EM 524 – aula 04
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EM 524 – aula 04
EM 524 – aula 04 Capítulo 3 : Propriedades das substâncias puras 4. Equações de estado de um gás ideal; 5. Outras equações de estado; 6. Outras propriedades termodinâmicas de uma substâncias simples compressível; 7. Relações entre propriedades de um gás ideal; O caso especial de um Processo Adiabático para um Sistema Estacionário; Equações de Estado de um Gás Ideal (1) • Válida para substâncias na fase de vapor superaquecido com densidades muito baixas; • Forma comum da equação : P.V = M.R.T; • Onde R é a constante particular do gás e é dado por : R = Ro / Mol (KJ/kg.oC – vide tabela A-7); • Ro é a constante universal dos gases = 8,31434 J/mol.K ou kJ/kmol.K; • Mol = peso molecular da substância; • Escrita na forma de volume espec. e peso espec. : P = RT/v = ρRT; • Pressão e temperatura devem ter valores absolutos nesta equação; • Equação simples (fácil de ser utilizada) e a validade da equação deve ser avaliada; Equações de Estado de um Gás Ideal (2) • Validade da equação de estado de um gás ideal : baixas densidades (altas temperaturas e baixas pressões); • Iremos adotar a seguinte condição para definirmos se a equação pode ser utilizada: Tcr/T > 2 ou P/Pcr < 0,1 e a substância estar na fase de vapor; • Valores de Tcr e Pcr para diversas substâncias podem ser encontrados na tabela A7; • Valores absolutos devem ser usados nestas relações; • Essa regra permite que utilizemos a equação de estado dos gases ideais até a linha de vapor saturado se a pressão estiver abaixo de um décimo da Pcr; Equações de Estado de um Gás Ideal (3) • Exemplo: vapor saturado na pressão de 2 MPa (tsat = 212,42 oC); • P / Pcr = 2 / 22,09 = 0,09; • Tcr / T = (374,14+273,15)/(212,42+273,15) = 1,33; • v = RT/P = (8,314.485,67)/(18.2000) = 0,11217 m3/kg; • Na tabela A1.2 o valor correto seria 0,09633 m3/kg ou 12,6% menor; • A pressões menores a precisão melhora; • Outros autores podem sugerir outras relações de P/Pcr e Tcr/T para sugerirem o uso da equação de estado dos gases ideais. Outras Equações de Estado (1) • Qualquer relação que forneça o comportamento P-v-T de uma substância é chamada de equação de estado; • Nas regiões em que a equação dos gases ideais não é suficientemente precisa outras equações estão disponíveis, e podem ser aplicadas para a substância na faixa de interesse; • Equação x valores tabelados; • Fator de correção da equação de estado : Z = P.v / R.T (Z = fator de compressibilidade – gráfico da fig. A-3); • Outras equações de estado : Van der Walls, Beattie-Bridgman, virial, Redlich-Kwong (tabela A-4); Outras Propriedades Termodinâmicas de uma Substância Simples Compressível (1) • Existem diversas propriedades que iremos utilizar e outras que não são utilizadas em nossos estudos; • Energia interna (U) : medida da energia armazenada, ou possuída pelo sistema, devido a energia cinética microscópica e potencial das moléculas presentes na substância que a constitui (energia interna específica u=U/M); • Entalpia (H = U + PV) : (entalpia específica h = H/M = u + P.v); Outras Propriedades Termodinâmicas de uma Substância Simples Compressível (2) • Calor específico a volume constante (cv) : é a inclinação de uma linha a volume constante de um gráfico u versus T; • Calor específico a pressão constante (cp) : é a inclinação de uma linha a pressão constante de um gráfico h versus T; • São propriedades intensivas e úteis na determinação das variações de energia interna e entalpia; • Razão dos calores específicos (γ) : γ = cp / cv; δu cv ≡ [ ]v δT δh cp ≡ [ ]p δT Outras Propriedades Termodinâmicas de uma Substância Simples Compressível (3) • Condutividade térmica (k) : propriedade relacionada ao transporte de energia na substância (fluxo de calor por unidade de potencial térmico) unidade : W/m.K (Capítulo 8); • Viscosidade dinâmica ou coeficiente de viscosidade (µ) : relacionado ao transporte da quantidade de movimento de um fluido (capítulo 6); Relações entre Propriedades para um Gás Ideal • Medidas experimentais mostram que a energia interna específica de um gás ideal é função apenas da temperatura : δu ]v.dT = cv.dT ⇒ ∫ du = u2 − u1 = ∫ cv.dT δT du = [ • cv é função apenas da temperatura; • Entalpia específica para um gás ideal pode ser escrita como : h = u + p.v = u + R.T , como u é função apenas de T, e R é constante, tem-se que h é função apenas da temperatura; δh ]p.dT = cp.dT ⇒ ∫ dh = h2 − h1 = ∫ cp.dT δT dh = [ • cp é função apenas da temperatura; • Da equação h = u + R.T obtém-se dh = du + R.dT e cp.dT = cv.dT + R.dT, portanto cp - cv = R; • Gases perfeitos : gás ideal com cp e cv constantes; O caso especial de um Processo Adiabático para um Sistema Estacionário • A relação entre P e V para um gás perfeito passando por um processo adiabático reversível em um sistema estacionário. • Definir sistema estacionário como aquele em que os movimentos são desprezíveis, por estas razões variações de Ec e Ep não ocorrem; • Reversível significa que δW = PdV; • Adiabático significa que δQ = 0; • Gás ideal implica que : PV = MRT; du=cv.dT; dh=cp.dT, cp – cv = R; • 1a lei da termodinâmica : δQ – δW = dU, fazendo δQ=0, dU = -P.dV • Desenvolvendo a equação: P1/P2=(V2/V1)γ ou PVγ=cte=P1V1γ=P2V2γ • Integrando a equação do trabalho para um processo adiabático reversível : δW = P.dV temos 1W2 = (P2.V2-P1.V1) / (1 - γ ); • Se o processo for reversível e não adibático podemos usar PVn = cte (processo politrópico e n é o expoente politrópico);
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