׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina; não abandoneis a minha Torah! Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shirá Shalom! Parashá Beshalahh – Tu (15) B’Shbat de 5770 (30/01/2010)
Ano-3 N-138
‫ּת ּכָ ל־חֻ ָּקיו‬
9 ָ ‫ׁשמַ ְר‬
ֽ ָ ְ‫ ָתיו ו‬0 ֹ‫ ְל ִמ ְצו‬/ ָ‫אזַנְ ּת‬
ֲ ‫ֲׂשה וְ ַ ֽה‬
ֶ 0 ‫ ַ ּֽתע‬/ ‫ וְ הַ ּי ָָׁש!ר ְּבעֵ ינָיו‬4‫קי‬5ֱ
ֶ ‫ ַמע ְלק ֹול ׀ ה ´ א‬$ ‫וַּי ֹאמֶ ר ( ִאם־ׁשָ 'מֹועַ ִּת ְׁש‬
‫׃‬4‫ה´ ֽרֹ ְפ ֶ ֽא‬9 ‫י‬: ִ‫ ִּכ;י אֲנ‬4‫לי‬
ֶ 0 ָ‫ ֽל ֹא־אָ ִׂש ים ע‬/ ‫ר־ׂש ְ!מ ִּתי ְב ִמ ְצ ַ 'ריִ ם‬
ַ
ֶ‫לה אֲׁש‬
ָ < ֲ‫ּכל־הַ ּמַ ח‬
ָֽ
“E disse: Se ouvires, atentamente, a voz do Eterno, teu D-us, e fizeres o que é reto diante de Seus olhos, e inclinares
os ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma das
enfermidades que pus sobre o Egito; porque Eu sou o Eterno Que te cura.” (Shemot 15:26)
Neste versículo, D-us garante que, se escutarmos os Seus mandamentos – 248 Mitsvot ativas/faça, e guardarmos Seus
estatutos – 365 Mitsvot passivas/não-faça, estaremos salvos de qualquer ‘enfermidade’. E assim termina o passuk: ‘porque Eu
sou o Eterno Que te cura’. Este versículo, mesmo parecendo simples, contém uma grande lição para nós. O Todo-Poderoso,
Abençoado Seja, nos deu, ao povo de Israel, a sagrada Torah, pois Ele é o ‘médico das almas’ e isto está ligado ao motivo da
descida/vinda da alma a este mundo físico. Apenas aqui ela recebe a ‘cura’ e o ‘conserto’ da falha que motivou sua vinda, a fim
de que volte a se tornar completa. E essa cura é obtida por intermédio do cumprimento das Mitsvot. Isso nos dá uma grande
vantagem em relação aos outros povos, uma vez que temos 613 Mitsvot a cumprir (620 somando as 7 Mitsvot derabanan –
instituídas por nossos sábios) enquanto eles tem apenas 7 Mitsvot dadas a Noahh após o dilúvio. Outra vantagem é que as 7
Mitsvot dadas aos descendentes de Noahh são mandamentos de fácil dedução lógica/intelectual, enquanto temos Mitsvot que
estão acima da lógica humana, mais ligadas à espiritualidade e à fé e, portanto, sendo remédios mais qualificados e específicos
para a alma superior e que a curam, realmente, por completo de sua doença. E tudo isso através da Torah e das Mitsvot! Quando
um médico humano quer tratar seu paciente, após diagnosticar o mal que o aflige, prescreve um tratamento, que se divide em
duas frentes de ações a serem obedecidas: a primeira são coisas que o paciente deve fazer (tomar os remédios prescritos, fazer
fisioterapia, etc.); a segunda se compõe de coisas que o paciente deve evitar consumir ou fazer, a fim de não deteriorar o seu
estado clínico ou se sujeitar a novas doenças (evitar alimentos que lhe causem algum dano, não fazer esforço, etc.). Tudo isso
compõe o tratamento que livrará a pessoa de sua doença ou, pelo menos (no caso da medicina humana), melhorará a qualidade
de vida do paciente. Assim, também, D-us nos prescreveu um tratamento espiritual e este é a Torah. E, tal como num tratamento
humano, temos coisas que nosso ‘Doutor’ nos mandou fazer (248 mandamentos ativos) e coisas que ele nos aconselhou evitar
para o nosso próprio bem (365 mandamentos passivos). E isso nos é relembrado pelo rei David quando ele escreve nos Tehilim:
‘sur merá va'asssê tob – fuja do mal e faça o bem’. E é esta a mensagem da Torah para nós quando diz: ‘Eu sou o Eterno Que te
cura’ – dois tipos de mandamentos Eu lhes prescrevi na Torah, conforme um médico humano faria num tratamento clínico; para
tornar seu paciente saudável, novamente, de sua enfermidade e levantá-lo da mazela que o afligia. Assim, também, vós estais
rodeados de Meus mandamentos – ativos e passivos, para que os cumpram e se curem.
Adaptado do livro “Bircat Hhaim – Haftarah de Vaiêsheb” do Hhacham Yossef Hhaim A”H (Ben Ish Hhai) Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Beshalahh (Livro de Shemot – Êxodo 13:17 – 17:16)
Logo depois de permitir que os Filhos de Israel partissem do Egito, o Faraó os persegue para forçá-los a retornar, e os
israelitas se encontram encurralados entre o exército do Faraó e a água; o mar se abre para os israelitas passarem através dele e,
então, se fecha sobre os egípcios. Moshê e os Filhos de Israel cantam uma canção de louvor e gratidão a D-us. No deserto, as
pessoas sofrem sede e fome e, repetidamente, se queixam a Moshê e Aharon. D-us, milagrosamente, adoça as águas amargas de
Marah e, depois, ordena que Moshê faça sair água de uma rocha atingindo-a com seu cajado; Ele faz com que o mán caia dos
céus antes do clarear a cada manhã e codornizes aparecem no campo israelita a cada noite. Os Filhos de Israel são instruídos a
colherem uma dupla porção de mán nas sextas-feiras, já que nenhuma cairá no Shabat, o dia de descanso divinamente escolhido.
Alguns desobedecem e saem para recolher mán no Shabat, mas nada encontram. Aharon guarda uma quantidade de mán em um
pote, como um testemunho para as gerações futuras. Em Refidim, o povo é atacado pelos Amalekim, que são derrotados pelas
preces de Moshê e um exército reunido por Yehoshua. (Adaptado do “A parashá em uma casca de Noz” e do Torah-Mail por Jaime Boukai)
Curiosidade da Semana:
“Et Hayad Haguedolah”
Nesta semana, lemos sobre o grande sentimento de entusiasmo que invadiu os B’nei Israel após a travessia do Yam Suf,
e o cântico proferido por eles com grande alegria. Nós recitamos este cântico (Vayosha Hashem e Az yashir Moshê) diariamente
em nossas rezas... Um dos psukim deste cântico diz: “Vayar Israel et hayad haguedolah asher assá Hashem beMitsraim [...]”
(“E viu Israel o grande poder que exerceu o Eter-no sobre os egípcios [...]” – Shemot 14:31). Rashi comenta sobre este passuk
que a expressão “et hayad haguedolah” (literalmente, “a mão grande”) quer dizer que o Povo de Israel testemunhou “et
hagueburah haguedolah” (“a grande força”) que D-us desempenhou sobre o exército egípcio. Não obstante, nossos Hhachamim
explicam que a expressão “yad haguedolah” pode também estar nos trazendo uma outra lição. Se voltarmos atrás na história da
redenção do Povo de Israel, perceberemos que ela se iniciou com o nascimento de Moshê Rabenu, cerca de 80 anos antes do
Êxodo, quando havia um decreto do Faraó para que todos os meninos recém-nascidos fossem jogados no Rio Nilo. A mãe de
Moshê, então, colocou-o em uma cesta impermeabilizada com betume e piche, e o lançou às águas do Nilo esperando pelo
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BS “D
melhor... Segundo nossos Hhachamim, exatamente naquele momento, a filha do Faraó (Batya) foi banhar-se no rio e viu a cesta,
que, entretanto, estava fora do alcance de suas mãos... Mas ela fez um esforço descomunal para tentar resgatar a cesta! De
acordo com a Guemará, quando Batya esticou suas mãos, um milagre aconteceu e seu braço se estendeu muito além do normal,
permitindo que ela pegasse a cesta. D-us realizou um milagre para salvar Moshê Rabenu, de modo a, em última instância, salvar
Povo Judeu. Assim, quando os B’nei Israel deixaram o Egito, é possível que eles estivessem não apenas agradecendo a D-us
pelos milagres que eles haviam recentemente testemunhado, mas também por todos os milagres que haviam anteriormente
acontecido para que eles atingissem este ponto, inclusive o episódio do braço de Batya. Neste sentido, a expressão “vayar Israel
et hayad haguedolah” poderia estar referindo-se à extensão miraculosa que D-us produziu nos braços da filha do Faraó para que
ela resgatasse Moshê, e o Povo estaria agradecendo a D-us por um milagre que havia acontecido 80 anos antes do início da
redenção! Assim, aprendemos com este episódio que devemos sempre refletir sobre todos as dádivas que D-us nos dá e nos deu
em nossas vidas... Devemos agradecer a D-us tanto pelas berachot que Ele nos dá no presente quanto pelas berachot que Ele
nos deu no passado, as quais contribuíram para fazer de nós as pessoas que somos hoje! (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Mán – O Alimento da Fé
Um mês depois de deixar o Egito, o Povo de Israel havia utilizado toda a massa que havia levado. Agora, estavam no
deserto, onde não crescia vegetação alguma. O que comeriam? Desta vez, todos os judeus, e não apenas o erev rav, protestaram.
‘Trouxeste-nos ao deserto para morrermos de fome?’ queixaram-se a Moshê e Aharon. ‘Dá-nos pão e carne!’. D-us anunciou a
eles: ‘Dar-lhes-ei pão e carne. Posso alimentar toda uma nação no deserto. Estais certos em pedir pão, pois estais famintos,
mas não devereis pedir carne, pois poderiam ter sacrificado alguns dos animais que tendes. Não obstante, dar-lhes-ei carne
também. Mas, para demonstrar que estou aborrecido, recebereis a carne à tarde, quando já não tereis muito tempo de preparála para a ceia.’ No dia seguinte, quando os judeus despertaram, o deserto estava coberto de grãos brancos e brilhantes. Haviam
caído do céu durante a noite. ‘Que é isso?’ perguntaram os judeus com assombro. ‘É a comida que D-us nos envia’ explicou
Moshê. De agora em diante, serão encontradas sobre o solo todas as manhãs. O Povo chamou o novo alimento de mán – maná.
D-us ordenou a cada pai que todos os dias recolhesse um ômer (pouco mais de dois quilos) por cada membro da família. A
maioria dos pais não pegava a medida exata. Alguns recolhiam um pouco mais de um ômer por pessoa, outros menos. Mas,
quando chegavam em casa e o pesavam, sempre havia exatamente um ômer para cada membro da família. Se haviam recolhido
a menos, o mán aumentava; se fosse demais, ele diminuía. Após comerem, Moshê ensinou os judeus a recitar o Bircat haMazon
(bênção de agradecimento pelo pão) até ‘hazan et hakol’. Todas as manhãs, quando o Povo de Israel despertava, o café da
manhã estava pronto para ser recolhido e degustado. Os justos encontravam suas refeições à entrada das tendas. D-us lhes
facilitava a obtenção da comida para que não perdessem tempo do estudo de Torah e no cumprimento das Mitsvot. Aqueles que
não eram justos tinham que andar um pouco mais para recolher o mán. Os perversos tinham que andar bastante. Que gosto tinha
o mán? Era doce e delicioso. Mas podia ter qualquer sabor que se desejasse. Bastava que a criança dissesse: ‘Queria que meu
maná fosse mel’, e este tinha gosto de mel. Quanto de mán caía por dia? O suficiente para dois mil anos! Logo, consumia-se a
mínima parte do que caía. A maioria derretia sob o sol. Por que D-us permitia este ‘desperdício’? É porque Ele queria mostrar
Seu poder: Ele podia fornecer muito mais do que conseguimos consumir. (Chabad.org.br) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá
Beshalahh fala do cântico que o povo entoou no Mar Vermelho, Shirat Hayam: “Cantarei ao eterno...!” (Shemot 15:1).
Esse cântico converteu-se num dos símbolos importantes da sua história. O mar abriu-se na noite de 21 de Nissan, no 7º dia do
Êxodo. À meia noite, o povo atravessou por entre os muros de água e viu a perseguição dos egípcios e como estes pereceram
diante dos seus olhos. O império egípcio, que havia sofrido 10 pragas, tinha esquecido tudo e perseguia os judeus. Como
puderam esquecer tais acontecimentos tão rapidamente? Envolvia-os uma enorme cegueira! O egoísmo, a inveja, o ódio e a
arrogância são características humanas que fazem com que fiquemos pequenos. Por vezes, pensamos: se vivêssemos em
gerações como a do Êxodo, que presenciaram, diariamente, revelações Divinas, nossa crença seria inabalável. Entretanto, o
Rambam mostra-nos que os milagres que o Eterno realizou não foram para aumentar a nossa fé, senão por necessidade, já que
quem acredita em D-us apenas pelos seus milagres, tem uma crença falsa. Os milagres têm um efeito emocional temporário,
enquanto que a fé plena, baseada no conhecimento, é verdadeira e eterna. A Torah obriga-nos a estudar: ‘Dah et Hashem
Elokecha – conhece ao Eterno teu D-us’. Já os sábios da Mishná nos ensinam: O estudo da Torah é como o cumprimento de
todos os preceitos. A Shirat Hayam é a expressão do povo pelos acontecimentos; o saber reconhecer, identificar os momentos, a
razão dos fatos; é o que faz um povo inteligente. Não devemos nos perder no mar do desconhecimento. Temos que saber e
aprender o motivo da existência das coisas. A Torah conta que Miriam e as mulheres saíram com pandeiros e tamborins, ao que
pergunta o Rashi: ‘Onde conseguiram os instrumentos?’. Ele responde: ‘as mulheres, conscientes dos milagres que D-us
realizara, prepararam instrumentos para cantar’. Quão elevado era o nível de nossas mães, que esperaram os milagres para
poderem louvar ao Eterno! Não foi em vão que nossos sábios disseram: “Em mérito das nossas piedosas mulheres é que saíram
nossos pais do Egito”. Nestes dias confusos, onde o amanhã se converte em preocupação, necessitamos dessa fé inata que
nossas mães tinham e da sabedoria de nossos pais. (dos comentários de Rashi)
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Rabbi Mordechai Tsemahh Eliyahu ben Mazal e Hhaim David Cagy ben Messodi.
Em memória e elevação das almas de Seweryn Blumberg ben Rachel, Alberto Simon Mansur Ben Hissen, Haim Nissim Barzelai Ben Sara, José
Spektor Ben Bertha, José Zebulum Cohen Ben Jamile, Salomão Ephraim Nigri Ben Simha, Elias Salomão Ben Sara, Sarina N. Balassiano Bat
Esther, Elke (Eliza) Velmovitsky Bat Dvora, Chaim Goldman Ben Esther, Rafael Télio Ben Jamile, Rosette Levi Khalili Boukai Bat Ribcá e José
Kabudi Ben Mazal.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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