PPEETT IIM MAAGGEEM M

Transcrição

PPEETT IIM MAAGGEEM M
Boletim Informativo 2-2007
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Estamos comunicando com satisfação nossos novos serviços na especialidade de Anatomia
Patológica, sob a chefia da Dra. Silvana Maris Círio, Médica Veterinária Patologista, que a partir deste
mês estará à disposição dos nossos colegas para um atendimento especializado, esclarecendo
dúvidas e sugerindo alguns exames diagnósticos. Estaremos entregando para nossos conveniados um
kit para a remessa de material, além da relação de exames e tabela de preço do setor. Aguardem
nossa visita.
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Considerando a freqüência das endocrinopatias na rotina clínica, disponibilizamos a
especialidade de Endocrinologia sob responsabilidade da médica veterinária Patrícia Rick Barbosa
que será feita com a indicação do médico veterinário clínico, cujo benefício desta parceria será a
melhora do estado geral do seu paciente. Também levando em consideração a alta incidência de
obesidade nos pets, seu controle é uma nova abordagem da endocrinologia que também ficará sob
responsabilidade desta médica veterinária. Estaremos à disposição para os esclarecimentos que se
fizerem necessários.
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Estamos disponibilizando as matérias sobre a especialidade de endocrinologia, a primeira trata
de alguns sinais não específicos, que podem encobrir problemas endócrinos, presença constante na
rotina clínica, além da matéria sobre o controle da obesidade. Espero que aproveitem os textos e
estaremos à disposição.
M V Patrícia Rick Barbosa
Responsável pelo serviço de Endocrinologia da PET IMAGEM – Diagnósticos Veterinários
ALERTA PARA ESTES SINAIS CLÍNICOS : ELES PODEM ENCOBRIR ALGUMA DOENÇA MAIS SEVERA
Uma vez que os hormônios atuam em diversas partes do organismo, os sinais e sintomas sempre serão
variados e relacionados a uma série de órgãos do corpo. É possível notar alterações reprodutivas,
comportamentais, dermatológicas, cardíacas, gastrintestinais, hematológicas, metabólicas, oculares e
neuromusculares.
Assim o médico veterinário quando se deparar com um animal com alguns sinais citados abaixo
poderá desconfiar de uma endocrinopatia.
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Alterações Cardiovasculares:
Bradicardia
Taquicardia
Arritmias cardíacas
Alterações Dermatológicas:
Alopecia
“Cauda de rato”
Pêlo seco
Hiperpigmentação
Seborréia
Pioderma
Pele fina
Comedões
Infecções cutâneas
Calcinose
Alterações Metabólicas:
Letargia
Ganho de peso
Perda de peso
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Excitabilidade
Anorexia
Hiperglicemia persistente
Glicosúria
Comportamento agressivo
Intolerância ao exercício
Intolerância ao frio
Alterações Gastrintestinais:
Diarréia
Vômito
Alterações Hematológicas:
Anemia
Hiperlipidemia
Coagulopatia
Alterações Neuromusculares:
Ataxia
Convulsões
Paralisia Nervo Facial
Fraqueza
Tremores musculares
Fasciculações faciais
Alterações Oculares:
Depósito de lipídeo na córnea
Úlcera de córnea
Uveítes
Catarata
Alterações Reprodutivas:
Anestro persistente
Atrofia testicular
Estro silencioso
Pouca libido
Assim como os seres humanos, os animais possuem uma variedade de endocrinopatias, que
são cada vez mais freqüentes na medicina veterinária. Podemos citar uma ampla lista de disordens
endocrinológicas que afetam os animais:
Diabetes Mellitus
Diabetes Insipidus
Hiperadrenocorticismo
Hipoadrenocorticismo
Hipertireoidismo
Hipotireoidismo
Hiperparatireoidismo
Hipoparatireoidismo
Feocromocitoma
Insulinoma
Dermatose responsiva ao GH
Dermatose responsiva à castração
Hiperestrogenismo
Entre outras
Entre as doenças acima citadas, as mais frequentemente diagnosticadas em cães são a
diabetes mellitus, o hiperadrenocorticismo e o hipotireoidismo enquanto em gatos é a diabetes mellitus
e o hipertireoidismo.
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A diabetes em cães apresenta uma prevalência de 1:100 a 1:500, que vem se mostrando
cada vez mais comum nas rotinas clínicas, talvez pelo aumento na incidência de obesidade nos
animais. Alguns autores citam uma prevalência de 0,3 a 1% e que o crescente número de animais nas
grandes cidades, associado às condições de vida moderna (resultando em aumento de peso
corporal, redução da atividade física e maior estresse psicológico) seriam as principais causas para
esta elevada incidência.
Já o hipotireoidismo tem uma incidência de 1:156 a 1:500, dependendo dos critérios de
diagnóstico. Esta disordem endócrina pode estar sendo superestimada pelos veterinários, pois é de
difícil diagnóstico já que os hormônios produzidos pela tireóide variam muito em concentração.
Existem inúmeras variáveis que afetam as concentrações basais dos hormônios tireoideos:
Idade
Raça
Temperatura ambiental e corporal
Ritmo diurno
Obesidade
Desnutrição e inanição
Estro e prenhez
Para o diagnóstico de um distúrbio endocrinológico, primeiramente, deve-se analisar os sinais
clínicos e sintomas para depois realizar dosagens bioquímicas e hormonais, raio-x, ultra-som e testes de
função específica como o teste de supressão com dexametasona, teste de estimulação com ACTH,
entre outros.
Um diagnóstico correto é muito importante, pois normalmente estes animais são de meia idade
a idosos, correm risco de morte e têm uma sobrevida menor que os animais saudáveis.
O tratamento dessas doenças citadas é imprescindível para que o animal tenha uma melhor
qualidade de vida e uma maior sobrevida. Para que isto aconteça é necessário que o veterinário
responsável, juntamente com o proprietário monitorem o animal periodicamente pelo resto da vida.
Devem ser feitos exames com freqüência para que possa avaliar o andamento do tratamento e
analisar se a dosagem da medicação deve ou não ser modificada.
O tipo de medicação a ser utilizado também é de grande valia para estes animais, pois, como
por exemplo, no caso da diabetes mellitus a escolha da insulina correta é fundamental para o sucesso
do tratamento. Se for escolhida a insulina errada ou administrada a dosagem incorreta, o animal pode
ter uma hipoglicemia podendo o levar à morte.
Nunca se deve esquecer que estes animais precisam de muito cuidado, pois podem ter crises
emergenciais como uma cetoacidose diabética, hipoadrenocorticismo em animal tratado para
Síndrome de Cushing, hipoglicemia, onde o tratamento intensivo deve ser rapidamente instituído.
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OBESIDADE x VIDA SAUDÁVEL
A obesidade é caracterizada como um aumento da deposição de células adiposas em níveis
maiores que os compatíveis com as funções fisiológicas.
A prevalência da obesidade na população canina vem aumentando nos últimos anos, e com
isso sobrevém o surgimento de várias alterações metabólicas, dentre as quais a diabetes mellitus,
chegando a atingir 25% da população. Estimas-se que a obesidade afeta 6-12% dos felinos e 25-45%
dos caninos.
Há poucos anos descobriu-se que o tecido adiposo não tem apenas a função de acúmulo de
triglicerídeos, ele é também parte do sistema endócrino, responsável pela liberação de hormônios e
fatores que mantêm o peso corporal. Devido à alta palatabilidade dos alimentos houve uma
desregulação destes mecanismos, desenvolvendo-se a obesidade.
Quando o aumento de peso excessivo se desenvolve no animal adulto, ocorre um aumento no
tamanho dos adipócitos, porém, quando isto ocorre no animal jovem, o número de adipócitos é que
aumenta, não havendo forma de retornar ao número inicial. Devido a isso, este tipo de obesidade é
mais dificilmente tratada.
Existem algumas causas para o aumento de peso:
Super alimentação
Hormonal
Stress
Falta de atividade física
A má nutrição é a principal causa da obesidade nos animais domésticos atualmente. Sabe-se
que em sua origem, os cães alimentavam-se de pequenas presas, o que constituía basicamente em
proteínas e carboidratos. Com a domesticação, adquiriu-se o hábito de alimentar os animais com
dietas caseiras e rações comerciais, passando os carboidratos a fazer parte da rotina dietética dos
cães.
Animais castrados têm probabilidade duas vezes maior de se tornarem obesos em função das
alterações hormonais. Cães hipotireoideos também tendem a ter aumento de peso excessivo, devido
à diminuição do metabolismo basal. Animais com idade avançada também tendem ao aumento de
peso devido ao baixo gasto energético (reduzidas atividades físicas e alterações no metabolismo
corporal em função da idade).
Além das causas listadas acima deve ser citada também a predisposição racial. Algumas
raças como retrevier do labrador, basset hound, cocker spaniell, beagle e daschund têm muita
facilidade em obter um peso excessivo.
Apesar de muitos proprietários acharem seus animais de estimação gordinhos saudáveis e
bonitinhos há muitas complicações envolvendo a saúde desses animais. Essas complicações nem
sempre são visíveis em um primeiro momento ou então não são vistas como uma conseqüência da
obesidade.
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Abaixo está citado alguns problemas comuns decorrentes da obesidade:
Aumento da pressão arterial
Diminuição da resistência imunológica
Insuficiência cardiorespiratória
Patologias do sistema reprodutivo
Predisposição a diabetes mellitus
Aumento dos riscos anestésicos e cirúrgicos
Problemas articulares
Problemas dermatológicos
A predisposição a diabetes mellitus é de grande importância, pois é uma endocrinopatia que
requer muito cuidado. O animal diabético não tratado pode vir a ter uma cetoacidose diabética e ser
internado com urgência para reverter à situação. A obesidade é um fator importante para o
desenvolvimento desta doença, pois causa resistência à insulina.
A primeira parte do corp a sofrer é a coluna vertebral, que passa a ser exigida em excesso.
Mas além da coluna, cães obesos podem apresentar ainda muitos problemas de pele e eczemas
além de comportamentos sonolentos, perder o fôlego com facilidade e dificuldade em caminhar.
O excesso de peso geralmente não é difícil de ser reconhecido, mas o diagnóstico correto
requer a identificação dos níveis de risco e isto, frequentemente, necessita de algumas formas de
identificação.
Existem várias formas de identificação de obesidade e sobrepeso como cálculo do IMC
adaptado para o cão, cálculos específicos que nos dizem, através das medidas do animal, quanto de
peso ele deve perder e quantas gramas diárias de ração comer.
A obesidade requer um acompanhamento periódico do animal, para avaliar seu peso,
quanto ele está perdendo por semana, pois existe um valor mínimo e máximo de peso que pode ser
perdido semanalmente, qual a porcentagem de gordura desse animal e suas condições clínicas.
Exames laboratoriais devem ser feitos antes de começar uma dieta e durante o período de restrição
alimentar.
O animal obeso é um doente potencial e deve ser tratado. O tratamento envolve restrição
calórica com dieta adequada e exercícios físicos. O tipo de exercício vai depender das condições
físicas do animal e do seu peso para não sobrecarregar as articulações e não exigir demais da sua
condição cardiorespiratória. O médico veterinário especialista junto com o clínico devem
acompanhar conjuntamente o tratamento e desta forma fazer o controle da evolução do caso,
permitindo uma qualidade de vida melhor para o animal.
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