AULA 8 – COMPLEXOMETRIA COMPLEXOMETRIA – QUIMICA
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AULA 8 – COMPLEXOMETRIA COMPLEXOMETRIA – QUIMICA
AULA 8 – COMPLEXOMETRIA – QUIMICA ANALÍTICA II – Prof° HÉLCIO Complexos: São compostos estáveis ou instáveis que envolvem TROCA DE ELÉTRONS, que envolve energia e, conseqüentemente, que envolvem ESTABILIDADE. Um íon complexo é constituído de um átomo central e vários ligantes intimamente acoplados a ele. O átomo central é caracterizado pelo numero de coordenadas. Fe2+, Fe3+, Zn2+, Cr3+, Co3+, Ni2+, Cd2+ contem 6 coordenadas; Cu2+, Cu+, Pt2+ contem 4 coordenadas e Ag+ que contem 2 coordenadas. Em outras palavras, o numero de coordenadas nada mais é que o numero de espaço vazio ao redor do átomo central. Segundo Werner, em virtude dos metais possuírem orbitais vazios (orbital (orbital p), p eles tem facilidade cilidade em acomodar pares de elétrons disponíveis, formando o que se chama de compostos de coordenação, onde o metal constitui a uma unidade central ligada por duas espécies de valência ao restante do complexo formado,uma primária (principal) e outra secundária (coordenação). Os elementos que possui em seu orbital uma camada p vazia (elementos de transição) podem formar complexos com elementos que possuam pares de elétrons disponíveis. Portanto, complexos são compostos que não são eletricamente estequiométricos tricos em função da possibilidade de metais possuírem diferentes orbitais de energia, especificamente o orbital p. Veja o exemplo: O cobalto em seu estado natural apresenta a seguinte configuração eletrônica: Ao perder 3 elétrons: Hibridização d2sp3. Observa-se se que o cobalto apresenta espaço vazio para receber 6 pares de elétrons. Um exemplo desse complexo é: [Co(NH3)6]3+ A volumetria por complexação envolve reações de íons metálicos que formam complexos ESTÁVEIS, solúveis em meio aquoso, com um grande grande numero de aminas terçarias contendo grupos carboxílicos. José Roberto | Química Analítica II 1 Na análise complexométrica não se trabalha com o numero de equivalentes pois não se conhece o numero de elétrons envolvidos. Portanto deve-se trabalhar com NUMERO DE MOLS. Não é necessário saber o numero de elétrons envolvidos porem deve-se tomar os devidos cuidados com a estequiometria das reações. Na complexometria é necessário que o complexo formado apresente elevada estabilidade e que seja processado em menor número de etapas para que possa visualizar facilmente o ponto de viragem na titulação. Alem de tudo, não deve ocorrer nenhuma reação paralela de precipitação durante todo o processo. A estabilidade depende do pH e da constante de formação. Quanto maior o α (grau de ionização) maior é o KMY. AGENTE COMPLEXANTE: EDTA (Acido etilenodiaminotetracético) Em condições adequadas de pH, o EDTA forma complexo estáveis e solúveis em água com a maioria dos metais, inclusive com os alcalino-terrosos. Na titulação de uma amostra de Mg2+ e Ca2+, a 1 gota de EDTA reage com o metal Ca2+, pois O EDTA é um acido fraco, mostrando que os dois primeiros prótons são mais facilmente ionizáveis: !" # $ % &" &" ' # $ % +" +" +' # " &' # José Roberto $ $ ' ( ()* (*'+ ,- .)* +' ( .). (*'& ,- .)/ % " &' ( 0)1 (*'2 ,- 0). % " !' ( 3)3 (*'44 ,- (*)5 | Química Analítica II 2 Em qualquer um dos casos o anion reage com o Metal Mn+ formando uma molécula MY(n-4)+ 6$ %78 9:';$8< # 87$ % =6>9?:';< Quanto mais alcalino for o meio, maior será a ionização do EDTA. Portanto, para utilizar as diversas espécies protonadas do agente complexante, deve-se usar um pH do meio controlado na ionização desejável através de uma SOLUÇÃO TAMPÃO. Por exemplo: em pH=4 a espécie predominante do EDTA em solução é com o zinco será: @+$ % +" +' #. $ +" +' e, sua reação % =@"?+' A medida que a reação ocorre, o pH diminui e o equilíbrio desloca no sentido de impedir a formação do =@"?+'. Portanto, há a necessidade do uso de uma solução tampão cujo seu sistema manterá o pH praticamente constante, sofrendo ligeiras modificações no decorrer de uma reação. O efeito do tampão é fazer com que um composto diminua os efeitos de ionização, forçando a formação de um sal ácido (ou básico) que não se ioniza impedindo, então, a ionização do meio e impossibilitando a variação de pH. Curva de titulação: Considerando a titulação do cálcio com EDTA: A-+$ % " !' # =A-"?+' B B CDE A curva de titulação se apresenta diferentemente quando o meio esta condicionado em diversos pH. Por exemplo: A inflexão da curva aumenta com o aumento do pH. Aquele que apresenta maior inflexão (maior variação de pCa) é o meio ideal (menor erro) para que não haja alguma interferência no ponto de viragem. Portanto, deve-se condicionar o meio para que o PV não seja prejudicado. Agentes Mascarantes Alem do EDTA, certas substancia podem formar complexos com os íons metálicos. Essa competição que existirá pode causar interferências na reação da amostra impossibilitando a sua análise quantitativa. Os agentes mascarantes são agentes complexantes de alta estabilidade inclusive, dependendo do tipo de cátion no qual está ligado, maior que o EDTA, por possuir maior energia de complexação. José Roberto | Química Analítica II 3 Exemplo: Se a uma amostra que contenha 2 cátions for adicionado um tampão favorável para as duas se complexar, o volume de EDTA consumido na titulação será proporcional a concentração de ambos os cátions, por exemplo, C2+ e C3+. Porem, como é uma análise quantitativa, queremos saber a concentração de cada cátion. Supondo que forma-se um complexo [AgM – C2+] e sabe-se que a estabilidade do [AgM – C2+] é muito maior que [Y – C2+]-2. Assim, a partir do momento que insere no meio o agente mascarante de C2+, restará apenas C3+ o qual pode ser titulado com o Y4quantitativamente. O agente pode ser adicionado em excesso (até mesmo porque não se sabe a concentração de C2+) e, também, pode haver a formação do [AgM – C3+]. No entanto, quando adiciona-se EDTA, o a ligação do complexo entre o C3+ com EDTA é mais forte do que com o agente mascarante, uma vez que fundamentalmente o [Y-C3+]- deve apresentar maior estabilidade que o complexo [AgM-C3+]. Assim, todo o C2+ estará complexado com o agente e todo o C3+ se complexará com o EDTA. Usa-se o agente mascarante quando se deseja dosar um único cátion de uma amostra contendo n cátion. Exemplo Prático: Dosagem de Ni + Pb com EDTA Constante de estabilidade (log) [NiY]2- = 18,62; [PbY]2- = 18,04 Ni forma complexo de alta estabilidade com cianeto (Agente Mascarante). Portanto, [Ni(CN)4]2->>>[NiY]-2. Mesmo que o agente forme complexo com o Pb, não haverá interferência pois ao adicionar EDTA essa ligação se romperá formando um complexo estável com o Pb2+. Isso ocorre porque a [Pb(CN)4]2-<<<[Pb-Y]2-. Indicador O indicador utilizado é sensível a ions metálicos, chamado de metalocrômico. O indicador também será um agente complexante. Para que o indicador possibilite uma mudança de cor do sistema a [M – Y](n-4)>>>>[IND – Y]n 4 Se, por acaso, a estabilidade dos complexos acima fosse invertida não haveria mudança na coloração do sistema alem de diminuição do volume consumido de EDTA que seria acarretado em função do “roubo” de cátion pelo indicador. José Roberto | Química Analítica II Concluindo, o indicador é um agente complexante de baixa estabilidade pois assim que for se adicionando EDTA a ligação dele com o metal se rompe acarretando mudança na coloração do meio e indicando o ponto de viragem: Veja o mecanismo INICIO: Mn+ + IND à [M-IND] + Mn+ (COR B) DURANTE: Mn+ + [M-IND] + Y4- à [M-IND] + [M-Y]n-4 + Mn+ PE: [M-IND] + [M-Y]N-4 + Y4- à [M-IND] + [M-Y]n-4 (COR B) APÓS PE: [M-IND] + [M-Y]N-4 + Y4- à [M-Y]n-4 + IND (COR A) (COR B) O EDTA foi escolhido pois ele forma complexos na proporção 1:1 bastante estáveis e em uma única etapa, produzindo uma mudança brusca no ponto de equivalência. Alem disso a estrutura espacial de seu anion, que tem seis átomos doadores, capacitando-o a satisfazer o numero de coordenação de 6, freqüentemente encontrado entre os metais. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Preparação do CaCO3 A massa que deverá ser pesada para preparar 100,0mL de CaCO3 0,01mol/L: m = M.V.mol = 0,01.0,1.100 = 1,0000g massa pesada: 0,1276g A concentração do padrão primário 99,5% foi de: M = 0,1276.0,995/(100*0,1) = 0,012696mol/L 5 José Roberto | Química Analítica II Aferição do EDTA Metodologia: V1 = 30,94mL D1 = 0,02 V2 = 30,99mL Vm = 30,96 V3 = 30,95Ml D2 = 0,03 Dm = 0,02 D3 = 0,01 Precisão = 0,0646% FGHI JKLMK *)*(5*)10 N *)*(.010.3 O B) PQRQ Preparação da amostra de MgCO3 Calculo da massa que deve-se pesar para a preparação de 100,0mL de uma solução 0,01mol/l de MgCO3. FGHI SKMJ =*)*(*)*.3()*.3.? T-UVW *)*X0TY XT)5 Massa pesada: 0,1022g 6 José Roberto | Química Analítica II Dosagem da Amostra de MgCO3 (Processo Direto) Metodologia V1 = 24,61mL D1 = 0,01 V2 = 24,59mL Vm = 24,60mL V3 = ---------- D2 = 0,01 Dm = 0,01 D3 = -----7 Precisão = 0,04065% FGHI SKMJ *)*(.T)0*()*.3. .3 José Roberto | Química Analítica II [ \ 6 P) PBPPZ *)*(**1 ] :*)*.3 ] T< *)(**1U ^ *)*X3*0Y U XT)5 *)*X3*0 (** _`) Q`^ *)(*.. Mecanismo cde4f VVaVbA-+$ % =V?L$ ghhhi =A- > j?L$+ % A-+$ :klUmkVm< cde4f nol-pb=A- > j?L$+ % A-+$ % " !' ghhhi =A- > j?L$+ % A-+$ % =A- > "?'+ :klUmkVm< cde4f qrb=A- > j?L$+ % A-+$ % =A- > "?'+ % " !' ghhhi =A- > j?L$+ % =A- > "?'+ :st< cde4f u,vwqrb=A- > j?L$+ % =A- > "?'+ % " !' ghhhi =j?L % =A- > "?'+ :uxoU< 8 José Roberto | Química Analítica II
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