área da farmácia, aposta esta que
veio permitir à equipa um atendimento mais atento e personalizado
do utente.
A nossa entrevistada acredita que
existe um longo caminho de aper­
feiço­amento do serviço: “A nossa prio­
ridade é o utente, por isso prezamos
por ser mais racionais ao nível das
vendas, dedicando maior atenção ao
atendimento e à relação de confiança
com o cliente”.
Uma vez que se trata de uma
farmácia pequena, em área, situada
no centro da cidade de Barcelos e
que beneficia de um acesso facilitado, a nossa entrevistada anseia
um dia aumentar o seu espaço dado
que, “gos­­tava de criar parcerias com
nutri­ci­onistas ou podologistas, mas
numa farmácia pequena com muito
movimento torna-se difícil conseguir
instalá-las”.
Em final de conversa fica a cer­
teza de que, em 2014, os planos
des­te grupo de trabalho passam por
dinamizar ainda mais a sua equipa,
aguardando por uma melhoria da
conjuntura económica que permita
a expansão do negócio familiar e a
melhoria do serviço prestado. I
Fevereiro I 55
I Portugal Inovador
Cobertura
Excelente
Com experiência anterior
conjunta na área, Filipe Lima
e Paulo Gonçalves tomaram a
iniciativa de criar o seu próprio
escritório de mediação de
seguros, há cinco anos, em
Barcelos. Hoje são um ponto de
referência pois, trabalhando com
multimarcas, têm a capacidade
de apresentar uma relação
qualidade/preço à medida de
cada cliente.
Filipe Lima e Paulo Gonçalves
A
trabalhar numa agência
media­dora de seguros de
renome, Filipe Lima e Paulo Gonçalves, dois colegas de infância, encontraram a oportuni­dade de criar a
sua própria empresa quando o anterior emprega­dor decidiu desistir e
deixar o estabelecimento nas suas
mãos. Aproveitando a fama e os
clientes já fidelizados, cons­truíram
uma agência com um novo nome e
uma imagem melhorada.
Na Cobertura Excelente, um
nome incomum em agências de
mediação, atua-se em ramos como,
agência financeira, mediação de
seguros e nas áreas de leasing, cré­
dito de habitação e ALD. Funcionam
como uma equipa sempre pronta
a procurar a melhor solução para
o cli­ente, defendendo que a base
do sucesso é o bom entendimento
entre as partes.
Esta agência de Barcelos tra­
balha, maioritariamente, com o grupo Fidelidade, parceria que surgiu
56 I Fevereiro
com a anterior administração no
âmbi­to do grupo Império Bonança.
“Estamos mais fidelizados com a
Fidelidade, é com esta empresa que
mantemos uma maior empatia e alcançamos um crescente número de
contratos”, refere Paulo Gonçalves.
No futuro, os administradores
pre­tendem manter a empresa estável, sen­do que, “felizmente, verificámos um crescimento numa altura
de crise, algo que não é normal,
mas que muito nos agrada”, afirma
Filipe Lima.
Na procura de um melhor serviço de atendimento e expansão de
servi­ços, os nossos entrevistados
mos­tram o interesse de vir a criar
mais postos de trabalho e expandir a sua área de atuação: “Uma
vez que a carteira de seguros já
está mais solidificada, queremos
alargar os serviços de contabilidade”.
Para além de serem conhecidos e distinguidos pela sua juventude na cidade de Barcelos, agem
com dinamismo, responsabilidade
e sensibilidade colocando o cliente
sempre em primeiro lugar: “Na
área de seguros existem imensas
si­t uações difíceis de resolver,
nestes casos é com calma que lidamos com os clientes e tentamos
resolver as situações de imediato.
Esta política de proximidade é
essencial neste negócio, sendo o
nosso maior meio de publicitação
o passa a palavra entre clientes”,
conclui Filipe Lima. I
Portugal Inovador I
A sua avenida principal!
Desde 1999 que a Farmácia Avenida faz bem à sua saúde.
O número de utentes tem aumentado, de ano para ano,
sendo um estabelecimento de excelência em Barcelos.
Paula Lamela, diretora técnica e proprietária, junto da sua equipa
O
espaço amplo faz desta
farmá­c ia uma autêntica
avenida. Na génese deste projeto,
esteve a experiência de Paula Lamela – diretora técnica e proprietária
– como gerente de outra farmácia.
“Em 1993, antes de assumir esta
farmá­cia, estive num espaço que se
en­contrava numa situação compli­
cada, a qual conseguimos ultrapassar com sucesso. Estive lá desde
outubro de 1993 a março de 1999,
altura em que consegui transferência
para a zona urbana de Barcelos,
abrindo as portas à Farmácia Avenida”, explica Paula Lamela. Para a
diretora técnica, o facto de ter vindo
de um meio rural, ajudou-a a criar
mecanismos de compatibilidade com
os utentes da farmácia que ficaram
completamente apaixonados por
este espaço: “Há utentes em idade
avançada que vêm cá praticamente
todos os dias, sendo que muitas das
pessoas que eram clientes da antiga
farmácia, estão agora fidelizados à
Farmácia Avenida. Apesar de estar
a 11 km da freguesia onde me encontrava, as pessoas que não se
podem deslocar, pedem aos vizinhos
para aviar as suas receitas”, refere a
nossa entrevistada.
Medição da glicemia, triglice­
rídeos, peso e altura, testes de gra­
videz, deteção de infeções urinárias,
podologia, nutrição e medição de
tensão arterial, entre outros, são
os serviços complementares que a
Farmácia Avenida disponibiliza aos
seus utentes. Em relação à medição
da tensão arterial, Paula Lamela,
realça um facto que traduz, de uma
certa forma, a identidade da própria
farmácia: “Nos 20 anos que já levo
na gestão de espaços farmacêuticos
nunca cobrei a medição da tensão
arterial. Ajudamos as pessoas em
todos os passos necessários e tentamos colocá-las completamente à
vontade, incentivando-as a efetuar
o controlo regular, mediante os resultados que apresentem”, explica
Paula Lamela.
Três farmacêuticas e três técnicos de farmácia são responsáveis
pelo serviço de qualidade prestado
pela Farmácia Avenida: “Invisto
constan­temente na formação dos
meus colaboradores e quem trabalha comigo tem que ser responsável
e interessado. Tenho uma equipa
que me transmite uma confiança
total e, mesmo quando me ausento,
dão-me garantias que o trabalho
é feito da mesma forma”, afirma a
diretora técnica.
“As farmácias em Portugal têm
um papel tão forte na sociedade que,
por muita crise que possa existir,
irão sempre resistir e, obviamente,
a Farmácia Avenida não fugirá à
regra”, é esta a perspetiva de futuro
de Paula Lamela. De salientar ainda
que a Farmácia Avenida, para além
de ter um local específico para os
mais pequeninos brincarem, é a
única farmácia de Barcelos a realizar
a recolha e a troca de seringas, colaborando com as instituições GASQ,
AMA e Luta contra o Cancro. Tem,
ainda, protocolos com a Casa do
Professor e com os Amigos da Santa
Casa da Misericórdia de Barcelos. I
Fevereiro I 57
I Portugal Inovador
O sabor da qualidade
Desde 2008 que a Padaria Velha deixa a sua marca
no concelho de Barcelos. A proximidade, criatividade
e a simpatia são o melhor cartão de visita do
estabelecimento.
Marta Soares e Domingos Novais
É
no largo Jardim Velho que
se situa a Padaria Velha.
O largo serviu de inspiração aos
donos da padaria, Domingos Novais e Marta Soares, que a partir
daqui, deram o nome à empresa.
O nome Padaria Velha surgiu pelo
facto de se relacionar com o meio
envolvente, vindo também ao encontro de um dos desejos do casal,
realçar a imagem rústica e moderna
que caracteriza o estabelecimento.
As duas salas que constituem a
padaria conferem uma dimensão
bastante significativa ao espaço.
“O espaço amplo da padaria é uma
das nossas mais valias”, menciona
Marta Soares.
A padaria e a pastelaria fazem
as delícias dos clientes, com a
58 I Fevereiro
sua enor­me qualidade e variedade
de produtos. Para muitos o pão é
o bem mais precioso, mas para
outros é impossível ficar indife-
rente à doçaria da Padaria Velha.
Croissants, doce húngaro, bolo-rei,
pão de ló e os doces genuínos do
estabelecimento - Barcelos, Barcelinhos e Padaria Velha - figuram no
top de prefe­rências da padaria: “Os
produtos mais procurados são os
croissants, mas também, vendemos
muito o doce húngaro, o Barcelos, o
Bar­celinhos e o Padaria Velha. De
referir que estes três últimos, foram
criados aqui no estabelecimento, por
um senhor com uma ligação importante ao local. Também vendemos
muito bolo-rei e pão de ló durante
todo o ano, mas, naturalmente, na altura das festas a procura é maior. No
passado Natal e passagem de ano,
vendemos muitos kg de bolo-rei e de
pão de ló”, refere Domingos Novais.
Com 11 pessoas a trabalhar no
estabelecimento, a Padaria Velha
faz do atendimento, um dos seus
principais trunfos. É também um
autêntico local de exposição de
obras de arte sendo que compete a
Marta Soares o importante papel de
decoração dos bolos: “Numa fase
inicial comecei a decorar os bolos
sem experiência nenhuma. Correu
bem e decidi fazer três workshops
nesta área, para aperfeiçoar esta
arte. Por exemplo, o bolo que tem
uma boneca (ver foto) demorou oito
horas a ser feito”, afirma a gerente.
Um lugar no pódio num concurso
de bolo-rei e pão de ló e o negócio
positivo, dão garantias ao futuro da
Padaria Velha: “O negócio tem sido
bom, tem excedido as expectativas
e com tudo isto, prevemos a am­plia­
ção das nossas instalações”, conclui
Domingos Novais. I
Portugal Inovador I
O paciente em primeiro lugar
Fundada em 1993 e, desde 2005, presente na cidade de
Barcelos, a SCOG é uma clínica de referência na área
da ginecologia e obstetrícia. Dinamismo, proximidade e
inovação são os valores deste espaço.
Esmeralda
Feliciano
H
á 30 anos na especialidade,
Esmeralda Feliciano, diretora clínica da SCOG (Sociedade de
Cuidados Obstétricos e Ginecoló­
gicos), com sede em Braga, decidiu estabelecer esta clínica em
Barcelos para poder estar mais
próxima das suas pacientes e, ao
mesmo tempo, combater a lacuna
de cuidados obstétricos existente
no concelho. Desde que iniciou
atividade nesta área da medicina,
a nossa entrevistada afirma que
houve uma evolução tremenda:
“Atualmente, no ramo da obstetrícia
existe uma vigilância e métodos de
diagnóstico que não existiam. Por
exemplo, quando comecei a trabalhar, as ecografias estavam dispo-
níveis para muito pouca gente e
nem todos os partos eram monitorizados. Ao nível de rastreio também
se verificou uma evolução enorme,
sendo que também a consciência
das pessoas está muito diferente”.
Apesar do avanço da medicina
muitas são as mulheres que conti­
nuam a descuidar-se nesta área da
saúde, recorrendo ao ginecologista
apenas em último recurso. “Devido
à situação que o país atravessa as
pessoas colocam para segundo
plano a marcação destas consultas, mas o nosso papel enquanto
médicos é promover uma visão
humanista da medicina e trazer ao
quotidiano clínico o atendimento
cuidado e exclusivo, abordando
simultaneamente aspetos físicos e
emocionais das pacientes”, refere.
Composta por uma equipa de
profissionais altamente qualificados, a SCOG está totalmente
adaptada aos novos paradigmas da
saúde feminina e do casal, assim
como à prestação de cuidados de
saúde da mais elevada qualidade.
Como fez questão de referir: “A
SCOG dispõe de uma equipa de
profissionais nas mais diversas
especialidades que proporcionam
às nossas pacientes os melhores
cuidados. Em termos de ginecologia, temos toda a vertente de ambulatório em que não é necessário
anestesia, como ecografia e colposcopia. Em termos de obstetrícia,
agregamos a vertente de consulta,
ecografia, ecografia 3D, amniocentese e cardiotocografia. Acolhemos
também profissionais de urologia e
mastologia, estando igualmente focados para o acompanhamento do
casal, realizan­do testes e estudos
de infertilidade”.
Com um aumento de 9% no
número de doentes atendidas no
ano de 2013, Esmeralda Feliciano
pretende que este novo ano seja
ainda melhor: “No futuro espero
continuar a desenvolver o trabalho
que temos feito até ao momento,
sempre focados na melhoria e
na evolução do serviço prestado.
Gostaria de realçar que o nosso
sucesso só é possível dada a dedicação de todos os profissionais
que compõe a nossa equipa e dão
cara a este projeto. Quero destacar
os nossos 2 assistentes de consul­
tório, pelo seu excelente profissio­
nalismo, dedicação, simpatia, e
desempenho.”, conclui. I
Fevereiro I 59
I Portugal Inovador
Carlos Martins
Um espaço a
pensar no cliente
Com um conceito arrojado e inovador, Carlos Courel
Cabeleireiro é um espaço dedicado ao bem-estar, focado
no cliente.
S
ituado no centro histórico da
cidade de Barcelos, Carlos
Courel Cabeleireiro foi criado por
Carlos Martins e pelo Arquiteto
Alberto Cra­veiro. Como o próprio
afirma: “Barce­los é uma cidade que
tem tudo para ser bem-sucedida,
por isso apostei neste espaço para
estar mais próxi­mo das pessoas.
Sou um apaixona­do por centros históricos e, como tal, nada melhor do
que ter o cabeleireiro neste local”.
Profissional desta área há 17 anos,
Carlos Martins decidiu abrir este
estabelecimento há dois: “Na altura
trabalhava num local pequeno e tive
60 I Fevereiro
necessidade de au­men­tar dada a
forte adesão do público. Quando vi
este espaço, apaixonei-me e tive a
oportunidade de colocar aqui tudo
o que sempre quis para propiciar
um bom ambiente de trabalho”,
acrescenta.
Culto do Corpo
Há nas sociedades contem­
porâneas uma intensificação do culto do corpo que se reflete na crescente preocupação das pessoas
com a imagem e com a estética.
Cabelei­reiro desde 1997, o nosso
entrevis­tado testemunha: “Hoje em
dia, todos os clientes preocupam-se
mais com o seu aspeto, até mesmo
os homens. Anteriormente, estes
tinham ver­gonha de tratar de si,
eram muito con­servadores e não
cuidavam da sua imagem. Hoje,
a moda transformou-os, são mais
arrojados e fazem qua­se todos os
tratamentos que dispo­nibili­zamos:
tratamentos de rosto, massagens,
manicure e até mesmo maquilhagem”, afirma Carlos Martins.
Acompanhar esta mudança de mentalidades faz parte do trabalho dos
profissionais de estética e beleza,
pois, acrescenta o proprietário do
Carlos Courel Cabeleireiro, “nós
próprios temos de saber promover,
educar e encorajar as pessoas a
mudar e a cuidar de si. Realidade
que, felizmente, temos conseguido”.
Anfitrião de um espaço moderno
e arrojado, Carlos Martins oferece
um conjunto de tratamentos que
promo­vem a saúde e o bem-estar
dos seus clientes, sendo que a qualidade do atendimento é fundamental.
“Temos múltiplos tratamentos de
rosto e de corpo para homem e
senhora, para além da vertente de
cabeleireiro. Aparte dos clientes habituais, temos sido uma referencia para
homens e mulheres que procuram um
novo visual, mais atualizado e arrojado.
É esse o nosso trabalho, ajudá-los e
transmitir-lhes a confiança necessária para mudar. Honestamente, é a
componente hu­mana e o facto de
acreditarmos no nos­so trabalho que
faz com que as pessoas voltem”.
O grande objetivo para 2014
passa por melhorar e arrojar: “Temos vários projetos para este ano,
mas queremos principalmente manter a sustenta­bilidade do negócio e
proporcionar aos nossos clientes
mais opções de es­colha nos tratamentos de estética”. I
Portugal Inovador I
O cantinho mais perfumado
Quem passa na rua sente uma leve e agradável fragância
que convida a entrar. Eurídice e Clara Machado fazem da
qualidade e da simpatia a sua imagem de marca, sendo a
única loja da especialidade em Barcelos.
Clara e Eurídice Machado
E
urídice Machado foi durante
vários anos empregada de
escritório numa fábrica têxtil. A sua
irmã, Clara Machado, trabalhava
numa ótica. Mas no final de 2006,
resolveram dar um rumo novo às
suas vidas: tornaram-se sócias e
enveredaram pelo mundo dos produtos para banho e ambiente, caso
único no concelho de Barcelos.
“Não tínhamos qual­quer experiência na área. tudo o que sabíamos
advém do uso e do gosto por este
tipo de produtos”, conta Eurídice
Machado.
“Construímos a primeira loja
totalmente de raíz com a ajuda
de um arquiteto, investindo muito
dinheiro e horas de trabalho neste
negócio. Criámos uma loja muito
bonita e funcional que vai ao encontro do nosso conceito. Anos
mais tarde, com muita pena nossa,
tivemos que mudar de loja, pois a
sua localização não favorecia o negócio. Assim, che­gamos às nossas
atuais instala­ções, na avenida dos
Combatentes da Grande Guerra.
Desta feita, fomos só nós a fazer a
decoração da loja, recorrendo, em
parte, a materiais reciclados”.
A qualidade dos produtos, aliada à simpatia no atendimento e
à beleza da loja, fideliza quem lá
entra. “Tra­balhamos com marcas
conceitua­das, tanto no mercado internacional como a Millefiori Milano,
e também com as bem portuguesas
“Castel­bel”, “Antiga Barbearia de
Bairro”, “Aldeia da roupa branca”
e “Saboaria Confiança”. A nossa
aposta recai em marcas que primam pela sua moder­nidade, mas
também naquelas que vão buscar
as melhores técnicas ancestrais.
É com esta mistura que pretendemos atingir o gosto de todos os
clientes”, explica Clara Machado.
Com os olhos no futuro, as duas
sócias mostram-se confiantes: “O
nosso objetivo é manter o negócio
por muitos anos. Sabemos que
2014 não será fácil, mas já passámos por situações bem mais complicadas e conseguimos aguentar.
Como temos o hábito de dizer,
esperamos um futuro tão cheiroso
e perfumado como a nossa loja”. I
Fevereiro I 61
I Portugal Inovador
Rigor e profissionalismo
assegurados
O Grupo Medicávado, situado em Barcelos, conta com
uma equipa apetrechada de um grande sentido de
responsabilidade. Entre outras visões, defendem uma
sensibilização junto das pessoas para a importância dos
seguros.
Administração do Grupo
Medicávado
A
antiguidade na mediação de
seguros remonta a 1991, ano
em que os sócios atuais iniciaram a
sua atividade em nome individual,
mas o Grupo é constituído em 2010.
Através de uma conversa com a
administração, explicaram todo o
processo de criação do Medicávado,
tendo já fomentado o seu método
de trabalho: “Resultou na fusão de
duas carteiras de seguros, ambos
por conta própria. Entendemos que
era provei­toso para todos juntar essas mesmas carteiras, ou seja, uma
fusão total e completa. Além disso, é
o nosso ADN trabalhar com parceiros
que não têm a disponibilidade de trabalhar os seguros e estamos também
a fazer o apoio na gestão dessas
carteiras”, começaram por dizer.
O grupo Medicávado encontra-se
disponível para tratar de todos os
62 I Fevereiro
tipos de seguros, prestando também
um serviço pós-venda personalizado
a cada cliente. Contudo, existe uma
área na qual preferem colocar-se à
parte, devido a todas as requisições
exigidas e à sua complexidade: “Tratámos de todos os tipos de seguros,
à exceção dos seguros de crédito.
Trata-se de um seguro específico,
com exigências próprias. Implica
uma gestão distinta dos seguros
tradicionais, para a qual ainda não
estamos especializados. Qualquer
ruído desfavorável, pode ser negativo para nós”, continuaram.
De acordo com a administração
do Grupo Medicávado, a área dos
seguros requere várias cautelas, devido à exigência imposta pela outra
parte integrante do negócio: “Quando vendemos um seguro, vendemos
uma expetativa. Depois, temos uma
vida inteira para satisfazer o cliente,
exigindo que a expetativa criada se
concretize. Não deve haver nenhuma atividade que seja tão exigente
como a nossa, apesar das críticas
que por vezes recebemos”, frisaram.
Atualmente, existem uma série
de eventualidades que necessitam
a junção de um seguro. Devido à
falta de informação acerca deste
universo, ainda há uma fatia da
sociedade que não se compromete
com mediadores de seguros. Todavia assumem a sua importância:
“Somos como um chapéu-de-chuva
nos dias de aguaceiros. Estamos
cá para impedir o cliente de andar
preocupado com determinadas
ocorrências. Aderindo ao seguro, as
pessoas ficam algo salvaguardadas.
Nem todos os agentes de comercialização de seguros têm dado contributo para que seja fácil sensibilizar
as pessoas”, acrescentaram.
Em relação ao futuro, a adminis­
tração perspetiva um ano de 2014
repleto de sucesso, garantindo
o maior profissionalismo, rigor e
empenho, sendo fulcral a presença
de uma sólida estrutura, de forma a
fidelizar clientes: “Temos uma estrutura bem oleada, com princípios
bem definidos. Estão completamente dentro do nosso espírito. Temos
crescido de forma sustentada, fruto
de condutas e valências que caraterizam o nosso trabalho. Hoje em dia,
qualquer companhia quer trabalhar
connosco. Mantemos uma relação
de fidelização com companhias e
com os nossos clientes”, concluíram. I
Portugal Inovador I
Uma foto para a eternidade
Cátia Faria e Júlia Sousa lideram a “Foto Humberto”,
uma das mais antigas e prestigiadas lojas do ramo em
Barcelos. A empresa nasceu em 1978, mantendo o nome
e a localização de origem.
Por­tugal. Gostamos de primar pela
qua­lidade e pela discrição, sendo que
so­m os parceiros privilegiados, por
exem­plo, do Colégio Didálvi, uma instituição muito prestigiada do concelho
de Barcelos”.
Recordação para a vida eterna
Desde o ano transato que a “Foto
Humberto” se especializou em fotogra­
fia, reduzindo a componente vídeo.
“Resolvemos focar o nosso trabalho
nes­ta área, por forma a aumentar a qualidade. Atualmente, os novos meios de
comunicação tornam qualquer pessoa
um potencial fotógrafo, mas isso não
nos incomoda. Como temos por hábito
dizer, a fotografia é uma recordação
para a vida eterna e por isso, devemos-lhe muito respeito”, realça Cátia Faria.
Deste modo, a vertente de vídeo foi
deixada a cargo da QFILM - empresa
liderada por Paulo Figueiredo, marido
de Cátia Faria, com a qual a Foto
Humberto mantém uma parceria. O
seu gerente, explica-nos que partilha de
alguns dos valores da Foto Humberto,
“trabalhando também em qualquer
evento e em qualquer local, apostando
na discrição e na eficiência”.
Tiago Figueiredo, Paulo Figueiredo, Cátia Faria, Júlia Sousa e Daniela Santos
H
“
umberto Faria Arantes já
tra­balhava no ramo da produ­
ção fotográfica quando resolveu abrir
o seu próprio negócio, convidando o
meu marido, Joaquim Faria, para ser
seu funcionário. Em 1999, eu e o meu
marido decidimos comprar a empresa,
sendo que fiquei com 50% do negócio”,
recorda Júlia Sousa, em conversa com
a revista Portugal Inovador.
Em dezembro último, a família chorou a morte do seu patriarca. “O meu
pai tinha um papel muito importante no
dia a dia deste projeto, promovendo o
seu reconhecimento. Por isso, nunca
mudaremos de nome, nem de local.
Era tão conhecido que muita gente o
confundia com o fundador que deu o
nome à loja”, conta-nos Cátia Faria
(filha de Joaquim Faria).
A “Foto Humberto” prima pela quali­
dade, simpatia no atendimento e por
ter a experiência e a capacidade para
cobrir qualquer evento, em qualquer
local: “Rea­lizamos casamentos, festas
em instituições de ensino, eventos
despor­tivos, etc. Deslocamo-nos onde
for necessário, mesmo para fora de
Formação constante
Atualmente, Júlia Sousa e Cátia
Faria lideram o negócio, contando com
o apoio de uma colaboradora. “Aposta­
mos muito na formação, dado que
neste ramo surgem, constante­mente,
novas tecnologias. Para dar resposta
às solicitações dos nossos clientes,
fazemos um investimento regular em
novos equipamentos”.
Para 2014, Júlia Sousa revela que
pretende, “continuar a desenvolver o
bom trabalho prestado e, se possível,
melhorá-lo. Queremos dar sempre o
nosso melhor e manter os clientes o
mais satisfeitos possível”.
Fevereiro I 63
I Portugal Inovador
“O sucesso do cliente
é o nosso sucesso”
Armando Mota criou a Inforcávado, uma firma que se
dedica ao desenvolvimento e implementação de software
para empresas Têxteis.
Armando Mota
A
rmando Mota nasceu no
mundo da Têxtil, um negócio
da família. “Passava o meu tempo
entre o escritório e a confeção. Foi
assim que nasceu o meu gosto
pelos computa­dores e pela Têxtil”.
Esta pai­xão levou-o a licenciar-se
em infor­mática de gestão. Terminado o cur­so, começou por trabalhar
no desen­volvimento de um software
de gestão para uma empresa têxtil
da região. Em 2002, dentro da
mesma área, resolveu abrir o seu
próprio negócio.
Desta forma nasceu a Inforcávado, direcionada para a criação,
desen­volvimento, implementação
e assis­tência de software para
empresas têx­teis. Armando Mota
64 I Fevereiro
explica-nos as áreas de atuação da
empresa: “Criámos o ATOMGEST,
um programa de gestão comercial.
Fizemos o mesmo com o PROtextil
para a vertente de gestão de produção. Como complemento às nossas
soluções, temos também o Primavera Software, relógios de ponto, e
a assistência técnica ao Hardware.”
Trabalho de qualidade,
em constante evolução
A Inforcávado colabora com
empresas de renome no tecido
em­presarial, como a Têxtil António
Falcão que produz meias e collants,
a Fitexar que faz o mesmo com
fios texturiza­dos, Givec, BECRI e
Valerius na área de confeção, e
a Matias e Araújo na área de tecelagem, entre muitas outras. Isto
exige muita qualidade ao trabalho
desenvolvido: “Estamos numa área
em constante evolução. O produto
nunca é dado como acabado, pois
podemos sempre melhorar e inovar.
Isto acontece, porque temos que
adaptar o produto às necessi­dades
dos clientes, ao desenvolvi­men­to
tecnológico, e aos requisitos legais
vigentes. Temos por isso que estar
sempre muito bem informados a
todos os níveis e em constante
formação”.
“O sucesso do cliente
é o nosso sucesso”
“A nossa empresa prima pelo
trabalho de proximidade com o
cliente. Gostamos de dar a cara
perante os pro­blemas. Trabalhamos
de forma personalizada para cada
empresa, pois as necessidades
nunca são co­muns a todas. O sucesso dos nossos clientes é o nosso
próprio sucesso”.
É por manter esta postura que
a Inforcávado já conquistou o seu
espaço no mercado. Contando com
dez funcionários (3 para suporte
técnico, 4 programadores, 2 para
análise e implementação e outro
para a administração). No futuro,
Armando Mota pretende, “continuar
a crescer mas sempre com os pés
bem aceites na terra. Os nossos
projetos a curto prazo passam por
continuar a investir no mercado
nacional criando novas solu­ções e
apostar em pontos estraté­gicos do
mercado internacional. Temos profissionais e Tecnologia suficientes
para isso!”, conclui. I
Portugal Inovador I
Pedro Magalhães, arquiteto
Desenhos para
toda a obra
Pedro Magalhães desde cedo tomou o gosto pelo
desenho, influenciado pelos desenhadores da família.
Atualmente, é um dos nomes mais sonantes da
arquitetura do Minho.
D
“
esde muito novo que gosto
de desenhar. Fui influen­
ciado pelos vários desenhadores do
meu círculo familiar. Comecei a encarar o desenho como um tra­balho
a partir dos 16 anos. Colaborei com
alguns engenheiros e anos mais
tarde, na altura de prosseguir para
o ensino superior, escolhi, natural­
mente, arquitetura”.
“Não somos só artistas,
precisamos da prática”
Pedro Magalhães resolveu trabalhar por conta própria, mal se
licenciou: “Tive ótimos professores,
numa escola que baseava
muito o seu ensino na ver­
tente prática, o que foi muito
importante. Colaborei com
alguns dos meus professores
ainda durante a licenciatura,
o que me fez evoluir. Mal
ter­minei o curso, decidi logo
lançar-me por conta própria”.
Em 2007, criou a Pedro Magalhães Arquiteto
Unipes­soal, lda. Pedro Magalhães conta com mais dois
cola­boradores, re­corren­do
tam­b ém a estagiários em
ar­q uitetura. “Trabalhamos
com projetos públicos e
particu­lares, como o Centro
de Inves­ti­gação e Desenvolvimento
e o edifício de serviços centrais do
IPCA, sendo que já temos proje­
tado o Quartel dos Bombeiros
de Bar­celinhos, este em fase de
candida­tura a fundos para a sua
concre­tização. Temos também em
carteira um projecto algo inédito
em Bar­celos: tipologia habitacional
em apartamento, designada de
resi­d ência assistida em lar de
idosos, no Centro Social S. Verís­
simo. Mas também colaboramos
em projetos privados, como casas
e indústrias do tecido empresarial
barcelense”.
A empresa, “trabalha maioritari­
amente no norte com incidência no
Minho. Mas já o fizemos no resto
do país e a nível internacional. Não
fechamos os nossos horizontes,
só não entramos em projectos
que exijam mais que as nossas
possi­bilidades.”
Em cada cliente um amigo
Pedro Magalhães explica-nos
alguns pormenores em que difere
da concorrência: “tenho tidofeed­
back dos clientes, que dizem que
nos distinguimos, para além
da qualidade, pelo empenho,
pela proxi­midade, pela rapidez,
e pela dispo­n ibilidade. O meu
telemóvel está sempre ligado,
e não deixo nenhuma chamada
sem resposta. É reconfor­tante
ter clientes que me pediram o
projeto de construção das suas
casas ou fábricas e mais tarde
sou novamente solicitado para a
sua requalificação. Todo o cliente
torna-se mais um amigo”.
Requalificação em voga
Quanto ao futuro, Pedro Ma­
galhães está confiante: “Não sou
pessimista. Com os nossos cli­
entes e com a vontade de trabalhar,
as perspetivas só podem ser boas.
Atualmente a construção está a
enveredar pela requalificação. Há
muitas casas abandonadas no
centro das cidades que precisam
de ser repovoadas. É nessa área
que penso trabalhar nos próximos
anos”. I
Fevereiro I 65
I Portugal Inovador
“O contabilista é o melhor
amigo do empresário”
Cristina Oliveira fundou a Poupaconta, uma empresa de
renome no ramo da contabilidade em Barcelos. Baseando
o seu trabalho, “na verdade e na confiança com o cliente”,
Cristina Oliveira garante que “cada cliente é único e por isso
é tratado de forma específica”.
Cristina Oliveira
Formação permanente
C
ristina Oliveira começou a
trabalhar em contabilidade,
por conta própria, em 1994. Depois de algum tempo envolvida no
primeiro negócio, resolveu abrir a
Poupaconta, por conta própria, em
1998.
Frontalidade e rigor
“Defendo que todos os prestadores de serviços devem ter manter
relação franca e aberta com os
clientes. Precisamos de confiar no
cliente, mas também é necessário
que este confie em nós. Costumo
dizer que o contabilista é o melhor
amigo do empresário. É necessário
sentir a realidade de uma empresa
para estarmos habilitados a aconselhar da melhor maneira.”
66 I Fevereiro
Poupaseguros
Em 2009, Cristina fez o exame
de mediação de seguros (inscrita
no ISP como agentes de seguros
com o nº 2009/3973) e por isso
resolveu criar o PoupaSeguros,
como profissional liberal. A atividade de mediação surge como
um complemento à contabilidade,
procurando desta forma prestar
um serviço mais completo ao seu
cliente. “Os seguros tornaram-se
então um complemento da contabilidade. Articulando-os da melhor
forma podemos tirar grandes vantagens para as finanças dos nossos
clientes. Por vezes, as pessoas não
estão totalmente atentas a estas
situações e compete-nos a nós
geri-las da melhor forma.”
A contabilidade é uma área
sujeita a enormes alterações. Por
isso, Cristina Oliveira explica-nos:
“A lei está constantemente a ser
atualizada, por isso temos que estar
em constante formação. Tanto nós
como os clientes são muito exigentes e queremos prestar o melhor
serviço possível. Temos por isso
que estar atentos a qualquer alteração, para nos podermos adaptar
rapidamente”.
Cliente único
“Nesta empresa cada cliente é
tratado de forma muito específica,
pois nunca a resolução de um caso
é igual à do outro. A Poupaseguros
trabalha com várias empresas de
renome no ramo, como a Allianz,
Popular Seguros, e Lusitânia Seguros”. I
Portugal Inovador I
Câmara Municipal
de Odivelas
Susana Amador, presidente da Câmara
P
orque queremos um concelho
mais empreendedor, a economia e o emprego estarão no centro
da nossa decisão política. Assim,
procederemos ao lançamento de
uma incubadora de empresas na
Ramada, e para combater a austeridade que nos é imposta, garantiremos uma redução fiscal progressiva.
Manteremos a isenção da Derrama, agora por um período de
cinco anos, com a possibilidade de
prorrogação por igual período, às
empresas que instalem a sua sede
social no concelho de Odivelas, durante aquele período, e que, cumulativamente, criem novos postos
de trabalho ou provem não terem
reduzido o número de postos de
trabalho relativamente ao ano anterior, como um contributo importante
para dinamizar e fortalecer o tecido
empresarial do concelho, como setor
indispensável ao desenvolvimento
sustentável do nosso território.
E para aliviar as famílias da carga
fiscal procedemos à diminuição do
IMI a aplicar aos prédios avaliados
ao abrigo do CIMI para 0,375% (taxa
máxima 0,5%), mantendo-se para
os prédios urbanos 0,675% (taxa
máxima 0,8%).
Ainda neste eixo, renovaremos
a nossa missão de afirmar Odivelas
no Roteiro Gastronómico e de Lazer.
Porque queremos um concelho
mais sustentável, é objetivo central
do Executivo municipal fazer de
Odivelas um concelho, em que o
ordenamento do território, a reabilitação do património e dos espaços
públicos, a par da preservação e recuperação das principais componentes ambientais, urbanas e culturais,
sejam os vetores estratégicos do seu
desenvolvimento.
Continuaremos, pois, a missão
complexa do ordenamento do território, cuidando dos nossos bairros,
legalizando, rececionando e regenerando, com um orçamento que
permite que o ano de 2014 seja,
também, o ano da discussão pública
e aprovação, pelos órgãos competentes, do novo PDM.
Procederemos à requalificação
do edificado de interesse municipal
e rejuvenescimento das áreas envelhecidas, catapultando o ambiente, a
energia e a mobilidade para desígnios estruturantes neste mandato.
Ao nível dos investimentos previstos para 2014 assinalam-se,
ainda, os projetos de reabilitação da
Quinta do Espírito Santo, da Quinta
das Águas Férreas e a construção
do Centro Interpretativo das Águas
de Caneças, na Fonte das Piçarras,
intervenções que estão orçadas em
1.563.462,00€, no âmbito da candidatura apresentada pelo município
e aprovada pelo IHRU.
Porque queremos um concelho
mais próximo, iremos aprofundar
a governação eletrónica e a cidadania, por forma a combatermos
esse grande sinal de desencanto
perante a política e pelos políticos
que foi a abstenção, com o projeto
Ser Cidadão e a Assembleia Municipal Jovem.
Potenciaremos diariamente a
cultura, para a qual contribuirá a
criação da Orquestra Municipal Jovem, em parceria com a Sociedade
Musical e Desportiva de Caneças, e
o desporto como pilares essenciais
da cidadania e do desenvolvimento
integral.
O ano de 2014 será, ainda, o ano
da reformulação dos programas de
apoio municipal ao movimento associativo, visando adaptá-los às novas
realidades e adequando os apoios,
para que o desporto em Odivelas, e
o associativismo em geral, que são
exemplos de cidadania, contem com
apoio municipal no desenvolvimento
das suas atividades.
E será, também, o ano da abertura da nova Esquadra de Trânsito
na Póvoa de Santo Adrião.
Porque queremos um concelho
mais inclusivo, apostaremos mais
uma vez na educação, na escola do
ser e na requalificação permanente
do parque escolar - destacando-se
a requalificação da Escola Maria
Costa - e na solidariedade e inovação social continuando a gerar mais
vagas para a 3ª Idade, deficiência e
crianças em risco.
Com o orçamento para 2014,
continuaremos a fornecer as refeições aos nossos alunos do 1º Ciclo
e jardins-de-infância do ensino básico da rede pública, e manteremos a
oferta dos livros escolares.
Potenciaremos uma saúde mais
acessível para todos, concluiremos
o apoio às entidades que concorreram ao PARES e prepararemos
apoios futuros para novos equipamentos sociais, designadamente
as Florinhas da Rua e o Complexo
Santa Teresinha. Operacionalizaremos um sistema de apoio de utentes
vulneráveis nas novas USF e criaremos uma loja social júnior na Póvoa
de Santo Adrião.
Celebraremos, diariamente, a
cultura e o desporto como pilares
essenciais da cidadania e do desenvolvimento integral,
a Presidente da Câmara de
Odivelas
Fevereiro I 67
I Portugal Inovador
Paixão pela educação
Ricardo Martins
Com 41 anos de história, o grupo Pedago está focado
no desenvolvimento sociocultural dos seus formandos.
Ricardo Martins, administrador do grupo, abordou
vários aspetos relacionados com o Instituto Superior
de Ciências Educativas. As relações interpessoais e a
partilha de conhecimento são estratégias-chave.
A
Editora Pedago, o Instituto
de Ciências Educativas, o
Externato Pica-Pau, a Quinta da
Montanha e o Health Club H2OVita são algumas das instituições
que estão sobre a tutela do grupo Pedago, incluindo o Instituto
Superior de Ciências Educativas
que, atualmente, é o segundo
maior empregador do Município
de Odivelas: “Desenvolvemos
projetos na área da educação e
abrangemos todos os níveis de
ensino. Somos o projeto educativo português mais intergeracional, desde o berçário ao ensino
superior, incluindo uma editora
académica e outras estruturas de
educação não formal. Olhamos
para o ser humano nas suas diferentes dimensões, apostando-se
no seu desenvolvimento eclético.
Perspetivamos a educação no
seu todo, num horizonte a longo
prazo”, começou por dizer.
68 I Fevereiro
ISCE
Ricardo Martins fez questão de
sublinhar a marca diferenciadora do
Instituto Superior de Ciências Educativas: “Apesar de cada um dos
nossos projetos ter a sua missão,
existe convergência nas crenças e
valores associados, procurando-se
sinergias que visem a identidade
comum. Nas nossas instalações
respira-se educação, são autênticos laboratórios de investigação-acção, onde existe um interrelacionamento permanente entre os
docentes das diferentes estruturas”,
continuou o administrador.
Com um universo de 300 milhões de falantes da língua portuguesa em todo o Mundo, o administrador do grupo Pedago realça a
importância na cooperação do ensino superior além-fronteiras: “Em
termos de ensino superior, temos
uma abrangência global, nomeadamente com os PALOP. Temos vários
projetos construídos em parceria
com os países lusófonos e uma
grande dinâmica de acolhimento
de estudantes falantes da língua
portuguesa. Gostamos de mostrar
aos nossos estudantes estrangeiros o que Portugal tem de bom”.
Acrescentando ainda que a grande
aposta, previamente estabelecida,
passa pela afirmação no mercado
de língua lusa, deixando alguns
reparos à legislação portuguesa no
que toca à partilha do conhecimento: “A nossa aposta passa por nos
afirmarmos no mercado de língua
oficial portuguesa. Existe potencial
que não está totalmente explorado.
Há todo um conjunto de serviços
e conhecimentos que poderão ser
mais desenvolvidos. Nós ainda temos uma legislação muito fechada
nesse aspeto, estando limitada a
possibilidade de desenvolver projetos de formação fora da instituição.
Algo que considero desadequado
para o paradigma social em que
vivemos”, referiu.
I&D
O centro de investigação tem
um papel crucial no desenvolvimento científico-tecnológico do Instituto
Superior de Ciências Educativas.
As parcerias com variados centros
de investigação de outras instituições têm granjeado um grande
foco por parte da administração.
Também as parcerias e protocolos
com empresas enquadradas nos
departamentos existentes no instituto, são pensadas e definidas: “No
departamento de educação, temos,
essencialmente, parcerias com instituições de ensino privado. Na área
social e cultural, temos parcerias
com ONG´s, IPSS’s, autarquias,
lares e projetos comunitários.
Quanto ao departamento de ciências do desporto, estabelecemos
parcerias com clubes desportivos,
federações ou health clubs. Quando perspetivamos a formação em
turismo, olhamos para o nosso país
e tentámos perceber o seu posicio-
Portugal Inovador I
namento. Posto isso, reformulámos
o nosso curso de turismo de forma a
apostar na qualificação dos nossos
formandos preparando-os para os
dez produtos turísticos definidos no
Plano Estratégico Nacional do Turismo”, mencionou Ricardo Martins.
A evolução constante da qualificação profissional dos quadros
do Instituto Superior de Ciências
Educativas tem recebido especial
atenção, por forma a prestar a melhor formação a quem frequenta a
instituição: “Temos aproveitado este
período conturbado do nosso país
para nos reinventarmos enquanto
projeto educativo, mantendo os
pilares que nos fizeram atingir 41
anos de vida, introduzindo outros
que nos projetarão no futuro.
Temos apostado fortemente na
qualificação dos nossos quadros,
incentivando-os para o envolvimento em projetos globais, adquirindo
novas visões, novos conhecimento,
revertendo-se em mais-valias para
a instituição”, realçou o administrador.
Com um notório decréscimo do
número de alunos que frequentam o
ensino superior em Portugal, Ricardo
Martins defendeu que o aluno deve
ter livre arbítrio no que toca à seleção
do projeto de ensino a frequentar,
devendo o Estado dar esse passo.
Relembrou ainda a importância das
instituições privadas de ensino nos
arredores suburbanizados das grandes cidade: “Na década de 80, várias
instituições privadas foram convidadas a fazer investimentos em regiões
menos urbanas. Foi o ensino privado
que levou mais qualificação para
esses locais”. Todavia deixou uma
mensagem de apreço pelo trabalho
realizado pelo grupo Pedago: “Este
projeto é feito de pessoas para pessoas, onde qualquer criança, jovem
ou adulto é visto como um familiar.
Os nossos alunos estarão bem preparados para a sua vida profissional
e para exercerem cidadania ativa”,
afiançou o administrador. I
Fevereiro I 69
I Portugal Inovador
A Aventura do Ensino
“Educar é praticar uma pedagogia, com suporte afetivo
sólido, com dinamismo, interatividade e evolução, essencial
no desenvolvimento global da criança”, esta é a base de
funcionamento do Externato de Santo Adrião, divulgado por
Maria Dulce Ribeiro, a diretora pedagógica.
P
“
rocuramos que todas as
crianças se sintam inte­
gradas na nossa família, saibam
que no Externato podem expôr as
suas opiniões e serem ouvidos com
atenção. A nossa missão é promover a convergência de saberes,
levando ao sucesso escolar e a uma
for­mação humana que sustente a
sua vida futura” confirma a nossa
entrevistada.
Fundado em 1973, esta insti­
tuição preocupou-se imediatamente
com a instrução de valores corretos, não só para a aprendizagem,
mas também para a convivência
na sociedade. Em julho de 2013,
Maria Dulce Ribeiro tornou-se a
nova cara da gerência, consigo
trouxe a vontade de se impor pela
diferença e pela interatividade
social. “A integração na sociedade
passa pela facilitação de interação
entre as crianças e todos os nossos cola­boradores. Acredito numa
pedagogia aberta em que a comunicação entre os nossos membros
70 I Fevereiro
“
Acredito numa
pedagogia aberta em
que a comunicação entre
os nossos membros é
essencial na formação
do caráter da criança”
é essencial na formação do caráter
da criança” defende a diretora.
O ensino
Nesta primeira abordagem com
a vida real, os alunos têm possi­
bilidade de enveredar por áreas
extracurriculares como o judo,
música ou informática ou escolher
entre a língua francesa e inglesa. O
colégio conta com o apoio de dois
professores do ensino básico, três
educadoras, quatro auxiliares, uma
administrativa e cinco professores
das atividades extracurriculares.
Na estrutura constam duas salas
de pré-escolas e duas de ensino
básico, com alvará total para perto
de 120 crianças.
As classes etárias presentes
vão desde os três até aos nove
anos sen­sivelmente, e neste estabelecimento de ensino encontram-se, atual­mente, setenta crianças.
Para além do ensino pré-escolar e
básico, dis­ponibilizam outra panóplia de ativida­des extracurriculares
para os jovens da comunidade a um
custo mínimo.
“O Externato Santo Adrião en­
contra-se aberto ao sábado para
além dos dias úteis e os nossos
alu­n os encaram a escola como
uma segunda casa, daí sabermos
que os pais depositam a sua fé em
Portugal Inovador I
nós”, explica Mª Dulce, assegu­
rando que, “tentamos integrar os
pais, de forma extremamente ativa,
nas festividades que elaboramos
para envolver a sociedade no que
fazemos”.
No futuro…
Atualmente adquiriram uma casa
de madeira, onde tencionam estruturar uma biblioteca para os alunos,
estando em vias de adquirir novas
instalações, de modo a poderem
abranger uma área mais extensa
aos arredores de Santo Adrião. Maria Dulce referiu-se à necessidade
de se promover uma relação entre
os estabelecimentos de ensino e o
meio, por forma atingirem um maior
número de atividades extracurriculares totais, ou seja, “temos de nos
tornar uma col­meia, de ser solidários
entre nós, principalmente no que
toca a ofertas extracurriculares que
não constam das nossas valências,
mas que podemos encontrar num
outro colégio na nossa zona”.
Maria Dulce defende que, “como
cidadãos temos a obrigação de
contribuir com a parte social para o
crescimento das crianças”, portanto,
procuram criar no colégio um ambiente alegre e inspirador assente
nos valores cívicos. I
Fevereiro I 71
I Portugal Inovador
Dedicação Musical
Atuando numa área de ensino bastante exigente e
que requer muita dedicação e prática, encontrámos o
Conservatório de Música D. Dinis. Carlos Gomes, diretor,
falou-nos sobre as suas instalações, valências e a
importância do estudo musical.
F
undado em 1991, estas
insta­lações foram inicial­
mente reconhe­cidas como Con­
servatório Regional de Loures mas,
após a divisão do concelho, passou
a pertencer a Odivelas. Desde a sua
criação que a direção tem verificado
um cresci­mento dentro do município, uma vez que começaram com
perto de 50 alunos e hoje já contam com 600 alunos, dos quais 70
pertencem ao ballet e os restantes
dedicam-se ao estudo da música.
O Conservatório divide-se numa
direção partilhada - pedagógica, financeira e administrativa, sendo que
o seu corpo docente é formado por
52 professores efetivos, contando
com o apoio de nove funcionários.
Ultimamente, esta instituição tem
procurado a expansão das suas ins-
72 I Fevereiro
talações, por forma a impulsionar a
modalidade da dança, mas tam­bém
para poder abranger outras áreas
artísticas tal como teatro. Com um
leque alargado de instrumentos
e 17 cursos de formação, o Con­
servatório conta ainda com a apren­
dizagem de novos estilos musicais,
em que o jazz, já iniciado este ano
letivo tem lugar de destaque, e com
a organização de diversos estágios
e masterclass no âmbito das várias
orquestras aí existentes.
Oportunidades de ensino
“Os alunos que pretendem estudar música na nossa instituição, ao
entrarem para o 1º ou 2º ciclo, estão
sujeitos a um processo rigoroso de
seleção que incide, não apenas na
experiência que o aluno já possa trazer, mas na dedicação com que ele e
os próprios pais e en­car­regados de
educação, encaram o estudo dum
instrumento” informa Carlos Gomes.
Assim, explica-nos que a opção
mais procurada no início da forma­
ção musical é o ensino arti­culado,
onde o aluno é comum a esta insti­
tuição e a uma escola de ensino
re­gular pública, sendo que as três
dis­ciplinas obrigatórias são leciona­
das entre as duas escolas até ao
3º ciclo.
“Já no secundário, existe uma
prova de aptidão artística de acesso a este nível de ensino, em que
o número de disciplinas aumenta
consideravelmente, pois a música
passa a ser encarada como um pos­
sível futuro profissional. Na maioria
dos casos, o formando que acaba o
secundário candidata-se ao ensino
superior.
O Conservatório organiza cerca
de 80 atividades por ano nas suas
instalações, e na comunidade envol­
vente aonde há oportunidade para
divulgar as suas valências e, ao
mes­mo tempo, despertar um interesse musical nos mais jovens. Carlos Gomes esclarece que, embora a
formação profissional musical seja
alvo de maior procura no estrangeiro, Portugal tem evoluído bastante
nos últimos anos e tem não só criado
músicos, como ouvintes aprecia­
dores de música de quali­dade. I
Portugal Inovador I
“O investimento na educação
deve ser a prioridade”
Exercendo advocacia na comarca de Loures com
escritório em Odivelas, José Carlos Ginja defende o
investimento na educação como a arma mais eficaz no
combate ao crime.
José Carlos Ginja, advogado
A
ssume a profissão de advogado como uma missão,
“a mais livre e nobre de todas as
profissões”, confessou que o facto
de ter começado a assistir a julgamentos desde o 1º ano do Curso
de Direito, influenciou a escolha
da advocacia em detrimento do
seu sonho inicial, a magistratura:
“Escolhi o curso de Direito e a
advocacia por amor à Justiça e
aos valores que esta representa.
O Advogado é um ser “livre”, tem
um campo de actuação mais amplo
que o Juíz, informa, aconselha, é
a voz do cidadão nos tribunais…
Resolver os problemas daqueles
que o procuram é o que o move.
O juiz, é um aplicador do Direito ao
caso concreto e a Justiça não está
apenas na Lei e na sua aplicação”,
começou por dizer.
Aumento da Criminalidade
Com o número de presos aumentar, José Carlos Ginja acredita
na recuperação dos homens e
mulheres que um dia erraram:
“O sistema penal e prisional não
podem ser entendidos como uma
espécie de vingança coletiva,
mas sim, numa perspectiva de
prevenção e ressocialização do
ser humano, diminuindo, assim,
os casos de reincidência. O investimento na educação, quer dentro,
quer fora das prisões, deve ser “a
prioridade” de qualquer sociedade
que pretende ver os seus indíces
de criminalidade diminuirem ”,
continuou.
Quanto aos aspetos positivos
e negativos do sistema judicial
Português, o advogado lisboeta
fez questão de dizer que as reformas da justiça, “devem estar
acima de qualquer guerra políticopartidária”, reclamando uma maior
celeridade processual, embora,
esta, não deva ser alcançada ao
arrepio dos direitos das partes envolvidas: “Não existe justiça num
processo que leva dez anos a estar
concluído, ainda que decidido correctamente pelo tribunal.”
Entende as críticas de que o
sistema judicial é alvo como: “uma
motivação para tentar alcançar
algo tão abstrato e inalcansável
como a justiça”.
É importante que o cidadão
consulte o advogado de forma
proactiva, numa perspetiva de
prevenção, e não reativa, quando
já existe o problema, como quase
sempre acontece, afiançou.
Deixou uma mensagem àqueles que têm o sonho de virem a
ser advogados:”Espero que os
jovens que aspiram abraçar esta
profissão, não se influenciem pelas
opiniões negativas e descredibilizadoras do futuro da advocacia em
Portugal. Trabalhem arduamente
para alcançar os vossos objetivos
e nunca desistam, façam-no já e
pensem no caminho.” I
Fevereiro I 73
I Portugal Inovador
Sorriso saudável
e de qualidade
Em 2010 surgiu a Quantidente, uma clínica médica
dentária criada por dois sócios sem relação direta a esta
área. Licenciados em Letras e Direito respetivamente,
Eduardo e a sua sócia Luciana decidiram enveredar por
um negócio e o ramo dentário foi consensual.
A
pesar do elevado número de
clínicas dentárias existentes,
tornou-se- lhes evidente a lacuna
no critério qualidade/preço. Daí, o
surgimento da QuantiDente, que
desde logo se propôs a preencher
esse vazio.
As valências desta clínica médica
dentária vão desde o tratamento mais
simples à reabilitação oral completa
através de implantes dentários. O
quadro clínico é composto por sete
médicos dentistas, de diversas especialidades, apoiados por duas assistêntes dentárias e um recepcionista,
trabalhando em conjunto de forma
a encontrar as melhores soluções
para o tratamento de cada paciente.
A clínica também dispoe de outros
serviços, nomeadamente, aconselhamento psicológico para adultos
e crianças, consultas de nutriçao, e
agora, também, medicina estética,
mesoterapia e preenchimento facial
com ácido hialurónico.
74 I Fevereiro
A clínica beneficia de parcerias
com diversas entidades de referência
na emissão e administração de planos
de saúde dentária. À qualidade do
serviço, junta a simpatia com que lida
com os pacientes, ajudando a desmistificar a ideia ainda um pouco assustadora que esta área ainda suscita em
muita boa gente. Também, a oferta
da primeira consulta para avaliação
do estado dos dentes e boca poderá
poderá influenciar a opção da procura
por parte dos novos utentes da clínica.
Eduardo afirma que “gostamos de ter
oportunidade de ajudar as pessoas e
tentamos sempre arranjar o melhor
modo de o fazer, seja através de um
pequeno ajuste no orçamento ou a
pura e simples oferta de um serviço
adicional.”.
Ponderação, bom senso, e muito
rigor na selecção dos profissionais são,
segundo ele, os pilares que suportam
a atividade. “ Há da nossa parte, uma
preocupação elevada no sentido de
garantir altos padrões de qualidade na
prestação dos serviços, a custos suportáveis, sem prejuízo do cumprimento
das normas de segurança e higiene.
Nesta atividade temos de nos moldar
aos nossos utentes e isso reflete-se
no nosso horário alargado de serviço”
afirma o nosso entrevistado. Por outro
lado, acrerscenta que “atualmente, estamos a elaborar um protocolo dentário
muito atrativo destinado à estrutura civil
deste concelho - câmara municipal, junta de freguesia e empresas municipais”.
Em jeito de conclusão, Eduardo declara que conta com umas instalações
adequadas aos seus serviços que a
clínica é reconhecida positivamente
pelo modo de lidar com sensibilidade e
responsabilidade numa área que causa
alguma preocupação para os utentes. I
Portugal Inovador I
Gás da Pontinha
Com 50 anos de existência, a Pontigas é uma empresa
de distribuição de gás de garrafas da marca OZ Energia,
atuando em Lisboa, Odivelas, Loures e freguesias
vizinhas.
Equipa da Pontigás
J
oão Luis Santos é o
pro­­prietário da empresa desde janeiro de 2012, quando a comprou á família de Decio Munoz, seu
atual encarregado geral.
Com formações do Instituto Tecnologico do Gas e certificações da
DGE, os sete colaboradores exis­
tentes nos dois estabeleci­mentos,
têm os requisitos neces­sários para
trabalhar nas áreas de distribuição,
montagem e instalação de gás.
“Uma das principais preocupa­
ções da firma é empregarmos
técnicos com formação, para assim
contribuírem para um serviço de
excelência”, confirma João. “No
que diz respeito á prestação de
serviços, a Pontigas dedica-se não
só à instalação e distribuição de
gas, mas também na verificação
“
Uma das principais
preocupa­ções da firma
é empregarmos técnicos
com formação, para assim
contribuírem para um
serviço de excelência”
das insta­lações para as inspeções
obriga­tórias das instalações. Oferecemos um serviço integrado de
venda e assistência técnica que se
sobressai perante a concorrência,
alguma dela muito pouco escrupulosa”.
A estrutura de logística está localizada num parque de armazena­
gem e a distribuição de gás propano
e butano é feita por técnicos espe­
cializados.
“
Apesar da marca ter
cinco anos em Portugal,
é herdeira de um historial
enorme vinda da ESSO,
e a Pontigas tem bastante
responsabilidade dentro
da marca e queremos
continuar a ser uma
referencia na OZ Energia”
Da marca OZ Energia, são os
únicos distribuidores de Lisboa, e
admitem que têm orgulho em dizer
que são os maiores distribuidores
desta marca em Portugal. “Apesar
da marca ter cinco anos em Portugal, é herdeira de um historial enorme vinda da ESSO, e a Pontigas tem
bastante responsabilidade dentro
da marca e queremos continuar a
ser uma referencia na OZ Energia”,
explica o proprietário.
Para além de ser uma empresa
especializada em distribuição de
garrafas de gás ao domicilio, atua
também noutra vertente merecedora
de reconhecimento: a distribuição
de gás canalizado em aldeamentos
e condomínios privados.
Ultimamente, João Luis tem
reparado que “um dos problemas
mais comuns desta área é a má
utilização e a falta de informação do
produto.” Oferecemos um serviço
completo de proximidade ao cliente,
onde aquando da distribuição, infor­
mamos o cliente sobre os cuidados
a ter com as garra­fas, e deste modo
os clientes ficam melhor informados
e sensibilizados para esta forma de
energia” afirma.
A Pontigás, mantem um serviço
de proximidade ao desporto, patro­
cinando o Torneio Juvenil de Futebol
da Pontinha e a equipa senior de
Rugby do Rugby Vila da Moita, da
2ª Divisão Nacional. I
Fevereiro I 75
I Portugal Inovador
Limpar a fundo
A M.D Serviços dedica-se à limpeza de vários tipos de
infraestruturas, prestando uma manutenção continuada
e assegurando assistência técnica ao domicílio, feita
por colaboradores especializados em toda a região
metropolitana de Lisboa.
Daniela e João Boboc
A
ntes da criação da empresa,
Daniela e João Boboc tra­
balhavam no setor das limpezas
e construção civil, respetivamente. Contudo, a conjuntura
económico-financeira obrigou-os
a encontrar uma nova solução
profissio­nal. Em 2012, decidiram
iniciar a atividade: “Come­çámos
em março. A empresa foi criada
com objetivo de dar resposta às
necessidades dos clientes que
procu­ram vários serviços recorrendo ape­nas a uma empresa”,
inicia Daniela Boboc.
“Não importa se tem um vidro
para limpar ou uma torneira a
pingar… nós tratamos!”
76 I Fevereiro
Desde a limpeza de condomínios, vitrificações ou assistência
técnica até ao sistema de canalização ou eletricidade, a M.D.
Serviços tem um diversificado
leque de serviços ao dispor dos
seus clientes: “Fazemos limpeza
de condomínios, empresas, casas particulares, apartamentos
turísticos e asseguramos serviços
de manutenção em sistemas elétricos, canalização, remodelação
ou revesti­m ento de paredes e
pavimentos”, acrescentaram.
Com uma nobre preocupação
pelo meio ambiente, o trabalho
prestado pela M.D. Serviços
rege-se pelo uso de produtos
específicos para todos o tipo de
pavimento (compostos por uma
quantidade reduzida de quí­
micos), uso de fichas técnicas e
máquinas aspiradoras e de lavar
com capacidade para artigos de
várias dimensões: “Temos várias máquinas. Preocupamo-nos
que fossem de qualidade e que
correspondessem aos trabalhos
para os quais somos requisitados, de forma a poder aceitar
qualquer trabalho de limpeza. Já
limpámos áreas com 2000 metros
quadrados”, recordam.
Embora sendo uma empresa
recente no mercado, o trabalho
tem dado frutos e a satisfação
dos clientes tem sido notória.
Impreterivelmente, a concorrência está sempre presente:
“A competitividade é complexa.
Quando nos comprometemos a
fazer certo tipo de trabalho, é
porque o conseguimos executar.
As outras empresas relacionadas
com a nossa área tem a estratégia delas, nós temos a nossa”,
sublinharam.
É no presente que o futuro se
constrói. Capacitada para qualquer tipo de trabalho enquadrado
na sua panóplia de serviços, Daniela e João Boboc ambicionam
tornar a M.D. Serviços a escolha
número um para a limpeza, manutenção e assistência técnica
do seu espaço. I
Portugal Inovador I
Doces com descendência
nortenha
O nome Viriato, com descendências nortenhas,
encontra-se em Odivelas na área da pastelaria. Da sua
experiência como pasteleiro, Armando Sousa dedica
o seu amor pela área a novas receitas e José Ramos
aplica a sua formação e experiência de atendimento no
aperfeiçoamento da equipa das casas Viriato.
G
erentes e fundadores,
Armando e José decidiram
criar a Pastelaria Viriato em 1996,
e a escolha de área para iniciar um
negócio não foi difícil porque ambos
nasceram na área da restauração.
Cinco anos após a cons­trução da
primeira Viriato, os dois sócios deci­
diram criar uma nova pas­te­laria e um
restaurante onde tivessem oportuni­
dade de demonstrar os seus dotes
culinários, pasteleiros e de gestão. Na
totalidade, contando com a paste­laria
em Venda do Pinhei­ro e o restau­rante
na Ramada, Arman­do e José empregam 39 pessoas.
A saborear
Da sua lista de especialidades
constam os pastéis de nata, como
a primeira e principal especialidade,
a marmelada branca e o chiffon de
choco­late. Para além destas, a paste­
la­ria tem apostado no fabrico de geleias de mar­melo, doces, bombons e
amêndoas, e também a venda de chás
e infusões próprias deste estabelecimento. Na área de padaria também
têm disponi­bilidade de fabrico próprio
e variados géneros de panificação.
“Quando vou para a cozinha tenho
uma tela em branco! Não se pode
apoiar apenas nas técnicas para fazer
algo, mas sim na paixão com que se
faz, o que faz das nossas especiali­
Arman­do e José, gerentes
dades isso mesmo. Tudo se torna
grande quando é feito com intenção
de fazer bem, por isso digo que não há
pormenores, há por maiores” confiou-nos Armando.
Reconhecimento
Pela Pastelaria Viriato passam
cerca de 1500 pessoas por dia, e de
modo a inovar as instalações para
os seus clientes habituais ou não,
inves­tem na apresentação: “cada dia
é um novo dia e há uma necessidade
de não nos deixarmos adormecer,
de inovar­mos constantemente, essa
preocupa­ção é o que nos mantém
ati­vos. Tenta­mos estar em primeiro
lugar neste negócio, mudamos a
nossa deco­ração constantemente
e a ima­gem dos nos­sos produtos”
explicou José.
Em fim de conversa admitem
que têm sempre a preocupação em
aperfeiçoar o que aprendem e em
manter um bom relacionamento com
os colaboradores, para lhes transmitir
e ensinar o melhor caminho para um
bom antedimento aos clientes. I
Fevereiro I 77
I Portugal Inovador
Verdadeira internacionalização
O ano de 2014 tem tudo para ser marcante na história da
Moldegama. Com o seu volume de trabalho direcionado para
um dos setores empresariais mais exigentes do Mundo,
Andreia Fortes acredita que a empresa está entre os maiores
exemplos de empreendedorismo do nosso país.
Equipa da Moldegama
L
ocalizada numa pequena
freguesia de Alcobaça, segundo maior concelho do distrito de
Leiria, a Moldegama foi fundada por
um grupo de 11 pessoas com uma
grande visão de negócio. Hoje em
dia, estão inseridos numa SGPS
que contém mais duas empresas:
“Nasceu a poucos metros daqui,
em Ferraria Pataias. Foi criada por
11 técnicos na área dos moldes.
Cada um especializado numa etapa
de fabrico, mas todos já com muita
experiência no setor. Sabiam que
havia mercado, que havia oportunidade de negócio e decidiram criar
a empresa. Atualmente, esta está
inserida na HMM, juntamente com a
Moldegama Inovation e Moldegama
Plásticos”, começou por contar a
administradora.
Abordando a orgânica do fabrico
e os ramos em que se enquadram,
Andreia Fortes revelou quais são
e com quem laboram atualmente:
“A Molde­g ama posiciona-se no
setor automóvel. Cerca de 97% do
nosso volume de negócios destina-se a esse setorTra­balhámos com
os TIER 1, que são os grandes
fornecedores de primeira linha das
marcas automóveis. Temos uma
pequena percentagem dos nossos
trabalhos para pequenos nichos,
como a indústria farmacêutica e
telecomu­nicações, um valor residual
que quere­mos manter”, continuou.
78 I Fevereiro
A sua abrangência de mercado é realmente extensa, mas
estão deter­minados a chegar ao
tecido empresarial sul-americano:
“Trabalhámos muito por toda a
Europa e Rússia, onde estão as
casas-mãe de todas as grandes
marcas europeias. Mas estamos
em avançada fase de negociação
com o México. Chegamos inclusive a trabalhar durante alguns anos
no Brasil”, revelou Andreia Fortes.
A Moldegama, como outras
empre­sas do mesmo ramo, exporta a sua produção em larga
escala. Todavia, a administradora
confessou ser uma estratégia e,
ao mesmo tempo, uma necessidade de mercado: “A indústria
automóvel em Portugal é escassa
e residual. Tirando a AutoEuropa,
que é a mais conhecida e a maior
empregadora, não temos uma
indústria automóvel em linha final
que absorva o setor dos moldes e
plásticos. Se tivéssemos uma linha
automóvel ao nível da Alemanha,
que tem produção interna, haveria
mercado interno para absorver o
nosso trabalho”, argumentou.
De acordo com Andreia Fortes,
o setor automóvel e o fabrico inerente a essa área é extremamente
sofisticado, sendo exigido às empresas uma panó­plia de requisições técnicas, algo funda­mental
para aqueles que se pretendem
implementar como referência: “A
indústria automóvel é altamente
especia­lizada, quer em termos de
mão de obra, com a necessidade
de pessoal qualifi­cado, quer em
termos de maquinaria. Deve ser de
ponta, altamente tecnológica, que
exige investimentos avultados,
mas é uma condição do negócio.
Isto não é um trabalho em série,
mas sim protótipos, o que requer
conhecimento humano muito elevado”, frisou.
De portas abertas a parcerias
e partilhas com outras empresas
que se dediquem à produção de
moldes para o setor automóvel,
a Moldegama prepara-se para
atingir um objetivo desejado pela
sua administração desde longa
data. Em 2014, a empresa abrirá
uma nova unidade num outro
país europeu: “Este será o ano
da verdadeira internacio­nalização
da empresa. Iremos abrir uma
nova unidade na Europa. Era
uma ambição que tínhamos e,
por necessi­d ade dos clientes,
justifica-se nesta altura estarmos
fisicamente perto. Vai permitir-nos
dar um salto que se tornará um
marco deste ano de 2014”, revelou a administradora. O passado
já lá vai e é no presente que se
constrói o futuro. O ano transato
traduziu-se num balanço positivo
e o ano vigente será, ao que tudo
indica, recheado de sucesso.
Compro­vando isso, a Moldegama
possui na sua agenda uma série
de encomendas feitas pelos seus
fidelizados clientes: “O ano passado traduziu-se num excelente ano
para nós. Temos boas perspetivas
para este ano. Já temos em carteira um volu­me considerável, o que
nos deixa con­fortáveis. Em termos
de investimentos, tudo corre como
planeado. Contudo, será um ano
enquadrado na conjuntura nacional e europeia”, afiançou Andreia
Fortes. I
Portugal Inovador I
No topo do universo plástico
Sediada em Ferraria Pataias, no concelho de Alcobaça,
a Molding direciona a sua atividade para a indústria de
injeção de termoplásticos, posicionando-se como uma
referência nacional e internacional.
C
om cerca de 50 funcionários
e com uma considerável dimensão, João Barbosa e Miguel Silva,
ambos administradores, revelaram
um pouco da contextualização histórica da empresa: “É uma empresa
dedicada à injeção de plásticos,
provavelmente uma das mais antigas
no mercado nacional. Constituída em
1977, tem-se mantido no mercado ao
longo destes anos com várias alterações ao nível de oferta de soluções”.
Em relação aos produtos e serviços desenvolvidos nas suas infraestruturas e disponibilizados aos seus
clientes, a Molding foi sofrendo, ao
longo dos seus anos de existência,
várias alterações no que toca ao foco
de mercado. Atualmente, dedicam-se a três grandes áreas: “O objetivo
principal da empresa, aquando da sua
criação, foi o de servir como testadora
de moldes do grupo Somoplaste. A
partir da sua ligação com o mundo
dos moldes, a Molding criou a sua
própria gama de produtos de utilidade
doméstica, na área dos housewares
e puericultura. Essa foi a realidade da
empresa até à década de 90. A partir
daí, há uma evolução muito grande
nos seus objetivos. A Molding continuou a ter esse negócio, mas direcionou a maior parte da sua atenção para
a subcontratação dos plásticos técnicos, oferecendo soluções inovadoras
em termos de injeção, acabamentos e
desenvolvimento de eletrónica, para
três grandes setores: as telecomunicações, os eletrodomésticos e a área
automóvel”, esclareceu João Barbosa
e Miguel Silva.
Com uma constante evolução,
investindo em tecnologia de ponta e
com uma equipa altamente qualificada, será apenas dessa forma que
poderão enfrentar a competitividade
do mercado: “A indústria de plásticos
é completamente global. Quando
falamos em áreas tão específicas a
competitividade é muito feroz. E nós,
além da nossa capacidade técnica,
temos a capacidade de flexibilização
ao nível da oferta e de customizar
pequenas séries”.
Com um departamento próprio de
conceção e desenvolvimento, parcerias com a Universidade de Aveiro, o
Instituto Politécnico de Leiria e profissionais especializados, a Molding direciona cerca de 80% do seu volume
de negócios para a exportação.
A empresa possui a capacidade
de desenvolver soluções nas áreas
dos plásticos, mas também nas áreas
da eletrónica e software. “Em virtude
da nossa experiência no setor das
telecomunicações, temos uma gama
bastante alargada de conhecimentos
internacionais que nos permitem
buscar a melhor solução ao nível
de fornecedores de hardware, fazer
a montagem, desenvolver, testar e
customizar o software”, frisaram os
administradores.
Perspetivando um futuro positivo
e com previsões de crescimento a
médio prazo, a Molding está a desenvolver contatos com os países
nórdicos, de forma a conseguir levar o
seu produto a outras zonas do globo.I
Fevereiro I 79
I Portugal Inovador
Polir o sucesso
A Polytools nasceu há cerca de três anos e já
conquistou o mercado. Caminhando no sentido inverso
do país, a empresa não para de crescer. Com um serviço
de elevado rigor e qualidade, Acácio Pereira, sonha levar
o nome da empresa ainda mais longe.
Acácio Monteiro Pereira
A
cácio Monteiro Pereira é
gerente da empresa situada
na Marinha Grande. Com 40 anos de
idade, deté­m uma vasta experiência na
área, já entrou no mundo do polimento
há aproximadamente 16 anos.
“Inicialmente trabalhei por conta
de outrem. Mais tarde deslocava-me
às empesas por conta própria, onde
também aprendi imenso. Como o
meu trabalho era muito conhecido,
era naturalmente muito requisitado.
Tinha convites para trabalhar no
estrangeiro, ofertas com muito boa
remuneração, porém sempre tive o
sonho de criar uma empresa.”
A Polytools foi fundada a 17 de
março de 2011 com o atual gerente
e um sócio. “Alugámos um pequeno pavilhão em Casal Galego e
80 I Fevereiro
trabalhá­vamos apenas os dois com
o auxílio de uma administrativa ainda em part time.” A empresa não era
muito conhecida mas Acácio Pereira
continuava a ser procurado pelo seu
excelente serviço. Razão pela qual,
em poucos meses sentiram-se de-
masiado condicionados ao espaço.
“Em 29 de agosto de 2011 mu­
dámos para as instalações situadas
na Estrada de Leiria, junto à Jasmim,
e aumentámos o quadro de pessoal.”
Mas este não é o primeiro passo de
expansão da empresa.
“Em setembro de 2012, devido
a algumas divergências, convidei o
meu sócio a abandonar a empresa”,
que contudo continuou a evoluir
progres­sivamente.
Acácio Pereira decidiu mudar
para as novas e atuais instalações
a 29 de abril de 2013, devido ao
volume de negócios e à sua ambição
que não tem limite. “Ficámos com
mais espaço, melhores acessos e
umas con­dições excelentes para os
colaboradores, contando com sete
neste momento.”
Quanto aos serviços prestados: Qualidade, rigor e exigência.
São estas as linhas mestras da
Polytools. “Fazemos polimento
essencialmente em moldes para
plástico, mas também fazemos em
moldes para vidro e alumínio. Trabalhamos para Espanha, Alemanha,
França e Estados Unidos.”
Acácio Pereira vive para a em­
presa. “Não paro! Tenho uma cons­
tante necessidade de enfrentar
novos desafios e obter novas conquistas! Tento procurar novos clientes, começámos com meia dúzia e
hoje já temos mais de cinquenta.”
Quanto ao futuro, a ideia é cres­
cer: “A faturação de 2013 duplicou
em relação à de 2012. E em 2014 o
objetivo é duplicar ou mesmo triplicar a do ano anterior! Já obtivemos
propostas para abrir uma filial na
África do Sul e também no Brasil. E
posso revelar que seremos a primeira empresa portuguesa de polimento
a trabalhar para a aeronáutica!” I
Portugal Inovador I
Em prol do futuro do aluno
A Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo,
atualmente, possui um alargado leque de oferta
formativa, desde o ensino regular até ao profissional.
Todavia, o objetivo fulcral da instituição tem
permanecido o mesmo ao longo do tempo: assegurar
um futuro estável aos seus educandos.
Isabel Oliveira, a diretora da Escola
C
orria o ano de 1844 quando
o Li­ceu abriu as suas portas
à comu­nidade leiriense, neste momento continua a ser uma Escola de
referência na região. Em conversa
com a Portugal Inovador, Isabel Oliveira, a diretora da Escola, realçou
o trabalho desenvolvido nos cursos
profissionais: “Foram criados numa
lógica de necessidade regional. Existem muitas empresas a dis­ponibilizar
vagas para estágios, chegando até a
empregar os nossos alunos, o que é
ótimo. Pretendemos aprofundar a ligação às empresas e ter em atenção
as suas necessi­dades e exigências,”
começou por dizer.
Nas instalações da escola funcio­
nam, no presente ano letivo, três
“
Pretendemos aprofundar a ligação às empresas e ter em atenção
as suas necessi­dades
e exigências.
cursos profissionais: Técnico de
Turismo, de Design de Interiores
e Exteriores e de Processamento
e Controlo de Qualidade Alimentar. Na decisão de escolha de um
determi­nado curso, o aluno pode
contar com o apoio de vários profissionais na concretização da sua
opção final. “Temos a vantagem
de ter uma psicóloga e diretores
de turma que fazem um acompanhamento muito grande, estudam a
situação do aluno e atestam a sua
aptidão. Mas a vontade do aluno e
dos pais pre­valece sempre”, referiu
Isabel Oli­veira.
Com várias atividades e clubes
temáticos em curso, uma das preo­
cu­pações da diretora da escola
prende-se com a saída profissional
dos discentes, embora existam
aqueles que optam por prosseguir
a escolarização no ensino superior. “Temos alunos que fazem
os exames nacionais e, depois,
candidatam-se ao ensino superior
e procuram licenciaturas nas suas
áreas de estudo, como no caso
do Turismo. Outros começam a
trabalhar de imediato por variadas
razões. Verifi­camos que os cursos
profissionais têm resultado muito
bem, ultrapas­saram o inicialmente
esperado”, continuou a diretora.
Em final de conversa, Isabel
Oliveira salientou que a Escola
Secundária Francisco Rodrigues
Lobo mantém protocolos com o
Estabelecimento Prisional de Leiria, de forma a promover a futura
integração social e formativa dos
detidos, caso pouco comum em
Portugal: “A nossa escola continua
a ter uma oferta muito grande no
que toca ao ensino escolar, profissional e noturno. Temos, também,
proto­colos com o Estabelecimento
Prisional de Leiria e com o Centro
Protocolar de Formação Profissional para o Setor da Justiça, onde
os nos­sos professores continuam
a trabalhar com grande espírito
de colaboração institucional e de
for­m ação. Consideramos muito
impor­tante este envolvimento educativo”. I
Fevereiro I 81
I Portugal Inovador
“
Este ano está a começar de forma
positiva e já obtivemos novos
contactos. Os nossos clientes estão
satisfeitos e a grande perspetiva é
evoluir, inovar e crescer dentro deste
ramo de negócio”
Ana Rodrigues e Ana Gaio
Contabilidade Personalizada
Com apenas um ano de existência, a Leirirazão é
uma empresa de contabilidade e apoio à gestão,
apresentando-se já como uma referência na região de
Leiria.
E
m entrevista à nossa revista,
Ana Gaio e Ana Rodrigues,
repre­sentantes deste projeto, que
contam com larga experiência e
formação no ramo, explicam que
muitas firmas recorrem aos serviços
da Leirirazão, por sentirem a necessidade de um acompanha­mento
profissional ao nível da gestão. De
acordo com Ana Rodrigues, este
projeto foi criado para dar apoio
e ajudar ao cresci­mento das em­
presas: “Nós pensá­mos em apre­
sentar ao mercado um projeto que
não tratasse apenas contabilisti­
camente os documentos. Como tal,
prestamos também apoio à gestão
mensal dos nossos clientes, o que
lhes permite obter dados concretos
sobre a situação da empresa, possibilitando um inves­timento mais se82 I Fevereiro
guro e sustentado. Com humildade
e seriedade que­remos crescer para
e com os nossos clientes”, referiu a
nossa entre­vistada.
Apesar de não ter um cliente tipo
e de trabalhar com várias empresas
e particulares, nas mais diversas
áreas de atividade, a Leirirazão está
vocacionada, essencialmente, para
a contabilidade e apoio à gestão
empresarial. Segundo Ana Gaio,
“esta empresa, distingue-se no setor
da contabilidade pela inovação. Nós
quisemos ser diferentes e por isso,
decidimos fazer um acompanha­
mento personalizado ao cliente,
feito à medida das suas perspetivas
de negócio. Analisamos todos os
custos, adaptando e customizando
soluções para cada empresa, recorrendo a diversos parceiros em áreas
Serviços
Contabilidade Geral:
· Gestão de faturação
· Elaboração de dossier fiscal
· Recuperação de contabilidades
· Implementação e Execução
de Análises e Relatórios Perió­
dicos
· Relatório mensal de análise
contabilistica
Serviços de Gestão de Recurso Humanos:
· Assessoria Administrativa
· Reclamações fiscais
· Processamento de Salários
e respetivos subsídios
· Segurança Social e entrega das contribuições da Taxa
Social Única
Portugal Inovador I
“
Estamos no
mercado para
incentivar o retorno
ao crescimento de
muitas empresas
portuguesas”
distintas tais como comuni­cações,
seguros, segurança e higi­ene, medicina no trabalho e consu­míveis.
Desta forma, promovemos a redução dos gastos incrementando
o lucro”.
É fator saliente o trabalho de­
senvolvido área de projetos de
investimento e apoio a candidaturas
a sistemas de incentivos em parceria com a CH Business Consulting,
S.A. sob a égide do lema “É preciso
acreditar”.
Situadas no distrito de Leiria,
região que apresenta bons níveis de
crescimento empresarial, as nossas
entrevistadas acreditam que, “a Leirirazão tem tudo para ser uma firma
de sucesso”. Como fez questão de
acrescentar Ana Rodrigues, “estamos no mercado para incentivar o
retorno ao crescimento de muitas
empresas portuguesas”.
Com um balanço positivo no
ano de 2013, tanto Ana Gaio como
Ana Rodrigues esperam que 2014
seja um ano de crescimento, por
forma a poderem apoiar cada vez
mais clientes a gerir o seu negócio.
“Este ano está a começar de forma
positiva e já obtivemos novos contactos. Os nossos clientes estão
satisfeitos e a grande perspetiva
é evoluir, inovar e crescer dentro
deste ramo de negócio. O nosso
lema é: um por todos e todos por
um”, fomentamos a proximidade e
relação interclientes, e a criação de
novas oportunidades de negócio,
conclui Ana Gaio.
A responsabilidade social é um
objetivo para 2014. A Leirirazão
quer ir mais longe, envolvendo a
comu­nidade, parceiros, clientes e
amigos, unindo esforços e recursos
de forma a desenvolver ações de
Solida­riedade. I
Fevereiro I 83
I Portugal Inovador
A Arte nas mãos
A empresa, constituída pelos quadros superiores da
“Cerâmica S. Bernardo, SA”, foi adquirida por Elsa Almeida,
Jorge Horta e pelo consultor técnico Fernando Perpétua
(antigo quadro da Spal), encontrava-se em processo de
insolvência, mas o seu encerramento foi evitado.
Elsa Almeida, Jorge Horta e Fernando Perpétua
A
marca “S. Bernardo” foi
criada e registada em 1985,
pelas “Cerâmi­cas S. Bernardo, SA”.
O seu fundador, Manuel da Ber­
narda, arquiteto, sempre orientou o
rumo da marca, baseado na ideia de um design inovador e contem­
porâneo, mantendo-se como con­
sultor técnico.
A pedra angular da “S. Bernardo”, sempre foi e continua a ser, a
criativi­dade, a inovação e o design,
base­ando a sua politica na pesquisa e de­sen­volvimento do produto,
contando para tal, com uma equipa
interna de desi­gners e uma porta
aberta aos ar­tistas plásticos nacionais e interna­cionais.
84 I Fevereiro
Na “S. Bernardo” o cliente en­con­
tra uma vasta oferta diferenciadora
de artigos decorativos em faiança e
porcelana, com enorme diversidade
quer em formas quer em acaba­
mentos/decorações.
Sendo a porcelana decorativa a
nova gama de oferta de produtos em
desenvolvimento, o principal objetivo
da “Perpétua, Pereira & Almeida,
Lda” é dar continuidade ao trabalho
desen­volvido pela “S. Bernardo,”
continu­an­do com o seu princípio
orientador na aposta da criatividade, na inovação e no design.
Há um velho ditado que diz “de­
pois da tempestade, vem a bonança” e que encaixa perfeitamente
nesta situação.
O percurso da “Perpétua, Pereira & Almeida, Lda” dando continuidade ao trabalho desenvolvido
pelas “Cerâ­micas S. Bernardo”, tem
sido até à data uma aposta ganha,
justificando o reconhecimento de
terceiros, atra­v és do prémio de
“Empresa Exporta­dora 2013” atribuído pelo Nerlei e do selo “Ceramics – Portugal does it better” conferido pela APICER – Asso­ciação
Portuguesa de Indústria Ceramica.
Mais de 96% da produção da
“S. Bernardo” destina-se ao mercado externo, um pouco por toda a
Europa, mas em especial para os
Estados Unidos da América.
Numa tentativa de alargar os
mercados tradicionais, estamos a encetar negociações com clientes fora
dos mercados tradicionais, nomea­
damente Índia, China e Rússia.
Com a estratégia de exportação
bem definida e a colher frutos, a
nova administração da Perpétua,
Pereira & Almeida (S. Bernardo)
perspetiva um fu­turo risonho, sendo
um exem­plo de per­sistência, produtividade e ambição. I
Portugal Inovador I
Manuela Sábio com a equipa do grupo Transwhite
Rainha do transporte
além-fronteiras
O grupo Transwhite, projeto empresarial leiriense, é
composto por duas empresas de áreas diferentes, mas
que convergem entre si, por forma a proporcionar um
serviço que alia a eficiência e a rapidez.
O
início da sua atividade
remonta ao ano de 2004,
altura em que começaram por
prestar serviços com um camião.
Atual­mente, a sua frota é composta
por 31 camiões de cor branca e
fazem transportes entre Portugal,
Es­panha, Alemanha, Holanda e
Bél­gica. Manuela Sábio, gerente da
em­presa, falou-nos de forma geral
da sua empresa: “A Transwhite
come­çou em 2004, mas o cres­
cimento foi gradual sendo que, em
2008, tínhamos cerca de cinco camiões. A partir daí deu-se o boom,
surgindo a LogiQueen, direcionada
somente para a vertente logística”,
começou por dizer.
Com cerca de 90 funcionários a
colaborarem no grupo, a simbiose
feita por estas duas empresas é
importante para a eficiência do
serviço prestado: “Trabalhamos
em conjunto. Os clientes contatam
a LogiQueen, dando as ordens
de carga e estas passam para a
Transwhite que se encarrega do
seu transporte”, explicou Manuela
Sábio.
Distinguindo os serviços das
duas empresas, a Transwhite dis­
ponibiliza-se para fazer transporte
de produtos hortícolas, frutícolas
e bens alimentares de Portugal
para países europeus e vice-versa.
A logística associada a este tipo
de trabalho está atribuída à LogiQueen. “Faze­mos transportes de
carga sempre com temperatura
controlada em todos os serviços
de importação e exportação. Além
de um sistema de Track & Tracing e GPS instalado, temos dois
motoristas em cada camião que
alternam entre si, de forma a aliviar
o cansaço das via­gens. Quanto
ao planeamento, este é efetuado
por profissionais com larga experiência, oferecendo ga­rantias
aos nossos clientes”, sublinhou a
empresária.
Perspetivando o futuro, a cele­
ridade com que fazem o transporte
das mercadorias tem sido o principal fator da rapidez com que fidelizam os seus clientes. A mudança
para novas instalações também
está em cima da mesa: “Temos
conseguido fidelizar os clientes que
nos procu­ram, principalmente, pela
nossa capacidade de resposta.
Queremos continuar a crescer e,
no próximo ano, estamos a pensar
mudar de instalações”, concluiu a
gerente. I
Fevereiro I 85
I Portugal Inovador
Formação séria e à sua medida
Inserido no ramo da formação desde 1997, o Al.tius
concentra-se no ensino de qualidade com saídas
profissionais. Fundado pela atual diretora, Maria da
Conceição de Sousa, tem uma taxa de empregabilidade
de cerca de 90%.
O
Al.tius - Centro de Formação
Profissional, S.A. – entidade acre­ditada pela DGERT desde
1998, nasceu da sua antecessora,
a “Bela Forma - Estética e Fisioterapia Lda” que se dedicava à
formação na saúde, no desporto e
na estética.
Maria da Conceição de Sousa,
atual diretora, está ligada à formação
desde os anos 80, como gestora da
empresa anterior. “Com a criação da
Al.tius, decidimos expandir a nossa
oferta formativa, nomeadamente,
Técnico/a de Museografia e Gestão
do Património, Técnico/a de Infor­
mação, Comunicação e Documenta­
86 I Fevereiro
Maria da Conceição de Sousa
ção, Técnico/a de Secretariado,
Té­cnico/a de Gestão Desportiva.
“O meu maior enriquecimento é a
experiência acumulada”
“Investimos na qualidade. Não
queremos enriquecer à custa da
formação. Utilizamos fundos públicos
e respeitamos esse investimento,
utilizando-o da melhor maneira com
vista à obtenção de melhores resulta­
dos”, afirma a nossa entrevistada.
Num mundo tão competitivo
como o da formação, Maria da
Conceição de Sousa considera que
a sua em­presa “se distingue das
restantes por complementar o que
já existe, disponibilizando novos
cursos e novas ideias. Investimos
nas plataformas e-learning (distância) b- learning (mista) componente
teórico/prática, e no Co-Working. A
primeira permite que os formandos
tenham as sessões de formação
teóricas, em casa sem terem de se
deslocar ao Centro de For­mação. A
segunda é presencial e à distância.
Com a terceira, preten­demos partilhar o nosso espaço com empresas
de ou­tros setores do tecido socioeconómico. Assim rentabili­zamos os
nossos recursos físicos, apoiando
os nossos parceiros, na dinamização e expansão dos seus próprios
negócios.”
“A taxa de empregabilidade dos
nossos formandos é de cerca 90%”
A taxa de empregabilidade desta
entidade formadora é um dos grandes motivos de orgulho da sua diretora: “Procuramos dirigir as nossas
formações de forma a proporcionar
saídas profissionais reais. Assim,
associado à qualidade da formação
que prestamos, a este setor determi­
nante para a elevada taxa de em­
pregabilidade.”
Em final de conversa, perspeti­
vando o futuro, Maria da Conceição
de Sousa mostra-se confiante:
“Preten­demos manter as parcerias
que temos com diversas instituições, e insistir em manter a nossa
matriz de elevada qualidade na
formação ministrada, com o objetivo de projetar e aumentar as
saídas profissionais dos nossos
formandos”. I
Portugal Inovador I
Contato entre si e o
mundo que o rodeia
A DP Soluções, empresa sediada em Caldas da Rainha,
está relacionada com a área da informática, dispondo de
várias soluções de hardware e software para si e para o seu
negócio.
Paulo Ferreira e Dinon Silva
D
inon Silva e Paulo Ferreira,
desde sempre ligados a área
da tecnologia, foram afetados pela
onda de desemprego que afetou milhares de portugueses. O seu espírito
empreendedor, o gosto pela vertente
profissional e uma carteira de clientes,
originou a DP Soluções: “Abrimos em
2012 e o fato de termos ido para o
desemprego foi a principal razão para
darmos vida a este projeto. Sempre
trabalhamos na área e, por isso, já
tínhamos um conjunto de clientes
assegurados”, começaram por dizer.
Ao longo do seu tempo de atividade, Dinon Silva e Paulo Ferreira
adotaram desde o início a estratégia
de lidar diretamente com os seus
clientes, deslocando-se às próprias
empresas, garantindo dessa forma
uma rápida fidelização: “Nós conseguimos fidelizar os clientes, porque
gostam de trabalhar connosco. A partir
do momento que aceitam trabalhar
connosco, mantemos uma relação
aberta, com amizade e confiança,
algo que nos distingue do resto”,
continuaram.
De acordo com os responsáveis
da DP Soluções, os serviços e produtos que têm à disposição dos seus
clientes podem, em determinadas
situações, relacionarem-se: “Quando
o cliente compra um produto físico,
normalmente surge a necessidade
de esclarecer algumas dúvidas,
configurações, serviço de apoio. Por
outro lado, começamos pelo serviço
de consultoria, definindo a quantidade
de equipamento necessário a cada
empresa”, revelaram Dinon Silva e
Paulo Ferreira.
Contudo, existem diferenças no
que toca aos serviços prestados aos
seus múltiplos clientes. Em relação
às empresas, a DP Soluções está
capacitada para funcionar como consultor: “Os particulares, normalmente,
deslocam-se às grandes superfícies.
Com uma empresa terá de ser obrigatoriamente diferente, porque envolve
ligação a todos os tipos de dispositivos. Prestámos também um serviço
de consultoria. As empresas ouvem
sempre a nossa opinião em relação
ao software e hardware que, usualmente, é a que prevalece”, frisaram.
Com clientes fidelizados desde
1998, a DP Soluções atinge qualquer
ponto do país, devido às ferramentas
que possui. Todavia, estão mais capacitados para clientes da sua área
de conforto, devido à relação que
fomentam com o cliente: “Estamos
completamente disponíveis para
qualquer zona do país, embora os
nossos clientes sejam de Lisboa e
Caldas da Rainha. Mas esse apoio
que nós damos à distância não é o
mesmo que nós damos às empresas
que são nossos clientes há muito
anos. O nosso trabalho obriga o cultivo de uma relação próxima.”
Em relação ao futuro, a DP
Soluções tem os seus objetivos
bem definidos para o ano de 2014:
Queremos fazer com que a empresa
se galvanize, aumentar a nossa carteira de clientes aqui na zona porque
sentimos essa necessidade devido à
distância que queremos ter com os
nossos parceiros”, terminaram. I
Fevereiro I 87
I Portugal Inovador
A formação em primeiro lugar
Presente no mercado desde 1981, o Cencal é instituição
de formação e de apoio técnico-pedagógico, vocacionada
para o setor da indústria cerâmica e do Vidro.
A
história do CENCAL - Centro
de Formação Profissional para
a Indústria Cerâmica, começa em
1981, quando foi criada para ser um
centro de formação direcionado para
a cerâmica. Já em 1985, começaram
a dar formação em várias atividades,
desde madeiras, eletricistas, secretariado, contabilidade, informática.
Tudo envolvendo áreas nas quais a
região necessitava de profissionais
qualificados. Como refere, Ana Maria
Bica, “tentamos adaptar-nos às necessidades da região. Atualmente, mantemos além da cerâmica e do vidro, a
marcenaria e a formação transversal
para todos os setores, gestão, contabilidade, informática e multimédia,
qualidade ambiente e HST, comércio
e vendas e secretariado. A atividade
do centro está, neste momento, mais
voltada para os setores da economia
regional que abrangem as áreas transversais além da cerâmica e do vidro de
âmbito nacional”.
Oferta formativa
O Cencal preferiu ao longo dos
tempos dar especial atenção às necessidades das empresas, lançando-se
em áreas inovadoras, especialmente
no domínio das novas tecnologias e,
por esse motivo, “a maior expressão
de atividade do centro está na formação contínua de ativos empregados e
desempregados. Procuramos oferecer
a estas pessoas um conjunto de formações que lhes permitam dominar as
novas tecnologias para posteriormente
integrarem empresas”, afirma Pedro
Paramos. Para reforçar ainda mais
88 I Fevereiro
o cariz formativo deste Centro, José
Luís Silva fez questão de referir que,
“neste momento, temos uma atividade
dirigida para desempregados que se
baseiam em módulos tecnológicos
que dão competências às pessoas
para entrarem de imediato no mercado de trabalho. Foi também aprovado
um CQEP-centro para a qualificação
e ensino profissional que irá reforçar
toda a componente de orientação
profissional”.
Além da formação para pessoas
ativas empregadas e desempregadas,
o Cencal oferece formação dentro das
empresas, onde “cada formação é feita
à medida das necessidades de cada empresa e
concebida, especificamente, para os colaboradores em várias áreas
formativas”, acrescenta
Ana Maria Bica. Esta
instituição tem também
protocolos com diversas
instituições, como a Faculdade de Belas Artes
da Universidade do Porto ou a Escola Superior
de Educação do Porto
e, “muitos alunos destas
instituições deslocam-se
aqui para tirar formação
na área da cerâmica e
do vidro”, refere Pedro
Paramos.
Inovação e desenvolvimento
Em 1986, esta instituição decidiu criar um
laboratório para prestar serviços às
empresas do setor cerâmico. Actualmente conta com dois laboratórios, o
das Caldas da Rainha que presta três
tipo de serviços: ensaios de Controlo
do Processo Cerâmico, ensaios de
Controlo de Produto Acabado (Louça
Cerâmica e de Vidro) e ainda ensaios
Controlo de Produto Acabado (Tijolo,
Pavimento e Revestimento). Já no
laboratório da Marinha Grande, a
grande preocupação, é realizar ensaios
químicos e físicos aos produtos de
maneira a analisar as componentes
de cada um deles. “Em 2011, por
decisão governamental, o CENCAL
alargou a sua ação ao setor do vidro,
com a integração das instalações do
CRISFORM, na Marinha Grande e, a
partir daí, começamos a trabalhar para
o país inteiro com os dois laboratórios”,
acrescenta Ana Maria Bica.
Até ao final do ano, um dos grandes
projetos do CENCAL é lançar um CET
- Curso de Especialização Tecnológica
para cerâmica e vidro que vai formar
pessoas com competências em ofícios
de arte. “Durante o verão, pretendemos
continuar a realizar workshops, pois
passam por aqui americanos, argentinos, japoneses, brasileiros entre muito
outros que ensinam as suas técnicas e
formas de trabalhar”, conclui. I
Portugal Inovador I
Ao ritmo da paixão
pela dança
Situada em Pombal, a Danspirit é um projeto que tem
como objetivo principal o cultivo da paixão pela arte
da dança. Criada em agosto de 2012, conta já com um
universo de 170 alunos.
Sofia
Falcão
S
ofia Falcão, professora e
respon­sável principal, em entrevista à nossa revista, revelou que demorou algum tempo até criar a sua própria
escola. Até à inauguração, fez a sua
formação académica em várias áreas,
criando a sua própria modalidade que
lecionou em várias associações e instituições: “Licenciei-me em Dança, mas
decidi também tirar o curso de fitness e
atividades de grupo como salvaguar­da.
Em 2007, registei uma modalida­de e, de
forma surpreendente, resultou. Dei aulas
em várias institui­ções e com turmas com-
pletamente cheias, neces­sitei de ter o
meu próprio espaço”, começou por dizer.
Com mais dois professores a lecionarem outros estilos de dança, a Danspirit
tem à disposição de quem a procura
um largo conjunto de moda­lidades, não
fazendo, à partida, diferenciação entre
os alunos: “Apesar de ser um projeto
recente, temos modalidades como a
Dança Clássica, DanSpirit, Dança Criativa, Dança AfroLatina, Barra de Chão,
Sapateado e as Danças de Salão. Fazemos a divisão por idades, não sendo
priorida­de a divisão a nível técnico. Na
Danspirit, tento conjugar os dois fatores
para manter a motivação dos alunos”,
continuou.
Com um espaço diversificado e composto por dois estúdios de dança, uma
sala de ensaios, uma loja de artigos para
venda ao público e um espaço de convívio, o ambiente da Danspirit é familiar.
O trabalho desen­volvido já mereceu alguns destaques, participando em vários
eventos e concursos: “Marcámos presença em espetáculos de beneficência,
de solidariedade, em espetáculos dos
meus colegas de trabalho, nas Festas
do Bodo e na Feira da Juventude. Os
nossos alunos gostam de mostrar aquilo que aprenderam e de pisar o palco.
O ano passado, decidimos ir ao Leiria
Dance Competition onde ganhamos dois
prémios. Saímos de lá extremamente
satisfeitos”, revelou Sofia Falcão.
Os pés da responsável pela escola
estavam bem assentes no chão na altura
da decisão da inauguração do projeto,
aliando a experiência adquirida ao longo
de cinco anos de atividade profissional
e confiança no sucesso. Dessa forma,
projetando o futuro, Sofia Falcão pretende solidificar ainda mais a reputação
da escola, mostrando-se satisfeita com
os pais, os alunos e os resultados alcançados. I
Fevereiro I 89
I Portugal Inovador
Excelência vinhateira
A Quinta da Sapeira, situada em Azoia, localidade de Leiria,
possui infraestruturas de considerável dimensão para a
produção de vinho. A sua aposta passa pela incrementação
de qualidade no seu produto.
A
marca Quinta da Sapeira foi
criada em 1995, mas a sua
produção remonta há três gerações.
Começando com a comercialização a
granel, a sua estratégia foi alterada:
“Produzimos vinhos desde o tempo
do meu avô. Há cerca de 20 anos,
resolvi enveredar pelo engarrafamento com o objetivo de valorizar
um trabalho de seis décadas, desenvolvido pelo meu pai. Desde então,
a marca tem-se vindo a afirmar de
forma gradual, mas firme e pelo
crescente aumento da qualidade da
produção e notoriedade na região da
Alta Estremadura, onde se insere”,
iniciou Inês Bernardino.
Com uma área de nove hectares
e produção média de 50 mil litros,
a Quinta da Sapeira utiliza apenas
castas portuguesas: “Temos 70%
de uva tinta e 30% de uva branca.
Quanto às uvas tintas são Touriga
Nacional, Castelão, Alfrocheiro, Aragonez e as brancas Fernão Pires,
Arinto e Alvarinho. “Selecionamos
os vinhos com determinado padrão
de qualidade para engarrafar com a
marca ‘Quinta da Sapeira’ e os restantes são adquiridos por empresas
de comércio a granel”, acrescentou.
Atualmente, a Quinta da Sapeira
concilia a produção vitivinícola com
90 I Fevereiro
o enoturismo, através da dinamização de provas de vinhos e de visitas
à adega e às vinhas da Quinta da
Sapeira, organizadas para grupos,
com marcação prévia. Estas provas
de vinhos são comentadas, onde é
feito o enquadramento dos vinhos na
região e terroir onde são produzidos.
As provas são ainda precedidas de
uma explicação de alguns conceitos
associados ao vinho, suas especificidades, ligação à gastronomia
regional e são complementadas
com explicações sobre os processos de produção e de vinificação,
promovendo-se a interação entre
os participantes e o ambiente rural
da Quinta. Em relação às provas de
vinhos, os ingleses e os holandeses
são os nossos principais apreciadores e frequentadores destes eventos”, revelou.
Os vinhos da Quinta da Sapeira
têm arrecadado vários prémios nacionais e internacionais. A exportar
desde 2004 para onze países da comunidade europeia, além de Brasil,
Macau, Angola, Noruega e Suíça, o
seu nicho de mercado preferencial
são lojas de vinhos e garrafeiras,
destinando-se uma quantidade residual à restauração e a supermercados de proximidade.
Inês Bernardino
Com um vasto mercado, Inês Bernardino tem os seus objetivos bem
definidos confessando: “Chegamos a
um nível aceitável de infraestruturas
para nos podermos debruçar sobre
os vinhos. Estamos a reconverter
vinha e vamos fazer novas plantações no curto prazo. Presentemente, o objetivo é fidelizarmo-nos em
castas portuguesas, trabalharmos
estritamente para a excelência na
qualidade, de forma a contribuir para
a valorização da marca ‘Quinta da
Sapeira’ e da região de Leiria, a nível
nacional e internacional”, afiançou. I
Portugal Inovador I
Turismo rural
de excelência
Situado na aldeia de Murça, o Bairro do Casal
proporciona um ambiente sereno, permitindo aos seus
clientes usufruir das paisagens em redor.
P
erto de Vila Nova de Foz Coa,
junto à encosta do rio Douro,
o Bairro do Casal surgiu da intenção
de Anabela Costa e Odete Marques
darem mais vida à região de Murça.
A arquitetura e o conceito de turismo
rural são as grandes mais-valias
deste espaço sendo que, como
afirma Ana­bela Costa, “a iniciativa
deste projeto teve por base o investimento econó­mico na recuperação
da arquitetura rural/tradicional, com
o objetivo de promover o turismo
cultural e paisa­gístico da região.
Com esta interven­ção, foram criadas
condições de alojamento para os
visitantes, ofere­cendo um conceito
de turismo diferen­ciado, inexistente
no concelho – Turis­mo de Aldeia”.
A criação desta vertente de turismo
teve dois grandes objetivos: dar
mais vida, dignidade e melhores
condições económicas à população
e dar a conhecer aos visi­tantes uma
região única, cheia de potencialidades.
Num concelho com dois patri­
mónios mundias, o Vale do Coa e
o Alto Douro Vinhateiro, o Bairro do
Ca­sal proporciona aos clientes um
conjunto variado de atividades que
lhes permite conhecer as valências
da região: “Temos várias atividades
e todas elas de cariz diferenciado –
desde visitas às gravuras, passeios
de barco, visitas a quintas vínicolas.
Para os amantes do desporto e da
natureza, há os passeios de BTT,
moto4 e canoagem, bem como
passeios de observação de aves”,
afirma Odete Marques. Com casas
de arquitetura antiga e que foram
recons­truídas para salvaguardar a
traça inicial, este projeto tem cinco
habi­tações, todas elas com caracte­
rísticas diferentes. De acordo com
Anabela Costa, “as casas são todas
muito confortáveis e têm conceitos
distintos, sendo que o facto de todas
elas esta­rem viradas para a encosta,
permite que os nossos visitantes
desfrutem da natureza”.
Este projeto, único na região de
Vila Nova de Foz Coa, traz à aldeia
de Murça turistas de todos os cantos
do mundo e de todas as idades. “Dos
clientes estrangeiros recebemos
muitos franceses, belgas, espanhóis
e holandeses. Mas, maioritariamente, são portugueses”. A grande
preocu­pação dos visitantes é, “ficarem alo­jados num empreendimento
agradável, serem bem recebidos e
terem a oportunidade de conhecer a
região”, acrescenta Odete Marques.
Neste novo ano, a maior intenção
das nossas entrevistadas é continuar
a crescer: “Fazer mais e melhor, con­
tinuar a inovar são os nossos planos
para o futuro. Já este ano vamos ter
outras atividades diferenciadoras,
levar a cabo eventos que recriam
as tradições da aldeia de modo
a promover ainda mais a região”,
concluem. I
Fevereiro I 91
I Portugal Inovador
O milagre do Douro
Em pleno coração da região do Alto Douro Vinhateiro,
surgiu a quinta ViniSelores. A ambição, qualidade e
a simpatia da família Selores, originaram a marca de
vinhos Milagre.
Gerência da ViniSelores
“
S
ou apaixonado pelo Douro e
pelo concelho de São João
da Pesqueira. Oferece-me uma
qualidade de vida fantástica”, é
assim que o gerente da Quinta
dos Selores, Frederico Selores,
caracteriza a região como se de
uma história de amor se tratasse.
92 I Fevereiro
Esta união já tem alguns anos, mas
o surgimento da empresa, data do
ano 2009, num dos con­celhos vinhateiros mais carismá­ticos do nosso país. O sonho que rapida­mente
se tornou realidade tem percorrido
um caminho realista, sus­tentável
e evolutivo, onde a qualidade é
servida juntamente com o próprio
vinho. “Montámos a empresa e a
adega em 2009. Nesse mesmo ano,
começámos a vinificar. Incialmente,
fizemos cerca de 40 mil litros de
vinho. O primeiro engarrafamento
foi em novembro de 2010. 10 mil
garrafas foi o resultado dos primeiro
ano de trabalho. “Neste momento
fazemos cerca de 45.000 garrafas”,
refere Frederico Selores.
A ViniSelores é a prova de como
os milagres existem, “em 2009, as
vindimas começaram excecional­
mente cedo. Tiveram início no fim
de agosto, mas tínhamos previsto
a entrega das máquinas para o dia
15 de setembro. No entanto, estas
atra­saram-se e começámos a vindima a 23 de setembro sendo que
as uvas já estavam em sobrematuração, em passas. Na altura, referi
que preci­saríamos de um milagre
para o vinho sair em condições. Fomos sujei­tando o produto a provas
e veri­ficá­mos que tinha acontecido
um mila­gre, o vinho estava com
muita quali­d ade. Assim surgiu
a marca que dá ênfase e fica no
ouvido”, explica Frederico Selores.
Este “milagre” deu lugar a outros, sendo produzidos e comercializados, neste momento, os
vinhos Milagre branco, Milagre tinto
colheita e o Milagre reserva.
Com cerca de 42 hectares de
vinha, sendo 36 hectares classificada com letra A pelo IVDP, muito
trabalho tem de ser feito e para
tal Frederico Selores conta com a
ajuda indispen­sável da sua família:
“Neste momento, a tempo inteiro,
só temos mão de obra familiar.
Quem trata da vinha é o meu pai
e, pontualmente, temos alguns
funcionários a ajudar. Na altura
das vindimas, acolhemos 15 a 20
trabalhadores”, explica o gerente
da Quinta dos Selores.
A comercialização está a cargo
de alguns distribuidores, de Ponte
de Lima ao Algarve, os vinhos da
Quinta dos Selores começam a ser
referen­ciados e estão presentes
nalguns dos melhores restaurantes do país. “Como em todos os
negócios temos contado com o
apoio fundamental de parceiros
Portugal Inovador I
importantes onde destaco a nossa
equipa de enologia 2PR, o Histórico
restaurante PAPABOA na pessoa
do Sr. José Vitorino, em Guimarães,
a Mercearia da Terra e a empresa
de realização de eventos no Douro,
TRAT”.
Ao nível da exportação estamos
a entrar em França, Luxemburgo e
Bélgica”, afirma Frederico Selores.
A festa do vinho em São João da
Pesqueira, Vindouro, que se realiza
todos os anos no final de Agosto, foi
a primeira grande montra do vinho
Milagre. A partir daí a Quinta dos
Selores foi presença assídua nesta
festa anual. A empresa marca ainda
lugar em algumas feiras de vinhos
em Portugal.
Os planos para o futuro são o
espelho de tudo aquilo que já foi feito na Quinta dos Selores, continuar
a produzir qualidade, continuar a
produzir vinhos com características
muito próprias, fruto da matéria
prima que temos ao nosso dispor.
Em Março de 2014 será lançado
o vinho topo de gama da Quinta dos
Selores, uma edição limitada de um
vinho seleccionado. “Iremos lançar
brevemente o nosso vinho topo de
gama que terá o nome de família,
SELORES, um vinho extraordinário, para apreciadores exigentes.
Os objectivos de futuro passam
por desenvolver outras áreas de
negócio ligadas à produção dos
nossos produtos, divulgar o nome
SELORES e colocar os nossos
vinhos, cada vez mais, como uma
referência no país e no mundo”.
conclui Frederico Se­lores.
É caso para dizer, se é amante
de vinho, só um verdadeiro Milagre,
o pode satisfazer! I
Fevereiro I 93
I Portugal Inovador
Tradição vinhateira
Pioneira no concelho de São João da Pesqueira, a Adega
Cooperativa de Trevões faz do seu vinho a sua essência.
Com praticamente 54 anos de história, esta adega continua a ser um ponto de referência da região.
Fernando Santos, engenheiro
C
om uma capacidade de
armazenamento de três milhões de litros de vinho, com cerca
de 400 sócios ativos e com oito fun­
cionários, a cinquentenária Adega
Cooperativa de Trevões, tem-se
adaptado às tendências do mercado
vinícola, tentando ao máximo aproxi­
mar o produtor do consumidor.
Desde 2007 como presidente da
Adega Cooperativa de Trevões, Fernando Santos aproveitou o know-how que já tinha na área vinícola
para assumir o leme desta histórica
ade­ga. Para o engenheiro o trabalho
tem sido positivo: “Nestes últimos
anos esta adega tem vindo a desen­
volver um trabalho meritório no que
diz res­peito à qualidade dos seus
pro­dutos, o que nos leva a chegar
a novos mer­cados”, afirma.
Dentro da variedade dos vinhos
94 I Fevereiro
aqui produzidos, existe o mítico
vinho do Porto, os vinhos brancos
de mesa, os vinhos tintos de entrada, os DOC, os reservas, o gran
reserva, assim como o vinho rosé.
No que diz res­peito às marcas associadas aos vinhos, destacam-se
Vila do Trevo, Curtinho e Cvpae.
Para o presidente, o vinho branco
está a ganhar um maior relevo em
Trevões: “Em relação aos vinhos
brancos e como há cada vez mais
interessados neste tipo de vinho, a
procura tem sido superior à oferta,
portanto todos os vinhos brancos
que são produzidos pela adega,
estão desde logo vendidos. Os vinhos tintos sempre tiveram muitos
adeptos e têm tido uma procura
constante”, refere.
A Adega Cooperativa de Trevões
está envolvida no projeto Super
Douro, uma união de cinco adegas
coope­rati­vas da região, que tem
uma unida­de de engarrafamento
e distribuição sediada na Horta do
Douro. Este tra­balho em conjunto,
ajuda ao negócio e segundo o
nosso entrevistado, é mais fácil a
Adega Cooperativa de Trevões se
internacionalizar se tiver este tipo
de parcerias: “Neste mo­mento não
temos a capacidade de­seja­da para
exportar mas acredita­mos que com
este projeto a comer­cia­lização do
nosso vinho para o es­trangeiro, será
uma realidade”, explica.
Segundo Fernando Santos, a
receita para o futuro é evidente, “te­
mos de aproveitar a projeção que o
Douro tem tido nos últimos anos e
queremos continuar a tirar o máximo
proveito desta região. Queremos
também implementar na nossa ade­
ga, jantares vínicos, conciliando a
emen­ta com os nossos vinhos e pres­
tando esclarecimento sobre os tipos
de vinhos”, conclui o presidente. I
Portugal Inovador I
Aprecie a refeição...
e a paisagem!
Em pleno Alto Douro Vinhateiro, a Petiscaria Preguiça
esconde-se entre oliveiras e laranjeiras. Com vistas
para o rio Douro, este espaço oferece a todos os seus
clientes uma grande variedade de produtos caseiros.
Maria Amélia
C
om a paisagem do rio Douro
e da encosta a envolver
este espaço, a Petiscaria Preguiça
acolhe os clientes num ambiente
familiar. Aberto há 18 anos, este
estabele­cimento é gerido por Maria
Amélia que recebe todos os visitan­
tes com a caraterística simpatia da
terra.
Este restaurante oferece aos
clientes, além do ambiente acolhe­
dor e do sossego típico da região,
uma gastronomia caseira que garante a cada prato confecionado,
uma especificidade própria, atribuída pelos produtos utilizados. De
acordo com a nossa entrevistada,
“todos os ingredientes servidos são
produzidos e cultivados na nossa
quinta, desde o vinho aos produtos
da horta. O peixe que utilizamos é
pescado no próprio dia e os legumes são colhidos no momento de
preparar a refeição, de forma a conservar a sua frescura e sabor”. Para
além de todas as refeições serem
confecionadas na hora, também o
pão é de fabrico próprio e cozido
a forno de lenha o que torna ainda
mais característico este espaço.
Especialidades
A Petiscaria Preguiça tem como
especialidades da casa, “o peixe
do rio, a enguia à casa, a açorda
de peixe e o arroz de cabidela. De
so­bre­mesa, a nossa maior especi­
alidade é o arroz doce. Claro que,
quando o cliente nos pede algo
específico, nós também fazemos,
é o caso da posta de vitela ou o
javali”, afirma Maria Amélia. Como
fez questão de acrescentar, “do
Porto a Barca de Alva devemos ser
os únicos a confecionar a açorda de
peixe desta forma. É tudo feito com
produtos da região e com peixe do
rio”. Com clientes de várias zonas
do país, a grande maioria são por­
tugueses e espanhóis, sendo que
grande parte dos visitantes portu­
gueses são provenientes da região
Norte, dada a proximidade.
Para este ano, a grande intenção de Maria Amélia é manter a
esta­bilidade do negócio e chamar
mais clientes à Petiscaria Preguiça.
Em jeito de conclusão, a nossa
entre­vistada afirma: “tudo o que
quero é manter as portas abertas
e atrair mais clientes”. I
Fevereiro I 95
I Portugal Inovador
Queijo de topo
A Mundo Natural dedica a sua atividade ao fabrico
e comercialização de queijos de ovelha e cabra,
encontrando-se situado no planalto da Vilariça, na
Cardanha, em Torre de Moncorvo.
C
orria o ano de 1998, quando
a Mundo Natural abriu as
suas portas ao mercado. Através de
uma conversa com Carla Martins,
responsável da empresa, a revista
Portugal Inovador descobriu mais
sobre a história desta referenciada produtora de queijo da região
transmontana: “É uma empresa de
pequena dimensão e de simples
organização. Está implantada no
mercado há mais de 16 anos. Desde então já foi sujeita a algumas
reestruturações, mas o seu principal objetivo passa por manter as
suas técnicas de fabrico artesanal”,
começou por contar.
96 I Fevereiro
São vários os tipos de queijo
para comercialização, tendo venda
ao público inclusive, com a preocupação de apresentar uma qualidade
acima da média. “Temos a preocupação constante em disponibilizar
aos nossos clientes produtos sãos e
seguros, mantendo procedimentos
de segurança alimentar”, continuou.
Contudo, admitiu não sentir
necessidade de expandir o raio de
comercialização dos seus queijos,
embora o seu produto já tenha
chegado a alguns países europeus:
“Possuímos clientes a nível nacional, mas o nosso mercado não é
muito alargado porque, para já,
não temos essa necessidade. Mas
exportamos sempre que necessário
para Espanha e França”, revelou.
A concorrência de empresas do
ramo não tem sido a dificuldade
principal que a Mundo Natural tem
enfrentado durante a sua atividade,
tudo por causa da qualidade do
seu queijo de ovelha, conhecido
como “Flôr da Cardanha”, o queijo
de cabra, conhecido como “Vale do
Sabor”, o delicioso requeijão e, por
último, o novo queijo de mistura.
Queijos tipicamente transmontanos, frescos e curados: “Tornamo-nos uma referência na região
devido à forma como fabricamos
o queijo. Usamos tecnologia atual,
sem nunca descurar a tradição
antiga, como espremer e salgar
o queijo à mão. A matéria-prima
é igualmente importante. Mas o
segredo está na transformação do
queijo com arte e saber”, frisou a
responsável.
O melhoramento das infraestruturas da Mundo Natural é o maior
desejo para o futuro da empresa:
“Temos um projeto para a ampliação das nossas instalações. Com
uma produção de cerca de 3.000
litros, necessitamos de uma expansão da nossa dimensão física para
poder acrescentar ainda mais qualidade ao nosso produto. Estamos
a trabalhar nesse sentido”, concluiu
Carla Martins. I
Portugal Inovador I
A sua revista empresarial
Fevereiro I 97
I Portugal Inovador
98 I Fevereiro

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