׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ Resumo da Parashá

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ Resumo da Parashá
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandonem a minha Torah
(ensino). Mishlei (Provérbios) 4,2
Shabat Zachor Shalom! Parashá Vayicrá - 08 de Adar II 5768 / 15 de março de 2008
N-40
“[...] e deverás restaurá-lo completamente [...]” (Vayicrá 5,24)
‫ֹאׁשֹו‬
# ‫וְ ִׁש ַּל!ם אֹתֹו ' ְּבר‬
No tratado talmúdico Nazir 23,2 consta: “Maior é uma transgressão em nome dos céus que um mandamento
cumprido sem a intenção de cumprir a ordem divina”. Como exemplo temos Aharon HaCohen (o sacerdote) quando fez o
bezerro de ouro, pois ele não desejava aquilo e queria apenas atrasar o povo e esperar a chegada iminente de Moshê. Desta
Guemará, podemos entender que é mais importante o pensamento que a ação. Dizem os Sábios: “um mandamento sem a
intenção é como um corpo sem alma”! Contudo, qual a razão disto? Em que o pensamento tem mais mérito que a ação?
O pensamento tem, em sua natureza, um caráter espiritual, enquanto que a ação é material. Quando a pessoa cumpre um
mandamento sem a intenção, seus efeitos se manifestam apenas neste mundo (da ação), sem conseqüência nos mundos
superiores (espirituais). Já a intenção, por sua natureza espiritual, atinge todos os mundos. E esse é o motivo para os sábios
terem dito no Talmud – tratado Berachot 13,1 (e outros lugares) – e ter sido instituído também no Shulchan Aruch (código
de leis judaico): “os mandamentos necessitam da intenção”. Pois, como vimos, sem a intenção, o cumprimento do
mandamento não produz efeitos “acima” deste mundo. O mesmo ocorre em relação às transgressões. Quando a pessoa peca
sem intenção seu pecado tem seus efeitos “minimizados”, atingido apenas este mundo. Entretanto, quando acompanhado de
um pensamento ruim, ele prejudica a todos os mundos (incluindo os espirituais). Por isso, dizem os Sábios no Talmud
(tratado Yomá 29,1): “pensamentos pecaminosos são piores que o pecado em si”. Ou seja, pecar intencionando pecar é pior
que o ato do pecado por si próprio. Isso está aludido na própria Torah quando diz no passuk acima: ‘Veshilám oto beroshô’
– e o completará na cabeça. Devemos saber que a parte mais importante é a cabeça, onde se encontram os pensamentos, e
que, com os pensamentos corretos, completamos os mandamentos, ação com pensamento, material com o espiritual.
Contudo, podemos completá-los tanto para o bem quanto para o mal. Foquemos nossos pensamentos no bem, na Torah e
suas Mitsvot para que possamos causar resultados positivos, trazer bênçãos e elevar a criação, visando a servir e honrar a
Hashem!
Adaptado do Livro “BENAYEHÚ – sobre a Torah”
Do Chacham BEN ISH CHAI (por Jaime Boukai)
Resumo da Parashá – Vayicrá / Início do Livro Vayicrá (Levítico) 1:1 – 5:26
Neste Shabat, iniciamos o terceiro livro da Torah, Vaicrá, que trata principalmente dos serviços e responsabilidades
dos Cohanim (sacerdotes). Esta Parashá concentra-se em muitas das oferendas que eram levadas ao Mishcán (Tabernáculo).
Ela começa com D-us chamando Moshê para o Mishcán, onde ele receberá as Mitsvot a serem passadas ao povo judeu. A
primeira metade da porção descreve os vários corbanot (sacrifícios) trazidos pelos indivíduos. Eles são classificados em três
categorias gerais: o Corban Olá (oferenda de elevação) que é completamente consumido sobre o altar; o Corban Minchá
(oferenda de alimentos –oblações– preparada com farinha fina, azeite de oliva e olíbano), o qual, dado seu conteúdo, era
trazido por pessoas de poucos recursos; e o Corban Shelamim (paz), parcialmente queimado sobre o altar, com o restante
dividido entre os donos e os Cohanim. Ela termina discutindo as oferendas obrigatórias de Chatat (pecado) e Asham (culpa),
a serem levadas como expiação por transgressões. Adaptado do Site Chabad.org.br por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Os Corbanot
Na Parashá de Vayicrá, é estabelecido com que animais e de que modo se deviam realizar os corbanot (sacrifícios), tal
como introduz o passuk: “Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: ‘Quando algum de vós oferecer sacrifício ao Eter-no, de
quadrúpede, do gado e do rebanho fareis vosso sacrifício’” (Vayicrá, I – 2). No entanto, tal como comentado pelo Rabino
Meir Matzliah Melamed (A Lei de Moisés), os sacrifícios realizados pelos israelitas nada têm em comum com aqueles
realizados pelos povos idólatras, que visavam atrair suas “divindades” ao nível das paixões humanas por meio de oferendas.
Por outro lado, os sacrifícios israelitas tinham como objetivo a adoração de D-us, o agradecimento por Suas bondades, pedir
perdão pelas faltas cometidas, sempre com o objetivo de elevação espiritual. Segundo Rambam (Maimônides), em sua obra
Moreh Nebuchim¸ o motivo pelo qual esta foi a forma ordenada por D-us aos israelitas para servi-Lo deve-se ao fato de o
sacrifício animal ser o modo como a humanidade realizava seus cultos naqueles dias, estando os israelitas também
acostumados a este procedimento. Deste modo, D-us não quis trazer-lhes uma mudança repentina nos costumes e uma
descontinuidade do seu modo de serviço a D-us (Parte 3, cap. XXXII). Se Moshê lhes tivesse ordenado uma mudança
abrupta, seria como se alguém, nos dias atuais, nos dissesse que o modo de servir a D-us não deve ser por meio de reza,
jejum e pedidos de ajuda em tempos de infortúnio. Rambam também aponta que, embora os israelitas também tivessem sido
orientados a realizar sacrifícios animais, a especificação dos tipos de animais escolhidos para os corbanot, particularmente
entre os mamíferos, visava diferenciar o sacrifício dos israelitas dos rituais idólatras de outros povos. De acordo com o
Targum Onkelus, os egípcios adoravam Áries e, portanto, se abstinham de matar carneiros. Por sua vez, algumas seitas entre
os sabeus adoravam demônios (seres criados no crepúsculo do sexto dia da Criação); assim, uma vez que eles acreditavam
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BS “D
que estes seres possuíam a forma de bodes (inclusive, uma de suas denominações é “se’irim”, literalmente “bodes”), eles se
abstinham de comer a carne destes animais. Do mesmo modo, muitos idólatras mantinham uma forma de adoração a
bovinos, sendo que, até os dias de hoje, o povo Hodu (hindus) consideram uma abominação o abate de bovinos. Assim, de
modo a extirpar completamente estes falsos princípios, a Lei Divina nos ordena oferecer sacrifícios apenas destas três
espécies de mamíferos (Moreh Nebuchim, Parte 3, cap. XLVI).
Por Mauricio Cagy (Chazak Ubaruch)
Por que D-us conferiu tantas honras a Moshê?
D-us honrou Moshê mais do que qualquer outro judeu. Apenas Moshê foi convidado por D-us a entrar no Mishcán e
ouvir Suas palavras, ninguém mais. A razão deste procedimento é que Moshê sempre se sentiu humilde e pouco importante.
Ele não perseguia honras, ao contrário, fugia das honrarias e elogios. Nossos sábios nos ensinaram: “Se uma pessoa foge da
honra, a honra irá persegui-la. Porém, se a pessoa persegue a honra, a honra fugirá dela!”. Em outras palavras, uma pessoa
que é modesta e se sente humilde, eventualmente irá receber de D-us a honra que merece; mas aquela que está cheia de
orgulho, no final, não será honrada. Moshê foi muito honrado por D-us, já que ele nunca se considerou grandioso ou
importante. Extraído do Site Chabad.org.br
Por Mair Haim Nigri (Chazak Ubaruch)
Os Shabatot de Adar
Existem, no mês de Adar, quatro Shabatot especiais. São dias onde lemos dois sefarim. Poder-se-ia ler tudo de um
Sefer, mas, em honra ao Kahal (público), para que não fiquem esperando o Sefer ser enrolado até a nova porção a ser lida,
costumamos tirar dois sefarim já devidamente posicionados. São eles: Shabat Shekalim. No primeiro Shabat de Adar (Adar
II se houver dois), um trecho que contém a Mitsvá do meio shekel é lida. Após o pecado do bezerro de ouro, o povo judeu
foi contado. D-us estabeleceu a Mitsvá para beneficiar o povo. A contagem das moedas doadas “levantaria suas cabeças”,
isto é, concederia perdão pelo pecado. A doação de meio shekel não foi uma Mitsvá esporádica. Ela foi estabelecida como
uma doação anual permanente. Do coletado, eram comprados os animais para as oferendas diárias da comunidade, para que
todo o povo tivesse uma parte nelas. Na época do Templo Sagrado, era realizado um anúncio anual em 1 de Adar em todo
Israel, recordando a todos que dessem meio shekel para o Templo. A coleta ocorria no mês de Adar. Os shekalim atendiam a
dois propósitos: como renda para o Templo, e como meio de censo, pois D-us proibiu contar os judeus diretamente: “Não
conte o povo de Israel diretamente, pois a bênção Divina não paira sobre algo que foi contado ou medido”. Quando os reis
judeus faziam o censo da população, cuidavam para não transgredir a proibição. Em lembrança à proclamação que ocorria
em 1 de Adar, lemos este trecho. Shabat Zachor: Por ser o Shabat anterior a Purim, lemos, neste segundo Shabat do mês, o
trecho final de Ki Tetze – ‘Lembre o que Amalek fez a você’ como Maftir. Em Purim, relatamos a trama de Haman
(descendente de Amalek), que tentou nos destruir. Shabat Parah: No terceiro Shabat, lemos o trecho da ‘vaca vermelha’
(Chukat). Esta leitura foi instituída pelos sábios devido ao fato de que, nesta época do ano, os judeus deveriam purificar-se
antes de viajarem para Jerusalém para a peregrinação de Pessach (subia-se ao Templo em Jerusalém 3 vezes ao ano: em
Pessach, Shabuot e Sucot). Em lembrança a essa purificação que era feita com as cinzas da vaca e a ida ao Templo, lemos
este trecho. Shabat HaChodesh: No quarto Shabat, o Maftir é lido de Bó (Shemot)- Este mês será para Vós a “cabeça” dos
meses. Ele é o Shabat anterior a Rosh Chodesh Nissan, ou o próprio Rosh Chodesh se coincidirem. O primeiro dia de Nissan
foi e sempre será um dia histórico para a nação judaica. Foi neste dia que recebemos o primeiro mandamento como povo:
santificar a lua nova. Os Sábios explicam que, com esta Mitsvá, D-us nos deu “controle sobre o tempo”. Daquele momento
em diante, o ciclo de tempo só se renovaria quando os Sábios declarassem o início do novo mês. Isso representa o poder da
renovação. Em lembrança a isso, lemos este trecho. Extraído dos sites: Chabad.org.br e Ou.org por Jaime Boukai.
Pérolas da Parashá:
O terceiro livro da Torah, Vayicrá, também é chamado de “Torat Cohanim, a lei dos sacerdotes”. É um nome
apropriado devido à enorme quantidade de leis e detalhes sobre sacrifícios feitos pelos Cohanim no Mishcán que constam
nele. Como o sacrifício pode aproximar-nos de D-us? Nossos sábios explicam que o sacrifício de um animal representa
aquilo que o transgressor realmente mereceria por violar a ordem de D-us, e o animal substitui o ofensor na hora da punição.
Quando a pessoa vê o corban (oferenda) sobre o altar, deveria visualizar a si mesma no lugar do animal, um pensamento que
deve despertar a teshubá (retorno às boas ações). O ato de abater um animal também desempenha um papel na retribuição
do pecador nas cortes celestiais, atingindo um certo grau de perdão. É difícil entender o “prazer” que D-us tem com este
sacrifício, mas a dimensão humana de doar nos aproxima de D-us em um sentido muito real. Esta mesma proximidade pode
ser conseguida hoje, mesmo sem os sacrifícios, através do oferecimento de nós mesmos. O Rambam escreve que a maior das
Mitsvot positivas da Torah é a caridade, porque traz a unificação do povo judeu, que finalmente nos levará à chegada do
Mashiach. (Adap. de CD´s do Rav Shaul Maleh).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Chazak Ubaruch)
Em memória e elevação das almas de Alberto Chelomô Cohen ben Shoshana, Amalya Guershon Khalili
Boukai Bat Ora, Salomão Elias Balassiano ben Hissen, Esther Dana Nigri bat Faride, Faride Beniste Zeitune bat
Habibe, Haia Rachel Nigri Varsano bat Foreta, Elias Salomão Balassiano ben Faride, José Ajooz, Carlos David
Zeitune ben Saada e Salomão Chabetai Levy ben Zaquie.
Templo Sidon Informa: Aulas do Rabino Pinchas Elovitch todas quintas-feiras às 20:30 no Sidon. Após a aula,
sorteio de brindes e confraternização! Aberto ao público! Contamos com sua presença!
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