nº06 Junho/Julho
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Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 1 2 Publicação Institucional Coplana Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba Coopecredi Cooperativa Crédito Rural dos Plant. Cana da Zona Guariba Socicana Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba Conselho de Administração - Coplana Presidente Roberto Cestari Vice-Presidente Paulo de Araújo Rodrigues Secretário Murilo Gerbasi Morelli Ismael Perina Junior José Luiz de Laurentiz Nivaldo Evaristo Davóglio Luiz Joaquim Donegá Conselho Fiscal Efetivos Walter Ap. Luiz de Souza Antonio Paulo Fonzar Euclides Américo Laguna Suplentes Nilceu Cardoso David Garcia José Erminio Gibertoni - Coopecredi Roberto Cestari Ismael Perina Júnior Raul Bauab Junior Expediente Diretoria Executiva Diretor Presidente Diretor Gerente Diretor Secretário Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Delson Luiz Palazzo Wilson Pires de Lemos Ezio Pereira José Mauro Ferreira Antoninho Penariol Sebastião Gentil Basso Conselho de Administração - Socicana Presidente Roberto Cestari Vice-Presidente Ismael Perina Júnior 1º Secretário Paulo de Araújo Rodrigues 2º Secretário Murilo Gerbasi Morelli 1º Tesoureiro Delson Luiz Palazzo 2º Tesoureiro Mário Castilho 1º Vogal José Luiz de Laurentiz 2º Vogal Mário Whately 3º Vogal Manoel da Silva Carneiro 4º Vogal Paulo Eduardo Garcia Conselho Fiscal Efetivos Victor Magnani Airton José Rocca Filho Lauro Gonçalves de Souza Suplentes Fábio Trevizolli Oswaldo Gazotto Adão dos Santos Conselho Editorial Roberto Cestari Ismael Perina Junior Paulo de Araújo Rodrigues Antonio Carlos Pongitor Silvio Borsari Filho Revista Coplana Editora e Jornalista Responsável: Regiane Alves MTb 20.084 Editoração Eletrônica: Pedro Sgarbosa - Depto. Informática Redação e correspondência: Av. Antonio Albino, 1640 Guariba - SP Tiragem: 3.000 exemplares Publicação mensal. Artigos assinados, citações e relatórios são de responsabilidade de seus autores. Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 3 Editorial As comemorações de Julho Em 05 de julho, o mundo comemorou o Dia Internacional do Cooperativismo. A data serve para fazermos uma reflexão sobre o tipo de Cooperativismo que queremos e verificar nossas atitudes para isso. No mesmo dia, a Coopecredi promoveu a abertura de mais uma filial. A inauguração do PAC de Dumont veio ao encontro do objetivo de crescimento sustentável do setor. Partimos do planejamento bem elaborado para mais uma conquista real. E em 28 de julho, a comemoração foi pelo “Dia do Agricultor”. A cada ano, essas datas simbolizam a evolução da Agricultura e do Cooperativismo – que surge como alternativa rumo ao desenvolvimento econômico e social. 4 É grande a responsabilidade de todos os envolvidos. E como podemos ver em uma análise mais detalhada, as iniciativas de produtores unidos, com espírito empreendedor, têm provocado grande impacto positivo na qualidade de vida das regiões e sociedade como um todo. Além de comemorar essas datas, é sempre momento de reavivar os conceitos que originaram todo o trabalho: que esforços conjuntos são muito mais produtivos e justos que atitudes isoladas. Roberto Cestari, Presidente dos Conselhos de Administração da Coplana e Socicana e da Diretoria Executiva da Coopecredi Safra cana São Martinho ajusta mix para remunerar produtor Diretoria e técnicos da Usina São Martinho promoveram uma reunião com fornecedores de cana, para informar sobre o andamento da safra 2002-2003, principalmente em virtude da antecipação da colheita, depois de acordo com o governo Federal. Marcelo Ometto, diretor da Usina, comentou sobre a remuneração da cana. A Usina tem uma política de adotar mix próprio, o que tem garantido preço superior ao praticado no Estado. Nesta safra porém, o mix da Usina foi menor, o que fez a empresa reavaliar os cálculos. “Temos um relacionamento diferenciado com nossos fornecedores. Por isso, vamos pagar neste ano, o índice do Estado, mesmo que esteja combinado o mix da Usina. Trata-se de uma liberalidade da empresa, fazer este complemento. Vamos continuar trabalhando em cima do mix da São Martinho. Porém, no ano em que houver diferença, podemos fazer uma revisão. É uma atitude de reconhecimento à assiduidade de nosso parceiro”, comentou Ometto. Ele enfatizou que desde março e abril de 2002, já havia comentários sobre a falta de álcool no mercado. A Usina comprometeu-se a aumentar sua produção. A previsão de moagem era de 5,780 milhões de toneladas de cana, com Coplana - Coopecredi - Socicana produção de 226 milhões de litros de álcool e 9 milhões de sacas de açúcar. Porém, o volume colhido foi menor: 5,386 milhões de toneladas. Para garantir a quantia de álcool prevista, a Usina diminuiu sua produção de açúcar. Com a redução do preço deste combustível, principalmente de setembro a dezembro de 2002, o preço do ATR da São Martinho também diminuiu. Já a queda na produção da última safra, é tida como conseqüência da crise de 1998 e 1999, quando não houve investimentos no canavial. Viva Cana A expectativa para este ano é positiva e para avançar na qualidade do produto e preservar a lavoura, a Usina criou o “Viva Cana”. A empresa alterou uma série de equipamentos na lavoura: os transbordos, por exemplo, ganharam um sistema de pneus de alta flutuação e baixa pressão. Além disso, cerca de 1.600 empregados tiveram, cada um, 40 horas de treinamentos para adaptações ao programa. Hora de apertar o cinto O empresário alertou para o produtor para a necessidade de se capitalizar, aproveitando a época de maior rentabilidade para fazer Junho / Julho, 2003 reserva financeira. A opinião foi compartilhada por Roberto Cestari, presidente dos Conselhos de Administração da Coplana e Socicana e Ismael Perina Júnior, diretor gerente da Coopecredi e conselheiro da Coplana e Socicana. “Os senhores viram que nós passamos por uma crise em que o ATR chegou a R$0,10 ou R$0,12. Acho que o setor criou um pouco de juízo. Quando a situação está boa, vamos capitalizar um pouco para suportar uma possível crise. Isso é com os senhores, com os industriais, com todo mundo”, afirmou Cestari. Ismael sugeriu que os produtores poupassem, por meio de aplicações na Coopecredi. “Invistam na Cooperativa de Crédito. Se vier uma fase difícil, a pessoa tem um pouco mais de tranqüilidade.” Custo de produção aumenta Durante a reunião, vários custos foram levantados. Segundo dados da Usina, os insumos industriais tiveram alta de 88% em relação ao ano passado. Os insumos agrícolas subiram até 70% e a mão-de-obra em torno de 20%. O óleo diesel acumulou alta de 69%. Isso elevou o custo para implantação de canavial. Se em 2002, era possível plantar um alqueire com R$1.500,00, hoje são necessários cerca de R$5.000,00. 5 Empresa Rural Melhoria da Empresa Rural O Programa Melhoria da Empresa Rural teve início no mês de junho. A Coplana quer levar informações ao produtor, para melhorar o gerenciamento de sua propriedade. Para isso, irá promover cursos com temas relacionados à administração, relacionamento com empregados, liderança, qualidade dos serviços e questões financeiras. O primeiro programa visa organizar a propriedade usando regras simples, mas com resultados rápidos. O produtor e as pessoas que trabalham na fazenda terão informações sobre a melhor forma de organizar o trabalho, para conseguir mais agilidade e reduzir desperdícios. O programa pode fazer parte do dia-a-dia de qualquer empresa e ser implantado antes de qualquer sistema de qualidade. Para que realmente dê certo é necessário ter o envolvimento do proprietário e acompanhamento contínuo. A implantação já teve início na fazenda do cooperado Fernando de Almeida. Nesta, e em outras propriedade, a Coplana vai criar um modelo para que outros cooperados possam conhecer e acompanhar resultados. No mês de agosto teremos as primeiras turmas 5S. Para atender de maneira eficaz os cooperados, houve adaptações. Os conceitos serão transmitidos por equipes da Coplana. Depois do curso, aqueles cooperados que quiserem fazer a aplicação prática terão acompanhamento dos técnicos da Cooperativa diretamente nas propriedades. Porque o programa se chama 5S? Antes deste programa ser difundido no mundo todo, era uma tradição japonesa transmitida de pai para filho. Fazia parte da educação das crianças e acompanhava as pessoas até a fase adulta. São cincos palavras em japonês, que se iniciam com s: seiri significa ordem ou organização, seiton quer dizer arrumação, seiso é limpeza, sieketsu é padronização e shitsuke é disciplina. Também no Japão existe a tradição de, no último dia do ano, todos os integrantes de uma empresa se reunirem para fazer uma faxina no local de trabalho. Dessa forma, estariam se preparando para começar o ano seguinte de maneira mais organizada. Ou seja, começariam o ano com a casa limpa e até mesmo com os pensamentos purificados. Este programa pode ser aplicado na empresa rural e em qualquer empresa. Até mesmo em casa podemos adotar esta prática. São exemplos que todos nós conhecemos, mas que para ter resultados precisam de um método. 6 Presidente da Coplana Roberto Cestari comenta objetivos durante reunião com equipe Equipe de gerentes e pessocal da área técnica discutem conceitos para a qualidade nas propriedades rurais Pedro Sgarbosa, integrante do programa; Alexandre e André Vilanova, integrantes da Diagro; Fernando de Almeida cooperado e proprietário da Fazenda Papagaio André Vilanova transmite informações na Fazenda Papagaio Maria Eliza e Fernando de Almeida da Fazenda Papagaio: implantação do modelo 5S Equipe da Coplana, cooperados, proprietários e funcionários da Fazenda Papagaio Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 7 Caro Cooperado, Você recebeu uma pesquisa, que tem o objetivo de conhecer sua opinião sobre os serviços oferecidos pela Coplana. Não coloque nome ou assinatura. A participação é espontânea, mas muito importante para que possamos aprimorar nosso atendimento. Entregue o formulário preenchido em uma de nossas filiais e participe do sorteio de “1.000 litros de óleo diesel”. O prazo para a entrega termina no dia 22 de agosto, às 18 horas. 8 Núcleo Jovem Cooperativo Núcleo Jovem participa de encontro do Sescoop-SP Oficina reúne representantes de cooperativas de todo o Estado O Sescoop-SP, Serviço de Aprendizagem Nacional do Cooperativismo, realizou nos dias 02 e 03 de julho um encontro em São Paulo para jovens cooperativistas. O objetivo foi promover maior integração, discutir a participação dos grupos em suas cooperativas e identificar formas eficazes de comunicação. A Coplana foi representada pelos filhos de Cooperados: Rafael Cestari, coordenador do Núcleo Jovem, e Antonio Rossato Júnior, secretário. O convite foi feito na reunião de jovens do dia 12 de junho e o critério para a participação levou em conta quem estava presente e manifestou interesse em ir ao evento. Durante o encontro, os organizadores utilizaram dinâmicas de grupo para transmitir os princípios cooperativos. Entre estas atividades, os jovens tiveram de improvisar apresentações teatrais para exemplificar conceitos como confiança mútua e cooperação. Oficina em São Paulo reuniu representantes de todo o Estado Rossato e Rafael apresentam temas durante a oficina de comunicação Grupo improvisa peça teatral para falar de cooperação Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 9 Palestras Integração na Cooperativa é tema nos núcleos O Núcleo de Pradópolis e o mente será remunerador, se lá na política pública e pressionar para Núcleo Jovem escolheram a ponta, o preço do açúcar for reter melhor negociação internaci“Integração do Cooperado na Comunerador. onal”, afirmou. operativa” como tema de palestra Sobre o meio ambiente, PauO conselheiro da Coplana tamde suas últimas reuniões. A aprelo destacou o fato de hoje a sobém diferenciou o sistema coopesentação foi feita pelo vice-presiciedade não mais aceitar ações que rativo de outros modelos do merdente da Coplana, Paulo Rocado. “O cooperativismo é drigues, no dias 03 e 12 de uma doutrina, um conjunjunho – respectivamente em to de idéias. Antes da coPradópolis e Jaboticabal. operativa ser uma loja de Rodrigues falou do papel do peças ou insumos, está movimento cooperativista baseada em uma filosocomo alternativa para o fia que visa corrigir e mecrescimento sustentável. Cilhorar o social por meio da tou várias cooperativas com atividade econômica. Esta resultados que se tornaram filosofia começou há mais modelo e discutiu a maior de 200 anos na Inglaterparticipação de cooperados ra, com pessoas que tie familiares nas atividades nham necessidade de se da Coplana. juntar e melhorar as conNúcleo de Pradópolis tem casa cheia para palestra Em Pradópolis, além dições de vida e vem sendesta palestra houve uma do reformada, organizaapresentação técnica sobre da.” provoquem danos à natureza. É herbicidas, por uma empresa forUm exemplo de cooperativa preciso ter iniciativas para a prenecedora. que deu certo é o da Holambra. Há servação dos recursos naturais, Paulo dividiu a conversa em alguns anos, os produtores soinclusive para manter a atividade três temas centrais: o módulo friam na hora de vender as flores. de maneira sustentável. operacional, a preservação dos Por tratar-se de produto altamenQuanto à organização, já não recursos naturais e a organização te perecível, compradores seguraé possível produzir com os olhos do setor privado. No módulo vam a negociação até forçar o voltados somente para o mercado operacional é necessário trabalhar menor preço. Os agricultores eninterno. O produtor tem que ser um com o mínimo de recursos possítão se uniram e montaram um sisbom negociador e fazer a propaveis. Por exemplo, se um produtema de leilão ao contrário. No ganda do seu negócio. É vital cotor tem uma colhedeira que fica Veiling, como é conhecido, os comnhecer a imagem que a sociedade ociosa parte do tempo, a sugespradores são reunidos e o preço tem da agricultura e também ortão é fazer uma parceria com o vidos lotes de flores começa pelo ganizar-se continuamente. Quanzinho, para que o uso em conjunmais alto e vai caindo. Se o comdo o setor vai ao governo fazer um to transforme-se em rentabilidaprador esperar o preço cair muito, pedido, tem que mostrar sua pode. É preciso também enxergar a perde o produto para um concorsição . “Não adianta o agricultor cadeia produtiva. Para que o açúrente. O sistema importado da Euir sozinho até o presidente. Se ticar esteja no mercado, várias etaropa serve de baliza de preços para vermos dez mil produtores juntos, pas foram cumpridas e um grande as demais empresas do setor. o resultado será outro. Organizanúmero de fornecedores entrou dos, vamos conseguir melhorar a no processo. O preço da cana so10 16ª SIPAT 16ª SIPAT reuniu equipe de trabalho e familiares com informação e entretenimento A 16ª SIPAT Coplana - Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho foi realizada de 23 a 29 de junho, com uma programação inédita. Em vez das tradicionais palestras, a Cipa - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - optou por uma abordagem divertida. As apresentações teatrais se basearam em passagens cômicas, para explorar temas sérios, como uso de álcool, prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e uso de EPIs - Equipamentos de Proteção Individual. Outro diferencial deste ano foi a participação das famílias dos fun- Equipe da CIPA entrega prêmio em Guariba cionários. O objetivo foi discutir a segurança, não só durante o expediente de trabalho, mas também em casa. O evento teve a presença estimada de 350 famílias, sendo 1.300 pessoas aproximadamente. Além de integrantes da Coplana, participaram equipes da Socicana, Coopecredi, Sindicato dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias, com atrações também em Taquaritinga, Dumont e Pradópolis. O presidente da Coplana fez as aberturas em Guariba e Jaboticabal. Lembrou que a segurança é Área de lazer para os filhos de funcionários conquistada por meio de atitudes conjuntas da empresa e funcionários. “Do lado da empresa, encaramos com total seriedade este assunto. A Cipa teve resposta a todos os pedidos que fez. O apoio da diretoria, nas ações sobre segurança, é total. Exigimos eficiência, mas também colocamos à disposição de nossos funcionários todos os recursos necessários. O que precisamos agora é do comprometimento de cada um. Porque, mais que evitar acidentes, é preciso ter um comportamento seguro. A atenção tem que ser permanente”, concluiu. Consumo de álcool e segurança doméstica foram assuntos tratados com humor Apresentações em Guariba e Jaboticabal despertam interesse dos funcionários Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 11 PAC DUMONT Coopecredi inaugura Dia Internacional do Fotos: Ewerton Eleutério equipe de trabalho, se dedicou na apresentação de um projeto sólido que trouxesse resultados para a região. Durante o evento, a seBanda Municipal de Pontal apresenta-se durante a nhora Eliadir inauguração Camaroto- esA Coopecredi inaugurou no posa do cooperado José Camaroto, último dia 05 de julho, Dia Inter- falecido em junho de 2002, recenacional do Cooperativismo, mais beu uma homenagem da Cooperaum Posto de Atendimento ao Cooperado - o PAC de Dumont. O evento contou com a presença dos diretores da Cooperativa, gerentes, equipes de trabalho, cooperados e familiares, autoridades e moradores da cidade e região. A abertura do PAC deu-se depois que a direção da Coopecredi estudou detalhadamente o projeto, verificando sua viabilidade e atendimento aos cooperados. Esta também foi uma conquista do Núcleo de Desenvolvimento de Dumont, que em conjunto com a 12 tiva. Camaroto, que fez parte dos Conselhos da Coplana e Socicana, foi lembrado como um verdadeiro defensor dos ideais associativistas e cooperativistas. Determinado, atuou com entusiasmo para o desenvolvimento do setor na região. Acompanhe trechos das falas durante a inauguração: “A Coopcredi é uma Cooperativa com suas contas em dia. Tem credibilidade no mercado e isso torna possível o repasse de recursos. Mesmo com todas as dificuldades na captação de dinheiro, nós temos uma situação muito privilegiada, em relação a outras cooperativas. Os investimentos em tecnologia permitiram maior agilidade nos serviços, mais segurança na transmissão de dados e permitem ao cooperado consultar sua conta, de maneira prática. Investimos também em recursos humanos, para oferecer o melhor serviço ao produtor. Melhorar sempre é a regra geral. E não existe outro caminho. O cooperado, por sua vez, precisa fazer parte de verdade. A Cooperativa tem que crescer continuamente. E isso só será possível se o cooperado quiser. Quero agradecer a todos que colaboram com esse investimento e queremos a resposta dos senhores. Peço aos cooperados, para incentivar os núcleos. Isso facilita muito para os dirigentes da cooperativa. Uma vez por mês, os coordenadores participam do Conselho de Administração. O cooperativismo e o associativismo dependem de nós. Se os senhores leram o estatuto, sabem que a responsabilidade é muito grande. Participem, se interessem pelos problemas da Cooperativa. Estamos com as portas abertas.” Roberto Cestari – presidente da diretoria executiva da Coopecredi PAC de Dumont no Cooperativismo Paulo Lima, encarregado da Filial; Ernesto Betiol, cooperado; Antonio Carlos Pongitor, gerente da Coopecredi; Euclides Laguna, coordenador do Núcleo e conselheiro fiscal da Coplana; David Andrade, diretor executivo da Cocecrer; Roberto Cestari, presidente da Coopecredi e Antonio Roque Bálsamo, prefeito Municipal de Dumont “Gostaria de agradecer a presença das autoridades, do prefeito, polícia civil, militar, o legislativo, toda diretoria da Coplana e Coopecredi, funcionários e ao Ednel, que durante 14 anos administrou muito bem a filial. Agradeço também a todos os cooperados, que fazem com que a nossa responsabilidade cresça ainda mais, na busca pela qualidade e melhoria dos serviços prestados. Nunca podemos esquecer que o nosso sucesso depende muito do sucesso de vocês. Para finalizar, agradeço a Deus e à minha família por ter me dado oportunidade de trabalhar em Dumont e ter feito grandes amizades.” Paulo Lima - gerente da Filial de Dumont “Temos que reconhecer que esta não é mais uma loja, um posto bancário. Na verdade, temos necessidade de nos unir para conseguir ganhos, não somente financeiros, mas também desenvolvimento, inclusive pessoal. Ao fazer a comercialização de um produto, uma negociação com o próprio banco, um empréstimo, se as condições não forem as melhores naquele dia, certamente todo o contexto da Cooperativa irá trazer benefício. Isso tem de ser ponderado. Temos que entender que se a pessoa faz um empréstimo na Cooperativa, se não pagar irá prejudicar todos os outros cooperados. É importante ter consciência sobre o que é o cooperativismo. Vejo aqui o sr. Ernesto, que está há muito tempo participando de vários conselhos. Tem sua luta lá dentro. É importante que as pessoas reflitam sobre isso e saibam que cooperativismo não é só ter benefícios. É participar, gritar quando está apertando o calo, parabenizar as pessoas envolvidas nesse contexto quando as coisas são realizadas a contento. Há uma série de coisas que diferenciam esta, de uma loja com amplo mercado ou de uma loja de Ribeirão Preto que vende produtos mais baratos.” Ismael Perina Júnior - diretor gerente da Coopecredi Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 13 PAC DUMONT Depoimentos David Andrade - diretor executivo da Cooperativa Central de Crédito 14 Sra. Eliadir Camarotto (ao centro), recebe homenagem de Walkiria Senen Cestari (à esquerda) Fotos: Ewerton Eleutério “A cooperativa, seja do setor produtivo ou de crédito é o divisor de águas entre comércio e a instituição financeira, que tira do produtor ou da atividade produtiva o que pode, mas devolve muito pouco. Os senhores são os responsáveis por um país que está com suas balanças de pagamento equilibradas, graças ao agronegócio. Os senhores são fundamentais. A cooperativa, em especial de crédito, é uma instituição financeira. É realmente realizada pelo Banco Central, via Cooperativa Central de Crédito. Seus diretores têm que ser responsáveis, profissionais, porque são enquadrados na lei do colarinho branco se não fizerem tudo corretamente. A segurança de uma cooperativa é muito maior que a de um banco, porque todos podem ter acesso a ela e ter informações na hora em que desejarem. Vocês vão ao diretor, ao presidente, ao gerente. O importante é que ela existe porque vocês existem. Eu sempre coloco três posições: que tamanho os senhores querem a sua cooperativa? Pequena, média ou grande? A resposta quem dará serão os senhores. Parabéns Roberto, parabéns aos produtores que realmente participam da cooperativa. Façam dela um grande negócio produtivo, eficiente e que venha trazer aos senhores dentro de um profissionalismo e responsabilidade, o desenvolvimento regional. Parabéns e boa sorte.” “A história de Dumont é muito linda e estou muito feliz hoje por ter a honra de receber tão brilhante obra de Deus, porque o que necessitamos a história dirá. Tenho a honra de ser prefeito de Dumont e estar na inauguração do Posto de Atendimento. Essa cooperativa está enraizada por uma honra de trabalho. Ela vai estar sempre de portas abertas. Gostaria de fundamentar a honra desse trabalho. Gostaria de ter uma parceria linda e agradecer a oportunidade que Deus me deu de estar presente nessa inauguração tão importante para Dumont.” Antônio Roque Bálsamo - prefeito municipal de Dumont Prezados companheiros e companheiras, cooperados, produtores. Quando estava vindo, lembrei de um fato em minha vida. Em 1960, aqui na frente do Banco Comind existente nessa casa, eu e meu pai atolamos com um jipe. Ficamos aqui e tivemos que sair arrastados por um trator. Essa era Dumont de 1960. O banco se foi e lembrei que na grande crise agrícola, não só foi embora o nosso dinheiro, mas também o banco que estava aqui, o Banespa. Ficamos na mão. Eu, Ernesto, Vicente, encabeçamos o movimento (para eleições na Cooperativa) porque acreditávamos numa mudança de gestão. Convocamos nossos companheiros para uma reunião e lá esteve Roberto (Cestari) e sua equipe para falar a que se propunham. A primeira cobrança foi um banco para Dumont. A resposta foi que iriam avaliar tudo que estivesse prometido e previsto pela diretoria. Se tivessem que dizer, “sim”, diriam o porquê. Se fosse “não”, diriam o porquê. ...Nesse momento, temos o prazer de receber essa casa totalmente arrumada e preparada para os negócios do dia-adia. Eu quero deixar claro para o Roberto uma afirmativa: que vocês vão se surpreender com a resposta de Dumont. O cooperado de Dumont vai muito além de nosso município. Ele migrou para outros lugares e tem uma pujança, que todos aqui conhecem e vai ser respondida com negócios nesta casa, com depósitos neste banco e mostrando para todos que apostaram aqui, que foi muito bem feito este investimento. Está de parabéns a Cooperativa. A resposta é nossa e o desafio está lançado.” Euclides Laguna, coordenador do Núcleo de Dumont e membro do Conselho Fiscal da Coopecredi Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 “Para mim é mais uma vez um momento de grande alegria. O dia de hoje será gravado em nossos corações e nos anais da história de Dumont. Por menos que possa parecer, somente o futuro nos dará o valor dessa instalação, para melhor atender os cooperados e familiares. Aqui, nossas homenagens ao Roberto Cestari pelos relevantes serviços prestados à nossa comunidade. Lembro-me muito bem da crise que nosso país atravessava, afetando principalmente a classe canavieira. Estava você, Roberto, defendendo a nossa classe. É por meio da amizade, entendimento e amor que as pessoas se aproximam emanadas por um só ideal. Principalmente no mundo globalizado em que vivemos, ninguém consegue sobreviver sozinho. E hoje estamos contribuindo para a formação de um mundo melhor, para nós e nossos descendentes, que certamente reconhecerão um dia, a grandeza e o propósito na semente plantada em nossa cidade.” Ernesto Betiol - cooperado e ex-prefeito de Dumont 15 Cooperativismo 05 de julho 81º Dia Internacional do Cooperativismo O 81º Dia Internacional do “força tarefa”, para atualizar a lei Cooperativismo foi lembrado em das sociedades cooperativas de todo o país e no Palácio do Pla- 1971. nalto, em audiência com o presiO ministro Roberto Rodrigues dente da República, Luiz Inácio destacou a presença do cooperatiLula da Silva. Estavam presentes o vismo na economia, já que o sisteministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o presidente da OCB, Márcio de Freitas, parlamentares e representantes do sistema. A Coplana, a Socicana e a Coopecredi comemoraram o dia com a abertura de mais uma filial da Coopecredi na cidade de Dumont (veja matéria completa à página 12). No mundo todo, as cooperativas congregam mais de 800 milhões de cooperados. Se levarmos em consideração três Presidente da Coplana Roberto Cestari e o familiares por integrante, terePresidente da República Luiz Inácio Lula mos cerca de 40% da populada Silva, logo após reunião em Brasília ção mundial ligada ao cooperativismo, ou 2,4 bilhões de pessoas. ma representa 37% dos empregos No Palácio do Planalto, o pre- do país, 27% do PIB nacional e sidente Lula lembrou que autori- 40% das exportações. Entende que zou recentemente a criação de co- a doutrina atua como uma ponte operativas abertas de crédito que entre socialismo e capitalismo, serestavam vetadas pelo Banco Cen- vindo de alternativa para o desentral desde 1999. “Elas vão ampliar volvimento. o braço financeiro do setor, dar um “Esta é a nova fase, o novo fôlego indispensável à sua conso- momento em que vive o cooperalidação e expandir sua influência tivismo no mundo inteiro, transno mercado.” Outras iniciativas ci- formando-se em uma ponte entre tadas foram a criação da linha de o mercado e o bem-estar e a felicicrédito Prodecoop, para a agroin- dade das pessoas, dentro de um dústria cooperativa. A Coplana faz conjunto imutável de valores e parte do programa por meio de princípios que são a honestidade, parceria com o Banco Santos - veja a verdade, a justiça, a solidariedaà página 19. Outra iniciativa do de, a lealdade. Governo Federal é a criação de uma Isso tudo transformando o 16 cooperativismo num parceiro rigorosamente perfeito aos governos que têm a visão democrática e da paz, porque com o governo nestas condições o cooperativismo busca a justiça, o pleno emprego, a segurança alimentar e do alimento, a defesa do meio ambiente, a distribuição da renda e, afinal, o bem- estar como um todo, dentro de um regime de absoluta neutralidade política. Não existe cooperativa de esquerda, de direita, nem de centro. Existe cooperativismo, acima e maior”, comentou Rodrigues. Em São Paulo, a comemoração ocorreu no dia 02 de julho, no Centro de Convenções Indianópolis. Na oportunidade, estiveram presentes o presidente da Ocesp, Evaristo Câmara Machado Netto, o presidente da OCB, Márcio de Freitas, além de Américo Utumi, da Aliança Cooperativa Internacional. Utumi fez a leitura da mensagem da ACI, transmitida no mundo todo durante a semana (veja quadro em destaque). Desta solenidade também participaram os integrantes da Oficina de Jovens Cooperativistas, que ocorria no Sescoop-SP e os integrantes do Núcleo Jovem da Coplana - Rafael Cestari e José Antonio Rossato Júnior, além da assessora de Comunicação da Cooperativa, Regiane Alves. Mensagem da Aliança Cooperativa Internacional 81º Dia Internacional do Cooperativismo 9º Dia Internacional das Cooperativas da Organização das Nações Unidas Sábado, 5 de Julho de 2003 “As Cooperativas fazem o desenvolvimento acontecer !” A contribuição das cooperativas aos Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio, das Nações Unidas. Em todo o mundo, milhões de pessoas optaram pelo modelo cooperativo como forma empresarial para alcançar seus objetivos de desenvolvimento pessoal e comunitário. As cooperativas criam e mantêm postos de trabalho gerando renda; elas são responsáveis pela produção e abastecimento de alimentos e serviços garantidos e de qualidade aos seus membros, assim como às comunidades nas quais operam. Ao colocar os Princípios Cooperativos e a ética cooperativa em prática, fomentam a solidariedade e a tolerância, uma vez que, como “escolas de democracia”, promovem os direitos de cada indivíduo, sejam homens ou mulheres. As cooperativas manifestam sua consciência social ao dar resposta às necessidades de seus membros, quer promovendo a alfabetização ou a capacitação técnica, quer tomando medidas contra a epidemia da HIV/ AIDS. Através das mais variadas atividades, as cooperativas são, em muitos países, agentes sociais e econômicos relevantes da economia nacional, e, deste modo, não somente transformam o desenvolvimento pessoal em uma realidade, como contribuem para o bem estar de toda a população em nível nacional. Ainda hoje, muita gente subestima o alcance e a dimensão do movimento cooperativo e, portanto, como ele afeta as economias nacionais e a sociedade em geral. 760 milhões de pessoas, em todo o mundo, estão associadas à cooperativas. No Quênia, 20% da população são membros de uma cooperativa, enquanto que na Argentina chega a 29%, na Noruega alcança 33% e no Canadá e nos Estados Unidos Coplana - Coopecredi - Socicana atinge a 40%. As cooperativas, também, proporcionam mais de 100 milhões de postos de trabalho, em todo o mundo, sendo, em alguns países e determinadas regiões, as maiores provedoras de empregos, como o caso da Colômbia, onde uma cooperativa de saúde ocupa o segundo lugar, entre as empresas que mais empregam naquele país. Elas são, também, líderes em vários setores, como, por exemplo, em Benín, onde uma federação de cooperativas de crédito e poupança destinou 16 milhões de dólares americanos em empréstimos rurais, enquanto que no Kuwait as cooperativas controlam 80% do comércio varejista do país. Mesmo em países com escassos recursos financeiros, as cooperativas vêm construindo comunidades, como se verifica do investimento de 26 milhões de dólares americanos efetuado pelas cooperativas da Costa do Marfim, destinado a construir escolas, estradas vicinais e maternidades. As cooperativas tornam o desenvolvimento uma realidade para milhões de pessoas e, no mundo de hoje, onde a pobreza e a fome ainda afetam bilhões de pessoas, continua existindo um espaço importante para o desenvolvimento cooperativo, que permitirá que as pessoas saiam da pobreza. O movimento cooperativo soma seu apoio às Nações Unidas no seu compromisso de tornar o mundo um lugar melhor para todos, estabelecendo objetivos a serem alcançados em prazo determinado, a fim de eliminar a pobreza, a fome, as doenças, incluindo a HIV/AIDS, o analfabetismo, a degradação ambiental, a discriminação contra as mulheres. Estes objetivos – os Objetivos de DesenJunho / Julho, 2003 volvimento para o Milênio das Nações Unidas – compelem os governos e a comunidade internacional a reduzir à metade a população que vive na pobreza extrema; assegurar que todas as crianças recebam educação de primeiro grau completa; deter a propagação da HIV/AIDS e oferecer a todos os jovens a oportunidade de um trabalho decente. A ACI, como representante do movimento cooperativista mundial, colocará em evidência na sua Assembléia Geral, as melhores maneiras de como as cooperativas podem fazer o desenvolvimento acontecer. Esta Assembléia também se centrará no desenvolvimento democrático, social e econômico, assim como lançará uma CAMPANHA CONTRA A POBREZA E A FOME a fim de promover o modelo cooperativo de empresa como um meio de ajudar as pessoas que procuram ajudar-se a si mesmas. As cooperativas de todo o mundo poderão aportar suas experiências e atividades à longa lista de maneiras que elas teriam para contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio das Nações Unidas, mediante a celebração deste dia internacional, compartilhando seus conhecimentos e as melhores ações, buscando parceiros para as próximas atividades e garantir que todos tenham a oportunidade de trabalhar através das cooperativas e melhorar suas vidas. As cooperativas estão, verdadeiramente, fazendo o desenvolvimento acontecer, permitindo, diariamente, que as pessoas tornem realidade o sonho de uma vida melhor. 17 Nota Oficial Agência Brasil “O CAMPO PRODUZ PAZ” Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues A sociedade brasileira foi surpreendida com declarações de representantes de movimentos sociais no campo incitando à guerra contra os produtores rurais. Trata-se de um absurdo inconcebível, um equívoco brutal, e uma ameaçadora agressão ao Estado de Direito e à Democracia. Defender uma solução violenta para a questão agrária é não ter compromisso com o Império da Lei, com a Democracia e com a Paz. Tais declarações estão na contramão dos extraordinários avanços econômicos alcançados pelo campo nos últimos tempos. A ameaça feita contra os empresários rurais revela total desconhecimento sobre a verdadeira revolução pacífica vivida pelo agronegócio brasileiro. Basta ler o relatório divulgado pela ONU há duas semanas, prevendo que o Brasil deverá ser o maior produtor agrícola do mundo num prazo de 12 anos. O agronegócio é o mais importante setor da economia nacional, res18 ponde por 27% do PIB, gerando 37% do total dos empregos no Brasil e garantindo o saldo da balança comercial: a extraordinária competitividade determinada pela impressionante modernização do campo produziu um saldo comercial nos últimos 12 meses superior a 24 bilhões de dólares. É, na verdade, o setor que mais incorporou tecnologia nos últimos anos: a área plantada desde 1990 cresceu 14%, enquanto a produção em toneladas aumentou 107%. E tudo isto foi feito suportando o peso imenso de ter que garantir a estabilização da economia e o combate à inflação. Não é por outra razão que foi chamado de “âncora verde” no Plano Real e, hoje, é considerado o grande motor da economia. Pois é este setor, que trabalha dia e noite rasgando a fronteira agrícola, enfrentando o protecionismo externo dos países ricos, abastecendo o povo brasileiro, abrindo mercados estrangeiros na base da eficiência e modernidade, que vem sendo ameaçado por declarações que não podem ter mais vez no mundo democrático que todos almejamos. O campo é moderno e competitivo, mas é pacífico e solidário. Sua guerra é contra a fome e a miséria, produzindo comida, empregos e excedentes exportáveis que reduzem nossa dependência de dólares de fora e contribuem para diminuir a vulnerabilidade externa de nossa economia. O campo quer a Paz, sem o quê perde a confiança para investir e continuar a ser a grande alavanca do desenvolvimento nacional, gerando pou- pança para a promoção de outros setores da economia. O campo precisa da Paz, até porque qualquer guerra não ficará restrita a ele: terminará invadindo as cidades. O campo quer a reforma agrária para promover a justiça social e compensar os excluídos rurais, vítimas de erros passados, de décadas de descaso para com o setor. Mas é absolutamente imprescindível que esta reforma agrária seja feita dentro da legalidade, com o respeito à Constituição, ao direito de propriedade e à intocabilidade das terras produtivas. O Estado de Direito é a única via para o país seguir avançando. A alternativa a ele é a barbárie. Esta situação não interessa à Democracia e muito menos ao cidadão comum, que acaba sendo a grande vítima de uma eventual quebra do Contrato Social. Não se pode continuar atribuindo atraso ao setor que mais se desenvolveu no Brasil, pelo esforço hercúleo dos produtores rurais. O discurso de que o campo é atrasado é muito mais atrasado: estacionou no século passado, enquanto o setor rural avançou rumo ao terceiro milênio. Paz no campo é a verdadeira saída para o desenvolvimento equilibrado. Preservá-la é uma garantia para atrair investimentos externos produtivos. Reforma agrária sim, mas dentro da Lei. Sem violência. Roberto Rodrigues - Ministro de Estado da Agriculitura, Pecuária e Abastecimento Parcerias Parceria entre Coplana e Banco Santos promove aumento da capacidade produtiva de grãos No dia 25 de junho, a Coplana fechou acordo com o Banco Santos para participação no Prodecoop – Programa de Desenvolvimento Cooperativo. O objetivo é a agregação de valor à produção agropecuária, destinada à aquisição de máquinas e equipamentos e ampliação de infra-estrutura. O programa do governo Federal é efetivado por meio do BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento e, neste caso, repassado pelo do Banco Santos. Os recursos obtidos somam R$ 10 milhões, com prazo para amortização de 12 anos e três anos de carência. Desse total, cerca de 20% são recursos próprios. Os valores serão destinados a projetos da Divisão de Grãos. Entre os serviços na área de amendoim, estão: construção de dois barracões secadores, complementação dos equipamentos para recebimento a granel, instalação de máquinas selecionadoras, ampliação do barracão de amendoim seco e proteção das moegas, cobertura de quatro barracões e fechamento de três, além da construção de três barracões graneleiros com capacidade para 250 mil sacos cada. No setor de soja e milho, serão montados silos verticais para armazenamento de 140 mil sacos ou 8.400 toneladas. A parceria entre Bancos SanCoplana - Coopecredi - Socicana Da esquerda para a direita, Milton Semolin, contador da Coopecredi; Ismael Perina Júnior, conselheiro da Coplana; Roberto Cestari, presidente da Coplana; Antonio Rubens de Almeida Neto, diretor executivo comercial do Banco Santos; Joaquim José Rosa, superintendente adjunto comercial do Banco Santos durante acordo para repasse de recursos do Prodecoop tos e Coplana trará um incremento significativo para a produção de grãos na Cooperativa. Possibilitará a conclusão de projetos voltados para a melhoria contínua da qualidade do produto e aumento da capacidade de recebimento e armazenamento. Todo o projeto foi estudado de maneira minuciosa por equipes técnicas da Cooperativa e especialistas do banco para verificação da viabilidade e retorno dos recursos aplicados. Com este investimento, a Coplana promove o crescimento da atividade agrícola de maneira sus- Junho / Julho, 2003 tentável. Agrega valor ao sistema de rotação de culturas com a cana, o que favorece a geração de renda para o setor e regiões envolvidas. 19 Demonstrações Financeiras ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE GUARIBA CNPJ: 48.663.470/0001-61 31/maio/2003 Balanço Patrimonial Demonstrativo das Contas de Resultado ATIVO DISPONIBILIDADES CRÉDITOS DIVERSOS PERMANENTE - IMOBILIZADO INVESTIMENTOS COMPENSAÇÃO 3.947.539,01 15.918,88 3.723.858,79 174.770,06 30.558,16 2.433,12 DÉBITO A-MANUTENÇÃO DE SERVIÇO ADMINISTRAÇÃO 1.085.554,48 DEPTO AGRÍCOLA 39.527,29 SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO 0,00 TOTAL GERAL 1.125.081,77 PASSIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO LÍQUIDO COMPENSAÇÃO 3.947.539,01 35.391,91 3.909.713,98 2.433,12 CRÉDITO CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 26.316,08 RECEITAS DIVERSAS 887.915,52 CREDORES DIVERSOS 0,00 SUPERÁVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO 210.850,17 TOTAL GERAL 1.125.081,77 Roberto Cestari - Presidente HELIJA - Organização Contábil S/C Ltda COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DOS PLANTADORES DE CANA DA ZONA DE GUARIBA CNPJ: 44.469.161/0001-02 Balancete Mensal encerrado em 31/05/2003 Balancete Mensal encerrado em 30/06/2003 ATIVO 213.992.685,35 DISPONIBILIDADES 743.797,81 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 75.161.938,86 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 36.784.007,85 DIVERSOS 4.328.223,11 PERMANENTE 1.643.848,37 COMPENSAÇÃO 95.330.869,35 ATIVO 237.268.861,95 DISPONIBILIDADES 1.327.334,10 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS113.497.129,75 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 39.704.888,77 DIVERSOS 4.493.863,49 PERMANENTE 1.655.952,28 COMPENSAÇÃO 76.589.693,56 PASSIVO 213.992.685,35 DEPÓSITOS 51.049.746,11 OBRIG.P/EMPRÉSTIMO/REPASSE 42.549.039,91 OUTRAS OBRIGAÇÕES 5.525.345,83 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 17.655.455,21 SOBRAS NO EXERCÍCIO 1.882.228,94 COMPENSAÇÃO 95.330.869,35 PASSIVO 237.268.861,95 DEPÓSITOS 78.574.462,47 OBRIG.P/EMPRÉSTIMO/REPASSE 56.393.735,68 OUTRAS OBRIGAÇÕES 5.773.736,48 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.157.190,50 SOBRAS LÍQUIDAS 1º SEMESTRE 1.780.043,26 COMPENSAÇÃO 76.589.693,56 Roberto Cestari - Diretor Presidente Milton Semolin - Tec Cont 1SP099361/0-0 20 Gráficos Socicana Evoluções de safra e mercado Produtos da Cana-de- Açúcar - Preços de Mercado ( * ) - Safra 2003 AMI AME-Branco R$ / saco R$ / saco Maio 30,87 20,66 Junho 25,20 21,88 Julho 23,77 20,10 ( * ) Valor do álcool sem impostos AME-VHP R$ / saco 20,40 19,58 18,22 Mês AMI AME AAC AAC R$ / m3 883,79 644,80 586,23 AHC R$ / m3 745,29 576,24 476,43 AHC AAI AHI Açúcar no Mercado Interno Açúcar no Mercado Externo Álcool Anidro Carburante AAI R$ / m3 892,11 675,48 576,37 AHI R$ / m3 767,35 620,56 527,68 Álcool Hidratado Carburante Álcool Anidro Industrial Álcool Hidratado Industrial Valor do ATR ( R$ / Kg ) - Produto Final - Safra 2003 AMI Maio Junho Julho Acumulado 0,2858 0,2323 0,2200 0,2450 R$ / Kg Mês AME Branco 0,2247 0,2380 0,2187 0,2270 AME VHP 0,2259 0,2168 0,2017 0,2144 AAC AHC AAI AHI 0,2987 0,2180 0,1982 0,2477 0,2650 0,2049 0,1694 0,2173 0,3015 0,2283 0,1948 0,2450 0,2729 0,2207 0,1877 0,2250 Projeção do Valor do ATR Safra 2003 MÊS Posição em 05 / 08 / 2003 Maio Junho Julho A S O N D J F M A 0,34 0,32 0,30 0,28 0,26 0,24 0,22 0,20 0,18 Mensal Acum. M J J A S O N D J F M A Mês Preço do ATR - R$ / kg Mês Acumulado 0,2692 0,2194 0,1987 0,2375 0,2572 0,2721 0,2827 0,2953 0,3058 0,3130 0,3167 0,3170 0,2692 0,2471 0,2322 0,2339 0,2383 0,2442 0,2495 0,2547 0,2600 0,2647 0,2690 0,2718 Realizado Projetado ATR - Socicana 150 Kg / t 140 130 2002 2003 120 110 100 Abril 2 Maio 2 Junho 2 Quinzena Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 21 Gráficos Socicana jul-03 jun-03 mai-03 abr-03 mar-03 fev-03 jan-03 dez-02 nov-02 out-02 set-02 R$ / saco Safra 2002 e 2003 PVU - Livre de Impostos R$ / m3 1200,00 1000,00 800,00 600,00 ago-03 jul-03 jun-03 mai-03 abr-03 mar-03 fev-03 jan-03 dez-02 nov-02 out-02 set-02 ago-02 ago-02 jul-02 400,00 jun-02 22 ago-02 Fonte Unica Preço do Álcool Anidro mai-02 Preço Médio na Semana Mercado Futuro - N. Y. VHP cUS$ / lb 9 Maio / 03 Julho / 03 8 Out / 03 Jan / 04 Mar / 04 7 6 14/1 28/1 7/2 19/2 10/3 25/3 2/6 1/8 Dia Mercado Futuro - BMF Álcool Anidro 3 1.300,00 R$ / M Carvalho acrescenta que "tudo indica que esta safra será mais estável, o que irá permitir o crescimento do consumo de álcool combustível no país, bem como a retomada dos esforços para a exportação do produto". jul-02 O presidente da Unica, Eduardo Pereira de Carvalho, lembra o cumprimento dos compromissos assumidos com o Governo Federal: produção antecipada de 600 milhões de litros em abril; contenção do aumento de preços; e produção adicional de 1,5 bilhão de litros de álcool na safra. "Este início de safra demonstra que o setor aumentou a oferta garantindo o abastecimento nesta safra e na próxima entressafra, o que já permitiu a volta da mistura de anidro para 25%. É importante ainda ressaltar que o governo cumpriu sua parte, tanto no restabelecimento da mistura como na liberação de recursos para financiamentos dos estoques durante a safra (warrantagem)". jun-02 A produção de cana-de-açúcar deve ficar em 287,9 milhões de toneladas, 2,1% superior a primeira estimativa de 282,3 milhões de toneladas, e 6,54% acima da safra passada, de 270,3 milhões de toneladas. A produção de açúcar deve ficar em 18,1 milhões de toneladas, 3,62% abaixo da produção da safra 02/03, de 18,77 milhões de toneladas. O álcool teve suas expectativas confirmadas: a produção deverá ser de 12,65 bilhões de litros, volume 13% acima do produzido na safra passada, de 11,15 bilhões de litros. 48 44 40 36 32 28 24 20 16 mai-02 Perspectivas para a Safra 2003 : Os primeiros dados da safra iniciada em abril e uma avaliação das condições climáticas levaram a Unica - União da Agroindústria Canavieira de São Paulo a rever as previsões iniciais de safra na região Centro Sul anunciadas no último dia 19 de março. Preço do Açúcar no Mercado Interno Safra 2002 e 2003 Maio / 03 Ago / 03 Set / 03 1.100,00 900,00 Dez / 03 Mar / 04 700,00 500,00 14/1 30/1 13/2 4/3 25/3 24/6 Dia Comparativo das Safras Socicana Comparativo das Safras - Centro Sul Posição em 01 / 07 / 2003 Quinzena Abril 1 Abril 2 Maio 1 Maio 2 Junho 1 Junho 2 Julho1 2002 2003 Cana - mil ( t ) 86.952,7 98.152,3 Açúcar - mil t 5.401,8 5.660,2 4,78 Álcool Anidro - mil ( m3 ) 1.763,3 2.364,7 34,11 Álcool Hidratado - mil ( m3 ) 1.644,1 1.655,8 0,71 Álcool Total - mil ( m3 ) 3.407,4 4.020,5 17,99 ATR - kg/t 134,96 133,66 -0,96 Cana - t 2002 2003 ATR - kg / t 2002 2003 1.910 37.607 64.082 101.584 227.036 565.291 466.935 129,52 127,82 136,43 138,47 142,24 145,91 69,28 108,93 116,81 129,05 132,24 136,44 139,61 Acumulado 1.490.881 1.464.447 141,83 134,63 24.357 90.281 67.137 213.678 497.471 597.958 Coplana - Coopecredi - Socicana % 12,88 Importante: Não esqueça de comunicar à Secretaria do Meio Ambiente (SMA), com no mínimo 96 horas de antedência, a intenção de queimar. A comunicação deve ser feita diretamente na página da Secretaria do Meio Ambiente (SMA). As usinas da região tem se encarregado de efetuar a comunicação pelos fornecedores para os quais realiza a colheita. Não deixe, em hipótese alguma, de cumprir com esta exigência da lei. Para mais informações entre em contato com a Socicana. Página da SMA : www.ambiente.sp.gov.br. Fonte: Unica Junho / Julho, 2003 23 Agronegócio Professores da região visitam a Coplana para saber mais sobre agronegócio plana. A visita faz parte do programa da Abag-RP, Associação Brasileira do Agronegócio. Foi acompanhada também por Pedro Sgarbosa - da área de treinamentos da Coplana, Mônika Bergamaschi - diretora executiva da Abag-RP e Valéria Ribeiro - Jornalista da Abag-RP. Segundo Dejair, o programa da Abag contribui para mudar a imagem do agronegócio. “Num país como o Brasil, a perspectiva está no agronegócio. A imagem que a sociedade tinha dos produtores rurais era distorcida. O agronegócio é um termo novo, mas começa muito antes da lavoura e da fazenda, ou seja, é o que dá suporte para produzir tudo gerando recursos.” Segundo Mônika Bergamaschi, o programa já atendeu mais de 8 mil alunos e 750 professores, em 20 cidade e mais de 40 escolas. “Este já é o terceiro ano do programa. No começo, o responsável foi o Roberto Cestari, que fez o primeiro contato, inclusive com a Diretoria de Ensino de Jaboticabal. Hoje as feiras de ciências estão mudando para esta área, principalmente nas áreas ambiental e do agronegócio. Estou muito contente com os resultados.” Valéria Ribeiro afirma que as visitas serviram para um envolvimento das escolas no assunto. “Professores de todas áreas inserem a experiência dessas visitas em salas de aula e passam a entender o que é o agronegócio na região. Começam a prestar mais atenção no que sai na mídia, referente aos assuntos que vivenciamos com eles no dia-a-dia.” Mônika Bergamaschi diretora executiva da Abag-RP 24 Professores de Jaboticabal, Bebedouro, Monte Alto, Guariba, Taiaçu, Taiúva e Taquaral conhecem a Divisão de Grãos Fotos: Ewerton Eleutério A Coplana recebeu a visita de 41 professores da Diretoria de Ensino da região de Jaboticabal, para conhecer o sistema cooperativo e o funcionamento da indústria agropecuária. Durante visita na Unidade de Grãos, Dejair Minotti - encarregado do departamento de Produção, apresentou as várias etapas do recebimento e beneficiamento do amendoim. Apesar de saber da existência da unidade de Grãos, a maioria dos professores desconheciam a complexidade do processo e o volume comercializado pela Co- Conheça a opinião dos professores “É muito importante conhecer todos esses processos. A Educação Física está mudando e as aulas não estão sendo baseadas somente em atividades de jogos, mas também na vivência e até mesmo do agronegócio.” Clemilda da Silva - Educação Física, E. E. Josephina de Camargo, Guariba “Foi muito bom. Em História, nós vimos sobre a Revolução Industrial e o agronegócio faz parte da indústria e da riqueza do Brasil. Nós passamos essas idéias para os alunos e eles começam a entender.” Nilton Morelli Pontes Gestal – História, Colégio Objetivo “No ano passado nós já participamos e os alunos montaram um projeto de todo o ciclo da cana, desde o plantio. As próprias famílias já estão inseridas nisso. Na 6a série, eles trabalham com o agronegócio, com produção de hortas e outros programas relacionados.” Ana Paula Camargo Rossi – Geografia, Colégio Objetivo, Jaboticabal “Atuamos em conjunto com uma ONG de preservação do meio ambiente e com o auxílio da Abag vamos começar a selecionar o lixo e fazer a coleta para reciclagem. Tudo que vimos na Coplana hoje é novidade e vamos passar essa experiência para os alunos.” Denise Ajala – Artes, E.E Benedito Ortiz, Taiaçu “O projeto veio para nós como uma valorização, pois trabalhamos com alunos da zona rural - filhos de proprietários e os que moram na propriedade. É muito importante para valorizá-los. Ver como é a agricultura e o resultado na mesa, tudo isso é um benefício para a cidade.” Ângela Maria Fonseca - História, E.E. Benedito Ortiz, Taiúva Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 “Nesta visita à Coplana eu vi que há muito o que trabalhar na minha área. Por meio da Coplana e do agronegócio damos esperança para esses alunos de que há muito trabalho. O agronegócio e o cooperativismo são realmente o futuro.” Maristela Brunini - Literatura, E. E. Aurélio Arrôbas Martins, Jaboticabal “Já passamos para os alunos informações sobre o agronegócio. As atividades com textos podem ser bem trabalhadas na área da agricultura.” Maria Angélica dos Santos - E. E. Dona Aurora Vieira dos Santos, Jaboticabal “Como professor de Química podemos passar para os alunos todos os processos químicos e ver como funcionam. Os alunos podem conhecem tudo na prática.” Alessandro Pedro - Química, E.E. Dona Aurora Vieira dos Santos Jaboticabal “Para nós está sendo fantástico. Em Geografia, podemos dar uma visão para os alunos desse mundo globalizado, qual é o papel das cooperativas e como elas resgatam o agronegócio dentro da economia. Os alunos desconhecem muito sobre o assunto ainda, mas aqui abre-se um leque de opções até no mercado de trabalho.” Nádia Aparecida Cursi - Geografia, E.E. Abílio Alves Marques e E.E. Paraíso Cavalcanti, Bebedouro 25 Amendoim, soja e milho Gerente da divisão de Grãos discute tendência de mercado com produtores Durante a reunião do Núcleo de Desenvolvimento de Jaboticabal, no último dia 26 de junho, o gerente da divisão de Grãos, Sílvio Borsari Filho, fez uma apresentação sobre a comercialização de produtos agrícolas e as características que podem influenciar os preços na hora da venda. Entre os principais aspectos está a liquidez, ou seja o grau de dificuldade de colocar um produto no mercado. No caso do amendoim, a liquidez no mercado externo é considerada média e no mercado interno baixa. A soja já dispõe de uma condição privilegiada. Possui alta liquidez aqui e no exterior. Segundo comentou Sílvio, o que determina a fácil comercialização ou alta liquidez são caracte- 26 rísticas como: o grande consumo do produto, se este é um gênero de primeira necessidade, tem preços facilmente conhecidos por todo o mercado, tem uma cadeia produtiva longa ou bem estruturada, é um produto competitivo, etc. A liquidez cai à medida que exista alguma restrição quanto ao seu consumo, ou este produto não seja gênero de primeira necessidade, ou sua cadeia produtiva não esteja estruturada, entre outros. Por isso, a comercialização depende do conhecimento de todas as variáveis e identificação do melhor momento para a venda. O mercado externo, por exemplo atua com previsões de longo prazo. Muitas vezes, o preço, em dólar, é determinado hoje para uma entrega que ocorrerá vários meses depois. Este é um outro fator agravante, porque a rentabilidade depende da flutuação cambial. Se no ato da venda, o dólar vale R$3,40 e na entrega cai para R$2,90, há uma perda de R$0,50 a cada dólar. A princípio, o preço real do produto depende do estoque da safra anterior, no país e no mundo. Quanto maior o estoque, menor o preço. Também influenciam as perspectivas da área de plantio, da colheita, se existe um política agrícola no país que determine preços mínimos, qual a expectativa de consumo e a situação econômica, entre outros. A seguir, as tendências do mercado para o amendoim, soja e milho para 2003. Silvio Borsari Filho, gerente da Divisão de Grãos, durante reunião em Jaboticabal Banco do Brasil Banco do Brasil, Coplana e Coopecredi fortalecem união para o desenvolvimento do setor A Coplana e o Banco do Brasil assinaram contrato, no dia 24 de junho, para EGF - Empréstimo do Governo Federal e aquisição de insumos. Outro contrato foi assinado com a Coopecredi, para custeio da cana soca. As conversações para este acordo tiveram início durante a Agrishow e a reunião para a conclusão da parceria foi realizada na matriz da Coplana em Guariba. Estavam presentes os representantes do Bando do Brasil: José Roberto Sardelari - gerente de Agências Empresariais, Luiz Mauro Tavares de Oliveira - gerente de Contas, Lucio Marcos Gallo Fagnani - gerente de Operações e membros da diretoria da Coplana e Coopecredi. Ao longo dos anos, o Banco do Brasil demonstra-se um verdadeiro parceiro do agronegócio. Com um trabalho de solidez, o Banco acredita que as Associações e Cooperativas eleRoberto Cestari, presidente da Coplana e José Roberto vam os níveis de produtividade e Sardelari, gerente de agências empresariais - do Banco do Brasil durante assinatura do contrato competitividade, proporcionando condições para o crescimento auto-sustentado. Por isso, tem viabilizado investimentos que se revertem em desenvolvimento para a agropecuária e para a economia como um todo. O resultado da parceria entre Coplana, Coopecredi e Banco do Brasil demonstra o fortalecimento das relações, devido à garantia de retorno para o desenvolvimento do setor. Durante a assinatura do contrato, os diretores da Coplana e do Banco do Brasil Da esquerda para a direita: Raul Bauab Junior, diretor secretário da Coopecredi; Delson Luiz Palazzo do Conselho Fiscal da Coopecredi; Ismael Perina Júnior, diretor gerente da Coopedestacaram o papel fundamencredi e diretor da Coplana; Roberto Cestari, presidente da Coplana e Coopecredi e José tal da agricultura na geração Roberto Sardelari, gerente de Agências Empresariais - do Banco do Brasil; Luiz Mauro de empregos e renda. Tavares de Oliveira, gerente de Contas do Banco do Brasil; Lucio Marcos Gallo Fagnani, gerente de Operações do Banco do Brasil e Milton Semolin, contador da Coopecredi Coplana - Coopecredi - Socicana Junho / Julho, 2003 27 28
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Redação e correspondência: Av. Antonio Albino, 1640 Guariba - SP Tiragem: 3.000 exemplares Publicação mensal. Artigos assinados, citações e relatórios são de responsabilidade de seus autores.
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