בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ

Transcrição

בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino). Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Ki Tabó - 20 de Rahhamim Elul de 5768 (20/09/2008) Ano-2 N-67
Tizkú LeShanim Rabot Naimot VeTobot! Tikatebu BeSefer Hhaim Tobim VeShalom!
‫׃‬6‫ל‬
ֽ ָ ‫תן‬
) ֵ ֹ‫ נ‬/‫קי‬3 ֶ ֹ ‫ָא ֶרץ אֲׁשֶ ר־ה) ' אֱל‬, ‫ ָּב‬/. ‫ּוב ַר ְכ‬
ֵ /‫כל ִמ ְׁש ַל ח י ֶָד‬
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ְ /‫ ֶמי‬, ‫ ָכה ַ ּֽבא ֲָס‬. ‫ת־ה ְּב ָר‬
ַ
ֶ‫ א‬5 /‫ ַצו ה! ' ִא ְּת‬% ְ‫י‬
“O Senhor mandará que a bênção esteja contigo nos teus celeiros e em tudo em que puseres a tua mão; e te
abençoará na terra que o Senhor teu D-us te dá”. (Debarim 28:8)
Este Passuk alude à santidade especial que tem a Terra de Israel. Nós sabemos que, em Israel, temos apenas Yom
Tob por um dia, contra dois fora de Israel (Yom Tob Sheni shel galuiot – segundo dia festivo do exílio). Exceto Rosh
HaShaná, que tem dois dias também em Israel. Os sábios decretaram isso com o intuito de nos lembrar a diferença que tem
a Terra Santa das outras. O motivo do segundo dia festivo vem do fato de que, na época do San’hedrin, o início do mês era
fixado pela visão da lua nova e, assim, em Israel, todos sabiam imediatamente quando o novo mês era fixado, sendo as datas
das festas calculadas com certeza. Contudo, fora de Israel, levava-se um tempo maior para serem avisados e por isso faziam
dois dias pela dúvida se a data era a correta. Hoje em dia, em que temos calendários fixos, isso se mantém como costume
dos nossos antepassados e, com isso, mantemos a diferença entre a terra de Israel e as terras fora dela. Contudo, existe uma
razão segundo o Sod – parte mística / oculta da Torah. Segundo o Sod, as festas foram dadas para que se possam fazer os
Tikunim – ‘correções’ nos mundos superiores, tanto nos seus aspectos ‘interiores’ quanto ‘exteriores’. Vemos que são dois
aspectos que devem ser trabalhados, um em cada dia, e é por isso que temos dois dias festivos fora de Israel. Já os
moradores de Israel fazem isso em apenas um dia devido à ajuda que eles recebem da santidade de Terra de Israel, que os
possibilita atingir esse mesmo Tikun em apenas um dia. Eles conseguem isso pois têm o dobro de força [a deles e a da terra]
no serviço festivo, acabando, assim, o trabalho na metade do tempo.
Isso está aludido no passuk acima, na berachá adicional ‘e te abençoará na terra’. O Senhor mandará que a bênção
esteja contigo nos teus celeiros e em tudo em que puseres a tua mão – esta berachá receberemos em qualquer lugar que
estivermos, mas, quando adentrarmos em Israel, teremos uma ‘elevação automática’ e receberemos a segunda benção e te
abençoará na terra que o Senhor teu D-us te dá. Daqui entendemos o porquê do dito do Rei David (Tehilim 84:11): ‘Porque
vale mais um dia nos teus átrios do que mil [em outro lugar]; preferi estar à porta da casa do meu D-us a habitar nas
tendas da perversidade’. Mesmo tendo mais dias festivos fora de Israel, prefiro o único dia lá por estar perto de Ti, D-us,
dentro de vossos átrios, onde mora a santidade, a ter mil dias fora de Tua terra, onde não há santidade alguma.
Adaptado do Livro “Aderet Eliyahu” do Hhacham Yossef Hhaim (Ben Ish Hhai) Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Ki Tabó / Livro Debarim (Deuter.) 26:1 – 29:8
Moshê instrui o Povo: “Quando vocês entrarem na terra que Hashem lhes está dando como herança eterna e se
instalarem nela e a cultivarem, tragam os primeiros frutos das sete espécies pela qual a terra de Israel é louvada (bikurim)
para o Templo Sagrado e declarem sua gratidão por tudo que Hashem fez por vocês”. Nossa Parashá também inclui as leis
do dízimo dado aos Levi’im e aos pobres, e instruções detalhadas sobre como fazer as bênçãos e as maldições em cima do
Monte Guerizim e Monte Eval – como discutido no início da Parashá Re’eh. Moshê lembra ao povo que eles são o povo
escolhido e que eles, por outro lado, escolheram Hashem. A última parte consiste na Tochachah (“Repreensão”). Depois de
relacionar as bênçãos com as quais Hashem premiará o povo por eles seguirem a Torah, Moshê faz um longo e duro relato
das coisas ruins – doença, fome, e exílio – que cairiam sobre eles se abandonassem os mandamentos de Hashem. Moshê
conclui dizendo que somente hoje, quarenta anos depois de seu nascimento como um povo, eles conquistaram “um coração
para conhecer, olhos para ver e ouvidos para ouvirem”. (Adap “PARASHÁ EM UMA CASCA DE NOZ” e Torah-mail).
Curiosidade da Semana:
Servindo a D-us com Alegria
A Parashá Ki Tabó apresenta noventa e oito kelalot (maldições) que D-us ameaça trazer sobre os B’nei Yisrael caso
não obedeçam a Torah. Um passuk nos vem apontar a causa particular destas calamidades: “Tahhat asher lo-a’badta et
Hashem Elokecha besimhhah [...] – Em troca de não teres servido ao Eter-no, teu D-us, com alegria [...]” (Debarim 28:47).
De acordo com a interpretação simples deste passuk, a Torah, surpreendentemente, não se refere a uma geração que
simplesmente descumpriu as Mitsvot, mas sim a uma geração que, embora se tenha mantido fiel às leis de D-us, não o fez
com alegria e entusiasmo. Isto nos mostra que a Torah não apenas demanda nossa obediência às Mitsvot mas também nossa
satisfação e júbilo ao cumpri-las, ou seja, a Torah nos “cobra” que sejamos felizes! Esta mesma noção nos é transmitida pelo
Rei David: “Y’ibdu et-Hashem besimhhah – Sirvam ao Eter-no com alegria” (Tehilim 100:2). A Guemará, em Meguilá, nos
apresenta uma regra famosa, segundo a qual “Quando [o mês de] Adar chega, nós aumentamos nossa alegria”, e, por outro
lado, “Quando [o mês de] Ab chega, nós diminuímos nossa alegria”. Inferimos destas duas passagens que um Judeu deve
estar em constante estado de alegria; a Halachá estabelece que se aumente ou diminua a alegria em determinados períodos
Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site
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BS “D
do ano, mas algum nível de alegria deve ser sempre mantido. E a indicação de como se alcançar esta alegria nos é dada por
estas mesmas passagens: através do cumprimento das Mitsvot e da evolução espiritual. Esta alegria não reside nas coisas
materiais, conforme apontado pelo Rei Salomão: “Analisei tudo que é feito sob o Sol e compreendi que tudo é vão e
frustrante” (Kohelet 1:14). Isto nos mostra que não é a riqueza material mas sim a riqueza espiritual que nos traz a
verdadeira felicidade. Por outro lado, o Rabbi Menachem Mendel Morgenstern (1787-1859) questiona como a Torah pode
ser tão rigorosa a ponto de exigir que sirvamos a D-us com alegria... Uma pessoa deve estar em um nível espiritual muito
elevado para conseguir realmente fazê-lo, não sendo realista esperar que todos sejam capazes. Ele então apresenta uma
interpretação diferente do passuk “Em troca de não teres servido ao Eter-no, teu D-us, com alegria”, lendo-o com uma
pontuação diferente. Segundo ele, estas maldições são dirigidas àqueles que se alegram por não servirem a D-us, e isso é
uma atitude imperdoável! Contudo, a Torah reconhece que o homem é falível e lhe dá a oportunidade de fazer Teshubá. Pela
Teshubá, aquela aparente “alegria” pelo descumprimento da Torah deve tornar-se em remorso e arrependimento, de modo
que a pessoa se comprometa a não mais cometer tais transgressões. Estas semanas que antecedem as Grandes Festas são
uma época muito propícia para refletirmos sobre condutas erradas, e devemos aproveitar para nos aproximarmos da
verdadeira alegria por meio da Teshubá. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
A Entrada Miraculosa de B’nei Yisrael na Terra Santa
Moshê faleceu no deserto e Yehoshua levou o povo até o rio Jordão, na fronteira de Israel. Em nove de Nissan de
2488 (da criação do mundo), ele anunciou: “Preparem-se! Amanhã, vocês atravessarão o Jordão”! Era primavera e, após a
estação chuvosa, o Jordão estava transbordante. No dia seguinte, Yehoshua ordenou aos oficiais: “Percorram o acampamento
e avisem: ‘O Aron (arca sagrada que continha as tábuas da lei) irá à frente. Todos devem segui-lo um pouco distante dele’”.
Yehoshua escolheu quatro Cohanim em vez dos Levi’im para carregar a arca. D-us orientou Yehoshua: “Diga aos Cohanim
para entrarem no Jordão e parar dentro da água, às margens do rio”. Yehoshua anunciou: “Um milagre acontecerá, o que
confirmará que o D-us Vivo está entre vós. Ele expulsará os povos de C’naan e secará o Jordão para vós”. Os Cohanim
marcharam com o Aron e pararam na margem, dentro do rio. Imediatamente, este parou de correr. Ele amontoou-se numa
alta muralha d’água. Agora, havia uma área seca para o povo atravessar. Os Cohanim permaneceram ali parados até todo o
povo atravessar com segurança. Então, voltaram para a margem leste. A água voltou a jorrar como antes. Os Cohanim
estavam no leste enquanto o povo estava no oeste, já na terra. Como iriam atravessar? Outro milagre! A arca elevou-se no ar
e carregou os Cohanim ao outro lado! Os milagres encheram o povo com temor e respeito. Yehoshua ordenou que um
homem de cada tribo pegasse uma pedra do Jordão e as carregassem até o monte Eval. Com elas construíram um altar,
fizeram oferendas e depois escreveram nelas a Torah. No monte Eval e na montanha próxima, leram as bênçãos e as
maldições. Então, desmontaram o altar e carregaram as pedras de volta para a fronteira. Yehoshua fez como Moshê ordenou,
colocando ali as doze pedras no local onde o povo atravessou. Elas lembrariam as futuras gerações do milagre ocorrido lá.
Todo judeu que entrasse veria as pedras e saberia que elas mostram que D-us dá a terra aos judeus sob a condição de
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
preservarem a Torah e as Mitsvot. (Chabad.org)
Pérolas da Parashá
Esta porção inicia com o mandamento de bikurim (primeiros frutos): “Tu os colocarás em um cesto… e o sacerdote
tirará o cesto de tua mão”. A apresentação do cesto (geralmente feito de vime) ao Cohen (sacerdote) era parte integrante do
mandamento em si. Curiosamente, enquanto os frutos trazidos eram o que havia de melhor, e selecionados somente das sete
variedades pelas quais a terra de Israel é enaltecida, o cesto utilizado era feito de um material comum. Esta aparente
‘contradição’ faz alusão à descida da alma das altas esferas e sua encarnação num corpo físico aqui embaixo. Os bikurim
simbolizam a alma e o cesto, o corpo físico. Entregar o cesto ao sacerdote representa o propósito para o qual a alma fez esta
drástica descida. O plano de D-us é que a alma pura seja revestida num corpo, um ‘recipiente’ grosseiro e inferior que a
contém. Este corpo torna difícil para a alma expressar sua conexão com D-us, até o ponto de obscurecer sua verdadeira
missão no mundo. O judaísmo explica que a descida da alma para um corpo físico é uma descida com o propósito de
ascender. É por meio de sua permanência no plano físico, tendo de enfrentar as dificuldades deste mundo e superá-las, que a
essência da alma é revelada e um nível mais elevado de espiritualidade é atingido, muito mais elevado do que jamais poderia
ser atingido. Frutos somente não são o suficiente, o objetivo da descida da alma é frutos dentro do cesto. O crescimento da
alma é conseguido através do cumprimento de mandamentos práticos, que somente podem ser feitos com a ajuda do
recipiente. Assim, a alma se torna capaz de elevar o mundo físico e transformá-lo em santidade, a intenção de toda a criação.
(Adaptado de Likutei Sichot, vol. 29).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
“Seja determinado e insistente se você quer chegar perto de D-us. De que outra forma você vai superar as dificuldades
que certamente encontrará pelo caminho?” (Rebbe Nahhman de Bratslav, Likut. Mohharan I:22).
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David Cagy ben Messodi.
Em memória e elevação das almas de Kostek Rudnik, Nissim Zeitune ben Latife, Toba Chebabo bat Rachel, Hiá
Zebulun ben Sara, Moussa Levy ben Malka, Mourad M. Balassiano ben Naime, Carlos J. Nigri ben Bida, Haim
Beniste ben Habibe, Bahie Nigri, Haim Simantob ben Habibe, Maria Simão Mansur bat Vitória e Henriqueta
Mansur.
A Equipe do LekachTob agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão deste folheto e
na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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ָ ָ ם ֑ ַה ֖ךְ ַצְמ יִ֥כֹנֽ ־רֶ ֲא לֹ֛כְ ֔לֹקְב ָ֣ ְעַמָֽ ְו ֙ךי ֶ֨ק אֱל ִ ‫כ ֛ל אֲ ֶ ר־ ֽ ֹנ‬ ֹ ְ ‫בק ֹ֔ל‬ ְ ָ֣ ‫ע‬ ְ ‫מ‬ ַ ָֽ ‫ב ָ ֞ עַד־ה ֤' אֱ ל ֹקֶ֨ יךָ֙ ְו‬ ְ ַ ‫ְו‬ ָ ֶֽ ‫פ‬ ָ ֶ ‫בנ‬ ‫ך׃‬ ְ ַ ‫בכָל־נ‬ ְ ָ ֖‫בבְך‬ ָֽ ‫ל‬ ְ ‫֔יך ְ כָל־‬ ָ ‫ָ ֣ה‬

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