Março - Adial

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Março - Adial
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Pró
Industrial
www.adial.com.br
REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL
edição
61
Março – 2015 – ANO VII
ATRASO
LOGÍSTICO
INCENTIVOS FISCAIS
Embate afunila: abril será decisivo
ENTREVISTA
Thiago Péra: a logística no País
EMPRESA
Jalles Machado exporta para China
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PRÓ-INDUSTRIAL
Editorial
Expediente
Presidente do Conselho de
Administração
Cesar Helou
Vice‐Presidente Financeiro
Rodrigo Penna de Siqueira
Conselho Nato
Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al‐
berto Borges de Souza
Vices‐Presidentes e Conselheiros
Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques, An‐
gelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Maximi‐
liani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, Ananias
Jusno Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egídio da Silva,
Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wilson Luiz da
Costa, Marley Antônio da Rocha, Márcio Botelho Tei‐
xeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa
Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo
Sesni Filho, Carlos Luciano Marns Ribeiro, Rivas Re‐
zende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote de
Souza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, Romar Mar‐
ns Pereira, André Luiz Bapsta Lins Rocha, Antonio Be‐
nedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.
Diretor Execu,vo
Edwal Freitas Porlho “Chequinho”
Produção
Gráfica
Contemporânea
PUC
COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS
(62) 3922‐8200 ou (62) 8287‐5575
ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º
andar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.
CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200
www.adial.com.br
País estacionado
O
ano de 2015 entra no terceiro mês e não se consegue listar meia
dúzia de notícias que podem mudar o quadro quase crônico de es‐
tagnação e baixa competitividade da indústria brasileira. O des‐
ajuste da economia começa nas contas públicas se propaga, tendo
efeitos diretos na iniciativa privada, que passa por momento recessivo, com
riscos de racionamento de água e de energia, denúncias diárias de um im‐
pressionante esquema de corrupção na principal estatal do País, arrocho fiscal
e inflação, que eleva consideravelmente o custo de produção.
Esta edição da Pró‐Industrial está recheada, infelizmente, de notícias ruins
e/ou perigosas para o setor produtivo. Divulgá‐las é também refletir caminhos
e soluções, pois é este o papel da publicação. Falamos do gargalo logístico
provocado pela mobilização dos caminhoneiros autônomos nas estradas,
mostrando o quanto é simples travar a produção e o consumo em todo País.
Usando apenas o Whatsapp (rede social instalada em celulares), uma cen‐
tena de motoristas autônomos lideraram um movimento que provocou,
ainda com cálculos preliminares, prejuízo de R$ 1 bilhão, considerando ape‐
nas perdas de empresas e secretarias estaduais de agricultura. O entrevistado
desta edição é Thiago Pera, da Esalq‐Log, ampliando o debate sobre logística
e greve. Outro tema desta edição é o desenrolar do encaminhamento dos in‐
centivos fiscais no Legislativo e no Judiciário. Atualizamos as notícias oficiais
e de bastidores do que ocorreu no último mês no Congresso e no STF, com
riscos aumentados para um embate final da validade das políticas de incen‐
tivos fiscais para abril.
Na coluna empresa, a expansão de mercado da Jalles Machado, que fecha
grande acordo de exportação de açúcar orgânico para a China.
Boa leitura.
SUMÁRIO
Março 2015
Nº 61
Ano VII
EDITORIAL País Estacionado 3. // TRANSPORTE O Brasil parou
com a greve dos caminhoneiros 4‐7.// ENTREVISTA Thiago Péra
8‐10.// NOTAS INDUSTRIAIS Energia, MP 669, Balança e notas
11.// TRIBUTOS Definições chegam na reta final 12‐13.// MAR‐
KETING & PRODUTOS Novidades na indústria 14‐15.//
LEITURA Livros Empresariais 18.// GESTÃO E CARREIRA CFO
Program 19// OPINIÃO Cesar Helou 20//
EMPRESA Jalles Machado 16‐17
EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃO
Jalles Machado(3, 16 e 17), Whatsapp (6), ANTT (7), Ministério dos Transportes (7), Esalq‐Log (9), USP (9), Denatran (10), Aneel (11), Compass (11),
Câmara dos Deputados (11 e 12), INSS (11), Receita Federal (11), STF (12 e 13), Senado (12), Confaz (12), Mitsubishi (12), Caoa (12), Ambev (12), Hy‐
permarcas (12), Piracanjuba (12 e 14), Caramuru (12), Força Sindical (13), Adial Brasil (13), Sefaz (13), SDE (13), Kibon (14), Farm (14), Tetra Pak (14),
Coca‐Cola (14), Cenoura & Bronze (14), Maria (14), Nestlé (14), BRF (14), PepsiCo (14), Kantar (14), JBS Friboi (14), Itajá (16‐17), Feira FHC Xangai (16),
Disaster Recovery Instute (18), Deloie (19) e Castro´s Hotel (19).
3
Pró-Industrial
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TRANSPORTES
Sem logística,
O
País parou nas estradas. Alimentos e combustíveis, entre outros pro‐
dutos, não saíram do lugar por dias. Em algumas cidades, ocorreu
desabastecimento. Esse cenário, causado pela decisão dos caminho‐
neiros autônomos que bloquearem as estradas para protestar contra
o governo federal, reivindicando fretes mais justos, óleo diesel mais barato,
modificações na cobrança do pedágio e sanção presidencial sem vetos da Lei
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o País parou
dos Caminhoneiros.
Os cálculos preliminares dão conta de que os prejuízos provocados pelos
bloqueios nas estradas de todo País superam R$ 1 bilhão, sem levar em conta
possíveis perdas nas indústrias, comércio e quebras de safra que podem ser oca‐
sionadas pela falta de combustíveis nas regiões produtoras no momento exato
da colheita – se não colhido no período exato, o grão perde qualidade.
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TRANSPORTES
Bloqueio das estradas
revelou gargalo ao País
O movimento dos caminhoneiros, ini‐
ciado em 18 de fevereiro, se espalhou pelo
País e foi uma lição de desorganização do
governo federal, do começo ao fim. Anún‐
cio de fechamento de acordo e negociação
da greve com sindicatos que não estavam
em greve, por exemplo, demonstra o
quanto o governo Dilma se mostrou per‐
dido diante de uma mobilização de camin‐
honeiros autônomos, sem liderança e
entidade setorial definidas e organizada
por grupos de Whatsapp.
Mesmo a solução, que sem acordo ou
negociação decente, foi capenga. O go‐
verno anunciou várias vezes que acabaram
os bloqueios e a imprensa divulgava vários
trechos interditados em seguida. No fim,
os caminhoneiros não conseguiram avan‐
çar no que se refere ao valor do diesel e do
frete, mas a presidente Dilma Rousseff
atendeu ao pedido de sancionar sem vetos
6
a Lei dos Caminhoneiros.
Para o presidente da ADIAL Log, Rivas
Rezende, a sanção da Lei dos Caminho‐
neiro foi um avanço. Mas, reforça: “O trans‐
porte rodoviário vive uma penúria e a
situação vai se agravando ano a ano. Ponto
central da discussão é que o custo operacio‐
nal do setor se elevou muito nos últimos
anos, com achatamento dos valores do frete
rodoviário. Com a disparada do diesel, essa
situação ficou insustentável.”
A falta de desenvolvimento de novos
modais, destaca Rivas Rezende, sobrecar‐
rega as rodovias e encarece, inclusive para
os transportadores, o custo de operação. A
correção do frete, que têm preços livres,
não acompanha os custos operacionais.
“Os autônomos lideraram a greve, mas
todos transportadores são afetados pelos
problemas colocados”, destacou.
A logística no País se mostrou muito
frágil com esta paralisação de fevereiro.
Apesar de faltar uma diversificação dos
modais, o investimento no modal rodoviá‐
rio, que é estratégico, cessou há anos – e
quando ocorre, transfere os custos via pe‐
dágio para quem utiliza as rodovias, o que
é custo extra para a logística nacional.
A mera sanção da Lei dos Caminhonei‐
ros não destravará a logística no Brasil. A
falta de uma diálogo do governo federal
com os operadores logísticos empresariais e
autônomos compromete a competitividade
da produção nacional e continua colocando
em risco o abastecimento nas cidades e o
transporte da produção. Sem um projeto es‐
tratégico nacional de transporte, feito na
busca de transformar o setor, teremos ape‐
nas um novo adiamento da crise, que é per‐
manente e estrutural. É preciso guardar o
discurso e trabalhar, propor diálogo e ati‐
tudes práticas ‐ antes que o setor quebre.
Pró-Industrial
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Lei dos Caminhoeiros
passa a valer no dia
17 de abril
A Lei dos Caminhoneiros, sancionada no dia 2 de março pela
presidenta Dilma Rousseff, começará a valer no dia 17 de abril,
ou seja, 45 dias após a publicação no Diário Oficial da União, que
ocorreu dia 3.
Segundo o Ministério dos Transportes, essa data vale para
todos os artigos da lei, incluindo a isenção do pagamento de pe‐
dágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios,
o aumento da tolerância máxima na pesagem de veículos de
transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de
multa por excesso de peso em penas de advertência.
O Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Trans‐
portes Terrestres (ANTT) informaram que já estão trabalhando
na regulamentação da nova legislação, estudando alternativas
para a verificação rápida e dinâmica dos veículos de carga que
trafegam vazios e a contagem do número de eixos suspensos nas
praças de pedágio.
A agência também estuda possíveis locais para implantação
dos chamados “pontos de parada” para veículos de transporte
de cargas, para atender as determinações da lei quanto ao tempo
de descanso do motorista.
A sanção da Lei dos Caminhoneiros faz parte do acordo
apresentado pelo governo para que os caminhoneiros desblo‐
queiem as estradas do país. A legislação determina o pedágio
gratuito por eixo suspenso para caminhões que não estiverem
carregados, além do perdão das multas por excesso de peso dos
caminhões, recebidas nos últimos dois anos. Com a nova me‐
dida, os donos da carga (contratantes do frete) serão responsa‐
bilizados pelo excesso de peso e transbordamento de carga.
Também está prevista a ampliação dos pontos de parada para
caminhoneiros.
Protesto encerrado com
“buzinaço” em Brasília
O último ato do protesto, iniciado em 18 de fevereiro, foi
realizado no dia 4 de março, quando caminhoneiros fizeram
um buzinaço na Esplanada dos Ministérios, como ato de pro‐
testo contra o aumento do diesel, o valor dos pedágios e a re‐
dução do preço do frete.
Os veículos saíram do estacionamento do Mané Garrin‐
cha em fila e seguiram para a Esplanada. A Polícia Militar
acompanhou todo o trajeto, que durou cerca de uma hora e
permaneceu pacífico. Após o protesto, os manifestantes
foram ir embora do Distrito Federal no dia seguinte.
7
Os Caminhões
2,2
milhões de caminhões é o tama‐
nho da frota brasileira nas estradas
As estradas
COMO ESTÃO AS RODOVIAS?
37,9%
ÓTIMAS E BOAS
62,1%
REGULAR E RUIM
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ENTREVISTA
Nome: Thiago Péra
Área de atuação: Esalq‐Log e mestre em engenharia de Logísca
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Lei do Caminhoneiro
elevou custo e reduziu
produtividade
SANÇÃO DA LEI DOS CAMINHOEIROS SEM VETOS PODE
SIGNIFICAR ELEVAÇÃO DA PRODUTIVADE DO SETOR
coordenador do Grupo de
Pesquisa e Extensão em Lo‐
gística
Agroindustrial
(ESALQ‐LOG) e mestrando em
Engenharia de Sistemas Logísticos
pela Escola Politécnica da USP,
Thiago Guilherme Péra, aponta
nesta edição da Pró‐Industrial um
quadro logístico do País e as ques‐
tões relativas ao frete rodoviário.
Thiago atua na área de ensino, pes‐
quisa e extensão em logística agroin‐
dustrial,
com
foco
no
desenvolvimento de aplicações em
transporte, armazenagem, demanda
de carga (multimodal) e ferramen‐
tais quantitativos – principalmente
na área de modelagem matemática
para otimização. Confira os princi‐
pais trechos da entrevista:
O
O sistema de transporte rodo‐
viário no País passa por uma
grave crise. Pode‐se dizer que
ela era previsível?
Em um passado não muito
distante, nós tivemos uma onda
Michal Gartenkraut
9
de manifestações no País com
reivindicações de melhorias nas
qualidades das rodovias e redu‐
ção das tarifas de pedágios, no
final da década de 1990 – du‐
rante alguns dias, a nossa econo‐
mia parou. No atual contexto, os
motoristas reivindicam redução
do preço do óleo diesel e au‐
mento nos preços de fretes. É
importante deixar claro a dife‐
rença entre o custo de transporte
e preço de frete. O custo de
transporte é formado por todos
os custos que oneram uma de‐
terminada viagem de trans‐
porte. Nestes custos, há os
custos de capital, depreciação,
impostos, combustível, lubrifi‐
cantes, pneus, dentre outros. En‐
quanto que o preço do frete
rodoviário é formado pelo equi‐
líbrio de oferta e demanda no
mercado. O mercado de fretes
rodoviários é altamente concor‐
rencial, sem barreiras de entrada
e saída de agentes, bem como
“
Sancionada sem
vetos (a Lei dos
Caminhoneiros),
existe uma expec‐
tativa para o au‐
mento da
produtividade do
transporte e redu‐
ção dos custos de
transporte do setor
rodoviário.”
Pró-Industrial
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um número elevado de motoris‐
tas e transportadoras. Numa
época de safra de grãos, o preço
do frete rodoviário pode variar
positivamente de 20% a 40% em
relação ao período de entressa‐
fra, dependendo da região.
Como os preços de fretes são for‐
mados em um mercado alta‐
mente
concorrencial
pelo
equilíbrio de oferta e demanda
em alguns períodos do ano o
preço do frete se torna abaixo
dos custos de transporte, tra‐
zendo prejuízos ao setor – prin‐
cipalmente para os motoristas
autônomos que muitas vezes
perdem o caminhão, por não
conseguir pagar suas parcelas de
financiamento do veículo.
gestores de transporte. Ainda
nessa linha, é possível ampliar os
investimentos na melhoria da
qualidade das rodovias brasilei‐
ras através dos investimentos di‐
retos do governo ou na
ampliação de concessões atrati‐
vas para o setor privado, tal
como foi realizado na década de
1990, que possibilitou um
grande avanço em termos de
qualidade. Por outro lado, é pos‐
sível investir no aumento de ca‐
pacidade e qualidade de
transporte de outros modais, tais
como a ferrovia e hidrovia, vi‐
sando diversificar a matriz de
transporte de cargas no País e re‐
duzir a dependência do modal
rodoviário.
Os prejuízos de uma paralisa‐
ção como a que ocorre no País
nas últimas semanas, respin‐
gam no comércio, indústria e
agronegócio, pois todos preci‐
sam enviar e/ou receber merca‐
dorias e insumos. O modal
rodoviário precisa ser repen‐
sado e qual seria o caminho
para se reduzir gargalos no
setor logístico?
Essa paralisação dos motoris‐
tas foi bastante articulada e mos‐
trou a dependência da nossa
economia em relação ao modal
rodoviário para distribuição de
cargas no País. O modal rodo‐
viário representa hoje cerca de
60% de toda movimentação de
cargas. A busca da redução dos
gargalos no setor logístico está
atrelada a boa gestão, investi‐
mento
em
novas
infraestruras/projetos logísticos
e também investimento na for‐
mação de profissionais qualifica‐
dos, principalmente motoristas e
Por que a pressão de custos
como pedágios, seguro, diesel e
salário supera a evolução do
preço do frete? Que fatores afe‐
taram mais fortemente o frete?
O mercado de fretes rodoviá‐
rios de cargas (principalmente
agrícola) no País é altamente
concorrencial e apresenta uma
alta volatilidade de preço ao
longo do ano. Os principais fa‐
tores de formação do preço de
frete são: época do ano (sazona‐
lidade de demanda de trans‐
porte), corredor logístico de
escoamento, tipo de destino (ex‐
portação ou mercado interno),
existência de fretes de retorno,
alternativas de transportes mul‐
timodais, qualidade da via, den‐
tre outros fatores. De acordo
com o Departamento Nacional
de Trânsito (Denatran), a frota
brasileira de caminhões cresceu
cerca de 20% nos últimos quatro
anos. Atualmente, a frota brasi‐
leira gira em torno de 2,5 mil‐
10
hões de veículos. Quase metade
desses veículos está alocada na
categoria dos autônomos, os
quais muitas vezes desconhe‐
cem seus reais custos de trans‐
porte, trazendo distorções nas
relações entre preço de frete e
custo de transporte. A situação
que estamos vivenciando no
momento é de preços de fretes
baixos, em função da retraída
demanda de transporte de car‐
gas (atrelada fortemente ao
atraso da colheita de grãos nas
grandes regiões produtoras do
País) associado a um alto custo
de transporte.
Qual foi o impacto da Lei dos
Caminhoneiros para o setor de
transporte? As mudanças apro‐
vadas e sancionadas podem
mudar o quê?
A Lei do Motorista (12.619/12)
trouxe um aumento na estrutura
de custos das transportadoras,
em função da redução da produ‐
tividade do transporte, principal‐
mente para rotas de longa
distância, devido à redução do li‐
mite máximo da jornada de tra‐
balho do motorista. Por outro
lado, trouxe uma maior regula‐
mentação do setor no sentido de
melhora da qualidade de vida
dos motoristas e também da re‐
dução dos acidentes nas rodo‐
vias. As mudanças da Lei dos
Motoristas são de aumento da
jornada de trabalho do motorista,
aumento da tolerância de sobre‐
peso do veículo e isenção de pe‐
dágios para eixo suspenso.
Sancionada sem vetos, existe
uma expectativa para o aumento
futuro da produtividade do
transporte e redução dos custos
no setor rodoviário.
Pró-Industrial
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NOTAS INDUSTRIAIS
Indústrias preveem falência com alta de 53% na energia
Dois encargos setoriais poderão elevar a conta de luz da indústria
em até 53% a partir do mês que vem e provocar protestos na Justiça.
Além do custo da energia, cada empresa – localizada no Sudeste –
terá de arcar com mais R$ 79 por megawatt‐hora (MWh) para
subsidiar programas sociais, pagar despesas do setor e custear a
operação das termoelétricas. Essas usinas estão funcionando
ininterruptamente para poupar a pouca água que restou nos
reservatórios por causa da seca no Sudeste, Centro‐Oeste e Nordeste.
Representantes do setor industrial ainda tentam reverter a
conta com a entrega de propostas à Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel). Mas, por ora, esse é o custo extra
que as empresas terão de pagar a partir de março –
caminho oposto ao que setor reivindicava desde 2012
para devolver a competitividade à indústria. Naquele ano,
vários empresários pediram à presidente Dilma Rousseff
medidas para baratear a conta de luz e evitar que unidades
fechassem as portas.
Com a MP 579, lançada no último trimestre de 2012, a tarifa de
energia caiu, em média, 20% no País. Mas, dois anos depois, os
valores já voltaram aos patamares de antes, seja por causa da seca
que atinge o País ou pela forma atropelada com que o processo de
renovação das concessões foi feito, deixando várias distribuidoras
sem contratos para atender seus consumidores e provocando um
rombo bilionário no setor. Um baque. Hoje, segundo dados
da comercializadora de energia Compass, uma empresa
que consome 30 MW e tem um custo de R$ 150 o
MWh passará a pagar R$ 229 – ou seja, um
aumento de 53%. Ao final de um
ano, a empresa terá pago a mais
R$ 20,8 milhões de energia.
MP incentiva contribuinte
a ingressar com ação
Balança comercial goiana
fecha superavitária
Uma das principais novidades da Medida Provisória nº 669,
publicada no fim de fevereiro, incentivará empresas a buscar o
Judiciário para recuperar valores recolhidos de contribuição
previdenciária. Com a MP, será possível, a partir de junho, escolher
a forma de recolhimento do tributo, que poderá ser pela folha de
empregados ou pelo faturamento. A mudança é o argumento que
contribuintes, hoje obrigados a usar o faturamento, precisavam
para engrossar o movimento iniciado pelos descontentes com a
mudança da base de cálculo.
Hoje, cerca de 50 setores – como tecnologia da informação,
transportes e farmacêutico – estão submetidos ao recolhimento
pelo faturamento. Para aqueles que utilizam pouca mão de obra, a
medida é prejudicial e aumenta significativamente a tributação.
Os destaques das exportações goianas em janeiro de 2015 foram
as commodities do complexo de minério (US$ 138,453 milhões ou
34,4%), puxadas pelo sulfeto de cobre US$ 53,848 milhões ou 13,4%.
Depois dos minérios veio o complexo carne (US$ 91,851 milhões ou
22,8% com destaque para a carne bovina com US$ 59,366 milhões
exportados ou participação de 14,8% nas exportações; o milho e seus
derivados também apresentaram destaque com 14,9% de participação
nas exportações com valor de US$ 60,134 milhões. Finalmente, o
complexo soja (US$ 32,092 milhões ou 8,% de participação).Os
principais destinos das exportações goianas em janeiro de 2015 foram,
na ordem, China US$ 61,777 milhões (15,3%), Países Baixos (Holanda)
US$ 41,089 milhões (10,2%),Vietnã US$ 32,861 milhões (8,2%), Índia
US$ 25,062 milhões (6,2%) e Hong Kong US$ 21,335 milhões (5,3%).
DECISÕES & NORMAS
SUPERSIMPLES ‐ O presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB‐RJ),
colocou na pauta de votação do plenário o
projeto de lei complementar 448/2014, que
aumenta em 400% e 100% o teto de receita
anual para pagamento de tributos pelo
Supersimples. De acordo com a assessoria da
Câmara, o projeto pode ser votado
imediatamente porque houve, na semana
passada, a aprovação de requerimento que
colocou a matéria em urgência.
11
E‐SOCIAL ‐ Embora a versão 2.0 do layout
do e‐Social tenha sido liberada no dia 24 de
fevereiro pelo Comitê Gestor e esteja mais
simplificada em relação à anterior, a ferramenta
para qualificação cadastral dos trabalhadores
ainda não está disponível. Caso haja
inconsistências nas informações dos
empregados prestadas pelos empregadores, a
entrega dos arquivos será rejeitada no processo
de validação da base de dados do e‐Social. A
versão 2.0, prevista na Resolução nº 1/2015,
eliminou seis eventos, destacando‐se a retirada
das informações relacionadas a serviços
prestados e tomados, às notas fiscais de
prestadores de serviço e cooperativas com
retenção de INSS; ao aviso de férias; e ao início
e término de estabilidades.
COMEX – A Receita Federal colocou, no
último dia 3, em consulta pública medidas que
podem melhorar a vida das empresas que
operam no comércio exterior.
Pró-Industrial
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TRIBUTOS
Cesar Helou (E), com empresários, execuvos, líderes setoriais, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (C) ao lado de João Alves Faria Filho
Incentivos fiscais, definições
chegam na reta final
A
decisão do futuro dos progra‐
mas de incentivos fiscais está
cada vez mais próxima. Espe‐
cula‐se que deve ocorrer em
abril. A questão é que se afunila o pro‐
cesso de finalização do projeto de e pro‐
punha uma versão final do texto do
Projeto de Lei do Senado (PSL) 130/2014
no Congresso Nacional ou a votação da
Sumula Vinculante do Supremo Tribu‐
nal Federal (STF), que está liberado
desde o dia 10 de fevereiro a entrar em
pauta ação do governo de São Paulo
contra os incentivos concedidos por
Goiás. Outro ponto é relevante e deci‐
sivo pode ser a reunião do Conselho
Nacional de Política Fazendária
(Confaz), marcada para 9 e 10 de abril,
em Goiânia, que vai debater, pressio‐
nado pelo Legislativo e Judiciário, a
convalidação e reforma do ICMS.
12
Enquanto isso, seguem as reuniões
políticas e jurídicas. A ADIAL (Associa‐
ção Pró‐Desenvolvimento Industrial do
Estado de Goiás) participa de vários en‐
contros para defender e buscar apoio
aos incentivos que desenvolveram os
Estados emergentes brasileiros e modi‐
ficaram a geografia do crescimento eco‐
nômico brasileiro nas últimas três
décadas. Em fevereiro, a entidade se
reuniu, juntamente com empresários e
executivos da Mitsubishi, Caoa, Ambev,
Hypermarcas e Piracanjuba com o pre‐
sidente do Senado, Renan Calheiros, es‐
coltados por parlamentares goianos.
Na reunião do Confaz, vai se discutir
a necessidade da votação da PLS 130.
Para não ocorrer, será necessário na reu‐
nião de abril, ser assinado um convênio
com a aprovação dos 27 Estados. Esse
consenso entre os Executivos estaduais
esteve longe de ser alcançado nos últi‐
mos anos, mas pode sofrer influência
pela aprovação para evitar que se trans‐
fira para Justiça ou Legislativo a respon‐
sabilidade de conduzir a principal
função do Confaz, que é promover o
aperfeiçoamento de federalismo fiscal e
harmonização tributária entre os Estados
da Federação. É o teste de fogo para o
Confaz.
No Congresso, o projeto passaria
ainda por Senado e Câmara e existe o en‐
tendimento da necessidade da convali‐
dação dos incentivos fiscais já
concedidos.
Decisão contrária provocaria uma
desordem jurídica e econômica, com pre‐
juízo a milhares de empresas que se ins‐
talaram em Estados emergentes atraídas
pelos incentivos fiscais, gerando centenas
de milhares de empregos.
Pró-Industrial
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Força Sindical apoia programas de incentivos
Dirigentes da Força Sindical Goiás e re‐
presentantes de sindicatos filiados participa‐
ram no último dia 20, de uma reunião na
sede da ADIAL, para discutirem a importân‐
cia da manutenção dos incentivos fiscais no
Estado, como a redução da alíquota de
ICMS. A Central juntamente com a Associa‐
ção vai se reunir com a ministra Rosa Weber,
do Supremo Tribunal Federal, para
convencê‐la a não aprovar a ADI (Ação Di‐
reta de Inconstitucionalidade) que pretende
acabar com os incentivos fiscais, alegando
que a lei que regulamenta os incentivos está
submetida à Lei Complementar nº24/75, do
período ditatorial.
As entidades também vão atuar na ten‐
tativa de dar celeridade à votação do Projeto
de Lei do Senado (PLS) nº 130/2014 que, se‐
gundo explicação do Senado "convalida os
atos de concessão de benefícios e incentivos
fiscais ou financeiros vinculados ao ICMS
concedidos pelos Estados ou pelo Distrito Fe‐
deral até 1º de maio de 2014 sem a prévia
aprovação por unanimidade do Confaz,
conforme determinam a Constituição Fede‐
ral e a Lei Complementar nº 24/75, assim
Líderes sindicais
e empresariais
unidos pelos
incenvos fiscais
como concede remissão e anistia dos créditos
tributários referentes."
Atualmente para serem aprovados in‐
centivos fiscais é preciso que o Confaz vote a
favor por unanimidade. Com a aprovação do
projeto, a determinação passa a ser validada
com 3/5 dos votos favoráveis. O projeto
continua a tramitar no Senado e está aguar‐
dando inclusão em Ordem do Dia.
Segundo José Alves Filho, presidente da
Adial Brasil, o objetivo da reunião com as
centrais é "buscar uma convergência de inte‐
resses", no entanto, ele reconhece a importân‐
cia das centrais sindicais continuarem
lutando pelos direitos trabalhistas. Para José,
trabalhadores correm risco caso acabem os
incentivos em Goiás, já que muitas indústrias
podem migrar para outros Estados. Com as
sedes em São Paulo, por exemplo, as indús‐
trias podem economizar em frete e sem in‐
centivos não há por que a sede ficar em
Goiás.
O presidente da Força Sindical Goiás Ro‐
drigo Carvelo colocou a central à disposição
da Adial para auxiliar na luta da manutenção
dos incentivos. "Nós sabemos da importân‐
cia das indústrias continuarem em Goiás. Es‐
tamos prontos para lutarmos em Brasília",
enfatiza Rodrigo. A Força Sindical Goiás vai
realizar um abaixo‐assinado com trabalha‐
dores em indústrias de todo o Estado para
encaminhar à ministra Rosa Weber.
Nota do governo de esclarecimento a
respeito da política de incentivos fiscais
“Criado pela lei 13.591, de 18 de janeiro
de 2000, o Programa de Desenvolvimento In‐
dustrial do Estado de Goiás (Produzir) suce‐
deu o Programa de Fomento a
Industrialização de Goiás (Fomentar). Seu
objetivo é o de contribuir para expansão, mo‐
dernização e diversificação do setor indus‐
trial de Goiás, a fim de estimular a realização
de investimentos e o aumento da competiti‐
vidade.
O Produzir preconiza, de forma direta, a
geração de emprego e renda, a diversificação
de nossa economia e a competitividade do
Estado. O bom desempenho da economia
goiana deve‐se, em grande medida, aos in‐
vestimentos industriais que adensaram as ca‐
deias produtivas e a diversificação dos
13
negócios. Com essa visão, é a presente nota
para destacar que não há em estudo no Es‐
tado qualquer alteração nos programas que
visem “reduzir incentivos fiscais”.Como
parte do dever de ofício do Estado, estuda‐
se, no âmbito da administração estadual, a
criação de instrumentos que têm por escopo
a fiscalização e controle da adimplência de
todos os contratos firmados pelo Estado, em
particular aqueles relacionados à concessão
de benefícios fiscais, sendo que, no período
de aferimento de regularidade contratual,
pode a administração pública lançar mão de
suspensão parcial de benefícios.
Uma vez encerrada a auditoria, as em‐
presas que estiverem adimplentes integral‐
mente terão assegurada a integralidade do
incentivo fiscal diferido no tempo.Portanto,
reiteramos não haver qualquer estudo que
vise reduzir incentivos fiscais em Goiás. Ao
contrário, queremos objetivamente o pleno e
integral cumprimento dos acordos firmados
por todas as partes. Às empresas que pre‐
tendem se instalar em Goiás são garantidos
a segurança jurídica e o respeito aos contratos
firmados. Essa confiança é o atributo central
que faz de Goiás um Estado diferenciado e
capacitado para atrair novos negócios.”
Marconi Perillo, Governador de Goiás
José Eliton, Vice‐Governador e secretário
de Desenvolvimento Econômico
Ana Carla Abrão Costa, Secretária da Fa‐
zenda
Pró-Industrial
ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 14
MARKETING & PRODUTOS
Kibon
Verão é sinônimo de calor, praia,
histórias, cores e amores. Para
comemorar o aniversário de 450 anos
da cidade do Rio de Janeiro e a
chegada da estação mais quente do
ano, a Kibon e a marca carioca FARM
se uniram em parceria inédita para
lançar um novo sabor de picolé: Mate
com Limão. O produto foi lançado dia
15 de janeiro.
Coca‐Cola
Para abrir a
segunda fase da
campanha Bebendo
uma Coca‐Cola com,
a marca traz de volta,
na promoção
“Minigarrafinhas da
Galera”, miniaturas
de garrafas, sucesso
nos anos 80 e na
Copa do Mundo da FIFA 2014. As peças chegam ao público em 15 modelos de
alumínio, que podem ser personalizados com 150 opções de nomes e nove
apelidos, nas cores vermelha, preta e branca. Haverá também um miniengradado,
onde as garrafinhas podem ser guardadas. Para participar da promoção, basta juntar
três pontos mais 4 reais.
Maria
Maria, marca líder no mercado de óleos compostos, está de volta à mídia. A
campanha destaca o visual mais atraente e moderno da nova embalagem do
produto: a garrafa de 500 ml (veja imagem abaixo), além de apresentar também
o novo layout das latas e reforçar a presença da marca junto aos consumidores. A
campanha poderá ser conferida durante o período de 23 de fevereiro a 10 de
maio de 2015 em revistas nacionaia, painéis do metrô de São Paulo e, ainda, nas
TVs de ônibus do sistema público de transporte de São Paulo e Belo Horizonte.
14
Piracanjuba
A Piracanjuba apresenta o primeiro creme de leite
UHT zero lactose e o primeiro leite condensado zero
lactose à base de leite de vaca. Segundo a empresa, os
produtos não possuem similares no mercado nacional.
O creme de leite está disponível nas embalagens de
200 gramas e o leite condensado é acondicionado em
embalagem de 395 gramas, ambas fornecidas pela
Tetra Pak. “Os holofotes estão direcionados a vários
tipos de restrições alimentares, como é o caso da
intolerância à lactose”, afirma a gerente de marketing
da Piracanjuba, Lisiane Guimarães.
Cenoura & Bronze
A fórmula da linha
Cenoura & Bronze Efeito
Dourado conta com cor e um
leve brilho dourado e oferece
à pele um tom bronzeado
luminoso desde a primeira
aplicação do produto além de
ajudar a disfarçar as
imperfeições. Além disso,
acelera o bronzeado natural
da pele e permite que a
mulher fique bronzeada mais
rápido do que se estivesse
usando um bronzeador
comum. A linha está
disponível nas versões com
FPSs 6, 15 e 30. Para que o
bronzeado aconteça de forma
segura, os produtos da linha contam com a tecnologia Infra‐V,
que protege contra os danos causados pelos raios
infravermelhos, reduz a vermelhidão, ardência e rugas
causadas pela exposição solar.
Pró-Industrial
ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 15
BRF
O lucro líquido ajustado da
BRF cresceu 109,4% na
comparação com o ano anterior,
totalizando R$2,2 bilhões. A
Receita Operacional Líquida
(ROL) registrou o montante de
R$31,7 bilhões, número 4,0%
maior. O desempenho provém
de resultados positivos no
mercado internacional e ao
crescimento dos pontos de venda no Brasil, segundo a empresa,
além do crescimento de volumes no Food Services. A ROL Brasil
atingiu R$ 13,9 bilhões, um aumento de 6,8%, seguida pela
internacional com R$13,3 bilhões (+1,5%) e pela Rol de Food
Services que chegou a 1,7 bilhão (+ 8,8%).
Nestlé Frut
Nestlé lança no Brasil o Nestlé
Frut, um purezinho de frutas para
as crianças pronto para consumo.
Segundo a empresa, a embalagem
em formato de sachê é de fácil
manipulação e estimula os
pequenos a comerem sozinhos. A
novidade chega em quatro opções
em embalagens de 120g: pera
com manga; mamão, pera e
pêssego; maçã, goiaba e banana; e
mix de frutas.
Toddynho
Comercializado tradicionalmente em
embalagem cartonada asséptica, o
achocolatado pronto Toddynho passa a
contar com opção em garrafa de PET. A
nova apresentação oferecerá 270
mililitros da bebida nas versões
Tradicional e Light, contra 200 mililitros
das caixinhas. São Paulo será o primeiro
estado a receber o lançamento. A partir
de abril, a novidade estará disponível em
todo o Brasil. A PepsiCo, fabricante de
Toddynho, afirma que a extensão de linha
é dedicada ao público adulto. “Segundo
dados da Kantar, a penetração da marca
em lares sem crianças chega a mais de
30%”, diz a empresa, em nota.
Cheetos
A PepsiCo apresenta as novas embalagens da
linha de salgadinhos Cheetos. Com elementos
menos infantis a embalagem traz um visual mais
moderno, com novos ícones para os sabores, além
de dar um maior protagonismo ao personagem
Chester Cheetah, mascote da marca. A estratégia
da Pepsico com a nova embalagem é aproximar a
marca dos pré‐adolescentes (10 a 13 anos). “Com
as novas embalagens, buscamos uma interação
maior da marca com seu público, aproveitando
para estimular o consumo compartilhado entre a
família ou amigos e promover o consumo
consciente”, diz Anna Carolina Teixeira, gerente de
marketing da PepsiCo Brasil.
15
JBS
A Friboi criou o aplicativo mobile
denominado Receitas de Confiança Friboi. Por
meio dele, o consumidor usa o QR Code
impresso na embalagem do produto para
acessar informações completas sobre aquele
corte: origem, receitas, vídeos,
Churrascômetro, ferramenta calcula os gastos
aproximados e customiza a quantidade ideal
de carnes para o evento, e outras
informações. Além disso, a marca renovou seu
site que conta agora com as mesmas
ferramentas informativas do aplicativo.
Pró-Industrial
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EMPRESA
Jalles Machado
de olho na China
CERTIFICADA PELOS CHINESES, INDÚSTRIA GOIANA INICIARÁ EXPORTAÇÃO DE MIL
TONELADAS DE AÇÚCAR ORGÂNICO. PREVISÃO É CHEGAR A 10 MIL TONELADAS POR ANO
A
Jalles Machado, que já é certifi‐
cada para vender açúcar orgâ‐
nico para o Japão, amplia
exportações para a Ásia e entra
no mercado chinês. A indústria
iniciará exportação de mil toneladas de
açúcar orgânico Itajá e a previsão é chegar
a 10 mil toneladas no decorrer desse ano,
essa comercialização representará uma re‐
ceita de US$ 1 milhão.
Em 2014, a empresa participou da 18ª
Edição da Feira FHC em Xangai, onde apre‐
16
sentou o produto aos chineses, e foi assim
que começaram as relações comerciais com
outras empresas. O diretor comercial, Hen‐
rique Penna, representou a empresa no
evento e conseguiu estreitar relações comer‐
ciais com várias companhias chinesas inte‐
ressadas no açúcar orgânico brasileiro.
“Fomos aceitos e estamos certificados
para exportarmos nossos produtos. Nos
próximos dez anos haverá saltos elásticos.
Mas, estamos entrando com os pés firmes
no chão, e acreditamos que no prazo de
cinco anos estaremos exportando 10 mil
toneladas de açúcar orgânico para a
China”, afirma Henrique Penna.
ITAJÁ
Como resultado da exposição do açú‐
car Itajá na China, duas auditoras chinesas
estiveram em Goiás para auditar o pro‐
cesso de produção. A auditoria ressaltou
positivamente o nível de maturidade do
sistema de gestão integrada, que engloba
qualidade, meio ambiente e segurança ali‐
Pró-Industrial
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mentar. Assim, a Jalles Machado
foi aprovada e recebeu a certifica‐
ção chinesa, estando preparada
para exportar para a China.
O diretor comercial da Jalles
Machado conta que entrar no
mercado chinês era uma meta da
empresa que surgiu há anos.
Atualmente são produzidas 45 mil
toneladas de açúcar orgânico por
ano, em uma área de 10 mil hec‐
tares, exportados para o Japão,
Austrália, Canadá, Estados Uni‐
dos, França, Inglaterra, Ale‐
manha, Holanda, Bélgica, Suíça,
Espanha e Suécia.
A Jalles Machado também
pretende uma expansão no mer‐
cado interno tanto em Goiás
quando em nível nacional, além
de uma comercialização futura
para o País de produtos de lim‐
peza, como álcool gel, produtos
hospitalares e açúcar branco
convencional.
“Já estamos presentes em vá‐
rias redes de supermercados de
todo o País. Em Goiás, estamos
negociando com o Pão de Açúcar
e pretendemos crescer a demanda
no mercado interno”, frisa Hen‐
rique, diretor comercial.
A EMPRESA
A Jalles Machado é uma empresa do setor sucroenergético
nacional, localizada em Goianésia‐GO. Tem uma filial no mesmo
município, a Unidade Otávio Lage, e juntas geram cerca de 3.700
empregos diretos. Produzem etanol, açúcar convencional e
orgânico, energia elétrica a partir do bagaço de cana, levedura
para alimentação animal e produtos de limpeza. A empresa é
referência por aliar produtos de alta qualidade e ações
socioambientais, com foco no desenvolvimento sustentável.
Comiva chinesa destacou a gestão integrada da Jalles
Machado, destacando meio ambiente, qualidade e segurança
alimentar. Produto também foca mercado nacional
Produção do açúcar orgânico Itajá chamou atenção dos chineses, que auditaram e aprovaram o produto goiano. Jalles esteve em evento na China
17
Pró-Industrial
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LEITURA EMPRESARIAL
CONEXÕES EMPREENDEDORAS
A atitude empreendedora é a fascinante expressão do poder de realização humana e
existe desde que homens e mulheres organizaram‐se em grupos, descobriram o fogo,
aprenderam a semear, construíram cidades... Essa vocação empreendedora é razão e prova
das inúmeras revoluções tecnológicas vividas por nossa sociedade. O potencial
empreendedor é essência: a decisão de empreender é escolha protagonista.
RELACIONAMENTOS & ECONOMIA
O livro apresenta e explica os três principais tipos de relacionamento – pessoais, funcionais e
estratégicos – e mostra suas nuances e o impacto decisivo para o crescimento lucrativo, no longo prazo.
Com um tema rico e de alcance abrangente, A Economia dos Relacionamentos – Faça do seu Network o
Segredo do Sucesso é o livro definitivo para os interessados em identificar, ampliar e tirar proveito de suas
relações, reconhecendo o valor estratégico nos negócios e na vida.
CAPITAL CRIATIVO
Economia Criativa, mostra que a criatividade é um ótimo negócio. Mas como
transformar criatividade em dinheiro, capital e lucro? Simplesmente ter uma ideia
brilhante não interessa o que interessa é o que você faz com ela. John Howkins,
destacado especialista em economia criativa, nos mostra nesta edição atualizada o que
realmente é criatividade, fornecendo dados concretos sobre sua representatividade na
economia mundial (US$ 2,7trilhões por ano) e descrevendo as principais regras para o
sucesso. Este livro trata da relação entre a criatividade e a economia.
QUAL A ESTRATÉGIA?
Estratégia é a visão estruturada da posição competitiva da
empresa, seus objetivos e formas de alcançá‐los. Não é um plano,
porque isso não seria suficiente, dado que a realidade muda
continuamente. Resulta do entendimento das realidades do mercado
e dos pontos fortes e fracos, recursos e competências da empresa.
FUTURO DO NEGÓCIO
O índice de falência entre empresas sem planos de continuidade de negócios, em caso de incidentes
ou outros tipos de imprevistos capazes de interromper suas operações por mais de uma semana, é
altíssimo: 40% delas (ou duas a cada cinco organizações) fecham suas portas em menos de três anos,
segundo o Disaster Recovery Institute. Ninguém está a salvo de eventos indesejáveis, mas é
justamente nesse ponto que atua a GCN Gestão da Continuidade de Negócios, preparando o
ambiente para situações inesperadas, mesmo na ausência de toda a perspectiva de informação.
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GESTÃO E CARREIRA
O
O papel
do CFO
diante dos
desafios
do
negócio
s CFOs em todo o mundo
estão sendo chamados a
ampliarem sua responsabi‐
lidade e liderança, tendo
que supervisionar outras operações
críticas, incluindo questões de tecnolo‐
gia da informação, recursos humanos
e organização financeira, se tornando
muito mais do que o papel tradicional
de guardiões de Finanças, CFOs são
também decisores e líderes‐chave na
organização, do qual se espera um alto
padrão de desempenho.
O empresário brasileiro, embora
otimista, sabe que não pode depender
apenas de ações governamentais para
desenvolver seu negócio. Diante da
crise vivida no ano 2014, em que seus
reflexos permanecem esmagando a in‐
dústria brasileira, é preciso buscar cada
dia mais a profissionalização da orga‐
nização, criando meios para os execu‐
tivos se prepararem, através da
autoreflexão e planejamento prático de
cenários relacionados a aspectos fun‐
damentais da agenda de negócios de
cada organização.
Neste sentido, a ADIAL amplia a
19
sua atuação, criando um ambiente onde
os CFOs de nossas Associadas possam
trimestralmente se reunir para discutir
questões como mercados de capital, go‐
vernança, arena política regulatória e
pública e as perspectivas da economia
no Estado, Brasil e no mundo.
“O objetivo desses encontros é o de
construir uma rede de relacionamento
entre os CFOs de nossas associadas,
onde eles possam através do networ‐
king fortalecer o negócio de cada orga‐
nização, abrangendo os mais diversos
aspectos como de gestão de riscos, ne‐
gócios internacionais, sustentabilidade,
transformação financeira, planos de
previdência, compliance, talentos em fi‐
nanças e outros temas de relevância do
ambiente financeiro”, diz o presidente
da entidade, Cesar Helou.
Os diversos segmentos da indús‐
tria compartilham desafios comuns, e
o mais importante desse programa, é
que são os próprios CFOs que vão de‐
finir a agenda dos próximos encontros,
de modo a explorarem suas questões
mais desafiadoras. Ao final de cada en‐
contro será construído um plano de
trabalho tangível, pelo CFO de cada
organização.
O CFO Program é um programa in‐
ternacional da Deloitte, que será colo‐
cado à disposição das nossas
Associadas através de uma parceria da
ADIAL com esta organização, que
constitui uma das maiores consultorias
do mundo. A entidade conta com a
participação de todos no evento inau‐
gural do CFO Program da Deloitte
para a ADIAL, que acontecerá no dia
14 de abril, de 8h:30 às 12h, no Castros
Hotel. Mais informações no telefone:
3922‐8200.
Pró-Industrial
ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 20
OPINIÃO
O longo ajuste das
contas públicas
por Cesar Helou
É
uma realidade inequí‐
voca: as contas públicas
do País, seja União, Esta‐
dos ou municípios, pas‐
sam por um dos mais
graves períodos de sua história. As‐
sistimos a anúncios constantes de
medidas de ajuste fiscal, que inva‐
riavelmente, recaem sobre o setor
produtivo – empresas e trabalha‐
dores.
O modelo de gestão praticado
no setor público deve ser revisto.
E os efeitos de gestões públicas de‐
ficitárias são maior carga tributá‐
ria, pressão fiscal e corte de
serviços, inclusive, essenciais. Não
faltam exemplos em todo País des‐
tas três situações.
É preciso caminhar para outro
rumo, pois, plagiando um amigo,
não existe indústria forte sem Es‐
tado forte. Assim, se o diagnóstico
é este, não tem outra solução que
adotar medidas que, primeiro,
sanem os gargalos de gestão, e, se‐
gundo, implantem soluções admi‐
nistrativas eficientes e de longo
prazo.
O Governo de Goiás iniciou o
ajuste administrativo ainda na
gestão anterior e, por isso, acredito
que sairá da crise primeiro, e po‐
derá aproveitar oportunidades
que certamente vão surgir. Goiás
tem sido pioneiro em implantar
uma cultura de gestão profissional
no setor público, ampliando parti‐
cipação e preocupação social. A re‐
dução das secretarias e do custeio
é fundamental e já está ocorrendo.
Continuar este choque de ges‐
tão e adotar uma consciência mais
profissional e empresarial em cada
administrador público será um le‐
gado importante de Marconi Pe‐
rillo ao Estado. Grandes passos
neste sentido foram dados, com as
Organizações Sociais (OSs), que já
mostram resultados práticos e
deve ser um modelo seguido e co‐
piados, com foco sempre na trans‐
parência e eficiência. Isso nós
empresários fazemos em nossas
empresas e é o que acreditamos
que precisa ser feito na gestão tam‐
bém dos governos.
O setor empresarial goiano
apóia e participará, dentro das
suas condições, de medidas de
ajustes fiscais que, ao mesmo
tempo, respeitem a capacidade
contributiva e de sustentabilidade
das empresas e dos trabalhadores.
Cortar é mais difícil que ampliar,
pois não se pode permitir que o sa‐
crifício ultrapasse o limite de so‐
brevivência dos sacrificados.
Temos respeito pelo projeto e
pelas intenções do governador
Marconi Perillo, que se pauta pelo
diálogo, respeitando e reconhe‐
cendo o papel do setor privado. Os
dois lados têm visão de longo
prazo e defendem o desenvolvi‐
mento, sabendo que em períodos
como este, de crise, a integração de
forças é o diferencial.
Nós empresários, temos a mis‐
são de produzir e abastecer a famí‐
lias com produtos de qualidade, a
preços competitivos. O governo
estadual compreende esta compe‐
tição de mercado, sabe do poten‐
cial do Estado para ter empresas
competitivas e as estimula, pois
sabe que a geração de empregos,
renda e consumo é o que sustenta
as contas públicas. Esse equilíbrio
de avanços público e privado pre‐
cisa ser mantido. A ADIAL com‐
preende a situação do governo e
dialogará sempre na busca de
melhoria nas contas pública, com
redução do déficit, em equilíbrio
com a sustentação dos negócios,
que são elementos fundamentais
deste melhoramento.
Cesar Helou
é empresário e presidente da ADIAL

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