׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ ׃ ָ ְב ָֽתָ ר֥

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ ׃ ָ ְב ָֽתָ ר֥
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Zachor Shalom! Parashá Tetsaveh – 09 de Adar de 5772 (03/03/2012)
Ano-5 N-247
‫ב ָ׃‬
ְ ‫ָת‬
ָֽ
‫מ ִ פ ְְרך֖ ָ אֲ ֶ ֥ר‬
ֽ ִ ‫מחֵ ֣נ ִי נָ֔א‬
ְ ‫ָאתם וְאִ ם־ ֕ י ִן‬
ָ֑
ַ‫ע ֖ ָ ה אִ ם־ ִ ָ ֣א ח‬
ַ ‫ְו‬
“E, agora, se perdoas seu pecado, está bem, e, se não, risca-me, rogo, do Teu Livro, que escreveste” (Shemot
32:32 [que leremos na Parashá da próxima semana])
O Baal HaTurim aponta que, desde o nascimento de Moshê até sua morte, a Parashá Tetsaveh é a única
(com exceção de algumas poucas Parashot em Debarim, nas quais Moshê fala na primeira pessoa) em que seu
nome não é mencionado uma única vez. Ele explica que isso acontece porque, na Parashá da próxima
semana, Moshê implorou a D-us para perdoar o Povo Judeu pelo pecado do Bezerro de Ouro. Ele pediu (vide
passuk acima) que, se D-us não lhes perdoasse, seu nome também fosse apagado de toda a Torah. Embora
D-us tenha aceitado as orações de Moshê e perdoado o Povo Judeu, o Talmud (Makot 11) ensina que uma
maldição condicional de um Tsadik será cumprida mesmo se a condição em si não venha a ocorrer. D-us
cumpriu parcialmente a exortação de Moshê, removendo seu nome de uma Parashá inteira. Mas esta
explicação levanta ainda outra questão: por que o nome de Moshê foi deixado de fora especificamente da
Parashá desta semana, em oposição a qualquer outra? O Gaon de Vilna aponta que o aniversário de
falecimento de Moshê, 7 de Adar, tradicionalmente, cai durante a semana da Parashá Tetsaveh. Para aludir ao
fato de que foi nessa época que Moshê foi tirado do Povo Judeu, a Torah propositalmente removeu seu nome
desta Parashá. O Oznayim L'Torah contrasta isso com o costume não-judaico de estabelecer feriados no dia
em que seu líder tenha nascido ou morrido. Nós, por outro lado, reconhecemos que, por maior que Moshê
tenha sido, ele era ainda humano. A data de sua morte nem mesmo é explicitada na Torah e, durante a semana
em que ele faleceu, ele não é sequer mencionada na Parashá. Alternativamente, o rabino Zev Leff explica que,
segundo Rashi (4:14), Moshê havia sido originalmente delegado para servir como o Cohen Gadol, mas esta
posição foi-lhe tirada e transferida para seu irmão Aharon. A Parashá Tetsaveh trata quase exclusivamente do
vestuário e do procedimentos para consagração do Cohen Gadol. Alguém poderia pensar que Moshê se
amarguraria ao ser lembrado da perda daquilo que ele poderia ter sido, e gostaria de ser compensado tendo,
pelo menos, seu nome mencionado repetidamente. Para demonstrar que Moshê estava genuinamente feliz com
a nomeação de seu irmão, seu nome não é mencionado uma única vez na Parashá que deveria girar em torno
dele, uma vez que ele se afastou voluntariamente para deixar a Aharon seu momento de honraria...
Finalmente, o rabino Obadiah Yossef sugere que a palavra “‫“ – ”ספרך‬teu livro” , do qual Moshê pediu para ter
seu nome removido, pode também ser lida como “‫ך‬-‫”ספר‬, isto é, a 20a. porção na Torah, que é Tetsaveh.
(Baseado no artigo “Moshe’s Missing Parsha” de Rabbi Ozer Alport – www.aish.com)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Tetsaveh (Livro de Shemot – Êxodo 27:20 – 30:10)
D-us diz a Moshé para receber dos Filhos de Israel azeite puro de oliva para alimentar a “chama
perpétua” da Menorah, que Aharon deveria acender todo dia “da noite até a manhã”. As vestimentas
sacerdotais, a serem usadas pelos cohanim (sacerdotes) durante os serviços no Santuário, são descritas. Todos
os cohanim usavam: 1) o ketonet – uma longa túnica de linho; 2) michnasayim – calções de linho; 3) mitsnefet
– um turbante de linho; 4) abnet – uma longa faixa enrolada acima da cintura. Além disso, o Cohen Gadol
(sumo-sacerdote) usava: 5) o efod – um tipo de avental feito de lã tingida de azul, roxo e vermelho, linho e
fios de ouro; 6) o Hhoshen – uma placa peitoral contendo doze pedras preciosas inscritas com os nomes das
doze tribos de Israel; 7) me’il – um casaco de lã azul, com sinos e romãs em sua bainha; 8) tsits – uma placa
de ouro usada sobre a fronte, carregando a inscrição “Sagrado para D-us”. Por fim, instruções detalhadas são
dadas por D-us para a iniciação ao sacerdócio de Aharon e seus filhos (Nadab, Abihu, El’azar e Itamar)
durante sete dias e para a confecção de um Altar de Ouro no qual o incenso seria queimado. (Adaptado do “Parashá
em uma Casca de Noz”)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
A Importância de se Respeitar o Tempo Certo
A Guemará (Massechet Shabat) conta uma história fascinante que se relaciona com esta Parashá. Uma
vez, um gentio estava passando por uma Yeshivá e ouviu o rabino ensinando seus alunos sobre Bigdeh
Kehuná. O homem ouviu a descrição das vestes espetacularmente bonitas usadas pelo Cohen Gadol, e decidiu
que queria tornar-se um Cohen Gadol. Então, ele foi à casa do grande Sábio Shammai, e disse que queria
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BS “D
converter-se ao Judaísmo para que pudesse ser o Cohen Gadol e vestir as roupas magníficas do sumosacerdote. Shammai era conhecido por ter pouca paciência ou tolerância para disparates, e, assim, rejeitou
rispidamente o pedido do homem expulsando-o de sua casa. Ainda perseverante, o homem foi até o outro
grande Sábio na época, Hillel, que era conhecido por sua paciência e indulgência. Hillel acolheu
calorosamente o homem e decidiu conduzi-lo pelo processo de conversão. Depois que o homem havia-se
convertido ao Judaísmo, Hillel disse-lhe: “Uma pessoa não pode tornar-se rei até que estude todo o protocolo
real. Para se tornar Cohen Gadol, tu precisas aprender Torah”. O homem concordou, e começou a estudar...
Ao longo dos estudos, ele se deparou com o versículo, “Ha'zar ha'kareb yumat”, que adverte que um
“estranho”, ou não-Cohen, que desempenhe os ritos sacerdotais é passível de morte. O convertido ficou
assustado com a perspectiva de que ele seria condenável à morte se ele se “tornasse” um Cohen! E, então, ele
correu para Hillel e pediu-lhe que explicasse a que se refere o versículo... “Até mesmo David, rei de Israel”,
Hillel explicou, “é suscetível de morte se ele executar os ritos atribuídos aos Cohanim”. O homem percebeu
que, se até mesmo o rei David não tem o direito de servir como um Cohen, então certamente ele, um
convertido, não pode tornar-se um Cohen. Ele humildemente aceitou esse destino, continuou a estudar, e
tornou-se um estudioso de Torah realizado. A questão que surge é: por que Hillel não conscientizou o homem
desde o início de que ele nunca poderia servir como Cohen Gadol, esperando que ele descobrisse por conta
própria? Alguns Hhachamim explicam que, quando se trata de crescimento religioso, o “tempo certo” é tudo.
Quando o homem se aproximou inicialmente de Hillel, Hillel entendeu que, em seu estado de entusiasmo
sobre as Bigdeh Kehuná, ele não estava preparado para aceitar a mensagem de “Ha'zar ha'kareb yumat”.
Naquele momento, seria inútil explicar a ele que os direitos e privilégios do sacerdócio são reservados apenas
aos descendentes de Aharon. Hillel, assim, sabiamente esperou que o homem atingisse esta noção por conta
própria. Ele sabia que, quando o convertido chegasse a esta informação através de seus próprios esforços
voluntários, e não através de instruções e palestras, ele estaria preparado para aceitá-la. Esta é uma lição
crucial referente à educação e aos nossos esforços de influenciar as pessoas ao nosso redor. As pessoas, muitas
vezes, não são receptivas a críticas e discursos. Elas simplesmente ainda não estão preparadas para aceitá-los.
Muitas vezes, é melhor mantermos o silêncio, dando tempo à pessoa, e esperando que ela cresça e se
desenvolva, para chegar à compreensão por conta própria. Não podemos saltar imediatamente para criticar e
corrigir tudo o que vemos de errado. Devemos esperar o momento oportuno, o momento em que a pessoa é
receptiva a mudanças, ou esperar que ela aprenda a lição por si própria, no seu próprio ritmo, de uma maneira
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
que lhe seja adequada. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
As Pedras Preciosas da Placa Peitoral
D-us ordenou que se pusessem doze pedras preciosas engastadas sobre o material tecido do peitoral.
Sobre cada pedra estava escrito o nome de uma das doze tribos. Além desses nomes, as pedras possuíam
também as seguintes palavras na placa peitoral: “Abraham, Itshhak, Yaakob, Shibtê Yeshurun”. Estas palavras
adicionais estavam distribuídas sobre todas as gemas, de tal maneira que cada pedra tinha o total de seis letras.
Assim, todas as letras do Alef-Bet estavam incluídas na placa. Por que a placa deveria conter todas as letras
possíveis? Quando o Povo de Israel precisava consultar D-us sobre assuntos importantes, essas letras se
iluminavam, formando sentenças, a fim de transmitir a resposta de D-us. A placa portava os nomes de nossos
patriarcas e das tribos, para servir como lembrete do mérito de nossos grandes antepassados e o das tribos. As
quatro colunas aludem ao mérito de nossas quatro matriarcas. Esses méritos auxiliavam o Sumo-Sacerdote a
obter expiação para o povo judeu. Enquanto o Sumo-Sacerdote usava a placa, não podia, em nenhum
momento, esquecer o Povo Judeu. Tinha-os presentes (simbolizados pelos nomes das tribos) enquanto
cumpria o serviço Divino. Ao rezar, pedia a D-us que os ajudasse e os abençoasse. (Chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
É melhor ser chamado de “tolo” por seus pares durante toda a vida do que ser “mau” aos “Olhos” de
D-us mesmo que por um instante... (Mishná Massechet Ediyot Perek 5:6)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de Jacob Saad Nigri Ben Sarina, Marcos Adissi Ben Raquel, Alberto Chelomô Cohen Ben Shoshana,
Esther Dana Nigri Bat Farida, Antoniette Esquenazi Bat Sarah, Faride Beniste Zeitoune Bat Habibe, Jacob Melzac Ben Sara, Zaquie Levy
Bat Jamile, Bida Balassiano Bat Miriam, Haia Rachel Nigri Varsano Bat Foreta, Marie El-Mann Bat Ribcá, Elias Salomão Balassiano Ben
Faride, Regina Acher Cohen Bat Esther, Amalya Khalili Boukai Bat Ora, Carlos David Zeitune Ben Saada, Salomão Chabetai Levy Ben
Zaquie, Jacob Mayr Mizrahi Ben Simhá, Jamile Balassiano Bat Rene e Zebulum Cohen Ben Regina.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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ָ ָ ם ֑ ַה ֖ךְ ַצְמ יִ֥כֹנֽ ־רֶ ֲא לֹ֛כְ ֔לֹקְב ָ֣ ְעַמָֽ ְו ֙ךי ֶ֨ק אֱל No dia de sua morte, Moshê reuniu todo o Povo Judeu e ratificou o Pacto Divino, confirmando o Povo de Israel como o Povo Escolhido por D-us por todas as gerações futuras, com seus direitos e respon...

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