Março - Adial
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ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 1 Pró Industrial www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL edição 61 Março – 2015 – ANO VII ATRASO LOGÍSTICO INCENTIVOS FISCAIS Embate afunila: abril será decisivo ENTREVISTA Thiago Péra: a logística no País EMPRESA Jalles Machado exporta para China ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 2 !"#$ %&'(&() ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 3 PRÓ-INDUSTRIAL Editorial Expediente Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou Vice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira Conselho Nato Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al‐ berto Borges de Souza Vices‐Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques, An‐ gelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Maximi‐ liani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, Ananias Jusno Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wilson Luiz da Costa, Marley Antônio da Rocha, Márcio Botelho Tei‐ xeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Sesni Filho, Carlos Luciano Marns Ribeiro, Rivas Re‐ zende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote de Souza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, Romar Mar‐ ns Pereira, André Luiz Bapsta Lins Rocha, Antonio Be‐ nedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi. Diretor Execu,vo Edwal Freitas Porlho “Chequinho” Produção Gráfica Contemporânea PUC COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3922‐8200 ou (62) 8287‐5575 ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200 www.adial.com.br País estacionado O ano de 2015 entra no terceiro mês e não se consegue listar meia dúzia de notícias que podem mudar o quadro quase crônico de es‐ tagnação e baixa competitividade da indústria brasileira. O des‐ ajuste da economia começa nas contas públicas se propaga, tendo efeitos diretos na iniciativa privada, que passa por momento recessivo, com riscos de racionamento de água e de energia, denúncias diárias de um im‐ pressionante esquema de corrupção na principal estatal do País, arrocho fiscal e inflação, que eleva consideravelmente o custo de produção. Esta edição da Pró‐Industrial está recheada, infelizmente, de notícias ruins e/ou perigosas para o setor produtivo. Divulgá‐las é também refletir caminhos e soluções, pois é este o papel da publicação. Falamos do gargalo logístico provocado pela mobilização dos caminhoneiros autônomos nas estradas, mostrando o quanto é simples travar a produção e o consumo em todo País. Usando apenas o Whatsapp (rede social instalada em celulares), uma cen‐ tena de motoristas autônomos lideraram um movimento que provocou, ainda com cálculos preliminares, prejuízo de R$ 1 bilhão, considerando ape‐ nas perdas de empresas e secretarias estaduais de agricultura. O entrevistado desta edição é Thiago Pera, da Esalq‐Log, ampliando o debate sobre logística e greve. Outro tema desta edição é o desenrolar do encaminhamento dos in‐ centivos fiscais no Legislativo e no Judiciário. Atualizamos as notícias oficiais e de bastidores do que ocorreu no último mês no Congresso e no STF, com riscos aumentados para um embate final da validade das políticas de incen‐ tivos fiscais para abril. Na coluna empresa, a expansão de mercado da Jalles Machado, que fecha grande acordo de exportação de açúcar orgânico para a China. Boa leitura. SUMÁRIO Março 2015 Nº 61 Ano VII EDITORIAL País Estacionado 3. // TRANSPORTE O Brasil parou com a greve dos caminhoneiros 4‐7.// ENTREVISTA Thiago Péra 8‐10.// NOTAS INDUSTRIAIS Energia, MP 669, Balança e notas 11.// TRIBUTOS Definições chegam na reta final 12‐13.// MAR‐ KETING & PRODUTOS Novidades na indústria 14‐15.// LEITURA Livros Empresariais 18.// GESTÃO E CARREIRA CFO Program 19// OPINIÃO Cesar Helou 20// EMPRESA Jalles Machado 16‐17 EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃO Jalles Machado(3, 16 e 17), Whatsapp (6), ANTT (7), Ministério dos Transportes (7), Esalq‐Log (9), USP (9), Denatran (10), Aneel (11), Compass (11), Câmara dos Deputados (11 e 12), INSS (11), Receita Federal (11), STF (12 e 13), Senado (12), Confaz (12), Mitsubishi (12), Caoa (12), Ambev (12), Hy‐ permarcas (12), Piracanjuba (12 e 14), Caramuru (12), Força Sindical (13), Adial Brasil (13), Sefaz (13), SDE (13), Kibon (14), Farm (14), Tetra Pak (14), Coca‐Cola (14), Cenoura & Bronze (14), Maria (14), Nestlé (14), BRF (14), PepsiCo (14), Kantar (14), JBS Friboi (14), Itajá (16‐17), Feira FHC Xangai (16), Disaster Recovery Instute (18), Deloie (19) e Castro´s Hotel (19). 3 Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 4 TRANSPORTES Sem logística, O País parou nas estradas. Alimentos e combustíveis, entre outros pro‐ dutos, não saíram do lugar por dias. Em algumas cidades, ocorreu desabastecimento. Esse cenário, causado pela decisão dos caminho‐ neiros autônomos que bloquearem as estradas para protestar contra o governo federal, reivindicando fretes mais justos, óleo diesel mais barato, modificações na cobrança do pedágio e sanção presidencial sem vetos da Lei ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 5 o País parou dos Caminhoneiros. Os cálculos preliminares dão conta de que os prejuízos provocados pelos bloqueios nas estradas de todo País superam R$ 1 bilhão, sem levar em conta possíveis perdas nas indústrias, comércio e quebras de safra que podem ser oca‐ sionadas pela falta de combustíveis nas regiões produtoras no momento exato da colheita – se não colhido no período exato, o grão perde qualidade. ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 6 TRANSPORTES Bloqueio das estradas revelou gargalo ao País O movimento dos caminhoneiros, ini‐ ciado em 18 de fevereiro, se espalhou pelo País e foi uma lição de desorganização do governo federal, do começo ao fim. Anún‐ cio de fechamento de acordo e negociação da greve com sindicatos que não estavam em greve, por exemplo, demonstra o quanto o governo Dilma se mostrou per‐ dido diante de uma mobilização de camin‐ honeiros autônomos, sem liderança e entidade setorial definidas e organizada por grupos de Whatsapp. Mesmo a solução, que sem acordo ou negociação decente, foi capenga. O go‐ verno anunciou várias vezes que acabaram os bloqueios e a imprensa divulgava vários trechos interditados em seguida. No fim, os caminhoneiros não conseguiram avan‐ çar no que se refere ao valor do diesel e do frete, mas a presidente Dilma Rousseff atendeu ao pedido de sancionar sem vetos 6 a Lei dos Caminhoneiros. Para o presidente da ADIAL Log, Rivas Rezende, a sanção da Lei dos Caminho‐ neiro foi um avanço. Mas, reforça: “O trans‐ porte rodoviário vive uma penúria e a situação vai se agravando ano a ano. Ponto central da discussão é que o custo operacio‐ nal do setor se elevou muito nos últimos anos, com achatamento dos valores do frete rodoviário. Com a disparada do diesel, essa situação ficou insustentável.” A falta de desenvolvimento de novos modais, destaca Rivas Rezende, sobrecar‐ rega as rodovias e encarece, inclusive para os transportadores, o custo de operação. A correção do frete, que têm preços livres, não acompanha os custos operacionais. “Os autônomos lideraram a greve, mas todos transportadores são afetados pelos problemas colocados”, destacou. A logística no País se mostrou muito frágil com esta paralisação de fevereiro. Apesar de faltar uma diversificação dos modais, o investimento no modal rodoviá‐ rio, que é estratégico, cessou há anos – e quando ocorre, transfere os custos via pe‐ dágio para quem utiliza as rodovias, o que é custo extra para a logística nacional. A mera sanção da Lei dos Caminhonei‐ ros não destravará a logística no Brasil. A falta de uma diálogo do governo federal com os operadores logísticos empresariais e autônomos compromete a competitividade da produção nacional e continua colocando em risco o abastecimento nas cidades e o transporte da produção. Sem um projeto es‐ tratégico nacional de transporte, feito na busca de transformar o setor, teremos ape‐ nas um novo adiamento da crise, que é per‐ manente e estrutural. É preciso guardar o discurso e trabalhar, propor diálogo e ati‐ tudes práticas ‐ antes que o setor quebre. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 7 Lei dos Caminhoeiros passa a valer no dia 17 de abril A Lei dos Caminhoneiros, sancionada no dia 2 de março pela presidenta Dilma Rousseff, começará a valer no dia 17 de abril, ou seja, 45 dias após a publicação no Diário Oficial da União, que ocorreu dia 3. Segundo o Ministério dos Transportes, essa data vale para todos os artigos da lei, incluindo a isenção do pagamento de pe‐ dágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios, o aumento da tolerância máxima na pesagem de veículos de transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de multa por excesso de peso em penas de advertência. O Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Trans‐ portes Terrestres (ANTT) informaram que já estão trabalhando na regulamentação da nova legislação, estudando alternativas para a verificação rápida e dinâmica dos veículos de carga que trafegam vazios e a contagem do número de eixos suspensos nas praças de pedágio. A agência também estuda possíveis locais para implantação dos chamados “pontos de parada” para veículos de transporte de cargas, para atender as determinações da lei quanto ao tempo de descanso do motorista. A sanção da Lei dos Caminhoneiros faz parte do acordo apresentado pelo governo para que os caminhoneiros desblo‐ queiem as estradas do país. A legislação determina o pedágio gratuito por eixo suspenso para caminhões que não estiverem carregados, além do perdão das multas por excesso de peso dos caminhões, recebidas nos últimos dois anos. Com a nova me‐ dida, os donos da carga (contratantes do frete) serão responsa‐ bilizados pelo excesso de peso e transbordamento de carga. Também está prevista a ampliação dos pontos de parada para caminhoneiros. Protesto encerrado com “buzinaço” em Brasília O último ato do protesto, iniciado em 18 de fevereiro, foi realizado no dia 4 de março, quando caminhoneiros fizeram um buzinaço na Esplanada dos Ministérios, como ato de pro‐ testo contra o aumento do diesel, o valor dos pedágios e a re‐ dução do preço do frete. Os veículos saíram do estacionamento do Mané Garrin‐ cha em fila e seguiram para a Esplanada. A Polícia Militar acompanhou todo o trajeto, que durou cerca de uma hora e permaneceu pacífico. Após o protesto, os manifestantes foram ir embora do Distrito Federal no dia seguinte. 7 Os Caminhões 2,2 milhões de caminhões é o tama‐ nho da frota brasileira nas estradas As estradas COMO ESTÃO AS RODOVIAS? 37,9% ÓTIMAS E BOAS 62,1% REGULAR E RUIM Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 8 ENTREVISTA Nome: Thiago Péra Área de atuação: Esalq‐Log e mestre em engenharia de Logísca 8 Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 9 Lei do Caminhoneiro elevou custo e reduziu produtividade SANÇÃO DA LEI DOS CAMINHOEIROS SEM VETOS PODE SIGNIFICAR ELEVAÇÃO DA PRODUTIVADE DO SETOR coordenador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Lo‐ gística Agroindustrial (ESALQ‐LOG) e mestrando em Engenharia de Sistemas Logísticos pela Escola Politécnica da USP, Thiago Guilherme Péra, aponta nesta edição da Pró‐Industrial um quadro logístico do País e as ques‐ tões relativas ao frete rodoviário. Thiago atua na área de ensino, pes‐ quisa e extensão em logística agroin‐ dustrial, com foco no desenvolvimento de aplicações em transporte, armazenagem, demanda de carga (multimodal) e ferramen‐ tais quantitativos – principalmente na área de modelagem matemática para otimização. Confira os princi‐ pais trechos da entrevista: O O sistema de transporte rodo‐ viário no País passa por uma grave crise. Pode‐se dizer que ela era previsível? Em um passado não muito distante, nós tivemos uma onda Michal Gartenkraut 9 de manifestações no País com reivindicações de melhorias nas qualidades das rodovias e redu‐ ção das tarifas de pedágios, no final da década de 1990 – du‐ rante alguns dias, a nossa econo‐ mia parou. No atual contexto, os motoristas reivindicam redução do preço do óleo diesel e au‐ mento nos preços de fretes. É importante deixar claro a dife‐ rença entre o custo de transporte e preço de frete. O custo de transporte é formado por todos os custos que oneram uma de‐ terminada viagem de trans‐ porte. Nestes custos, há os custos de capital, depreciação, impostos, combustível, lubrifi‐ cantes, pneus, dentre outros. En‐ quanto que o preço do frete rodoviário é formado pelo equi‐ líbrio de oferta e demanda no mercado. O mercado de fretes rodoviários é altamente concor‐ rencial, sem barreiras de entrada e saída de agentes, bem como “ Sancionada sem vetos (a Lei dos Caminhoneiros), existe uma expec‐ tativa para o au‐ mento da produtividade do transporte e redu‐ ção dos custos de transporte do setor rodoviário.” Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 10 um número elevado de motoris‐ tas e transportadoras. Numa época de safra de grãos, o preço do frete rodoviário pode variar positivamente de 20% a 40% em relação ao período de entressa‐ fra, dependendo da região. Como os preços de fretes são for‐ mados em um mercado alta‐ mente concorrencial pelo equilíbrio de oferta e demanda em alguns períodos do ano o preço do frete se torna abaixo dos custos de transporte, tra‐ zendo prejuízos ao setor – prin‐ cipalmente para os motoristas autônomos que muitas vezes perdem o caminhão, por não conseguir pagar suas parcelas de financiamento do veículo. gestores de transporte. Ainda nessa linha, é possível ampliar os investimentos na melhoria da qualidade das rodovias brasilei‐ ras através dos investimentos di‐ retos do governo ou na ampliação de concessões atrati‐ vas para o setor privado, tal como foi realizado na década de 1990, que possibilitou um grande avanço em termos de qualidade. Por outro lado, é pos‐ sível investir no aumento de ca‐ pacidade e qualidade de transporte de outros modais, tais como a ferrovia e hidrovia, vi‐ sando diversificar a matriz de transporte de cargas no País e re‐ duzir a dependência do modal rodoviário. Os prejuízos de uma paralisa‐ ção como a que ocorre no País nas últimas semanas, respin‐ gam no comércio, indústria e agronegócio, pois todos preci‐ sam enviar e/ou receber merca‐ dorias e insumos. O modal rodoviário precisa ser repen‐ sado e qual seria o caminho para se reduzir gargalos no setor logístico? Essa paralisação dos motoris‐ tas foi bastante articulada e mos‐ trou a dependência da nossa economia em relação ao modal rodoviário para distribuição de cargas no País. O modal rodo‐ viário representa hoje cerca de 60% de toda movimentação de cargas. A busca da redução dos gargalos no setor logístico está atrelada a boa gestão, investi‐ mento em novas infraestruras/projetos logísticos e também investimento na for‐ mação de profissionais qualifica‐ dos, principalmente motoristas e Por que a pressão de custos como pedágios, seguro, diesel e salário supera a evolução do preço do frete? Que fatores afe‐ taram mais fortemente o frete? O mercado de fretes rodoviá‐ rios de cargas (principalmente agrícola) no País é altamente concorrencial e apresenta uma alta volatilidade de preço ao longo do ano. Os principais fa‐ tores de formação do preço de frete são: época do ano (sazona‐ lidade de demanda de trans‐ porte), corredor logístico de escoamento, tipo de destino (ex‐ portação ou mercado interno), existência de fretes de retorno, alternativas de transportes mul‐ timodais, qualidade da via, den‐ tre outros fatores. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota brasileira de caminhões cresceu cerca de 20% nos últimos quatro anos. Atualmente, a frota brasi‐ leira gira em torno de 2,5 mil‐ 10 hões de veículos. Quase metade desses veículos está alocada na categoria dos autônomos, os quais muitas vezes desconhe‐ cem seus reais custos de trans‐ porte, trazendo distorções nas relações entre preço de frete e custo de transporte. A situação que estamos vivenciando no momento é de preços de fretes baixos, em função da retraída demanda de transporte de car‐ gas (atrelada fortemente ao atraso da colheita de grãos nas grandes regiões produtoras do País) associado a um alto custo de transporte. Qual foi o impacto da Lei dos Caminhoneiros para o setor de transporte? As mudanças apro‐ vadas e sancionadas podem mudar o quê? A Lei do Motorista (12.619/12) trouxe um aumento na estrutura de custos das transportadoras, em função da redução da produ‐ tividade do transporte, principal‐ mente para rotas de longa distância, devido à redução do li‐ mite máximo da jornada de tra‐ balho do motorista. Por outro lado, trouxe uma maior regula‐ mentação do setor no sentido de melhora da qualidade de vida dos motoristas e também da re‐ dução dos acidentes nas rodo‐ vias. As mudanças da Lei dos Motoristas são de aumento da jornada de trabalho do motorista, aumento da tolerância de sobre‐ peso do veículo e isenção de pe‐ dágios para eixo suspenso. Sancionada sem vetos, existe uma expectativa para o aumento futuro da produtividade do transporte e redução dos custos no setor rodoviário. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 11 NOTAS INDUSTRIAIS Indústrias preveem falência com alta de 53% na energia Dois encargos setoriais poderão elevar a conta de luz da indústria em até 53% a partir do mês que vem e provocar protestos na Justiça. Além do custo da energia, cada empresa – localizada no Sudeste – terá de arcar com mais R$ 79 por megawatt‐hora (MWh) para subsidiar programas sociais, pagar despesas do setor e custear a operação das termoelétricas. Essas usinas estão funcionando ininterruptamente para poupar a pouca água que restou nos reservatórios por causa da seca no Sudeste, Centro‐Oeste e Nordeste. Representantes do setor industrial ainda tentam reverter a conta com a entrega de propostas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas, por ora, esse é o custo extra que as empresas terão de pagar a partir de março – caminho oposto ao que setor reivindicava desde 2012 para devolver a competitividade à indústria. Naquele ano, vários empresários pediram à presidente Dilma Rousseff medidas para baratear a conta de luz e evitar que unidades fechassem as portas. Com a MP 579, lançada no último trimestre de 2012, a tarifa de energia caiu, em média, 20% no País. Mas, dois anos depois, os valores já voltaram aos patamares de antes, seja por causa da seca que atinge o País ou pela forma atropelada com que o processo de renovação das concessões foi feito, deixando várias distribuidoras sem contratos para atender seus consumidores e provocando um rombo bilionário no setor. Um baque. Hoje, segundo dados da comercializadora de energia Compass, uma empresa que consome 30 MW e tem um custo de R$ 150 o MWh passará a pagar R$ 229 – ou seja, um aumento de 53%. Ao final de um ano, a empresa terá pago a mais R$ 20,8 milhões de energia. MP incentiva contribuinte a ingressar com ação Balança comercial goiana fecha superavitária Uma das principais novidades da Medida Provisória nº 669, publicada no fim de fevereiro, incentivará empresas a buscar o Judiciário para recuperar valores recolhidos de contribuição previdenciária. Com a MP, será possível, a partir de junho, escolher a forma de recolhimento do tributo, que poderá ser pela folha de empregados ou pelo faturamento. A mudança é o argumento que contribuintes, hoje obrigados a usar o faturamento, precisavam para engrossar o movimento iniciado pelos descontentes com a mudança da base de cálculo. Hoje, cerca de 50 setores – como tecnologia da informação, transportes e farmacêutico – estão submetidos ao recolhimento pelo faturamento. Para aqueles que utilizam pouca mão de obra, a medida é prejudicial e aumenta significativamente a tributação. Os destaques das exportações goianas em janeiro de 2015 foram as commodities do complexo de minério (US$ 138,453 milhões ou 34,4%), puxadas pelo sulfeto de cobre US$ 53,848 milhões ou 13,4%. Depois dos minérios veio o complexo carne (US$ 91,851 milhões ou 22,8% com destaque para a carne bovina com US$ 59,366 milhões exportados ou participação de 14,8% nas exportações; o milho e seus derivados também apresentaram destaque com 14,9% de participação nas exportações com valor de US$ 60,134 milhões. Finalmente, o complexo soja (US$ 32,092 milhões ou 8,% de participação).Os principais destinos das exportações goianas em janeiro de 2015 foram, na ordem, China US$ 61,777 milhões (15,3%), Países Baixos (Holanda) US$ 41,089 milhões (10,2%),Vietnã US$ 32,861 milhões (8,2%), Índia US$ 25,062 milhões (6,2%) e Hong Kong US$ 21,335 milhões (5,3%). DECISÕES & NORMAS SUPERSIMPLES ‐ O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB‐RJ), colocou na pauta de votação do plenário o projeto de lei complementar 448/2014, que aumenta em 400% e 100% o teto de receita anual para pagamento de tributos pelo Supersimples. De acordo com a assessoria da Câmara, o projeto pode ser votado imediatamente porque houve, na semana passada, a aprovação de requerimento que colocou a matéria em urgência. 11 E‐SOCIAL ‐ Embora a versão 2.0 do layout do e‐Social tenha sido liberada no dia 24 de fevereiro pelo Comitê Gestor e esteja mais simplificada em relação à anterior, a ferramenta para qualificação cadastral dos trabalhadores ainda não está disponível. Caso haja inconsistências nas informações dos empregados prestadas pelos empregadores, a entrega dos arquivos será rejeitada no processo de validação da base de dados do e‐Social. A versão 2.0, prevista na Resolução nº 1/2015, eliminou seis eventos, destacando‐se a retirada das informações relacionadas a serviços prestados e tomados, às notas fiscais de prestadores de serviço e cooperativas com retenção de INSS; ao aviso de férias; e ao início e término de estabilidades. COMEX – A Receita Federal colocou, no último dia 3, em consulta pública medidas que podem melhorar a vida das empresas que operam no comércio exterior. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 12 TRIBUTOS Cesar Helou (E), com empresários, execuvos, líderes setoriais, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (C) ao lado de João Alves Faria Filho Incentivos fiscais, definições chegam na reta final A decisão do futuro dos progra‐ mas de incentivos fiscais está cada vez mais próxima. Espe‐ cula‐se que deve ocorrer em abril. A questão é que se afunila o pro‐ cesso de finalização do projeto de e pro‐ punha uma versão final do texto do Projeto de Lei do Senado (PSL) 130/2014 no Congresso Nacional ou a votação da Sumula Vinculante do Supremo Tribu‐ nal Federal (STF), que está liberado desde o dia 10 de fevereiro a entrar em pauta ação do governo de São Paulo contra os incentivos concedidos por Goiás. Outro ponto é relevante e deci‐ sivo pode ser a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), marcada para 9 e 10 de abril, em Goiânia, que vai debater, pressio‐ nado pelo Legislativo e Judiciário, a convalidação e reforma do ICMS. 12 Enquanto isso, seguem as reuniões políticas e jurídicas. A ADIAL (Associa‐ ção Pró‐Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás) participa de vários en‐ contros para defender e buscar apoio aos incentivos que desenvolveram os Estados emergentes brasileiros e modi‐ ficaram a geografia do crescimento eco‐ nômico brasileiro nas últimas três décadas. Em fevereiro, a entidade se reuniu, juntamente com empresários e executivos da Mitsubishi, Caoa, Ambev, Hypermarcas e Piracanjuba com o pre‐ sidente do Senado, Renan Calheiros, es‐ coltados por parlamentares goianos. Na reunião do Confaz, vai se discutir a necessidade da votação da PLS 130. Para não ocorrer, será necessário na reu‐ nião de abril, ser assinado um convênio com a aprovação dos 27 Estados. Esse consenso entre os Executivos estaduais esteve longe de ser alcançado nos últi‐ mos anos, mas pode sofrer influência pela aprovação para evitar que se trans‐ fira para Justiça ou Legislativo a respon‐ sabilidade de conduzir a principal função do Confaz, que é promover o aperfeiçoamento de federalismo fiscal e harmonização tributária entre os Estados da Federação. É o teste de fogo para o Confaz. No Congresso, o projeto passaria ainda por Senado e Câmara e existe o en‐ tendimento da necessidade da convali‐ dação dos incentivos fiscais já concedidos. Decisão contrária provocaria uma desordem jurídica e econômica, com pre‐ juízo a milhares de empresas que se ins‐ talaram em Estados emergentes atraídas pelos incentivos fiscais, gerando centenas de milhares de empregos. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 13 Força Sindical apoia programas de incentivos Dirigentes da Força Sindical Goiás e re‐ presentantes de sindicatos filiados participa‐ ram no último dia 20, de uma reunião na sede da ADIAL, para discutirem a importân‐ cia da manutenção dos incentivos fiscais no Estado, como a redução da alíquota de ICMS. A Central juntamente com a Associa‐ ção vai se reunir com a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, para convencê‐la a não aprovar a ADI (Ação Di‐ reta de Inconstitucionalidade) que pretende acabar com os incentivos fiscais, alegando que a lei que regulamenta os incentivos está submetida à Lei Complementar nº24/75, do período ditatorial. As entidades também vão atuar na ten‐ tativa de dar celeridade à votação do Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 130/2014 que, se‐ gundo explicação do Senado "convalida os atos de concessão de benefícios e incentivos fiscais ou financeiros vinculados ao ICMS concedidos pelos Estados ou pelo Distrito Fe‐ deral até 1º de maio de 2014 sem a prévia aprovação por unanimidade do Confaz, conforme determinam a Constituição Fede‐ ral e a Lei Complementar nº 24/75, assim Líderes sindicais e empresariais unidos pelos incenvos fiscais como concede remissão e anistia dos créditos tributários referentes." Atualmente para serem aprovados in‐ centivos fiscais é preciso que o Confaz vote a favor por unanimidade. Com a aprovação do projeto, a determinação passa a ser validada com 3/5 dos votos favoráveis. O projeto continua a tramitar no Senado e está aguar‐ dando inclusão em Ordem do Dia. Segundo José Alves Filho, presidente da Adial Brasil, o objetivo da reunião com as centrais é "buscar uma convergência de inte‐ resses", no entanto, ele reconhece a importân‐ cia das centrais sindicais continuarem lutando pelos direitos trabalhistas. Para José, trabalhadores correm risco caso acabem os incentivos em Goiás, já que muitas indústrias podem migrar para outros Estados. Com as sedes em São Paulo, por exemplo, as indús‐ trias podem economizar em frete e sem in‐ centivos não há por que a sede ficar em Goiás. O presidente da Força Sindical Goiás Ro‐ drigo Carvelo colocou a central à disposição da Adial para auxiliar na luta da manutenção dos incentivos. "Nós sabemos da importân‐ cia das indústrias continuarem em Goiás. Es‐ tamos prontos para lutarmos em Brasília", enfatiza Rodrigo. A Força Sindical Goiás vai realizar um abaixo‐assinado com trabalha‐ dores em indústrias de todo o Estado para encaminhar à ministra Rosa Weber. Nota do governo de esclarecimento a respeito da política de incentivos fiscais “Criado pela lei 13.591, de 18 de janeiro de 2000, o Programa de Desenvolvimento In‐ dustrial do Estado de Goiás (Produzir) suce‐ deu o Programa de Fomento a Industrialização de Goiás (Fomentar). Seu objetivo é o de contribuir para expansão, mo‐ dernização e diversificação do setor indus‐ trial de Goiás, a fim de estimular a realização de investimentos e o aumento da competiti‐ vidade. O Produzir preconiza, de forma direta, a geração de emprego e renda, a diversificação de nossa economia e a competitividade do Estado. O bom desempenho da economia goiana deve‐se, em grande medida, aos in‐ vestimentos industriais que adensaram as ca‐ deias produtivas e a diversificação dos 13 negócios. Com essa visão, é a presente nota para destacar que não há em estudo no Es‐ tado qualquer alteração nos programas que visem “reduzir incentivos fiscais”.Como parte do dever de ofício do Estado, estuda‐ se, no âmbito da administração estadual, a criação de instrumentos que têm por escopo a fiscalização e controle da adimplência de todos os contratos firmados pelo Estado, em particular aqueles relacionados à concessão de benefícios fiscais, sendo que, no período de aferimento de regularidade contratual, pode a administração pública lançar mão de suspensão parcial de benefícios. Uma vez encerrada a auditoria, as em‐ presas que estiverem adimplentes integral‐ mente terão assegurada a integralidade do incentivo fiscal diferido no tempo.Portanto, reiteramos não haver qualquer estudo que vise reduzir incentivos fiscais em Goiás. Ao contrário, queremos objetivamente o pleno e integral cumprimento dos acordos firmados por todas as partes. Às empresas que pre‐ tendem se instalar em Goiás são garantidos a segurança jurídica e o respeito aos contratos firmados. Essa confiança é o atributo central que faz de Goiás um Estado diferenciado e capacitado para atrair novos negócios.” Marconi Perillo, Governador de Goiás José Eliton, Vice‐Governador e secretário de Desenvolvimento Econômico Ana Carla Abrão Costa, Secretária da Fa‐ zenda Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 14 MARKETING & PRODUTOS Kibon Verão é sinônimo de calor, praia, histórias, cores e amores. Para comemorar o aniversário de 450 anos da cidade do Rio de Janeiro e a chegada da estação mais quente do ano, a Kibon e a marca carioca FARM se uniram em parceria inédita para lançar um novo sabor de picolé: Mate com Limão. O produto foi lançado dia 15 de janeiro. Coca‐Cola Para abrir a segunda fase da campanha Bebendo uma Coca‐Cola com, a marca traz de volta, na promoção “Minigarrafinhas da Galera”, miniaturas de garrafas, sucesso nos anos 80 e na Copa do Mundo da FIFA 2014. As peças chegam ao público em 15 modelos de alumínio, que podem ser personalizados com 150 opções de nomes e nove apelidos, nas cores vermelha, preta e branca. Haverá também um miniengradado, onde as garrafinhas podem ser guardadas. Para participar da promoção, basta juntar três pontos mais 4 reais. Maria Maria, marca líder no mercado de óleos compostos, está de volta à mídia. A campanha destaca o visual mais atraente e moderno da nova embalagem do produto: a garrafa de 500 ml (veja imagem abaixo), além de apresentar também o novo layout das latas e reforçar a presença da marca junto aos consumidores. A campanha poderá ser conferida durante o período de 23 de fevereiro a 10 de maio de 2015 em revistas nacionaia, painéis do metrô de São Paulo e, ainda, nas TVs de ônibus do sistema público de transporte de São Paulo e Belo Horizonte. 14 Piracanjuba A Piracanjuba apresenta o primeiro creme de leite UHT zero lactose e o primeiro leite condensado zero lactose à base de leite de vaca. Segundo a empresa, os produtos não possuem similares no mercado nacional. O creme de leite está disponível nas embalagens de 200 gramas e o leite condensado é acondicionado em embalagem de 395 gramas, ambas fornecidas pela Tetra Pak. “Os holofotes estão direcionados a vários tipos de restrições alimentares, como é o caso da intolerância à lactose”, afirma a gerente de marketing da Piracanjuba, Lisiane Guimarães. Cenoura & Bronze A fórmula da linha Cenoura & Bronze Efeito Dourado conta com cor e um leve brilho dourado e oferece à pele um tom bronzeado luminoso desde a primeira aplicação do produto além de ajudar a disfarçar as imperfeições. Além disso, acelera o bronzeado natural da pele e permite que a mulher fique bronzeada mais rápido do que se estivesse usando um bronzeador comum. A linha está disponível nas versões com FPSs 6, 15 e 30. Para que o bronzeado aconteça de forma segura, os produtos da linha contam com a tecnologia Infra‐V, que protege contra os danos causados pelos raios infravermelhos, reduz a vermelhidão, ardência e rugas causadas pela exposição solar. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 15 BRF O lucro líquido ajustado da BRF cresceu 109,4% na comparação com o ano anterior, totalizando R$2,2 bilhões. A Receita Operacional Líquida (ROL) registrou o montante de R$31,7 bilhões, número 4,0% maior. O desempenho provém de resultados positivos no mercado internacional e ao crescimento dos pontos de venda no Brasil, segundo a empresa, além do crescimento de volumes no Food Services. A ROL Brasil atingiu R$ 13,9 bilhões, um aumento de 6,8%, seguida pela internacional com R$13,3 bilhões (+1,5%) e pela Rol de Food Services que chegou a 1,7 bilhão (+ 8,8%). Nestlé Frut Nestlé lança no Brasil o Nestlé Frut, um purezinho de frutas para as crianças pronto para consumo. Segundo a empresa, a embalagem em formato de sachê é de fácil manipulação e estimula os pequenos a comerem sozinhos. A novidade chega em quatro opções em embalagens de 120g: pera com manga; mamão, pera e pêssego; maçã, goiaba e banana; e mix de frutas. Toddynho Comercializado tradicionalmente em embalagem cartonada asséptica, o achocolatado pronto Toddynho passa a contar com opção em garrafa de PET. A nova apresentação oferecerá 270 mililitros da bebida nas versões Tradicional e Light, contra 200 mililitros das caixinhas. São Paulo será o primeiro estado a receber o lançamento. A partir de abril, a novidade estará disponível em todo o Brasil. A PepsiCo, fabricante de Toddynho, afirma que a extensão de linha é dedicada ao público adulto. “Segundo dados da Kantar, a penetração da marca em lares sem crianças chega a mais de 30%”, diz a empresa, em nota. Cheetos A PepsiCo apresenta as novas embalagens da linha de salgadinhos Cheetos. Com elementos menos infantis a embalagem traz um visual mais moderno, com novos ícones para os sabores, além de dar um maior protagonismo ao personagem Chester Cheetah, mascote da marca. A estratégia da Pepsico com a nova embalagem é aproximar a marca dos pré‐adolescentes (10 a 13 anos). “Com as novas embalagens, buscamos uma interação maior da marca com seu público, aproveitando para estimular o consumo compartilhado entre a família ou amigos e promover o consumo consciente”, diz Anna Carolina Teixeira, gerente de marketing da PepsiCo Brasil. 15 JBS A Friboi criou o aplicativo mobile denominado Receitas de Confiança Friboi. Por meio dele, o consumidor usa o QR Code impresso na embalagem do produto para acessar informações completas sobre aquele corte: origem, receitas, vídeos, Churrascômetro, ferramenta calcula os gastos aproximados e customiza a quantidade ideal de carnes para o evento, e outras informações. Além disso, a marca renovou seu site que conta agora com as mesmas ferramentas informativas do aplicativo. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 16 EMPRESA Jalles Machado de olho na China CERTIFICADA PELOS CHINESES, INDÚSTRIA GOIANA INICIARÁ EXPORTAÇÃO DE MIL TONELADAS DE AÇÚCAR ORGÂNICO. PREVISÃO É CHEGAR A 10 MIL TONELADAS POR ANO A Jalles Machado, que já é certifi‐ cada para vender açúcar orgâ‐ nico para o Japão, amplia exportações para a Ásia e entra no mercado chinês. A indústria iniciará exportação de mil toneladas de açúcar orgânico Itajá e a previsão é chegar a 10 mil toneladas no decorrer desse ano, essa comercialização representará uma re‐ ceita de US$ 1 milhão. Em 2014, a empresa participou da 18ª Edição da Feira FHC em Xangai, onde apre‐ 16 sentou o produto aos chineses, e foi assim que começaram as relações comerciais com outras empresas. O diretor comercial, Hen‐ rique Penna, representou a empresa no evento e conseguiu estreitar relações comer‐ ciais com várias companhias chinesas inte‐ ressadas no açúcar orgânico brasileiro. “Fomos aceitos e estamos certificados para exportarmos nossos produtos. Nos próximos dez anos haverá saltos elásticos. Mas, estamos entrando com os pés firmes no chão, e acreditamos que no prazo de cinco anos estaremos exportando 10 mil toneladas de açúcar orgânico para a China”, afirma Henrique Penna. ITAJÁ Como resultado da exposição do açú‐ car Itajá na China, duas auditoras chinesas estiveram em Goiás para auditar o pro‐ cesso de produção. A auditoria ressaltou positivamente o nível de maturidade do sistema de gestão integrada, que engloba qualidade, meio ambiente e segurança ali‐ Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 17 mentar. Assim, a Jalles Machado foi aprovada e recebeu a certifica‐ ção chinesa, estando preparada para exportar para a China. O diretor comercial da Jalles Machado conta que entrar no mercado chinês era uma meta da empresa que surgiu há anos. Atualmente são produzidas 45 mil toneladas de açúcar orgânico por ano, em uma área de 10 mil hec‐ tares, exportados para o Japão, Austrália, Canadá, Estados Uni‐ dos, França, Inglaterra, Ale‐ manha, Holanda, Bélgica, Suíça, Espanha e Suécia. A Jalles Machado também pretende uma expansão no mer‐ cado interno tanto em Goiás quando em nível nacional, além de uma comercialização futura para o País de produtos de lim‐ peza, como álcool gel, produtos hospitalares e açúcar branco convencional. “Já estamos presentes em vá‐ rias redes de supermercados de todo o País. Em Goiás, estamos negociando com o Pão de Açúcar e pretendemos crescer a demanda no mercado interno”, frisa Hen‐ rique, diretor comercial. A EMPRESA A Jalles Machado é uma empresa do setor sucroenergético nacional, localizada em Goianésia‐GO. Tem uma filial no mesmo município, a Unidade Otávio Lage, e juntas geram cerca de 3.700 empregos diretos. Produzem etanol, açúcar convencional e orgânico, energia elétrica a partir do bagaço de cana, levedura para alimentação animal e produtos de limpeza. A empresa é referência por aliar produtos de alta qualidade e ações socioambientais, com foco no desenvolvimento sustentável. Comiva chinesa destacou a gestão integrada da Jalles Machado, destacando meio ambiente, qualidade e segurança alimentar. Produto também foca mercado nacional Produção do açúcar orgânico Itajá chamou atenção dos chineses, que auditaram e aprovaram o produto goiano. Jalles esteve em evento na China 17 Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 18 LEITURA EMPRESARIAL CONEXÕES EMPREENDEDORAS A atitude empreendedora é a fascinante expressão do poder de realização humana e existe desde que homens e mulheres organizaram‐se em grupos, descobriram o fogo, aprenderam a semear, construíram cidades... Essa vocação empreendedora é razão e prova das inúmeras revoluções tecnológicas vividas por nossa sociedade. O potencial empreendedor é essência: a decisão de empreender é escolha protagonista. RELACIONAMENTOS & ECONOMIA O livro apresenta e explica os três principais tipos de relacionamento – pessoais, funcionais e estratégicos – e mostra suas nuances e o impacto decisivo para o crescimento lucrativo, no longo prazo. Com um tema rico e de alcance abrangente, A Economia dos Relacionamentos – Faça do seu Network o Segredo do Sucesso é o livro definitivo para os interessados em identificar, ampliar e tirar proveito de suas relações, reconhecendo o valor estratégico nos negócios e na vida. CAPITAL CRIATIVO Economia Criativa, mostra que a criatividade é um ótimo negócio. Mas como transformar criatividade em dinheiro, capital e lucro? Simplesmente ter uma ideia brilhante não interessa o que interessa é o que você faz com ela. John Howkins, destacado especialista em economia criativa, nos mostra nesta edição atualizada o que realmente é criatividade, fornecendo dados concretos sobre sua representatividade na economia mundial (US$ 2,7trilhões por ano) e descrevendo as principais regras para o sucesso. Este livro trata da relação entre a criatividade e a economia. QUAL A ESTRATÉGIA? Estratégia é a visão estruturada da posição competitiva da empresa, seus objetivos e formas de alcançá‐los. Não é um plano, porque isso não seria suficiente, dado que a realidade muda continuamente. Resulta do entendimento das realidades do mercado e dos pontos fortes e fracos, recursos e competências da empresa. FUTURO DO NEGÓCIO O índice de falência entre empresas sem planos de continuidade de negócios, em caso de incidentes ou outros tipos de imprevistos capazes de interromper suas operações por mais de uma semana, é altíssimo: 40% delas (ou duas a cada cinco organizações) fecham suas portas em menos de três anos, segundo o Disaster Recovery Institute. Ninguém está a salvo de eventos indesejáveis, mas é justamente nesse ponto que atua a GCN Gestão da Continuidade de Negócios, preparando o ambiente para situações inesperadas, mesmo na ausência de toda a perspectiva de informação. ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 19 GESTÃO E CARREIRA O O papel do CFO diante dos desafios do negócio s CFOs em todo o mundo estão sendo chamados a ampliarem sua responsabi‐ lidade e liderança, tendo que supervisionar outras operações críticas, incluindo questões de tecnolo‐ gia da informação, recursos humanos e organização financeira, se tornando muito mais do que o papel tradicional de guardiões de Finanças, CFOs são também decisores e líderes‐chave na organização, do qual se espera um alto padrão de desempenho. O empresário brasileiro, embora otimista, sabe que não pode depender apenas de ações governamentais para desenvolver seu negócio. Diante da crise vivida no ano 2014, em que seus reflexos permanecem esmagando a in‐ dústria brasileira, é preciso buscar cada dia mais a profissionalização da orga‐ nização, criando meios para os execu‐ tivos se prepararem, através da autoreflexão e planejamento prático de cenários relacionados a aspectos fun‐ damentais da agenda de negócios de cada organização. Neste sentido, a ADIAL amplia a 19 sua atuação, criando um ambiente onde os CFOs de nossas Associadas possam trimestralmente se reunir para discutir questões como mercados de capital, go‐ vernança, arena política regulatória e pública e as perspectivas da economia no Estado, Brasil e no mundo. “O objetivo desses encontros é o de construir uma rede de relacionamento entre os CFOs de nossas associadas, onde eles possam através do networ‐ king fortalecer o negócio de cada orga‐ nização, abrangendo os mais diversos aspectos como de gestão de riscos, ne‐ gócios internacionais, sustentabilidade, transformação financeira, planos de previdência, compliance, talentos em fi‐ nanças e outros temas de relevância do ambiente financeiro”, diz o presidente da entidade, Cesar Helou. Os diversos segmentos da indús‐ tria compartilham desafios comuns, e o mais importante desse programa, é que são os próprios CFOs que vão de‐ finir a agenda dos próximos encontros, de modo a explorarem suas questões mais desafiadoras. Ao final de cada en‐ contro será construído um plano de trabalho tangível, pelo CFO de cada organização. O CFO Program é um programa in‐ ternacional da Deloitte, que será colo‐ cado à disposição das nossas Associadas através de uma parceria da ADIAL com esta organização, que constitui uma das maiores consultorias do mundo. A entidade conta com a participação de todos no evento inau‐ gural do CFO Program da Deloitte para a ADIAL, que acontecerá no dia 14 de abril, de 8h:30 às 12h, no Castros Hotel. Mais informações no telefone: 3922‐8200. Pró-Industrial ADIAL 61_Layout 1 06/03/2015 11:08 Page 20 OPINIÃO O longo ajuste das contas públicas por Cesar Helou É uma realidade inequí‐ voca: as contas públicas do País, seja União, Esta‐ dos ou municípios, pas‐ sam por um dos mais graves períodos de sua história. As‐ sistimos a anúncios constantes de medidas de ajuste fiscal, que inva‐ riavelmente, recaem sobre o setor produtivo – empresas e trabalha‐ dores. O modelo de gestão praticado no setor público deve ser revisto. E os efeitos de gestões públicas de‐ ficitárias são maior carga tributá‐ ria, pressão fiscal e corte de serviços, inclusive, essenciais. Não faltam exemplos em todo País des‐ tas três situações. É preciso caminhar para outro rumo, pois, plagiando um amigo, não existe indústria forte sem Es‐ tado forte. Assim, se o diagnóstico é este, não tem outra solução que adotar medidas que, primeiro, sanem os gargalos de gestão, e, se‐ gundo, implantem soluções admi‐ nistrativas eficientes e de longo prazo. O Governo de Goiás iniciou o ajuste administrativo ainda na gestão anterior e, por isso, acredito que sairá da crise primeiro, e po‐ derá aproveitar oportunidades que certamente vão surgir. Goiás tem sido pioneiro em implantar uma cultura de gestão profissional no setor público, ampliando parti‐ cipação e preocupação social. A re‐ dução das secretarias e do custeio é fundamental e já está ocorrendo. Continuar este choque de ges‐ tão e adotar uma consciência mais profissional e empresarial em cada administrador público será um le‐ gado importante de Marconi Pe‐ rillo ao Estado. Grandes passos neste sentido foram dados, com as Organizações Sociais (OSs), que já mostram resultados práticos e deve ser um modelo seguido e co‐ piados, com foco sempre na trans‐ parência e eficiência. Isso nós empresários fazemos em nossas empresas e é o que acreditamos que precisa ser feito na gestão tam‐ bém dos governos. O setor empresarial goiano apóia e participará, dentro das suas condições, de medidas de ajustes fiscais que, ao mesmo tempo, respeitem a capacidade contributiva e de sustentabilidade das empresas e dos trabalhadores. Cortar é mais difícil que ampliar, pois não se pode permitir que o sa‐ crifício ultrapasse o limite de so‐ brevivência dos sacrificados. Temos respeito pelo projeto e pelas intenções do governador Marconi Perillo, que se pauta pelo diálogo, respeitando e reconhe‐ cendo o papel do setor privado. Os dois lados têm visão de longo prazo e defendem o desenvolvi‐ mento, sabendo que em períodos como este, de crise, a integração de forças é o diferencial. Nós empresários, temos a mis‐ são de produzir e abastecer a famí‐ lias com produtos de qualidade, a preços competitivos. O governo estadual compreende esta compe‐ tição de mercado, sabe do poten‐ cial do Estado para ter empresas competitivas e as estimula, pois sabe que a geração de empregos, renda e consumo é o que sustenta as contas públicas. Esse equilíbrio de avanços público e privado pre‐ cisa ser mantido. A ADIAL com‐ preende a situação do governo e dialogará sempre na busca de melhoria nas contas pública, com redução do déficit, em equilíbrio com a sustentação dos negócios, que são elementos fundamentais deste melhoramento. Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL
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