Setembro
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Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 1 Pró-Industrial ADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Setembro – 2013 – ANO V – Nº 45 www.adial.com.br GOIÁS NA ROTA DAS FUSÕES E AQUISIÇÕES Estado é destaque na transação de empresas REFLEXÃO NOVOS CENÁRIOS PARA TAXA DE JUROS E CÂMBIO EMPRESAS A HISTÓRIA DO GRUPO GRAVIA ENTREVISTA JONATHAN BARROS VITA, DO CARF Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 2 Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 3 PRO-INDUSTRIAL Editorial Sumário EDITORIAL Negócios e tributos 3. //NEGÓ‐ CIOS Fusão e aquisições 4‐6. // REFLEXÃO SETORIAL Juros e câmbio 7.// ENTREVISTA Jonathan Vita 8‐10.// NOTAS INDUSTRIAIS‐ Balança comercial e congresso 11.// MAR‐ KETING & PRODUTOS Novidades na indústria 12‐13.// INCENTIVOS Convalida‐ ção dos bene cios 14.// MERCADO EXECU‐ TIVO Notas e Código do Contribuinte 15.// LEITURA Livros Empresariais 18. //OPINIÃO Cesar Helou 19. 16‐17 GRUPO GRAVIA EMPRESAS CITADAS NA EDIÇÃO BRF (pág. 2), Grupo Gravia (3, 16 e 17), Agrega Consultoria (5), PwC (5), Creme Mel (5 e 6), HIG (5 e 6), ABVCAP (5), Marol (5 e 20), LG Sistemas (6), Hypermarcas (6 e 13), JBS (6), PUC‐SP (3 e 9), FGV (9), Mitsubishi (12), Grupo Mariza (12), Piracanjuba (12), Beraca (12), He‐ ring (12), Valor (12), GSA (12), Cicopal (13), Mabel (13), Cargill (13), Manacá (13), Ko‐ walski (13), Adial Brasil (14), Acieg (14), Novo Mundo (15), Sifaeg (15), Faeg (15), Porto Seco Centro‐Oeste (15), Anamaco (16). Negócios e tributos O fenômeno da explosão de fusões e aquisições empresa‐ riais nas últimas duas décadas no Brasil confirma o ama‐ durecimento e competitividade da nossa economia. A Pró‐Industrial investiga mais de perto este tema em re‐ portagem que avalia seus efeitos para o Brasil e para Goiás. Nas últimas edições, aliás, a revista tem se dedicado a temas que envolvem o processo econômico como um todo, indo além do as‐ pecto tributário – sem deixar de abordá‐lo a cada nova publicação. O empresário goiano tem seu espaço dentro da Pró‐Industrial, um espaço para debates, informação e divulgação. A aposta da revista na abor‐ dagem técnica, com profissionais renomados, faz com que a revista saia do senso comum de abordar temas repetitivos e cansativos. A pro‐ posta é que o empresário, nosso público‐alvo, seja ouvido e participe. Nesta edição, por exemplo, vamos entrevistar o tributarista Jonathan Barros Vita, doutor pela PUC‐SP e conselheiro do Carf, que defende que para a existência dos incentivos fiscais é preciso organizá‐los. A ADIAL (Associação Pró‐Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás) participou de evento no Castro´s, com presença de todo Fórum Empresarial e organização da ADIAL Brasil, em homenagem aos principais responsáveis pelo sucesso da Marcha a Brasília, em maio, quando Goiás fez coro pela queda da Reforma do ICMS, pro‐ posta pelo governo federal, que cairia dois dias depois. O governador Marconi Perillo, que continua em uma marcha ativa pelos incentivos fiscais junto aos governadores de outros Estados, foi um dos home‐ nageados. Nesta edição ainda, mantivemos ampliada a duas páginas a coluna Marketing & Produtos, que, modificada no mês passado, teve boa aceitação. O Grupo Gravia é a empresa associada apresen‐ tada nesta edição, mostrando a história empreendedora, a expansão e a consolidação do negócio dos “Irmãos Gravia”. Boa leitura. Expediente Presidente do Conselho de Administração Cesar Helou Vice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira Conselho Nato Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Alberto Borges de Souza Vices‐Presidentes e Conselheiros Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges de Souza, Maximiliano Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, Sandro Antônio Scodro, Heribaldo Egídio da Silva, Paulo Sérgio Guimarães Santos, Pedro Henri‐ que Pessoa Cunha, Marco Aurélio Limírio Gonçalves, José Ba sta Júnior, Nelson Kowalski, José Alves Filho, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos Luciano Ribeiro, Rivas Rezende, Juliana Nunes e Ingo Kalder. www.adial.com.br Produção COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS Diretor Execu vo Edwal Freitas Por lho “Chequinho” (62) 3213‐1666 ou (62) 9125‐9526 Projeto Gráfico Contemporânea ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º andar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás. CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3213‐1666. Gráfica PUC Pró-Industrial [ 3 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 4 NEGÓCIOS Já comprou alguma empresa hoje? AS OPERAÇÕES DE FUSÃO E AQUISIÇÕES NÃO CESSAM. HÁ MAIS DE UMA DÉCADA EMPRESAS SÃO VENDIDAS E NEGÓCIOS SÃO REFORMATADOS Pró-Industrial [ 4 ] www.adial.com.br Pró-Industrial [4] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 5 NEGÓCIOS O s números oscilam entre fortes expansões e leves desacelerações, mas a cada novo balanço as operações de fusão e aquisições no Brasil mantêm um padrão há mais de duas décadas: crescimento. Em julho, último resultado divulgado, o ritmo das transações reduziu. Mesmo assim, foram fechados 65 negócios no País. A queda de 8,4% foi compensada pelos avanços alcançados nos meses ante‐ riores, principalmente, março, onde o número de fusões e aquisições foi re‐ corde histórico para o mês. De janeiro a julho, 462 empresas no Brasil mudaram seus contratos sociais, trocando seus donos ou incluindo novo(s) sócios(s). O número é quase o mesmo do primeiro semestre do ante‐ rior, com uma redução de 2,5%, se‐ gundo dados da PwC. Em média, 2,5 empresas são vendidas ou ganham novos acionistas todos os dias no Brasil. Pelo relatório da consultoria, os inves‐ tidores brasileiros lideram o mercado de fusões e aquisições – com 239 negó‐ cios. "Verificamos marginal aumento no porcentual absoluto em relação ao mesmo período do ano passado, onde detinham 55% do mercado", traz relató‐ rio da consultoria. Para o consultor Marcelo Catunda, diretor da Agrega Consultoria e espe‐ cialista em fusões e compras de empre‐ sas, o Centro‐Oeste tem participação interessante neste cenário de aquisição e fusão de negócios, com destaque para Goiás. Ele destaca o papel da indústria da alimentação, setor de medicamentos e tecnologia da informação. “O empre‐ sário goiano quebrou a resistência em buscar um parceiro para viabilizar a sua expansão”, destaca Catunda, que há 30 dias assumiu a Diretoria Financeira da Creme Mel, onde foi indicado pelo fundo norte‐americano HIG, que com‐ prou participação no grupo goiano. Para Cassius Pimenta, diretor da Marol, ocorreu uma forte expansão em Goiás da procura por parte das empre‐ sas locais pela realização de estudo de avaliação do negócio. “Percebo que nem sempre o empresário contrata este ser‐ viço para efetivamente colocar a sua empresa à venda, no entanto, o resul‐ “O empresário goiano quebrou a resistência em buscar um parceiro para via‐ bilizar a sua expansão” “A empresa fica mais en‐ xuta e lucrativa com novas práticas de gestão, além de contar com o capital” MARCELO CATUNDA CASSIUS PIMENTA tado do trabalho dá maior segurança para iniciar uma negociação futura ou não se deslumbrar com uma proposta aparentemente alta. O que não falta são propostas para comprar empresas goia‐ nas. Temos clientes e parceiros de negó‐ cios que já receberam mais de uma dezena de propostas de diferentes inte‐ ressados em sociedade ou compra inte‐ gral da empresa.” Cassius e Catunda apontam que a associação a fundos de private equity tem sido um caminho cada vez mais utilizado para empresas de médio e grande portes expandirem. “Além do capital para investir, os fundos propor‐ cionam às empresas associadas mode‐ los de excelência em gestão, o que certamente influenciam no resultado fu‐ turo da operação”, disse Catunda. Ao optar pelos fundos, reforça Cas‐ sius, a empresa faz uma ampla reestru‐ turação e busca adquirir novas empresas do segmento ou abrir uni‐ dades em outras regiões. “A empresa fica mais enxuta e lucrativa com novas práticas de gestão, além de contar com o capital investido pelo fundo parceiro e a expertise do empreendedor que le‐ vantou o negócio”, diz Cassius. Pró-Industrial [ 5 ] www.adial.com.br Para a entidade que representa a in‐ dústria de private equity, a ABVCAP, destaca que o ambiente para a saída de fundos das empresas investidas está desfavorável neste ano – pois o mercado de ações está em queda e pouco atraente para abertura de capitais e os investi‐ dores estrangeiros retraíram, ficaram mais cautelosos. Para Clovis Meurer, presidente da entidade, quanto mais tempo o fundo demora para sair do in‐ vestimento, menor o retorno. Com relação a negócios liderados por investidores estrangeiros, o número caiu três pontos porcentuais desde 2012, e fechou em 175 negociações consolida‐ das, ou seja, 42% do total. Em maior parte, as aquisições inte‐ grais do negócio representam 55% das transações no primeiro semestre, com 253 negócios, seguido de compra de participações minoritárias, com 35%, o que significa 161 acordos de acionistas realizados. Pela ordem, os setores com mais fusões e aquisições no período foram Serviços, que envolve consulto‐ ria, administração e participação, mar‐ keting e propaganda, assessoria e corretagem; Tecnologia da Informação; Varejo; Educação; Logística e Trans‐ Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 6 NEGÓCIOS porte e Saúde. Por meio de private equity, que são fundos privados, foram realizados 50,2% das negociações. Em Goiás, no mês de julho – o que já computa para o segundo semestre – o fundo equity norte‐americano HIG comprou partic‐ pação em duas empresas: na indústria Creme Mel e na LG, empresa de TI com destaque na área de recursos humanos. Um dos motivos que afeta o número de transações de empresas é o quadro eco‐ nômico atual, com inflação, juros em alta e desajuste fiscal no setor público – o que não cria atratividade para demais negócios em razão da falta de energia do empresário. Para Catunda, a empresa que opta por se associar ao fundo pode fazer um IPO (abertura de capitais na Bolsa), para viabilizar a saída do investidor ‐ o que é natural nestas operações. DIFERENÇAS A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo‐se a companhia cindida, se houver transferência de todo o seu patrimônio, ou dividindo‐se o seu capital, se for parcial a cisão (artigo 229 da Lei 6.404/1976). A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações (artigo 228 da Lei 6.404/1976). Note‐se que, na fusão, todas as sociedades fusionadas se extinguem, para dar lugar á formação de uma nova sociedade com personalidade jurídica distinta daquelas. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações (artigo 227 da Lei 6.404/1976). Na incorporação a sociedade incorporada deixa de existir, mas a empresa incorporadora continuará com a sua personalidade jurídica. ANÁLISE Sócio para competir As empresas a cada dia se depa‐ ram com um cenário de maior com‐ petitividade. Encarar o mercado com as armas que têm é uma boa teoria, mas que se esvazia com o tempo. Chega uma hora que tem de ter “cacife” para participar do jogo. Isso significa capital para investir em máquinas e equipamentos, compra de insumos, distribuição, marketing ou desenvolvimento de novos produtos. Crescer significa enfrentar novos desafios e novos concorrentes. Muitas vezes, multi‐ nacionais altamente capitalizadas e com forte poder de investir. O caminho da fusão ou venda do negócio se torna uma opção sen‐ sata se o mercado impôs limites de competitividade. A entrada de um novo sócio pode significar um novo fôlego de expansão dos investimen‐ tos, redução do passivo e um novo choque de gestão. Modelos como a Hypermarcas e o JBS, por coincidência com raízes em Goiás, se destacam claramente pela capacidade de enxergar asso‐ ciações com empresas antes concor‐ rentes – quando não compra – buscando maior competitividade e participação de mercado. São exem‐ plos de gestores goianos, mas des‐ tacados nacionalmente. São exemplos claros de que a fusão, bem‐sucedida, transforma o negó‐ cio por completo. Mas é relevante destacar que este processo de união de empresas terá maior chance de sucesso se for Pró-Industrial [ 6 ] www.adial.com.br feito com calma, planejamento e metas. Uma fusão simples, que vai da definição do preço da companhia até a inserção do nome do novo sócio no Contrato Social pode durar, naturalmente, até um ano. Por isso, ter especialistas cuidando desta transformação da empresa é vital, até mesmo para que algo que pareça promissor não se transforme em um “mico”. A ruína mora nos detalhes que, neste caso, pode estar em um contrato de acionistas mal construído, avaliação de risco super ou subestimada, valor da participa‐ ção adquirida fora da realidade ou preparação (inclusive psicológica) para a divisão das decisões e lucros (ou prejuízos) da operação com um novo grupo que entra no negócio, que entra não apenas para colocar dinheiro, mas também ter sua parte no lucro. Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 7 REFLEXÃO SETORIAL Um liquidificador de números O cenário econômico virou. A economia dos países ricos está acordando e volta a incomodar emergentes, que tiveram três anos de folga e não usaram a receita certa para dar competitividade a sua economia e seus produtos. RECEITA Para fazer o País crescer menos, muito menos, tem uma receita prática e bem brasileira. Vamos a ela. Hoje, ou falta vontade ou falta capacidade a nossa intelligentisia pública, nossa elite (ditadora) do pensamento econômico. Com essa grosseira receita herdada de gerações de dinossauros ainda da dé‐ cada de 40, os governos atuais esmagam vanta‐ gens comparativas que temos perante ao mundo. INGREDIENTES Milhões de empresá‐ rios, bilhões em investi‐ mentos, 60% de taxa de juros, 7% de inflação, 39 mi‐ nistérios, um Guido Man‐ Impostos Juros tega, 39% de carga Câmbio tributária, um tablete de E AGORA, JOSÉ? A situação econômica câmbio descontrolado, 100 colheres de infraestrutura defasada e trutura defasada (pode ser de qual‐ volta a se complicar. Juros em alta, quer marca: Valec, Infraero, Eletro‐ inflação em alta, câmbio degringo‐ burocracia estatal à vontade. brás...). Leve ao forno e retire depois lado, fundamentos econômicos con‐ de duas horas, desenforme, corte em quistado a duras penas ruindo, MODO DE PREPARO Pegue milhões de empresa e tri‐ pedaços e sirva. Opção: Se quiser, de‐ impostos cada vez mais pesados... ture. Coloque no liquidificador tribu‐ core com 39 ministérios e uma cen‐ são alguns dos ingredientes dessa sa‐ tário por cinco minutos. O que tena de estatais fajutas. lada venenosa que teremos de enca‐ sobrar, coloque burocracia estatal à rar pelos próximos doze meses. Mas vontade. Em seguida, faça o investi‐ ACOMPANHAMENTO sempre otimistas e vacinados, em‐ Essa rápida receita acima inco‐ presários e trabalhadores estão se mento virar imposto. Se sobrar al‐ guma coisa no caixa, invista logo moda há décadas o empresariado movimentando para sair da plateia e senão inventarão uma nova taxa, brasileiro, já doente de esperança exigir mais – com muito cuidado contribuição ou tributo. Na verdade, nesta casta diretiva do País. Essa para não transformar conquistas em costuma sobrar muito pouco. Colo‐ regra de trabalhar muito para ali‐ mais desajustes, pois o populismo que em banho‐maria por duas horas. mentar uma máquina de produzir político impera quando a panela de Acrescente inflação de 7% ao ano e burocracia e impostos já está muito pressão apita. Enfim, estamos nova‐ juros efetivos de mais de 60% ao ano. perto do limite. Falta ao País uma ge‐ mente diante do dilema do cresci‐ Unte a assadeira com um tablete de ração de gestores públicos realmente mento. Mesmo com as diferenças e câmbio descontrolado e despeje um interessados em solucionar proble‐ indiferenças, trabalhar unido, setores Guido Mantega inteiro, seguido de mas estruturais, colocar o País no público e privado, nesta hora, é o que pelo menos 100 colheres de infraes‐ eixo correto de desenvolvimento. resta, é o que precisa ser feito. Pró-Industrial [ 7 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 8 Jonathan Barros Vita ENTREVISTA “A questão não é eliminar incentivos, mas organizá-los” Pró-Industrial [ 8 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 9 A ausência de um equilíbrio federativo favorece que o desenvolvimento da economia brasileira seja desarmônico, propiciando o aparecimento e fortalecimento dos pro‐ gramas de incentivos fiscais, que é a tentativa de reequilibrar as forças federativas. Para o doutor em Direito Tributário pela PUC‐SP e pela FGV, Johnathan Vita, não existe no País um desenvolvimento econômico coordenado, o que provoca com‐ petição para atração de investimentos entre os Estados. Vita, que é conselheiro do Carf, parti‐ cipou do Congresso Goiano de Direito Tributário, na última semana. O advogado diz que esta disputa entre Estados por empresas não é um mal e pode ser útil em vários momentos, no en‐ tanto, pode ser prejudicial quando se criam incentivos patológicos, aqueles que não preveem investimentos produtivos. Confira a entrevista a seguir: Qual a relação tributação e desen‐ volvimento econômico? Decisivamente a tributação é um dos elementos fundamentais no campo das ineficiências econô‐ micas artificialmente alocadas a produção, o que gera desincenti‐ vos à expansão tanto da oferta como da demanda de produtos. Entretanto, a tributação também tem outro lado, que é a distributi‐ vidade do sistema, permitindo equalização das rendas, além de permitir que, com incentivos cria‐ dos de maneira correta, criem‐se condições para o desenvolvi‐ mento econômico sustentável. Qual o caminho para reduzir a complexidade do sistema tributá‐ rio brasileiro? Atualmente, dois eixos temáti‐ cos podem ser utilizados para a redução de complexidades: altera‐ ção de competências tributárias com fusões de vários tributos; e in‐ tegração dos chamados deveres instrumentais. Hoje temos 27 diferentes legisla‐ ções tributárias estaduais e um conflito entre as Unidades da Fe‐ deração na busca de atrair empre‐ sas. Esta concorrência é um mal para o setor público ou é algo na‐ tural do capitalismo? O problema está justamente na Michal Gartenkraut “ Esta concorrên‐ cia (dos Estados por empresas) não seria necessariamente um mal para o setor pú‐ blico, podendo ser útil em vários momentos, vez que é algo natural do capitalismo a cria‐ ção de mecanismos de assimetrias artificiais para equilibrar o mer‐ cado.” ausência de um equilíbrio federa‐ tivo, pois não há um desenvolvi‐ mento econômico coordenado, deixando que uma competição para atração de investimentos, algo natural e desejado no sistema capitalista, transborde para uma relação disfuncional entre Estados (e também, em certa medida, entre municípios). Esta concorrência não seria ne‐ cessariamente um mal para o setor público, podendo ser útil em vá‐ rios momentos, vez que é algo na‐ tural do capitalismo a criação de Pró-Industrial [ 9 ] www.adial.com.br mecanismos de assimetrias artifi‐ ciais para equilibrar o mercado. Esta concorrência torna‐se um mal quando criam‐se incentivos patológicos (que não preveem in‐ vestimentos produtivos) e des‐ coordenados, gerando uma entropia da federação brasileira. A Reforma do ICMS não avançou no Congresso, em junho. Como vê as articulações que são realiza‐ das em torno das mesmas pro‐ postas para serem reapresentadas? O grande problema são os inte‐ resses conflitantes dos Estados li‐ quidamente exportadores e importadores, além de não existir uma política coordenada de des‐ envolvimento nacional, papel este que deveria sair da mão dos esta‐ dos para ir para a União, obvia‐ mente com uma garantia de manutenção de arrecadação tribu‐ tária por um período de tempo através de um fundo de compen‐ sações. Qual avaliação que o senhor faz da redução da alíquota do ICMS para 7% e 4%? Acho que é uma proposta posi‐ tiva, por minimizar a margem de manobra para incentivos fiscais pa‐ tológicos, entretanto, deveria ter ido mais além, migrando o sistema Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 10 “ A questão não é a eliminação da possibilidade de incentivos no sis‐ tema, mas criar estratégias de organização dos mesmos, estabelecendo li‐ mites em relação à receita dos Estados para fazer frente aos afluxos das necessidades de infraestrutura.” para, de fato, uma tributação concentrada no destino, como existe na Europa, o que impediria a criação de incentivos fiscais que afetassem mais fortemente o mercado. Como o senhor vê o papel do Confaz? Que alterações seriam necessárias ao Conselho Fazen‐ dário? O CONFAZ poderia ter uma função fundamental na uniformi‐ zação do sistema tributário, in‐ cluindo na questão dos deveres instrumentais que são um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas. Entretanto, este órgão está aparentemente parali‐ sado, vez que a exigência de una‐ nimidade não vem criando condições para diálogo entre Esta‐ dos e impede qualquer tipo de coordenação nacional em matéria de ICMS. As economias emergentes do País, que dependem dos incenti‐ vos fiscais, teriam alguma alter‐ nativa de crescimento se forem extintos todos benefícios? A questão não é a eliminação da possibilidade de incentivos no sistema, mas criar estratégias de organização dos mesmos, estabe‐ lecendo limites em relação à re‐ ceita dos Estados para fazer frente aos afluxos das necessidades de infraestrutura e apoio estatal que surgem com a instalação de em‐ preendimentos produtivos. Mais ainda, estes incentivos devem ter contrapartidas mais cla‐ ras e estudos mais concretos de impactos econômicos, pois o que se vê são justamente incentivos dados sem nenhuma orientação ou estudos. Obviamente estes in‐ centivos são a única alternativa de crescimento destas economias emergentes do País, pois não exis‐ tem condições de competitividade nem atratividade de empresas que se instalem nestes locais, vez que as diferenças entre as eficiências dos fatores produtivos são mitiga‐ das pelo custo de logística para os Estados consumidores. As subvenções diretas seriam a alternativa? Em certa medida, as subven‐ ções poderiam ser uma alternativa se bem aplicadas, entretanto, estas não devem possuir uma grande duração no tempo, motivo pelo qual os tributos acabam, em certa medida, sendo mais efetivos que subvenções diretas. De qualquer forma, as subven‐ ções através de obras de infraes‐ trutura são também uma boa alternativa para permitir a instala‐ ção destas empresas. A propósito das subvenções tem‐ se hoje muitos dos incentivos fis‐ cais de ICMS são classificados pela Receita Federal como sub‐ venções de custeio o que termina por onerá‐las em sede de IRPJ. Seria isso um desencontro de po‐ líticas públicas na medida que o Pró-Industrial [ 10 ] www.adial.com.br Estado incentiva e a União desin‐ centiva? Este é um caso clássico de pa‐ radoxos do sistema brasileiro, vez que a União é que deveria dar estes incentivos (os quais deve‐ riam ser focados mais na tributa‐ ção da renda que na do consumo, diga‐se) e coordenar a política de desenvolvimento nacional, mas não o faz. Daí abriu‐se espaço, a partir da década de 1980 para atuação dos estados que utiliza‐ ram‐se impropriamente dos in‐ centivos na tributação do consumo como forma de desen‐ volver o estado e auferir mais re‐ ceitas tributárias. Em movimento paralelo, a União passa a dar tam‐ bém seus incentivos e dividir o seu encargo econômico com Esta‐ dos e Municípios, através da redu‐ ção do FPE e FPM, respectivamente. E de outro lado, a União passa a tributar pelo IRPJ/CSLL e PIS/COFINS os in‐ centivos dados pelos estados e Municípios. Qual o caminho para o desenvol‐ vimento econômico brasileiro? Uma federação mais equili‐ brada e uma redução drástica dos deveres instrumentais, reduzindo os custos de compliance e a incer‐ teza no pagamento de tributos, o que pode ser atingido a partir de uma política de incentivos estatais coordenada e com critérios e metas claras para os seus reci‐ pientes/empresas. Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 11 NOTAS INDUSTRIAIS Exportações goianas têm agosto histórico Com um total exportado de US$ 686,5 milhões, a balança comercial goiana em agosto de 2013 apresentou dados extremamente positivos. Foi o melhor mês de agosto em exportações desde que os dados começaram a ser divulgados, em 1996. As exportações cresceram 18,81% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 577,8 milhões exportados) e as importações caíram ‐11,81 % (US$ 428.9 milhões importados), também em relação ao mesmo período de 2012 (US$ 486,3 milhões importados). Em volume, as exportações também cresceram: 25,14% em relação a agosto de 2012. Isso comprova que o incremento das nossas vendas externas não foi proveniente apenas das oscilações da moeda norte americana perante o real. O saldo comercial que em agosto de 2012 foi de U$ 91,5 milhões; já em agosto deste ano chegou a U$ 257,6 milhões. De acordo com o secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, Goiás vem obtendo números expressivos e este ano, mesmo com a crise internacional e diante de um cenário de indefinição, o Estado está conseguindo saldos positivos. No acumulado de janeiro a agosto de 2013, a balança comercial goiana também apresentou dados extremamente positivos. Foi o melhor resultado nos primeiros oito meses desde que os números começaram a ser divulgados (1996): US$ 4,7 bilhões exportados. As exportações cresceram 1,35% em relação ao mesmo período de 2012 e as importações caíram ‐2,12 %. (em valores monetários). O saldo comercial acumulado em 2012 era de US$ 1,1 bilhão e este ano já chegou a US$ 1,3 bilhão. Os números da nossa balança também são ainda mais positivos quando comparados aos números da balança comercial brasileira, que apresentou queda de 4,27% nas suas exportações em relação a agosto de 2012 e de 2,46% em relação ao período de janeiro a agosto do ano anterior, enquanto Goiás teve crescimento em ambos períodos. O saldo comercial brasileiro acompanhou a tendência de queda e fechou o período de janeiro a agosto deste ano deficitário em US$ 3,7 bilhões. Já o saldo comercial brasileiro do mês de agosto foi positivo em US$ 1,2 bilhão. “O Estado de Goiás está colaborando para melhorar a performance da balança brasileira. Isso significa que estamos aproveitando as nossas riquezas e as oportunidades que se abrem para os que trabalham dobrado e com foco em tempos de crise,” resumiu o secretário Baldy. PRODUTOS E DESTINOS Os principais produtos exportados foram respectivamente: soja (grãos, bagaços, óleo etc..), carnes (bovinas, aves, suínas e outras), milho, sulfeto de cobre, ferroligas e açúcar. Os principais países de destino foram respectivamente: China, Holanda, Japão, Índia, Egito e Coreia Do Sul. As exportações de soja e sulfeto de cobre cresceram substancialmente em relação a agosto de 2012 (45% e 112,46% respectivamente) e tiveram como principal destino a China e a Índia. Tributação e desenvolvimento O 2º Congresso Goiano de Direito Tributário discutiu neste ano a “Tributação e Desenvolvimento Econômico” tendo como principal assunto a ser tratado as normativas e debates em relação ao Imposto sobre ICMS. O evento ocorreu na semana passada no salão nobre da Faculdade de Direito da UFG, com a abertura do presidente do Instituto Brasileiro de Direito Tributário, Ricardo Mariz de Oliveira (foto). O Congresso foi promovido pelo Núcleo de Pesquisas em Direito do Estado (NUPEDE), com apoio IDAG, IBDT, ADIAL, UFG, SEFAZ, APEG e CEJUR/PGE. E conta com a participação de onze palestrantes que são referências em Direito Tributário, no Brasil, sob a coordenação dos advogados Lucas Bevilacqua e Leonardo Buíssa. Pró-Industrial [ 11 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 12 MARKETING & PRODUTOS MITSUBISHI Inovação, tecnologia e conforto com o DNA 4x4 da Mitsubishi Motors. Esse é o All New Outlander 2014, a nova geração deste crossover de sucesso, equipado com o que há de mais moderno, reunindo potência e desempenho com espaço de sobra para toda a família. Dando continuidade a tradição e pioneirismo da marca, o All New Outlander é mais um passo da Mitsubishi Motors no segmento iniciado por ela em 2002 com o Airtrek, aprimorado com o Outlander em 2008, e agora com um carro totalmente novo, disponível em três versões: All New Outlander 2.0L, All New Outlander GT V6 e All New Outlander GT V6 com Full Technology Pack. O que era bom ficou ainda melhor. MARI FRUITT A bebida feita a base de frutas citricas da Mari Fruitt tem agradado tanto o varejista quanto ao consumidor. O produto faz parte do mix do Grupo Mariza, também proprietário, entre outras, das marcas de sucos NutriNéctar e Marisoy, da bebida energética Héctor e da Água Mineral Mariza, todas com grande aceitação de mercado. PIRACANJUBA A Piracanjuba não para de inovar. Depois de apresentar o primeiro leite Zero Lactose do Brasil, a marca amplia portfólio e traz para o mercado a bebida láctea Zero Lactose sabor chocolate. O produto é uma opção a mais para quem tem intolerância à lactose. Ele é leve, saudável e muito saboroso. BERACA Para fortalecer a sua atuação no setor sucroalcooleiro, a Beraca, empresa brasileira que investe no desenvolvimento de insumos e tecnologias sustentáveis, ampliou o portfólio, com o Clarificante (Linha Beraçúcar), os Anti‐ incrustrantes, o Antiespumante, o Dispersante e o Nutriente (Linha Beralcool), soluções sustentáveis capazes de otimizar o processo produtivo em usinas, agregando valor ao cliente e ao mercado. HERING A 13ª edição do anuário Valor 1000, do Jornal Valor Econômico, elegeu a Cia. Hering como a melhor companhia da categoria “Têxtil, Couro e Vestuário”. A cerimônia de premiação ocorreu na noite de segunda‐feira, 19, em São Paulo, e contou com a presença de autoridades, empresários e representantes de diversos setores da economia. A Cia. Hering se destacou pelos bons resultados operacionais e financeiros, gestão eficiente, transparente, práticas de governança corporativa, envolvimento social e respeito ao consumidor e ao meio ambiente. As vencedoras integram o anuário Valor 1000, que traz um ranking completo com as 1000 maiores empresas. SANDELLA Em 2007, a marca Sandella foi criada pela GSA para ser a preferida da dona de casa, levando mais praticidade e sabor para o seu dia a dia. Atualmente a linha Sandella é composta de macarrão instantâneo, tempero em pó, tempero em pote, caldo em cubo, mistura para bolo, pipoca de microondas e achocolatado. E para divulgar todas estas delícias no universo digital, a Plus/AD desenvolveu um projeto contemplando o descritivo de cada produto Sandella e suas características técnicas. Com Ana Maria Braga sempre a frente dos comerciais. Pró-Industrial [ 12 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 13 MICOS BOZZANO Com atuação nos segmentos de Pré‐Barbear (Cremes e Espumas de Barbear), Após Barbear, Fixadores e Estilizadores de Penteado e Desodorantes para os Pés, Bozzano, da Hypermarcas, oferece uma linha completa de produtos de cuidados pessoais especialmente desenvolvida para os homens. Bozzano reformula toda a sua linha e inclui novos produtos, embalagens, fórmulas, fragrâncias, enfim, uma completa modernização. Com o objetivo de divulgar os produtos Micos, a Mini Fábrica de Salgadinhos já percorreu quase todo o Brasil, participando de eventos, exposições, festas populares, feiras e inaugurações. São produzidos e empacotados salgadinhos de milho que saem quentinhos e prontos para serem distribuídos e consumidos aos nossos visitantes. Escritório com ar‐condicionado para atender clientes, autoridades, entre outros, além de gerador embutido auto‐sustentável. a Mini Fábrica Micos atende mais de 20 mil pessoas por ação e são produzidos cerca de 50 pacotes por minuto. MABEL ELEFANTE O extrato de tomate Elefante, da Cargill, retorna à mídia em campanha criada pela agência Talent. Com a assinatura “Elefante, o preferido do Brasil”, a campanha, que já foi veiculada em 2012, reforça os principais atributos do produto: rendimento, cor e sabor. Personagem da marca, o elefante Jotalhão é o protagonista da campanha. No filme, produzido em conjunto com a Mauricio de Sousa Produções, o personagem aparece em 2D, interagindo com uma mulher que elogia pratos feitos com Elefante. A campanha estreia em 17 de agosto e tem duração de seis semanas. MANACÁ Produzido com o alto padrão de qualidade Manacá, o Creme de Leite 200 g possui consistência e cremosidade ideais. É ótimo para ser utilizado na culinária nos mais diversos pratos, sejam eles doces ou salgados. Há 45 anos, a Lacel Laticínios Ceres Ltda. atua no ramo de derivados de leite. A história de carinho e atenção da marca Manacá começou com a manteiga com sal, seu primeiro produto. Sempre empenhada em satisfazer seus clientes, a Manacá oferece embalagens práticas de fácil transporte e alta segurança. Lançado no ano passado, o Amanteigado Especial Mabel ‐ Chocolate ao Leite e Maltado, responde bem às expectativas. O desafio do projeto foi criar uma identidade premium para os Amanteigados Especiais da Mabel, para que pudessem concorrer com as latas de amanteigados importadas. Para tanto, foi adotada uma linguagem clean, com a marca Mabel em dourado, ao invés do tradicional vermelho, trazendo requinte às embalagens. O conceito black & white diferencia e destaca os produtos nas gôndolas. XODÓMILHO Os produtos Kowalski são fabricados com matérias‐primas de qualidade e selecionadas por rígido controle de qualidade, proporcionando uma adequada alimentação. Os produtos Kowalski são práticos e saudáveis. Entre suas linhas de produtos, destaca‐se o flocos pré‐cozido Xodómilho, utilizado em diversas receitas, doces e salgadas, sendo mais tradicionais na culinária brasileira: cuscuz, bolos, mingau, e angu. As embalagens são de 500g (papel) e fardos com 30 pacotes. Envie novidades da empresa no e‐mail: [email protected] Pró-Industrial [ 13 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 14 INCENTIVOS FISCAIS Goianos se unem pela convalidação dos benefícios EVENTO HOMENAGEIA OS QUE COLABORARAM COM A MARCHA PARA BRASÍLIA E CONVOCA PARA A LUTA PELA CONVALIDAÇÃO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS C omemorar uma etapa vencida e voltar a unir esforços para a conquista da regulação dos in‐ centivos fiscais. A partir deste in‐ tuito que a Associação Brasileira Pró‐Desenvolvimento Regional Sustentável (Adial‐Brasil)reuniu empresários e represen‐ tantes do Governo de Goiás e de entidades do Fórum Empresarial do Estado, no dia 19 de agosto, em um jantar realizado no Cas‐ tro’s Hotel, de Goiânia. Além de participar de uma homenagem pela contribuição dada à mobilização ‐ que levou à suspensão do projeto de lei de unificação da alíquota do ICMS ‐, os presentes foram convocados para apoiar o projeto de lei complementar, elabo‐ rado pela Adial‐Brasil, que convalida o ofe‐ recimento de benefícios fiscais as indústrias. “O sucesso da marcha é um capítulo da batalha. A guerra é pela regulamentação”, re‐ sumiu o presidente entidade, José Alves. Se‐ gundo ele, por meio da regulamentação, será possível acabar com a chamada guerra fiscal ao mesmo tempo em que legitimar os incen‐ tivos. “A unificação põe um fim aos incenti‐ vos e na evolução do desenvolvimento regional.Temos experiência do que foi o re‐ trocesso de Goiás, e nenhum dos Estados que utilizam os benefícios estará a salvo do tsu‐ nami que será se houver a unificação.” Para findar com as possíveis desigual‐ dades, a proposta é que haja a estipulação de margens estaduais para as alíquotas, desta forma elas seriam condizentes com a reali‐ dade econômica e a infraestrutura de cada região, levando em consideração para a aná‐ lise o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Outro ponto considerado primordial para a igual‐ dade das relações interestaduais é o fim da unanimidade do Conselho Nacional de Po‐ lítica Fazendária (Confaz), isto porque – de acordo com o presidente da Adial Brasil – tornaria possível a negociação. O projeto de lei teve orientações do ex‐ ministro Delfim Netto e do advogado tribu‐ José Alves Filho, com lideranças empresariais e políticas, durante entrega de homenagem a Marconi tarista Flávio Rodovalho e deve ser apresen‐ tado ao Congresso Nacional ainda neste ano, após a construção de um consenso com o maior número de governadores das Regiões Centro‐Oeste, Norte e Nordeste. Integrante da lista dos homenageados, o governador de Goiás, Marconi Perillo ava‐ liou o resultado da marcha como “uma im‐ portante vitória conquistada pela união dos esforços” entre o setor produtivo e público. Para o governador a marcha ficará na história do Estado como uma conquista que permitiu a continuidade da industrialização e geração de milhares de empregos. Marconi Perillo afirmou ainda que é pre‐ ciso buscar a manutenção dos incentivos “in‐ cansavelmente”, uma vez que as respostas dadas aos prejuízos que os Estados prejudi‐ cados terão caso a unificação da alíquota seja aprovada não são suficientes para amenizar as perdas. “Já tivemos uma experiência mal sucedida anteriormente com a Lei Kandir, na qual houve uma promessa de compensação que também não era satisfatória e mesmo assim nunca foi cumprida. O Fundo também não é satisfatório e ainda temos o risco de que ele não funcione, como na Lei Kandir.” O secretário de Indústria e Comércio, Alexandre Baldy, também homenageado, diz que as saídas das empresas do Estado já tornariam o Fundo incapaz de resolver o pro‐ blema. “Há perda de competitividade, de in‐ Pró-Industrial [ 14 ] www.adial.com.br dustrialização, tecnologia, qualificação de mão de obra e abalos a toda cadeia”, decla‐ rou Baldy durante o jantar. A necessidade de conscientização dos lí‐ deres políticos e da população como um todo também foi lembrada durante o evento do dia 19 de agosto. De acordo com José Alves, grande parcela dos questionamentos a cerca do assunto é proveniente da falta de conhe‐ cimento dos mecanismos e seus impactos para a distribuição de riquezas no Brasil. “As concessões de incentivo ainda são pouco entendidas, afirmamos isto porque parte do Congresso ainda não entendeu a importância delas para os Estados, a quanti‐ dade de postos de trabalho criados, o que si‐ gnifica nos números do País”, declarou José Alves ao pedir que os presentes no encontro buscassem conscientizar as pessoas sobre a urgência da regulamentação. A presidente da Acieg, Helenir Queiroz, complementou o pedido feito pelo presi‐ dente da Adial‐Brasil ao relembrar o surgi‐ mento de diversas empresas de médio e pequeno porte nas imediações dos locais agraciados com a instalação de indústrias. A presidente da Acieg assegurou que enquanto houver incentivos, haverá crescimento, novas empresas de todos os portes e novas oportunidades e por este motivo é necessário fazer com que a mensagem chegue a todos. (ANA HELENA BORGES) Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 15 MERCADO EXECUTIVO Código do Contribuinte MERCADO EXECUTIVO é aprovado em Goiás Novo Mundo avança no Norte O Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás aprovou, em segunda e definitiva votação, nesta terça‐feira (3), projeto que institui o Código de Direitos e Obrigações do Contribuinte no Estado. A proposta normatiza a relação entre o contribuinte e a administração pública, dando eficácia a garantias e direitos, como prazos para procedimento fiscalizatório e a preservação do sigilo de dados.De iniciativa do deputado Fábio Sousa (PSDB), o chamado Código do Contribuinte, no Estado de Goiás, foi elaborado com o apoio do Fórum Empresarial, OAB e escritórios de advocacia e segue agora para sanção do governador Marconi Perillo. A iniciativa já vigora sob a forma de lei em Estados como São Paulo, Minas Gerais e Paraná, sendo um importante instrumento para resguardar os direitos das empresas, principalmente, para as de médio e pequeno porte, uma vez confere a elas tranquilidade para que produzam, gerem empregos e recolham tributos devidos. Na justificativa do processo, o deputado Fábio de Sousa relata a importância da minuta: “O Código de Defesa do Contribuinte é uma lei que visa harmonizar a relação entre o Estado (Fisco) e o contribuinte (setor produtivo), com o intuito principalmente de evitar abusos por ambas as partes. Visa, ainda, reforçar e regulamentar os direitos e garantias já previstos na Constituição Federal”, anotou. Energia sobe 10% para indústria A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Celg a reajustar, a partir do dia 12 de setembro, a tarifa das indústrias pode chegar a 10%. Pela regra da agência, as as empresas e indústrias de consumo de baixa tensão, ou seja, abaixo de 2,3 quilovolt (kV), terá redução de 0,34% nas tarifas. Para as indústrias de consumo de alta tensão, entre 2,3 e 230 kV, o reajuste será de 10%. Para o consumidor residencial, foi autorizado reduzir a conta de luz em 0,9%. Executivo de Marketing do Grupo Novo Mundo, Luiz Cláudio Araújo, anunciou que Manaus deverá receber 20 lojas até o final do primeiro semestre de 2014, sendo pelo menos oito até novembro, o que deve gerar 1,2 mil empregos diretos. As 200 lojas da Novo Mundo estão distribuídas em 8 mercados. São eles: Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Pará. Além de consolidar a rede nestes Estados, queremos expandir para Amapá, Amazonas, Roraima, Mato Grosso do Sul, Acre, Piauí e Ceará. O presidente‐executivo do Sifaeg/Sifaçúcar, André Rocha, participou na Austrália de uma missão técnica até o dia 03 de setembro. André Rocha integra uma comitiva de empresários e lideranças do setor canavieiro e também de técnicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O grupo está conhecendo o sistema de produção, pesquisa e logística da cana‐ de‐açúcar na Austrália. O diretor superintendente do Porto Seco Centro‐Oeste, Edson Tavares está anunciando a instalação de três quilômetros de linha férrea paralela à linha principal da Ferrovia Centro‐Atlântica para servir de apoio ao aumento do volume de composição que circula para FCA. De acordo com o superintendente, o projeto destes três quilômetros já foi aprovado pela FCA e depende apenas de assinatura da ordem de serviço para que a obra seja iniciada. TERMÔMETRO ECONÔMICO 2013 Confira abaixo a última atualização dos indicadores econômicos do País e do Estado. A cada ediçao, a PRÓ‐INDUSTRIAL traz novos números e suas sinalizações. Confira os resultados dos últimos dados divulgados. Inflação de agosto Expansão da indústria Depois de dois meses de redução da taxa de inflação, os principais índices começaram o segundo semestre em alta. Apesar do bom resultado do segundo trimestre, os dados do terceiro trimestre não devem acompanhar o ritmo. Indústria oscila todo mês. Inflação em 2013 Comércio exterior As previsões não são nada boas. Só sobem. Agora passou de 5,80% para 5,83%. Há quatro semanas estava em 5,75%. Os números são muito bons em Goiás, com alto superávit, mas péssimos no País, principalmente pela importação de petróleo. PIB em 2013 Desemprego Após o surpreendente cresciento de 1,5% no segundo trimestre, as previsões para o ano subiram. Na média, saiu de 2,20% para 2,32%. A taxa de desemprego tem primeira queda no ano e fica em 5,6% em julho. Em junho, estava em 6%. O menor porcentual do ano ainda é de janeiro: 5,4%. Pró-Industrial [ 15 ] www.adial.com.br Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 16 EMPRESA A história dos Gravias EMPRESA FOI FUNDADA NA DÉCADA DE 60 POR CARLOS E JOSÉ GRAVIA, EM BRASÍLIA, E QUE SE EXPANDIU COM ABERTURA DE FÁBRICA EM ANÁPOLIS EM 1985 U ma pequena serralheria, fundada em 1961, em Brasília deu origem a marca Gravia, pesquisa recente do Instituto de Pesquisa da Universidade Ana‐ maco apontou como a que obteve os melhores resultados no seg‐ mento Alumínio, alcançando as melhores notas em todos os quesi‐ tos. A mesma pesquisa traz que as portas e janelas de aço Gravia des‐ pontaram nos critérios de quali‐ dade, logística, atendimento e orientação técnica, também garan‐ tindo à marca o primeiro lugar na avaliação geral. Mas para atingir o topo do ranking da principal avaliação e ser apontada pela pesquisa Ana‐ maco 2013 como a marca referên‐ cia em portas e janelas na opinião de distribuidores por todo o País, foram 52 anos de trabalho. E co‐ meçou no primeiro ano da Capi‐ tal Federal. Em pleno "Milagre Econô‐ mico", os Irmãos Gravia ampliam Pró-Industrial [ 16 ] www.adial.com.br suas atividades para atender o crescimento enérgico da constru‐ ção civil. Em poucos anos, a Gra‐ via passa também a atuar na comercialização de ferragens com duas lojas. O resultado foi uma rápida expansão e confiança do mercado regional, fornecendo estruturas metálicas e partici‐ pando de grandes obras. Com o tempo, a marca se na‐ cionalizou e exigiu novos inves‐ timentos. Um passo importante foi dado em 1985, com a Gravia Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 17 inaugurando em Anápolis, sua fábrica de esquadrias de aço, a Gravia Portas e Janelas. Neste ano, a Gravia comple‐ tou 52 anos, o que foi comemo‐ rado pelo presidente da empresa, Carlos Gravia: “Dia‐ riamente, ao longo de 52 anos, nos empenhamos em fazer a di‐ ferença para nossos clientes. Di‐ ferença que se traduz em produtos confiáveis, em atendi‐ mento qualificado, em tecnolo‐ gia associada à segurança, em responsabilidade social e am‐ biental. Acima de tudo, dife‐ rença baseada no respeito e na valorização de pessoas, pois a história da Gravia é construída por gente comprometida com a visão inovadora e empreende‐ dora dos irmãos serralheiros Carlos e José Gravia.” Nos anos 90, a Gravia deixa de atuar diretamente na construção civil. Suas duas unidades fabris do DF são incorporadas à Gravia Indústria de Perfilados, aumen‐ tando a produção de tubos, per‐ fis, telhas metálicas e chapas dobradas e passando a atender construtoras, indústrias, serralhe‐ rias e comércio. O Grupo Gravia consolida sua posição de liderança no cen‐ tro‐oeste e cresce nacional‐ mente. Gravia Portas e Janelas e Gravia Indústria de Perfilados recebem certificação ISO 9001. PRODUTOS Com a linha Eterna, a Gravia Portas e Janelas entra no mer‐ cado de esquadrias de alumínio. É criada a Gravia Postes e Bra‐ ços, fabricante de postes e bra‐ ços para iluminação pública. A Gravia moderniza sua rede de lojas e amplia seu mix de produtos, tornando‐se líder em seu segmento no Distrito Fede‐ ral e mais competitiva por todo o País. Novas tecnologias são in‐ corporadas, potencializando a sinergia entre as empresas do grupo e aumentando sua produ‐ tividade. Planta industrial da Gravia na década de 80, quando instalou fábrica em Anápolis Foto recente da fábrica do Grupo Gravia no Daia: liderança nacional do setor DISTRITO FEDERAL (DF) Sede das divisões Indústria de Perfilados, Lojas e Postes e Braços. Pró-Industrial [ 17 ] www.adial.com.br ANÁPOLIS (GO) Sede da divisão Portas e Janelas. Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 18 LEITURA EMPRESARIAL CONHECENDO O MERCADO Esta obra é um verdadeiro manual, que vai ajudar o leitor a conhecer os diversos tipos de produtos e serviços oferecidos nos mercados financeiros, de capitais e de derivativos, além de prepará‐lo para entender as melhores opções de investimento. O livro é hoje uma referência para quem deseja investir, atuar direta ou indiretamente na área financeira e para os que querem aprofundar seus conhecimentos neste campo. ISO: GESTÃO A revisão 2008 das normas da família ISO 9000 buscou refletir as modernas abordagens de gestão e aperfeiçoar as práticas organizacionais existentes, facilitando sua aplicação a qualquer tipo ou porte de organização, seja ela para a produção de bens ou para prestação de serviços. A norma ISO 9001, a única pela qual as empresas podem ser certificadas, sofreu mudanças estruturais que a aproximaram de outras normas de gestão e critérios de premiação, como a ISO 14000 e o Prêmio Nacional da Qualidade, facilitando a implementação dos sistemas integrados de gestão e intensificando seu foco em resultado PESSOAS, POR CHIAVENATO O objetivo central deste livro é mostrar as novos características e o novo perfil da gestão de pessoas. Essa área tem sido a responsável pela excelência das organizações bem‐sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a importância do fator humano em plena Era da Informação PRODUÇÃO & ESTRATÉGIA Este moderno livro‐texto fornece um caminho lógico nas atividades de administração da produção e um entendimento do contexto estratégico em que os gerentes de produção trabalham. Está estruturado em torno do modelo de programação, planejamento e controle, mas sem isolar as atividades de planejamento das de controle. As possibilidades de melhoria de produção são apresentadas separadamente para refletir a responsabilidade dos gerentes de produção quanto à melhoria contínua do desempenho de suas operações. A produção de serviços é tratada com o mesmo nível de profundidade da produção de bens. MACRO DE FORMA SIMPLES Esta sétima edição, revista e ampliada, de Macroeconomia cobre as principais teorias econômicas clássicas e modernas, apresentando‐se com uma variedade de modelos simples e mostrando que esta é, antes de tudo, uma disciplina empírica. O livro traz ainda inúmeros estudos de caso ‐ incluindo a recente crise americana e suas consequências no mundo globalizado ‐ que fazem uso da teoria macroeconômica para tornar mais claros os dados ou os eventos do mundo real. Numa linguagem simples e tendo como base o uso de clareza para ensinar a teoria e como ela se aplica na prática, N. Gregory Mankiw escreveu um livro que é hoje item obrigatório na bibliografia desta disciplina, tornando‐se um autor de referência não apenas por sua didática, mas também pela utilização de ferramentas na Internet para ajudar estudantes e professores. Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 19 OPINIÃO CESAR HELOU Cenário exige mais empenho e planejamento B alanços e relatórios divulgados por institutos e consultorias diariamente podem iludir ou deslumbrar, mas, de fato, o que importa é o que o empresário vive no dia‐a‐dia do seu negócio. Se o choque de realismo nos diz que a indústria brasileira não vive um bom momento, não há nada que garanta que essa situação perdurará por longos anos. Trabalhar é o que nós, empresários, sabemos fazer. Assim, vale apostar primeiro no trabalho, a conjuntura e os indicadores serão consequência. A história do empresariado goiano foi construída antes de tudo nestas premissas, de dedicação ao trabalho e respeito aos clientes. Com essas duas sentenças, conquistamos mercado e expandimos nossas empresas, independentemente das turbulências e crises econômicas. As indústrias instaladas em Goiás há três décadas representavam 5% do Produto Interno Bruto do Estado. Desde então, passamos a processar parte da produção agrícola goiana e ainda atraímos novos segmentos industriais que não estão relacionados ao agronegócio, como setores de medicamentos e automotivo. Hoje, a participação da indústria na economia do Estado chega próxima a 40%. Neste meio tempo, deixamos as últimas posições no ranking econômico de Estados, onde figurávamos entre os mais pobres do País, e firmamos, na última década, entre os 10 Estados mais ricos do País. A indústria foi decisiva para agregar valor a nossa produção e ampliar nossas riquezas. Mérito do setor privado, com empresários e trabalhadores, e do setor público, que buscou mecanismos de estimular constan‐ temente este desenvolvimento. Percebo claramente que, nestes momentos, o empresário goiano se sobressai. E também foi assim em outros momentos de crise no passado. Ele não fica sentado esperando bons ventos. Aproveita estes momentos menos favoráveis para repensar a empresa, buscar novas ferramentas de vendas, aproximar e buscar respostas em seus clientes, inovar. Essa capacidade de enxergar a mudança e, efetivamente, mudar é que diferencia os empreendedores mais preparados. Se for o produto que não está vendendo, troque o produto. Se é a marca, mude a marca. Se for o mercado que não responde, busque outros. O pior dos cenários é sentar e esperar mudar. A expectativa da ADIAL (Associação Pró‐Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás) é que o primeiro semestre já sinalizou com uma leve retomada, que deve continuar neste segundo Pró-Industrial [ 19 ] www.adial.com.br semestre – sem ainda se consolidar uma recuperação completa do setor. O cenário com dólar alto atrapalhou a concretização de números melhores para o terceiro e quarto trimestres – apesar do surpreendente crescimento de 1,5% no segundo trimestre. O dólar afeta diretamente no preço final dos produtos industriais, o que impede um planejamento de médio e longo prazos mais precisos. Tem efeito semelhante ao da inflação na base de custos. Ou seja, não é apenas um obstáculo no momento presente dos negócios, mas também na capacidade de uma melhor visualização do futuro. No entanto, é apenas mais uma pedra no meio do caminho que terá de ser removida com trabalho, assim como são tributos e as taxas de juros. São componentes que fazem do ato de empresariar uma profissão de risco. Reforço a importância de conhecer os limites do próprio negócio e, em momentos de estagnação, desenvolver a cautela nos gastos e a ousadia nas vendas. Avançar passo a passo, com consciência e planejamento, neste momento pode garantir ao empresário dedicado um bônus de produtividade e competitividade quando ocorrer a real retomada da expansão da economia brasileira. Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 20 " "% "% !"#$ % &"'()*+, -./+0 1/+23 "45.)(61'161 78+7 < 96-1:- ./-9 ;;;
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