international magazine

Transcrição

international magazine
I N T E R N AT I O N A L M A G A Z IMAGAZINE
NE
No 1 • 2 0 0 5
INTERNATIONAL
Timbco
Ventos arrasadores
Tempestade do século atinge a Suécia e derruba madeira
equivalente ao volume extraído
durante todo um ano.
Página 24
O pioneiro
O empreiteiro americano Chip
O’Neal investe no sistema cutto-length e espera obter maiores
lucros a longo prazo.
Página 4
América
em foco
Também nesta edição
MaxiHarvester 3.7 traz
novos recursos........................ 14
Valmet 475, mais novo
e potente ................................. 18
Conheça Akira Yamakawa ...... 30
Uma atividade pouco comum 36
An all-rounder! The New Valmet 350
The Valmet 350 is a new and perfect all-round harvester head. Providing the optimal
combination of strength, speed, and flexibility, it can easily handle both thinning and final
logging.
The new, all-round harvesting head offers powerful traction and great performance,
while the compact design makes this latest addition to Valmet’s harvester head range a
flexible thinning head, able to work with a long reach.
Komatsu Forest
www.komatsuforest.com
Uma organização
poderosa
E
sta é minha primeira coluna na
Just Forest e também a primeira como diretor-geral da Komatsu Forest. Gostaria de começar com
uma breve apresentação. Meu nome é
Hideki Yamada e nasci na cidade japonesa de Osaka, há 54 anos. Tenho mestrado em Engenharia e trabalhei principalmente com o desenvolvimento de produtos da Komatsu, onde trabalhei nos últimos 27 anos.
Há um ano, mudei-me para Umeå,
na Suécia, e no início deste ano torneime CEO, assumindo o cargo que Hans
Eliasson vinha exercendo por 14 anos. Os
resultados obtidos por Hans e sua equipe durante todos esses anos são impressionantes e, naturalmente, gostaria de
expressar minha gratidão.
Não tenho a mesma experiência de
Hans quanto à silvicultura mecanizada
e aos segmentos escandinavos e norteamericanos da organização. Sendo assim,
com respeito à parte tecnológica do setor
f lorestal, coloco toda a minha segurança e confiança nas mãos da empresa.
Ao mesmo tempo, estou convencido de
que, utilizando os recursos da Komatsu,
poderei fortalecer nossa oferta de produtos e nossa organização em muitas áreas importantes. A primeira área que me
vem à mente é a qualidade. Na Komatsu,
enfatizamos esse aspecto há muitos anos
e, dessa forma, desenvolvemos um conceito sólido sobre como atingir a melhor
qualidade possível. Entendo que não é
possível igualar escavadeiras produzidas
em massa com máquinas f lorestais de
INTERNATIONAL MAGAZINE
Editor: Ulf Nilsson
[email protected]
Redator: Anders Pauser
[email protected]
Endereço: Just Forest,
Komatsu Forest AB,
Box 7124, SE-907 04 Umeå, Suécia
Contato: Telefone +46 90 70 93 00,
fax +46 90 19 16 52
produção limitada. No entanto, temos de
reunir toda a sinergia possível e agregar
valor para os clientes e para nós mesmos
como fornecedores.
A Valmet continuará sendo nossa marca exclusiva para máquinas f lorestais, do mesmo modo que a Komatsu Forest continuará sendo a organização
da Komatsu com responsabilidade global
pelas operações de máquinas f lorestais.
Uma coisa que percebi é que as f lorestas
impõem demandas específicas tanto para
as máquinas quanto para as pessoas.
Por fim, eu gostaria de agradecer uma
vez mais a Hans Eliasson por seus quatorze anos na empresa e espero encontrar muitos de vocês nas convenções de
primavera, como a Oregon Logging Conference, nos EUA, e a Elmia Wood, na
Suécia.r
Conteúdo
O pioneiro do sistema
cut-to-length
4
A todo vapor
na América do Norte
8
Shawano acelera a produção
10
Vendida a 200ª máquina Timbco11
A grua oferece mais potência
para o desbaste de florestas
depois da tempestade
12
MaxiHarvester traz
novos recursos
14
Valmet 475, mais novo e potente18
Perdizes e trutas no rio Rautas 20
Inovação sobre esteiras
23
A pior tempestade do século
24
Proteção ambiental inovadora 26
Hideki Yamada
Chief Executive Officer,
Komatsu Forest AB
Um cabeçote mais eficiente
28
Trabalho com comunicação
30
Preparo do solo favorece o
crescimento de novas plantas 32
Grandes negócios no Brasil
35
Uma atividade pouco comum 36
Timbco
Internet: www.komatsuforest.com
Produção: AB Nordreportern
Autores: Gunnar Andersson, Anders Pauser,
Roger C Åström
Fotografia: Gunnar Andersson, Anders Pauser,
Nate Burton, Roger C Åström, Rolf Karlsson/Bildmakarna, Mats Samuelsson, Martin Östberg, David Söderlind/Concret, Kontrast Foto
Layout e design: Fredrik Lundell e Jenny Ädel
Impressão: Cidade de Tryckeri, Umeå, Suécia
Papel: Gotic Silk 130 gramas
Tiragem: 33.000
Idiomas: Sueco, finlandês, inglês, alemão, francês
e português
O conteúdo pode ser citado e a fonte indicada.
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3
Chip O’Neil, do estado americano da Carolina do Sul, é um ferrenho
defensor do sistema cut-to-length.
O PIONEIRO DO
sistema cut-to-length
O empreiteiro Chip O’Neal, do estado americano da Carolina do Sul, investiu no
sistema cut-to-length adquirindo duas máquinas Valmet com pneus de borracha.
Com um Valmet 911.1 e um Valmet 860, ele considera que seus lucros aumentarão
em até 20% a longo prazo.
4
JUST FOREST NO 1 • 2005
Como as copas das árvores e os
galhos são conservados, o solo
da floresta fica mais protegido e
fértil, propiciando um maior crescimento a longo prazo.
Chip O’Neal com seu braço direito, Chuck Bennet. Ambos possuem sólidos conhecimentos florestais que são
de grande utilidade no trabalho diário.
O
s pré-requisitos para investir no sistema
cut-to-length são
perfeitos na área de Hampton, na Carolina do Sul, onde
Chip O’Neal possui uma empresa de extração, a O’Neal Logging. A maior parte da extração
é feita em florestas plantadas
de pinheiros, sobretudo em áreas planas. Este tipo de terreno
é perfeitamente adequado para
o novo harvester Valmet 911.1 e
para o forwarder 860, máquinas
que Chip tinha usado por 1.400
horas quando o visitamos.
“Vinha pensando em investir no sistema cut-to-length,
quando calculei que a mudança
poderia aumentar minha rentabilidade”, explica. “Já tinha feito um test-drive de uma máquina cut-to-length de outro fabricante quando entrei em contato com Tom Hirt, da Komatsu
Forest. Após testar um Valmet
911 com cabeçote 965, a decisão
ficou fácil.”
Tanto ele como seu braço direito, Chuck Bennet, possuem um sólido conhecimento
em questões f lorestais. A idéia
de Chip sempre foi ampliar o
negócio. Seus argumentos são
bem fundamentados quando
ele explica por que abandonou
o sistema de árvore inteira, com
um feller-buncher, um carregador de cilindro trançado com
poda e um trator f lorestal skidder, para mudar para o sistema
cut-to-length, com um harvester e um forwarder.
O PRINCIPAL motivo é que
com o sistema cut-to-length
é possível obter mais valor de
cada árvore, gerando maior
lucro. Isso termina compensando o fato de que a produção seja
ligeiramente inferior à do sistema de árvore inteira. Embora Chip realize de 8 a 10 carre-
gamentos de forwarder diários,
em comparação com os 12 ou
15 do sistema de árvore inteira, ele confia em que vai ganhar
mais dinheiro. Entre as vantagens estão o aumento da proporção de madeiras fornecida às
serrarias e a obtenção de madeiras de maior qualidade. Outros
pontos fortes do sistema cut-tolength são a possibilidade de
contar com menos funcionários
e a considerável redução dos
custos de combustível. Cada
máquina Valmet consome de 16
a 18 litros (4,2 a 4,8 galões americanos) em uma hora, o que
representa um consumo 25%
menor em relação ao sistema de
árvore inteira.
“Estou tendo 5 ou 8% a
mais de lucro. A longo prazo,
quando o traçamento for otimizado com a instalação do sistema Valmet Maxi Driftman,
confio em que o lucro vai subir
mais 15 ou 20%”, declara.
“Mas é verdade que foi difícil abandonar a idéia de extrair
o maior volume possível e passar a prestar atenção no retorno
financeiro da madeira extraída”,
admite. “Você tem que mudar
a forma de pensar. Além disso,
também é complicado aprender a calcular corretamente os
diversos componentes.”
OUTRA VANTAGEM do siste-
ma cut-to-length é possibilidade
de contratar menos funcionários. O 911 é operado pelo próprio Chip e por outros dois funcionários, que também o ajudam a supervisionar a produção. Isso facilita a atividade da
empresa, dada a relativa dificuldade em recrutar operadores
com conhecimento sobre esse
método de extração.
O sistema cut-to-length proporciona, ainda, melhor controle sobre o trabalho e menor
dependência em relação às
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O forwarder 860 realiza de 8 a 10 carregamentos diários na Chip O’Neal Logging.
condições climáticas. Ao passar com a máquina por cima
de uma tapete de galhos, Chip
protege o solo para que o tempo úmido não o impeça de trabalhar. Com isso, é menor o
risco de perder esteiras em
caso de mau tempo. Harvesters e forwarders usam o mesmo tapete de galhos, minimizando os danos ao solo da f loresta, apesar de serem máquinas pesadas.
“É uma vantagem adicional
o fato de que os galhos e copas
de árvores fiquem na f loresta, pois eles fertilizam o solo”,
comenta Chip, destacando que
se for colhida corretamente,
a f loresta pode oferece muito
valor agregado porque o crescimento será maior.
O sistema cut-to-length também atrai os proprietários f lorestais da região que se preocupam com suas terras. Eles
ficam encantados em comprovar que o solo de f loresta não
tem porque ser prejudicado por
maquinários pesados.
“Em outras palavras, o sistema cut-to-length é muito
Uma oficina móvel facilita a manutenção e a reparação na floresta.
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melhor para o meio ambiente”,
declara.
Chip considera que desde que comprou o 911.1, sua
empresa obteve vantagens competitivas sobre outros empreiteiros da região. Ao ter mais
controle sobre a qualidade da
madeira fornecida, Chip sente que está em melhor posição
para negociar com serrarias e
indústrias de papel.
“Simplesmente tenho mais
a oferecer”, afirma. “O setor
nunca nos tratou muito bem
como funcionários, mas agora
estou em melhor posição para
negociar.”
Como esse método é menos
agressivo para as máquinas,
principalmente nas condições
em que Chip trabalha, ele espera que a vida útil seja bastante superior à do sistema tradicional para extração de árvores
inteiras.
ELE enfatiza a agilidade do 921,
não só no desbaste. Com relação à precisão, Chip compara o
trabalho de um cirurgião com
o de um açougueiro. O que ele
mais valoriza é a qualidade, não
a quantidade produzida.
Chip considera que operar um harvester da Valmet
não apresenta maiores dificuldades. Ele aprendeu a operar a
máquina de maneira eficiente
em menos de dois meses, graças a um treinamento realizado
em um simulador na unidade
de produção da Komatsu Forest
de Shawano, no estado americano de Wisconsin. Além disso, a
Komatsu Forest enviou um de
seus operadores profissionais
para auxiliar no treinamento de
Chip durante as duas primeiras
semanas e para observar sua
evolução durante outras duas
semanas.
“Gosto da cabine com seu
baixo nível de ruído e do design
dos controles”, comenta. “Não
fico tão cansado após um dia
de trabalho. A visibilidade também é muito boa e facilita ver
as copas das árvores durante o
desbaste. A exatidão das medidas é bastante satisfatória e o
cabeçote é muito fácil de se tra-
balhar.”
“Fazer a manutenção da
máquina é uma tarefa relativamente simples. Achei ótima
a iniciativa da Komatsu Forest
de adaptar todos os conectores hidráulicos ao padrão norte-
americano”, prossegue. “Também gosto do modo como a
cabine gira com o cilindro, porque me permite ter sempre
uma boa visibilidade dianteira.”
Chip explica que o conforto
da cabine e a menor agressão ao
solo da f loresta foram os dois
motivos principais que levaram
o proprietário da f loresta onde
eles estão trabalhando atualmente a contratar a firma Chip
O’Neal Logging. Eles deixaram
que o proprietário da f loresta se
sentasse por alguns minutos na
máquina durante a extração da
madeira.
“Estou completamente convencido de que o sistema cutto-length é o futuro para os
empreiteiros florestais na extração de pinheiros no sul dos
EUA”, afirma Chip. “Como oferecemos aos proprietários de florestas a oportunidade de causar menos danos, o sistema irá
atrair cada vez mais interesse.” r
O sistema cut-to-length
Pré-requisitos
• Uma mudança de mentalidade total em relação ao sistema de
árvore inteira
• Treinamento intensivo, de preferência em simulador, seguido de
treinamento conduzido por profissionais nas primeiras experiências de extração
• Operadores qualificados
• Serrarias e proprietários de florestas interessados e dispostos a
pagar mais caro pela madeira que receberão em troca
• Madeira com diâmetro de 18 a 63 cm (7 a 25 polegadas)
Sete vantagens
• Maior rentabilidade
• Provoca menos danos ao meio ambiente, preserva o solo
da floresta
• Requer menos funcionários
• Requer menos máquinas, economizando nas despesas
operacionais
• Não depende das condições climáticas
• Tecnologia mais avançada
• Propicia um maior crescimento das florestas, uma vez
que galhos e copas de árvores são conservados
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A todo vapor na
AMÉRICA
DO NORTE
A Komatsu Forest está pronta para
desafiar o mercado da América do
Norte.
A reorganização foi concluída após a
mudança de Galdstone para Shawano
na segunda metade de 2003. Além
disso, várias novas máquinas devem
ser lançadas.
P
ara Leif Magnusson,
CEO da Komatsu Forest
LLC, o maior desafio de
2004 foi o desenvolvimento de
operações e o estabelecimento de novos sistemas, processos
e documentação que permitissem a expansão da empresa no
mercado.
“Trabalhamos com afinco
para transformar nossas operações em um todo coerente”,
explica. “Agora estamos prontos
para enfrentar o mercado.”
LEIF OBSERVA QUE eles já
Leif Magnusson, CEO da Komatsu Forest LLC, está muito satisfeito
com o desenvolvimento da empresa e os novos produtos a serem
lançados.
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são líderes de mercado na América do Norte no segmento de
máquinas sobre esteiras. Desde
que a Komatsu Forest comprou
a Timbco Hydraulics, as operações na América do Norte puderam incorporar alguns conhecimentos f lorestais que caracterizam as máquinas escandinavas. O novo 475 é um exemplo
de como é possível se beneficiar
dos conhecimentos da Komat-
su Forest em conseguir melhorar ainda mais uma máquina
que já é boa.
“Tínhamos uma máquina
que já era eficiente e agora fazemos um uso mais eficaz de sua
potência para torná-la um fellerbuncher líder no mercado”, afirma Leif.
Leif também está muito satisfeito com o lançamento em breve de seu outro produto, o EX10.
De acordo com Leif, este é um
produto revolucionário, já que se
trata de uma máquina completamente projetada como um harvester sobre esteiras, com uma
grua de ótimo alcance.
Leif considera que o desenvolvimento de novas máquinas
e a ampliação da gama de produtos são os caminhos a seguir
para que a Komatsu Forest possa ampliar sua presença no
mercado. A expansão da rede
de distribuidores é outra alternativa.
“Estamos fortes nos EUA e
Controle total
sobre as peças
A parte central da
unidade de produção
da Komatsu Forest
em Shawano, EUA, é
o armazém e o depósito de peças de reposição. No último ano,
80.000 peças foram distribuídas no mundo inteiro. Jim Williams é o
responsável pelo armazém.
E
A Komatsu Forest LLC está agora preparada para a expansão no
mercado norte-americano. O CEO Leif Magnusson vê boas perspectivas de crescimento graças ao pessoal bem qualificado.
no Canadá, por isso passamos a nos concentrar no sul,
onde os métodos de extração são um pouco diferentes”, explica Leif Magnusson.
“Também estamos nos concentrando no Canadá, com
novas tecnologias e máquinas sobre esteiras. A exigência lá é mais alta porque as
máquinas são operadas por
mais horas, o que conta a
favor da economia de combustível do 475.”
LEIF É UM FERRENHO
defensor do sistema cut-tolength, mas também observa
que tem sido mais difícil do
que ele esperava a introdução
desse sistema em todo o mercado da América do Norte,
apesar do maior retorno que
o sistema deixa aos proprietá-
rios de florestas.
“O sistema cut-to-length
fornece uma divisão completamente diferente de madeira
e celulose, oferecendo maior
lucro. Acredito muito neste
sistema e estou certo de que
ele fará com que as técnicas
de extração procurem gradualmente valorizar ao máximo a madeira – para o benefício do setor madeireiro, dos
empreiteiros e dos proprietários de florestas”, enfatiza Leif.
Para Leif, a América do Norte é um mercado
em crescimento, no qual a
Komatsu Forest irá se expandir. Leif está convencido de
que a empresa será bemsucedida, graças a seus funcionários capacitados e motivados. r
mbora Jim disponha de
2.800 metros quadrados
no armazém, encontrar
espaço para quase 30.000 peças
não deixa de ser uma árdua
tarefa. Com boa organização,
eles estão administrando não
apenas a obtenção de espaço
para tudo, mas o melhor modo
de localizar a peça certa rapidamente.
“Todo ano, recebemos cerca
de 14.000 pedidos de um total
de 80.000 peças de reposição”,
Jim nos informou.
Em geral, eles conseguem
encontrar e enviar uma peça
dentro de uma hora. A peça é
então entregue ao cliente em
24 horas nos EUA e no sul do
Canadá. As remessas para o
norte do Canadá demoram um
pouco mais e para um país
como a Austrália o prazo é de
três dias.
“Trabalhamos continuamente para fornecer entregas mais
rápidas”, afirma Jim.
Nem sempre existem peças
em estoque para as máquinas antigas, porém o normal é
que não haja problemas mesmo com máquinas de 10 ou 11
anos.
“As máquinas mais velhas,
de 15 ou 20 anos, exigem criatividade mas normalmente tudo
se soluciona”, prossegue. Ao
mesmo tempo, são esses desafios diários que tornam o meu
trabalho tão interessante.” r
A unidade de produção da Komatsu Forest de Shawano, EUA, estoca
cerca de 80.000 peças de reposição. Jim Williams é o responsável pelo
armazém na unidade de produção norte-americana de Shawano.
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2.
1.
3.
1. Um Valmet 445 em produção. 2. A produção dos chassis de algumas máquinas sobre esteiras da Valmet é terceirizada. 3. Tom Furdek gerencia
a produção na unidade de Shawano. Ele supervisa 42 operários de montagem.
Shawano acelera
a produção
A alta demanda de
máquinas florestais impõe severas exigências ao
aparato de produção da unidade
da Komatsu Forest
de Shawano, no
estado americano de Wisconsin. O
gerente de produção Tom Furdek
investiu no desenvolvimento tanto de
funcionários quanto
da organização.
T
om administra uma
organização eficiente. Os 42 integrantes da equipe, distribuídos nos 10.500 metros qua-
10
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drados da unidade de produtiva,
montam uma máquina por dia
sob a administração de Tom.
Durante 2004, ele contratou
mais funcionários para as diversas estações da linha de produção. A meta estabelecida para
2005 é aumentar ainda mais a
produção.
COMO EM TODAS AS fábricas
modernas, também é importante manter pouco estoque. Tom
considera que a produção é bastante ágil.
“Hoje em dia terceirizamos
muito trabalho, mas também
fabricamos alguns componentes, como placas giratórias, sistemas de nivelamento e determinados componentes de cilindros”, explica Tom. “Também
temos nossa própria oficina de
pintura, onde são pintados os
tanques e as cabines. No entan-
to, a maior parte do trabalho de
pintura é terceirizada.
A unidade se baseia em três
estações principais: pré-montagem, montagem e pós-montagem. Nessa última estação,
o f luido hidráulico é adicionado e as mangueiras hidráulicas
são pressurizadas, entre outras
coisas. A montagem de uma
máquina costuma demorar cerca de duas semanas. Em geral,
uma ou duas pessoas trabalham
em cada Valmet 425 enquanto o
475, que é novo e maior, requer
de três a quatro pessoas. Como
há poucos operários em cada
máquina, é necessário muito
conhecimento.
“O trabalho efetuado por
nossos funcionários implica muito treinamento”, explica. “Melhoramos continuamente nossa qualidade e a resolução de problemas é uma par-
te importante do processo. Isso,
em geral, é feito com laptops.”
Para aprimorar a produção, Tom irá aumentar o investimento em capacitação e oferecer a oportunidade de que os
operários de montagem tenham
maior contato com os clientes. Os planos futuros incluem
melhorias no gerenciamento de
estoque e nos procedimentos de
documentação. Um inventário
principal foi feito recentemente
para oferecer uma visão completa da situação do estoque, após a
mudança de Gladstone para Shawano.
“O futuro parece promissor
e há boas oportunidades para
o desenvolvimento e a criação
de novas máquinas”, observa
Tom. “Além disso, é bom fazer
parte de uma empresa na qual
é necessário estar sempre em
contato com os clientes.” r
VENDIDA
– a máquina
número 200
O distribuidor The Oliver Stores vendeu
recentemente a máquina Valmet sobre
esteiras número 200. Foi um Timbco 445
EXL, que agora está sendo utilizado para a
extração de florestas em New Hampshire,
EUA, pelo bem-sucedido empreiteiro
Larry Brown.
E
m 1990, a The Oliver
Stores se tornou o primeiro distribuidor autorizado na Nova Inglaterra para
a venda de feller-bunchers da
Timbco. Desde então, a empresa vem ajudando a consolidar
a forte presença da Komatsu
Forest no mercado de máquinas
sobre esteiras de New Hampshire. A firma The Oliver Stores vende entre 15 e 25 máquinas por ano e, em 6 de dezembro, vendeu a 200ª máquina,
um Timbco 445 EXL, à empresa Larry Brown Logging & Chipping Inc. A máquina foi entregue em novembro e começou a
funcionar imediatamente em
terrenos difíceis perto de Lancaster, em New Hampshire.
“Já tínhamos vendido duas
máquinas sobre esteiras a Larry
Brown e elas funcionaram bem,
por isso ele quis outra máquina com mais potência para a
extração de madeira em terre-
nos difíceis. A máquina vem
equipada com uma serra de alta
velocidade de 22 polegadas, que
pode girar 360 graus, simplificando a extração”, explica o
representante de vendas Jason
Monley.
A LARRY BROWN Logging &
Chipping Inc. é uma empresa familiar em expansão, que
adota um processo de produção
bastante eficiente. A empresa
se concentra em comprar grandes áreas de f lorestas para fazer
a extração por conta própria.
Diversos membros da família trabalham na empresa, que
tem cinco funcionários no total.
Mike, o filho de Larry Brown,
é quem está operando o novo
Timbco 445 EXL.
“Essa máquina tem um
desempenho superior ao das
que operei antes e, assim, o trabalho fica mais fácil e divertido”, diz Mike Brown. “Também
O representante de vendas Jason Monley vendeu a 200ª máquina
sobre esteiras, um Timbco 445 EXL, a Larry Brown, proprietário da
empresa de extração Larry Brown Logging & Chipping Inc.
é mais simples adaptar a velocidade do cabeçote.”
Seu pai, Larry Brown, está
satisfeito com o que viu da
máquina até agora. Ele espera que a produtividade aumente
cerca de 10%. Uma das razões
é a possibilidade de girar a cabine 360 graus, o que reduz a
necessidade de trocar a máquina de posição. Ele também confia plenamente na qualidade da
manutenção oferecida pela The
Oliver Stores.
“Espero poder produzir 300
toneladas todos os dias com o
novo 445, o que é equivalente
a oito carregamentos de caminhão”, explica Larry.
LARRY VÊ UMA grande van-
tagem em operar em f lorestas
de sua própria empresa. Cerca
de 50% do trabalho é composto
pelo desbaste. Ele trabalha com
f lorestas desde os doze anos
e criou a empresa aos dezoito.
Hoje em dia, aos 46 anos, ele já
não opera máquinas com a freqüência que gostaria. Sua função agora é cuidar da administração e planejar o trabalho de
extração.
“Adoro trabalhar planejando novas tarefas de extração.
Poderia até mesmo afirmar que
tenho serragem no sangue.” r
Dados
The Oliver Stores
Fundada em: 1939
Distribuidor Timbco: Desde 1990
Número de oficinas: 4, os três
proprietários são responsáveis
por cada uma delas e um gerente contratado cuida da quarta
oficina há muitos anos
Caminhões de manutenção: 7
Pessoal: 38 funcionários
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Agora é hora de ganhar um pouco de músculo. Dan Johansson e seu irmão Roger são donos da empresa Långåkra
Maskinstation. Eles investiram recentemente em dois novos Valmet 941 e esperam aproveitar a alta produtividade desses
veículos para enfrentar os desafios deixados pela tempestade que atingiu o sul da Suécia.
Cilindro oferece
mais potência
Após a tempestade, os extratores de madeira da Suécia estão
enfrentando uma enorme carga de trabalho.
A empresa Långåkra Maskinstation investiu recentemente em
dois novos Valmet 941, que agora serão de grande utilidade.
12
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A empresa de Dan Johansson está trabalhando quase exclusivamente com as árvores derrubadas
após a forte tempestade que atingiu o sul da Suécia.
G
rande parte da
região sul da Suécia foi atingida
logo após o Ano
Novo pela pior tempestade do
século. Uma mostra clara dos
estragos provocados é o atual
estado de devastação das f lorestas. Em linhas gerais, estimase que 80 milhões de metros
cúbicos de f lorestas foram dizimados pela tempestade. Essa
quantidade representa o mesmo volume de madeira que normalmente é derrubado por ano
na Suécia.
Dan Johansson e seu irmão
Roger são donos da empresa Långåkra Maskinstation. Eles têm ao
todo 17 máquinas Valmet, sendo
que as últimas aquisições para a
linha foram dois Valmet 941 com
cabeçotes 370.1.
Ambos veículos chegaram
em boa hora, já que servirão
para processar a madeira derrubada pela tempestade.
“A previsão é de que estaremos recolhendo madeira derrubada pela tempestade durante um bom tempo, já que todas
as outras extrações foram interrompidas. Temos muito trabalho pela frente e estamos empenhando nosso melhor esforço”, afirma Dan ao sentar-se e
começar a operar sua máquina
na área de Sjuhärad, em Borås.
ELES ESTIVERAM USANDO os
941 durante aproximadamente
três meses ou o equivalente a 700
horas.
“Até agora, estão funcionando muito bem. Parecem ser
muito mais produtivas do que
as 921”, declara Dan.
As f lorestas de abetos são
as que predominam nas áreas onde as máquinas de Dan e
Roger Johansson estão operando. Eles costumam trabalhar
nos arredores de Borås para
empresas como Sveaskog, Södra
e também para algumas f lorestas particulares.
“Quando terminarmos de
recolher a madeira derrubada pela tempestade, acho que
vamos começar a trabalhar em
Småland”, afirmou.
A Långåkra Maskinstation
possui uma equipe de oito operadores. Aqueles que tiveram a
oportunidade de operar um Valmet 941 puderam comprovar as
diversas vantagens da máquina.
“A estabilidade e a maior
resistência do cilindro são grandes benefícios”, comenta Dan.
A CABINE espaçosa oferece um
excelente ambiente de trabalho.
“É melhor do que todas as
outras máquinas”, destaca.
Outra grande vantagem do
Valmet 941 é a economia de
combustível.
“Já posso dizer que este harvester consome bem menos die-
sel do que os outros”, comenta.
Dan relutou em atribuir
alguma desvantagem aos harvesters da Valmet, mas terminou comentando que gostaria que as oficinas de serviços ficassem mais perto. Atualmente, a oficina mais próxima
à Långåkra Maskinstation fica
em Visnamo, distância que ele
considera excessiva.
“As vans de manutenção
demoram para chegar até aqui
e às vezes temos que esperar
por peças de reposição”, explica Dan.
No entanto, isso vai mudar.
Os serviços de manutenção no
oeste da Suécia serão mais convenientes com a abertura de
uma nova oficina em Gotemburgo para a distribuição de peças
de reposição. r
Dados
Långåkra Maskinstation
Possui um total de 30 máquinas, das quais 19 são florestais. O restante é composto de carregadores sobre rodas e gruas móveis utilizados para a construção civil. As máquinas florestais incluem dois
Valmet 941, três 911, três 901, dois 820, dois 860, um 830 e um 840.2.
Ao todo, trabalham na empresa cerca de 22 pessoas, mais um número flutuante de funcionários temporários.
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Novo MaxiHarvester 3.7
traz novos
recursos
O novo pacote de software da Valmet para harvesters, o MaxiHarvester 3.7,
está repleto de novas funções que beneficiam muitos dos que trabalham no
setor florestal.
o ajuste e o entendimento dos
efeitos de possíveis alterações.
O NOVO MaxiHarvester 3.7
A calibragem com análise de regressão oferece um processo mais preciso para calibrar o diâmetro inteiro do intervalo, além de ser rápida e
exigir poucos valores de medida.
O
novo pacote de software da Valmet para
harvesters e máquinas combinadas, as combis, oferece muitos novos recursos.
Um dos recursos mais importantes é o novo procedimento para medidas de harvester
com qualidade garantida, o qual
melhora ainda mais a precisão
das medidas registradas pelo
operador e pela máquina. Outro
importante recurso é o novo
método de calibragem com análise de regressão, o qual, basica-
mente, oferece uma calibragem
mais precisa de todo o intervalo
de diâmetro, além de ser mais
rápido e de requerer poucos
valores de medida.
“A interface com o usuário é
simples. Se você estiver de acordo com a sugestão do computador, basta pressionar o botão
para aceitá-la”, comenta Per
Annemalm, gerente de produtos da Komatsu Forest.
Se o operador ainda desejar
ajustar a curva, ela será apresentada graficamente, facilitando
também torna mais fácil e rápida a manipulação de arquivos
.stm para o controle de medidas, seja com árvores selecionadas aleatoriamente ou de forma
manual. O calibrador de dados
automático pode ser definido
para o modo de servidor e permanece conectado ao computador de traçamento.
“Quando o operador processa uma árvore e a considera adequada para o uso em uma
medida de controle, são apenas
dois toques de botão para enviar
o arquivo .stm para o calibrador”, diz Per.
Outro recurso importante no
MaxiHarvester 3.7 é a opção de
criar arquivos de produção individuais, os chamados arquivos
.pri. Esse tipo de arquivo será, a
longo prazo, de maior importância que os arquivos .prd atuais.
Os arquivos .pri contêm dados
de produção, como comprimento, diâmetro, tipo de árvore e
qualidade, para cada extração.
AS VANTAGENS INCLUEM
acesso às informações sobre
todas as extrações, e não apenas
à média de cada lote, e a capacidade de coletar dados de produção de diversos harvesters
com o uso de diferentes listas
de preços.
AS INFORMAÇÕES dos .pri
são automaticamente salvas
em um banco de dados .pri
no disco rígido do PC sempre
que uma árvore for colhida. O
arquivo .pri, no entanto, tornase muito maior que o arquivo
.prd, mas uma função embutida adverte o operador se o banco de dados começar a ficar
sobrecarregado. Como o arquivo .pri é salvo n o PC e o arquivo .prd é salvo no computador
de traçamento, a máquina agora tem um sistema de informações de backup que elimina o
risco de perda de dados de produção, caso ocorra alguma falha
no disco rígido.
Com o MaxiHarvester 3.7,
o MaxiA (software usado para
criar e editar listas de preços) é
uma parte totalmente integrada do sistema Maxi. O operador
simplesmente clica no menu
para editar a lista de preços. Se
houver alterações, o arquivo é
salvo e o computador de traçamento é atualizado automaticamente com o novo arquivo. r
O MaxiHarvester 3.7 será lançado no outono de 2005. Observe que o MaxiHarvetser 3.7 é um opcional na lista de preços da máquina. As novas
funções oferecidas pelo MaxiHarvester 3.7funcionam apenas no MaxiHarvester Value com o software para o traçamento baseado em valores. Alguns dos
novos recursos do calibrador de dados automático são verificados com um calibrador de dados automático Haglöf e o software kalMan 4.1.
14
JUST FOREST NO 1 • 2005
Notícias
Troncos atraem insetos
Um novo relatório da
Universidade Sueca
de Ciências Agrícolas
mostra que os troncos em clareiras funcionam como habitat
para um grande número de insetos, incluindo algumas espécies raras. Assim como as árvores derrubadas com os ventos são o lar de muitos insetos, considera-se que o mesmo aconteceria com os troncos, pedaços de árvores mortas com 5 m (16 pés) em clareiras criadas pela silvicultura mecanizada. Isso provou ser verdade e o estudo mostra que os
troncos são usados por mais de
300 dos 500 besouros de árvores da região.
Um dos novos procedimentos exigidos pelas medidas de harvester com qualidade garantida implica que o
operador deve realizar medidas de controle em árvores selecionadas aleatoriamente.
Medidas mais
confiáveis
As medidas do
harvester com
qualidade garantida melhoram tanto
a precisão quanto a confiabilidade das medidas.
Isso permite que
o mercado sueco
transfira os cálculos de remuneração da indústria de
processamento para
a floresta.
U
m dos recursos mais
importantes do novo
pacote de software MaxiHarvester
3.7 do Valmet para harvesters e
combis é a inclusão de um procedimento de medida com qualidade garantida. Esse procedimento foi desenvolvido pelo
Skogforsk, o Instituto de Pesquisas Florestais da Suécia, em
colaboração com os usuários e
foi padronizado pelo Stanford
Committee.
“A razão que leva os usuários a usar medidas de harvester com qualidade garantida é a
melhora da precisão das medidas criadas pela máquina e pelo
operador, e a possibilidade de
transferir os cálculos de remuneração da indústria de processamento às máquinas na f loresta”, explica Per Annemalm,
gerente de produto da Komatsu Forest.
AS MEDIDADE DE harvester
com qualidade garantida significam que o operador utiliza
um calibrador de dados automático para fazer medidas de controle nas extrações, exatamente como antes, mas com diver-
Florestas de mangues replantadas na
Indonésia
A Indonésia pretende
replantar 30.000 hectares de florestas de
mangue destruídas pelo tsunami de dezembro de 2004. No
total, 600.000 hectares devem
ser plantados para amortecer
futuros tsunamis, de acordo
com o ministro de assuntos florestais do país, M. S. Kaban.
Liga das maiores proprietárias de florestas da Suécia
Quase 40% dos proprietários de florestas da Suécia é do
sexo feminino, de acordo com
um relatório da União Européia.
Como resultado, o setor florestal é o que conta com maior
número de proprietárias mulheres no país. Recentemente,
em 1976, a proporção de proprietárias era de apenas 20%.
O aumento se deve principalmente ao fato de que muitas
mulheres estejam se aliando a
seus maridos na compra de terrenos florestais.
O instituto de pesquisa sueco Skogforsk verificou se o MaxiHarvester cumpre o que promete. Na floresta, a madeira foi extraída e as árvores
foram selecionadas aleatoriamente pelo MaxiHarvester 3.7. Essas árvores foram então marcadas para que pudessem ser medidas novamente e
comparadas com os dados do computador.
sas funções adicionais. O operador ainda seleciona as árvores manualmente para fazer a
calibragem do cabeçote, mas
o MaxiHarvester faz essa seleção de maneira aleatória para as
medidas de controle.
O operador só fica sabendo
que a árvore está sendo usada
como amostra quando parte do
tronco já tiver sido processado.
Nesse ponto, os valores medidos pela máquina não estão
visíveis para o operador.
Os arquivos de medida de
controle criados após medir as
árvores de amostra e podem
ser enviados posteriormente ao
cliente ou a um terceiro para
análise de comprimento e diâmetro.
O procedimento estabelecido em Skogforsk inclui a opção
de que um terceiro verifique as
medida de controle do operador, medindo as extrações uma
terceira vez para a comparação
com o arquivo de medidas da
Jan Sondell e Johan Möller, do Skogforsk, verificaram medidas de comprimento e diâmetro.
Valmet satisfaz as exigências
O instituto de pesquisas sueco
Skogforsk definiu especificações de
mercado que os fabricantes devem
obedecer em relação às medidas de
harvester com qualidade garantida.
“A Valmet parece ter incluído todas as
funções em seu novo pacote de software”, observa Jan Sondell, do Skogforsk.
16
JUST FOREST NO 1 • 2005
D
ados de produção confiáveis colhidos por
harvesters beneficiam
todo o setor f lorestal. O setor
pode usar essas informações
para planejar melhor as operações, os proprietários podem
receber remuneração pela
madeira mais cedo e os empreiteiros de máquinas f lorestais
ganham mais credibilidade.
Além disso, as máquinas com
boa manutenção funcionam de
maneira mais uniforme.
Na Finlândia, os relatórios
de harvesters vêm sendo usados
para calcular a remuneração
dos proprietários de f lorestas
há 15 anos.
“A garantia da qualidade é
uma necessidade absoluta, se
desejamos ganhar a confiança
em pagamentos baseados nas
medidas feitas por harvesters
máquina.
“O procedimento para definir quando, onde e como isso
pode ser obtido ainda está em
discussão”, comenta Per.
EM BORA o MaxiHarves-
ter selecione aleatoriamente
as árvores, o operador é quem
decide quando calibrá-las. A
primeira tarefa é identificar as
toras. As árvores de amostra
também podem ser usadas para
calibrar o cabeçote e com isso
aliviar a carga de trabalho do
operador.
Os mercados e os usuários
que não queiram empregar as
medidas de harvester com qualidade garantida podem continuar selecionando as árvores
manualmente.
As medidas de harvester
com qualidade garantida oferecem ainda outros benefícios. O
intervalo entre as árvores selecionadas aleatoriamente pode
ser ajustado, em termos de
volume e número. Também é
possível ajustar a altura de diâmetro mínima permitida, para
que as árvores de amostra não
sejam muito pequenas. Além
disso, o operador pode decidir
que tora precederá o aviso do
MaxiHarvester indicando uma
árvore de amostra. Se a árvore não for adequada, é possível
desmarcá-la e explicar o motivo.
Essas informações estão incluídas no arquivo de medidas de
controle para relatório.r
Novo gerente
de marketing
na Finlândia
na Suécia, onde toda madeira
sempre foi medida em unidade
de processamento”, declara Jan
Sondell.
O SKOGFORSK E seis das mai-
ores empresas f lorestais da Suécia colaboram em um projeto para garantir a qualidade
das medidas de madeira efetuadas por harvesters. As empresas querem tudo em ordem até
agosto,quando as medidas feitas por harvesters com qualidade garantida serão introduzidas
em novos harvesters.
Entre outras coisas, essas
medidas implicam a seleção de
árvores de amostra por parte
do sistema, o envio de relatórios diários de dados do harvester, análise das árvores e envio
dos resultados a todas as partes
interessadas.
O novo software MaxiHarvester 3.7 da Valmet inclui
medidas de harvester com qualidade garantida.
“O sistema da Valmet inclui
as funções encontradas nas
“Não é uma questão que se restringe apenas à venda de
máquinas. Também implica oferecer serviços adequados para
ajudar a que nossos clientes tirem proveito de seus veículos”, comenta Timo Korhonen, novo gerente de marketing da
Komatsu Forest Oy.
Timo Korhonen é o novo gerente de marketing da Komatsu Forest na Finlândia, desde
o início deste ano. Ele trabalhou no setor
nos últimos 22 anos e está na empresa desde
1999, mais recentemente como gerente de
máquinas usadas.
Jan Sondell ficou contente com
o que viu. O MaxiHarvester 3.7
oferece funções necessárias para
as medidas de harvesters com
qualidade garantida. Ele também
acha que o sistema de calibragem
do Valmet melhorou com a adição
de análise de regressão dos dados
de calibração.
especificações exigidas”, diz
Jan. “A função de calibragem
também foi melhorada com a
adição de análise de regressão
dos dados da calibragem.”
O MaxiHarvester 3.7 faz um
uso melhor dos dados de produção colhidos na f loresta e é
usado para medidas de controle
e para planejamento. r
T
imo é otimista em relação ao futuro e à sua nova função. Entre os principais motivos estão os harvesters Valmet 901.3 e
911.3, que estão bastante adaptados ao mercado finlandês,
bem como os novos cabeçotes Valmet 350 e 360.1.
“Percebemos que a unidade de Umeå ouviu os empreiteiros finlandeses durante o desenvolvimento dos novos cabeçotes. Especialmente no caso do cabeçote 350”, afirma.
Como diretor de vendas, ele também salienta que as atividades
de pós-venda e um serviço de manutenção de qualidade estão entre as questões de maior importância.
“Recentemente, abrimos várias oficinas de serviços e damos ênfase a aspectos gerais”, diz Timo. “Não é uma questão que se restringe apenas à venda de máquinas. Também implica oferecer serviços adequados para ajudar a que nossos clientes tirem proveito de
seus veículos.”
Em 2006, o desbaste crescerá graças à nova legislação que entrará em vigor. Conseqüentemente, a demanda por máquinas de
desbaste crescerá. Timo acredita que o Valmet 901.3 é uma máquina com muito potencial de venda, já que está bastante adaptada a
essa atividade.
“A concorrência é dura no mercado finlandês, mas estou convencido de que nossos novos produtos terão grande aceitação. E espero dar uma boa contribuição pessoal com minha ampla experiência no setor.” r
JUST FOREST NO 1 • 2005
17
PONTO DE
ENCONTRO
Próximos eventos 2004-2006
Nova versão
Um Valmet 475 EX/EXL
Europa
MAAMESS 2005
De 21 a 23 de abril
Tartu, Estônia
Exposição BMT
De 21 a 24 de abril
Vilnius, Lituânia
LIGNA
De 2 a 6 de maio
Hanover, Alemanha
Feira Florestal
De 17 a 19 de maio
Rogow, Polônia
NordCon
De 26 a 28 de maio
Jönköping, Suécia
www.elmia.se/nordcon
Elmia Wood
De 1 a 4 de junho
Jönköping, Suécia
www.elmia.se/wood
InterLes 2005
De 14 a 17 de junho
São Petersburgo, Rússia
Asturforesta
De 23 a 25 de junho
Tineo, Astúrias, Espanha
www.asturforesta.com
Foire de Libramont
De 29 de julho a 3 de agosto
Libramont, Bélgica
Forstmesse Luzern
De 18 a 21 de agosto
Messegelände, Suíça
www.fachmessen.ch/forst
WoodTec
De 7 a 10 de setembro
Sopron, Hungria
Conferência de Bioenergia no Setor
Madeireiro 2005
De 12 a 15 de setembro
Jyväskylä, Finlândia
América do Norte
Canadian Woodlands Forum
86th Annual Members’ Meeting
De 6 a 7 de abril
Moncton, New Brunswick, Canadá
www.cwfcof.org
Intermountain Logging Conference
De 6 a 9 de abril
Spokane, Washington, EUA
Northern Alberta Forestry Show,
10ª bienal
De 5 a 7 de maio
Grande Prairie, Alberta, Canadá
Northeastern Forest Products
Equipment 2005 Expo
De 13 a 14 de maio
Bangor, Maine, EUA
LOGFOR
De 8 a 10 de setembro
Cidade de Quebec, Canadá
América do Sul
I Seminário sobre Sanidade e
Proteção Florestal
De 15 a 17 de junho
Belo Horizonte, Brasil
Expocorma
De 10 a 14 de novembro
Concepción, Chile
www.expocorma.cl
MAIS POTENTE
Uma nova e mais potente versão do Valmet 475 EX/EXL acabou
de ser lançada no mercado norte-americano. O alto torque e a
maior potência do motor foram medidas que a Komatsu Forest
implementou para aumentar a produtividade desta máquina
sobre esteiras para propósitos específicos.
Q
uando a revista Just
Forest visitou em
dezembro a unidade
produtiva de Shawano, no estado americano de Wisconsin, a
equipe técnica tinha acabado
de montar o primeiro exemplar
do novo 475 EXL. Esta máquina sobre esteiras foi desenvolvida originalmente pelo fundador da Timbco, Pat Crawford,
sendo categorizada como uma
máquina de giro traseiro. Ou
seja, o reboque traseiro – que
compreende tanques e outros
componentes – é mais longo
e atua como um contrapeso.
Este modelo vem sendo fabricado desde 2002 e está disponível em duas versões, o 475 EX e
o 475 EXL, que apresenta nivelamento.
“O giro da parte traseira contribui para a estabilidade da
máquina”, explica Erik Nilsson,
chefe de desenvolvimento da
unidade de Shawano.
O recurso que mais se destaca na nova versão do 475 é
a maior potência do motor. O
volume do motor Cummins
QSL é de 9 litros, superando
os 8,3 litros do motor QSC do
modelo anterior. A 1.900 rpm,
produz uma potência máxima
de 325 hp, que também supe-
ra os 300 hp a 2.000 rpm do
modelo anterior. Outra vantagem do novo motor é um torque
maior a velocidades mais baixas. Embora o intervalo de funcionamento do motor em rpm
seja o mesmo de antes, ele agora é capaz de lidar com cargas
maiores a menores rpm. Isso
proporciona mais energia de
reserva e evita que a velocidade
do motor caia muito com cargas
pesadas.
O CONTROLE ELETRÔNICO da máquina e das estei-
ras é obtido por meio do sistema IQAN. No novo 475, o envio
de energia para as esteiras e a
grua é regulado continuamente,
de acordo com a potência dispo-
nível. A máquina traz dois sistemas completamente independentes para a grua e as esteiras,
o que proporciona um melhor
desempenho de ambos.
“Esta máquina é muito mais
produtiva do que os modelos anteriores não só devido à
maior potência do motor, mas
também graças aos esforços que
fizemos para otimizar a utilização dessa potência”, destaca Erik.
A função de resfriamento
foi adaptada ao motor maior. A
máquina traz dois resfriadores
hidráulicos a óleo, um grande
e independente e outro embutido na parte dianteira. O motor
se esfria graças ao resfriador
dianteiro de ar e água, que ago-
Dados técnicos
Valmet 475 EX/EXL
Motor:
Cummins QSL 9
Potência:
Torque:
325 hp a 1.900 rpm
1.075 libras-pé a 1.400 rpm, o motor é consideravelmente
mais forte a velocidades mais baixas, há melhor reserva de torque
Resfriamento:
Grua:
Cabine:
Melhor resfriamento de esteiras e hidrostática implementada, resfriamento a óleo na caixa de câmbio
Padrão de 8 metros (26 pés) ou Power Boom de 7 metros (23 pés)
Aprimorada com ventoinha e resfriamento no assento
O Valmet 475 foi equipado com um motor mais potente e um torque
maior.
O acesso ao sistema de resfriamento traseiro é simples, já que existem
grandes portas de abertura superior. Seu design foi modificado e agora
elas vêm equipadas com travas hidráulicas.
ra possui uma superfície maior.
Se necessário, o resfriamento
a óleo também pode ser incorporado à caixa de câmbio que
impulsiona as bombas. Este
recurso opcional é indispensável
em climas quentes para reduzir o desgaste e aumentar a vida
útil das gaxetas. O acesso ao sistema de resfriamento traseiro é
simples, já que existem grandes
portas de abertura superior. Seu
design foi modificado e agora elas vêm equipadas com travas hidráulicas. O acesso à outra
ventilado, com um joystick feito
de um novo material.
unidade de resfriamento é pela
parte dianteira.
A placa da parte inferior é
um pouco maior para aumentar a proteção das ferragens da
máquina em terrenos acidentados. O acesso ao conjunto de
válvulas para nivelamento e à
grua também melhorou.
COMO SEMPRE, a Valmet
demonstra grande preocupação com o conforto do operador
na cabine. Já está disponível de
maneira opcional um assento
AS NOVAS versões 475 EX e
475 EXL estão disponíveis com
uma grua menor e mais potente, chamada de Power Boom.
Ela tem sete metros de alcance
e maior poder de elevação, apesar de usar os mesmos cilindros
hidráulicos que a grua padrão.
“Em linhas gerais, estou convencido de que o 475 é mais
produtivo e mais confiável do
que os modelos anteriores”,
afirma Erik.
Leif Magnusson, CEO da
Komatsu Forest LLC, também
tem muita confiança no sucesso da nova e mais potente versão
do Valmet 475 XL/EXL. “Com
menor consumo de combustível
em relação à sua produtividade,
esta é uma máquina que se adapta bem ao mercado canadense,
no qual as máquinas com freqüência trabalham noite e dia.” Leif
também considera que as diferentes opções agora disponíveis
são uma grande vantagem. r
JUST FOREST NO 1 • 2005
19
Uma barraca de tamanho família. Uma vista espetacular, rios subterrâneos e campos de caça em todas as partes.
Perdizes e
trutas no rio
Rautas
Pequenos prazeres de viver podem ser encontrados há poucos quilômetros de
Kiruna, no extremo norte da Suécia. Aqueles que vierem de mais longe também
encontrarão um destino que compensa a jornada. Fantásticas paisagens naturais, enormes campos de caça e ótimos peixes sob a crosta de gelo.
20
JUST FOREST NO 1 • 2005
na. Alguns amigos já haviam
me comentado que era um ótimo lugar para caçar. Além disso, tinha um excelente livro na
estante sobre pesca invernal
que aumentava ainda mais meu
desejo. Também me sentia atraído pela pescaria no gelo, procurando trutas em uma barraca de pesca junto com milhares
de outras pessoas tão fascinadas
quanto eu. Existia ainda a vontade de caçar perdizes-da-neve
com um pequeno rif le, se bem
que eu já me contentaria com
uma ou duas trutas.
NOSSA VIAGEM COMEÇOU numa trilha próxima a
H
á muitos anos, cultivo a idéia de uma
viagem às montanhas de Kiru-
Nikkaloukta, própria para veículos como a motoneve. Poucos quilômetros depois, entendi o que Niklas quis dizer quando comentou que havia gelo
líquido ao norte de Årresjokk.
A motoneve que nos conduzia perdeu aderência e a barraca de pesca que levávamos atrás
começou a deslizar, embora
não fosse muito pesada. O veículo e o trenó de carga só pararam porque colidiram com uma
árvore. Foi preciso amarrar
uma corda, improvisar uma roldana e suar muito durante meia
hora para poder liberar o trenó.
Às vezes, cheguei a me arre-
Os irmãos Lundström se divertem caçando e pescando em Rautas.
pender de ter ido passar uma
semana nessas serras geladas.
Na escuridão, usamos o
GPS para localizar um riacho
onde pudéssemos armar a barraca. Dirigindo a motoneve
para poder encontrar o tal riacho, terminamos atropelando
várias perdizes-da-neve que surgiam como fantasmas, iluminadas apenas pelo brilho dos
faróis. Finalmente, escolhemos
um local adequado para acampar. É uma experiência e tanto poder fazer um buraco no
chão e pegar água para o café
da manhã. Um pouco menos
divertido é ter que perfurar
rochas com uma furadeira.
Após algumas tentativas, conseguimos fazer buracos no gelo e
montar nossa barraca.
Fomos agraciados com uma
bela manhã invernal, de sol resplandecente e quase nenhum
vento, com o pio das perdizes ao longe. Condições ideais, pensamos, mas logo percebemos que só havia um punhado de perdizes oferecendo nossa música matinal. Estivemos
a manhã inteira caçando e só
conseguimos juntar as oito aves
que podíamos carregar quando
a tarde já ia avançada.
Na manhã de sábado, fizemos as malas bem cedo e
fomos em direção ao rio Rautas.
Em vez de seguirmos o caminho mais comum, pegamos
outro que nos obrigou a enfrentar um declive aterrorizante
colina abaixo. Pelo menos, essa
foi a sensação que deu ter uma
barraca fazendo peso na parte
traseira da motoneve.
Como éramos dois homens
na dianteira, pudemos fazer
apoio e completar a travessia
sem maiores problemas. Aliás, depois ficamos sabendo que
para a próxima o melhor é enrolar correntes nos esquis do trenó para aumentar o atrito e
reduzir a velocidade.
A temporada de pesca de trutas no rio Rautas fica aberta três
semanas por ano, começando no
início de março. Certas vezes,
encontramos milhares de pescadores no gelo, todos morando
em barracas portáteis que eles
mesmos trazem. Entre os pescadores, também havia policiais da
região. Bastaram alguns minutos após a nossa chegada para
que pudéssemos observar como
um condutor de motoneve “lubrificado” além da conta era abordado em um posto policial.
Ao lado de nossa barraca,
estavam Niklas Hedin, de Kiruna, com sua mulher e seus três
filhos. Ele e sua família tinham
Perdizes e trutas no rio Rautas. Um pouco mais de sol e
você estará próximo ao paraíso da caça e da pesca no
inverno.
JUST FOREST NO 1 • 2005
21
ido pescar durante toda a manhã
e já haviam recolhido várias trutas. Niklas, que também é caçador, tinha trazido seus esquis
porque depois planejava ir às
montanhas em busca de perdizes-da-neve. De vez em quando, podíamos avistar essas aves
em bandos, se alimentando na
floresta de abetos nos arredores do Rautas. De manhã e no
fim da tarde, também podíamos
escutar grupos de perdizes piando nos arbustos que margeiam
o rio. Mas as perdizes cinzentas eram incrivelmente ariscas e
não deixavam ninguém se aproximar da crosta brilhante e congelada onde estavam.
NA BARRACA PARA MOTONEVES que ficava ao lado da
nossa, encontramos os irmãos
Olof e Andreas Lundström, de
Kiruna. Olof estava determinado a caçar perdizes-da-neve,
enquanto seu irmão tinha parado um pouco de pescar e começado a fazer caminhadas nas
montanhas. Quando Andreas
mostrou onde ele havia abatido a ave, entendi que seu equipamento padrão incluía apetrechos para escalar e nenhum
medo de altura. Ao lado da barraca de pesca havia uma enorme pilha de trutas, coroada
com uma truta arco-íris de quase cinco quilos que tinha sido
capturada por seu amigo Peter
Tavo, também de Kiruna.
Olof tinha caçado naquela
manhã em Vällivaara, ao sul do
rio Rautas, encontrando muitas
perdizes cinzentas e algumas
brancas.
“Costumo caçar essas aves
no outono e sem a companhia
de um cão”, comentou. O que
ocorre é que as perdizes cinzentas ficam mais agitadas no
inverno. Como ele havia abatido em média duas aves por dia,
mudamos de opinião em relação à escassez desses animais.
Acordar de manhã cedo em
uma barraca de pescadores ao
lado de um lago no meio da
montanha, sem deixar de aproveitar o conforto de ter um
lar, não deixa de ser um dos
momentos mais emocionantes da vida de alguém. Se, além
disso, for possível pescar trutas
dentro da barraca conjugada, o
ambiente é quase perfeito. Bem
no meio da noite, fomos obrigados a levantar-nos e a amarrar nossa barraca à motoneve
e ao trenó. Quando os ventos
fortes aparecem, podem arruinar casas e complicar a vida
até mesmo daqueles que estão
acostumados às montanhas.
Lá pelas cinco horas da
manhã, o vento acalmou. Eu me
enrolei em meu saco de dormir,
achei meus equipamentos de
pesca e abri um buraco no chão.
TODOS OS DIAS, ficava olhan-
do aquela água cristalina e era
invadido por um sentimento
surreal. Era só depois de alguns
minutos que o primeiro peixe
branco começava a circular por
ali e logo apareciam outros para
disputar a isca.
Quando meu amigo acordava, eu já havia deixado uns cinco peixes no chão da barraca.
No domingo à tarde, uma
linha curva de motoneves
começou a passar por nosso acampamento. As barracas
estavam sendo desmontadas e
os habitantes de Kiruna voltavam às suas casas para trabalhar. Conversava-se com grande
entusiasmo sobre o conforto e a
funcionalidade das motoneves,
dos trenós e das barracas de
pesca. Optei por seguir o caminho principal para a estação de
Rautas para evitar o declive pronunciado. Atravessar a trilha
na neve, ou o que restou dela,
foi uma experiência fascinante.
Finalmente, estava de volta. Ao
relembrar os dias em Rautas,
com a pesca matinal de trutas
e a caça às perdizes, fui invadido pelo desejo repentino de voltar. É o mesmo desejo que invade os inúmeros moradores de
Kiruna há várias décadas.r
Apesar de que
as perdizes
cinzentas eram
ariscas, conseguimos mantêlas à vista.
Os Pettersson, pai e filho, estão em sua busca matinal de trutas.
Recorde para o campo de caça ao norte de Centijokk, em Rautas.
22
JUST FOREST NO 1 • 2005
Barraca de pesca desmontada e prontos para voltar a casa.
O EX10 é uma máquina sobre esteiras construída especialmente para o sistema cut-to-length.
Inovação sobre esteiras
Um dos lançamentos mais interessantes dos últimos tempos, o EX10 dispensa
apresentações, porque é a primeira máquina sobre esteiras da Komatsu Forest
especialmente criada para proporcionar cortes no sistema cut-to-length. Com
um cilindro muito mais comprido, possui um alcance total de 10,7 metros.
O
revolucionário
EX10. Antes, os
harvesters sobre
esteiras da Valmet fabricados em Shawano, EUA, eram feller-bunchers
com cilindros modificados para
cabeçotes (com exceção do Valmet 500T, agora com produção
descontinuada, que era equipado com um cilindro telescópico do Valmet 911 e do 921). O
EX10 é um verdadeiro harvester sobre esteiras, e não apenas um feller-buncher modificado, tendo sido projetado com
base no Valmet 425. A Komatsu
Forest utilizou sua experiência
em harvesters sobre rodas para
equipar o EX10 com um cilindro CRH24 e com a hidráulica
de seu maior harvester, o Valmet 941.
“O cilindro é muito mais
rápido e oferece uma gran-
de área funcional”, afirma Erik
Nilsson, chefe de desenvolvimento da unidade produtiva de
Shawano. “O cilindro foi otimizado para aumentar o desempenho, tendo um alcance de 10,7
metros. Utilizamos uma tecnologia paralela hidráulico-mecânica, ou seja, evitamos eixos
mecânicos. Isso significa que
o cilindro se dobra ao mesmo
tempo em que é elevado”. Até
mesmo algumas peças do sistema de válvulas do EX10 provêm
do harvester 941.
oferece amortecimento de choques, também pode ser dobrado, diminuindo de tamanho
na hora de transportar. O objetivo é usá-lo com os cabeçotes
360.1 ou 370.1 e que o cabeçote seja controlado pelo sistema
MaxiHead.
“O EX10 representa um enor-
Dados técnicos
Valmet EX10
O EX10 TEM SUA PRÓPRIA pla-
ca-base na plataforma superior, criada para se adequar
ao cilindro CRH24. O fato de
que as formas do cilindro também se encaixem na máquina
sobre esteiras, faz com que ela
seja mais estável e tão produtiva quanto o 941. O cilindro, que
me progresso. A máquina é bastante produtiva, além de ser adequada para terrenos íngremes”,
diz Leif Magnusson, CEO da
Komatsu Forest LLC. “Acredito
que uma máquina como essa irá
facilitar a transição para o sistema cut-to-length. Em outras palavras, o EX10 é revolucionário.” r
425
425
Motor:
Potência:
Cilindro:
Cabine:
Cummins QSC 8.3
224 kW a 2.000 rpm (300 HP a 2.000 rpm)
Cilindro CRH24 do Valmet 941 com um cabeçote 360.1
ou cabeçote 370.1
Valmet 425/445
JUST FOREST NO 1 • 2005
23
Dificilmente um ano poderia ter começado pior para o setor florestal na Suécia.
Ventos com a força de um furacão causaram grande devastação no sul do país.
Em 24 horas, o vento derrubou uma quantidade de madeira equivalente ao volume extraído durante um ano inteiro na Suécia.
A pior tempestade
do século
O
s fortes ventos
estão causando cada vez mais
estragos em toda
a Europa. Nos últimos 50 anos,
uma média de 19 milhões de
metros cúbicos de f lorestas vêm
sendo derrubados por ano no
continente. É o que revelam os
cálculos de Kristina Blennow,
na tese que apresentou à Universidade Sueca de Ciências
Agrícolas (Sveriges Lantbruksuniversitet, SLU).
A tempestade que atingiu
a Suécia entre os dias 8 e 9 de
janeiro chegou com a força de
um furacão. A velocidade média
foi de 75 mph, embora tenham
sido registrados picos de até 95
mph. É fácil entender por que a
devastação das f lorestas no sul
da Suécia foi tão intensa. Basta
considerar que algumas f lorestas já começam a ser derrubadas com ventos de 45–55 mph.
DE ACORDO COM o Conse-
lho Nacional Sueco de Assuntos Florestais, 75 milhões de
metros cúbicos de f lorestas
caem graças às chuvas. A quantidade de f lorestas derrubadas por ventos corresponde a
20 ou 30 vezes a que costuma
cair normalmente na Suécia
durante um ano inteiro. Os condados mais afetados foram os
de Småland, Halland e Västra
Götaland, com uma queda de
quase 10% do volume de f loresta em pé durante a tempestade.
A FLORESTA que caiu com os
ventos é comparável ao corte feito em um ano na Suécia e
as conseqüências da tempestade são evidentemente incalculáveis. Muitos proprietários correm o risco de sofrer grandes
perdas. Além disso, o fornecimento de madeira do setor f lorestal foi muito afetado.
Outro problema decorrente da derrubada de árvores pelo
vento é que essa madeira precisa ser tratada rapidamente para
que não se deteriore e para que
a f loresta restante não corra o
risco de se deteriorar também
pela ação de vermes.
Isso significa que os extratores suecos estão agora trabalhando a todo vapor para limpar
as f lorestas. Tomas Nordfjell,
da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas, de Umeå, no
norte do país, tentou calcular o
número de harvesters necessários. Tomas calcula que, se as
f lorestas tiverem de ser limpas
até 1 de julho, cerca de 3.000 a
4.000 harvesters serão necessários – considerando um trabalho de 24 horas por dia, 7 dias
por semana. r
Toda ajuda
é necessária
Toda ajuda é necessária para salvar a
madeira nas florestas arrasadas pelo
vento. Como resultado, as empresas
florestais suecas
estão concentrando
suas máquinas no
sul da Suécia.
T
odas as empresas florestais suecas foram afetadas pela tempestade, embora a Södra Skogsägarna seja a firma mais duramente atingida. A Södra Skogsägarna, que detém 50% de participação de mercado no sul da Suécia, estima que a tempestade
tenha derrubado 43 milhões de
metros cúbicos de madeira. Isso
equivale a seis cortes anuais.
A meta da Södra Skogsägarna é terminar o trabalho em 18
meses, ou seja, até o verão euro-
peu de 2006.
“Vamos receber máquinas
das regiões central e norte da
Suécia e do exterior, principalmente dos países bálticos e da
Finlândia. São empreiteiros florestais que não têm outro trabalho agendado para o período
atual. Também existe um grupo numeroso disposto a ajudar
à Södra Skogsägarna, uma vez
que seu próprio fluxo de madeira está a salvo”, afirma Urban
Olsson, chefe de tecnologia florestal de Södra Skogsägarna,
em um comunicado à imprensa.
A Sveaskog já mandou pessoal e máquinas florestais de diferentes regiões da Suécia para as
regiões afetadas pela tempestade. Eles também entraram
em contato com operadores de
máquinas aposentados de outros
países. Empreiteiros da Alemanha, por exemplo, receberam
ofertas de contratos para trabalhar com a madeira derrubada.
A Wintax de Lycksele, no
norte da Suécia, é uma das
muitas empresas de máquinas f lorestais do país que estão
transportando as máquinas
para o sul.
“Tenho um contrato com a
Sveaskog e levarei um Valmet
921 para o sul na época da Páscoa”, disse Mikael Axelsson,
proprietário da Wintax.
SEU harvester em geral fica
parado nos meses de verão,
enquanto eles trabalham com a
escarificação do solo. A tempestade trouxe a possibilidade de
usar o equipamento durante o
ano inteiro.
“Acredito que o harvester
estará no sul da Suécia até meados de novembro ou dezembro”,
explica Mikael.
O harvester será operado por
pessoal do norte da Suécia.
“Meus próprios funcionários irão levar a máquina, mas
já entrei em contato com alguns
operadores locais para que
se encarreguem do trabalho
durante as férias”, prossegue.r
Muitos afetados pela tempestade
A Suécia não foi o único local atingido pela tempestade. Houve ainda muitos danos materiais na Irlanda, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca e países bálticos.
De acordo com cálculos preliminares, um milhão de metros cúbicos de florestas caíram com a tempestade na Estônia, enquanto na Lituânia os números equivalem a dois ou cinco milhões de metros cúbicos de florestas, de acordo com a
agência de notícias AFP. Na Lituânia, os danos se comparam a 20 ou 40% do
corte anual.
Na Dinamarca, foram derrubados cerca de dois milhões de meSuécia
tros cúbicos de árvores, o equivalente a dois cortes anuais.
A região de Cumbria, no noroeste da Inglaterra, foi a
área mais afetada da ilha britânica, com árvores caídas em estacionamentos, calçadas e ciclovias.
Estônia
As pessoas foram aconselhadas a ficaDinamarca
rem longe dos parques estaduais até
Lituânia
Irlanda
que eles fossem limpos.
Reino Unido
A Irlanda e a Alemanha também soAlemanha
freram danos materiais.
JUST FOREST NO 1 • 2005
25
A diversidade biológica está muito relacionada com o número de árvores mortas e danificadas. Erik
Normark, chefe do setor de silvicultura da empresa Holmen, acha que é chegada a hora de uma proteção
ambiental de última geração, unindo a produção de madeira com a proteção ambiental nas mesmas florestas.
Pensamento inovador
em proteção ambiental
Florestas intocadas para preservar sua diversidade biológica. Durante muito
tempo, essa tem sido a única alternativa para acelerar a produção de madeira.
Mas a próxima geração de proteção ambiental está por chegar.
A
s preocupações
ambientais do setor
f lorestal sempre
consistiram em evitar usar grandes áreas f lorestais
produtivas. Hoje em dia, encontra-se sob proteção cerca de 1%
das f lorestas produtivas em terras baixas da Suécia e o governo está tentando aumentar esse
percentual. A empresa f lorestal Sveaskog, uma estatal sueca, reserva 20% de sua f lorestas produtivas por questões de
proteção ambiental e de meio
ambiente. Isso pode ser obtido, por exemplo, por meio do
desenvolvimento de grandes
áreas contínuas com valor eco-
26
JUST FOREST NO 1 • 2005
lógico e biológico, os chamados
ecoparques, nos quais os fatores ambientais superam os econômicos.
A maior parte das empresas
f lorestais suecas protege voluntariamente 5% de suas propriedades f lorestais de acordo com
sua certificação.
“Isso é importante, mas agora é hora de tentarmos unir a
produção madeireira e a proteção ambiental nas mesmas f lorestas”, sugere Erik Normark,
chefe do setor de silvicultura da
empresa f lorestal Holmen.
Ela acha que é repensar certas questões ambientais das f lorestas.
“Acho que é hora de iniciar um projeto de pesquisa
em grande escala para analisar as possibilidades de trabalhar respeitando aquelas questões ambientais que promovam
as condições necessárias para a
diversidade biológica nas florestas produtivas, em vez de simplesmente proteger grandes áreas”, afirma Erik.
O PONTO DE PARTIDA das
idéias de Erik sobre o aumento
da diversidade biológica, é que
as f lorestas suecas, que sempre foram valorizadas por sua
madeira, são também ricas em
árvores velhas e em árvores
mortas, as quais são um prérequisito para a diversidade biológica. Isso também ocorre com
as f lorestas mais jovens, plantadas na década de 90, que com
freqüência têm a cobertura de
programas de certificação f lorestal FSC e PEFC.
“Nas áreas plantadas entre
1950 e 1990, os volumes quase dobraram devido ao uso mais
racional da f loresta. Mas isso
também significa que as condições que promovem a diversidade biológica, na maioria dos
casos, não existem nessas f lorestas de meia idade”, explica Erik.
À medida que as f lorestas
PODEMOS
PERGUNTAR...
mais velhas forem ocupando
uma área menor nos próximos
20 ou 30 anos, haverá um período duro de transição para que
muitas espécies f lorestais anteriores a 1990 venham a dominar em um período de cem
anos.
“Como temos f lorestas de
meia-idade, devemos centrar
nossos esforços e partir do estabelecimento de reservas para
buscar (e pesquisar) a proteção
ambiental que promove a diversidade biológica”, destaca.
A DIVERSIDADE biológica nas
f lorestas está fortemente associada às árvores mortas e danificadas. Tempestades, queimadas e ataques de insetos são os
elementos naturais que ajudam
a criar os pré-requisitos para
que as espécies f lorestais sobrevivam.
Erik considera que é possível
atingir uma qualidade biológica de nível mais alto nas f lores-
“É hora de tentar combinar produção de madeira e proteção
ambiental nas mesmas florestas.”
tas de meia-idade, concentrando
os esforços de proteção ambiental nas denominadas clareiras
de desbaste.
Em termos concretos, isso
pode envolver o desbaste de
árvores decíduas para estimular os desvios, formando um
grupo de troncos, deixando as
árvores danificadas no lugar ou
mesmo derrubando as árvores
para aumentar a quantidade de
madeira no solo da f loresta.
“Pode parecer estranho, mas
isso implica mudanças mínimas
que terminam sendo de caráter
mais ideológico”, comenta.
Por enquanto, o desejo de
Erik é de que se realizem mais
pesquisas.
“Precisamos pesquisar mais,
se quisermos implementar com
sucesso as decisões corretas”,
explica. “É claro que a idéia é
de que a produção de madeira
e a proteção ambiental na mesma f loresta venha a contribuir
para a geração de f lorestas mais
produtivas e de uma proteção
ambiental mais eficaz.”
A pesquisa deveria ser ampla
e capaz de analisar três áreas diferentes. Produção f lorestal, produtividade e desenvolvimento de máquinas e proteção
ambiental.
“Em nenhum caso a proteção ambiental de segunda geração poderia ser muito cara. É
importante que ela seja eficaz
em todos os estágios do setor
f lorestal”, conclui Erik. r
Dados
11,7 %
É certo que os
negócios foram
bons este ano?
Sim, somos líderes de mercado aqui. Só no final do ano
passado, recebemos três
grandes pedidos das empresas Veracel, Aracruz e Cenibra. No total, esses pedidos compreendem cerca de
40 máquinas e 50 cabeçotes para operação nas florestas de eucalipto dessas companhias.
Como você explicaria esse sucesso?
Florestas protegidas na Europa
Área total
de florestas
…LONARD SANTOS,
diretor de marketing da
Komatsu Forest Ltda. do
Brasil, e responsável por
todo o mercado sul-americano.
79%
Florestas protegidas onde já
se trabalha para defender a
diversidade biológica
15%
Florestas em paisagens
protegidas
3,2%
Florestas protegidas sem
interferência humana
2,8%
Florestas protegidas com
um mínimo de interferência
humana
Percentual de florestas protegidas
Quase metade da área da Europa é coberta por florestas, o que equivale a 1 bilhão de hectares. 11,7% das florestas européias são protegidas com o propósito de aumentar a diversidade biológica, de acordo com a classificação estabelecida pela Conferência Ministerial para a Proteção de Florestas na Europa, a MCPFE
(Ministerial Conference on the Protection of Forests in Europe).
A grande maioria das florestas protegidas é aquela em que os homens estão trabalhando para salvar a diversidade biológica. 15% das florestas estão em paisagens protegidas e apenas um pequeno percentual das
florestas protegidas são aquelas com baixíssima ou nenhuma de atividade humana.
Fonte: Conferência Ministerial para a Proteção de Florestas na Europa, MCPFE.
Trabalhamos em estreita colaboração com nossos clientes.
Priorizamos o contato direto, cara-a-cara. Isso tem dado
certo, apesar de resultar em
muitas viagens. Também enfatizamos a oferta de serviços
e a disponibilidade de peças a
preços razoáveis.
Quais as perspectivas para o futuro?
Consideramos que o potencial do mercado sul-americano é enorme, principalmente o do Brasil. Os baixos custos e a economia estável permitem o crescimento de novas serrarias e fábricas de papel e celulose. Como a Komatsu Forest já é a número um
do mercado, as perspectivas
são excelentes.
Um cabeçote
mais eficiente
A eficiência do
cabeçote 385, fabricado na unidade
produtiva americana da Komatsu
Forest em Shawano,
está sendo aperfeiçoada continuamente. O sistema de controle
MaxiHead foi instalado, aumentando a
produtividade.
N
o momento, três
cabeçotes são
fabricados em Shawano: o Valmet
380, o Valmet 385 e o Valmet
395. São impressionantes em
termos de tamanho. O cabeçote foi desenvolvido originalmente para o mercado australiano,
mas desde então tem sido adaptado e desenvolvido para o mercado norte-americano, entre
Dados técnicos
385
Peso:
Motor:
5.950 libras
Poclain MS11 com
1.147 cilindradas
Velocidade de alimentação: 5,5 m/s
Potência de alimentação:
40 kN
Sistema de controle:
MaxiHead
Pressão hidráulica: 3625-4640 psi
Fluxo hidráulico:
300-425 l/min
28
JUST FOREST NO 1 • 2005
outros. O cabeçote médio 385
passou recentemente por uma
atualização e pesa 5.950 libras.
“Um importante aperfeiçoamento é que o sistema de controle do MaxiHead agora faz
parte do 385 e os sensores e válvulas foram personalizados.
Juntas, essas mudanças proporcionam maior produtividade,” afirma Erik Nilsson, chefe
de desenvolvimento da unidade de Shawano. A introdução do
MaxiHead também permite um
controle melhor sobre a pressão da lâmina e a obtenção de
medidas bastante exatas.
UMA OUTRA novidade é o
melhor roteamento de mangueiras. Isso significa que elas
estão mais protegidas e que o
risco de interrupção na produção é menor. O cabeçote foi projetado para condições exigentes e a estrutura é reforçada em
locais críticos.
O 385 é um cabeçote muito mais rápido e funciona com
motores Poclain MS11 de 1.147
cilindradas. O 385 Maxi é equipado com um cilindro de maior
inclinação, o que o torna ainda
mais f lexível. As facas de poda
dianteiras e traseiras funcionam independentemente, proporcionando funções de processamento eficientes. O cabeçote tem pequenos rolos internos para minimizar o atrito e
melhorar o agarre ao tronco. É
possível variar o tamanho dos
O cabeçote 385 foi atualizado.
Uma das melhorias implementadas foi o novo roteamento de
mangueiras.
rolos de alimentação, que são
de alto torque e vêm equipados
com um sistema de acumulação hidráulica para reduzir problemas com troncos desiguais.
Também é possível optar por
motores com rolos de tamanhos
diferentes.
O 385, como o cabeçote 395,
possui uma serra na parte superior, além da serra comum da
parte inferior do cabeçote. Uma
fotocélula na caixa de serra
localiza o final do tronco para
minimizar as perdas. A possibilidade de corte nas duas extremidades do cabeçote aumenta ainda mais a velocidade do
processo de corte, uma vez que
os cortes podem ser feitos sem
a liberação da haste, girando o
cabeçote e agarrando a haste
novamente. Isso é importante
para otimizar o processamento.
“A unidade de serra é a mesma que a do cabeçote 370, o que
facilita ainda mais a substituição da barra guia e da corrente”, comenta Erik. r
Ventoinha com acoplamento
viscoso, controlada pelo sistema
computadorizado da máquina,
que recebe sinais de sensores
eletrônicos de temperatura.
Controle de ventoinha
economiza combustível
Todos os harvesters e
forwarders da Komatsu
Forest vêm agora equipados com um controle de
ventoinha. Isso economiza combustível e evita a
perda de potência pelo
excesso de resfriamento
do motor em determinadas situações.
O
sistema de ventoinha usado nas
máquinas Valmet é controlado por sensores eletrônicos de
temperatura nas várias partes dos sistemas hidráulico e de
resfriamento. Os computadores de bordo controlam o acoplamento viscoso da ventoinha
com base nessas informações.
Se não houver necessidade de
ventilação para manter os sistemas refrigerados, a ventoinha é
desligada.
O sistema Komatsu Forest é
mais avançado e preciso do que
os sistemas de ventoinha com
acoplamento viscoso convencionais, como aqueles encontrados
em automóveis, nos quais um
sensor com dois metais mede
a temperatura do f luxo de ar
atrás do radiador.
“Nosso sistema de ventoinha
é controlado com muito mais
precisão, porque o acoplamento
é regulado com base na temperatura do f luido de resfriamento e não na temperatura do ar”,
explica o designer Göran Blomberg. “É principalmente a tem-
peratura do óleo hidráulico que
importa, mas o sistema também oferece um controle mais
exato da temperatura do motor
e do ar condicionado da cabine.”
À medida que a temperatura for aumentando, aumentará a velocidade da ventoinha,
podendo alcançar níveis bastante altos. Como a ventoinha não
está sempre em funcionamento, economiza-se combustível e
o nível de ruído diminui. Outra
vantagem é que desaparece o
risco de resfriar em excesso as
máquinas no inverno.
“Quando ocorrerem falhas
no sistema elétrico, um dispositivo de segurança irá acionar a ventoinha imediatamente na velocidade máxima”, diz
Göran. r
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JUST FOREST NO 1 • 2005
29
Dados Akira Yamakawa
FUNÇÃO: Vice-presidente Executivo de Marketing
NO CARGO DESDE: 2004
IDADE: 50 anos
MORA EM: Umeå, no norte da Suécia
FAMÍLIA: esposa
MELHOR PARTE DO TRABALHO: estar em contato com os funcionários de vendas e clientes finais. Também acho muito interessante conhecer países diferentes e suas culturas.
LAZER: Estar ao lado de minha mulher e ouvi-la tocar nosso piano
de cauda, que levamos para todos os países onde vamos morar.
Uma tarefa que
exige comunicação
Em 2004, quando
Akira Yamakawa
assumiu a responsabilidade pelos
setores de vendas e
marketing de toda
a Komatsu Forest,
ele já contava com
25 anos de trabalho neste campo
no Grupo Komatsu.
Sendo assim, a
coordenação das
áreas de vendas e
marketing entre os
setores de construção civil e florestal
da empresa era uma
tarefa sob medida
para Akira.
E
le começou a trabalhar na sede da
Komatsu Forest de
Umeå, no norte da
Suécia, ao mesmo tempo em
que o Grupo Komatsu do Japão
assumiu a empresa em 2004.
Akira tem sido o responsável
por todos os setores de vendas
e marketing da Komatsu Forest
desde meados do ano passado.
30
JUST FOREST NO 1 • 2005
Não se trata realmente de uma
mudança de rumo para Akira,
uma vez que ele já havia ocupado inúmeras posições administrativas com responsabilidades
similares, muitas delas durante os vários anos em que trabalhou nos EUA.
“Quando eu era Gerente
Regional dos EUA da Komatsu,
também tive muito contato com
a parte f lorestal das operações”,
explica Akira. ”E isso é uma
grande vantagem em meu novo
trabalho em Umeå.”
No momento, duas das mais
importantes tarefas de Akira são melhorar a distribuição
e procurar sinergias entre os
setores de máquinas f lorestais
e de construção. Até o momento, tem havido sinergia basicamente através das escavadeiras Komatsu, que estão sendo adaptadas com cabeçotes ou
outros equipamentos f lorestais.
Para esse tipo de máquina, há
um bom potencial de mercado,
por exemplo, na Ásia, América do Norte, Europa Continental, Austrália, Nova Zelândia e
Brasil. A Rússia é um mercado
potencial.
“São mercados em crescimento que se tornarão muito importantes à medida que
ampliarmos nosso programa de
produtos”, comenta.
Ele sente que há uma diferença fundamental entre o
negócio de construções e o de
máquinas f lorestais. O setor de
máquinas f lorestais é bastante
mais especializado e seus fabricantes trabalham mais próximos dos consumidores finais.
O foco está na produção personalizada das máquinas e não na
produção em massa.
“Os elementos-chave para o
sucesso no setor são a qualificação do pessoal, a pesquisa inovadora e as iniciativas de pesquisa”, explica Akira. “Também
é importante para a Komatsu
tirar partido dos conhecimentos especializados da Komatsu
Forest.”
Akira gosta de seu trabalho e
de estar em contato com várias
pessoas. Sua principal atividade é estar em contato com diferentes revendedores. No começo, foi preciso descobrir as exigências de mercado próprias de
cada país em que as máquinas
são comercializadas.
“É um grande desafio. Sempre estou aprendendo um pouco mais sobre a empresa”, diz.
Akira passa de 60 a 70% de
seu tempo em viagens de negó-
cios. Ele está feliz com seu trabalho e muito satisfeito por
estar na Suécia.
“Os suecos falam inglês
muito bem, além de serem
excelentes colegas de trabalho.
O estilo sueco de fazer negócios
é bastante aberto, por isso eu
sempre recebo respostas diretas. Isso é ótimo”, conclui. r
TRÊS
PERGUNTAS
RÁPIDAS:
1. Qual é sua máquina
Valmet preferida?
O cabeçote 370. Fiquei assombrado com sua tecnologia tão perfeitamente integrada. Esse cabeçote
definitivamente oferece o melhor
desempenho, tanto para o harvester quanto para mim.
2. O que a floresta representa para você?
Cresci em uma área montanhosa e cheia de florestas no Japão.
Quando eu era mais jovem, esquiava muito nos bosques e costumava escalar montanhas.
3. O que a Komatsu representa para você?
Gosto das pessoas da empresa.
Também é um desafio competir
com outras companhias do setor
para ser a número um.
Evite
o congelamento
EM DIVERSAS ocasiões, os sensores de comprimento ou de diâmetro de determinados cabeçotes da Valmet podem ficar congelados e terminar prejudicando a tomada de medidas. Felizmente, esse problema pode ser facilmente solucionado. Passe em nossas oficinas de manutenção e confira.
Nas medições de diâmetro, o principal risco
é o de sofrer infiltrações no eixo da faca. Durante a madrugada ou outro período em que a máquina permanecer ociosa, a água se congela e
trava o sensor de diâmetro mecanicamente. É
assim como a medida pára de funcionar. Já nas
medições de comprimento, existe o risco de infiltração pelos mancais do sensor, o que poderia
acarretar uma ruptura por congelamento.
Para evitar que esses sensores congelem por
acúmulo de água em torno a seus mecanismos
de acionamento, recomendamos engraxá-los na
próxima vez que a máquina for levada à oficina
ou precisar de manutenção. A graxa atua basicamente como um selante, não como um lubrificante. Essa ‘reparação’ também pode ser feita no campo, caso você disponha das ferramentas adequadas.
É preciso verificar o estado das camadas de
graxa protetoras e reaplicá-las a cada 2.000 horas ou uma vez por ano. Essa recomendação é
válida para os Valmets 350, 360 e 370.
Pos 1
REMOVA POR COMPLETO O sensor de diâmetro e o sistema de acionamento em ambos os eixos.
Verifique se há água ou condensação no sensor ou no sistema de acionamento. Limpe o eixo em que
repousa o sensor de diâmetro. Encha o pino com graxa de chassis até chegar à altura do sensor de
diâmetro. Depois, coloque de volta o sensor e sua tampa. Deixe as buchas do cabo desmontadas na
extremidade do tubo protetor. Perfure e enrosque um niple de conexão na válvula (ver pos. 1). Encha
o niple de graxa até que ela comece a se espalhar pelo tubo protetor. Remova o niple de conexão e
reconecte a válvula. Monte a última bucha do cabo.
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JUST FOREST NO 1 • 2005
31
Preparo do solo
favorece o crescimento
de novas plantas
O preparo correto do solo aumenta em 30%
ou mais as chances de obter uma regeneração
adequada. Isso é importante principalmente na
etapa da semeadura, sendo esta uma área de
grandes avanços tecnológicos.
N
o momento,
145.000 hectares
de solo estão sendo preparados por
ano na Suécia. Esse valor é quase tão alto quanto o registrado no final dos anos 80, o que
implica haver superado o declínio ocorrido no início dos anos
90, causado pelo enfraquecimento da economia f lorestal.
Geralmente, o preparo do solo
Tomas Thuresson é Chefe do
Setor de Silvicultura no Conselho
Nacional Sueco de Assuntos
Florestais. Ele afirma que o preparo do solo é um pré-requisito para
o crescimento de novas plantas.
32
JUST FOREST NO 1 • 2005
é realizado antes da plantação,
mas também constitui um prérequisito para a regeneração
natural ajudada pela plantação
de mudas. Apenas uma pequena porção do solo preparado é
semeada.
Existe potencial para um
maior preparo do solo, especialmente no sudoeste da Suécia, onde a plantação costuma
ser feita diretamente na camada
mais superficial do solo.
“Consideramos que é necessário preparar o solo em mais
algumas dezenas de milhares de hectares”, afirma Tomas
Thuresson, chefe do setor de
silvicultura do Conselho Nacional Sueco de Assuntos Florestais. “Estamos falando principalmente de áreas de regeneração natural, que raramente apresentam crescimento em
níveis adequados sem o preparo
do solo, mas também de áreas
que estão sendo plantadas sem
nenhum preparo prévio.”
Tomas considera que o ris-
co de falhas é consideravelmente maior sem o preparo do
solo, especialmente no caso da
semeadura, em que o preparo do solo é um pré-requisito
para obter resultados satisfatórios. É importante que as sementes tenham contato direto com
o solo mineral, recebam água e
não precisem competir.
“O bom preparo do solo
aumenta em 30% ou mais
as chances de uma regeneração adequada”, destaca Tomas.
“Sendo assim, o preparo do solo
é um investimento inteligente, mesmo custando entre 290 a
580 dólares por hectare.”
Os avanços tecnológicos na
área de preparo do solo ocorrem
de forma relativamente mais
lenta, de acordo com Tomas. No
entanto, hoje os métodos são
bastante menos agressivos do
que anos atrás, quando as áreas de derrubada eram aradas.
Tomas considera como bons
métodos a escarificação, em
que partes do solo são cavadas
e empilhadas, e o aterramento, em que os tufos são revirados e cobertos com solo. O aterramento, por exemplo, é uma
boa forma espantar os besouros do pinheiro. Ele menciona
até mesmo os métodos relativamente novos, como a inversão,
em que tiras de solo são reviradas. No entanto, para esse fim,
tem sido difícil criar um cabeçote funcional para as máquinas f lorestais.
POR OUTRO LADO, o desen-
volvimento tecnológico no plantio mecanizado e na semeadura
é muito mais comum. Também
houve um aumento no interesse pela semeadura. As plantas
semeadas crescem mais lentamente durante seu estágio de
muda, mas crescem em maior
número. O preço das sementes
também caiu nos últimos anos
e, de acordo com pesquisas, o
custo de 2.000 plantas em um
hectare é 41% mais baixo na
semeadura do que no plantio.
O autor não é funcionário
da Komatsu Forest e as opiniões deste artigo são de
sua exclusiva responsabilidade. O conteúdo a seguir
não tem nenhuma ligação
com a Komatsu Forest.
Erik Valinger
Tomas Thuresson considera como bons métodos a escarificação, em que partes do solo são cavadas e empilhadas, e o aterramento, em que os tufos são revirados e
cobertos com solo. O aterramento, por exemplo, é uma
boa forma de espantar os besouros do pinheiro.
Pesquisas recentes sobre regeneração f lorestal da Universidade Sueca de Ciências Agrícolas
de Umeå, a SLU (Sveriges Lantbruksuniversitet), envolvem
o estudo dos fatores que promovem a alta germinação das
sementes. Dentre outras coisas,
os novos cabeçotes de semeadura ajudam a eliminar determinados problemas biológicos
associados às f lorestas semeadas. Hoje em dia, as sementes
apenas são empregadas no norte da Suécia, onde não são ameaçadas por congelamento nem
pela vegetação concorrente,
como ocorre no sul do país. No
entanto, pesquisas indicam que
a semeadura também é possível no sul da Suécia, contanto
que o solo possa ser preparado
da maneira mais satisfatória. A
temperatura deve estar entre 59
e 68 ºF, com umidade moderada e bons níveis de nutrientes.
Isso pode ser obtido com um
leve preparo do solo, que afete
apenas a camada superior. Seria
preciso quebrar a matéria orgânica e reter ao mesmo tempo o
f luxo de água no solo mineral.
A quebra da vegetação libera
nutrientes. É fundamental realizar uma micro-preparação cuidadosa do solo, com o auxílio de
um molde hexagonal. Os surcos em forma de pirâmide permitem que a água chegue mais
facilmente até as sementes.
TAMBÉM É importante pre-
parar o solo até a profundidade correta. Se for muito raso, há
um risco maior de as sementes
secarem; se for muito profundo, há o risco de congelarem. Os
novos cabeçotes para semeadura
foram desenvolvidos para paliar
esses problemas, embora tanto
sua metodologia como sua tecnologia precisem melhorar. Os
pesquisadores falam em ampliar
a primeira estação de crescimento, semeando bem no início
do outono, por exemplo. Nesse
caso, as sementes precisam ser
protegidas para não absorverem
muita água, pois isso aumentaria o risco de congelamento a
ponto de estragá-las. O problema
da vegetação concorrente pode
ser resolvido usando as árvores
como escudos. r
Professor de Silvicultura,
Universidade Sueca
de Ciências Agrícolas
de Umeå, Suécia
Danos por
tempestade podem
ser limitados
S
egundo alguns estudos disponíveis, tempestades como as que
foram vistas no início do ano na Suécia ocorrem duas ou três
vezes por século no país, diferentemente do que ocorre em
outras regiões muito mais vulneráveis. Muitos suecos ainda recordam a tempestade que atingiu o país em 1969. Naquela ocasião,
cerca de 37 milhões de metros cúbicos (1.300 milhões de pés cúbicos) de madeira foram derrubados pelos ventos, o que corresponde
a metade dos danos atuais. Não podemos proteger as florestas dos
danos causados pela força dos ventos, mas podemos reduzir os danos causados por tempestades que ocorrem mais “regularmente”
mediante um gerenciamento adequado.
As florestas costumam resistir muito bem aos ventos, uma vez
que as árvores se adaptam às condições predominantes no ambiente em que crescem. O fator decisivo para o dano é por onde a tempestade passa. Por meio de pesquisas, sabemos muito bem que áreas do país são mais suscetíveis. Nessas áreas florestais, o dano total pode ser diminuído por meio da produção de madeira em locais
com plantações mais esparsas. Essas plantações deveriam ser o resultado de uma limpeza cuidadosa, seguida de um desbaste precoce e minucioso e de repouso do terreno até a colheita final. Outras
medidas que poderiam ser consideradas incluem áreas de amortecimento de drenagem com um alto nível de águas subterrâneas para,
entre outras coisas, facilitar o crescimento das raízes.
O cenário acima descrito, no entanto, vai completamente contra as considerações sócio-econômicas. Isso significa renunciar a
uma grande proporção da produção de madeira em algumas das
áreas mais férteis do país, já que as áreas de plantação mais esparsa produzem muito menos que aquelas com alto conteúdo em metro cúbico. Muito provavelmente também iríamos contra a atual legislação florestal da Suécia, já que a reserva de madeira cairia bem
abaixo do volume mínimo permitido. Mas não é preciso ser tão radical. O risco de danos não é tão alto em todo o sul da Suécia, por
isso, medidas como essas poderiam se limitar às áreas de maior risco. Recentemente, foram desenvolvidos modelos na SLU (Universidade Sueca de Ciências Agrícolas), com a ajuda de materiais provenientes do Inventário Nacional de Florestas Suecas. Com esses modelos, já é possível encontrar as áreas em que as propostas radicais
de gerenciamento florestal, como as descritas anteriormente, poderiam ser usadas para reduzir danos futuros.r
JUST FOREST NO 1 • 2005
33
Cranab se torna
importante
fornecedor
14
anos de sucesso
Quando Hans Eliasson
assumiu o cargo de
CEO da Komatsu
Forest há 14 anos,
eram épocas difíceis.
Quando ele deixou o
cargo no final do último ano, a situação já
tinha sido revertida
e a empresa se tornara consideravelmente
maior e mais forte.
A
o conversar com Hans sobre suas épocas como CEO
da Komatsu Forest, é natural que ele sinta orgulho em contar suas realizações ao longo desses
anos, após os primeiros anos de ampla reestruturação, quando toda a
produção foi transferida para Umeå.
“Em média, temos tido oito por
cento de crescimento anual com
boa rentabilidade ao longo dos últimos dez anos.”
Por exemplo, desde que ele assumiu o controle da Komatsu Forest,
o número de modelos de forwarders e harvesters cresceu substancialmente. E até mesmo a aquisição
da Timbco Hydraulics na América do
Norte é vista como um movimento
bem-sucedido.
“Achar o equilíbrio certo com as
operações na América do Norte esteve entre as tarefas mais duras com
as quais me defrontei, especialmente se forem considerados fatores
como a queda do dólar de onze coroas suecas para cinco”, declara.
Ele também encontra satisfação
no fato de que a empresa haja fortalecido sua posição como a número dois no mundo na produção de
máquinas florestais. E que dominou
completamente certos mercados,
como a Austrália e o Brasil.
“Nosso sucesso é uma mera
consequência da eficiência de nossos funcionários. Estou orgulhoso da
organização Komatsu Forest.” r
34
JUST FOREST NO 1 • 2005
A Komatsu Forest
vendeu a fabricante de cilindros Cranab de
Vindeln, Suécia.
No futuro, a empresa tem intenção
de trabalhar em
conjunto, como um
importante fornecedor de cilindros e outros artigos. O proprietário
majoritário é Hans
Eliasson, que já foi
CEO da Komatsu
Forest.
D
esde 1° de janeiro, a Cranab tem
um novo dono. O
ex-CEO da Komatsu Forest,
Hans Eliasson, é um novo
proprietário da parte majoritária da empresa e irá administrá-la com o outro sócio, Fredrik Jonsson. O maior cliente, mesmo no futuro, será a
Komatsu Forest.
“A Komatsu Forest continuará a possuir e desenvolver todos os cilindros e peças
e nós seremos simplesmente
um fornecedor”, explica Hans.
Ele deseja, no entanto, descrever o relacionamento entre
as duas empresas como algo
mais próximo do que um relacionamento tradicional entre
fornecedores. Ele se refere
ao termo em japonês ’keiretsu’, que descreve tal relacionamento, em que o fornecedor é
Fredrik Jonsson e Hans Eliasson tornam-se os novos proprietários da
Cranab.
visto como um parceiro colaborativo mais próximo e exclusivo.
“No Japão, não se muda tanto de fornecedor como acontece no ocidente. Eles tentam
resolver todos os problemas
em conjunto”, comenta Hans.
No Japão, o relacionamento do
tipo ’keiretsu’ é tão forte que
as empresas normalmente não
precisam assinar contratos.
O acordoentre a Komatsu Forest e a Cranab estabelece que a Cranab irá fornecer posteriormente materiais
como cilindros, garras e peças.
É nesse ponto que aparece o
alto nível de especialização da
Cranab, no que se refere à solda de componentes e ao processamento mais pesado. O tempo
de entrega de um cilindro foi
reduzido a oito dias após o recebimento do pedido. Isso permite que a empresa atenda aos
pedidos da Komatsu Forest de
forma bastante eficaz.
Tanto Hans quanto Fredrik
consideram que a transferência ocorreu nos tempos corretos,
uma vez que coincide com um
forte aquecimento econômico
no setor de máquinas florestais.
“Quando a situação melhora
para a Komatsu Forest, melhora
para nós também”, disse Hans.
”O melhor que podemos desejar é que a Komatsu Forest venda muitas máquinas.” r
Dados
Cranab
Proprietário Hans Eliasson
75%, Fredrik Jonsson 25%
Vendas líquidas em 2004
$27,5 milhões de dólares
Número de funcionários 130
Notícias
A certificação florestal FSC melhora a silvicultura
Escavadeira Komatsu com cabeçote 370E da Veracel operando em plantação de eucaliptos.
Grandes negócios
no Brasil
A Komatsu Forest
está fortalecendo sua liderança no
mercado brasileiro. A empresa recebeu recentemente
três grandes encomendas de cerca de
40 máquinas e 50
cabeçotes.
A
Komatsu Forest é líder
do mercado sul-americano há muitos anos,
sendo o Brasil o país predominante quanto ao número de
máquinas. Por trás dessas três
encomendas em grande escala,
encontramos três empresas brasileiras: a Aracruz, a Cenibra e a
Veracel. A Aracruz e a Cenibra
são duas das maiores produtoras
mundiais de celulose e cultivam
plantações de eucalipto gigantescas, que serão extraídas pelas
novas máquinas da Komatsu
Forest. A Veracel é uma usina
de celulose recente que começará a funcionar em maio e que
comprou cerca de 20 cabeçotes Valmet 370E para substituir
seus cabeçotes antigos.
A Aracruz comprou cerca
de 30 máquinas, principalmente escavadeiras Komatsu PC-200
equipadas com cabeçotes Valmet 370E e diversos forwarders
Valmet 890. A empresa também
comprou cerca de 30 cabeçotes Valmet 370E para substituir
cabeçotes Valmet mais antigos,
que já ultrapassaram as 15.000
horas de atividade. As máquinas
devem trabalhar nos 220.000
hectares de plantação de eucalipto da Aracruz, que serão colhidos para a produção de celulose, com vistas à geração de dois
milhões de toneladas de celulose por ano.
“As máquinas são usadas
nos três turnos, o que impõe
duras demandas para a prática de boa manutenção e requer
um melhor acesso às peças
de reposição”, explica Lonard
dos Santos, chefe do setor de
marketing da Komatsu Forest
Ltda. “A Aracruz é o maior
comprador mundial de máqui-
nas da Valmet. Ao todo, são 140
pessoas trabalhando em 3 oficinas na área de manutenção e
peças de reposição.”
De acordo com Lonard, o
alto nível dos serviços de suporte da Komatsu Forest foi um
dos fatores decisivos para fechar
o negócio.
A CENIBRA , que produz um
milhão de toneladas de celulose por ano, comprou cerca de dez
máquinas, incluindo diversos
modelos de escavadeiras Komatsu com diferentes cabeçotes.
Basicamente, foram máquinas
Komatsu PC-200 para carregamento de madeira e garra traçadora, equipadas de forma similar
na Komatsu PC-228. O negócio
também inclui alguns PC-228
com cabeçotes e feller-bunchers
sobre esteiras Valmet 425EXL.
A sólida oferta de serviços
foi outro fator de peso, uma vez
que três pessoas foram contratadas especialmente para supervisar a manutenção e as peças
de reposição das máquinas da
Cenibra. r
Uma análise de 18 milhões de hectares de
florestas certificadas
na Suécia, Estônia, Rússia, Alemanha e Reino Unido demonstra que a certificação fornecida
pelo Forest Stewardship Council, FSC, beneficia a sociedade,
o meio ambiente e a economia.
Menor produção de
derivados de madeira na Finlândia
A produção de derivados de madeira em serrarias na Finlândia caiu
mais de 1% neste último ano. É
o que revelam os novos dados
estatísticos divulgados pela associação comercial dos produtores florestais do país. As estatísticas demonstram que a produção derivada da serragem
de coníferas caiu de 13.645 milhões de metros cúbicos em
2003 para 13.465 milhões de
metros cúbicos no último ano.
Por outro lado, a produção de
papelão aumentou 7,5%, chegando a 14 milhões de toneladas. O maior aumento se deve
principalmente ao uso de papéis reciclados.
UPSC no auge
O UPSC – Centro de
Ciências Vegetais de
Umeå, Suécia – foi indicado como o melhor instituto de pesquisa fora dos EUA.
Os dados são de uma pesquisa realizada pela revista americana The Scientist. Por meio
do UPSC, diversas instituições
da Universidade de Umeå e da
Universidade Sueca de Ciências Agrícolas colaboram com
a biotecnologia de plantas e silvicultura.
Dados
Subsídios para
restauração
Os subsídios para a restauração
de campinas e pastagens na Suécia têm como objetivo aumentar a biodiversidade e restaurar
os valores culturais.
Os proprietários de florestas na
Suécia recebem subsídios para
os custos efetivos advindos das
atividades de restauração e
para sua própria mão-de-obra.
Os subsídios podem ser obtidos
para um máximo de 75% dos
custos de restauração e são limitados ao valor máximo de $1.430
dólares por hectare por ano.
Os proprietários de florestas que
recebem tais subsídios devem
continuar cultivando a terra ou
cortando o mato por pelo menos
cinco anos após a conclusão da
restauração.
A restauração era uma atividade pouco comum para Lars-Göran Laronsson, segundo à direita na foto. Ele obteve a ajuda necessária dos cortadores
Pauli Kivistö e Patrik Johansson e tinha um contato bem próximo com o proprietário da terra, Ingmar Andersson, ao meio, e com o agente de compras
de Sydved, Jaen-Peter Gustavsson.
Uma atividade pouco comum
Na Suécia, os
proprietários de
florestas podem
receber subsídios para a restauração de florestas
em pastagens. Esse
trabalho incomum
foi dado ao proprietário de máquinas florestais LarsGöran Laronsson.
Q
uando o proprietário
de f lorestas Ingmar
Andersson comprou
um belo terreno em uma baixada junto ao lago Alljungenm
em Emmaboda, no condado
sueco de Bleking, percebeu na
36
JUST FOREST NO 1 • 2005
hora que poderia fazer um bom
uso da propriedade.
Pouco havia sido feito com
a f loresta no local e as árvores
estavam muito próximas.
“Havia muitas bétulas, mas
creio que eu poderia encontrar mais tipos de árvores decíduas naquela área”, disse LarsGöran, que fez a restauração
com seu Valmet 911.1.
PARA PODER financiar a res-
tauração de velhas pastagens, o
proprietário de f lorestas solicitou um subsídio do conselho do
condado e recebeu o denominado subsídio para restauração.
Lars-Göran administra sua
própria empresa, a Sydostavverkning AB, com um Valmet
911.1 com cabeçote de 960.
“Nunca tive um trabalho
como este”, comenta. “Mas foi
bem divertido.
O TRABALHO DE extração foi
pouco comum em muitos sentidos. Para começar, exigiu um
planejamento extra.
“Uma vez que o proprietário
tinha uma idéia clara de como
ele queria a área após o trabalho, tivemos um contato mais
próximo com ele do que normalmente acontece”, afirma
Lars-Göran.
O proprietário tinha feito um bom trabalho de preparação, limpando bem a f loresta
e marcando as árvores que ele
gostaria que ficassem.
“Depois, tive de planejar os
canais de extração de forma
um pouco mais cuidadosa e os
lenhadores tiveram mais do que
sua parcela de trabalho a executar”, comenta Lars-Göran.
Ele teve de ter mais cuidado com a forma de utilização do
harvester durante a operação.
A madeira e os galhos tiveram
de ser alojados de forma limpa e separadamente e, como era
importante que os galhos fossem realmente removidos da
f loresta, Lars-Göran tinha de
evitar passar sobre eles.
COMO O TRABALHO era de
restauração, ele também precisava que a máquina não prejudicasse o meio ambiente. LarsGöran acha que seu Valmet 911
funci“O 911 é muito f lexível,
o que torna a máquina versátil
tanto para as árvores que deveriam permanecer quanto para o
próprio terreno”, afirma r
CASOS
Nesta seção, a revista Just Forest apresentará casos e relatos antigos e atuais. O editor agradece o envio de novas idéias
para publicação. Envie suas dicas ou histórias para o endereço [email protected] (em inglês).
3,400
manuais de máquinas
Imagine o que seria
possuir 150 volumes
encadernados com informações sobre máquinas
florestais em sua casa.
Para Jimmi Svensson,
um jovem de 28 anos
oriundo do município
sueco de Byås, isso é
uma realidade.
Algumas pessoas colecionam selos.
Outras colecionam informações sobre máquinas florestais. Desde a adolescência, Jimmi Svensson coleciona
manuais de vendas, catálogos de peças de reposição, manuais de instrução, revistas para clientes (inclusive
a Just Forest) e muitas outras coisas.
Ele hoje possui cerca de 150 volumes
encadernados, 40 deles com um total
de 3.400 manuais de máquinas florestais, os quais, por sua vez, incluem
1.150 manuais da Valmet.
Para os interessados pela história
da tecnologia florestal, a coleção de
Jimmi é um verdadeiro achado. Sua
coleção teve origem há 50 anos.
e
l
u
M
Irocn
lássico
– um
Quando Tom Gafner e seu pai Emil
começaram a criar o tradicional
forwarder Iron Mule no início dos
anos 60, o conceito era completamente novo. Eles mesmos nunca tinham visto uma máquina assim em
suas viagens pela América do Norte.
Naquele tempo, os tratores de reboque com pneus de borracha estavam
ainda começando a se popularizar,
mas tinham a desvantagem de agredir o solo ao arrastar os produtos na
extração na floresta. Como a maioria
dos extratores de suas redondezas
cortavam os troncos em pedaços de
madeira menores, a idéia de Gafner
era, em vez disso, criar uma máquina
que pudesse levantar esses pedaços
menores e transportá-los pela floresta. Inspirados nos tratores de reboque
e somando a experiência em trailers
que haviam criado há muitos anos, pai
e filho puderam finalmente produzir
sua primeira máquina, à qual deram o
nome de Iron Mule. Essa máquina usava como base um trator Ford, característica que também podia ser encontrada nos primeiros modelos, especialmente nos 3000, 4000 e 5000.
Após deterem o mercado de
forwarder por muitos anos, a concorrência começou a crescer. A empresa
de Gafner acabou sendo comprada
pela Partek Forest/Valmet em 1988.
met após muitos anos utilizando uma
máquina da concorrência. No verão
de 2004, esse novo forwarder estava finalmente pronto para ser entregue: material de primeira linha e sem
guincho, exatamente como deve ser.
Infelizmente, as coisas nem sempre ocorrem como se planeja. Chegando no lugar, a máquina foi retirada do trailer e colocada de lado para
que o caminhão pudesse fazer a volta. Infelizmente, a vala aparentemente ’seca’ na lateral da estrada era um
poço de lama. A máquina afundou
como uma pedra, pois mesmo sendo
uma máquina inovadora, ela não era
capaz de flutuar.
O veículo terminou sendo entregue, mas antes foi preciso muito trabalho para retirá-lo da fossa. E não
tão limpa como nos planos originais.
Entrega em
solo firmeou não
E
ntregar um veículo novo equivale a satisfazer as expectativas de um comprador que torrou suas economias em troca da máquina dos seus sonhos. A pintura tem
de estar brilhante e tudo deve ter
cheirinho de novo. É uma questão de
sentimentos.
Esta era a situação dos irmãos
Persson, da empresa Bröderna Persson Forest AB, quando por fim se renderam às máquinas vermelhas da Val-
JUST FOREST NO 1 • 2005
37
Wheeled product line
Not all products are available in all markets
901
901
801 Combi
330DUO
Production units
Komatsu Forest AB
Phone: +46 90 70 93 00
www.komatsuforest.com
Komatsu Forest LLC
North America
Phone: +1 715 524 2820
www.komatsuforestusa.com
www.timbcohyd.com
Timbco
Sales companies
and dealers
EUROPE
AUSTRIA
Karner und Berger GmbH
Phone: +43 2769 84571
www.valmet.at
BELGIUM
Komatsu Forest GmbH
Phone:+49 74549 6020
www.komatsuforest.de
CROATIA
Iverak d.o.o.
Phone: +385 1 291 0399
www.iverak.hr
CZECH REPUBLIC
Valtek a.s.
Phone: +420 272 701 437
www.komatsuforest.cz
38
840
830
860
330
911
890
860
350
360
370
380
385
395
DENMARK
NETHERLANDS
SWITZERLAND
FLORIDA
Valtra Denmark A/S
Phone: +45 76 343 2000
www.valtra.com
W. van den Brink
Phone: +0031 3184 56 228
www.lmbbrink.nl
W Mahler AG
Phone: +41 1 763 5090
www.wmahler.ch
Cotton-Hutcheson, Inc.
Phone: +1 334 578 1812
www.cotton-hutcheson.com
Waters
Truck & Tractor-Meridian
Phone: +1 601 693 4807
www.waterstruck.com
NORWAY
UNITED KINGDOM
IDAHO
MONTANA
Komatsu Forest Ltd
Phone: +44 1228 792 018
www.komatsuforest.com
Modern Machinery
– Pocatello
Phone: +1 208 233 5345
www.modernmachinery.com
Modern Machinery
– Billings
Phone: +1 406 252 2158
www.modernmachinery.com
Modern Machinery – Boise
Phone: +1 800 221 5211
www.modernmachinery.com
Modern Machinery
– Missoula
Phone: +1 406 523 1100
www.modernmachinery.com
ESTONIA
Ami Logging OU
Phone: +372 562 41192
www.komatsuforest.fi
FINLAND
Komatsu Forest Oy AB
Phone: +358 3265 8311
www.komatsuforest.fi
FRANCE
Komatsu Forest, Devision of
Komatsu France s.a.
Phone: +33 1 30 90 51 00
www.komatsuforest.com
GERMANY
Komatsu Forest GmbH
Phone: +49 74549 6020
www.komatsuforest.de
Komatsu Forest A/S
Phone: +47 62 57 8800
www.komatsuforest.no
POLAND
Agrex Arcon Sp. z o.o.
Phone: +48 226 410 505
www.agrex-arcon.pl
PORTUGAL
Sefoeste Lda
Phone: +351 244 68 91 00
www.komatsuforest.com
RUSSIA
UNITED STATES
ALABAMA
Cotton-Hutcheson, Inc.
Phone: +1 251 578 1812
www.cotton-hutcheson.com
G&S Equipment
Phone: +1 334 365 5192
Warrior Tractor Equipment
Phone: +1-255-233-1914
ARIZONA
HUNGARY
Komatsu Forest Oy Ab
Phone: +7 4212 23 8381
www.komatsuforest.fi
Technitrade Kft.
Phone: +36 128 980 80
www.kuhn.hu
Barlows Equipment Co.
Phone: +27 8332 74 317
ARKANSAS
ITALY
SLOVAKIA
Imai
Phone: +39 04 38 43 0171
www.imai.it
Kuhn – Slovakia s.r.o.
Phone: +00421 02 63 838 509
LATVIA
Hitraf S.A.
Phone: +34 986 582 520
www.hitraf.com
Silva Serviss Ltd.
Phone: +371 50 21754
www.komatsuforest.fi
LITHUANIA
Lifore Ltd
Phone: +370 2 602 061
www.komatsuforest.fi
JUST FOREST NO 1 • 2005
SPAIN
SWEDEN
SweLog Skogsmaskiner HB
Phone: +46 171 41 67 70
www.sweloghb.com
Dodd Diesel
Phone: +1 800 821 5921
Warrior Tractor Co.
Phone: +1 870 367 3497
CALIFORNIA
Sierra Machinery
Services Inc.
Phone: +1 916 655 3077
www.sierramachinery.com
COLORADO
Dodd Diesel
Phone: +1 800 821 5921
CONNECTICUT
Barry Equipment Co., Inc.
Phone: +1 508 949 0005
LOUISIANA
Warrior Tractor Co.
Phone: +1 870 367 3497
MAINE
The Oliver Stores
Phone: +1 207 778 6595
www.theoliverstores.com
MASSACHUSETTS
Barry Equipment Co.
Phone: +1 508 949 0005
MICHIGAN
Roland Machinery
Company
Phone: +1 906 786 6920
www.rolandmachinery.com
MINNESOTA
Road Machinery and
Supplies
Phone: +1 218 741 9011
www.rmsequipment.com
MISSISSIPPI
Power Equipment – Saltillo
Phone: +1 662 869 0283
www.powerequipco.com
NEBRASKA
Black Hills Timber
Equipment
Phone: +1 605 578 2003
NEW HAMPSHIRE
Barry Equipment Co., Inc.
Phone: +1 508 949 0005
The Oliver Stores
Phone: +1 800 339 6595
www.theoliverstores.com
NEW MEXICO
Dodd Diesel
Phone: +1 800 821 5921
NEW YORK
CJ Logging Equipment Inc.
– Boonville
Phone: +1 315 942 4756
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc. – Little Valley
Phone: +1 716 938 9175
Tracked Product line
Timbco
911 X3M
603
941
425
425
EX10
Harvester
415 EX
Harvester or Feller
840
425 EX
Harvester or Feller
890
425 EXL
Harvester or Feller
445 EX
Harvester or Feller
445 EXL
Harvester or Feller
475 EX
Harvester or Feller
945
960
OHIO
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc. – Circleville
Phone: +1 740 474 6028
OREGON
Modern Machinery
– Eugene
Phone: +1 541 688 7321
www.modernmachinery.com
Modern Machinery
– Portland
Phone: +1 503 255 7841
www.modernmachinery.com
PENNSYLVANIA
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc. – Brookwood
Phone: +1 814 849 4073
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc. – Allenwood
Phone: +1 570 538 2504
RHODE ISLAND
Barry Equipment Co., Inc.
Phone: +1 508 949 0005
SOUTH DAKOTA
Black Hills Timber Eqpt
Phone: +1 604 291 6021
TENNESSEE
Power Equipment
– Knoxville
Phone: +1 865 577 5563
www.powerequipco.com
475 EXL
Harvester or Feller
Model 233
Power Equipment
– Nashville
Phone: +1 615 213 0900
www.powerequipco.com
Modern Machinery
– Spokane
Phone: +1 509 535 1654
www.modernmachinery.com
Power Equipment
– Memphis
Phone: +1 901 346 9800
www.powerequipco.com
WEST VIRGINIA
Terratech Equip – Langley
Phone: +1 604 532 8324
www.terratech.ca
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc. – Sutton
Phone: +1 304 765 3810
Terratech – Campbell River
Phone: +1 250 286 0694
Power Equipment
– Chattanooga
Phone: +1 423 894 1870
www.powerequipco.com
WISCONSIN
Roland Machinery
Company
Phone: +1 906 786 6920
www.rolandmachinery.com
BRITISH COLUMBIA
Terratech – Cranbrook
Phone: +1 250 489 1715
WYOMING
Terratech – Kamloops
Phone: +1 250 374 6961
UTAH
Black Hills Timber
Equipment
Phone: +1 605 578 2003
Terratech – Prince George
Phone: +1 250 564 8841
Dodd Diesel
Phone: +1 800 821 5921
CANADA
VERMONT
ALBERTA
Power Equipment
– Kingsport
Phone: +1 423 349 6111
www.powerequipco.com
Barry Equipment Co., Inc.
Phone: +1 508 949 0005
The Oliver Stores
Phone: +1 800 339 6595
VIRGINIA
Lyons Sawmill & Logging
Equipment Inc.
Phone: +1 304 765 3810
WASHINGTON
Modern Machinery
– Chehalis
Phone: +1 360 748 4421
www.modernmachinery.com
Modern Machinery – Kent
Phone: +1 253 872 3530
www.modernmachinery.com
Coneco Equip – Edmonton
Phone: +1 780 451 2630
www.coneco.ca
Coneco Equip – Calgary
Phone: +1 403 569 1109
Coneco Equip
– Grande Prairie
Phone: +1 780 532 9410
Coneco Equip – High Level
Phone: +1 780 926 2501
Coneco Equip
– Fort McMurray
Phone: +1 780 791 0616
Coneco Equip – Red Deer
Phone: +1 403 340 8343
Coneco Equip – Fort St. John
Phone: +1 250 785 8161
www.coneco.ca
SOUTH AMERICA
NEWFOUNDLAND
& LABRADOR
Equipement Fédéral
– Paradise
Phone: +1 709 782 2151
www.federal-equip.com
ONTARIO
Equipement Fédéral
– Timmins
Phone: +1 705 264 4300
www.federal-equip.com
Terratech Equip
– Thunder Bay
Phone: +1 807 939 2262
www.terratech.ca
QUEBEC
Equipement Fédéral
– Quebec
Phone: +1 418 654 0245
www.federal-equip.com
SASKATCHEWAN
BRAZIL
Komatsu Forest Ltda.
Phone: +55 41 667 2828
www.komatsuforest.com
CHILE
Komatsu Chile S.A.
Phone: +56 419 253 01
www.kch.cl
OTHER MARKETS
AUSTRALIA
Komatsu Forest Pty Ltd
Phone: + 61 2 9725 4077
NEW ZEALAND
Komatsu NZ
+(64)-9-277-8300
www.komatsu.com.au
Coneco Equip – Fort Nelson
Phone: +1 250 774 3215
Terratech Equip – Saskatoon
Phone: +1 306 931 0044
www.terratech.ca
MANITOBA
Terratech Equip – Estevan
Phone: +1 306 634 3108
Barlows Equipment Co.
Phone: +27 8332 74 17
Terratech Equip – Regina
Phone: +1 306 359 3121
SOUTHEAST ASIA
Terratech Equip – Winnipeg
Phone: +1 204 487 1050
www.terratech.ca
NEW BRUNSWICK, PRINCE
EDW. ISLAND & NOVA SCOTIA
Equipement Fédéral
– Fredericton
Phone: +1 506 457 5544
www.federal-equip.com
NORTH WEST TERRITORIES
Coneco Equip – Yellowknife
Phone: +1 867 669 0738
www.coneco.ca
YUKON
Coneco Equip – Whitehorse
Phone: +1 867 667 7368
www.coneco.ca
SOUTH AFRICA
Komatsu Forest Pty Ltd
Phone: + 61 2 9725 4077
www.komatsuforest.com
INDONESIA
PT United Tractors Tbk
Phone: +62 21 460 5959
www.unitedtractors.com
JUST FOREST NO 1 • 2005
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