׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ תֹ֖בָע־ץֵע ף

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ תֹ֖בָע־ץֵע ף
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Hhol haMo’ed de Sucot – 20 de Tishrei de 5773 (06/10/2012)
Ano-6 N-278
‫ב֖ת‬
ֹ ‫ע‬
ָ ‫ענ ַ ֥ף עֵץ־‬
ֲ ֽ‫מ ִ ֔רים ַו‬
ָ ְ ‫ע ֤ץ הָ ָדר֙ ַ ֹ ֣ת‬
ֵ ‫ה ִֽרא ֗ ן ְִ֨רי‬
ָ ‫כ֜ם ַ ֣ ם‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫לְקַ חְ ֶ֨ ם‬
‫מֽים׃‬
ִ ָ ‫ע ֥ת י‬
ַ ‫ב‬
ְ ִ ‫כם‬
ֶ֖ ‫ל ֹקֵ י‬
ֽ ֱ‫פנ ֵ ֛י ה ֥' א‬
ְ ‫ל‬
ִ ‫מחְ ֶ֗ ם‬
ַ ְ ‫ע ְרבֵי־נ ָ ֑חַ ל‬
ַ ‫ְו‬
“E tomareis para vós, no primeiro dia, o fruto da árvore formosa, palmas de palmeira, ramos de murta e de
salgueiro de ribeiras, e vos alegrareis diante do Eter-no ,vosso D-us, por sete dias” (Vaicrá 23:40)
Nossos sábios procuram responder sobre o significado das Quatro Espécies, comparando-as aos quatro tipos
de judeus que formam nosso povo. O Etrog (cidra) tem sabor e aroma, o Lulab (folha de palmeira) tem sabor mas não
tem aroma, o Hadás (murta) tem aroma mas não tem sabor e o Arabah (salgueiro) não possui nem um nem outro. Da
mesma forma, também existem judeus que têm a seu crédito tanto as boas ações como o estudo da Torah; outros
possuem apenas uma dessas virtudes e a outros ainda faltam-lhes ambas. Assim como essas quatro variedades
precisam ser reunidas para que seja cumprido o Mandamento, assim também é necessário que as quatro categorias de
judeus estejam unidas para formar uma comunidade, um povo. A união é uma das bases da existência. Enquanto nos
conservarmos unidos e um velar pelo bem-estar do outro, estará assegurado o futuro. Este é o intuito das quatro
variedades de plantas – a reunião de todas as partes do povo, não excluindo os que desconhecem a tradição. Quando
seguramos as Quatro Espécies nas mãos, o Etrog, segundo a tradição, deve estar mais perto das Arabot do que das
outras duas variedades. Com isto, mostramos que este não se recusa a se misturar com as espécies de menor valor,
especialmente o salgueiro; o Etrog expressa a sua humildade e o desejo de união. Esta é a mais bela lição que as
plantas nos oferecem. Uma mensagem para o ano todo! É preciso lembrar, no entanto, que apenas a união não é
suficiente; cada um precisa esforçar-se para elevar-se à qualidade do Etrog. O que ele simboliza? A cidra não tem,
como as outras frutas, época certa de amadurecimento. É encontrada o ano todo... Por outro lado, existem judeus cujo
judaísmo e devoção dependem de certas condições ou épocas. Alguns, por exemplo, tornam-se religiosos nas horas
difíceis – mas, em tempos normais, quando tudo lhes corre bem, seu judaísmo não se manifesta. São os judeus de
ocasião. Outros seguem a tradição apenas em certos dias, por exemplo, nas Grandes Festas, mas, durante o resto do
ano, mostram-se indiferentes à religião. São os judeus de temporada. O verdadeiro judeu, no entanto, é aquele para
quem o judaísmo não está condicionado a circunstâncias ou épocas. Este é representado pelo Etrog – “a fruta que pode
ser encontrada na árvore o ano todo”. Dizem ainda os nossos Sábios que as Quatro Espécies também representam a
união dentro do indivíduo. O Etrog tem a aparência do coração; o Lulab, da espinha dorsal; os Hadassim simbolizam
os olhos e a Arabah, a boca. Todos os membros e sentidos devem estar unidos para desempenhar suas funções com
perfeição. Se o coração sente uma coisa e a boca diz outra, o homem não é honesto. Se os olhos vêem a verdade e a
espinha dorsal se curva diante da mentira porque esta é mais forte, o homem não é o que devia ser. Mais uma lição nos
traz o Etrog. A Mitsvá principal em relação à cidra é que ela deve ser de propriedade da pessoa – de seu próprio jardim
ou comprada com seu dinheiro. Com um Etrog alheio, não se cumpre o Mandamento. O Etrog – coração do povo
judeu – sempre deve ser dele mesmo, leal ao povo judeu e a D-us. Deve participar das alegrias e tristezas de sua gente.
Se o coração do judeu está repleto de idéias e opiniões alheias, não é um coração judaico. O Lulab – a espinha dorsal
do povo judeu – deve também ser de sua propriedade, orgulhoso de sua lealdade para com os ideais de seu povo. Não
deve curvar-se nem se deixar influenciar pelos outros. Os Hadassim – os olhos do povo judeu – devem sempre se
dirigir para seu povo, à procura de meios para o ajudar. Se desviar o olhar e começar a imitar os outros, abandonará
seus próprios valores. A Arabah – a boca do judeu – deve ser primordialmente leal a si mesma. Quando um judeu
calunia outro ou desdenha das tradições e ideais judaicos, espalha o ódio e o desprezo para com seu povo e causa
vergonha a si mesmo. Uma boca judaica deve expressar os anseios do povo judeu, exigir todos seus direitos e defendêlo de quaisquer ataques. (Adaptado do site: www.chabad.org.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Curiosidade da Semana:
A Teshubah de Sucot
Conta-se uma história hhassídica de um homem que veio ao seu Rabbi pedindo uma receita para Teshubah. Ele
entregou ao rabino uma lista de muitos pecados graves que havia cometido, e o rabino leu a lista com cuidado. Este avisou
ao homem que ele devia passar por um processo longo e difícil para expiar todos estes crimes, e, antes de especificar, ele fez
o homem prometer que faria exatamente o que lhe fosse dito. O homem concordou, e o rabino ordenou-lhe que comesse um
café-da-manhã saudável e um farto e variado jantar todos os dias do ano seguinte. Ele também foi obrigado a comprar camas
especialmente confortáveis e os melhores cobertores disponíveis. O homem, que esperava uma receita de jejuns e autoaflição, ficou muito feliz ao ouvir estas instruções e fez exatamente o que o rabino tinha dito. Mas, algumas semanas depois,
quando ele estava apreciando seu delicioso café-da-manhã, de repente, ele começou a tremer. Ele gritou: “Como eu posso
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BS “D
comer esta deliciosa comida?! Como posso permitir-me experimentar tal prazer se eu sou um pecador?! Eu traí D-us, e é
isso que Ele me dá?!” Cheio de culpa e vergonha, ele perdeu o apetite e não conseguia pôr-se a comer. Mas sua esposa o
lembrou de sua promessa ao rabino, e assim ele se obrigou. A cada refeição, e a cada noite de sono confortável, seu
sentimento de culpa se intensificou. Finalmente, depois de um ano, ele retornou ao rabino e contou-lhe suas experiências. O
rabino disse: “Você agora é um Baal Teshubah... Agora que você sente remorso genuíno e culpa, você concluiu com êxito o
processo de arrependimento”. Séculos atrás, era comum entre os judeus exercer abnegação e auto-aflição como forma de
arrependimento. O Arizal rolava nos espinhos e se fazia sangrar; outros pietistas tinham o costume de rolar na neve nas
manhãs frias de inverno. Muitos cabalistas realizavam vários jejuns a cada semana. Essas práticas não são aplicáveis nos
dias de hoje, quando estamos fisicamente frágeis. Um dia por ano, no Yom Kipur, seguimos essa abordagem para Teshubah,
negando a nós mesmos o conforto físico e o prazer como um meio para limpar e purificar a nós mesmos. Mas isso não nos
traria proveito durante todo o ano... Os meios mais eficazes de Teshubah para nossa geração são as instruções que o Rabbi
deu ao seu Hhassid. Em vez de se imporem abstinências, deve-se, ao contrário, comer um bom café-da-manhã todos os dias,
comprar roupas, ter uma vida confortável em nossas casas, e permitir-se, com razoável moderação, certo grau de prazer
físico e material. Não obstante, a cada vez que se fizer uma compra, toda vez que se sentar para um jantar saudável,
devemos nos perguntar: “Será que eu realmente mereço isso?”. Cada momento de prazer deve ser experimentado como um
momento de Teshubah, um momento de culpa, de remorso sincero. Com esta atitude, devemos realizar Teshubah várias
vezes por cada dia de nossas vidas. Devemos reconhecer que D-us está nos dando algo que não merecemos, e isso deve
inspirar-nos a crescer e melhorar. Neste sentido, a Teshubah real começa em Sucot. Em contraste direto com o Yom Kipur,
em Sucot, nos é dito para comermos os melhores alimentos, para nos alegrarmos, comemorarmos, cantarmos, dançarmos,
desfrutarmos. Depois de confessarmos nossos pecados várias vezes alguns dias antes, no dia de Yom Kipur, essa experiência
de alegria e celebração deve fazer-nos sentir desconfortáveis, por sermos lembrados das bênçãos que D-us nos concede
apesar das nossas falhas. Sucot, assim, nos prepara para a Teshubah de um ano, para os muitos lembretes diários que nos são
dados da nossa necessidade de arrependimento e aproximação do Todo-Poderoso. Enquanto a Teshubah do Yom Kipur é
apropriada um dia por ano, a Teshubah de Sucot deve ser praticada todos os dias do ano, cada vez que desfrutarmos de uma
das muitas bênçãos que recebemos de D-us mesmo sem merecermos. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Moshê Diz Louvores a D-us e ao Povo Judeu
Na Parashá Vezot Haberachá, lida na Festa de Simhhá Torah, Moshê concluiu suas bênçãos com louvores a D-us
e K’lal Israel. Os louvores a D-us também serviram para encorajar os judeus porque D-us os ajudaria mesmo depois da
morte de Moshê, que estava iminente. “Saiba, Yeshurun, que não há ninguém como o Todo-Poderoso entre as divindades
das nações. Ele é o mais poderoso acima e abaixo. Ele controla as esferas superiores e os ajuda. Sua Majestade está no Céu.
Apesar disso, Ele supervisiona todos os assuntos na terra. Vocês, o Povo Judeu, são a morada de D-us desde os tempos
antigos: o mundo foi criado pelo seu mérito. Vocês são o esteio do mundo; ele existe por causa de vocês. Ele afastou o
inimigo da sua frente – Ele destruiu os egípcios, Sihhon, e ‘Og – e Ele disse: ‘Exterminem-nos!’ (D-us nos ordenou destruir
Amalek e as sete nações de Erets Cna’an.)”. Moshê proclamou que os judeus viveriam pacificamente e com segurança em
Erets Israel: “Cada indivíduo judeu habitará com segurança numa Terra de cereais e vinho, segundo as bênçãos de Yaakob:
‘E D-us estará com vocês e os restaurará à Terra de seus antepassados.’ Os céus também farão cair o orvalho da bênção,
segundo a bênção de Itshhak: ‘Que D-us lhes dê o orvalho dos Céus’”. Moshê concluiu: “Felizes são vocês, Israel! Quem é
como vocês, um povo salvo por D-us? Quão grande é a recompensa que Ele guardou para vocês no Mundo Vindouro! Ele
devolverá a vocês a espada de sua majestade, as coroas (espirituais) que Ele removeu de vocês depois que pecaram no
incidente do bezerro de ouro. Seus inimigos ficarão com tanto medo de vocês que negarão qualquer identidade, e vocês
andarão em seus locais elevados”. A última bênção de Moshê aludia à suprema recompensa de K’lal Israel, o Mundo
Vindouro. Como prova de que sua profecia sobre a futura recompensa espiritual seria cumprida, Moshê deu sinais de que
isso ocorreria no mundo atual: que os inimigos de B’nei Israel negariam sua identidade, e que os judeus pisariam nos
pescoço de seus inimigos. As palavras de Moshê foram cumpridas, por exemplo, na época de Yehoshua: os Guibeonitas
disfarçaram sua identidade como uma das sete nações; e Yehoshua ordenou que seus generais pisassem no pescoço de cinco
reis inimigos (Yehoshua 19:24). (chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
O nome Vezot Haberachá significa “Esta é a benção”. No versículo “Este é meu D-us, e eu O louvarei”, Rashi
comenta que a palavra “esta” indica uma revelação direta, uma manifestação da Divindade tão poderosa que alguém poderia
apontar e dizer: “Esta é ela!”. Da mesma forma, a frase “Esta é a benção” indica que as bênçãos que Moshê deu e dá estão
abertamente expressas, trazendo-nos um ano de bondade revelada e aparente. “O Povo Judeu, a Torah, e o Santo, Bendito
seja Ele, são um”. Revelar a faísca interior de D-us que nós possuímos através de nossa conduta na Torah permitirá que esta
sirva como um meio de bênçãos, transmitindo a bondade de D-us dos mundos espirituais para nosso mundo material. (Baseado
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
no Likkutei Sichos, v. IX, p. 237ff.)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Renee bat Sarita.
Em memória e elevação das almas de Elias Jacob Nigri Ben Chulamita, Jacob Aslan Cohen Ben Rosa, Lázaro G. Setton Ben Malake e Haron
José Hadid Ben Jamile.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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ָ ָ ם ֑ ַה ֖ךְ ַצְמ יִ֥כֹנֽ ־רֶ ֲא לֹ֛כְ ֔לֹקְב ָ֣ ְעַמָֽ ְו ֙ךי ֶ֨ק אֱל No dia de sua morte, Moshê reuniu todo o Povo Judeu e ratificou o Pacto Divino, confirmando o Povo de Israel como o Povo Escolhido por D-us por todas as gerações futuras, com seus direitos e respon...

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