breve descripción epistemológica del conductismo

BREVE DESCRIPCIÓN EPISTEMOLÓGICA DEL CONDUCTISMO CLÁSICO
EPISTEMOLOGICAL BRIEF DESCRIPTION OF CLASSIC BEHAVIORISM
BREVE DESCRIÇÃO EPISTEMOLÓGICA DO BEHAVIORISMO CLÁSSICO
1. Psicólogo. Especialización en Salud Mental (FACINTEX/IBPEX).
2. Psicóloga. Estudiante de máster del Programa de Posgrado em Psicología de la Universidad
Federal del Rio Grande del Norte.
[email protected]
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Conductismo clásico, J. B. Watson, Antimentalism.
Classic Behaviorism, J. B. Watson, Unintimidating.
Behaviorismo Clássico; J. B. Watson, Antimentalismo.
RESUMEN:
Este es un trabajo de revisión de la literatura, de acuerdo con Silva (2005), es muy importante
conocer y analizar las contribuciones culturales o científicos del pasado sobre el tema propuesto. Los
objetivos de este trabajo son: demostrar el escenario epistémico en cuál estuve inscrito el
Conductismo Clásico y las ideas de J. B. Watson (1878-1958); mostrar las influencias ejercidas por
los teóricos conocidos como externalista y objetivista en el pensamiento de Watson, es decir, que en
este escenario de la negación del intimismo y del mentalismo en la Psicología, llegó a ser la base
sobre la cuál se arraigarían más tarde, la bandera del Conductismo Clásico. Porque fue a partir de
las influencias directas e indirectas de estos autores antimentalistas, que se generó en la Psicología
en lo final del siglo XIX, un zeitgeist - palabra alemana que traducido quiere decir espíritu de época,
en resumen, todo el conjunto intelectual y cultural del mundo, en alguna época – cuyo Conductismo
sería un de sus principales frutos, y al final, mostrar cómo estas influencias proporcionaron el
Conductismo Clásico ser convertido en uno de los ámbitos del conocimiento psicológico que más
fuera capaz de representar las aspiraciones de una generación de psicólogos que combatió el
subjetivismo y luto por cambios teóricos y metodológicos en el campo de la Psicología.
ABSTRACT:
This is research is a literature review, according to Silva (2005), is very important to know and
analyze the cultural or scientific contributions in the past about the proposed theme. The objectives
of this work are: to demonstrate in which epistemic enrolled Classic Behaviorism and the ideas of J.
B. Watson (1878-1958), showing the influences exerted by theorists considered externalist and
objectivist imprint on the thinking of Watson, in others words, this scenario of denial of intimacy and
mentalism, or denial of subjectivism in Psychology, became the foundation on which is planted later,
the flag of Classic Behaviorism. Since it was from the direct and indirect influences of these authors
antimentalistas, which is generated inside the Psychology in the late nineteenth century, a zeitgeist
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- the German word which translated means spirit of the time, in short, the whole intellectual climate
and cultural world, at one time – whose behaviorism would be one of their main results, and finally,
show how these influences have given the Classic Behaviorism become one of the spheres of
psychological knowledge that more able to represent the aspirations of a generation of psychologists
who fought and struggled for subjectivism theoretical and methodological changes in the field of
psychology.
RESUMO:
Este é um trabalho de Revisão Bibliográfica, conforme Silva (2005), é de suma importância conhecer
e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado acerca da temática proposta. Os
objetivos desse trabalho são: evidenciar o cenário epistêmico no qual se inscreveu o Behaviorismo
Clássico e as idéias de J. B. Watson (1878-1958); mostrar as influências exercidas por teóricos
considerados de cunho objetivista e externalista, sobre o pensamento de Watson, ou seja, que este
cenário de negação do intimismo e do mentalismo, ou seja, de negação do subjetivismo na
Psicologia, veio a ser o alicerce no qual se fincaria, mais tarde, a bandeira do Behaviorismo Clássico.
Visto que, foi a partir das influências diretas e indiretas destes autores antimentalistas, que se
gerou, dentro da Psicologia, no final do século XIX, um zeitgeist - termo alemão cuja tradução
significa espírito de época, em suma, o conjunto do clima intelectual e cultural do mundo, numa
certa época - cujo behaviorismo viria a ser um de seus principais frutos; e por fim, mostrar como
estas influências proporcionaram ao Behaviorismo Clássico tornar-se uma das esferas do saber
psicológico que mais conseguiu representar os anseios de uma geração de psicólogos que combatia
o subjetivismo e lutava por mudanças teóricas e metodológicas no campo da Psicologia.
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REFLEXÕES EPISTEMOLÓGICAS
Ao levar em consideração os aspectos histórico-filosóficos nos quais se encontrava a
Psicologia em meados dos séculos XIX e XX, é possível compreender de forma mais eficaz a
trajetória epistemológica na qual se assentou o Behaviorismo postulado por Watson (1878-1958).
A Psicologia nestes dois séculos encontrava-se dividida em duas grandes tendências
epistêmicas: uma Internalista e a outra Externalista. A primeira dessas tendências – a Internalista –
caracterizava-se por todas aquelas idéias psicológicas que eram marcadas pela influência do
pensamento idealista alemão, por exemplo, as idéias wundtianas. Para esta tendência, a experiência
humana pode ser estudada a partir das idéias extraídas do próprio sujeito. Já seu método e objeto
de estudo centram-se respectivamente na tópica conceitual da introspecção e da consciência.(1-4)
As tendências externalistas eram marcadas por uma influência direta das correntes filosóficas
objetivistas, como o Positivismo, por exemplo. Havia dentro do cenário científico daquela época um
extremo descrédito e insegurança nos postulados da consciência e da introspecção, e por outro lado
uma intensa afirmação das ciências naturais como a Química e a Física.
Havia, portanto, uma forte influência do Positivismo, principalmente aquele postulado por
Auguste Comte (1798-1857), filósofo francês do século XIX, que recriminou severamente as
correntes mentalistas de sua época, inclusive algumas da própria Psicologia, além de ter primado
metodologicamente pela experimentação, principalmente pela descrição, o controle e a predição dos
fenômenos estudados.(5)
As idéias objetivistas acabaram inebriando as correntes externalistas da Psicologia no século
XX. Os conceitos de consciência e introspecção eram combatidos por alguns psicólogos por duas
razões. A primeira, porque ambos os conceitos não teriam sido postulados dentro dos preceitos
teóricos da Psicologia e das Ciências Naturais, mas sim fora delas, ou seja, nas Ciências Humanas,
mais especificamente na Filosofia. E segunda, porque ambas careciam de uma definição conceitual
mais clara e que, seguisse um princípio tão urgente no cenário científico da época, o da
universalidade científica.(6)
É nessa perspectiva e nesse cenário de inaceitabilidade do intimismo, do “mentalismo” na
Psicologia, e de influência das idéias de teóricos como Auguste Comte, Georges Cabanis, Jacques
Loeb, Max Meyer, Ernst Mach, entre outros, que viria a se preparar o chão onde se fincaria, mais
tarde, a bandeira do Behaviorismo Watsoniano, ou seja, foi com as influências diretas e indiretas
destes autores objetivistas que se criou, dentro da Psicologia, no final do século XIX, um zeigeist, no
qual o behaviorismo viria a ser o seu principal fruto, conforme Figueiredo(7) afirma “As primeiras
vítimas do ataque conjunto do positivismo e do pragmatismo foram a introspecção e a “vida
interior”, com o behaviorismo de Watson”.
Assim o Behaviorismo de Watson teve o papel de condensar todas estas influências no
sentido de colocar a Psicologia behaviorista no ramo das ciências naturais, e como assegura
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Carrara(8) “Watson teria aparecido como um dos autores mais capazes de reunir de forma dinâmica conquanto conviesse à objetividade pretendida no behaviorismo – as influências até então
dispersas”. Ele teria, então, representado os anseios de uma geração de psicólogos que lutavam por
mudanças teóricas e metodológicas na Psicologia.
Ainda no intuito de esclarecer o contexto no qual surgiu o manifesto behaviorista de 1913,
devem ser lembrados nomes como os de G. H. Mead e J. R. Kantor, considerados os maiores
testemunhos da passagem do funcionalismo ao behaviorismo. Nomeados interbehavioristas Mead e
Kantor chamaram a atenção muito antes de 1913 para o fato de se adotar definitivamente, na
Psicologia, a objetividade científica. E foi dentro deste contexto externalista-objetivista que se
sedimentaria as principais idéias que iriam ser legitimadas definitivamente no dado manifesto de
1913.(6)
Contudo foi neste cenário unânime de rejeição ao mentalismo e da busca de um purismo
metodológico, que, já em 1903, Watson viria a versar suas concepções e formulações sobre o
comportamento, no primeiro momento sobre a observação animal, pois fora, sem sombra de
dúvidas, o fascínio de Watson pela experimentação em Psicologia animal um dos agentes causal
mais importante para o surgimento do behaviorismo metodológico, expresso e legitimado
simbolicamente no manifesto de 1913. Já em 1914, Watson escreveria sobre o behaviorismo como
um campo científico e metodologicamente definido, devendo ser seguido pela comunidade científica
de sua época como uma nova escola psicológica.
Assim expressa de forma sucinta Cançado, Cirino & Soares(9)
O interesse de Watson era o estudo do comportamento. Ele propõe que a
psicologia seja uma ciência empírica e leve a generalizações sobre o
comportamento humano, mantendo uma uniformidade do procedimento
experimental, para que os experimentos dos psicólogos possam, assim como
os dos físicos e químicos, ser replicados em qualquer laboratório.
E por fim, a produção científica de Watson que ajudaria firmar o behaviorismo como esta
nova escola da Psicologia, com as obras: Psychology from the standpoint of a behaviorist (1919),
Behaviorism (1925), The ways of behaviorism (1928), Psychological care of the infant and child
(1928). Por es razãao, ou seja, por estas publicações e sob estas condições elencadas acima que J.
B. Watson acabaria sendo considerado de forma unânime como o fundador do behaviorismo,
embora muitos dos preceitos teórico-conceituais desta nova escola estivessem ecoados antes
mesmo de seu manifesto em 1913.
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REFERÊNCIAS
(1) Bakhtin M. O Freudismo: um esboço crítico. São Paulo: Perspectiva, 2007.
(2) Cornejo C. Las Dos Culturas de/en la Psicología. Revista de Psicologia. 2005; XIV(2): 189-208.
(3) Boring EG. A history of experimental psychology. New York: Appleton-Century-crofts, 1950.
(4) Chaplin JP, Krawtec TS. Systems and theories of psychology. NewYork: Holt, Rinehart &
Winston, 1974.
(5) Reale G, Antiseri D. História da filosofia. 6ed., São Paulo: Paulus, 2003. (Vol.V)
(6) Carrara K. Behaviorismo radical: crítica e metacrítica. São Paulo: Editora da UNESP, 2005.
(7) Figueiredo LCM. Matrizes do pensamento psicológico. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
(8) Carrara K. A questão do controle na abordagem comportamental. Psicologia: Argumentos. 1992;
(10):109-115.
(9) Cançado CRX, Soares PG, Cirino SD. O behaviorismo: uma proposta de estudo do
comportamento. In: Ferreira AAL (org). Historia da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro:
Nau editora, 2006.
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