BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA
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BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA
Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DIRECÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO Praça 25 de Junho N° 37 (2° Andar) Tel.: (++ 258 -1) 30 06 64 / 5 / 43 11 37 / 42 87 71 E-mail: [email protected] Fax: (++258 - 1) 30 06 64 BOLETIM MENS@L DE COMÉRCIO AGRÍCOLA No. 66 Fevereiro 04 Baixa produção de cereais na África Austral Espera-se que a colheita de cereais da presente época na África Austral se situe abaixo do normal, como resultado da falta de pluviosidade na primeira metade da época chuvosa. Um longo período de seca e chuvas irregulares retardaram o início da época agrícola, afectando a produção em muitas partes da região. As cifras da projecção inicial das colheitas na África Austral ainda não foram divulgadas, mas dados preliminares apontam para um défice de milho entre 851 mil toneladas (sem reforço de stocks) e 2,4 milhões de toneladas (com reforço). Lesoto, Malawi, Moçambique, África do Sul, Suazilândia e Zimbabwe são os países mais afectados. Botswana, Namíbia, Tanzânia e Zâmbia poderão registar relativas melhorias nas suas colheitas. Previsões preliminares da produção de milho(´000 TM) 2002/03 País Estimativa Angola 619 Botswana 2 Lesotho 75 Malawi 1.983 Moçambique 1.250 Namibia 33 RSA 9.714 Swazilandia 73 Tanzânia 2.526 Zambia 1.207 Zimbabwe 945 SADC 18.429 2003/04 Previsões comparadas com: Previsão Média Média Indicativa 2002/03 de 5 anos de 10 anos 619 0 32 53 2,6 43 -37 -64 35 -53 -64 -69 1.850 -7 -9 3 1.288 3 10 26 33 0 3 11 7.500 -23 -16 -15 70 -3 -12 -23 2.526 0 0 3 1.230 2 29 29 1.100 16 -15 -31 16.256 -12 -8 -6 Fonte: SADC - FEWS NET e USDA A maioria dos países afectados enfrenta a seca pelo terceiro ano consecutivo. Com mais uma colheita fraca, as carências alimentares agravar-se-ão, os preços continuarão a subir e as famílias vulneráveis forçarão no máximo as suas capacidades já esgotadas para sobreviverem. 1 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC Últimas perspectivas de Milho (Fevereiro 04) Quénia - défice Embora ultimamente as condições de produção tenham melhorado, prevêse que colheita de 2003/04 seja inferior à do ano transacto, devido à irregularidade das chuvas verificadas no princípio da época agrícola. Tanzânia - défice Perspectiva-se fraca colheita para campanha agrícola 2003/04, devido a chuvas fracas e irregulares e elevados custos de insumos. Do apelo feito pelo Governo para assistência às vítimas da seca, o país recebeu 27 mil toneladas de milho contra as cerca de 46 mil toneladas solicitadas. Estima-se que o défice de cereais seja de cerca de 77 mil toneladas para o ano económico 2003/04. - Zâmbia - excedente - - Excedente de milho na ordem de 150 mil toneladas. A situação alimentar continua estável devido a boa colheita na campanha agrícola 2002/03. Na presente também se espera boa colheita, como resultado da melhoria das condições climatéricas desde Novembro/03. O Governo distribuiu 60 mil toneladas de fertilizantes e 3 mil toneladas de sementes para 150 mil famílias. Malawi - défice A época agrícola iniciou tardiamente devido à irregularidade das chuvas. Dados preliminares das perspectivas de produção indicam que este país poderá registar um défice de mais de 350 mil toneladas de milho na campanha agrícola 2003/04. Zimbabwe – défice + - + Estima-se que Zimbabwe registe um défice de milho de cerca de 500 mil toneladas de milho devido aos efeitos da seca à falta de combustíveis e a preços elevados de fertilizantes e sementes. A área semeada é inferior à de 2003/04 em 12%. O país necessita de 610 mil toneladas de cereais de ajuda alimentar para o ano económico 2003/04. África do Sul – excedente Embora a área semeada tenha sofrido uma redução em 20% relativamente a do ano transacto, as projecções da região indicam que a RSA poderá registar um excedente de milho de pouco mais de 3 milhões de tons e stocks finais de 2.8 milhões de toneladas, sendo 2.27 milhões de toneladas de milho branco e 521 do amarelo. 2 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC Preços Domésticos de Milho (gráfico 1/6) Em Fevereiro/04, os preços retalhistas de milho branco continuaram praticamente estáveis aos níveis registados no mês anterior nos mercados das cidades da Beira, Manica Tete e Nampula. Na cidade de Maputo subiram logo na primeira semana de Fevereiro/04, de 5.000 Mt/kg para 6.500 Mt/kg, preço que duma forma geral se manteve até ao fim de Fevereiro/04. Tal como aconteceu em Janeiro/04, a cidade de Tete continuou a registar o preço mais baixo (3.500 Mt/kg) e a de Maputo o mais alto (6.500 Mt/kg). A subida do preço de milho na cidade de Maputo deve-se a escassez deste cereal verificada neste período. Os preços reais, obtidos pelo ajuste dos preços nominais através do índice de preços no consumidor foram, no período em análise, iguais aos de igual período de 2002/03 nas cidades de Maputo e Nampula, ligeiramente inferiores nas cidades da Beira e Tete e ligeiramente superiores na cidade de Manica. Fonte: SIMA/DNC Projecções do Balanço Alimentar Mensal (gráficos 3/6 e 4/6) A projecção do balanço mensal de milho feita no mês de Fevereiro/04 perspectiva uma situação de oferta relativamente confortável para o abastecimento do mercado nos próximos meses. Todavia, poderão registar-se défices locais, particularmente nalgumas zonas do centro e toda a região sul do país que foram afectadas pelas calamidades naturais. No entanto, com o início das colheitas referentes à campanha agrícola 2003/04 espera-se que a oferta de milho melhore. Apesar do abrandamento da comercialização do milho nesta altura do ano, os fluxos de exportação no âmbito do comércio fronteiriço, envolvendo o sector comercial informal, estão a decorrer nas zonas fronteiriças Chegam ao Ministério da Indústria e Comércio pedidos de países vizinhos e doutros continentes, a solicitar endereços de empresas moçambicanas relacionadas com o comércio agrícola a fim de estabelecer contactos comerciais. Caso esteja interessado, favor de nos facultar os seus contactos completos através do fax 01 – 300664 ou e-mail [email protected] principalmente com o Malawi. As moageiras sediadas na zona sul do país, onde a produção é geralmente fraca, continuam a importar milho da África do Sul para assegurar o seu aprovisionamento. O balanço mensal de arroz apresenta níveis confortáveis de aprovisionamento de mercado para os próximos meses, cujos recursos provém de importação e da produção doméstica. Prevê-se o início das colheitas da campanha 2003/04 para Abril/Maio, o que vai incrementar os níveis de stocks deste produto. De um modo geral, este é um dos mais estáveis mercados de produtos alimentares, mercê do empenho dos operadores comerciais e dos produtores. A oferta de trigo, produto tradicionalmente de importação, apresenta uma situação de oferta igualmente satisfatória para os próximos meses, cujos recursos provém além de importações comerciais, de ajuda alimentar do Governo dos Estados Unidos da América. Com efeito, prevê-se para o mês de Março a chegada de cerca 3 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC de 30 mil tons de trigo ao Porto de Maputo e 8 mil tons ao Porto da Beira. Note-se que no mês de Fevereiro/04 deram entrada no Porto de Nacala 8 mil tons deste produto. Fonte: DNC Seca obriga a RSA aumentar a importação de milho Segundo reporta o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a RSA poderá vir a importar quantidades substanciais de milho no decurso do ano 2004/05 para fazer face à seca que assolou aquele pais vizinho em 2003. De acordo com o relatório daquela organização, a produção de milho na RSA baixou em pouco mais de 30% em 2002/03, para 6,6 milhões de toneladas, comparativamente às 9,7 milhões em 2001/02, das quais 4 milhões de toneladas foram de milho branco e 2,4 milhões de milho amarelo. USDA acredita que a queda acentuada da produção em 2002/03 levará à importação de 1,1 milhão de toneladas de milho na época agrícola 2004/05, sendo a maior parte de milho amarelo. A partir de Maio/03, a RSA tem vindo a importar mensalmente cerca de 49 mil toneladas de milho amarelo para aplicá-lo principalmente em rações, esperando-se que tais importações atinjam cerca de 50 mil toneladas nos próximos meses. O relatório também referiu que a escassez de milho amarelo não é um caso isolado da RSA: está sendo registada em quase toda a África Austral. Um porta-voz do USDA disse ainda que as dificuldades serão maiores no ano comercial 2004/05, quando for Caro Leitor, subscreva-se ao Boletim Mens@l do Comércio Agrícola do Ministério da Indústria e Comércio por e-mail (correio electrónico). A assinatura para o Boletim é gratuita! Favor mandar uma mensagem por email à: [email protected] necessário importar cerca de 1,1 milhão de toneladas, ou seja, perto de 100 mil toneladas de milho amarelo por mês. Por outro lado, segundo o relatório em citação, o cultivo de milho fracassou nesta época, particularmente devido à seca que cedo atingiu a época agrícola, pelo que ainda é difícil prever a produção. Em Moçambique, as regiões centro e sul têm sido as mais afectadas pela seca nos últimos anos. Contudo, espera-se que a produção possa melhorar nas zonas pouco afectadas, se o resto da presente época registar chuvas normais. União Europeia regista baixa de produção de cereais Acredita-se que a produção de cereais na União Europeia (UE) tenha caído em 2003 para o seu nível mais baixo dos últimos sete anos, devido aos efeitos adversos das condições climatéricas extremas nas colheitas daquele ano. Para além disso, a área total semeada de 36.3 milhões de hectares também foi a mais reduzida desde 1996. 4 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC De acordo com alguns analistas, a produção total de cereais do ano passado, excluindo o arroz, caiu em 10% para 188,76 milhões de toneladas, como resultado da redução, não só das áreas semeadas, como também do próprio rendimento por hectare. A primavera do ano passado caracterizou-se por um frio intenso seguido de temperaturas extremamente altas que tiveram um impacto negativo nas colheitas em toda a região sul da Europa. França e Portugal, onde a produção de cerais sofreu quedas anuais de mais de 20%, foram os países da UE mais afectados. No total, a UE produziu 82,58 milhões de toneladas de trigo comum em 2003, uma redução de cerca de 12,4% comparativamente à produção do ano transacto. Na França, o maior produtor de trigo do bloco, a produção caiu em 21,5%, para 29,28 milhões de toneladas, de 2002 para 2003. Em Portugal baixou em 51%, para 42 mil toneladas no mesmo período. A produção de trigo duro caiu em 4,5%, para 9,23 milhões de toneladas, enquanto que a de cevada baixou em 2,7%, para 46,65 milhões de toneladas. Por sua vez a produção de milho caiu em 15,7% para 34,08 milhões de toneladas. Na região da África Austral espera-se que os índices de produção de trigo da época agrícola 2003/04 sejam inferiores aos de 2002/03. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a África do Sul, o maior produtor deste cereal na região, produziu no ano transacto cerca de 1,4 milhões de toneladas, abaixo das 2,4 milhões de toneladas de 2002. As importações de trigo daquele país poderão subir para 1,2 milhões de toneladas em 2003/04 contra as 870 mil toneladas importadas em 2002/03. Entretanto, nos meados de Fevereiro/04, a Comissão Europeia confirmou que não tenciona reintroduzir subsídios para a exportação de trigo se as ofertas semanais da UE forem reiniciadas. O que são preços futuros ? Preços futuros são os preços acordados entre vendedores e compradores no presente, para a compra e venda numa data futura. Os preços futuros resultam de negociações na bolsa sobre um contrato e prevalecem para determinada uma data futura. Os contratos são, por exemplo: fornecimento de 10 toneladas de algodão com certas especificações, a serem entregues em Março de 2004, a um determinado valor. O motivo principal para a existência de bolsas agrícolas onde se negoceia preços futuros, é a gestão e diminuição de riscos de alterações imprevistas de preços de produtos no futuro. Portanto, preços futuros são o melhor prognóstico sobre o preço de um produto, que estará vigente no mercado naquela data futura. A determinação desses preços é o resultado duma monitorização contínua, feita pelos participantes nos mercados do futuro, sobre as condições da oferta e procura. As influências sobre a oferta e procura podem ter origem em factores internos, sub-regionais e internacionais. É importante assinalar que a grande maioria dos contratos não resultam na entrega física do produto, porém são realizados entre as partes que acordaram aquele contrato, mediante uma transacção financeira através da bolsa. Ironicamente, os mercados futuros, como por exemplo ‘SAFEX’ na África do Sul e ‘CBOT’ nos Estados Unidos, têm a virtude de ser mercados flutuantes e especulativos. Contudo, promovem mecanismos para assegurar preços consistentes. Concluindo, podemos dizer que um funcionamento adequado dos mercados futuros ajuda a melhorar a transparência no mercado e a estabilizar os preços. Milho regional (gráfico 5/6) Em Fevereiro/04, os preços de milho branco e amarelo continuaram a subir tanto em Rand como em Dólar no mercado Randfontein da RSA,. Em Rand, 5 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC o preço de milho branco subiu em ZAR18/ton para ZAR1312/ton e o de milho amarelo em US$90/ton. Em Dólar, o preço de milho branco subiu de US$188/ton para US$196/ton e o de milho amarelo de US$185/ton para US$204/ton. Na bolsa agrícola SAFEX da RSA, os preços de contratos futuros de milho branco cotados em Fevereiro/04 para Maio/04 também subiram se comparados com as cotações de Janeiro/04 para o mesmo período; em Rand a subida foi de ZAR1.329/ton para ZAR1.348/ton e em Dólar de US$193/ton para US$201/ton. Em relação ao milho amarelo, as cotações em Rand para o período em referência subiram de ZAR1.266/ton para ZAR1.310/ton e em Dólar de US$183/ton para 196US$/ton. Esta variação nos preços de milho é provocada pela fraca oferta do produto na região e pela apreciação do Rand face ao Dólar. As previsões actuais da colheita de cereais nos países da região apontam para cifras abaixo do normal, à excepção da África do Sul e da Zâmbia que poderão ter excedentes agrícolas para exportar para alguns países vizinhos. Fonte: DNC, FWS NET e SAFEX Mercado internacional de milho (gráfico 5/6) Em Fevereiro/04 o preço FOB Durban de milho branco registou uma subida acentuada de US$207/ton para US$225/ton, em Dólar. relativamente ao milho amarelo dos EUA, o preço FOB subiu ligeiramente de US$115/ton para US$124/ton. Na Bolsa Agrícola da Argentina, o preço FOB de milho branco continua praticamente estável à volta de US$114/ton apesar da expectativa de que a colheita da presente campanha agrícola seja baixa. Fontes: FAO & SAFEX Preços Domésticos de Arroz (gráfico 2/6) Nos mercados retalhistas das cidades de Maputo e Beira, onde a colocação de produtos é regular, o preço de arroz foi praticamente estável em Fevereiro/04, embora com alguma tendência para subir na cidade da Beira. Nas cidades de Tete e Nampula, os mesmos preços foram bastante flutuantes, com tendência crescente na cidade de Nampula. O preço mais baixo, de 7.000 Mt/kg, registou-se na cidade de Nampula, e o mais alto, de 10.000 Mt/kg nas cidades de Manica e Tete. Em relação aos preços reais, estes registaram em Fevereiro/04 índices mais baixos do que em igual período de 2002/03 nas cidades de Manica, Tete e Nampula, e ligeiramente superiores nas cidades de Maputo e Beira. Fonte: SIMA/DNC Arroz internacional Em Fevereiro/04, os preços mundiais de arroz continuaram a subir em quase todos os mercados, à excepção do dos Estados Unidos e Brasil. Nos mercados asiáticos, a subida está associada à exiguidade de disponibilidades para a exportação e às perspectivas de novos contratos importantes. No geral é provável que os preços continuem firmes em 2004, devido à redução da oferta, sobretudo na Índia e na China, onde as reservas internas se situam praticamente nos mesmos níveis desde o final de 2003 Na Tailândia, os preços de exportação continuaram a subir, estimulados pelas compras governamentais de arroz em casca para sustentar os preços domésticos. No Vietname, foram estimulados pela forte actividade do mercado externo e perspectivas de novos grandes contratos com as Filipinas e Iraque, por exemplo, No Paquistão, continuam a subir em consequência da oferta que é muito limitada. Porém, é 6 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC muito provável que a competitividade dos preços tailandeses e vietnamitas obrigue os preços paquistaneses a baixarem. Na Índia, as reservas internas encontram-se em níveis muito baixos, apesar do incremento na produção em 2003/04, de tal forma que o mercado externo continuará inactivo enquanto as autoridades locais não liberalizarem as exportações No Mercosul, Brasil anunciou que irá proibir, por medidas preventivas, as importações de arroz asiático no âmbito dos riscos de contaminação pela gripe de aves, uma medida que satisfará aos exportadores regionais. Por outro lado, com a nova safra brasileira que começa a entrar no mercado, os preços internos estão a baixar, de tal forma que os exportadores argentinos e uruguaios devem reduzir seus preços para se manterem competitivos. Fonte: InfoArroz Trigo na África do Sul (gráficos 5/6) Em Fevereiro/04, os preços futuros de trigo cotados em Rand para Maio/04 no mercado Randfontein da RSA subiram, em média, ZAR24/ton relativamente a ZAR1.720/ton, preço médio das cotações de Janeiro/04 para o mesmo período,. Em Dólar também subiram, de US$249/ton em Janeiro/04 para US$260/ton em Fevereiro. Esta subida está associada à expectativa de contracção da oferta de trigo nos próximos tempos devida à previsão de fracas colheitas na campanha 2003/, bem como à apreciação do Rand em relação ao Dólar americano. Fonte: SAFEX / DNC Trigo nos Estados Unidos (gráficos 5/6) Em Fevereiro/04, o preço de trigo HRW US Nº 1 baixou de US$167/ton para US$159/ton e o da qualidade SRW US Nº 2 subiu de US$156/ton em Janeiro/04 para 163US$/ton em Fevereiro. Como já foi referido nas edições anteriores deste Boletim, a subida dos preços é influenciada, pela irregularidade da oferta de trigo no mercado. Por outro lado, espera-se que a comercialização de trigo conheça uma redução em 2003/04, devido a boas perspectivas de colheitas nos países maiores importadores tais como: Afeganistão, Brasil, Irão e países do norte de África e a redução de gastos em importação deste cereal, por parte da União Europeia que melhorou a sua produção na presente época. Fonte: DNC, FAO & SAFEX Mercado Internacional de Açúcar (gráficos 6/6) Em Fevereiro/04, o preço de açúcar amarelo baixou de US$130/ton para US$128/ton relativamente ao de Janeiro/04, enquanto que, o de açúcar branco subiu de US$202/ton para US$210/ton. A subida de preço de açúcar branco deve estar associada a fraca oferta. Fonte: INA/DNC Mercado Internacional de Algodão (gráficos 6/6) De Janeiro/04 a Fevereiro/04, o preço de algodão de índice “A” baixou US$0.003/lb/peso, tendo passado de US$0.078/lb/peso para US$0.075/lb/peso. Aliás, o índice “A” manteve-se de certa maneira estável à volta de US$75lb/peso desde Dezembro/03, enquanto que durante todo o ano se caracterizou por oscilações de tendência ascendente. Acredita-se que preços altos impulsionem a produção mundial. Mas o crescimento económico mais lento poderá retrair a taxa de consumo mundial em 2003/04. Em Abril de 2003, o Conselho Consultivo Internacional de Algodão (CCIA) projectou o crescimento da produção mundial em 10%, devendo atingir 21.1 milhões de tons em 2003/04, igual ao 7 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC consumo mundial e que as exportações mundiais, iguais às importações, poderiam alcançar 6.56 milhões de tons, cerca de +2% que m 2002/03. Em consequência, o preço mundial de algodão, medido pelo índice “A” poderia situar-se à média de US$1.38/kg. Porém, as consequências económicas da guerra no Iraque e as medidas proteccionistas das companhias têxteis domésticas por parte dos países desenvolvidos contra as exportações chinesas poderão retrair a procura. Preços indicativos da Castanha de Caju em US$/lb/peso, FOB Índia. W180 W210 Preço 4ª semana de Janeiro 2.80 2.50-2.55 Preço 1ª semana de Março 2.80 2.45-2.50 W240 2.08-2.10 2.00-2.05 W320 1.85-1.90 1.83-1.88 W450 1.70-1.72 1.70 SW320 1.75 1.75 SW360 1.70 1.70 SSW 1.45-1.50 1.50 Amêndoa de Caju FS 1.68-1.70 1.65 Os mercados da amêndoa de caju continuaram firmes em Fevereiro/04. Algumas transacções foram registadas na Índia e Vietname sobretudo para a qualidade W320, mas em geral, os processadores continuam não dispostos a efectuar vendas antes de cobrirem as suas necessidades de matéria-prima FB 1.65 1.60 LWP 1.45-150 1.45-150 SS 1.55 1.50-1.55 SB SP 1.55 1.25-1.35 1.50-1.55 1.25-1.30 Há alguma expectativa em torno de ofertas da África Ocidental nas últimas semanas de Março. Parece haver pouco interesse por causa do preço. Os compradores só poderão adquirir a preços altos em casos de manifesta necessidade, pois eles não vêem razões para comprar nas actuais condições de mercado. Fonte: Cashew market report Esta é a sexagésima sexta edição do “Boletim Mens@l de Comércio Agrícola” publicada pela Direcção Nacional do Comércio do Ministério da Indústria e Comércio. A forma de apresentação e o conteúdo deste Boletim ainda estão na fase de desenvolvimento. Antecipadamente, agradecemos qualquer tipo de comentário sobre o formato e o conteúdo. Preparado e produzido com a colaboração do Projecto “Assistência à Gestão do Mercado” MIC e FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, financiado pela Comunidade Europeia ÍndiceACotlook-Algodão 85 80 75 70 65 60 55 50 45 40 35 Centimos US$/lb Fonte: Cotlook Qualidade ÍndiceCotlookA Jan- Fev M ar Abr M ai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan 03 8 Boletim No. 66/Fevereiro 04 DNC / MIC Glossário de termos e abreviaturas utilizadas No Boletim Mens@l de Comércio Agrícola Abreviatura B&P lda CBOT DINA DNC EUA FAO FEWS FOB GRAIN SA HRW US Nº 1 INFOCOM INA IPC IRRI ISA ISO MADER MIC Mt OMC ONG OSIRIZ (IPO) SACU SADC SAFEX SAGIS SIMA Spot SRW US Nº 2 Thai 100%B ton u/m US$ ZAR WR 10-15% WR 25% Significado Intermediaria (Broker) no SAFEX Bolsa de Chicago Direcção Nacional da Agricultura - MADER Direcção Nacional do Comércio - MIC Estados Unidos de América Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação Sistema de Aviso Prévio sobre Fome “Free on Board” - Mercadoria livre de encargos a bordo do navio no porto de origem Empresa sul-africana que difunde preços de cereais Qualidade de trigo nº1 (hard red wheat) dos EUA Informação Comercial e de Mercados – Serviços do MIC Instituto Nacional de Açúcar Índice de Preço no Consumidor Instituto Internacional de Pesquisa de Arroz Associação Internacional de Açúcar Organização Internacional de Açúcar Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural Ministério da Indústria e Comércio Metical (Moeda de Moçambique) Organização Mundial do Comércio Organização Não Governamental Organização Internacional vocacionada ao mercados de arroz União Aduaneira da Região da África Austral Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral Bolsa agrícola sul-africana de futuros Serviços de Informação de Cereais na África do Sul Sistema de Informação de Mercados Agrícolas Preço ‘spot’ significa o preço de negociação de mercadoria naquele dia Qualidade de trigo nº 2 (soft red wheat) dos EUA Arroz de Tailândia de qualidade –100%B Tonelada Unidade de medição Dólar americano (Moeda dos Estados Unidos de América) Rand sul-africano (Moeda da República da África do Sul) Arroz branco em que 10-15% está partido Arroz branco em que 25% está partido FICHA TÉCNICA Editor: Ministério da Indústria e Comércio – DNC, Praça 25 de Junho nº 37, 2º Andar Telefone: + 258 1 300664/5, Fax: +258 1 300664/5 Direcção: José Egídio Paulo Produção: INFOCOM. Redacção: Olga Munguambe, Gabriel Muianga, Francisco Filipe, Lúcia Dimene, Samuel Garicai Arone, Manuel Jamisse, José Maria, Isabel Mazive, Isabel Coutinho, Isabel Simango, Frans van de Ven e Alexander Schalke (FAO/EU-MIC). 9
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