iNFo - EESC European Economic and Social Committee
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ISSN 1830-6365 CESE Janeiro de 2007 / 1 INFO Comité Económico e Social Europeu — Uma ponte entre a Europa e a sociedade civil organizada WWW.EESC.EUROPA.EU Programa do novo presidente do CESE para 2006-2008 Editorial A Europa necessita de um «espírito empresarial com rosto humano» Caros leitores, Gostaria de aproveitar esta oportunidade para vos desejar um Feliz Ano Novo. 2007 é um ano com grande significado para a Europa, em geral, e para o CESE, em particular. Para além da adesão da Roménia e da Bulgária, será reatado o debate sobre o Tratado Constitucional durante a presidência alemã. O CESE está pronto, disposto e preparado para desempenhar o seu papel. Em 25 de Março de 2007 teremos igualmente as celebrações do quinquagésimo aniversário da assinatura do Tratado de Roma. O Comité, que conta, na sua composição actual, com um terço de novos membros, após a mudança de mandato em Outubro de 2006, terá não só de se concentrar nas suas tarefas fundamentais e na execução do seu programa para 2006-2008, como também de se manter em contacto constante com os cidadãos europeus e o público por intermédio das suas organizações da sociedade civil. E, por falar em público, vem-me imediatamente à mente o tema da comunicação. O novo presidente, Dimitris Dimitriadis e eu, pessoalmente, consideramos crucial a comunicação sobre a Europa, o Comité e as suas actividades. Os membros do CESE investem muito do seu tempo e da sua energia para dar uma voz àqueles que representam, às organizações da sociedade civil, fazendo tudo o que está ao seu alcance para conseguir que a vida dos cidadãos europeus mude realmente para melhor. Teremos de comunicar cada vez mais fora de Bruxelas e organizar eventos temáticos descentralizados para debater temas fundamentais com as nossas partes interessadas e multiplicar esforços para atrair e granjear a atenção dos meios de comunicação. Isto porque sem os meios de comunicação europeus jamais chegaremos aos lares dos cidadãos comuns, a quem assiste o direito de saber o que fazemos. Em 13 de Dezembro de 2006, durante a reunião plenária do CESE, o recém-eleito presidente Dimitris Dimitriadis apresentou o seu programa e as prioridades da sua presidência para os próximos dois anos. Fez do tema «Espírito empresarial com rosto humano» o elemento essencial da sua acção. principal para fazer face aos riscos da globalização». Não obstante, afirmou que o espírito empresarial «não pode representar um objectivo por si só, mas deve também ter um rosto humano. O seu propósito final é manter o modelo social europeu, um exemplo para outras regiões do mundo, e de o tornar capaz de enfrentar ameaças que derivam não só da concorrência mundial como também das mudanças demográficas». O novo presidente salientou a necessidade de encorajar o espírito empresarial a todos os níveis da sociedade e sob todas as formas, de modo a enfrentar os A Estratégia de Lisboa, um desafios: «Entendo este conceito no seu sentido mais amplo, pois é sinónimo de instrumento importante para ‘sentido de iniciativa’ e diz respeito aos fazer frente à globalização jovens e aos mais idosos, às actividades económicas científicas e de cidadania. Dimitris Dimitriadis apresenta o seu Dimitris Dimitriadis prosseguiu chamanNa esfera económica o empreende- programa de trabalho aos membros do a atenção para a Estratégia de Lisboa, dorismo, sobretudo, constitui a chave do Comité. (continua na p. 2) O CESE criou um Observatório do Desenvolvimento Sustentável A primeira reunião do Observatório do Desenvolvimento Sustentável do CESE teve lugar em 7 de Dezembro de 2006. Este novo órgão foi criado em resposta à estratégia da UE para um desenvolvimento sustentável, adoptada pelo Conselho Europeu de Junho de 2006, na qual se indica que «o Comité Económico e Social Europeu deveria desempenhar um papel activo de modo a que o público participe no processo e nomeadamente funcionado como catalizador favorecendo o debate à escala da UE. O CESE foi convidado a contribuir para o relatório bienal da Comissão e a fornecer uma compilação das melhores praticas dos seus membros». Durante a primeira reunião do Observatório, Dereck Osborn foi eleito presidente. Ulla Birgitta Sirkeinen e Ernst-Erik Ehmark vice-presidentes. O Observatório é composto por 30 membros do CESE, representando vários sectores e grupos de interesse. Após a sua eleição como presidente do Observatório, Osborn declarou que «o desenvolvimento sustentável é considerado na Europa como um objectivo transversal de primeira ordem. No entanto, os instrumentos e medidas desenvolvidas para avançar em matéria de desenvolvimento sustentável não se mostraram, até a data, suficientemente eficazes para conter ou modificar os numerosos factores e pressões que impulsionam as nossas sociedades em direcção não sustentável. «O CESE», acrescentou, «já tem um bom historial em matéria de pareceres, destacando os problemas, examinando-os e apresentando propostas construtivas para avançar. A criação do Observatório permite intensificar os esforços nesse sentido, convertendo-se numa autorizada fonte de informação sobre o estado da sustentabilidade e a não sustentabilidade na União Europeia e sobre (continua na p. 2) Jillian van Turnhout Vice-presidente do Comité Económico e Social Europeu e presidente do Grupo da Comunicação A sessão inaugural do novo Observatório do Desenvolvimento Sustentável, com o respectivo presidente, Derek Osborn, no meio. NESTA EDIÇÃO AGENDA • Visite o Comité — O número de visitantes do Comité aumenta sem cessar! p. 2 • Investigação, desenvolvimento e inovação — O potencial da Europa p. 3 • «A nossa Europa, o nosso debate, a nossa contribuição»: uma iniciativa inovadora para chegar aos cidadãos p. 3 • Em Cracóvia, o CESE estuda o futuro dos transportes públicos p. 4 • Berlim 24 a 26 de Janeiro de 2007: reunião da Secção Especializada NAT no âmbito da Semana Verde • Bruxelas, 29 de Janeiro de 2007: «Discurso sobre a Europa: uma alma para a Europa» com Daniel Barenboim, José Manuel Barroso, o novo presidente do Parlamento Europeu e Dimitris Dimitriadis CESE-INFO / Janeiro de 2007 / 1 O CESE mantém vivo o diálogo entre a EU e a sociedade civil turca No âmbito dos trabalhos do Comité Consultivo Misto UE- -Turquia (CCM), composto por representantes do CESE e da sociedade civil turca, o grupo de contacto UE-Turquia reuniu-se a 7 de Dezembro de 2006 em Bruxelas para examinar as relações entre a UE e a Turquia e os futuros trabalhos do CCM. As relações entre a UE e a Turquia entraram numa fase difícil desde a publicação das recomendações da Comissão Europeia ao Conselho que visam travar as negociações de oito pontos e a não concluir nenhum enquanto a Turquia não cumprir os compromissos do protocolo adicional do Acordo de Ancara. Contudo, o Notícias dos membros Boas-vindas aos membros búlgaros e romenos grupo de contacto UE-Turquia centrou-se na importância de manter vivo o diálogo entre as sociedades civis europeia e turca, e em continuar a trabalhar em questões fundamentais para ambas as partes. «A proposta da Comissão Europeia de travar as negociações de oito pontos é uma má notícia, mas não significa que tudo esteja em ponto morto», salientou Bryan Cassidy (Grupo dos Empregadores, RU), vice-presidente do CCM. E acrescentou: «Vinte e sete pontos podem ainda ser abertos e negociados, em particular os pontos sobre a política social e de emprego, sobre as empresas e a política industrial e também sobre a cultura e educa- ção, de especial interesse para o CCM. Ainda há muito trabalho para efectuar e a sociedade civil de ambas as partes pode desempenhar um papel fundamental para a transmissão de uma imagem positiva do processo de alargamento.» O grupo de contacto também adoptou o programa de trabalho da próxima reunião do CCM, que se realizará em Bruxelas em 1 e 2 de Março de 2007. Esse programa incidirá principalmente nos direitos sindicais, nos direitos das mulheres, na Estratégia de Lisboa e nas políticas em matéria de vistos. Visitar o Comité — O número de visitantes do Comité aumenta sem cessar Todos os anos, o CESE acolhe um grande número de visitantes que vêm descobrir como funciona e que papel desempenha no processo de decisão da União Europeia. Em 2006, o Comité recebeu 326 grupos de visitantes, o que equivale aproximadamente a 9 500 pessoas. Em comparação com os 7 500 visitantes de 2005, houve um aumento de quase 27% num só ano! As apresentações feitas aos grupos de visitantes estão a cargo de funcionários, agentes ou membros do Comité. Sem esta participação de carácter voluntário seria impossível acolher estes visitantes. Em 2006, mais de 70 funcionários e agentes e mais de 50 membros do Comité incumbiram-se desta tarefa. Os oradores foram, por conseguinte, mais numerosos que no ano anterior. tos europeus. Em 2006, quase metade dos pedidos de visitas partiu de grupos de estudantes. O serviço de visitas é um dos instrumentos de comunicação do CESE. Os encontros entre oradores e visitantes são não só muito enriquecedores para os segundos como também muito profícuos para os primeiros. O acolhimento de visitantes enquadra-se, deste modo, perfeitamente na função do CESE de ponte entre os cidadãos e a sociedade civil organizada. Os grupos de visitantes são constituídos, sobretudo, por representantes de várias organizações e associações da sociedade civil. Também são muito activos os vários estabelecimentos de ensino e associações de estudantes, especialmente os estudantes especializados em assunEm 1 de Janeiro de 2007, a União Europeia acolheu dois novos membros: a Bulgária e a Roménia. Os dois países enviam respectivamente 12 e 15 membros para o CESE o número total dos membros do novo Comité alargado passa a ser 344. Para familiarizar os novos conselheiros com o Comité uma reunião de boas-vindas foi organizada para o início de Janeiro. Alguns membros já estão familiarizados: trabalharam durante vários anos nos comités consultivos mistos instaurados entre o CESE e a sociedade civil organizada dos dois países para acompanhar o processo de adesão da UE. Medalha de Cruz de Mérito para Gabriel Sarro Ipaguirre (continuação da p. 1) a qual descreve como o instrumento mais importante que a União Europeia dispõe para fazer frente à globalização, e reafirmou que o Comité irá contribuir durante o seu mandato para o sucesso deste método e irá apoiar todas as iniciativas europeias relacionadas. Evocou, igualmente, o desenvolvimento sustentável e a protecção do ambiente como sendo objectivos políticos estreitamente vinculados à Agenda de Lisboa. Neste contexto, o novo presidente citou o exemplo do novo Observatório do Desenvolvimento Sustentável que o Comité acaba de criar na sequência da missão atribuída pelo Conselho Europeu. No âmbito das relações externas, Dimitris Dimitriadis reconheceu que o papel institucional do Comité é limitado. «Graças aos nossos constantes contactos com os parceiros externos à UE, podemos ser um interlocutor da política oficial da UE», salientou. Destacou a importância dos contactos bilaterais do CESE com dois países que se encontram entre as economias de maior crescimento do mundo: a China e a Índia. Por fim, reafirmou o apoio incondicional do Comité aos princípios, aos valores e ao conteúdo do Tratado Constitucional Europeu. Intervindo após a exposição do novo presidente do CESE, Henri Malosse, presidente do Grupo dos Empregadores, declarou que a política energética europeia constitui uma prioridade urgente e defendeu uma Europa que possa avançar. Mário Sepi, presidente do Grupo II, concordou com os aspectos sociais do programa do presidente e sublinhou que seria conveniente relançar o diálogo social. O presidente do grupo Interesses Diversos, Staffan Nilsson, afirmou que a comunicação permanece um grande desafio, apelando para uma globalização com rosto humano. (continuação da p. 1) as medidas necessárias para melhorar a sustentabilidade no futuro». Gabriel Sarró Iparraguirre com Mme Elena Espinosa Mangana, ministra da Agricultura, Pesca e Alimentação. O Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação de Espanha atribuiu, terça-feira 12 de Dezembro, a Gabriel Sarró Ipaguirre, uma medalha de Cruz de Mérito no âmbito da pesca em reconhecimento da sua carreira profissional e dos seus trabalhos no CESE. O Observatório decidiu centrar-se, em 2007, na alteração climática, na energia limpa e em questões ligadas a estes dois temas, tais como o consumo e a produção sustentáveis. O facto de estabelecer estas prioridades permitirá ao Observatório o fornecimento, no início da Primavera de 2007, da contribuição da sociedade civil para o relatório de situação da Comissão sobre a estratégia da UE para o desenvolvimento sustentável. Durante a sessão inaugural, Marcel Haag, representante da Comissão Europeia, aplaudiu a criação do Observatório. O Observatório tem a intenção de colaborar estreitamente com a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu e com as partes interessadas. CESE-INFO / Janeiro de 2007 / 1 Investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação — O potencial da Europa O desenvolvimento da excelência científica e técnica como forma de potenciar a competitividade económica é um requisito essencial para assegurar o futuro da União Europeia. A Europa tem agora de tomar consciência da sua tradição de espaço líder em investigação e inovação e dinamizá-lo. Para tal é necessário promover com mais ênfase as capacidades dos cidadãos, aumentar consideravelmente os investimentos em investigação e desenvolvimento, melhorar a sua eficiência, reforçar Gerd Wolf, o relator do a capacidade e disponibilidade CESE de inovação da indústria e, ainda, eliminar os obstáculos existentes. A presidência alemã solicitou ao CESE que examinasse o assunto em epígrafe num parecer exploratório. O documento sobre o tema «Libertar e reforçar o potencial de investigação, desenvolvimento e inovação na Europa», preparado por G. Wolf, sugere que para atingir este objectivo é importante que haja na sociedade um clima favorável ao progresso, em que esta ideia se possa concretizar plenamente. Isto implica familiarizar mais os cidadãos com a ciência e a tecnologia, dar a conhecer às crianças e aos jovens os seus benefícios, criar condições jurídicas, administrativas e financeiras adequadas para tornar mais atractivo e interessante o investimento e incentivar a indústria, sobretudo as pequenas e médias empresas a terem uma atitude inovadora e a investirem na investigação e no desenvolvimento. Segundo o CESE dever-se-á dar especial destaque à mobilidade recíproca entre o meio académico e as empresas. Conviria sobretudo introduzir um novo e atractivo regime de mobilidade e um sistema de bolsas A investigação irá ter um papel-chave no futuro económico da Europa. de estudo que associasse o meio académico e o mundo empresarial, tendo por objectivo a transferência do conhecimento e a formação inicial e contínua. No seu parecer exploratório o Comité declara que o contributo comunitário de cerca de 2% para a investigação e o desenvolvimento não é suficiente para que o programa em curso possa funcionar plenamente como alavanca e lograr o nível de crescimento necessário dos inves- novos eléctricos, uma frota de autocarros modernizada, estações renovadas, sinalização de prioridade de saída para os eléctricos e autocarros em vias distintas, juntamente com uma administração e exploração reorganizadas dos transportes públicos. Quase 90% dos custos são cobertos pela venda de bilhetes, tendo em conta que não há reembolso dos descontos de tarifas introduzidos pelo estado no transporte urbano, por exemplo, para jovens, aposentados ou soldados. Para finalizar, a MPK SA começou a disponibilizar serviços na mesma área, como a manutenção ou a produção de instrumentos de transportes especializados para outras empresas de transporte, gerando, assim, novas fontes de rendimento. Em 2005, a MPK SA celebrou o seu 130.º aniversário, data que foi marcada por programas de investimento impressionantes e vários novos serviços. A perspectiva europeia O Comité apoia um transporte público regional forte e eficaz Os transportes públicos de Cracóvia cobrem quase a totalidade dos seus custos A reunião incluiu apresentações pelos decisores locais e troca de ideias. Deste modo, obteve-se uma visão aprofundada dos aspectos práticos das decisões políticas e económicas que foram tomadas para se atingir este sucesso. A empresa municipal de transportes públicos de Cracóvia (MPK SA) demonstrou que, embora os recursos financeiros fossem limitados, a companhia estava a ser bem sucedida na manutenção, modernização e melhoramento dos serviços de transportes públicos, com a participação de grupos ambientalistas e de planeamento de transportes independentes. Está em funcionamento uma rede muito densa e compacta, que inclui O CESE considera que o direito comunitário em matéria de auxílios estatais deveria ser concebido de forma a encorajar os Estados-Membros, a dar-lhes liberdade de acção para promoverem mais e mais eficazes projectos de investigação e desenvolvimento, numa articulação entre as universidades, os centros de investigação e o sector empresarial, e a desburocratizarem os procedimentos. Acresce que o direito financeiro de cada Estado-Membro deveria permitir maior flexibilidade na adequação dos meios afectados às características de cada projecto. O CESE estuda o futuro dos transportes públicos em Cracóvia A cidade de Cracóvia pode servir como um excelente exemplo para a transformação bem sucedida dos transportes públicos num serviço eficaz, moderno, amigo do ambiente e amplamente aceite pelos passageiros. Daí que o grupo de estudo do CESE sobre a Situação do transporte público de passageiros e do transporte ferroviário regional de passageiros na Europa e principalmente nos novos Estados-Membros tenha realizado aí a sua terceira reunião. timentos. A percentagem do apoio comunitário deveria ser aumentada para aproximadamente 3% quando da revisão do orçamento da UE, em 2008. O CESE observa com preocupação o enorme declínio tanto da oferta, como do uso dos transportes públicos locais e do transporte ferroviário de passageiros local e regional. Este declínio não se limita aos 15 Estados- -Membros mais antigos, mas está também a aumentar rapidamente em particular nos novos Estados-Membros. No entanto, o exemplo do sistema de transportes públicos de Cracóvia mostra que esse declínio não é uma fatalidade. O CESE considera que as instituições europeias, os Estados-Membros e as autoridades locais têm responsabilidades nesta área. Devem introduzir melhorias no transporte público de passageiros (rodoviário ou ferroviário) através de medidas políticas, reguladoras e de planeamento. Têm de ser disponibilizados recursos financeiros adequados e, ao mesmo tempo, deve-se evitar investimentos concorrentes que promovam em demasia o transporte em automóveis privados. Tendo em conta que a coope- O CESE pensa que os esforços desenvolvidos para criar uma patente comunitária deveriam começar a dar frutos e crê na necessidade de uma articulação mais efectiva entre os pilares do ensino, da investigação e da aplicação produtiva. Por isso, congratula-se com os planos para a criação de um Instituto Europeu de Tecnologia (IET). O progresso e a inovação permanente assentam não só na ciência e na técnica e na motivação das partes envolvidas, mas também em modelos sociais inovadores e métodos de gestão correctos. Trata‑se de, em função das aptidões, capacidades e potenciais criativos, proporcionar as melhores oportunidades para as pessoas desenvolverem os seus talentos e terem iniciativa própria. Estas são questões importantes da investigação social, da economia empresarial e, em geral, da cultura de gestão. Criação do Comité de Acompanhamento UE-Croácia da sociedade civil Durante a reunião plenária de Dezembro, o CESE ratificou a constituição do Comité de acompanhamento UE-Croácia da sociedade civil. Este órgão conjunto que reúne as organizações da sociedade civil e membros do CESE tem por objectivo oferecer à sociedade civil a possibilidade de participar no processo de estabilização e de associação e de avaliar as negociações de adesão entre a Croácia e a União Europeia. Os membros que o compõem são W. Klasnic e G. Frerichs do Grupo dos Empregadores, M. Roksandic e O. Derruine do Grupo dos Trabalhadores e A. M. Sigmund e L. Jahier do Grupo Interesses Diversos. A criação deste órgão conjunto responde a um dos objectivos das conclusões do Fórum da sociedade civil dos Balcãs Ocidentais, organizado em Março de 2006 pelo CESE. ração entre o sector privado e o sector público é imperativa, convém que se clarifiquem os requisitos legais sobre as normas de qualidade e se criem os instrumentos de apoio e aconselhamento necessários. Internalizar os custos externos no sector dos transportes e tomar medidas para orientar a escolha do meio de transporte através do mecanismo dos preços (impostos sobre os veículos automóveis, impostos sobre o combustível, tarifas de estacionamento, taxas rodoviárias) são condições básicas essenciais para travar o declínio dos transportes públicos. É necessária uma transformação abrangente com vista a alargar a oferta de serviços, obter integração, aumentar a procura e elevar o grau de recuperação dos custos no sector dos transportes públicos. CESE-INFO / Janeiro de 2007 / 1 «A nossa Europa, o nosso debate, a nossa contribuição»: uma iniciativa inovadora para chegar aos cidadãos A «European House» (Casa Europeia) é uma organização da sociedade civil húngara baseada em Budapeste, cujo director é Miklós Barabás, membro do CESE desde 2004. Em cooperação com quatro outras organizações da sociedade civil da Áustria, da Eslováquia, da Eslovénia e da Itália a EH coordena um projecto de sociedade civil chamado «A nossa Europa, o nosso debate, a nossa contribuição». O lançamento do projecto com os parceiros austríacos, eslovacos, eslovenos, italianos e húngaros. O projecto assenta em grande medida nas ideias do «Plano D» lançado pela Comissão Europeia: promove o diálogo quotidiano e directo entre cidadãos, ONG e instituições da UE e nacionais, incluídos parlamentos e governos. A especificidade do projecto reside na sua abordagem regional; a Áustria, a Eslováquia, a Eslovénia, a Hungria e a Itália têm muito em comum mas viveram uma história muito diferente. O projecto dá especial atenção a informar o público em geral sobre o impacte de várias das políticas da UE na vida quotidiana dos cidadãos e, ao mesmo tempo, provoca debates através dos quais os cidadãos podem exprimir as suas preocupações, opiniões e propostas sobre os assuntos europeus, com isso reduzindo o hiato entre os cidadãos e a Europa e construindo pontes entre ambos. Os elementos do projecto respeitam as características nacionais, mas, ao mesmo tempo, vão para além da visão nacional e salientam a importância do valor acrescentado europeu do «projecto europeu» comum. Tendo por grupos-alvos os jovens, as organizações da sociedade civil, os deputados nacionais e do Parlamento Europeu, os professores, os gabinetes de informação da UE, o poder local e regional, as associações culturais, os artistas, os jornalistas e os meios de comunicação social, «A nossa Europa, o nosso debate, a nossa contribuição» procuram consciencializar mais o público da importância da aposta europeia, em geral, e do significado da intervenção e da participação dos cidadãos em dar forma às políticas europeias, em particular. Em relação com isto, incentivará os cidadãos a apresentar, de modo não convencional, pontos de vistas, opiniões e propostas sobre um projecto europeu amigo dos cidadãos, ao mesmo tempo que promoverá a sua participação em dar forma às políticas europeias. É também objectivo do projecto fazer surgir um novo perfil público amigo do cidadão relativamente ao significado das instituições europeias através da invenção e da aplicação de novos e inovadores instrumentos de comunicação ao serviço de uma campanha pública aberta, ampla e inclusiva em favor das ideias do projecto europeu. Colaboração mais estrita entre a Comissão e a Secção TEN O novo presidente da Secção TEN encontrou- -se com o J. Barrot, vice- -presidente da Comissão responsável pelo sector dos Transportes, em 28 de Novembro de 2006. O vice-presidente confirmou ao novo presidente a sua vontade de trabalhar em colaboração reforçada com o Comité em geral, e nomeadamente com a secção TEN. Durante o encontro propôs ao Comité a elaboração de dois pareceres exploratórios que contribuirão para o programa de trabalho da Comissão. Trata-se da elaboração de um parecer sobre «Os pontos de estrangulamento nas áreas do transporte» e um segundo sobre «O perfil energético no sector do transporte». J. Barrot participará na reunião plenária do mês de Março aquando a adopção do parecer sobre «A avaliação intercalar do livro branco sobre a política de transporte». NOTÍCIAS BREVES Presidente Dimitris Dimitriadis recebido pelo presidente José Manuel Barroso O presidente da Comissão Europeia recebeu o novo presidente Dimitris Dimitriadis, em 6 de Dezembro de 2006, para uma primeira troca de impressões. Os dois presidentes debateram o papel do Comité e a contribuição da sociedade civil organizada para as políticas europeias, nomeadamente no que diz respeito à política de energia e alterações climáticas. O novo presidente Dimitris Dimitriadis exprimiu a vontade do Comité de dar maior prioridade aos pareceres de acordo com a agenda política da União. Convidou o presidente da Comissão a efectuar uma visita ao Comité e a falar durante a reunião plenária na Primavera de 2007. O CESE e a Comissão vão em breve iniciar negociações sobre uma adenda ao protocolo de cooperação das duas instituições, sobretudo no âmbito da política de comunicação. Cooperação com o CES francês Em 19 de Dezembro, J. Tóth encontrou-se também com A. Piebalgs, comissário responsável pela Energia, para manter as boas relações de cooperação existentes e identificar novos sectores de colaboração. Em 2006, após pedido do comissário A. Piebalgs, o CESE adoptou dois pareceres exploratórios, um sobre a eficiência energética e outro sobre uma estratégia de optimização do aprovisionamento energético. O presidente, Dimitris Dimitriadis, reuniu-se com o presidente Jacques Dermagne, para debater, em particular, as relações de cooperação entre os CES a nível europeu e internacional e os trabalhos realizados em conjunto no âmbito da rede dos CES sobre a Estratégia de Lisboa renovada; tendo, em seguida, tido ocasião de responder às muitas questões postas pelos membros da Mesa do CES francês. No início da tarde, participou numa reunião com os membros franceses do CESE e com os membros da delegação para a União Europeia do Conselho Económico e Social francês, chefiada pela presidente, Evelyne Pichenot, membro do CESE, que apresentou os trabalhos em curso. Foram identificados diversos assuntos para os quais a secção TEN poderia dar um valor acrescentado e suscitar um debate na sociedade civil organizada. Por exemplo a aplicação de uma política energética eficaz para os cidadãos ou a contribuição da sociedade civil organizada para uma estratégia «emissão zero» As categorias «Agricultores» e «Consumidores/Ambiente» do CESE elegem os seus líderes CESE-INFO / Janeiro de 2007 / 1 O CESE-Info pode ser obtido gratuitamente em formato elec‑ trónico junto do Serviço de Imprensa do Comité Económico e Social Europeu. Existe em 20 línguas. É publicado nove vezes por ano. O CESE-Info não pode ser considerado o relato oficial dos trabalhos do CESE, que se encontra no Jornal Oficial da União Europeia e noutras publicações do Comité. A reprodução — com menção do CESE-Info como fonte — é autorizada (mediante envio de cópia ao redactor). Tiragem: 30 000 exemplares O próximo número sairá em Fevereiro de 2007 Em 13 de Dezembro, a Categoria «Agricultores» do CESE, constituída por representantes do sector agro-alimentar, reconfirmou Seppo Kallio (Grupo ΙII, Interesses Diversos, Finlândia) como porta-voz e elegeu Johann Költringer (Grupo Ι, Empregadores, Áustria) vice-presidente para os próximos dois anos. No mesmo dia, a Categoria «Consumidores/ -Ambiente» reconfirmou Inger Persson (Grupo ΙII, Interesses Diversos, Suécia) e Dick Westendorp (Grupo ΙII, Interesses Diversos, Países Baixos) ambos na qualidade de porta-voz para os dois próximos anos. QE-AA-07-001-PT-N Chefe de redacção • Karel Govaert Redactores adjuntos • Christian Weger • Agata Berdys • Agnieszka Nyka • Sabine Pierrel • Lampros Kontogeorgos Endereço • Comité Económico e Social Europeu Edifício Jacques Delors, Rue Belliard, 99, B‑1040 Bruxelles Tel.: (32‑2) 546 93 96/546 95 86 Fax: (32‑2) 546 97 64 Correio electrónico: [email protected] Internet: http://www.eesc.europa.eu/ Uma versão deste boletim em formato PDF está dis‑ ponível no sítio Internet do CESE. Consultar: http://www.eesc.europa.eu/activities/ press/eescinfo/index_fr.asp.
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