בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
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בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D ע ֽ ֹזבּו׃ ֲ ַֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת ָ ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino). Mishlei (Provérbios) 4:2 Shabat Shalom! Parashá Pin’hhas - 21 de Tamuz de 5770 (03/07/2010) Ano - 4 N-160 Dedicada à elevação da alma do Rabbi Mordechai Eliyahu ben Mazal ZTK”L 5689-5770 (1929-2010) Eis que lhe dou o Meu pacto de paz (Bamidbar 25:12) ית'י ׁשָ ֽלֹום׃ ִ ת־ּב ִר ְ ֶֹתן ל* ֹו א , ֵ י נ.[ ִהנְ ִנ...] Esta Parashá inicia-se contando o ato heróico de Pin'hhas que salvou seu povo de ser exterminado e, por fim, foi recompensado por D-us com o sacerdócio. Mas a Torah utiliza a expressão “et beriti Shalom – meu pacto de paz”, uma vez que a paz é um sinal dos cohanim, conforme diz o pirkei abot sobre Aharon: “oheb shalom ve rodef shalom – amava a paz e perseguia a paz”. Nossos sábios nos ensinam que D-us age medida por medida, segundo os atos da pessoas. Logo, já que o ato de Pin'hhas é um ato de bravura e força (perfurar os dois pecadores), algo distante da paz, como entender que D-us o recompense com paz? Dos versículos da Parashá, depreendemos que toda a motivação de Pin'hhas era em nome dos Céus, sem misturar nele qualquer sentimento ou interesse pessoal. Era um sentimento puro, sem ódio ou vingança. Ele o fez tão somente porque o que estava acontecendo era contra a vontade divina, uma profanação pública do nome de D-us. Logo, Pin'hhas foi ágil em defender a honra divina somente, conforme D-us atesta (ib. 25:11): [...] “pois foi zeloso com o Meu zelo no meio deles [...]”. Por isso este ato foi tão admirado e estimado por D-us. Daqui entendemos que D-us havia-Se zangado muito com o povo, e uma praga se iniciara. Mas, ao agir desta forma, Pin'hhas devolveu a paz entre D-us e Seu povo e não há nada maior que a paz entre D-us e Israel. Desta forma, D-us agiu medida por medida ao dar o sacerdócio a Pin'hhas, pois, ao oferecer o sacrifício de alguém, o sacerdote faz a paz entre D-us e o pecador. Daqui nossos sábios tiram uma importante lição. Quando formos, por exemplo, admoestar alguém por algum ato falho que esteja cometendo, a pessoa deve levar em conta a forma como vai admoestar, verificando se é justa a crítica e se não a estamos contaminando com juízos pessoais, se não descarregando nossas frustrações, etc. Não estou querendo demonstrar que sou melhor (orgulho)? Devemos agir como Pin'hhas, única e exclusivamente em nome dos Céus, para que não percamos a recompensa [da crítica] pelo prejuízo causado [um novo erro]. Como exemplo, podemos citar alguém que chama a atenção acintosamente de outro que esteja conversando na sinagoga, causando embaraço. Envergonhar outro em público já é algo grave. Mais graves são as conseqüências, pois, quase sempre, a pessoa advertida retruca e se inicia uma briga, ou passa a fazer lashon hará e/ou futricas e fofocas, continuando num mau caminho e ainda atrapalhando os outros. Qual foi a utilidade desta admoestação? Em vez de um pecado (falar durante as rezas, da leitura da Torah ou do discurso de um rabino) temos agora vários outros e aumentando em escala exponencial [quem não estava falando é atiçado pela má inclinação e quer comentar sobre o ato ocorrido, tentando julgar o caso e/ou “tomar partido” de um dos lados]. Este passa a ser o assunto do momento e a reza fica em segundo plano. Em todos os casos, a paz deve ser buscada, conforme consta (Mishlei 3:17): “Os seus caminhos (da Torah) são caminhos agradáveis, e todas as suas veredas são paz”. Se a intenção é em nome dos Céus apenas, não agiríamos desta forma, senão nos auto-avaliaríamos primeiro e verificaríamos a melhor forma de proceder e, no caso, resguardar a honra da sinagoga, que é um lugar consagrado para falarmos com D-us, e não um mero botequim... Se advertirmos sem critério e estabanadamente, perderemos a credibilidade e, quando formos fazê-lo sinceramente, não seremos escutados. O zelo é, de fato, uma característica boa, mas que deve ser usada com parcimônia e em situações específicas (e quiçá distantes). Não se deve acostumar a trilhar este caminho, pois, a partir do momento em que o zelo não é exclusivo a D-us, Ele não deseja este zelo nem suas conseqüências. Aprendemos isso de Eliyahu Hanabi, pois D-us não desejou a profecia de alguém que fazia acusações ao povo de Israel, conforme consta (Melachim Alef 19:14-16): Respondeu ele: “Tenho sido muito zeloso pelo Senhor, D-us dos exércitos; porque os filhos de Israel deixaram o teu pacto, [...] e eu, somente, fiquei, e buscam a minha vida para tirarem. Então o Senhor lhe disse: [...] bem como a Elishá, filho de Shafat [...] ungirás profeta em teu lugar”. Eis por que a Torah diz (Vaicrá 19:15-17): “Não farás injustiça no juízo; [...] mas com justiça julgarás o teu próximo. Não andarás como mexeriqueiro [...]; nem conspirarás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor. Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e não levarás sobre ti pecado”. Sobre este versículo, a Torah usa a expressão: “Hocheahh Tochiahh et amitecha velô tissá alav hhet”. Nossos sábios ensinam que a Torah usa duas palavras (Hocheahh Tochiahh) para nos ensinar que devemos, antes, nos avaliar para, então, admoestar alguém. Só assim que se cumpre a continuação do versículo: “e não levarás sobre ti pecado”. Adaptado dos ditos do Rishon Letsion Rabbi Obadya Yossef Shlita (Halachayomit.co.il) Por Jaime Boukai Resumo da Parashá – Pin’hhas /Livro Bamidbar (Números) 25:10–30:1 O neto de Aharon, Pinhhas, é recompensado por seu ato de extrema dedicação ao matar o príncipe shim´onita Zimri ben Salú e a princesa midianita Kozbi bat Tsur: Hashem lhe concede um pacto de paz e o sacerdócio (até então, só os filhos de Aharon que foram ungidos eram Cohanim). Um censo conta 601.730 homens entre as idades de 20 e 60 anos (Hashem conta o povo após a praga que matou 24 mil pessoas e que encerrou após o ato de Pinhhas – mostrando seu amor pelo povo). Os Leviim somam 23 mil com idade de um mês em diante. Eles não foram contados com o resto do povo, pois não receberiam terras na divisão. Moshê é instruído a dividir a terra por sorteio entre as tribos (mais para as maiores e menos para as menores – baseado no censo feito). Nenhum dos contados agora haviam sido contados no Sinai. As 5 filhas de Tselofhhad pedem a Moshê que lhe seja concedida a porção da terra pertencente ao seu pai, que faleceu sem filhos homens; D-us aceita o pedido e o incorpora nas leis de herança da Torah. Hashem manda Moshê subir o monte Arabim para ver a terra de Israel, uma vez que ele não entraria Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br! BS “D nela. Moshê pede, então, um sucessor para guiar o povo e Yehoshua é indicado. A Parashá conclui com uma detalhada lista de sacrifícios diários e adicionais (trazidos no Shabat, Rosh Hhodesh – primeiro dia do mês – e as festas de Pessahh, Shabuot, Rosh Hashaná, Kipur, Sucot e Shemini Atseret). Por Jaime Boukai Curiosidade da Semana: A Importância de Cada Judeu Nesta Parashá, lemos que D-us ordenou a Moshê que fizesse um censo sobre o povo, após a praga que matou 24.000 pessoas por conta da corrupção praticada pelas filhas de Moab e Midian. Segundo Rashi, esta contagem é exemplificada “pelo caso de um pastor cujo rebanho foi atacado por lobos, que mataram, e ele contou para saber o número dos que sobraram”. Assim, isto é um sinal de amor do Eter-no pelo povo, e Ele está fazendo um inventário sobre o número de pessoas que permaneceram da praga. Este censo, contudo, traz um dado estranho: a tribo de Binyamin, o qual teve 10 filhos, totalizou 45.600 homens maiores de 20 anos, enquanto que a tribo de Dan, que só teve um filho, contou 64.400 homens... Seria de se esperar que a família de Dan fosse menos numerosa que a de Binyamin, particularmente se considerarmos que o único filho de Dan, Shuhham [em Bereshit (46:23), seu nome é apresentado como Hhushim], era surdo. Rab Pam (Rabbi Avraham Yaakov Pam, 1913 – 2001) levantou a questão sobre o que podia ter passado pela cabeça de Dan ao trazer para a tenda de seu pai, Yaakob Abinu, um único filho, uma criança especial, enquanto seus irmãos traziam vários filhos... Ele deve ter pensado sobre o que o futuro lhe reservava (ou que não lhe reservava!), em face de ter apenas um filho portador de necessidades especiais. É verdade que Hhushim ben Dan ficou famoso por ter sido quem matou Esav, mas praticamente não se ouve mais sobre ele após este episódio… Assim, o Hhafets Hhaim (Rabbi Yisrael Meir Kagan) vem apontar que do filho único e surdo de Dan vieram 64.400 descendentes, enquanto que dos 10 filhos de Binyamin vieram 45.600, e isto vem ensinar-nos que não podemos tentar predizer os desígnios de D-us! Não nos podemos permitir estimar o que advirá no futuro, seja diante de uma situação boa ou não, afinal é Hashem Quem está no controle! Exemplo claro refere-se à história de Hhanuká, quando alguns poucos foram capazes de derrotar muitos, em uma situação evidentemente contrária a todas as chances lógicas. Neste sentido, o Hhafets Hhaim nos traz uma grande lição de bitahhon (confiança plena) em D-us, sabendo que Ele pode “quebrar todas as regras”. Ao mesmo tempo, temos uma importante lição para as pessoas que têm crianças especiais, mostrando que grandes descendentes podem vir de pessoas portadoras de necessidades especiais. E isto deve trazer força e coragem ao percebermos que o bem pode advir por meio de cada um e um Judeu. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch) O Significado Da Oração E Razões Para Rezar O objetivo principal da oração é se aproximar de D-us. Somos ordenados a servir a Ele todos os dias. Embora possamos servir a D-us de muitas formas, a principal está na oração, onde a pessoa pode conversar intimamente com D-us com toda sua atenção e emoção. Ela pode tomar muitas formas desde que forneça uma forte relação entre homem e D-us. Pode consistir em pedir para que nossas necessidades sejam cumpridas ou de agradecê-Lo por estar passando bem. A tradição judaica ensina que devemos louvar a D-us antes de pedir, e o correto é pedir as coisas pequenas antes de pedir as maiores. Nós não rezamos para lembrar a D-us de nossas necessidades, e sim para lembrar a nós mesmos da dependência que temos dEle. Devemos agradecer por tudo, pois tudo vem dEle. O ato de rezar eleva a consciência da pessoa por D-us e a torna merecedora do bem que Ele quer dar. A oração também pode levar uma pessoa aos mais altos níveis de perfeição espiritual e é assim que os justos alcançam a grandeza. É através da oração que, literalmente, nos conectamos a D-us. “E O sirvais com todo vosso coração e toda vossa alma” (Yehoshua 22:5). A oração é um serviço do coração. Sem a intenção sincera, é como um corpo sem alma. Como não temos o Templo Sagrado, a oração fica no lugar dos sacrifícios, como exclama o profeta (Hoshea 14:3): “perdoa toda iniqüidade, aceita o que é bom e em vez de novilhos os sacrifícios de nossos lábios”. Rezando, reconhecemos nossa dependência absoluta por D-us e podemos, então, chegar mais perto dEle e tirar todas as barreiras que nos impedem de receber o bem que Ele deseja nos dar. Devemos cuidar, também, para cumprirmos a Halachá, porque entre a santidade e o profano a distância pode ser um fio de cabelo. Que D-us nos ilumine para fazermos o bom aos Seus olhos. (Site da Aish Brasil) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch) Pérolas da Parashá: Depois de D-us informar a Moshê que ele não liderará o povo na entrada da Terra de Israel, Moshê pede um sucessor apropriado. D-us o instrui a preparar Yehoshua, “um homem com espírito dentro dele”, e para colocar sua mão sobre a cabeça dele. A mão de Moshê se torna um condutor para canalizar seu poder espiritual a Yehoshua. A Torah descreve como Moshê colocou ambas as mãos sobre a cabeça dele. Rashi, famoso comentarista da Torah, chama nossa atenção para esta discrepância. A mão mais forte e dominante é a direita. Esta mão é chamada yad hegedolah, “a grande mão”. Quando D-us instrui Moshê para colocar sua mão sobre Yehoshua, presumimos que isto se refere à mão direita. Na Kabalah, aprendemos que a direita representa a bondade. Colocando sua mão direita sobre ele, Moshê canaliza sua própria bondade em Yehoshua. Apesar de a bondade ser um fator essencial na liderança, ela não pode acontecer sozinha. Um líder deve saber o momento de restringir. Assim, Moshê também colocou sua mão esquerda, que representa a severidade, para que a liderança de Yehoshua fosse aperfeiçoada. (Baseado nos ensinamentos da Kabalah) Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch) Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David Cagy ben Messodi. Em memória e elevação das almas de Alberto Mograbi Ben Azuze, Calef Zavaro Ben Alegria, Bahie Levy Bat Suri, Eliahu Nuriel Mizrahi Ben Lulu, Elisa Babayof Nigri Bat Sarah, Sofia Bergman Bat Chulem, Victor Elias Nigri Ben Miriam, Saed Balassiano Ben Miriam, Marieta Kalili Bat Hissen, Alberto Bagdad Ben Sarah, Esther Nigri Ohaiôn Bat Nahime, Isaac David Balassiano Ben Saniar, Pauline Hadid Balassiano Bat Simha, Rachel Kayat Bat Sara, Sarina Salomão Bat Chassen e Victória Behor Nigri Mansur Bat Sara. A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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