N320-Êkeb 5773

Transcrição

N320-Êkeb 5773
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Êkeb – 20 de Ab de 5773 (27/07/2013)
‫ְמי ְַסּ ֶ ֽרךָּ ׃‬
‫) ֶקי‬-‫א‬
ֱ '‫ת־בּנ ה‬
ְ
ֶ‫כּאֲשֶׁ ר יְ י ֵַסּר ִאישׁ א‬
ֽ ַ ‫ִכּי‬
Ano-7 N-320
‫ם־לבָ ֶב‬
ְ
‫וְ יָ ֽ ַ ד ְע ָתּ ִע‬
“E saberás em teu coração que, como um pai castiga seu filho, assim te castiga o Eter-no, teu
D-us.” (Debarim 8:5)
Entre os assuntos discutidos nesta Parashá, encontra-se o tema de “yissurim” – sofrimentos, um tema
particularmente difícil com que muitas pessoas são, infelizmente, obrigadas a lidar... A vida, às vezes, pode parecer dura e
injusta; ocasionalmente, D-us traz sobre as pessoas crise, sofrimento e calamidades, deixando-nos a pergunta
irrespondível do “porquê”... Moshê Rabenu, no passuk acima, estabelece as bases para a abordagem que devemos ter com
relação aos yissurim. Não importa que tipo de “punição” Hashem traz sobre a pessoa, ela deve saber com plena confiança
que este castigo vem do nosso Pai amoroso e carinhoso. Isto significa, em primeiro lugar, que tudo o que acontece é para
o melhor. Raramente conseguimos ver como o sofrimento e as dificuldades em nossas vidas são, em última instância,
benéficos, mas devemos ter fé de que tudo o que Deus faz é por amor! Os grandes Tsadikim também sentem dor pelas
tragédias pessoais, assim como qualquer outra pessoa, mas a sua fé incondicional em D-us capacita-os para lidar com as
situações mais difíceis com serenidade, força e dignidade. Eles têm a confiança de que Hashem pune “como um pai
castiga seu filho” e isso lhes dá a força e a coragem para seguir em frente. O conceito de “como um pai castiga um filho”
também revela um outro ponto crítico sobre yissurim. Durante as sete semanas após Tishá be'Ab, lemos como Haftarot de
Shabat profecias de consolação que descrevem a Redenção Final do Povo Judeu. Rab Avraham Pam (1913-2001)
explicou este costume observando que, depois que um pai pune um filho, ele vai acalmar e consolar a criança em uma
tentativa de compensar a dor infligida. Mesmo quando a punição é justificada e necessária, o pai depois sente remorso e
procura maneiras de aplacar a criança. E isso também é verdade entre D-us e o Povo Judeu. Toda calamidade é seguida
pela bondade e uma oportunidade de crescimento e prosperidade. E esta é a forma como devemos abordar o sofrimento
em nossas vidas pessoais... Como um pai carinhosamente consola uma criança punida, D-us amorosamente nos consola, e
nos propicia bênçãos e boa sorte depois de submeter-nos a yissurim. Assim, teremos a força para superar mesmo os mais
cruéis desafios da vida, e a coragem para reconstruir e recuperar-nos de qualquer sofrimento que, D-us nos livre, sejamos
obrigados a suportar. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Êkeb / Livro Debarim (Deuteronômio) 7:12 – 11:25
Moshê continua seu discurso final ao povo, prometendo-lhes que, se cumprirem os Mandamentos da Torah, eles
prosperarão na Terra que estão prestes a conquistar de acordo com a promessa Divina a seus antepassados. Moshê os
censura pelas falhas em sua primeira geração como um povo, relembrando a adoração ao Bezerro de Ouro, a rebelião de
Korahh, o pecado dos Espiões, como irritaram D-us em Taberah, Massah e Kibrot Hataavah (“Os Túmulos da Cobiça”);
“Vocês foram rebeldes contra Hashem desde o dia em que eu os conheci”. Mas ele também fala do perdão Divino aos
seus pecados e das Segundas Tábuas do pacto depois de seu arrependimento. Moshê diz que os quarenta anos no deserto,
durante os quais D-us os sustentou diariamente com o Mán dos céus, foram para ensiná-los “que o homem não vive
somente pelo pão, mas pelas palavras da ‘boca’ de Hashem o homem vive”. Moshê descreve a Terra de Israel como
“fluindo leite e mel”, abençoada com as “Sete Espécies” (trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeite e tâmaras), e o local que
é o foco da Providência Divina no mundo. Ele os ordena a destruir os ídolos da terra de seus antigos senhores e de se
cuidarem para que não se tornem arrogantes e comecem a pensar que “meu poder e a força de minha mão me concederam
esta riqueza”. É dito o segundo capítulo do Shemá, que repete as Mitsvot fundamentais enumeradas no primeiro capítulo e
descreve as recompensas pelo cumprimento das Mitsvot e os resultados adversos (fome e exílio) por sua negligência.
(adaptado de ‘Parashá numa Casca de Noz’)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Tu Be’Ab – Qual Sua Importância?
Muito se fala do dia de Tu be’Ab (15 de Ab), mas qual sua importância? Fica-se mais curioso com o dito de
nossos sábios na Mishná Taanit (4:8 – Talmud Taanit 26b): “Não havia dias festivos para Israel como 15 de Ab e como
Yom HaKipurim, que neles as filhas de Jerusalém saíam de vestidos brancos emprestados, para não envergonhar a quem
não possuísse [um vestido branco] ... e o que diziam? Jovem, levanta teus olhos e vê ... Sobre o dia de 15 de Ab, diz Rabbi
Obad'ya MiBartenurah [grande explicador da Mishná] que, no dia 15 de Ab, várias coisas boas aconteceram ao povo de
Israel: nele, cessaram de morrer os homens da geração do deserto, os guardas que Yerob'am ben Nebat pôs para impedir
que as pessoas subissem ao Templo em Jerusalém nas festividades pararam seu “trabalho”, foi dada liberação para
enterrar os mortos de Beitar, a partir desse dia era menos duro preparar as madeiras da ma'aracha. Sobre Kipur diz Rabbi
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BS “D
MiBartenurah: pois nele foram dadas as segundas tábuas do pacto e era um dia de expiação e perdão. Outros fatos
positivos que nossos sábios indicam ter ocorrido no dia 15 de Ab foram que as tribos liberaram o casamento entre tribos e,
posteriormente, a tribo de Bin'yamin foi permitida casar com as outras tribos. É plenamente entendível o porquê de Kipur
ser um dia alegre, pois D-us voltou a Se alegrar com o povo como quando nos deu a Torah. Mas e Tu be’Ab? E qual sua
ligação com Kipur, para nossos sábios os conectarem como dias festivos na mesma expressão? Essa dúvida é trazida pelo
Rabbi Tsvi Elimelech de Dinob, o famoso Bnei Issachar ZTK"L no seu livro (Bnei Issachar – Maam'rei Hhodesh TamuzAb, maamar 4 Betulah Bemahhol). Lá, Rabbi Tsvi explica que, no Midrash Rabah (Vaicrá 29:1), consta: em 25 de Elul,
teve início a Criação do Mundo. E a Criação do Mundo estava vinculada à realeza, pois D-us queria ser Rei, mas não há
rei sem um povo. Logo, explica o Midrash, o Povo de Israel surgiu no pensamento de D-us, pois ser Rei era o fim [do
projeto Divino, o objetivo] e o povo de Israel era o início [do projeto], e assim dizemos no Shabat: “sof Maassê,
bemahhashabah tehhilah – o fim é o ato, o início [dele] é o pensamento” (Poema ‘Lecha Dodi’, entoado por todas as
comunidades de Israel no recebimento do Shabat – que é o “dia do casamento” – dia da outorga da Torah). E por isso a
Torah começa com a palavra Bereshit, que nossos sábios interpretam como Bei [dois] Reshit [princípio], pois o Povo de
Israel e a Torah são chamados de Reshit, já que D-us criou o mundo para Israel o ter como Rei, e isso se dava ao servi-lo
e se colar a Ele através da Torah. Rabbi Tsvi explica, baseado no Talmud (Sotah 2), que diz que, 40 dias antes da
formação do feto, anunciam no firmamento: “a filha de fulano para fulano”, que, se fizermos tal analogia a 25 de Elul,
temos que foi anunciado em Tu be’Ab que o povo de Israel se “casaria” com o Rei dos reis, O Santo, Bendito Seja. Ou
seja, em Tu be’Ab, o povo subiu no pensamento de D-us para se casar com Ele [e esse é todo o conceito de Shabuot e dos
dias do Ômer – o casamento de D-us com o Povo de Israel]. Daqui podemos entender, segundo a explicação do Bnei
Issachar, a ligação de Tu be’Ab com Kipur, pois as segundas tábuas, dadas em Kipur, simbolizam a Ketubah [o contrato
nupcial] que sacramenta o casamento de D-us com o povo, casamento este que fora planejado em Tu be’Ab! Kipur é,
então, um dia feliz pois é a concretização do planejamento [o ato, que é o final], planejamento este que fora feito em 15
de Ab [que é o início, o planejamento]. E é por isso que nossos sábios dizem na Mishná que, justo neste dia, as filhas de
Jerusalém saíam para buscar seu par, visto que este dia é propício para isto desde antes da Criação, mais que os outros
dias do ano. E para que este casamento ocorresse é que o mundo foi criado. (Adaptado do livro Bnei Issachar, do Gaon Rabbi Tsvi
Elimelech de Dinob e livro Mishnayot Meirot – Tratado de Taanit de Abraham Hhashin.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
A Tefilah
Moshê ensinou ao Povo Judeu: “Serve a D-us, rezando a Ele todos os dias!”. Começamos a ensinar uma criança
a rezar antes mesmo de saber ler em um Sidur. Assim, tão logo seja capaz, nós a treinamos a responder: “Amén” sempre
que ouvir uma Berachá. Rabi Yossi contou esta história:
Certa vez, eu estava caminhando em Jerusalém quando percebi que estava na hora de rezar Min’hhá. Sabia que
precisava rezar logo, ou então ficaria muito tarde. Mas onde poderia achar um cantinho sossegado? Não queria
permanecer na rua, pois poderia ser incomodado em minha Tefilah. De repente, percebi um edifício em ruínas.
Entrei ali e rezei. Ao terminar, percebi Eliyáhu HaNabi de pé, à entrada das ruínas! Não entrou, mas aguardou até
que eu terminasse minha Tefilah. Então, falou comigo: “Tu jamais deverias entrar numa ruína! É perigoso! Não
percebes que podes cair a qualquer momento? Deveria ter rezado rapidamente a Amidá do lado de fora!” Só então
entendi porque Eliyáhu não entrara na ruína. Saí rapidamente... Já lá fora, ele me perguntou: “Meu filho, o que
escutou na ruína?”. Respondi: “Ouvi uma voz que parecia o arrulhar de uma pomba dizendo: ‘Por causa de meus
pecados, destruí Minha casa e os exilei entre os adoradores de ídolos.’”. Eliyáhu explicou: “Era D-us pranteando a
destruição do Bet Hamikdash. D-us faz isso três vezes ao dia. Quando os judeus dizem: ‘Amén, yehê shemê rabbá’
nas sinagogas e casas de estudo, D-us balança tristemente a cabeça e exclama: ‘Como Eu era feliz quando B’nei
Israel Me louvava assim no Bet Hamikdash! Como é triste para o Pai que precisou exilar Seus filhos entre os
adoradores de ídolos. E deploro os filhos que foram expulsos da mesa de seu Pai!’”.
Desta história, deduzimos como é importante louvar a D-us. Quando uma criança já consegue ler em um Sidur,
começamos a ensiná-la a rezar com a congregação. Isto é um mérito especial! Sempre que você rezar, é importante que
pronuncie cada palavra (se não tem muito tempo, é melhor rezar menos, mas pronunciando as palavras cuidadosamente).
Lembre-se de que D-us “está no outro lado da linha”. Ele escuta tudo aquilo que você diz, embora possa não responder
imediatamente. Nossas Tefilot nos ajudam e aos judeus de toda parte. Como diz o versículo: ‘D-us está próximo de todos
que O chamam – daqueles que O chamam sinceramente” (Tehilim 145:18). (www.chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat
Amar e Edna Mattatia bat Lídia.
Em memória e elevação das almas de Renée bat Sarah, Jamile Lea Balassiano, Josefina Kaiat Bat Nazle, Salim Moises Balassiano Ben Lea,
David Nuriel Mizrahi Ben Lulu, Moche Haime Balassiano, Elias Salim Nigri Ben Marieta, Carlos Balassiano Ben Esther, Isaac (Pinhas) Cohen
Ben Miriam, Sara Zebulum Bat Simha, Simão Elias Salomão Ben Sarina, Lulu Mizrahi Bat Rachel, Isaac Felix Balassiano Ben Esther, Rachel
Barzelay Israel Bat Nazle, Salim Moussa Balassiano Ben Nahime, Yvonne Nigri Grossman Bat Olga, Jorgete Benarroch Bat Nazle e Meyer
Isaac Nigri Ben Miriam.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú
LaMitsvot!

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