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Revista do Talho Ed 52.pmd
Editorial
R e v i s t a d o Ta l h o
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O que é o
açougue?
Se voltássemos à Idade Média encontraríamos como definição – açougue é o local
onde se abate animais e vende carne. Só
para ilustrar, o grande dramaturgo e poeta
inglês, William Shakespeare (1564-1616)
quando jovem abatia carneiros no açougue
de seu pai.
REVISTA DO TALHO
Edição nº 52 - Março/2009
A indústria frigorífica inexistia, o
transporte era de animais vivos até o ponto
de venda. Faz pouco mais de um século
que a Swift teve a brilhante idéia de levar apenas as carcaças no lugar do animal inteiro,
sendo que grande parte não era utilizado no consumo das grandes cidades. Com isso
conseguiu reduzir seus custos e construiu o maior frigorífico da época.
Evolução
No século XX foram proibidos os abates de animais em açougues, alegou-se a falta
de condições técnicas e principalmente o risco de contaminação. No entanto os açougues
eram os únicos estabelecimentos comerciais onde se vendiam carnes. Isto até a década
de 1960 quando os supermercados despontam com uma imensa variedade de produtos,
inclusive a comercialização de carnes.
Seria natural que os açougues ampliassem também maior número de itens para venda,
o que de certa maneira vem acontecendo, embora a complacência da fiscalização seja
maior com as grandes redes varejistas do que com a gente. Contrariando o artigo 179
da constituição Federal de 1988, que garante tratamento diferenciado à micro e pequena
empresa. Ou seja, em benefício destas empresas.
Atitude do Sindicato
Como trata-se de uma questão interpretativa da Lei, temos insistido com ofícios aos
órgãos competentes. Neste momento tenho em mãos, um datado de 04 de fevereiro de
2002, encaminhado junto à Prefeitura do Município de São Paulo-DIMA-SEMAB,
solicitando equidade no tratamento dado pela fiscalização como podemos ver a seguir:
...”caberia a legislação manter as exigências legais ao funcionamento de um açougue.
Quanto à diversidade de produtos a serem comercializados, tanto quanto o supermercado
deve ser opção do comerciante, tendo em conta a evolução que houve no varejo...”
EXPEDIENTE
A Revista do Talho é uma publicação do
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes
Frescas do Estado de São Paulo.
CONSELHO EDITORIAL
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R e v i s t a d o Ta l h o
SINCOBESP
A questão do preço de
Sebo e Ossos
Jorge Camisa Nova
Há um grande descontentamento dos comerciantes em relação aos preços de sebo e
ossos. O assunto de vez em quando volta à discussão. A diretoria do Sindicato sempre tem
tra-tado o tema com a seriedade que exige, mas os resultados deixam muito a desejar.
Desta feita pareceu-nos mais democrático que fosse uma comissão eleita pelos
açougueiros, a qual assumiu a responsabilidade de tratar a questão sob a guarda do Sindicato.
Para tanto, o Sindicato marcou a reunião com o presidente, Gustavo Razzo Neto do
Sincobesp, como segue relatado em ata:
OBS: A primeira solicitação para a reunião com os açougueiros foi feita pelo diretor Jorge
Camisa nova, acompanhado do Zé Turim.
Flagrantes da reunião
José Ariovaldo
“ATA DE REUNIÃO REALIZADA NO SINCOBESP EM 02/02/09
ÁS 16:00 HORAS NA RUA DA CONSOLAÇÃO 222 15.AND.CJ.1503
Gustavo Razzo Neto
Aos dois dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e nove, às 16:00 horas na sede do Sindicato
dos Coletores de Sebos, Ossos e resíduos de origem animal do Estado de São Paulo, localizado na
Rua da Consolação, 222-15º andar- Sala 1503 no centro desta capital, reuniram-se os representantes
do SINCOBESP, Srs. Gustavo Razzo Neto, presidente: Sr. Rodrigo Giglio, diretor e o Sr. Nelson
Antonio Braido, diretor. De outro lado a comissão de açougueiros devidamente nomeada em reunião
realizada pela categoria em 08/12/08 para representar o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes
Frescas do Estado de São Paulo, assim composta: Sr. Jorge Paulino Camisa Nova, José Ariovaldo,
Sávio Raul Medeiros e Paulo Francisco Izzo. Dando seqüência aos trabalhos, foi dado início da
reunião.Com a palavra o presidente do SINCOBESP Sr. Gustavo Razzo Neto, agradeceu a convocação
feita por ele da reunião, a pedido do Sindicato de Carnes e perguntou o se trataria tal reunião. Com
palavra o Diretor do Sindicato de Carnes, Sr. Jorge Camisa Nova, esclareceu que a categoria não
estava satisfeita com os preços praticados para o sebo e ossos e que muitos não recebiam e alguns
ainda pagam para que se retirasse essa mercadoria dos açougues. Com a palavra o Sr. Rodrigo Giglio
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colocou que ainda cobra de pelo menos 10% dos seus clientes pois
em sua planilha de trabalho, os custos de logística e industrialização
dos produtos resultavam em pelo menos R$ 200.000,00 de prejuízo
por mês.
Com a palavra o açougueiro Sr, José Ariovaldo (Zé da Turim)
colocou que não receber ou ainda pagar para retirar era inaceitável,
e pediu para o SINCOBESP rever esta posição. Com a palavra o Sr.
Gustavo Razzo Neto, colocou que o mercado é muito oscilante e
que a proibição da venda de farinha de carne para o mercado interno
contribuiu para esta situação, além da fiscalização da Prefeitura e da
Cetesb serem muito rígidas. Neste momento pedindo a palavra o
açougueiro Sr. Sávio Raul Medeiros (Sabiá) solicitou que o
SINCOBESP estipula-se um preço mínimo a ser praticado pelos
sebeiros para toda categoria independentemente do tamanho do
açougue. Com a palavra o Sr. Nelson Braido esclareceu ser muito
difícil estipular um preço mínimo, pois o mercado é muito variável
de comércio para comércio. Novamente o Sr. José Ariovaldo (Zé da
Turim) pediu uma definição de preços mínimos a serem praticados.
Com a palavra o Sr. Gustavo Razzo Neto, pediu para a comissão
esperar alguns dias; pois o SINCOBESP estava representado apenas
pela metade de seus diretores, pecisando assim realizar uma reunião
com os demais integrantes do SINCOBESP, ou seja, Gava de Perus,
Braido São Bernardo e Cebomar da Praia Grande, para fechar questão
quanto ao pedido da comissão dos açougueiros. Não tendo mais
nada a ser tratado e no aguardo de uma resposta do SINCOBESP a
reunião foi encerrada.
Resposta do SINCOBESP
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Cheques Adulterados
Fique alerta aos golpes com
cheques adulterados
A preocupação ao emitir ou receber um
cheque não deve ser ater ao aspecto
somente da compensação do mesmo, é
bom tomar cuidado, pois os cheques,
principalmente pré-datados, são alvos
fáceis de estelionatários que, com alguma
técnica ou nenhuma, mudam seu valor.
Os golpes variam desde a adulteração
grosseira – na qual 4 reais podem virar
400 – até a utilização de produtos químicos
que “lavam” o valor escrito, canetas que
apagam com borracha, montagem e
colagem de folhas e clonagem de
talonários.
Para se tornar uma vítima, não precisa
muito. Um cheque dado em um comércio
pode sair das mãos do comerciante, passar
ao fornecedor, que troca por dinheiro com
outra pessoa e, nesse troca-troca, algum
estelionatário pode ter em mãos o papel bancário com a sua assinatura, ou ele pode ser
roubado e consequentemente, o prejuízo é certo.
Dúvidas mais freqüentes:
Quando o banco recusar o pagamento de um cheque, deve carimbálo com o motivo da devolução?
Sim. Ao recusar o pagamento, o banco deve registrar, no verso do cheque, o
código do motivo da devolução, da data
e a assinatura de funcionário autorizado.
O banco é obrigado a comunicar a
devolução de cheque sem fundos?
Somente nos motivos 12, 13 e 14,
que implicam inclusão do seu nome no
CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques
sem Fundos)
Qual a natureza jurídica do cheque?
O cheque é, ao mesmo tempo, ordem
de pagamento à vista (para o banco onde
o dinheiro está depositado) e título de
crédito (para o beneficiário que recebe).
Nele estão presentes dois tipos de
relação jurídica:
1º - Uma entre você e o banco
(baseada na conta bancária);
2º - Outra entre você e o beneficiário,
pela qual o cheque se torna um
documento capaz de gerar protesto ou
execução em juízo.
Um cheque apresentado antes do
dia nele indicado (pré-datado) pode ser
pago pelo banco?
Sim. O cheque é uma ordem de
pagamento à vista, válida para o dia de
sua apresentação ao banco, mesmo que
nele esteja indicada uma data futura. Se
houver fundos, o cheque pré-datado é
pago: se não houver fundos, é devolvido
pelo motivo 11 ou 12
Homenagem
Homenagem
O presidente da Federação do Comércio
do Estado de São Paulo, Abram Szajaman,
pede um minuto de silêncio, o tempo pára por
sessenta segundos, ele agradece e tece
sensibilizado comentário elogioso a Jorge
Sarhan Salomão, pela dedicação ao comércio,
ao sindicalismo e sobretudo por sua participação comunitária – era um sábio que
aprendeu ao longo da vida sem perder a
condição de comerciante, nem a sensibilidade
do que o ser humano o tem de melhor: o amor
à humanidade.
Outros companheiros seguem prestando
sua homenagem aquele que partira, como ele
diria, ao encontro do grande arquiteto.
O filho presente na plenária emociona-se, pois perdera seu protetor. Todos nós
perdemos um pouco com a partida de Jorge Sarhan Salomão, a quem rendemos
nossa homenagem.
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Fique de olho
Dinheiro Falso dá cadeia
Usam a técnica de misturar as notas
falsificadas em meio às verdadeiras para
efetuar o pagamento de diversas compras
e assim”esquentar” as réplicas..
O Banco Central aponta que houve
um crescimento expressivo do número
de cédulas falsas circulando por aí. Em
2006, o BC apreendeu mais 570 mil
delas, cujo montante chegou a mais de
R$ 22 milhões, exceto as que não
haviam sido detectadas.
Dinheiro falso
Especialistas do BC aconselham as
comerciantes a sempre verificarem a
cédula por sua marca d’agua, já que cerca de 60% das notas falsas não apresentam esse
item. Também é importante sentir do papel a impressão com os dedos por que o papel
moeda legítimo é mais liso do que o comum e as figuras da República e dos números do
valor da cédula.
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O comerciante que pegar alguma cédula falsa deve procurar a agência bancária mais
próxima para que seja feita uma analisa de autenticidade. Caso seja comprovada sua
ilegitimidade, o lojista perde o valor da mesma.
A pessoa que for pega tentando passar uma nota falsa para frente, depois de tomar
conhecimento de sua falsificação, pode ser condenada a uma pena de seis meses a dois
anos de prisão de acordo com a legislação brasileira.
Segundo estudos realizados por
empresas de consultoria especializadas no
combate e prevenção de fraudes, os
charlatões possuem um perfil pré-definido
capaz de entregá-los antecedência aos
olhos de um comerciante atento. Conforme apontado por essas pesquisas, os vigaristas
quase sempre estão bem vestidos e em busca de mercadorias fáceis de serem revendidas.
Golpistas
Um comportamento característico dos golpistas é o nervosismo e a lentidão para
assinar documentos como, por exemplo, a nota fiscal,. Atentar-se a essa peculiaridade
pode poupar o comerciante de muita dor de cabeça.
Outra característica dos criminosos é dificultar ao máximo a conferência do RG
com o cheque ou cartão de crédito apresentado, fato que os deixa apreensivos e
nitidamente incomodados. Para os especialistas, o comerciante não deve se preocupar
se o cliente ficará aborrecido ou não com a conferência dos dados e documentos
fornecidos por ele, mas sim, lembrar que é melhor prevenir do que remediar.
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É necessário passar informações ao consumidor para
que ele possa utilizar o corte de maneira correta e tirar
o melhor do sabor e maciez da carne.
Filé Mignon
Filé Mignon
medalhão
É o corte mais caro e o mais macio.
Com sabor menos acentuado que o
contrafilé e o alcatra e mais adocicado e
uma carne suculenta com pouca gordura.
Conhecido como fílé, sendo ainda
chamado de Filet (francês), Lomo
(espanhol) e tenderloin.
A peça inteira tem aproximadamente 2 Kg.
É ideal para bifes, rosbife, refogados,
escalopes, medalhão e estrogonofe. Fica
bem acompanhado de molhos.
Para churrasco pode ser preparado em
bifes grossos, inteiro no espeto ou em
ingrediente de espetinho misto.
Carne macia de sabor acentuado, que
mantém a umidade do corte devido sua
cama-da de gordura lateral.
Conhecido como lombo, lombo
desossado, bife de chorizo (espanhol),
striploin (inglês), faux-filet (Frances).
Chamado de contrafilé por situar - se
“contra” o filé mignon, separados apenas
pelas vértebras lombares.
Contrafilé
Ideal para bifes, grelhados, rosbife,
medalhões, grelhados, assados e para
churrasco. Deve ser servida mal passada
ou ao ponto e assada em alta temperatura para que não endureça. Deve-se preferir
pedaços com gordura uniforme. Antes do preparo, ser for o caso, remove-se o
nervo lateral, que segue longitudinalmente na carne.
Baby Beef
Baby Beef
Com sabor acentuado pode ser
utilizado para bifes, assados e na
churrasqueira (neste caso com bifes
mais grossos).
Contrafilé
Alcatra
Alcatra
Também chamada de alcatra-grossa,
coice e alcatre. A peça completa
compreende o miolo da alcatra, a picanha
e a maminha. Conhecida como rumsteck
(francês) e rump (inglês).
Carne macia e com pouca gordura, indicada para bifes (cortes finos
devem ser evitados para não ressecarem), refogados, ensopados e
assados. Muito indicado para churrasco, tanto no espeto ou em bifes
grossos.
Maminha
Maminha
Conhecida como ponta de alcatra,
sendo chamado de colita de cuadril
(espanhol), aiguillette baronne (francês)
ou tail of round (inglês).
A maminha tem um formato quase
triangular e pesa aproximadamente
cerca de 2 kg. Carne com boa
espessura, textura e sabor acentuado,
que pode ser melhor aproveitada para
churrasco em bifes, no espeto, fatiada
pouco a pouco.. Pode ser assada,
grelhada e para bifes. Deve ser cortada
contra as fibras, para acentuar sua
maciez e sabor.
Patinho
Coxão Duro
Patinho
Conhecido como bola, cabeça de
lombo, lomo (espanhol), rond de tranche
(francês) ou knuckle (inglês).Menos
macia que a alcatra torna-se ideal para
assados, bife à milanesa e carne de
panela. Ideal para moer e na preparação
para kibes e steak tartar.
Lagarto
Lagarto
Conhecido como cochão de fora
com fibras mais longas e rijas. Sendo
ideal para cozidos, assado, carne recheada, rosbife, bife á rolê e sopas. É a
favorita na preparação de papinhas
infantis.
Coxão Duro
Miolo de Paleta
Também conhecido como pá,.
Centro da paleta, coração da paleta.
Pode ainda ser chamado de corazón de
paleta (espanhol), boule de macreuse
(francês) ou shoulder clod (inglês).
Com fibras curtas e magras. É indicado
para cozidos, moídos e ensopados.
Miolo de Paleta
Por se tratar de uma carne um pouco mais dura é indicada para assados pois
precisa de mais tempo de cozimento. Muito comum a preparação recheada feita
na panela, e também quando resfriada pode ser fatiada bem fina para carne louca.Em
bifes, só se for empanada.
Fonte: Goumet - A arte do corte
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Modernidade
Animais
geneticamente
modificados
Se a soja transgênica provocou polêmica,
imagine o porco transgênico... Mas em breve ele
deve estar no açougue da esquina. A diferença é
que a gordura dele é rica em ômega 3, que previne
problemas no coração. Peixes e frangos são os
próximos da fila.
Carne de laboratório
A idéia começou na NASA, mas já existe uma empresa
criando carne (de porco, frango e peixe) em laboratório.
Por enquanto, tudo é perfeito: livre de bactérias
perigosas, apenas com gorduras saudáveis
e, dizem seus defensores, vai
reduzir a demanda por fazendas,
o que daria uma
bela ajuda ao ambiente.
Será que os vegetarianos
ancarariam?
Há algumas décadas, o abate de animais, era considerado uma
operação tecnológica de baixo nível científico e não se constituía
em um tema pesquisado seriamente por universidades,
institutos de pesquisa e indústrias.
A tecnologia do abate de animais destinado ao consumo
somente assumiu importância científica quando se observou que os
eventos que se sucedem desde a propriedade rural até o abate de
animal tinham grande influência na qualidade da carne
(SWATLAND, 2000).
Licitações
Novas regras para licitações no
Estado de São Paulo
ME e EPP:
tratamento
diferenciado
Foi sancionada pelo governador José Serra, a Lei nº13.122, publicada em 7 de
julho de 2008, que dispões sobre o tratamento simplificado e diferenciado às
microempresas e às empresas de pequeno porte, nas contratações realizadas no
âmbito da Administração Pública Direta e Indireta, conforme disposto em seu artigo
2º, a saber:
I – Destinado exclusivamente à participação de microempresas e de empresas de
pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais)
II- em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou
empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser
subcontratado não exceda a 30% do total licitado:
III- em que se estabeleça cota de até 25% do objeto para a contratação de
microempresas e de empresas de pequeno porte, em certames para aquisição de
bens de natureza divisível.
A medida vai beneficiar empresas com faturamento de até R$ 240 mil ao ano
(micro) e até R$ 2,4 milhão ao ano (pequena).
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Economia
Estratégias para
tempos de crise
Administração estratégica do caixa da
pequena empresa é essencial em tempos
de crise, alerta Fecomercio
Com a crise financeira surgem diversos desafios de gestão da pequena empresa. Entre as principais preocupações
estão a questão do crédito – fator crucial
para o equacionamento da vida financeira
das empresas – e a crise de confiança,
que influencia diretamente o consumo.
Para driblar esse momento e enfrentar a
onda de instabilidade, a Federação do
Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) alerta aos pequenos empresários sobre os cuidados para administração do caixa, afinal esse é o momento
ideal para redimensionar os planos, a
previsão de gastos e a situação financeira.Na visão da entidade, a administração
do caixa é estratégica e o empresário pode
solucionar os pontos críticos do seu fluxo
com antecedência, por intermédio de
simulações de diversas alternativas. Como
o caixa reflete todas as decisões estratégicas da empresa, ao mesmo tempo
em que representa um norte para as
próximas decisões do empresários, a
Fecomercio destaca algumas medidas
importantes na busca por uma gestão de
caixa eficaz, que pode mudar o rumo da
empresa. Entre elas:
Negociar com fornecedores:
Negociar com clientes prazos de
pagamentos mais curtos:
Avaliar a forma de remuneração do
capital da empresa:
Melhorar a reciprocidade bancária
Reavaliar seu perfil de endividamento:
Reduzir custos desnecessários, fixar
metas de despesas:
Avaliar o custo de seus estoques:
Avaliar formas de recebimento de
clientes em atraso:
Avaliar gastos com logística e planejar
operações:
Verificar possíveis perdas:
Reavaliar investimentos:
Analisar a posição de seus ativos e
respectivos custos:
Rever todos os processos operacionais:
Informações mais detalhadas:
www.fecomercio.com.br
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Informações Jurídicas
O que é Convenção
Coletiva de Trabalho?
Flagrante da assinatura de Convenção Coletiva de trabalho
A cada ano, as categorias de trabalho têm reajustes em seus salários, com base em
alguns índices, que entre outras coisas, medem a inflação do período. Isso ocorre para
que o piso da categoria, ou o mínimo salário que a categoria deve receber, se ajuste a
estes índices e os trabalhadores não sofram com as perdas monetárias. Os valores
destes índices são decididos em Assembléias, em que estão presentes representantes de
Sindicatos Patronais, de Sindicatos de trabalhadores e de federações também das duas
classes. Essas assembléias são denominadas de Convenção Coletiva de Trabalho.
A Convenção Coletiva é aplicada a todos os membros da categoria, beneficiando-os
e por outro lado obrigando as empresas a cumprir uma série de deveres. A Convenção
Coletiva de Trabalho pode enfim ser definida como um consenso normativo intersindical,
celebrando entre categorias de empregados e empregadores, resultante de prévia
negociação. Seus dispositivos abrangem tanto os sócios como os não-sócios do sindicato,
mas não gera efeitos sobre empresas e trabalhadores de outras categorias.
A Convenção
Coletiva do Trabalho tem força de Lei:
O nosso Sindicato também tem apresentado sugestões e propostas do interesse da
categoria, entre elas destacamos o banco de horas – O banco de horas é um sistema de
compensação de horas mais flexível, também estabelecido por meio de Acordo ou
Convenção Coletiva de Trabalho. As horas extras, respeitada a jornada de 8 horas diárias,
podem ser compensadas no prazo máximo de 120 dias, sem nenhum acréscimo legal.
Consulte nosso site: www.carnesvarejo.com.br ou pelo telefone: (11) 32313113
Fonte dos dados básicos: SRF/MF, SECEX/MDIC, MAPA, EMBRAPA, IBGE, CNPC, Fórum Nacional Permanente da pecuária de Corte - CNA, Sec. Estaduais de Agricultura.
Obs: *Preliminar; 1 em mil toneladas em equivalente a carcaça.
Rebanho: 1994 - PPM/IBGE; 1996 - censo Agropecuário/IBGE; 1995 e 1997 a 2007 - Estimativas.
Dados sujeito a alterações.
Balanço da Pecuária Bovina de Corte
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Legislação / Atendimento
Como conseguir o Registro no SISP
De acordo com a legislação, os estabelecimentos de produtos de origem animal
só podem funcionar se estiverem instalados
com condições mínimas e equipados com
maquinários e utensílios, de acordo com a
natureza e capacidade de produção. Para
tanto, o empresário deve montar o seu estabelecimento num ponto distante de fontes
produtoras de odores indesejáveis, com luz
natural e artificial, ventilação, piso e paredes
impermeáveis, forro de material resistente à
umidade, instalação frigorífica, rede de esgoto
e de abastecimento de água, ambiente climatizado, mesas de aço inoxidável, esterilizador de facas, telas em todas as janelas,
entre outras condições básicas para adquirir
o SISP.
Quem deseja solicitar o registro do estabelecimento com o SISP. Precisa apresentar:
1º) Requerimento ao diretor do CIPOA
(Centro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal), solicitando a aprovação prévia do
projeto, caracterizando o tipo de atividade a
que se destina, sua localização, com nome,
endereço e telefone;
2º) Projeto técnico, constituído por:
a) Planta baixa das instalações e equipamentos 1:100;
b) Planta de corte e fachada 1: 100;
c) Planta de Situação 1: 500;
d) Memorial econômico sanitário assinado
pelo proprietário do estabelecimento;
e) Memorial Descritivo da Construção com
responsabilidade de engenheiro;
f) Croqui (esboço) de localização para o
meio rural.
3º) Declaração Municipal de atendimento
da utilização da área obedecendo à Lei de
Zoneamento, tendo o mesmo valor o plano
diretor, o alvará e o cadastro;
4º) Contrato Social registrado na Junta
Comercial;
5º) Documentação referente ao atendimento de Legislação da CETESB (Companhia
Estadual de Tratamento de Esgoto e
Saneamento Básico);
6º) Registro no Conselho Regional de
Medicina Veterinária de São Paulo;
7º) Análise da água;
8º) Termo de compromisso;
9º) Cartão do CNPJ;
10º) Rotulagem e embalagem.
Como atender bem ao telefone
Você sabia que o atendimento telefônico
adequado é fundamental para estreitar a
relação da empresa com o cliente?
O telefone é a extensão natural do balcão
de atendimento de sua empresa e, por isso
faz com que o cliente assuma a voz e a
postura do atendente como a voz e a postura
da empresa.
E sabemos que a falta da imagem e do
contato pessoal dificulta, e muito, a comunicação. Ninguém gosta de ser mal atendido
ao telefone, muito menos o seu cliente. Por
isso, não basta apenas atender, é preciso
saber como e fazê-lo muito bem.
Essa deve também ser uma prática de
todos os seus funcionários. Mesmo aqueles
que não possuem essa obrigação devem
estar preparados para quando forem
requisitados ao telefone.
Segundo o consultor do Sebrae-SP, Júlio
Alencar, é preciso presta atenção a alguns
cuidados importantes no atendimento
telefônico da sua empresa:
-Padronize a sua mensagem inicial de
contato;
- Seja objetivo em suas afirmações e
questionamentos;
- Mantenha sempre à mão lápis e papel e
o material pertinente ao assunto;
- Fale com clareza, educação e tranqüilidade em tom normal de voz;
- Atenda ao primeiro toque e não deixe o
interlocutor pendurado na linha;
- Planeje a modernização de seus equipamentos.
É importante salientar que o padrão de
atendimento visa estabelecer um roteiro
que permita aos atendentes serem compreendidos pelos clientes sem, contudo, engessá-los ou limitá-los por meio de regras e
procedimentos.
Saiba mais no site www.sebrae.com.br

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