Melhoria na eficiência que exige mais investimentos
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Melhoria na eficiência que exige mais investimentos
Fala, Presidente Com a palavra, Borghi Pág. 2 Safra 2013/2014 A única certeza são as incertezas Pág. 3 Seguro Agrícola Se quiser receber, não vacile Pág. 4 Plantio Direto Agricultura de precisão Melhoria na eficiência que exige mais investimentos A técnica contribui para serem evitados desperdícios em insumos por respeitar as características – e necessidades – de cada parte da propriedade. São, porém, indispensáveis investimentos em equipamentos e conhecimentos. Págs. 8 e 9 Que tal uma avaliação? Pág. 6 Manejo Integrado Opção inteligente para gastar menos e preservar mais Págs. 14 e 15 2 Quando as dificuldades são terríveis os desafios se tornam apaixonantes”. Dom Hélder Câmara Editorial Fala, presidente... Nossa missão, além de representar e defender nossos produtores rurais, é contribuir para que o setor se fortaleça, cresça com solidez e, acima de tudo, tenha seus legítimos direitos respeitados. Também pautamos para a disseminação de informações seguras e confiáveis para a correta tomada de decisões em todas as áreas da atividade agropecuária. Nesta edição, espaço para uma visão crítica da técnica do plantio direto. Depois de mais de 30 anos – é oportuno o momento para uma reanálise e avaliação, tal como na vida, são necessários ajustes para a continuidade de uma caminhada saudável. Caminhada saudável, mas com modernidade e exigências de uma atividade mais competitiva é o que nos direciona a atualíssima agricultura de precisão. Sempre lembrando que cada vez mais é indispensável ser preciso nas decisões, operações em todas as fases da nossa atividade, pois isso nos levará ao menor desperdício, de insumos, serviços e recursos. Conforme diz o jargão jurídico, o Direito não socorre aqueles que dormem. Por isso que, sempre atentos, inserimos matéria sobre o Novo Código Florestal e a averbação da reserva legal, sempre contando com o apoio e conhecimento dos nossos parceiros. De olho na segurança de nossas famílias rurais e na preservação do patrimônio, a presente edição orienta sobre cuidados para reduzir o risco de assaltos, roubos e furtos na propriedade rural. Não dá pra vacilar pois relatos de nossos associados que já passaram por traumática experiência revelam a dor e o trauma de estarmos impotentes diante de armas e ameaças de morte em nossa propriedade. Se não podemos nos descuidar das ações em nossas atividades agropecuárias, adotando técnicas modernas, e sermos vigilantes na preservação do patrimônio familiar, existe outro bem que merece atenção especial: nosso bem estar. E isto passa pela saúde da mente e de um olhar positivo sobre a vida mesmo diante de cenários nada agradáveis. Nesta edição, dicas para o cultivo de pensamentos positivos que, no fundo, contribuem para o satisfatório desempenho de nossas atividades e melhoram nossos relacionamentos interpessoais e, acima Edição especial – setembro/2013 Produção e Edição jornalista Luiz Carlos Rizzo Assistente de produção: Cristina Barbosa Repórter: Kaique Augusto Editoração: Andréa Tragueta Coordenação geral: Valdecir Mokwa e Alessandro Carreira Revisão Final: Ivoneti Catharina Rigon Bastiani E-mail: [email protected] Impressão: O Diário do Norte do Paraná Fotos: Arquivo Sindicato, Divulgação e Agência Estadual de Notícias Tiragem: 3.000 exemplares DIRETORIA DO SINDICATO RURAL DE MARINGÁ GESTÃO 2010/2013 EFETIVOS de tudo, familiares. Pra finalizar, que tal a seguinte reflexão do poeta lusitano Fernando Pessoa que vale para todas – absolutamente todas – as áreas de nossas vidas: “Espere o melhor. Prepare-se para o pior” Forte e solidário abraço, presidente José Antônio Borghi novidade Como renegociar dívidas rurais Produtores que não conseguiram pagar os financiamentos por frustração de safra decorrentes de problemas climáticos e sem acesso ao Proagro e Seguro Rural devem pedir a renegociação dos débitos Produtores rurais que não tiveram acesso ao Proagro e Seguro Rural e que tiveram prejuízos em suas lavouras em função do excesso de chuvas, de geadas e que não poderão liquidar suas parcelas de financiamentos em 2013 por incapacidade de pagamento, podem renegociar suas operações de crédito rural oficial, conforme o disposto no Manual do Crédito Rural (MCR) no capitulo 2 seção 6. Segundo o MCR 2-6-9, independentemente de consulta ao Banco Central, é devida a prorrogação da dívida, aos mesmos encargos financeiros antes pactuados no instrumento de crédito, desde que se comprove incapacidade de pagamento ao mutuário, em consequência de: A) Dificuldade de comercialização dos produtos. B) Frustração de safras, por fatores adversos. C) Eventuais ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações. Não importa se a dívida originária é de custeio de safras anteriores que foi parcelada ou da safra atual. Vale ressaltar que os agentes financeiros calculam toda a renda proveniente da venda da produção obtida e de seguros em caso de perdas e esses valores são amortizados nos financiamentos. O produtor deve estar atento às consequências da renegociação, pois a prorrogação pode impedir o acesso a novos financiamentos por conta do aumento do risco no agente financeiro. Lembrando que algumas operações também tem limite no número de vezes a ser renegociada. A prorrogação pode ser realizada, no caso de custeios, em até 5 anos. Para protocolar os pedidos de prorrogação, recomenda-se que seja feito com antecedência de pelo menos 15 dias em relação ao vencimento da operação, com laudo técnico assinado por assistente técnico e um quadro de capacidade de pagamento mostrando receitas e custos da safra. Protocolar sempre o pedido em duas vias, guardando a via que foi protocolada com recebido do gerente. Caso o gerente se negue a receber, o produtor deve fazer a entrega do documento utilizando os serviços do cartório de títulos e documentos (três vias de igual teor e datadas). FAEP Presidente: José Antônio Borghi 1º Vice-Presidente Antônio de Souza Gomes Neto 2º Vice-Presidente Júlio Azevedo da Rocha 3º Vice-Presidente João Batista Versari Secretária Hasue Komura Ito 2º SecretáriO Milton Fujii Tesoureiro Marco Bruschi Neto 2º Tesoureiro Ivaldo de Oliveira Conselho Fiscal Antonio Carlos Marcolli Ivoneti Catharina Rigon Bastiani Ivaldo Meneguette Suplentes da diretoria 1º. Élio Ramos 2º. Carlos Amarildo Polotto 3º. Walter Garcia de Oliveira 4º. João Pedro Volpato 5º. Antonio Molonha 6º. Valdemir Dolfini 7º. João Aparecido Bortolasci 8º. José Carlos Visioli Suplentes do conselho fiscal Luiz Carlos Dias Antonio Campagnoli Sidney Meneguetti Delegado Representante José Antônio Borghi Suplentes de delegado Ágide Meneguette Retribua bondade ao ódio. Não se irrite e não brigue com seus semelhantes. O homem sábio está sempre livre da ira Taoísmo 3 Incertezas. Assim será a comercialização de 2013/2014 Apertem os cintos, recomendam os consultores de mercado. Os preços da soja e do milho que serão colhidos em 2014 podem descer ladeira abaixo Para quem está no campo, a safra 2013/2014, que começa a ser plantada no segundo semestre do ano, já está no radar. Ao produtor, interessa o que pode acontecer daqui para a frente. O atual cenário não é dos mais confiáveis para muitos agricultores. Para Glauber Silveira, presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), não é somente a posição das tradings que está gerando incertezas em relação à próxima safra. De acordo com a análise da entidade, os produtores também têm evitado fechar negócios que envolvam a troca de soja por insumos. A preferência é por assumir a dívida pelos produtos necessários ao cultivo da lavoura e esperar que a oleaginosa suba de preço no futuro. Soja: tendências do mercado “Há um conjunto de elementos que se somam”, diz Silveira. Entre eles, também estão as dificuldades de logística, que devem se acentuar, e os preços internacionais pressionados para o primeiro semestre de 2014, situação que não ocorreu no mesmo período neste ano. Por isso, entre os produtores, o ambiente é de cautela e preocupação com o que vai ocorrer nos próximos meses nos mercados da soja e do milho. No início de maio, na Bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, a grande responsável pelas oscilações mundiais da oleaginosa, a diferença de preços entre o contrato spot (para pagamento e entrega posterior) e os vencimentos do primeiro semestre de 2014 desencorajava as vendas antecipadas da próxima safra brasileira de grãos. Segundo análise da consultoria Safras & Mercado, as vendas antecipadas, realizadas até o mês passado, não passavam de 1% do total previsto para a próxima colheita, que deve ficar acima de 82 milhões de toneladas. Em 2012, nesta época, esse índice era de 14%. Com base nas últimas cinco safras, segundo a consultoria, a média para os primeiros cinco meses do ano é de 4% de hedge da colheita futura. Para o consultor André Pessoa, da Agroconsult, a tendência para a soja no mercado internacional é de preços descendo a ladeira nos próximos dois a três anos, independentemente das decisões de compra e venda dos produtores. Ele prevê, para a safra 2013/2014, uma cotação de US$ 26,40 a saca de 60 quilos no mercado Milho: cotações voláteis Para o milho, ao contrário da soja, que tem um cenário previsível, a volatilidade dos preços deve predominar nos próximos anos. Segundo Pessoa, a atual cotação internacional não é má, mas a logística deficiente no Brasil atrapalha o planejamento da venda da safra. Em maio, a cotação em Chicago era de US$ 17,60 a saca, e para setembro está em US$ 11. “Mas, como o custo no Brasil compromete a concorrência com outros mercados, o produtor pode ter prejuízo na safra 2013/2014”, diz Pessoa. Silveira acredita que o produtor está pagando por ser eficiente no campo. “O que ocorreu com o milho foi fruto da capacidade do agricultor de responder rapidamente à demanda mundial, mais a disponibilidade de crédito”, diz. “É preciso reagir e cobrar por uma logística eficiente para estocar a safra, porque não podemos sair desse mercado.” (Dinheiro Rural) internacional. Esse patamar não é nada empolgante para os produtores que têm como referência, nos últimos tempos, o ótimo preço de US$ 37 a saca. Mas, para Pessoa, as atuais cotações ainda estão acima do que deve ser praticado na safra seguinte, a de 2014/2015. “Nossas análises apontam que a cotação deve oscilar entre US$ 22 e US$ 28 a saca”, diz. Segundo os estudos da Agroconsult, a média de preço da oleaginosa na próxima década não deve passar de US$ 28 a saca. 4 Nenhuma porta leva à felicidade ou infelicidade; elas só entram quando são chamadas Provérbio Japonês seguro rural Cuidados essenciais para receber o seguro agrícola Produzir alimentos a céu aberto é investimento de alto risco. Portanto, deixar de fazer seguro é correr o risco de sofrer prejuízos altíssimos que minam a saúde financeira do produtor rural. Muito cuidado! O produtor que opta pelo seguro rural precisa se prevenir para não ser pego no contrapé e ficar no prejuízo. No caso de perda da produção por adversidades climáticas, o capital aplicado voltará ao seu bolso se forem adotadas medidas exigidas pela lei. A principal delas é a vistoria sobre a lavoura perdida. Sem esta condição, dificilmente ele será ressarcido. O agente financeiro – ou a seguradora – deve ser avisado sobre a perda para que, através da vistoria, seja quantificado o tamanho do estrago mediante avaliação preliminar. Isto é feito pelo perito que se desloca até a propriedade. O produtor precisa também dispor de todas as notas fiscais de compras de insumos, sementes, adubos e tecnologia aplicada para a conferência. Segundo Pedro Loyola, consultor da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), o perito faz duas ou três visitas na propriedade. Ao final, o produtor assinará um laudo se concordar com a avaliação do banco. Se achar que as perdas forem maiores do que as apontados pelo laudo, Modalidades de seguro agrícola Ninguém contesta. Proteger-se dos riscos causados pelos problemas climáticos é de extrema importância para o produtor rural. Isto, na maioria dos casos, pode ser feito mediante duas diferentes modalidades: o seguro agrícola privado, que conta com subvenção do governo federal e é realizado através de seguradoras, e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), para aqueles que utilizam recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ) ou Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e obrigatoriamente precisam aderir ao seguro junto a uma instituição financeira. Apesar dos riscos em se produzir alimentos a céu aberto, algo que acontece praticamente só na agricultura e pecuária, de cada cem produtores rurais paranaenses quarenta por cento deixam de fazer qualquer seguro agrícola. O levantamento é da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep). Enquanto é alto o percentual de contratações de seguro entre produtores de milho safrinha e trigo, duas das principais culturas afetadas pela geada, o inverso acontece no caso da cafeicultura. A maioria dos cafeicultores fica na torcida para que não ocorra geada para que a produção seja assegurada. Na prática, o risco de prejuízos elevados é grande. Em 1975, por exemplo, dos 900 milhões de pés de café, a geada destruiu mais de 500 milhões de pés, reduzindo a praticamente zero a produção do ano seguinte. o produtor não assinará o documento e pedirá uma nova perícia sobre a produção frustrada. Requisitar perícias. Indispensável Para ser beneficiado pelo seguro, o agricultor deve obrigatoriamente requisitar a última perícia antes da colheita. Isto independe da modalidade de seguro adquirida. Loyola lembra que a vistoria final das perdas deve ser realizada antes que o agricultor entre em campo com a máquina para a colheita. É fundamental, porém, que ele comunique ao banco com pelo menos dez dias de antecedência. Vai que o perito não poder ir devido aos muitos requisitos de uma região atingida. O técnico da Faep já presenciou muitos casos em que o produtor não espera a seguradora e acaba colhendo. Se isto acontecer, o seguro não lhe é indenizado. Portanto, o banco é quem deve liberar a área para a colheita. No caso de novos eventos climáticos prejudicarem fortemente as lavouras, principalmente do trigo e café, a seguradora deverá ser acionada pela segunda vez para serem evitados prejuízos maiores. A preguiça anda tão lentamente que a pobreza depressa a alcança. Benjamim Franklin Sindicato Rural disponibiliza mais uma alternativa de seguros aos associados Parceria entre Sindicato Rural de Maringá e A7 Corretora de Seguros permitirá aos associados assegurar lavouras e bens variados em condições diferenciadas. Segundo Nilson Aceti, diretor da empresa, poderão ser cobertos tratores, colheitadeiras, maquinários em geral, automóveis, barracões, residência, culturas (principalmente de soja, milho, trigo), hortifrutis e pomares comerciais, bem como o seguro de vida dos produtores e seus funcionários. Os critérios obedecerão a avaliações, enquadramentos e vistorias. Em relação às lavouras, serão observadas épocas de plantio (zoneamento agrícola conforme MAPA) e coberturas seguradas de acordo com cada município. Maquinários, equipamentos, automóveis, barracão e casas terão que passar por vistoria. Caso obedeçam aos padrões exigidos, ficarão cobertos pelo seguro. A parceria possibilitará além da contratação de diversos tipos de seguros, uma espécie de assessoria com o intuito minimizar as frequentes dúvidas ou dificuldades frequen- tes entre o produtor e as seguradoras de um modo geral, já que, é muito comum a falta de informação. José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá, enfatiza que o mais novo serviço disponibilizado é mais uma alternativa para os sindicalizados: “Com a possibilidade de crescimento que se espera do seguro rural no Brasil, queremos que nossos produtores tenham, através da cobertura do seguro sobre seus bens, mais tranquilidade e segurança de que o fruto de seu trabalho não se perca por diferentes imprevistos que também fazem parte da vida. Pretendemos que o produtor venha tirar qualquer dúvida e buscar a orientação e o acompanhamento necessário no seu Sindicato.”. Todas as informações sobre o assunto podem ser obtidas na sede do Sindicato Rural de Maringá (Rua Piratininga, 391 - Centro Maringá-PR) ou telefone 44 3220-1550, e em breve nas Extensões de Base nos municípios de Floresta, Itambé e Paiçandu. 5 6 Os homens juntam nuvens e depois queixam-se das tempestades De Maistre Plantio direto Repensar o plantio direto. A hora é agora! Escolha de culturas e de defensivos pode potencializar benefícios do sistema que usa a palhada como tapete O Plantio Direto na Palha (PDP) entra numa nova fase depois de quarenta anos sendo utilizado no Paraná. No passado, a principal finalidade era evitar erosões e agilizar o plantio. Na atualidade, o PDP engloba um conjunto de práticas que o torna muito mais complexo e o consagra como tecnologia. Além da escolha das variedades de sementes, defensivos e maquinários, é preciso saber quais as culturas mais adequadas para rotação. Em cada decisão, torna-se possível potencializar o próprio sistema. O domínio dessa complexidade vem sendo apontado como o grande desafio atual. O surgimento de pragas inesperadas nas últimas safras faz a pesquisa rever a maneira como é feita a rotação e a escolha dos produtos que entram no sistema. “É preciso pensar não somente na sucessão, mas em como evitar que uma cultura prejudique a outra. Quem só planta soja e trigo ou soja e milho acaba danificando o plantio direto”, ressalta o chefe de transferência de tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Amélio Dall´Agnol. Komagome: combinação de agricultura e preservação ambiental No Noroeste, o problema é maior As regiões de clima quente e seco, que dispõem de menos palha, também desafiam a pesquisa. “O fundamento do PDP é ter palhada. Se não tiver cobertura de um resíduo de cultura anterior, pode ser feita uma cobertura plantada. Esse é o insumo básico do plantio direto, além plano de rotação de culturas”, diz um dos pais do PDP, Manoel Henrique” None Pereira. “O plantio direto é a tecnologia que mais revolucionou o agronegócio brasileiro. Traz benefícios ambientais, com menos erosão e gás carbônico, e permite antecipar o cultivo após a colheita. Agora é possível avançar nesse sistema.”garante Amélio Dall´agnol, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Soja. Difícil é convencer o produtor a mudar Mas, fazer com que o agricultor mude o planejamento das lavouras nem sempre é fácil, reconhece a professora de Agronomia da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Marluce Gonçalves Cortez. Ela trabalha com o controle de plantas invasoras, defesa fitossanitária e uso de herbicidas dentro do PDP. “O produtor aposta no que está rendendo lucro pra ele. Quando encontramos focos de problemas, a primeira orientação é para modificar a cultura, rotacionar com produtos diferentes.” A consequência da repetição, afirma Marluce, é o esgotamento da terra. “Uma cultura retira do solo todo ano o que ela precisa, e isso precisa ser reposto. Caso contrário, aparecerão deficiências, como pragas inesperadas e de difícil controle.” A prática iniciada há mais de trinta anos no Paraná, que consiste em manter uma adubação natural do solo e reaproveitar os nutrientes deixados por plantações anteriores, visa a sustentabilidade. Ao reduzir os impactos no solo e contribuir para o aumento da produtividade, a técnica está bem consolidada. Comprova que agricultura e preservação ambiental podem sim andar lado a lado. Um dos adeptos desse sistema é o agricultor Dalton Makio Komagome, de Floresta. Para ele, o plantio direto visa o futuro. “É um avanço. Na atualidade, com a mão de obra cada vez mais escassa, nós conseguimos aumentar a produção e manter a média de produtividade. Além de diminuir os custos, preserva o solo e ajuda o meio ambiente por manter equilíbrio entre necessidade de maior produtividade e controle ambiental.” Para um melhor resultado, é necessário que o agricultor também faça a rotação de culturas, combinando plantas com diferentes nutrientes. Assim, ele garante a qualidade do solo e evita o uso de adubos sintéticos. Mas antes de se iniciar o uso do plantio direto é necessário também verificar a acidez do solo, e fazer todas as correções exigidas, para assim evitar um eventual fracasso na produção. É justamente a possibilidade de realizar um sonho que torna a vida interessante. Paulo Coelho 7 33 Prazo para entrega do ITR 2013 encerrou 30 de setembro também foi a data final para o ADA 2013 O contribuinte que não declarou, deve procurar o Sindicato Rural de seu município para informações de como declarar após o fim do prazo Encerrou em 30 de setembro o prazo para declarar o ITR 2013 (Imposto Territorial Rural) e o proprietário rural que não declarou ainda, deve procurar o Sindicato Rural de seu município para regularizar a situação. A multa para quem perdeu o prazo é de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido - não podendo o seu valor ser inferior a R$ 50,00 no caso de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, além de multa e juros. No caso de imóvel rural imune ou isento, a não apresentação da declaração no prazo implica em multa de R$ 50,00. A declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) incide sobre os imóveis localizados fora das áreas urbanas dos municípios. A alíquota é maior para propriedades de maior área e baixo grau de utilização, de modo a desestimular os grandes latifúndios Proprietários rurais também entregaram o ADA até 30 de setembro. O Ato Declaratório Ambiental (ADA) serve para comprovar a existência de áreas de interesse ambiental na propriedade. Estas áreas são classificadas como “não tributáveis” ficando, portanto, isentas do ITR. improdutivos. São obrigados a apresentar a declaração do Imposto Territorial Rural o proprietário, o titular do domínio útil ou possuidor a qualquer título de imóvel rural, exceto o imune ou isento; e o titular do domínio útil para o qual houve alteração nas informações cadastrais correspondentes ao imóvel rural. São áreas de interesse ambiental: - Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RLs), Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), Interesse Ecológico, Servidão Ambiental, Cobertas por Floresta Nativa e Alagadas para constituição de reservatório de usinas hidrelétricas. Por meio do ADA, também é possível ter redução da alíquota para as áreas de manejo florestal. Para entregar o ADA, o interessado deve ir até o Sindicato Rural ou ligar para obter informações. As declarações retificadoras referentes ao ADA podem ser entregues até 30 de dezembro. DISTRIBUIDOR RSA ORGASOL E BACSOL PRODUTOS 100% ORGÂNICO ALTERNATIVA PARA AGRICULTURA ORGÂNICA ORGASOL Melhora a Germinação Desenvolve Raízes Mais Profundas Diminui a Incidência de Pragas Aumenta a Resistência ao Calor e Frio Av. 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Adicionalmente a presidente assinou o Decreto 7830/2012 que regulamenta o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa da Regularização Ambiental (PRA). vetados e nãorurais contemplados no Decreto ser tratados por precisa ser melhor conhecida pelosOs pontos produtores para que poderão não haja frustração de expectativas. meio de outros instrumentos, como atos do Ministério do Meio Ambiente. 92%asdas propriedades do Paraná – até 4 módulos fiscais, média de 72 hectares – os vetos da presidente da República ao P –Para Quais inovações querurais se impleprojeto de lei do novo Código Florestal, pelo Congresso, praticamente não mudam nada. mentam a partir da agricultura aprovado de Esta imensa maioria de propriedades, com utilização já consolidada antes de 22 de julho de 2008, continua sendo beneficiada pelas precisão? dimensões de áreas de proteção permanente – matas ciliares, por exemplo – já em vigor, como 5 metros de matas ciliares em áreas com até R: O produtor passa a tratar a área não pela 1média, módulo fiscal, até 15 para aquelas com até 4 módulos. mas sim com mais precisão, dando Seguem abaixo principais considerações sobre o Decreto e as conquistas com o Novo Código florestal. tratamento para os cada porçãovetos, da área de acordo a necessidade exigida. Por exemplo, existem faixas de terra na propriedade que precisam de dosagens maiores de determinados insumos, outras menos e áreas que nem necessitam. A agricultura de precisão trabalha a área como heterogênea, identificando as manchas e dando tratamento diferenciado em termos de nutrição e cuidados da área. Produção sustentável: compatibilizar negócio com preservação ambiental P - A agricultura de precisão aumenta o trabalho e a preocupação com a área em que é utilizada? R: Depende do espaço onde será utiliza1.oÁREAS DETrata-se VÁRZEAS A presidente do sistema. de–um conjunto longo de cursos d’água com menos de 10 o artigo que possibilitava a utili- metros de largura. O Decreto restabelece devetou técnicas e tecnologias que permitem zação das várzeas desde que estivessem os 20 metros. fazer aquilo que é necessário e nas do- em grandes áreas de inicio certamente vai fora dos limites de proteção de matas O importante éEM que,APP: no final sagens A ter ciliarestecnicamente de 30 metrosrecomendadas. para rios de até 10 3. altos USOcustos. DE FRUTÍFERAS A das contas, os investimentos retornam. agricultura de precisão aumenta os custos metros de largura. Agora todas as vár- presidente vetou o artigo que permitia o sezeas aplicada em grandes áreas, os uso de frutíferas para recompor as áreas são consideradas APP. embora Entretanto – Quais as principais dicas para retornos emocupadas produtividade sejama comas várzeas anteriores 22 de Pconsolidadas em APP. Segundo a quem presicomeçando? pensadores. Mas, é possível agricultor está julho de 2008 poderão ser ao consideradas dente, ao autorizar indiscriminadamente consolidadas desde que não o uso de frutíferas paraeatem recomParaisolado quem está começando uma pequeno usar essas técnicas semestejam muito R: em áreas de riscooperacionais e sejam observados posição de APPs, independentemente do área é melhor começar artesanalcusto. Os trabalhos também pequena critérios técnicos deosconservação do mente, tamanho da propriedade , o dispositivo fazendo uma sondagem da área, aumentam, bem como cuidados. Mas, e daé água descritos no Programa de usando compromete a biodiversidade APPs, aparelhos baratos paradas ir conheaosolo final, compensador porque vemos Regularização (PRA) reduzindo a capacidade dessas áreas dee depois optar por essa tecnologia em aumento de 20%Ambiental em média no rendimen- cendo sempenharem suas funções ambientais grandes espaços. to das culturas. 2. APP de áreas consolidadas para básicas. Vale lembrar que o novo Código propriedades maiores que 4 módulos Florestal ( Lei 12651de 25 maio de 2012) Pprevê - Em atermos de aparelhos, as P-fiscais: Os custos são mais elevados? possibilidade do uso de quais espécies inovações do mercado no momento? RO– Em princípio, são realmente mais eleCongresso Nacional tinha diminuído nativas e exóticas, de forma intercalada, – Narecomposição atualidade, o que movados. Portanto, agricultura para 15 metros a faixa mínimadedeprecisão vegeta- Rpara detemos APPs de emmais pequesão os receptores, inicialmente pode ser mais cara dode que o derno ção exigida ao longo de margens rios nos imóveis rurais. com precisão de até para propriedades entre 4 dois centímetros, maquinas aplicadoras das método tradicional. com Devetamanho ser implemene 15de módulos fiscais A MPpara original 4. APP de 5 metros rios menores variáveis do solo,para aplicando em doses tada forma gradativa, queprevia se vá taxas que propriedades com tamanho entre que 2ometros de largura: O artigo que que é mais necessário para cada aprendendo, sempre terceirizando algo4 certas e 10omódulos fiscais deveriam determinava que rios intermitentes do solo, regulando sozinho.(cujo Hoje para produtor não levar grandesrecompor sustos. Se espaço vegetaçãodenuma área 20 metros ao também curso tem águaequipamentos apenas em que determijá temos atuam a aagricultura precisão forde implementada Começar aos poucos... Segundo Flávio Eduardo Sanches, da New Agro, especialista em agricultura de precisão, são as seguintes as vantagens da agricultura de precisão: 1 – É possível direcionar o equipamento na área de trabalho e, consequentemente, tirar maior proveito e obter melhor rendimento. Veja como fi Os vetos mais importantes nado período do ano) de até 2 metros deveriam ter recuperação de 5 metros para qualquer tamanho de propriedade, em piloto automático. Além do GPS. também foi vetado. Passa a valer a “escadinha” com as dimensões de acordo com - A prática agricultura de precisão oPtamanho dada propriedade. já é utilizada há um bom tempo em vários países, porémde no Brasil começou 5. Recomposição APP só e Reserva a ser utilizada Legal no PRA – no inicio dos anos 90. AExiste presidente o parámuitotambém espaçosuspendeu para expansão? grafo sobre implantação as doempresas Programa R: Sim! Faltaaprofissionais, esde Ambiental (PRA). O veto tãoRegularização vendendo as tecnologias, mas não estão refere-se à imposição prazo 20 diasdo conseguindo atender de a todas asde dúvidas após a adesão proprietário PRA agricultor. Odo agricultor nãorural deveaoaceitar para que eles promovam a regularização passivamente os argumentos dos vendedoambiental. Segundo a justificativa, os res e optar por essa tecnologia. Hoje ainda prazos deverão ter uma regulamentação temos erros que precisam ser corrigidos, específica. A organização e os procedioperadores serao treinados. Enfim, mentos paradevem adesão PRA deverão serhá que se ter cautela. específica. objeto demuita regulamentação 6. O gatilho quetecnololimita6 -Gatilho O Brasilde já25%: desenvolve boas va emna 25% de área a ser recomposta para gias área? propriedades maiores que 4 módulos R: Sim. A cada dia está surgindo novidades fiscais foinão vetado: Fica valendo as dimene quem acompanhar a tecnologia fica sões no Decreto. para estabelecidas trás. 2 – Existem estatísticas comprovando que áreas que produziam, em média, 80 sacas de soja por hectare, na atualidade conseguem rendimento de quase 200 sacas por hectare nada mesma área. Tamanho propriedade Rec ao l 3 – Embora os produtores rurais 0corretamente a 1 módulo tenham muita preo- 5 m cupação com os custos de produ1ção, a 2 dependendo módulos do tamanho da 8 m propriedade no mesmo ano –em - o rendimento operacio- 15 m 2dois a 4 anos módulos nal oferecido pela máquina, e a dide manobra, compensam 20 m 4minuição a 10 módulos o valor foi agregado para a prática. de la COMO VAI FUNCIONAR A RECO 4 -10 Existe ainda um campo enor- à me + de módulos me a ser explorado no Brasil, que, d’ág em relação ao EUA, está 10 anos de 3 atrasado. Hoje os norte-americanos, de forma massiva, trabalham Áreas consolidadas são as Áreas com agricultura de precisão. No de Pres de 2008,a técnica com edificações, Brasil, despertoubenfeitorias, maior ocupadas comúltimos arroz, encostas ocupada interesse nos cinco anos. Quando As pessoas faço o bem, têm sinto-me medo dasbem, mudanças. e quando Eufaço tenho o mal, medosinto-me que as coisas mal. Eis nunca a minha mudem religião Abraham Chico Buarque Lincoln Saiba que... Reconhecida como uma das últimas fronteiras agrícolas, a agricultura de pre cis ão não s e rest r inge ao us o de máquinas, computadores e tecnologia GPS para o monitoramento da propriedade agrícola. Trata-se antes de saber identificar as diferenças do campo e respeitá-las, para que não haja desperdício, tanto no bolso quanto para o meio ambiente”, explica o coordenador da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, Ricardo Inamasu. Segundo ele, antes de o agricultor preocupar-se com a aquisição de tecnolog i a, é pre cis o que ele ent re em contato com o real objetivo da agricultura de precisão: o gerenciamento detalhado das atividades agrícolas, levando-se em consideração a chamada variabilidade espacial e climática. C om iss o, deixa-s e de considerar a propr ie d ade como um único blo co homogêneo, para identificar as carac- terísticas específicas de cada parte do terreno – e atuar sobre elas de maneiras distintas. “É uma comunhão do homem com a terra. Um cuidando e tirando proveito do outro.” No Brasil, o advento da agricultura de precisão é relativamente recente, de meados dos anos 90 para cá, mesma época em que chegaram ao país equipamentos de alta tecnologia à lavoura, daí a confusão. Na Europa e Estados Unidos, a adoção do conceito no dia a dia do campo ocorreu antes. Crescimento Por isso, há muito espaço para crescer, em especial nas pequenas propriedades, mais relutantes em implantar novidades relacionadas à agricultura de precisão, seja pelo custo do investimento, seja pela resistência cultural à tecnologia. “Hoje, a quantidade de p equenos pro dutores que adot am a Sindicato e Senar disponibilizam curso de agricultura de precisão ficou a “escadinha” Preocupado em sempre apresen- Amostragem de solo: tipos de tar as mais modernas tecnologias amostragem (pontos, gride e zona que permitam maior retorno sobre o de manejo); tipos de amostradores capital investido, compatibilizando (manual, elétrico e hidráulico); sencom a preservação meio ambien- % sores de solo, de planta, de pragas e composição das faixasdo marginais do imóvel ocupado te,do o Sindicato Rural longo curso d’agua * de Maringá e o doenças; Senar-Paraná começaram a oferecer - Mapas de fertilidade, produtivio curso agricultura dade e de aplicação; metrosrecentemente para qualquer larguradede rio 10% de precisão aos associados. - Barra de luzes; metros para qualquer largura de rio 10% - Piloto automático; Eis o conteúdo: - Corte automático de seção; : Reconhecer tecno- 20% - Aplicações à taxa variável; metros Objetivo para qualquer largura deasrio logias de precisão disponíveis para a - Monitoramento de colheita; agricultura. - Sistemas de Informação Geográmetros para rios de até 10 metros sem limites fica (SIG). argura Conteúdo Programático : No primeiro curso, houve 15 par- Agricultura de Precisão: con- sem ticipantes etade da largura do curso limites inscritos, número que deceituação; agricultura gua, observado o mínimo convencional verá se manter nos próximos. A finavantagens e lidade é apresentar ao produtor rural 30 e xoagricultura máximo de moderna; 100 metros, desafios; ciclos em AP; o que é a tecnologia de Precisão e os - GNSS: Datum e sistemas de co- equipamentos utilizados no processo, servação Permanente (APP)eeUTM; de Reserva ocupadas antesa mobilizadora de 22 de julho do ordenadas geográficas GPS eLegal, segundo assinala , atividades agrossilvipastoris, ecoturismo turismo rural. Exemplos: GLONASS; receptores (tipos, preci- ouSenar no Sindicato Rural,várzeas Angélica s comsão, café, uvas ee aviários entre outros. funções principais erros); Pelisson. OMPOSIÇÃO PARA ÁREAS CONSOLIDADAS 9 Equipamentos de marcas diferentes. Código Florestal. Não é agricultura de precisão não chega a 20%”, conta o coordenador de vendas Cuidado! o ideal, mas o possível da Ar vus, Paulo Fabris. Segundo ele, Um desafio ainda precisa ser superado apesar do baixo percentual, a situação já está mudando. “O pequeno precisa no segmento de agricultura de precisão: as se readequar para não ser engolido por empresas não adotam uma norma capaz completo pelo grande. Além disso, hoje de fazer com que equipamentos de difehá várias linhas de financiamento que rentes marcas instalados em uma mesma englobam a agricultura de precisão estrutura “conversem” entre si. Assim, o e tornam a aquisição das tecnologias agricultor deve ficar atento e certificar-se de que há compatibilidade entre os produmais acessível.” A s e d i me nt a ç ã o d o s e tor no País tos adquiridos. “São dois impedimentos para que as traz outra melhoria: a adaptação da tecnologia ao mercado nacional. “Um empresas nacionais adotem o padrão op e r a d or d e m á qu i n a n o s E s t a d o s único. Obrigatoriamente, ela limita o Unidos tem nível superior. Não é nossa desenvolvimento de particularidades realidade. Por iss o, utilizamos uma nos projetos e, sem diferencial, perdemos O presidente Frentereadequada Parlamentarcompetitividade. Outro: é difícil fazer linguagem bemda simples, da Agropecuária da Câmara Federal, assistência técnica de uma máquina com aos nossos padrões”, explica o gerente equipamentos agregados de diferentes nacional deHomero vendas daPereira, Agres, Márcio deputado vê avanços e, argumenta o supervisor regioBlau. Outra vantagem é que o produto principalmente, segurança jurídicaempresas”, aos nacional é cerca de 20% mais barato. nal de vendas da Verion, Marcos Nascimprodutores rurais bem Ferraz. “Isto sem perder a qualidade.” O novo Código Florestal Brasileiro, Câmara Federal, deputado Homero já vigente e com nove vetos da pre- Pereira. Embora seja representante sidente Dilma Roussef, não era exa- do Mato Grosso, o parlamentar tem tamente o que os produtores rurais suas origens em Goioerê, na região queriam. Mas, ele representa muitos de Campo Mourão. Produtor rural, avanços e agora existe segurança seu emprego emprego como extenjurídica. Na atualidade, o Brasil tem a sionista foi na Coagel (cooperativa daquela cidade). legislação mais avançada do Quando mundoo crescimento de um fortalece oRecentemente, outro, todo mundo para preservação dos recursos natu- Pereira esteve em Maringá para Este par é o ticipar nosso jeitodedeevento pensar, o promovido jeito de uma rais. Portanto, os produtoresganha. deveriam receber mais por esse esforço. pela Sociedade Rural e que tratou instituição financeira cooperativa. O Sicredi oferece um Em resumo, este é o pensamen- de assuntos atuais da agropecuária, ambiento central do presidente da atendimento Frente dentre próximo,elas, comas novas soluçõesregras adequadas às Par lamentar da Agropecuár ia da tais para o campo. necessidades de cada produtor rural. Assim nos tornamos o 3º maior repassador de crédito rural do país, contribuindo com o crescimento dos associados que utilizam a força do Sicredi para crescer no campo. Para nós, ninguém precisa perder para todo mundo ganhar. Associe-se ao Sicredi e conheça os benefícios de fazer parte de uma instituição financeira cooperativa. sicrediuniao.com.br 10 A saúde é o resultado não só de nossos atos como também de nossos pensamentos Mahatma Gandhi Confira os próximos cursos do Sindicato Rural de Maringá e SENAR-PR outubro CURSOLOCALINÍCIOFIMCH MUNICÍPIO Conservas, Molhos e Temperos Promec 07/10/2013 08/10/2013 16h Sarandi Corte e CosturaPromec11/10/201314/11/2013100h Sarandi PanificaçãoFloresta14/10/201315/10/201316h Floresta Cultivo de Plantas Medicinais Semulher - Floriano 14/10/2013 16/10/2013 24h Maringá JAA - OlericulturaPaiçandu14/10/201305/12/201380h Paiçandu Panificação APMIF - Itambé 16/10/2013 17/10/2013 16hItambé Forragicultura APEZ - UEM 18/10/2013 25/10/2013 24h Maringá CasqueamentoCesumar18/10/201319/10/201316h Maringá Pá-carregadoraPrefeitura21/10/201325/10/201340h Maringá FloriculturaPaiçandu21/10/201322/10/201316h Paiçandu Conservas, Molhos e Temperos SRM 23/10/2013 24/10/2013 16h Maringá Artesanato em Bambu APMIF 28/10/2013 29/10/2013 16hItambé Alimentos Derivados de Mandioca Dr.Camargo 30/10/2013 31/10/2013 16h Dr.Camargo Classificação de Grãos (Soja e Milho) AMEA 30/10/2013 31/10/2013 16h Maringá Culinária BásicaSRM30/10/201331/10/201316h Maringá Primeiros SocorrosPaiçandu31/10/201301/11/201316h Paiçandu NOVEMBRO CURSOLOCALINÍCIOFIMCH MUNICÍPIO Operação e Manutenção de Motosserra Prefeitura 04/11/2013 08/11/2013 40h Maringá Artesanato em Palha de Milho - Flores Floresta 04/11/2013 06/11/2013 24h Floresta Manejo de Gado de Corte SRM 11/11/2013 13/11/2013 24h Maringá Artesanato em Palha de Milho - Flores Paicandu 11/11/2013 13/11/2013 24h Paiçandu Artesanato em Palha de Milho - Bonecos SRM 13/11/2013 14/11/2013 16h Maringá Produção Alimentos Derivados de Leite Promec 18/11/2013 19/11/2013 16h Sarandi Agricultura OrgânicaSRM20/11/201322/11/201324h Maringá CasqueamentoSRM20/11/201321/11/201316h Maringá Derivados de SojaItambé20/11/201321/11/201316HItambé PanificaçãoSRM22/11/201323/11/201316h Maringá Artesanato em Palha de Milho - FloresItambé 25/11/2013 27/11/2013 24hItambé PanificaçãoSRM27/11/201328/11/201316h Maringá Manejo de Pragas (MIP) EMATER 27/11/2013 28/11/2013 16h Paiçandu As informações sobre os cursos podem ser obtidas no Sindicato Rural de Maringá pelo telefone 44 32201550 ou nas extensões de base em Floresta 44 3236-1180, Itambé 44 3231-1440 e Paiçandu 44 3244-7676. Não se pode semear de punhos fechados Adolfo Perez Esquivel 11 Orientação Jurídica Novo Código Florestal e a averbação da reserva legal Fábio Lamonica Pereira Advogado em Direito do Agronegócio Com a vigência da Lei 12651/2012, conhecida como Novo Código Florestal, diversos questionamentos foram imediatamente levantados, deixando os produtores rurais sem saber exatamente o que fazer. E há razão para tanto. De início, vale ressaltar que, assim como em toda matéria que sofra alterações legislativas, é necessário certo tempo para que as autoridades possam se manifestar a respeito delas a fim de que demais interpretações possam ser realizadas de maneira coerente. No caso do Novo Código Florestal é notório que, logo após a sua promulgação, houve a propositura de três medidas conhecidas como “Ação Direta de Inconstitucionalidade” (ADIn) de acordo com as quais pontos essenciais da nova norma estão sob questionamento junto ao Supremo Tribunal Federal. Caso tais ações sejam julgadas procedentes, as disposições do Novo Código a elas referentes voltariam à redação anterior, ou seja, justamente questões de maior interesse social que tratam sobre Áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e anistia aos que desmataram, o que prejudicaria a grande maioria dos produtores. Contudo, hoje, o Novo Código Florestal, tal como aprovado (já sofreu mudanças por meio da Lei n. 12727/2012) está em vigor e, bem ou mal, deverá determinar a regularização ambiental de forma geral. Segundo a Constituição Federal, a Legislação Federal ambiental deve dispor sobre as questões genéricas (apesar de na prática adentrar, indevidamente, em regulamentações), cabendo aos Estados e Municípios legislar de maneira complementar e supletiva (desde que não se contrariem as normas da Constituição e do Código) a fim de que os detalhes sejam devidamente regulamentados. Portanto, a primeira atitude a ser tomada diz respeito justamente à criação do Cadastro Ambiental Rural - CAR, ao qual todos os produtores deverão aderir. O CAR consiste em um “registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento” (art. 29 da Lei 12651/2012). O Governo Federal criou um site na internet (www.car.gov.br) para fins de concentração de informações relativas ao CAR, sendo que os Estados também disponibilizarão programas próprios de acesso para a efetivação do cadastro. O requerimento para a inscrição no CAR efetivado dentro de um ano a contar de sua implantação, podendo ser prorrogado por igual período mediante ato da autoridade competente. Um dos questionamentos que tem gerado dúvidas, podendo até culminar com a propositura de medidas judiciais por partes de ONGs de caráter duvidoso, diz respeito acerca da necessidade ou não de imediata averbação da Reserva Legal. Tal questão tem causado muita polêmica justamente pelo fato de que há disposição vigente da Lei de Registros Públicos (Lei 6015/73) prevendo a necessidade de tal procedimento. Também há normas de determinados Estados que estipulam prazo para que a averbação seja formalizada, bem como permanecem vigentes as disposições do Decreto n. 6514/2008, e suas alterações, que penalizam até mesmo com a aplicação de multa a Reserva que não tenha sido averbada. Considerando que o Novo Código criou um cadastro específico que reunirá diversas informações de todas as propriedades do País e que o proprietário ou possuidor tem prazo de um ano (já com possibilidade de prorrogação de mais um ano) para a adesão, não há motivos para a imediata averbação, nem tampouco para sanções. O Novo Código, aliás, dispõe expressamente que o registro da Reserva Legal no CAR elimina a obrigação de averbação junto ao Cartório de Registro de Imóveis. Ao mesmo tempo, permite àqueles que “desejarem” averbar a Reserva Legal antes de efetivado o CAR fazê-lo gratuitamente. Logo, expressa ou tacitamente, a obrigação de Averbação tal qual concebida anteriormente à vigência do atual Código deixou de existir. De toda sorte, os produtores não devem tomar medidas precipitadas sem que haja obediência às determinações constantes das normas gerais estipuladas pelo Novo Código Florestal bem como pelos normativos que passarão a ser disciplinados pelos Estados e Municípios dentro da competência que lhes caibam. [email protected] A arte de vencer se aprende nas derrotas 12 Simon Bolivar Fundo de Aval será retomado para beneficiar pequeno agricultor O Governo do Paraná retomou o programa Fundo de Aval, para pequenos agricultores familiares comprarem máquinas, implementos e equipamentos para modernização da propriedade. Segundo oo secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, foi decidido novo fluxo operacional para o processo de aval com aporte de R$ 1 milhão para alavancar até R$ 10 milhões em novos financiamentos para a agricultura familiar. O Fundo de Aval estava paralisado desde fim de 2010, em função da inadimplência acumulada, que atingiu R$ 12,3 milhões. Foi definida a cobrança desse passivo pela Fomento Paraná. A expectativa é que até o fim de outubro, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE - inicie as primeiras operações de investimentos com o apoio do Fundo de Aval. De acordo com Ortigara, o Estado deu o aval, mas também, é seu dever a recomposição do passivo para que possa avançar com outras propostas de financiamento para beneficiar o agricultor familiar. REGIÕES Segundo levantamento da Fomento Paraná, agricultores das regiões do Arenito, de Laranjeiras do Sul, Norte Pioneiro e Litoral concentram entre 70% a 80% da dívida com o fundo. São cerca de 5 mil agricultores inadimplentes. Conforme entendimento da Procuradoria Geral do Estado (PGE), esse passivo deve ser cobrado pela agência, que poderá parcelar a dívida. Ortigara ressaltou que o objetivo do Tratores não precisam ser emplacados Até o final do próximo ano ficará suspensa a obrigatoriedade do emplacamento de tratores. A decisão, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), corresponde às expectativas e reivindicações dos produtores rurais e entidades representativas. A dilatação do prazo permitirá ampliar a discussão sobre o tema até que se chegue a um equilíbrio entre o que é necessário e o que é factível ser cumprido. A decisão evitará que produtores sejam autuados e multados, o que lhes penalizaria de forma injusta. 44 3220-5100 Rodovia PR-317, 5.228 - Maringá-PR programa Fundo de Aval é facilitar o acesso ao crédito a quem não tem garantias suficientes. O Estado oferece essas garantias, mas a relação deve ser transparente dos dois lados. “É preciso que o agricultor pague seu débito junto à Fomento Paraná para que ela possa emprestar para outros produtores”, disse. Conforme balancete apresentado pela Fomento Paraná, o Fundo de Aval estava com R$ 8 milhões aportados, que com as aplicações financeiras atingiram aproximadamente R$ 12,8 milhões. Porém descontando as parcelas de contratos honrados pelo Fundo até 2011, o saldo atual é de cerca de R$ 563 mil. Segundo o secretário, o governador concordou em fazer novo aporte. Mas agora é preciso evitar a inadimplência. “É dever do Estado cobrar Matraca para plantio: símbolo da pequena propriedade e do minifúndio sob pena do fundo se exaurir com acúmulo de débitos, inviabilizando a continuidade do programa”, justificou. Fonte: SEAB Caminhões para produtores (pessoa física) serão financiados no PSI O Conselho Monetário Nacional baixou a Resolução nº 4.238 que autoriza o financiamento de caminhões destinado a produtores rurais pessoas físicas no Programa de Sustentação do Investimento - PSI BNDES. Os veículos poderão ser financiados com t axa de juros de 4,0% ao ano e prazo de pagamento de até dez anos. O benefício estende-se até o final de dezembro. A Resolução atende a medida da FAEP que solicitou o financiamento para produtores rurais na condição de pessoa física. Antes o financiamento era permitido apenas para pessoas jurídicas com exigência de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga - RNTRC efetuada há no mínimo dois anos, o que não atendia as necessidades dos produtores rurais. O financiamento de caminhões pelo PSI é apontado como um estímulo a investimentos que podem reduzir o custo do frete na próxima colheita, que tende a ser recorde. No começo de setembro, a compra de caminhões pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI) estava na dependência de portaria do Ministério da Fazenda. A Federação da Agricultura do Paraná (FAEP) pressionou para a rápida tramitação do processo a fim de que os financiamentos de caminhões começassem a ser feitos. O que torna belo o deserto é que ele esconde um poço nalgum lugar Antoine de Saint Exupéry 13 33 Sindicato Rural promove I Almoço do Agricultor No último dia 28 de Julho aconteceu o primeiro almoço em homenagem ao Dia do Agricultor, promovido pelo Sindicato Rural de Maringá. O evento foi realizado nas dependências da Associação da Cocamar de Maringá. Estiveram presentes mais de 400 pessoas, entre elas, a diretoria do Sindicato, associados, funcionários e familiares. Na ocasião os convidados almoçaram ao som de boa música e dança, que se estendeu durante todo o dia. Após o almoço, houve várias rodadas de um divertido bingo, com oferta de prêmios. Ao término do evento foram entregues placas de homenagem e agradecimento aos dez primeiros associados da história do Sindicato Rural de Maringá. As imagens do I Almoço do Agricultor podem ser vistas no site www.sindrural.com.br e no perfil do Facebook Sindicato Rural de Maringá. A tua primeira lei deve ser o respeito a ti mesmo 14 Pitágoras Orientação Técnica Produtor, use aliados naturais contra pragas e doenças Engenheiro-agrônomo Celso Daniel Seratto Mestre e coordenador do trabalho com grãos da Emater Produtor rural, você conhece o Manejo Integrado de Pragas (MIP) ou já ouviu falar no Manejo Integrado de Doenças (MID)? Pelo MIP, por exemplo, você economiza na hora da aplicação de produtos químicos, deixando que um inimigo natural faça o combate às pragas das lavouras. Um exemplo disso é a vespa Trichogramma sp, que se tornou uma importante ferramenta ao combate de lagartas de soja. A vespinha, como é conhecida - com pouco mais de três milímetros - é cada vez mais utilizada para fazer o controle biológico natural contra pragas e reduzir a aplicação de inseticidas nas lavouras. O produtor pode usar todas as técnicas de manejo de pragas para racionalizar e diminuir o uso de inseticidas. Eficiência do manejo integrado de pragas O MIP é o arranjo e uso de técnicas que se baseiam no conhecimento sobre o comportamento e a biologia dos insetos pragas, ou seja, dos insetos que atuam como inimigos naturais da lavoura que está sendo cultivada. Assim como o MIP, o MID consiste em conhecimentos e técnicas comprovadas cientificamente, com base no comportamento e na biologia dos fungos e das cultivares na lavoura. Através das duas técnicas, podemos tomar decisão sobre o momento e a maneira mais eficiente para controlar as doenças. O uso das técnicas está cada vez mais crescendo no país. Desde 1970 as técnicas são conhecidas e utilizadas em todo o mundo e tem avançado em países como o Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Espanha, China, o Japão e a Austrália. Os produtores e profissionais que prestam assistência técnica devem seguir os protocolos de controle e as pesquisas desenvolvidas no meio científico. É o que nós da Emater buscamos fazer. O princípio básico é de só intervir, agir na lavoura, quando se atinge um nível elevado de dano econômico causado pelo inseto nas lavouras. É o ponto em que o prejuízo provocado pelo inseto-praga vai ultrapassar o custo de controle. Por isso, essas práticas exigem mais conhecimento e certa convivência com a presença das pragas. Todas as técnicas empregadas no MIP são validadas por pesquisas e experiências de campo desenvolvidas pela Emater, entre outros. Por exemplo, no controle da lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis), só se recomenda a intervenção com produtos químicos antes do florescimento, quando a desfolha está prestes a alcançar a marca de 30% da área foliar; e depois do florescimento, quando está perto dos 15%. No entanto, é evidente que devem ser consideradas as condições e previsões climáticas para os próximos 10 dias, permitindo tomar uma decisão bastante segura de intervenção com o uso de inseticidas. E, nesse caso, o recomendado é utilizar produtos seletivos aos inimigos naturais, sempre que possível. A estratégia central do MIP é sempre a de causar o menor impacto possível no ambiente, permitindo que a natureza também ajude no controle das pragas que estão causando o dano econômico. É esse justamente o ponto central: as pragas só devem ser controladas quando provocam um dano que justifique essa ação. Os produtores, na maioria das vezes, iniciam o controle das pragas antes desse prazo que citei e isso acaba ampliando o número de aplicações e, consequentemente, provocam um desiquilíbrio desnecessário no meio ambiente. Outra técnica de MIP que pode ser utilizada em diversas culturas como milho, algodão e tomate, por exemplo, é o uso de parasitoides para o controle das lagartas. Nesse caso, o Trichogramma pretiosum e dos percevejos da soja, com o uso do Trissolcus basalis. Hoje, já existe fornecedor idôneo desses parasitoides no Brasil. No caso do uso Trichogramma, por exemplo, já se comprovou a eficiência para resolver os problemas com algumas pragas importantes, que estão aí causando apreensão entre os produtores, como é o caso da lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens), a lagarta-da-espiga do milho (Helicoverpa zea), a lagarta-das-maçãs do algodoeiro (Heliothis virescens) e, da temida Helicoverpa armigera, (conhecida anteriormente como a traça-do-tomateiro). 15 33 Homem poderoso é quem tem poder sobre si mesmo Sêneca Cuidado para não eliminar os inimigos naturais! Ao seguir um calendário para aplicação do produto, o produtor pode provocar a eliminação precoce de inimigos naturais e forte desequilíbrio ambiental nas propriedades. Assim, o que visivelmente, num primeiro momento, parece muito eficiente, se volta contra o próprio produtor, já que permite a rápida reinfestação dos insetos praga, exi- gindo uma nova intervenção química para o controle. Dessa maneira, se inicia uma roda viva que pode não ter fim. E nesse jogo, quem sai perdendo, normalmente, é o produtor, pois, com o excesso de uso de produtos químicos, ele acelera a seleção dos insetos-praga e aumenta a necessidade de intervenções. Redução de custos e equilíbrio ambiental Além de garantir economia ao produtor, o uso das técnicas ajuda no equilíbrio do ambiente de produção. É o que nós da Emater constatamos no dia a dia no campo. As técnicas permitem que o produtor tenha mais segurança e eficiência no controle das pragas, reduzindo o número de aplicações. Dessa forma, ele consegue eliminar as aplicações desnecessárias, reduz a carga de agrotóxicos utilizada na lavoura e minimiza a exposição dele aos produtos químicos e protege a sua saúde. Sem contar na redução dos riscos de contaminação ambiental. No caso da vespinha, por exemplo, nós verificamos que, entre os produtores que fazem o manejo de pragas, houve uma queda no número de aplicação de produtos. Geralmente, eles realizavam, em média, de três a cinco aplicações de produtos químicos para combater as lagartas. Com o controle biológico, esse número passou para duas aplicações. As técnicas podem ser adotadas em qualquer tamanho de propriedade. Porém, exigem um monitoramento mais constante dos talhões pelos produtores e profissionais que prestam assistência. Além disso, exigem mais conhecimento e capacitação. Como adotar manejos integrados contra pragas e doenças O primeiro passo é conhecer as técnicas e experiências existentes, participando de eventos organizados pela Emater e as organizações de pesquisa oficiais. Nestas ocasiões é possível aprender com a experiência dos produtores que já adotam essas práticas. Outra etapa é discutir com um profissional que assiste o planejamento para a instalação da lavoura, optando por cultivares mais resistentes ou tolerantes, quando for possível. Além disso, existem estratégias de época de plantio que pode ser adotadas, melhorando as condições para das técnicas preconizadas. Outro passo é monitorar a área semanalmente e não tem outro jeito! Antes de fazer a intervenção, é preciso avaliar a situação com a assistência de um profissional habilitado e só fazê-la quando necessário. Depois disso, verificar o resultado da intervenção para aperfeiçoar seu conhecimento e prática com a utilização das técnicas de MIP (manejo integrado de pragas) e MID (manejo integrado de doenças). • Viveiro de plantas • Produtos para jardins • Serviços de jardinagem ENG. AGRÔNOMOS Karla Meneguetti Blanco Luís Fernando P. Crepaldi Av. Joaquim Duarte Moleirinho, 3950 - Jd. Universo (próx. ao Contorno Sul) www. manejoja.com.br | (44) 3046-0887 | Maringá-PR 16 A esperança é o sonho do homem acordado Aristóteles Variáveis que influenciam os preços internacionais na Bolsa de Chicago Ao contrário do que se pensa, o apetite dos fundos de investimentos tem peso muito grande na formação das cotações que não se limitam simplesmente à oferta e demanda Gilda M. Bozza Economista DTE/FAEP O desempenho dos preços das commodities não se fundamenta simplesmente em oferta e demanda específicas e variações climáticas, mas também em variáveis macroeconômicas e financeiras mundiais, assim como no apetite dos fundos de investimentos. Nos tempos atuais torna-se necessário analisar o comportamento de todas as variáveis fundamentais e financeiras, como forma de obter uma análise mais precisa do quadro de preços. No fator fundamental, assume importância a América do Sul, com o Brasil como líder interferindo na formação de preços internacionais. A especulação financeira passou a interferir no mercado de commodities agrícolas, as quais não passaram incólumes pelos sustos, tanto em razão dos movimentos financeiros que os sucederam quanto pelas ameaças ao consumo que representam. A disparada do preço das commodities agrícolas tem levado os fundos de investimento norte-americanos a aumentarem as apostas nesse mercado.Tendência de clima desfavorável os fundos entram comprando, tendência de clima favorável ao plantio, os fundos vendem. Rumores no mercado financeiro igualmente interferem na estratégia dos fundos, que a qualquer momento podem fugir do mercado de commodities e procurar abrigo no dólar. Voracidade dos fundos de investimentos Os fundos de investimentos que atuam em todos os mercados mundiais de ações, commodities e derivativos, são responsáveis por 86% das operações diárias da Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com especialistas, estima-se que os fundos investem em margem inicial de US$ 200 bilhões em contratos futuros e pelo menos cinco vezes este valor em margens de manutenção de posições em ajustes diários. CAMPOS VERDES Comércio de Produtos Agrícolas Rua Pioneiro Victorio Marcon, 756 Fone: (44) 3032-2255 Maringá-PR
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