amorim, couro azul, inegi e set desenvolvem projeto de interior
Transcrição
www.inegi.up.pt 34 trimestral | setembro 2011 nº OPINIÃO À CONVERSA COM: ANTÓNIO JOSÉ CORREIA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE INVESTIGAÇÃO APLICAÇÕES DA SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS NOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA INEGI INTEGRA CONSÓRCIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA ANTENA ULTRALEVE EM FIBRA DE CARBONO PARA TELECOMUNICAÇÕES CONSULTORIA E SERVIÇOS PROJECTO E2P - AS FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA EVENTOS INEGI NO FÓRUM DO MAR NA EXPONOR AMORIM, COURO AZUL, INEGI E SET DESENVOLVEM PROJETO DE INTERIOR AERONÁUTICO INOVADOR COM A EMBRAER E A ALMADESIGN INVESTIGAÇÃO APLICAÇÕES DA SIMULAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS NOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA Pedro Teixeira e Abel D. Santos INTRODUÇÃO O processo de conformação plástica de chapas metálicas é uma tecnologia correntemente utilizada em diversas áreas de produção. As tendências atuais nestas indústrias pautam-se pela complexidade crescente dos seus produtos, pela constante redução dos ciclos de desenvolvimento e por soluções de menor peso, através da utilização de materiais mais leves e/ ou mais resistentes. Estas tendências colocam novos desafios aos processos de conformação plástica de chapa e deixam tempos extremamente curtos para o projeto, correção e afinação de novas ferramentas. Tipicamente, este processo é realizado por numerosos e onerosos ciclos de tentativa-erro nas fases de desenvolvimento com recurso a ferramentas-protótipo, por si só, também extremamente onerosas. Para fazer face a estes desafios, existe uma sucessiva aproximação a conceitos de produção virtual, e em particular à simulação numérica por elementos finitos do processo de conformação plástica, visando a redução do processo iterativo experimental de correção e afinação de novas ferramentas com o objetivo de atingir a necessária redução dos ciclos de projeto-fabrico. O interesse demonstrado pela indústria nas ferramentas numéricas (entre as quais a indústria automóvel assume um papel de destaque) motivou o seu desenvolvimento nestas últimas décadas, tendo sido dedicado um extenso esforço ao desenvolvimento e estabelecimento de modelos matemáticos que permitam modelar o comportamento da chapa quando sujeita ao processo de conformação plástica. Neste artigo, são apresentados alguns exemplos de aplicação e desenvolvimentos da simulação numérica por elementos finitos de processos de conformação plástica. APLICAÇÕES DA SIMULAÇÃO NUMÉRICA O uso dos métodos numéricos, como o método dos elementos finitos, para lidar com o fenómeno da plasticidade em grandes deformações criou a possibilidade de analisar com um relativo sucesso o processo de conformação plástica. Dentro desta classe de processos, a simulação numérica pode ser utilizada nas suas diversas variantes, cobrindo a modelação de uma vasta área de fenómenos físicos. A título de exemplo, são apresentadas nas figuras 1 e 2 as simulações numéricas do processo de dobragem de tubos com mandril e do processo de conformação plástica de chapa dito convencional, com recurso a ferramentas. de modelos e a sua implementação num programa comercial de elementos finitos. Para ilustrar a aplicabilidade dos modelos implementados, um exemplo experimental de rotura no processo de conformação plástica de chapas é apresentado na figura 3 e a respetiva previsão numérica de ocorrência de rotura, de acordo com as observações experimentais. Figura 3. Previsão de rotura: a) Componente experimental b) Previsão numérica. Figura 1. Simulação numérica do processo de dobragem de tubos com mandril. Figura 2. Simulação numérica do processo de conformação plástica de chapas. PREVISÃO DE DEFEITOS Parte dos desenvolvimentos e dos avanços numéricos referidos visam a melhoria na previsão da ocorrência de defeitos, realizada por estas ferramentas numéricas. Um dos defeitos indesejáveis é a rotura, que está relacionada com a quantidade de deformação útil que pode ser imposta à chapa, a qual está limitada pelo aparecimento de uma instabilidade plástica resultante da localização de deformações. A análise teórica da instabilidade plástica é, então, de elevada importância para prever os limites de deformação. Os modelos numéricos de previsão a implementar têm de lidar com o facto de a estricção localizada ser fortemente dependente das trajetórias de deformação impostas ao material durante a operação de conformação, pelo que modelos que incluem indicadores de rotura aposteriori nem sempre conduzem a resultados satisfatórios. Uma alternativa a estes indicadores é utilizar uma estratégia numérica que traduza a evolução da degradação interna do material durante o processo de deformação, fruto da nucleação, crescimento e coalescência de fendas e micro-cavidades que podem conduzir à perda completa da capacidade de suporte de carga. Esta estratégia, baseada na Teoria da Mecânica do Dano Contínuo, permitiu o desenvolvimento CONCLUSÕES A simulação numérica de processos de conformação plástica em chapa tem sido um tópico de investigação há mais de três décadas. O seu interesse nestes processos é evidente: permite à indústria efetuar uma validação virtual das ferramentas de conformação, substituindo os testes experimentais em prensa. Contudo, a contribuição da simulação numérica pode (e deve!) ir mais longe. A otimização de toda a cadeia de produção por intermédio da simulação numérica, procedendo à redução de custos, pode conduzir a ganhos significativos quer em termos económicos, quer em termos técnicos. Porém, todas estas potencialidades podem ainda ser consideradas insuficientes. O derradeiro objetivo da simulação numérica nos processos de conformação plástica será o de avaliar a geometria de um componente e, mediante apenas a sua forma final, determinar o número de etapas e a geometria das ferramentas e os parâmetros do processo ótimos para se atingir a forma pretendida do produto. OPINIÃO À CONVERSA COM: ANTÓNIO JOSÉ CORREIA PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PENICHE INEGInotícias (IN) - Para além da atual crise financeira, o mundo atravessa também uma crise energética, acrescida pela constante subida do preço dos combustíveis fósseis e da sua volatilidade face às condições geopolíticas do Norte de África e do Médio Oriente. Assim sendo, também por estes motivos, Portugal dever-se-á dedicar à exploração de recursos naturais endógenos. Nesse sentido, qual poderia ser o contributo da Região Oeste no panorama energético nacional? António José Correia (AJC) - No quadro de uma estratégia energética nacional de médio e longo prazo, penso que a Região Oeste poderá contribuir substancialmente para a diminuição da dependência externa neste sector. A região dispõe de um conjunto de recursos e oportunidades que poderão reforçar a produção nacional em termos brutos e reforçar o mix energético nacional, fazendo com que o país venha, no futuro, a depender menos das importações e de um número reduzido de fontes de energia. É possível que na região exista petróleo em quantidades suficientes que justifiquem a sua exploração comercial, embora as prospecções realizadas até ao momento ainda não sejam conclusivas. No campo das renováveis, o recurso eólico é o mais significativo, existindo vários parques em vários concelhos, com destaque para Torres Vedras. Considerando o potencial da região e do país, assim como os projectos de investigação e pré-comerciais que se encontram em desenvolvimento, considero que a produção de energia a partir das ondas, das correntes marinhas e das marés poderá representar uma grande oportunidade nos próximos anos. O município de Peniche tem tido um papel ativo e integra a parceria de desenvolvimento SURGE prevendo-se que no primeiro trimestre de 2012 seja instalada na costa norte do concelho a plataforma “Wave Roller”, já em fase pré-comercial. IN - A Comunidade Intermunicipal da Região Oeste (na qual a C.M. de Peniche está integrada) é um dos sócios-fundadores do Cluster nacional do Conhecimento e da Economia do Mar – Oceano XXI. Qual deverá ser o papel desta entidade para o desenvolvimento nacional? AJC - A Associação Oceano XXI foi criada para constituir o Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar, no âmbito de uma estratégia nacional que visa desenvolver clusters e pólos de competitividade em sectores-chave da economia nacional. Diversos documentos estratégicos, elaborados ao longo dos últimos anos, diagnosticaram a existência de um défice de cooperação entre empresas e outras instituições de diversos sectores de actividade, dificultando os processos de estabelecimento de parcerias e de desenvolvimento de clusters de actividades estratégicos para a economia portuguesa. O papel da Associação Oceano XXI será estimular o desenvolvimento de projectos estratégicos e de processos de cooperação entre os principais actores económicos e institucionais ligados às actividades do mar, de modo a aproveitar todas as potencialidades que o mar português tem para oferecer. IN - O concelho de Peniche possui um rico e vasto Património Cultural e Natural, também fruto da sua privilegiada localização costeira. Na sua opinião, como poderá esta região contribuir para que o país se “reencontre” com os Oceanos? Poderá ser o investimento e a exploração da economia do Mar um possível escape à atual recessão que o país atravessa? AJC - Esta região, e o concelho de Peniche em particular têm, desde há alguns anos, vindo a tentar estimular o “reencontro” do país com o mar, quando só há cerca de um par de anos os recursos marinhos passaram a ser uma espécie de desígnio nacional. A pesca, não obstante o decréscimo do número de embarcações tem-se modernizado e continua a ser um sector fundamental na economia desta região, as actividades e os desportos náuticos e subaquáticos encontram-se em enorme expansão, as energias das ondas são uma oportunidade de futuro. Mas estes resultados não resultam de uma moda ou de um trabalho recente. Tem existido uma aposta continuada nos recursos marinhos que tem sido fundamental para a obtenção de resultados. O mar é provavelmente o maior dos recursos nacionais com menor grau de aproveitamento na actualidade. Não acho que o mar possa ser alternativa a nada. Cada sector e cada actividade tem o seu papel na economia, mas o mar é certamente um recurso a explorar, que poderá dar um importante contributo à economia nacional, não só não prejudicando outras áreas, como até estimulando sectores complementares. IN - Como Presidente de um município costeiro, provavelmente, o Mar é um tema constante na sua “agenda” por questões económicas, sociais e/ ou ambientais. Sendo a inter-relação entre estas dimensões os pilares para um desenvolvimento sustentável, como tem o município procurado usufruir deste recurso? AJC - O município tem vindo a colocar o desenvolvimento sustentável no centro da sua estratégia de desenvolvimento, pelo que os recursos endógenos do concelho são fundamentais para o sucesso das políticas locais. Não obstante Peniche estar historicamente ligado ao mar, este é, ainda assim, o maior e mais promissor dos recursos endógenos locais, com capacidade para vir a apresentar crescimentos exponenciais de criação de riqueza nos próximos anos. Existe um conjunto de novas actividades por desenvolver e de recursos associados ao mar que nunca foram explorados que têm merecido a atenção do município, enquanto agente facilitador e interlocutor entre a administração central, o ensino politécnico e os privados que têm demonstrado interesse em investir no mar de Peniche. Exemplo disso é o projeto CETEMARES, infraestrutura dedicada a uma área emergente como a biotecnologia marinha, mas também à pesca e à aquacultura, e ainda a atividades de investigação científica e prestação de serviços a empresas. No domínio da sustentabilidade, destacamos: o recente reconhecimento das Berlengas como Reserva da Biosfera da UNESCO na sequência de uma candidatura promovida e suportada financeiramente pelo Município e o “Berlenga – Laboratório de sustentabilidade”, projeto âncora do cluster do mar protagonizado pela Oceano XXI. IN - Recentemente, a C.M. de Peniche fez-se representar no 1.º Fórum do Mar, que decorreu na Exponor (em Matosinhos). Porquê dar-se a conhecer num evento como este? AJC - Nos dias de hoje, para além das acções concretas é fundamental ter uma estratégia de marketing que garanta a divulgação e a visibilidade dos projectos. A edição do Fórum do Mar de 2011 foi uma oportunidade única de dar a conhecer os nossos projectos mas também de trocar ideias, de fazer contactos com investidores e de aprender com o trabalho de outras instituições. Foi a primeira de muitas edições, pelo que o Município não poderia deixar de estar presente naquele que esperamos venha a assumir-se como o grande momento anual de encontro e partilha de experiências das empresas e das actividades ligadas ao mar. IN - Como vê as parcerias entre os municípios e entidades de Investigação e Desenvolvimento, como o INEGI? Como podem/devem estas ser potenciadas? AJC -O trabalho em parceria é fundamental para ultrapassar os obstáculos e constrangimentos que historicamente colocaram várias organizações portuguesas como adversárias umas das outras. No nosso caso, as experiências de cooperação entre entidades da administração pública, do sector empresarial e do sistema científico e tecnológico têm-se revelado essenciais no desenvolvimento de projectos que à partida encontravam enormes entraves derivados da enorme complexidade relacionada com os processos de licenciamento. Por outro lado, entidades como o INEGI têm os recursos e as capacidades para dar respostas adequadas a algumas das atribuições dos municípios mas que estes não têm capacidade própria para executar, pelo que o desenvolvimento de parcerias em acções e projectos específicos é uma boa opção que deverá continuar a ser estimulada. INOVAÇÃO E TECNOLOGIA AMORIM, COURO AZUL, INEGI E SET DE PROJETO DE INTERIOR AERONÁUTICO INOVADOR COM A EMBRAER E A ALM O Projeto de investigação L.I.F.E. - Lighter, Integrated, Friendly and Eco-efficient Aircraft Cabin tem como objectivo a criação de competências para concepção, desenvolvimento e industrialização de soluções técnicas e funcionais para o interior de aeronaves mais eco-eficientes, mais leves, mais confortáveis, de forma integrada e com um design inovador. VISÃO O logótipo do Projeto L.I.F.E. - a semente do acer - é a metáfora de um projeto que começou com uma visão conceptual, partilhada por várias empresas, para o interior de uma aeronave do futuro. Juntando competências em diferentes áreas, esta iniciativa é viabilizada por um consórcio de empresas e instituições de I&D Portuguesas (Couro Azul - Grupo Carvalhos, SETsa - Grupo IBEROMOLDES, Amorim Cork Composites - Grupo Amorim e INEGI) em parceria com a EMBRAER – empresa do setor aeronáutico - e ALMADESIGN - empresa de design industrial – além de várias empresas tecnológicas de referência, como a SERNIS e a CAIADO. A colaboração da Embraer permite ao consórcio um contacto direto e privilegiado com o construtor e integrador final, facilitando o acesso a informação referente às tendências de mercado e soluções tecnológicas na área de interiores de cabine. As empresas integram competências de diferentes áreas tecnológicas para construção de uma mock-up inovadora, recorrendo a materiais e tecnologias de produção avançadas, demonstrando o know-how, as capacidades tecnológicas e as sinergias do grupo, aplicadas a um setor em crescimento, inovador e de alto valor acrescentado. O projeto fortalece a multidisciplinaridade entre empresas e promove o trabalho conjunto em futuros projetos aeronáuticos, demonstrando soluções mais eco-eficientes, leves e confortáveis, sementes de futuros spin-offs nesta área. NATURETECH As soluções desenvolvidas no L.I.F.E. são orientadas para a utilização de materiais naturais, leves e confortáveis. A linguagem formal é inspirada em estruturas naturais que transmitem unidade visual, organicidade, fluidez e continuidade. O design inspirado na natureza, permite a simbiose entre elementos naturais e artificiais, proporcionando um ambiente harmonioso onde a tecnologia está presente sem imposição. A conceção inovadora das janelas, assente numa abordagem construtiva em materiais compósitos, permite uma maior visibilidade exterior e a entrada abundante de luz natural. O ambiente apela aos cinco sentidos, trabalhado nas texturas, detalhes cromáticos, aromas, iluminação e temperatura. Através do sistema de sensores de movimento SEED é possível adaptar diferentes intensidades de luz e cor a cada passageiro, permitindo o moodlight noturno ou a luz pontual para leitura. Este sistema é composto por um conjunto de fibras óticas, LEDs e sensores de movimento embebidos em painéis compósitos de cortiça e fibra, revestido a spacerfabric. O conforto térmico e acústico é proporcionado pela utilização de painéis sanduíche baseados no corecork, revestidos a pele natural aeronáutica e corkleather. As poltronas têm uma estrutura em materiais compósitos avançados incluindo fibra de carbono, o que conduz à diminuição de peso e maior diversidade de conceitos. FUNCIONALIDADE A entrada é composta por dois módulos – cozinha e arrumos – em painéis compósitos de fibra de carbono e núcleo de cortiça. Na zona executiva, os bancos revestidos a corkgel e couro, conferem adaptabilidade a cada passageiro através de um identificador e memória biométrica, flutuando sobre uma estrutura suspensa em fibra de carbono que permite a redução de vibrações e um aumento do conforto. As interfaces tecnológicas foram integradas nas superfícies – sistema SKIN TO SKIN – tornando a tecnologia acessível mas simultaneamente invisível. Os sistemas de ecrãs escamoteáveis touchscreen, instalados nos bancos, permitem uma ligação permanente à “nuvem”. Na zona lounge dois grandes sofás criam uma área de conforto, lazer e trabalho centrados numa mesa multi-touch. A interati- ESENVOLVEM O MADESIGN. vidade é exponenciada no sistema de infotainement SPHERE. O sistema é composto por uma esfera geodésica construída em módulos que permitem a projeção de imagens, construindo um ambiente virtual imersivo para trabalho ou lazer. INEGI INTEGRA CONSÓRCIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA ANTENA ULTRALEVE EM FIBRA DE CARBONO PARA TELECOMUNICAÇÕES Inserido no programa ARTES (Advanced Research in Telecomunication Systems) da ESA (European Space Agency), o projeto KuDGR (Dual-Gridded Carbon Fibre Reinforced Plastic Refletor) consiste no desenvolvimento de uma antena de comunicações conceptualmente inovadora totalmente construida em fibra de carbono. O projeto liderado pela empresa alemã HPS GmbH, especialista em estruturas aeroespaciais, conta ainda com a colaboração de várias empresas alemãs especialistas em telecomunicações e estruturas aeroespaciais. O WC é iluminado por uma janela de grandes dimensões. Duche e jacuzzi são propostos num ambiente confortável e sereno. No quarto propõe-se uma cama que flutua sobre o chão, numa estrutura muito leve em compósito. FINANCIAMENTO Com um investimento de 1,85M€, o L.I.F.E. é um projeto integrador de custo e risco controlados com a possibilidade de retorno para alavancar outros projetos e investimentos. O projeto tem também como objetivo introduzir melhorias ao nível do I&D, organização, cooperação e gestão das empresas bem como estimular a sua presença no mercado internacional. Foi financiado pelo QREN, no âmbito do Programa Operacional Fatores de Competitividade - COMPETE, em cerca de 0,9M€ provenientes também do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. A síntese deste projeto é representada por uma mockup à escala real com 6 metros de comprimento, construída pelo consórcio, que esteve presente no salão aeronáutico de Le Bourget, no Pavilhão de Portugal dinamizado pela AICEP, entre 20 e 26 de junho de 2011. No dia 1 de junho, teve também lugar uma apresentação nacional do projeto. PROJETO I&DT EM COPROMOÇÃO, COFINANCIADO PELO QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). COPROMOTORES: AMORIM COURO AZUL INEGI SET PARCEIROS: ALMADESIGN EMBRAER O projeto KuDGR visa o desenvolvimento de uma antena composta por dois refletores de grelha, para frequências da banda Ku utilizada nas telecomunicações com satélites. O consórcio selecionado para o seu desenvolvimento conta com a liderança da HPS GmbH, com a qual o INEGI tem mantido uma sólida colaboração nos últimos anos, e a participação da Invent GmbH, Nikon-GmbH e NTP-GmbH. O INEGI é responsável pela produção e assemblagem dos elementos da antena, composto por duas grelhas com formas complexas. Para a realização deste trabalho foi desenvolvido um novo sistema de produção e adotadas metodologias e técnicas de controlo de qualidade que visam assegurar o fabrico dos vários componentes de acordo com as especificações técnicas e os prazos estipulados pela ESA. Um dos principais objetivos deste projeto consiste na materialização de um novo conceito para estas antenas que permita, relativamente às atualmente utilizadas, reduzir fortemente o seu peso e otimizar o seu desempenho termoelástico e de receção/transmissão de ondas de radiofrequência. Este novo conceito é um desafio ao atual estado da arte em materiais e tecnologias de processamento de materiais compósitos. Segundo Celeste Pereira, investigadora responsável por este projeto, a participação do INEGI neste consórcio surge após demonstração de capacidade técnica, criatividade e rigor na resolução dos desafios técnicos lançados pela ESA e no seguimento de uma aposta forte da equipa que lidera na investigação e desenvolvimento de materiais compósitos em fibra de carbono orientados para a indústria aeroespacial. Este projeto encontra-se inserido no âmbito das atividades da ESA, organização para a qual o INEGI tem trabalhado com regularidade nos últimos anos. CONSULTORIA E SERVIÇOS PROJECTO E2P As fontes renováveis de energia assumiram nos últimos anos um papel incontornável no mix energético nacional, sobretudo com o aumento progressivo de parques eólicos e de pequenas centrais hídricas no território português. Atendendo ao interesse do mercado e do público em geral em melhor conhecer as instalações que utilizam fontes renováveis para a produção de eletricidade, nomeadamente a sua distribuição geográfica e tecnologia associada, tanto a APREN, através da edição dos seus anuários, contendo informação relativa aos centros electroprodutores dos seus associados, como o INEGI, através da publicação do seu boletim “Parques Eólicos em Portugal” procuraram sempre proceder à divulgação de toda a informação passível de ser tornada pública. Num exercício de concertação de esforços para cumprimento deste desígnio, as duas instituições uniram-se para a criação e manutenção da base de dados e site e2p – Energias Endógenas de Portugal, que visa compilar informação relevante acerca de todos os centros electroprodutores com recurso a fontes renováveis de energia existentes em Portugal. Visite-nos em http://e2p.inegi.up.pt SGCIE – SISTEMA DE GESTÃO DOS CONSUMOS INTENSIVOS DE ENERGIA INEGI INTEGRA CONSÓRCIO EUROPEU PARA A PROMOÇÃO DA REABILITAÇÃO ENERGÉTICA DE EDIFÍCIOS Coordenado pelo Instituto Tecnológico de la Construcción – AIDICO, o projeto E4R – Ferramentas de Avaliação da Eficiência Energética de Edifícios, foi orçamentado em cerca de 1 M€, sendo cofinanciado pelo programa Interreg IVB – SUDOE, com fundos europeus FEDER, para um período de dois anos (janeiro 2011 - dezembro 2012). Para além do INEGI, o consórcio é também constituído pelo Instituto Tecnológico de Galicia (ITG), pela Consejería de Fomento de la Junta de Extremadura e pela École D´Ingénieurs enGénie des Systèmes Industriels (EIGSI). Desde 2008, e com intuito de promover a eficiência energética e monitorizar os consumos energéticos de instalações consumidoras intensivas de energia, o Decreto-Lei n.º 71/2008 de 15 de abril, que foram introduzidas modificações ao Regulamento de Gestão do Consumo de Energia (RGCE) compatibilizando-o com as exigências ao nível das emissões de gases com efeito de estufa e com a revisão da fiscalidade do setor energético. De acordo com o Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril, todas as instalações industriais que tenham um consumo energético anual superior a 500 toneladas equivalentes de petróleo (tep) são obrigados a realizar de uma Auditoria Energética e a estabelecer um Plano de Racionalização de Consumos Energéticos, e no caso de não o realizarem, sujeitam-se à aplicação de coimas por parte da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Essas Auditorias Energéticas, bem como a subsequente implementação do Plano de Racionalização de Consumos Energéticos, permitirão à empresa evitar não só pagamento de coimas como também: • Ficar a conhecer a forma como se repartem os consumos energéticos pelos diferentes setores e/ ou principais equipamentos da empresa; • Identificar e quantificar desperdícios energéticos; • Imputar os custos da energia aos produtos; • Estabelecer medidas que permitam poupanças energéticas, quantificando os valores dos investimentos necessários e os retornos dos mesmos. Numa altura em que os custos da energia sofrem subidas acentuadas, a racionalização desses consumos torna-se imperativa a fim de promover a competitividade dos produtos e das empresas. Neste contexto o INEGI tem desempenhado um importante papel, no apoio à promoção da eficiência energética na indústria nacional. Sendo uma entidade reconhecida pela DGEG como competente para a realização de auditorias energéticas no âmbito do SGCIE – condição imprescindível para a realização deste tipo de estudos – e contando com a colaboração de Técnicos Reconhecidos pela ADENE (Agência para a Energia), o INEGI tem vindo a realizar auditorias a empresas nacionais de renome pertencentes a diversos setores de atividade como Bial, nanium, Lipor, FEPSA, SOCITREL ou Zollern. Os Planos de Racionalização de Consumos Energéticos propostos pelos técnicos do INEGI têm vindo a ser estabelecidos por essas empresas com elevado sucesso, traduzindo em poupanças energéticas significativas. O seu principal objetivo é incentivar a prática da reabilitação de edifícios com resultados satisfatórios no que respeita à melhoria da sua eficiência energética. Para tal, no decorrer do E4R, será criada uma plataforma virtual que permita a todos os agentes e setores intervenientes na Reabilitação Energética dos edifícios existentes (envolvente térmica, instalações térmicas e integração de energias renováveis) influenciar as poupanças energéticas. A plataforma a desenvolver terá por base uma aplicação de cálculo da melhoria energética que se obtém através da intervenção quer sobre a envolvente térmica quer das instalações. Pretende-se que essa plataforma seja disponibilizada online permitindo ao utilizador ficar a conhecer o potencial de poupança energética do edifício a ser reabilitado ou quantificar as melhorias energéticas, antes de proceder à renovação do mesmo edifício. EVENTOS INEGI NO FÓRUM DO MAR NA EXPONOR O INEGI esteve presente na feira Fórum do Mar na Exponor que se realizou entre 16 e 19 de junho. O Instituto expôs alguns dos seus projetos na área do Mar num espaço conjunto com outras instituições associadas à Universidade do Porto. INEGI ACOMPANHA A EXPEDIÇÃO M@RBIS A BORDO DO NAVIO CREOULA A Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), no âmbito do programa M@ rBis (Marine Biodiversity Information System), realizou nas ilhas Desertas, Porto Santo e ilhéus das Formigas a Campanha “EMAM/ PEPC_M@rBis/2011” em co-organização com o Departamento de Ciência da Câmara Municipal do Funchal, Direção Regional dos Assuntos do Mar do Governo dos Açores e Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores. O INEGI fez-se representar na expedição através do Presidente da Direção Prof. Augusto Barata da Rocha. O evento integrou diferentes atividades como “Internacionalização e Viver o Cluster” tendo em vista o aprofundamento de redes de relação e de cooperação entre as partes, a apresentação de alguns produtos e tecnologias com aplicação ao meio marinho, a exploração de oportunidades de cooperação, de internacionalização e de negócios na área da economia do Mar. Foi ainda organizada uma conferência com o tema: Momento de reflexão e debate sobre oportunidades de desenvolvimento da economia do mar, principais desafios e linhas de ação. Paralelamente, teve lugar o “Momento Aberto ao Público” que permitiu a disponibilização de um conjunto de informação sobre a economia do Mar, o contato com alguns desenvolvimentos tecnológicos com a aplicação ao meio marinho e a participação num conjunto de atividades paralelas de animação organizadas conjuntamente com alguns parceiros institucionais do Oceano XXI – Cluster do Conhecimento e Economia do Mar. GLOBAL WIND DAY (DIA MUNDIAL DO VENTO) “Global Wind Day” é um evento mundial que ocorre anualmente a 15 de junho. É um dia para descobrir o vento, o seu poder e as suas possibilidades para mudar o mundo. É também um dia para conhecer os trabalhos em curso todo o mundo. Os parques eólicos estão em funcionamento em mais de 75 países, gerando energia a partir de um fonte limpa e renovável. Embora milhares de pessoas estejam envolvidas na produção de energia a partir do vento, para muitos, a energia eólica permanece um mistério. Durante o “Global Wind Day” qualquer interessado pode visitar parques eólicos, conhecer especialistas, participar em eventos e procurar descobrir tudo sobre esta energia de fonte renovável. A EWEA (Associação Europeia da Energia Eólica) e a GWEC (Global Wind Energy Council) promovem mundialmente o dia através de um rede de parceiros, sendo organizados milhares de eventos públicos. A campanha EMAM/PEPC_M@rBis/2011 teve como objectivo principal a inventariação e caracterização das espécies e cartografia de habitats nas ilhas Desertas, Porto Santo e ilhéus das Formigas. A equipa M@rBis, em conjunto com uma equipa de investigadores marinhos, mergulhadores e especialistas na identificação da flora e fauna marinha, pertencentes à comunidade científica portuguesa, pretende amostrar e identificar os valores da biodiversidade existentes nas ilhas Desertas, Porto Santo e ilhéus das Formigas. Os dados recolhidos foram carregados em tempo real no sistema M@rBis (Marine Biodiversity Information System), permitindo, desta O INEGI aproveitou o mote do Dia Mundial do Vento para lançar o novo portal da nova base de dados sobre as energias renováveis em Portugal, um projeto desenvolvido em parceria com a APREN. forma, obter a cartografia da biodiversidade marinha presente nestas áreas alvo. Para mais informações visite o site da expedição M@rBis em www.campanhasmarbis.org. OFERTA DE IDI AGENDA SALA LIMPA 10K - ISO 7 Ao longo dos vinte e cinco anos de existência, o INEGI tem vindo a liderar e participar de forma ativa em inúmeros projetos de investigação e desenvolvimento (na área dos novos materiais, tecnologias e produtos) com instituições de grande notoriedade como a Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Espacial Americana (NASA), Companhia Europeia de Aeronáutica, Defesa e Espaço (EADS), entre outras de renome na área da aeronáutica e espacial. Wind energy – meeting the climate and energy challenges in the EU Hamburgo, 6 Out 2011 http://www.eib.org ECI Conference on Nanomechanical Testing in Materials Research and Development Lanzarote, 9 - 14 Out 2011 http://www.engconfintl.org/11al.html III Jornadas de Bioengenharia Porto, 14-15 Out 2011 http://paginas.fe.up.pt/%7Ejbioeng/ Unmanned Aircraft Systems Londres, 16 - 17 Nov2011 http://www.smi-online.co.uk Global Renewable Energy Development Bruxelas, 17 Out 2011 http://worldconferences.co.uk/ Sustainability Day 2011 Copenhaga, 18 Out 2011 http://www.acius.net EMAF ANGOLA - Exposição Internacional de Máquinas-Ferramentas e Acessórios 27 a 30 de Outubro de 2011 http://www.emaf-angola.exponor.com Fruto disso o instituto tem vindo a investir em equipamento e instalações especiais para suportar a execução das atividades e para se posicionar como referência nacional nesse setor. peciais para o espaço. Nela o fluxo misto de ar é limpo através de filtros de elevada eficiência HEPA, a sobrepressão de 20 Pa garante que não entram partículas indesejáveis, a temperatura é mantida a 20±1,5 ºC e a humidade relativa a 45±10%. Aparelhos próprios e calibrados registam as condições da sala e o medidor de partículas permite registar os valores de partículas em suspensão para 0,5, 1 e 5 microns tabelados na norma. Nesse âmbito foi criada uma Sala Limpa com classificação ISO 7 que permite preparar materiais para a produção de protótipos por autoclave de polimerização, prensa ou laminados para caracterização mecânica e física, segundo a Norma NP 14644. A Sala Limpa do INEGI foi inspecionada e aprovada pela Agência Espacial Europeia em julho de 2010. Esta sala garante as condições necessárias à minimização do risco de contaminação dos materiais ou estruturas quando estão a ser preparados para polimerização ou laminados es- INEGI | OFERTA DE INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO INOVAÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA INVESTIGAÇÃO ▪▪Projetos de Investigação (europeus e nacionais) ▪▪Investigação Contratualizada para Clientes ▪▪Desenvolvimento de Produtos e Sistemas ▪▪Estruturas em Compósitos ▪▪Processos de Fabrico de Materiais Compósitos ▪▪Novos Materiais ▪▪Desenvolvimento de Equipamentos ▪▪Processos de Fabrico de Metais e Cerâmicos ▪▪Sistemas de Energia ▪▪Construção de Protótipos e Pré-Series CONSULTORIA E SERVIÇOS CONSULTORIA ▪▪Energias Renováveis ▪▪Gestão e Engenharia Industrial ▪▪Formação à Medida ▪▪Auditorias Ambientais e Eficiência Energética ▪▪Auditorias Tecnológicas SERVIÇOS ▪▪Prototipagem rápida ▪▪Caracterização dos Materiais e Estruturas ▪▪Análise de Vibrações e Ruído ▪▪Caracterização Ambiental ▪▪Análise de lubrificantes ▪▪Sala Limpa (10K – ISO7) ▪▪Comportamento dos Materiais ao Fumo e Fogo MERCADOS E SETORES DE ATIVIDADE AERONÁUTICA E ESPACIAL ENERGIA AMBIENTE METALOMECÂNICA E BENS DE EQUIPAMENTO AUTOMÓVEL E TRANSPORTES ECONOMIA DO MAR WWEC 2011 Cairo, 31 Out -2 Nov 2011 http://www.wwec2011.net/ Future of Web Design Nova Iorque, 7-9 Nov 2011 http://futureofwebdesign.com/new-york-2011/ World Congress on Sustainable Tecnologies (WCST) 2011 Londres, 7 - 10 Nov 2011 http://www.wcst.org/ Future World of Biogas: Europe 2011 Londres, 24 -25 Nov 2011 http://www.acius.net ICEUBI2011 - International Conference on Engineering UBI2011 - Innovation and Development Faculdade Engenharia UBI, 28 - 30 Nov 2011 http://www.iceubi2011.ubi.pt/ E-mobility: Future Growth of EVs 2011 Istambul, 30 Nov -1 Dez 2011 http://www.acius.net Pollutec Horizons Paris, 29 Nov - 2 Dez 2011 http://www.pollutec.com/ FORMAÇÃO O INEGI desenvolve ações de formação específica para empresas, a partir dos objetivos estabelecidos e de uma avaliação da situação atual. Sempre que for possível as ações de formação decorrerão nas instalações da empresa tirando o máximo partido da utilização de exemplos da própria empresa nos conteúdos das ações de formação. A intervenção do INEGI cobre todas a áreas da Engenharia Mecânica, Gestão Industrial e Ambiente. Consulte a lista de cursos disponíveis em: www.inegi.up.pt SERVIÇOS SAÚDE Sede: Rua Dr. Roberto Frias, nº400, 4200-465 Porto | Tlf.: 351 229578710 - Fax: 351 229537352 | Site: www.inegi.up.pt | Propriedade: INEGI | Distribuição: INEGI | Periodicidade: Trimestral Tiragem: 1300 exemplares | Edição: INEGI | Direcção Editorial: Prof. Barata da Rocha | Equipa Editorial: Daniela Silva, Joana Pinto, Joana Vale e Nelson Pereira | Design: Nelson Pereira
Documentos relacionados
Portugueses desenvolvem tecnologia para missão - Inegi
O INEGI associou-se ao INESC-Porto e à AIMMAP na promoção de uma iniciativa com vista à criação de um Pólo de Competitividade na área dos sistemas produtivos. Esta iniciativa, baptizada de “PRODUTE...
Leia maisFuturo das actividades do INEGI enquanto ONS poderá estar em
de novos produtos. Este tipo de trabalho, cada vez mais frequente, envolve sempre a formação de equipas multidisciplinares e proporciona novos desafios que motivam os colaboradores, mas que exigem ...
Leia maisSTCP e INEGI tornam carros eléctricos mais seguros
Transmitir de uma forma integrada conhecimentos sobre as recentes tecnologias de obtenção de protótipos nos mais diversos materiais e pré-séries de peças em plástico ou em metal, recorrendo às tecn...
Leia maisboletim 17
tecnologia para a indústria, através de projectos nacionais, europeus e internacionais, fortalecendo a sua missão e o seu papel enquanto instituição de utilidade pública. Criado em Janeiro de 1986 ...
Leia mais