Apresentação_07
Transcrição
- HOSPITAL FÊMINA SANGRAMENTO NA GESTAÇÃO ABORTAMENTO SANGRAMENTO DE TERCEIRO TRIMESTRE Mirela Foresti Jiménez 1ª causa de morte materna no mundo Complicação Obstétrica Hemorragia Infecção HAS e eclampsia N° de Mortes 127.000 76.000 65.000 % 25 15 12 OMS 1ª causa de morte materna no mundo Complicação Obstétrica Hemorragia Infecção HAS e eclampsia N° de Mortes 127.000 76.000 65.000 % 25 15 12 OMS 2ª causa de morte materna no Brasil DHEG, hemorragia e infecção DATASUS SANGRAMENTO DE PRIMEIRO TRIMESTRE: ABORTAMENTO ECTÓPICA SANGRAMENTO DE TERCEIRO TRIMESTRE: PLACENTA PRÉVIA DESCOLAMENTO PREMATURO DE PALACENTA SANGRAMENTO DE PRIMEIRO TRIMESTRE: ABORTAMENTO ECTÓPICA DEFINIÇÕES - ABORTAMENTO • Interrupção da gestação <20 semanas ou • feto < 500 gramas • Abortamento precoce: • Abortamento tardio: • Até 10 semanas = • >10 semanas = ≤ 12ª semana 13ª a 20ª semanas embrião feto INCIDÊNCIA • Aborto espontâneo - principal complicação do início da gestação • Frequência diminui com o aumento da IG • Aborto espontâneo em 8 a 20% • 80% destes até 12 semanas • Risco de aborto depois de 15 semanas 0,6% • Varia com a idade e etnia FATORES DE RISCO Idade (risco geral 11%) 20-30 anos 9-17% 35 anos 20% 40 anos 40% 45 anos 80% Tabagismo RR 1,2 a 3,4 Aborto prévio Na 1ª gestação 5% 1 aborto 20% 2 abortos 28% 3 ou + 43% Outros Cocaína Antiiflamatórios FATORES DE RISCO Alterações anatômicas uterinas - MF, miomas, incompetência istmocervical ETIOLOGIA – FATORES FETAIS • 1/3 – anembrionado • 2/3 – com embrião (50% são anormais, dismórficos) • 50% de todos abortos com feto tem cromossomopatia (aneuploidias, anomalias estruturais, mosaicismo) • Quanto mais cedo o aborto mais defeitos citogenéticos ETIOLOGIA – FATORES MATERNOS • Doença sistêmica materna (diabete, hipotireoidismo, LES, HAS) • Intoxicações (talidomida, chumbo, anticoagulantes, antagonistas do ácido fólico, antiblásticos, radiações) • Febre no início da gravidez ↑ 2 a 3X • Stress e esforço físico – SEM RELAÇÃO ETIOLOGIA – FATORES MATERNOS (INFECÇÕES) Listeria monocytogenes, toxoplasma gondii, parvovirus B19, rubella, herpes simplex, cytomegalovirus Micoplasma Herpes ureaplasma DIAGNÓSTICO: ANAMNESE, EXAME FÍSICO • • • • • Atraso menstrual Dor tipo cólica hipogástrio Sangramento uterino Fragmentos placentários no canal cervical/vaginal BCF presente ou não a partir da 13ª semana DIAGNÓSTICO: ANAMNESE, EXAME FÍSICO • Sintomas ou sinais descritos podem estar presentes ou não, dependendo do tipo de abortamento • US – vitalidade fetal, presença de restos ovulares e da idade gestacional CLASSIFICAÇÃO CONDUTA AMEAÇA DE ABORTO Sangramento com colo fechado Tamanho uterino adequado para IG Vitalidade fetal (BCF ou US) AMEAÇA DE ABORTO - CONDUTA • • • • Tranquiliza, orienta e manda para casa Analgésico Não usar hormônios (PG) Repouso relativo ABORTO COMPLETO • • • • Sangramento escasso Útero vazio (US) Colo fechado Útero < IG ABORTO COMPLETO- CONDUTA • Avaliar TS – se RH negativa imunoglobulina • Tranquiliza, orienta e manda para casa • Analgésico ABORTO INEVITÁVEL • • • • Feto vivo Colo aberto Sangramento forte Tamanho uterino adequado ABORTO INCOMPLETO • • • • Colo aberto Sangramento Eliminou parte do conteúdo Restos com > 15 mm ABORTO RETIDO • • • • Colo fechado e sem sangramento Sem dor Útero adequado para IG MORTE FETAL com > 8 semanas ABORTO INEVITÁVEL, INCOMPLETO E RETIDO - CONDUTA • Procedimento hospitalar • Tipagem Sangüínea e fator Rh • Hemograma • VDRL e HIV (?) • Jejum de >6 horas ABORTO INEVITÁVEL, INCOMPLETO E RETIDO - CONDUTA ESVAZIAMENTO UTERINO AMIU ou Dilatação e curetagem • < 12 semanas – AMIU ou curetagem • > 12 semanas – esvaziar conetúdo antes da curetagem (MISOPROSTOL) RISCO DE PERFURAÇÃO UTERINA RETIDO (misoprostol) CURETAGEM UTERINA PÓS ABORTO CURETAGEM UTERINA PÓS ABORTO AMIU (ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA ÚTERO) AMIU (ASPIRAÇÃO MANUAL INTRA ÚTERO) < 12 semanas • O que é isso? RESTOS PLACENTARES • O que fazer com isto? ANATOMOPATOLÓGICO ABORTO INEVITÁVEL, INCOMPLETO E RETIDO - CONDUTA • • • • • • Procedimento ambulatorial Alta após a recuperação anestésica Verificar TS (IMUNOGLOBULINA se RH negativo) Enviar material para exame anatomopatológico Alta com orientação anticoncepção Reavaliação ambulatorial (AP) ABORTO INFECTADO • Febre • Odor fétido • Calafrios • Secreção purulenta • História de manipulação (aborto provocado) ABORTO INFECTADO - CONDUTA • Antibióticos – inicar antes de esvaziar o útero e manter até completar 48 horas assintomática • Uterotônicos durante o esvaziamento • Curetagem uterina GRAVE – interromper mesmo com feto vivo ABORTO INFECTADO - ANTIBIÓTICO Amplo espectro • AMOXACILINA-SULBACTAN 1,5 g IV 8 EM 8 HORAS • Gentamicina 1,5 mg/Kg/dose 8/8 horas+ Clindamicina 900 8/8 horas • Manter 48 horas assintomática ABORTAMENTO SÉPTICO • • • • • • Disseminação sistêmica Laparotomia - quadro clínico grave ou sem melhora Histerectomia CIVD – tratar Revisar esquema antibóticos Infecções são polimicrobianas (bactérias da flora vaginal) ABORTO SÉPTICO – GRAVE!! • Perfuração uterina • Perfuração intestinal • Quadro séptico MORTALIDADE MATERNA ABORTAMENTO HABITUAL • 3 ou + perdas • 0,5% • Causas: MF uterinas, miomatose uetrina, incompetência istmo cervical, doença materna, infecção, fatores imunológicos, fatores genéticos ABORTAMENTO HABITUAL • INVESTIGAÇÃO GENÉTICA • AVALIAÇÃO IMUNOLÓGIA - ANTICORPOS ANTIFOSFOLIPIDIOS - ANTICARDIOLIPINAS - ANTICOAGULANTE LÚPICO -ANTICORPOS ANTINUCLEARES • ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA/ GENÉTICA DO MATERIAL ABORTADO • NO PERÍODO INTERGESTACIONAL, DIAGNÓSTICO PELA HSG E PROVA DE VELAS DE HEGAR SÍNDROME ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDIO – CAUSA IMUNOLÓGICA - DIAGNÓSTICO Critérios clínicos diagnósticos: Trombose vascular Morbidade gravídica (morte fetal inexplicada, poarto pre termo por PE ou RCIU) Aborto de repetição (3 ou+) Critério laboratoriais: Anticorpo anticadiolipina Anticoagulante lúpico 1 critério clínico e 1 laboratorial ABORTAMENTO HABITUAL - SÍNDROME ANTICORPO ANTIFOSFOLIPÍDIO (CAUSA IMUNOLÓGICA) Trombofilia adquirida Aborto de repetição e 1 ou mais exames alterados • Anticoagulante lúpico e anticorpos anticardiolipina • Duas ocasiões consecutivas com intervalo de 6 –8 semanas • Tratamento – heparina (10.000 SC de 12/12 horas) e aspirina (100 mg) durante toda a gestação Sangram Dor Febre Útero X IG Colo US Conduta Ameaça aborto S S N = F Feto vivo Observar Aborto inevitável S S N = A x Esvaziar Aborto completo S/N N N < F Útero vazio Liberação Aborto Incompleto S S N < restos Esvaziar Aborto infectado S S S = ou < restos ATB e Esvaziar S/N N N < Feto morto esvaziar Aborto retido F GESTAÇÃO ECTÓPICA • Implantação e desenvolvimento do ovo fora da cavidade uterina; • 0,3 a 2% de todas as gestações • 10-12% de todos os óbitos maternos • + Freqüente em multíparas • + em não brancas • Incidência vem aumentando GESTAÇÃO ECTÓPICA - LOCALIZAÇÃO • • • • • Tubária é a + comum (95%) Ampola (81%), Istmo (12%), Fímbrias (5%) Abdominal (1,4%) Ovário (1%) Cérvix (1%) GESTAÇÃO TUBÁRIA GESTAÇÃO ECTÓPICA - DIAGNÓSTICO • Tríade Clássica (<50%): Atraso menstrual, dor abdominal e sangramento genital • B-HCG + (deve aumentar 66% em 48h) • Exame Físico: espessamento ou massa anexial, defesa à palpação abdominal, febre; a culdocentese muitas vezes é positiva • Ecografia transvaginal p/ visualizar saco gestacional (B-HCG>1500-2000) R!! NÃO ESQUECE -Rh i t n a a n li u b lo g uno im r e z a f – h R • Se US e d a it s s e c e n o so nã r u c m e o t r o b • A o) ic n lí c o ic t s ó n g (dia for e s o ã iç n u p e d sível s a p é o ã n é o t o ã ç a t s e • Abor g u o e t pacien a d a id v a r a lv para sa tupro s e e d e t n nal) e r io r c o a t s e dec g a ic t s foblá o r t a ç n e o d ( P • Fazer A SANGRAMENTO DE TERCEIRO TRIMESTRE: PLACENTA PRÉVIA DESCOLAMENTO PREMATURO DE PALACENTA DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA Deslocamento da placenta implantada do corpo uterino em gestação com ≥ 20 semanas (Abruptio placentae) • Incidência: – terceiro trimestre – 0.5 a 1% DPP – FATORES DE RISCO • Principal fator associado é a Hipertensão • Fatores predisponentes: idade avançada, multiparidade, DPP prévio, tabagismo, uso de cocaína e crack, abortamento provocado anterior, préeclampsia/eclampsia, descompressão súbita uterina • Uso de ocitocina e misoprostol • Traumatismo abdominal (acidente de trânsito) DPP – QUADRO CLÍNICO h Dor abdominal súbita, contínua h Sangramento genital – hemorragia externa (80%) – coágulo retroplacentário / hemoâmnio h Hipertonia uterina h AU maior que a esperada h Sofrimento ou óbito fetal DPP – QUADRO CLÍNICO h Sinais e sintomas de choque hipovolêmico – pulso fino, acelerado – sudorese, extremidades frias – pele e mucosa descoradas – hipotensão arterial – torpor, desfalecimento, parada cardíaca h Sinais e sintomas de coagulopatia – sangue incoagulável – equimoses e sufusões hemorrágicas nas punções – gengivorragia e epistaxe Formas de sangramento no DPP Hematoma retroplacentário DPP – QUADRO CLÍNICO GRAVE hÚtero infiltrado (Couvelaire) hCoagulopatia de consumo hHipotonia uterina Classificação •Grau I – Leve: sangramento discreto, sem dor, coleção retroplacentária, aumento da atividade uterina hGrau II – Intermediário: quadro clínico clássico com feto vivo hGrau III – Grave: óbito fetal III a – sem coagulopatia III b – com coagulopatia DPP – TRATAMENTO hestabilização materna – correção da hipovolemia – correção da anemia aguda – correção dos distúrbios de coagulação htratamento obstétrico • Internação DPP – TRATAMENTO hGrau I – corticóides para maturidade pulmonar fetal – avaliação vitalidade fetal – resolver maturidade hGrau II – resolução da gestação hGrau III – parto vaginal / amniotomia – parto cesárea –útero de Couvelaire: histerectomia, hipogástricas ligadura de PLACENTA PRÉVIA • Implantação da placenta no segmento uterino inferior, posicionando-se à frente do pólo fetal que se apresenta a pelve FATORES DE RISCO hgrandes multíparas hextremos etários htrauma anterior do endométrio ou miométrio Classificação – Placenta Prévia Centro-total Parcial Marginal Lateral Quadro clínico hDor ausente / início de trabalho de parto hSangramento genital episódico, variável hÚtero normotenso / contrações hAU normal hBCF inalterado hSituações fetais anômalas hComprometimento materno infreqüente hComplicações puerperais P Centro-total Parcial Migração placentária •descolamentos da borda placentária •crescimento diferencial do segmento uterino •elevação da borda placentária •diagnóstico US após 28 sem Placenta de inserção baixa PLACENTA PRÉVIA - TRATAMENTO • GESTAÇÕES PRÉ – TERMO hvitalidade fetal e materna preservadas – internação / corticóide – resolver na maturidade hcomprometimento materno e/ou fetal – resolução PLACENTA PRÉVIA - TRATAMENTO • GESTAÇÃO À TERMO – parto vaginal / amniotomia na placenta marginal – cesárea na oclusiva total • Placenta R!! NÃO ESQUECE o s io id s in o t n e m prévia – sangra tonia r e ip h , o d u g a ento m a r g n a s – P P D • uterina - HOSPITAL FÊMINA SANGRAMENTO NA GESTAÇÃO ABORTAMENTO SANGRAMENTO DE TERCEIRO TRIMESTRE Mirela Foresti Jiménez
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