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Pró-Industrial
ADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Outubro – 2013 – ANO V – Nº 46
www.adial.com.br
Indústria espera disputa fiscal
Estados emergentes fazem proposta para acabar com guerra fiscal
REFLEXÃO
SETOR INDUSTRIAL
DESACELERA EM AGOSTO
EMPRESAS
CRUZEIRO QUER LEVAR
ACETONA A TODO PAÍS
ENTREVISTA
JOSE TAVEIRA,
DA SEFAZ
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PRO-INDUSTRIAL
Editorial
Sumário
EDITORIAL Momento de reflexão 3. //INCEN‐
TIVOS FISCAIS Proposta dos emergentes 4‐6.
// REFLEXÃO SETORIAL Indústria desacelera
7.// ENTREVISTA José Taveira 8‐10.// NOTAS
INDUSTRIAIS Recuperar e Fórum de Presiden‐
tes 11.// MARKETING & PRODUTOS Novida‐
des na indústria 12‐13.// COMÉRCIO
EXTERIOR Superávit 14.// MERCADO EXECU‐
TIVO SuperAgos e notas 15.// LEITURA Livros
Empresariais 18. //OPINIÃO Cesar Helou 19.
16‐17 GRUPO CRUZEIRO
EMPRESAS CITADAS NA EDIÇÃO
BrasilCard (pág. 2 e 12), Grupo Cruzeiro (3, 16 e
17), Flávio Rodovalho Adv. Asso. (4 e 5),Acieg
(11), Acieg Jovem (11), Hotel Mercure (11), JP
Morgan (11), Google (11), Coca‐Cola (11 e 13),
Rosemberg Associados (11), Grupo José Alves
(11), Equiplex (12), Brasilata (12), BAtavo (12),
Perdigão (12),BRF (12), Açofergo (12), Nestlé
(13), Kibon (13), Del Valle (13), Velly (13), GSA
(13), Devassa (13), Brasil Kirin (13), Arisco (13),
Unilever (13), SuperAgos (15), Sebrae (15), Agos
(15), Beraca (15), Grupo Orsa (15), JBS (15),
Seara (15), Fitch (15), Hypermarcas (15), Maza
(16), Dell (16), Goiás Cloro (16), Goiás Tintas
(16), Limpif (16) e Marol (20).
Momento de reflexão
A
reflexão do setor industrial deve ser feita de forma co‐
letiva. Sempre funcionou assim. De que adianta, todos
terem boas ideias sozinhos, em seus escritórios, sem
compartilhá‐las ou discuti‐las? A organização desse
coletivo de ideias, de insatisfações, de reivindicações
até a formulação da uma proposta, seja em que área de empresa
for, se dá em uma mesa redonda, onde todos contribuem com
mais informações e sugestões.
Esse também é o papel da entidade, isso é o que busca a
ADIAL (Associação Pró‐Desenvolvimento Industrial). O encontro
do pensamento industrial goiano, onde cada segmento é repre‐
sentado espontaneamente, com suas visões e angústias. São nestes
encontros mensais que se rediscute a indústria do Estado, abor‐
dando temas técnicos e, ao mesmo tempo, cotidianos do empre‐
sariado.
É importante conhecer, participar e contribuir. Fazer da enti‐
dade o seu canal de manifestação e buscar melhorias coletivas. A
ADIAL expõe seu pensamento por meio da Pró‐Industrial, mas
reconhece que o debate é muito mais caloroso e aprofundado pes‐
soalmente, nas reuniões mensais, que são cada vez mais perti‐
nentes e participativas. A indústria goiana só tem a crescer quando
é repensada.
Nesta publicação, debatemos o avanço das negociações dos in‐
centivos fiscais, com foco no quanto o País perde tempo, mais de
uma década, fomentando uma guerra fiscal, onde se deveria esti‐
mular um setor que carece de esforços. Também tem entrevista
com novo secretario de Fazenda, José Taveira. Destaque para o
Grupo Cruzeiro e ainda dezenas de empresas que estão lançando
novos produtos, fazendo parcerias ou realizando expansões.
Boa leitura.
Expediente
Presidente do Conselho de Administração
Cesar Helou
Vice‐Presidente Financeiro
Rodrigo Penna de Siqueira
Conselho Nato
Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves
Filho e Alberto Borges de Souza
Vices‐Presidentes e Conselheiros
Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges de
Souza, Maximiliano Liubomir Slivnik,
Vanderlan Vieira Cardoso, Sandro Antônio
Scodro, Heribaldo Egídio da Silva,
Paulo Sérgio Guimarães Santos, Pedro Henri‐
que Pessoa Cunha, Marco Aurélio Limírio
Gonçalves, José Ba sta Júnior, Nelson
Kowalski, José Alves Filho, Domingos Vilefort
Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos
Luciano
Ribeiro, Rivas Rezende, Juliana
Nunes e Ingo Kalder.
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Gráfica
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INCENTIVOS FISCAIS
Emergentes se unem
pelos incentivos
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INCENTIVOS FISCAIS
ESTADOS EMERGENTES
APONTAM SOLUÇÃO
MAIS JUSTA PARA DAR
FIM A CONFLITO FISCAL
SEM ENFRAQUECER O
DESENVOLVIMENTO
REGIONAL DO PAÍS
O
s Estados brasileiros em
desenvolvimento fizeram
em setembro a sua maior
manifestação
política
desde que se afunilaram
as discussões e embates sobre os efei‐
tos da disputa fiscal para o País, com
visitas ao Senado e ao Supremo Tri‐
bunal Federal (STF). Desde julho, o
governador de Goiás Marconi Perillo,
juntamente com empresários goianos
e a ADIAL Brasil, visitavam governa‐
dores para propor uma ação
conjunta. Aos ministros do STF, o
grupo de dez governadores e repre‐
sentantes de 22 Estados mostraram a
importância da manutenção dos in‐
centivos fiscais para as economias re‐
gionais.
No encontro no STF, os governa‐
dores pediram mais tempo para en‐
contrarem uma solução política para
a questão tributária no País. Pediram
tempo porque encontra‐se em trâ‐
mite no Supremo uma Súmula Vin‐
culante que poderá extinguir todos
incentivos fiscais estaduais. A solu‐
ção sugerida pelos Estados viria por
meio da aprovação de um projeto de
lei complementar no Congresso Na‐
cional para regulamentar a conces‐
são de benefícios fiscais como forma
de reduzir as desigualdades regio‐
nais, diferente da proposta do go‐
verno federal no primeiro semestre,
a reforma do ICMS, que pratica‐
mente extinguiria os programas de be‐
nefícios fiscais.
Os Estados emergentes também
não são favoráveis à guerra fiscal da
forma que ela se estabeleceu e apre‐
sentaram uma proposta nacional e in‐
centivos fiscais e fiscal‐financeiro,
onde os incentivos seriam regulamen‐
Na foto acima, o governador Marconi Perillo e o ministro do Supremo
Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Encontro fez parte da caravana de
governadores ao poderes Judiciário e Legislativo, onde fizeram a defesa
da manutenção dos incentivos fiscais. Durante todo o dia 17 de setembro,
os governadores fizeram visitas a oito dos onze ministros do STF: Carmem
Lúcia, Marco Aurélio Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Luiz Fux,
Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso.
Antes das audiências no STF, na foto abaixo, os governadores e líderes
empresariais reuniram‐se no gabinete da liderança do PMDB no Senado
para afinar o discurso. Os governadores manifestaram disposição para
aprovação, no âmbito do Congresso Nacional, de um Projeto de Lei
Complementar que convalida os incentivos fiscais já concedidos e define
novas regras para por fim à guerra fiscal. Essa mobilização foi
representativa e destacada por toda imprensa nacional. Além de 10
governadores, no total, participaram representantes de 22 Estados.
tados em lei federal e concedidos de
acordo com a participação de cada
Estado no Produto Interno Bruto
(PIB) do País. Os Estados menos des‐
envolvidos poderiam conceder um
volume maior de incentivos fiscais e
financeiros. Com isso, esses governa‐
dores esperam reduzir as desigual‐
dades econômicas entre as regiões.
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O tributarista e consultor da
ADIAL, Flávio Rodovalho, esteve
presente nos encontros no Senado e
no STF e aponta que os ministros de‐
monstraram muita sensibilidade e
preocupação com o tema e que estão
conscientes que a pior decisão a este
caso, é aquela que pode sair de suas
mãos, portanto, também pediram,
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INCENTIVOS FISCAIS
aos governadores que se mobilizem
e aprovem no Congresso Nacional
um acordo sobre o tema.
"Foi realmente um fato mar‐
cante, histórico, que os próprios mi‐
nistros reconheceram. Afinal,
demonstra a relevância do tema a
presença de dez governadores na
Corte, sendo recebidos em conjunto
por oito ministros. Os governadores
levaram aos ministros a visão de
que deixar que o Judiciário decida
uma questão que é política, econô‐
mica e social, traz impacto negativo,
não para um Estado, mas para todo
o País”, destacou Flávio Rodovalho.
Os governadores mostraram
que suas economias dependem dos
empreendimentos já instalados e
seu fim abrupto trará o caos às eco‐
nomias locais. “Sobre as alterações
nas alíquotas interestaduais, mos‐
traram que havendo a simetria das
alíquotas, apenas os Estados desen‐
volvidos ganham, especialmente
São Paulo. Afinal, com o orçamento
50 vezes maior que o do Mato
Grosso do Sul, por exemplo, São
Paulo pode oferecer condições as
empresas que não apenas o incen‐
tivo do ICMS, o que outros Estados
não conseguem. Portanto, o justo é
tratar os desiguais na proporção de
suas desigualdades.”
Flávio Rodovalho destaca que, ao
final, conversou em particular com o
ministro Luiz Roberto Barroso, em
seu gabinete, que, como ex‐advo‐
gado e ex‐Procurador do Estado do
Rio de Janeiro, se mostrou muito
consciente que o problema maior
está na unanimidade do Confaz.
Cada um dos ministros recebeu
um documento, elaborado pelo
Fórum de Governadores, no qual
falam das perdas que os Estados te‐
riam caso fossem alteradas as regras
atuais da política de incentivos fis‐
cais, com referência ao ICMS das
transações interestaduais. Antes das
audiências no STF, os governadores
reuniram‐se no Senado para afinar o
discurso.
Além Marconi Perillo, estavam
presentes na primeira reunião os go‐
vernadores de André Puccinelli
(MS), Silval Barbosa (MT), Renato
Casagrande (ES), Raimundo Co‐
lombo (SC), Jackson Barreto (SE),
Confúcio Moura (RO), Rosalba Ciar‐
lini (RN) e Cid Gomes (CE). Aderi‐
ram à articulação todos os
governadores do Centro‐Oeste, do
Norte e Nordeste e de Santa Cata‐
rina e Espírito Santo.
A maior preocupação dos Esta‐
dos emergentes, apresentada aos
ministros do STF, é a possibilidade
de edição pela Corte de uma sú‐
mula vinculante que acabaria com
todo e qualquer tipo de incentivo
fiscal no País. Cada ministro rece‐
beu um documento, no qual os Es‐
tados explicam os motivos pelos
quais defendem a manutenção dos
incentivos.
No Projeto de Lei Complemen‐
tar sugerido pelos governadores,
propõe a convalidar os incentivos
fiscais já concedidos e define novas
regras para por fim à guerra fiscal.
Entre os pontos defendidos, a ma‐
nutenção da alíquota de 12% do
ICMS, a aprovação do projeto que
convalida os incentivos pelo Senado
e garantia de que não haverá, por
parte do Supremo, a edição da sú‐
mula vinculante.
“Estou muito confiante e feliz,
porque tivemos uma maciça adesão
dos Estados que serão prejudicados
com o fim dos incentivos fiscais”,
disse Marconi em entrevista cole‐
tiva, logo após sair da primeira au‐
diência no STF, com a ministra
Carmem Lúcia.
“Mostramos aos ministros que se
os incentivos acabarem, teremos
milhões de desempregados imedia‐
tamente e aumento da inflação”, ar‐
gumentou Marconi, para quem a
política de incentivos puxa os preços
para baixo.
Pela minuta entregue aos minis‐
tros do STF, os governadores pro‐
põem a convalidação dos incentivos,
a política de concessão de novos be‐
nefícios com limitadores inversa‐
mente proporcionais ao PIB de cada
Estado, estabelecendo que os Esta‐
dos mais pobres possam conceder
incentivos maiores do que os mais
ricos e o fim da unanimidade no
Confaz.
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ANÁLISE
O justo e o
proposto
A frase do tributarista e consul‐
tor da ADIAL, Flávio Rodovalho,
merece relevante destaque: “O justo
é tratar os desiguais na proporção de
suas desigualdades.”
Merece uma reflexão profunda,
pois o que os Estados emergentes
defendem é que se estimule as me‐
nores economias, com alíquotas de
desconto maiores do que a dos eme‐
gentes e aos Estados ricos.
O que o governo federal propôs
até agora foi desenhado para São
Paulo, tanto na reforma do ICMS,
barrada em primeira tentativa no
Congresso Nacional, quanto na re‐
negociação da dívida dos estados e
municípios com a União, em trami‐
tação também no Congresso, que
beneficia muitos, mas São Paulo re‐
duziria sua dívida na simplória par‐
cela de R$ 24 bilhões. Para se ter
uma ideia dessa enormidade, a dí‐
vida total de Goiás é de R$ 15 bil‐
hões, segundo o BC. Ou seja, mesmo
que seja bom para muitos, de novo,
tem dono essa lei. Resumo: Ela trata
desigual aos iguais.
O artista e a guerra
Os efeitos e evolução da guerra fiscal é
o tema da reportagem desta edição da Pró‐
Industrial. Guerra é um tema recorrente na
história da humanidade. Não é por outro
motivo que duas obras de Pablo Picasso
ilustram a reportagem de capa desta edição
da Pró‐Industrial, que abordam a guerra e os
efeitos de um conflito. Na capa, Guernica,
onde o pintor espanhol retrata o bombardeio
da cidade do mesmo nome, em abril de 1937
por aviões alemães, apoiando o ditador
Franco. Na página 3, Dora Maar com Gato,
pintado no início da Segunda Guerra
Mundial, retrata a musa do artista e, para
especialistas, aponta um presságio da
formação do conflito onde algo que tem tudo
para dar certo e se dispersa, se esvai.
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REFLEXÃO SETORIAL
Indústria desacelera
na reta final do Natal
Mas Goiás ainda mantém bom resultado. Em agosto, teve o segundo melhor
desempenho. No ano, é o quarto. Em doze meses, só fica atrás da Bahia. Estado
mantém revezamento entre setores, com destaque agora para medicamentos
NÚMEROS
Os resultados da indústria
brasileira estão em uma gan‐
gorra preocupante. Ora lá em
cima, ora lá embaixo. Goiás
vai bem, no ano, obrigado.
Mas não é o suficiente, pois a
média não reflete o senti‐
mento generalizado da indús‐
tria local. Por exemplo, em
agosto, a indústria química, prin‐
cipalmente medicamentos e ci‐
mento, disparou, com avanço de
11,1%. Esse avanço forte puxou para
o azul a média, que certamente iria
para o vermelho, pois a produção de
alimentos, a mais expressiva no Es‐
tado, caiu 2,6%. Assim, em agosto,
Goiás registrou a segunda maior ex‐
pansão, com 1,7%.
ACUMULADOS
Goiás atravessa o primeiro se‐
mestre e abre o segundo na disputa
pela expansão industrial do País,
como ocorreu em anos anteriores –
sendo que em duas oportunidades,
o Estado liderou o crescimento do
setor brasileiro. No resultado de ja‐
neiro a agosto, Goiás acumula
avanço de 3%, atrás apenas do Rio
Grande do Sul (6%), Bahia (5,7%) e
Paraná (3,1%). A média do País para
o período é avanço de 1,6%. Consi‐
de‐
rando os
doze últimos meses, o Estado tem
2,7% de expansão, ficando atrás da
Bahia (6,6%). Em doze meses, a in‐
dústria do País cresceu 0,7%.
PÍFIO
É resultado pífio. Agosto, foi mais
tenebroso. Avanço de 0%. Parou a in‐
dústria no mês que deveria estar em
plena atividade, pois é aceleração
das vendas de Natal. O dezembro do
setor ocorre de agosto a outubro.
Mas agosto foi marcado pela com‐
pleta estagnação.
EMERGENTES X TRADICIONAIS
Os Estados emergentes, das Re‐
giões Nordeste, Norte e Centro‐
Oeste, estão bem situados na tabela.
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Dos sete pesquisados, cinco re‐
gistraram crescimento em
agosto e apenas dois fecha‐
ram o mês negativo. Dos
sete das Regiões Sul e Su‐
deste, quatro encolheram (e
tiveram os quatro piores re‐
sultados) e três avançaram
(e tiveram os dois melhores
desempenhos). Ainda ava‐
liando por regiões, só que no
acumulado deste ano, dois Esta‐
dos tradicionais (Sul e Sudeste), en‐
colheram, e um emergente, fechou
negativo. Entre as cinco maiores ex‐
pansões, o ranking também esteve
equilibrado: dois Estados tradicio‐
nais e três emergentes. E, acima da
média do País, temos três tradicio‐
nais e cinco emergentes.
No entanto, se observa que os
sete emergentes estão sempre em
vantagem aos sete tradicionais.
NO MUNDO
Como a indústria determina o
crescimento da economia mundial,
nesta semana, o FMI apontou que o
mundo vai crescer menos em 2013 e
o Brasil (que indústria parou) vai ter
o pior resultado do PIB entre os paí‐
ses emergentes. Não era para menos,
né? Assiste a sua indústria definhar
e não reage, o que pode se esperar?
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José Taveira
ENTREVISTA
“Eu milito pelos incentivos
fiscais desde 2002”
Pró-Industrial [ 8 ] www.adial.com.br
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A
novo secretário da Fazenda de Goiás, José Taveira, deu entrevista exclusiva para
a revista Pró‐Industrial e destacou que pretende participar ativamente no Confaz,
que defenderá os incentivos fiscais “em qualquer lugar que encontrar” e que a ne‐
cessidade de unanimidade do órgão precisa ser revista. Taveira diz que milita a
favor dos benefícios fiscais desde 2002, quando assumiu a Agência de Fomento.Ta‐
veira ressalta que por onde passou, BEG, Agência de Fomento, Ipasgo, Detran e agora na Sefaz,
tem procurado eliminar a burocracia e propiciar uma modernização aos órgãos. “O atendimento
prioritário ao cidadão é meta de gestão de qualquer gestor que queira trazer resultados para o
Estado.” O novo comandante da Sefaz admite ainda mudanças no CAT. Confira principais
trechos da entrevista a seguir:
O senhor já deu início à apresentação
do Recuperar para os empresários?
Como funciona o programa?
O programa Recuperar recente‐
mente lançado pela Secretaria da Fa‐
zenda decorrente de uma lei que foi
aprovada pela Assembléia e já publi‐
cada. Nós estamos iniciando o processo
de divulgação através de uma pequena
campanha publicitária que vamos colo‐
car na mídia ainda nesta semana. O pro‐
grama traz vários benefícios para o
contribuinte que está inadimplente com
o Estado do ponto de vista de ICMS,
IPVA, entre outros tributos. Nós temos
duas formas de pagamento: claro que
preferimos à vista, porque os descontos
são muito mais vantajosos. Nós temos
também a possibilidade do parcela‐
mento em até 60 meses, evidentemente
com redução nas taxas de descontos.
Qual a importância das entidades na
divulgação do Recuperar? É um pro‐
grama que beneficia os dois lados?
Nós tivemos uma reunião na Fieg
de onde participaram a totalidade dos
sindicatos filiados. Nessa reunião nos
fizemos um apelo ao presidente da Fieg
para que cada sindicato divulgasse no
âmbito da sua organização as vanta‐
gens de aderir ao Recuperar que foram
ali apresentadas. Eu acredito que esse
trabalho de divulgação irá ajudar
muito a Sefaz. Isso é uma ajuda mútua
porque isso também é de interesse dos
empresários. Nós pretendemos na
próxima semana, além da campanha
de mídia, nos reunir com as demais fe‐
derações, Fecomércio e assim sucessi‐
vamente, e associações, ADIAL e Acieg,
para divulgar a nova oportunidade do
Recuperar.
Michal Gartenkraut
“
Há um enten‐
dimento com as
classes empresa‐
riais que permitiu o
nascimento de dis‐
cussão sobre o
CAT, quem sabe
um eventual tribu‐
nal que substituiria
o CAT ou coisa
dessa ordem.”
O governador Marconi Perillo liderou
um processo de integração entre gover‐
nadores em defesa dos incentivos fis‐
cais, que culminou em uma inédita
reunião, com apoio de 22 Estados,
junto ao Congresso e STF. Como o sen‐
hor vê o cenário dos incentivos fiscais
após essa peregrinação do governador
e os efeitos destas manifestações da
maioria dos Estados junto ao Legisla‐
tivo e Judiciário?
Eu milito no âmbito dos incentivos
fiscais, principalmente do programa
Produzir, desde 2002, quando eu assumi
a presidência da Agência de Fomento,
onde fiquei até fevereiro de 2011. Eu
aprendi naqueles tempos com o relacio‐
Pró-Industrial [ 9 ] www.adial.com.br
namento da Agência com a Secretaria de
Indústria e Comércio e com todas as
mais de mil médias e grandes empresas
sque vieram pra Goiás no âmbito do
programas Produzir e Fomentar que os
incentivos fiscais são fundamentais para
o desenvolvimento dos processos eco‐
nômicos e sociais das regiões Centro‐
Oeste, Norte e Nordeste do País. Porque
a tendência do empresário é se instalar
próximo ao seu mercado consumidor,
principalmente nessas regiões menos
desenvolvidas devido aos incentivos fis‐
cais. Para se ter uma noção com o finan‐
ciamento mais de 1000 médias e grandes
empresas que transformaram a cara da
economia em Goiás. Outrora, os produ‐
tos nossos aqui saiam in‐natura: boi,
soja, milho, frango para ser processado
no Estado de São Paulo ou no Triângulo
Mineiro (MG). Com a vinda dessas em‐
presas: laticínios, frigoríficos, usinas de
álcool nós tivemos uma agregação
muito grande na economia do estado e
uma incrível geração de emprego e
conseqüentemente geração de renda e
ainda a elevação da autoestima do povo
goiano. Os efeitos benéficos do incen‐
tivo, eles não se encerram apenas na em‐
presa beneficiária. Por exemplo: um
laticínio instalado aqui em Bela Vista,
ele envolve uma série de atividades de
empresas satélites que gravitam em
torno dele: que beneficiam milhares de
produtores de leite, produtores de ração
que vendem para esses produtores, têm
empresas de prestação de serviços como
contabilidade, segurança, limpeza ,
entre outras. Além do desenvolvimento
do padrão genético do rebanho para al‐
cançar maior produtividade ao tempo
que passa através da inseminação artifi‐
cial, entre outras técnicas. Eu vejo os in‐
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“
Eu aprendi com o relacionamento da Agência com a Secretaria de
Indústria e Comércio e com todas as mais de mil médias e grandes em‐
presas que vieram pra Goiás no âmbito do programa Produzir que os
incentivos fiscais são fundamentais para o desenvolvimento dos proces‐
sos econômicos e sociais do Centro‐Oeste, Norte e Nordeste do País.”
centivos fiscais para a região em desen‐
volvimento como uma ferramenta fun‐
damental, se não fosse isso hoje o
desenvolvimento brasileiro estaria
concentrado nas regiões Sudeste e Sul.
O senhor pretende participar pessoal‐
mente das negociações sobre incenti‐
vos fiscais no Confaz? A necessidade
de decisão unânime no Confaz é um
grande empecilho para questões como
os benefícios fiscais. Como mudá‐la?
Eu acho que há um movimento no
âmbito do Confaz. Eu vou participar da
primeira reunião ‐ que ocoreu nos dias
10 e 11 de outubro em Fortaleza (CE).
Ainda não me familiarizei com os as‐
suntos do Confaz, mas a partir dessa
reunião eu tomarei conhecimento. Do
ponto de vista de defender os incentivos
fiscais eu o farei no Confaz e em qual‐
quer lugar onde eu me encontrar. Com
relação ao quorum, acho que a unanimi‐
dade não é uma coisa muito democrá‐
tica, precisa ser revisto. Eu acho que nós
temos que lutar que as coisas sejam
aprovadas pela maioria, simples ou ab‐
soluta, mas sem unanimidade, o que é
muito difícil de se obter.
Goiás tem um plano alternativo caso
ocorra a extinção dos incentivos fis‐
cais?
Caso ocorra esta situação, o que acho
difícil, por atingir o interesse da maioria
dos Estados, a tendência natural é de cria‐
ção de alternativas que propiciem ao Es‐
tado não perder a massa de arrecadação
que ele conquistou, através da arrecada‐
ção de fundos, etc. Mas isso‐ o fim dos be‐
nefícios fiscais‐ não é uma boa medida
pois comprometeria o processo de desen‐
volvimento, isso inclusive causaria que al‐
gumas empresas tivessem o interesse de
se retirar de Goiás, a não ser aquelas que
processem produtos aqui gerados.
Na sua gestão, a Sefaz pretende adotar
novas medidas que simplifiquem a
tributação, reduza a burocracia e eli‐
mine a sonegação?
Ao longo do exercício das várias
funções no governo‐ porque a minha
carreira já está se tornando longa‐ eu
tenho procurado eliminar a burocracia
e propiciar uma modernização aos ór‐
gãos que presidi ou participei da dire‐
ção até hoje como o BEG, Agência de
Fomento, Ipasgo, Detran e agora na
Sefaz. Então a desburocratização, o
bom funcionamento o atendimento
prioritário ao cidadão é meta de gestão
de qualquer gestor que queira trazer re‐
sultados para o Estado.
O CAT deve passar por reformulações?
Há um entendimento com as
classes empresariais que permitiu o
nascimento de discussão sobre o CAT,
quem sabe um eventual tribunal que
substituiria o CAT ou coisa dessa
ordem. Então é um processo que está
nascendo agora e que precisamos dis‐
cutir muito ainda para aprimorar mé‐
todos e sistemas sobre a performance
do Fisco e o atendimento às empresas
goianas.
Nos últimos quatro anos, Goiás foi
destaque na expansão da produção in‐
dustrial sempre estando entre os três
melhores desempenhos. O que esse
desenvolvimento industrial reflete
nas contas do Estado?
Sem dúvida que o desenvolvi‐
mento econômico acentuado gera re‐
flexos positivos para o Estado no que
tange ao crescimento natural da arre‐
cadação. Então é preciso manter esse
nível de desenvolvimento para que nós
consigamos aumentar a arrecadação
sem jamais pensar eu aumento de im‐
posto, para que nós possamos melho‐
rar o perfil do caixa do Estado que, do
ponto de vista de custeio, anda muito
defasado.
Pró-Industrial [ 10 ] www.adial.com.br
O senhor continuará a luta junto ao
STN para reduzir o porcentual da re‐
ceita do Estado destinado a pagamento
da dívida do Estado, hoje de 15%?
Essa é uma luta que atinge hoje
praticamente todos os Estados brasilei‐
ros. Eu pretendo nessa próxima reunião
do Confaz, a primeira que participarei,
escutar a opinião dos demais secretários
sobre essa matéria. Mas eu acho que a
situação dos Estados do ponto de vista
de caixa é bastante apertada. Então vejo
que é chegado o momento, já que a
maioria deles cumpriu os ajustes fiscais
impostos nos últimos anos, de fazer
mudanças. É hora de o governo federal
pensar numa flexibilização das dívidas
para alongar o seu perfil e principal‐
mente reduzir os encargos sobre elas in‐
cidentes.
A Sefaz defende um novo pacto fede‐
rativo?
Sim. Evidentemente que há um sen‐
timento hoje arraigado na sociedade
brasileira que a União concentra a arre‐
cadação em suas mãos. Isso é uma antí‐
tese à tese do pacto federativo e precisa
ser revisto. Nós estaremos na medida
do possível, no âmbito do Confaz ou
dos contatos com autoridades monetá‐
rias nacionais, trabalhando por melhor
distribuição da arrecadação como um
todo entre a União, Estados e municí‐
pios.
Qual a expectativa do senhor quanto à
sanção ou vetos do Código do Contri‐
buinte, aprovado na Assembleia? Qual
a visão da Sefaz?
Cheguei agora na Secretaria e ainda
estou avaliando o Código, inclusive
com consultas a outros Estados onde ele
já está em vigor. Nos artigos que propu‐
sermos vetos vamos ao mesmo tempo
apresentar alternativas de mudança
para aperfeiçoar a relação fisco‐contri‐
buinte.
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NOTAS INDUSTRIAIS
Recuperar dá desconto a devedores do ICMS
A Secretaria da Fazenda iniciou dia 30 de
setembro a adesão ao Programa de
Recuperação de Créditos da Fazenda Pública
Estadual (Recuperar) para contribuintes em
débito de ICMS, IPVA e ITCD. Segundo o
secretário da Fazenda, José Taveira, a
expectativa é arrecadar R$ 160 milhões até o
final deste ano, mas apenas 40% ficam no
Tesouro estadual após partilha com as
vinculações constitucionais.“O Recuperar
tem efeitos positivos nos municípios pois
eles também maximizam suas receitas”,
declarou Taveira. Afinal, os municípios
recebem 25% do ICMS e 50% do IPVA. Para
2014 a previsão é arrecadar R$ 111 milhões.
A Sefaz estima que o programa pode
beneficiar cerca de 190 mil contribuintes,
sendo 30 mil devedores de ICMS, 157 mil
devedores de IPVA e 1.100 de ITCD. O fato
gerador do tributo deve ter ocorrido até 31
de julho de 2013. O programa alcança
também aqueles inscritos na dívida ativa e
em execução fiscal.
A maior vantagem oferecida pelo
programa é para aquele contribuinte que
pagar a dívida, à vista até 11 de outubro,
situação em que a Sefaz oferece desconto de
100% dos juros e multas, 50% da correção
monetária e 97% das multas formais. Multas
formais são aquelas ocorridas pelo não
cumprimento de uma obrigação acessória,
como por exemplo, a entrega de arquivos
digitais, com a Escrituração Fiscal Digital
(EFD) e o Sintegra.
O contribuinte também pode optar pelo
pagamento da dívida, à vista, até 31 de
outubro com descontos de 97% dos juros e
multas, 45% da correção monetária e 96%
Fórum de presidentes
Durante Fórum dos Presidentes líderes de grandes empresas e representantes do
setor público discutiram o papel da inovação para a retomada do crescimento.
Realizado no dia 1º de outubro, a segunda edição do Fórum dos Presidentes –
promovido Grupo José Alves, Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Acieg
Jovem e Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (SIC) – reuniu aproximadamente
200 empresários no Hotel Mercure, em Goiânia, para discutir a inovação estratégica e
sua influência para o cenário econômico dos próximos anos. O evento contou com
palestra de lideranças nacionais, tais como José Berenguer (presidente da JP Morgan
Brasil), Antonio Schuch (diretor da Google na América Latina), Gian Martinez (diretor da
Coca‐Cola Brasil), Luiz Paulo Rosenberg (presidente da Rosenberg Associados), Marconi
Perillo (governador do Estado de Goiás), José Alves Filho (presidente do Grupo José
Alves), Alexandre Baldy (SIC) e Helenir Queiroz (presidente da Acieg).
Pró-Industrial [ 11 ] www.adial.com.br
das multas formais. Descontos superiores a
90% também são oferecidos aos
contribuintes que pagarem à vista até 20 de
dezembro de 2013. (veja tabela abaixo com
descontos e forma de pagamento).
A dívida pode ser parcela em até 60
vezes e os descontos decrescem à medida
que o número de parcelas aumenta. Em
duas parcelas, o desconto para juros e
multas é de 90% e em 60 vezes cai para 40%.
(veja tabela abaixo).
O valor mínimo das parcelas de dívidas
de ICMS e de ITCD será de R$ 300,00. A
parcela mínima do IPVA será de R$ 100,00.
A adesão pode ser feita nas Delegacias
Regionais de Fiscalização, no complexo
fazendário e pelo site da Secretaria da
Fazenda, www.sefaz.go.gov.br, clicando no
banner Recuperar.
Adial 46:Layout 1 11/10/2013 09:55 Page 12
MARKETING & PRODUTOS
EQUIPLEX
BRASILCARD
Pensando no aumento de número de
empresas que costumam presentear os
funcionários como forma motivacional no final de ano,
a Brasilcard lançou neste mês de outubro um site para vendas
de Cartão Cesta de Natal.O produto é uma excelente opção de bonificar a
equipe de trabalho por permitir que os próprios funcionários escolham o
que vão querer comprar. A empresa adquire os cartões e inseri o valor do
crédito desejado e ainda determina em quais tipos de estabelecimentos
credenciados na rede Brasilcard os colaboradores poderão comprar.Além de
prático para quem ganha, o cartão é seguro e não causa desperdício como,
por exemplo, a entrega de cestas básicas em que muitos alimentos não
agradam os funcionários, sem citar o alto investimento em logística e
estoque que a compra de cestas básicas geram. O cartão além de agradar a
todos, facilita a gestão da área de RH das empresas. Para saber mais,
acesse: www.brasilcard.com.br
Está em pleno
funcionamento o novo Centro de
Distribuição da Equiplex, localizado no Setor
Parque Industrial José de Alencar, em Aparecida.
O novo CD da Equiplex conta com 4.000 m² de
área construída e capacidade de 5.000 posições
porta paletes. O CD foi edificado em Paredes e
Teto ISOESTE, 100% térmico, ambiente totalmente
climatizado com temperatura entre 18º C a 25º C.
BATAVO
BRASILATA
“1 bilhão é para poucos”, Com este
slogan, a Brasilata comemora o recorde
obtido em abril de 2013 quando a
lata Plus atingiu 1 bilhão de unidades
vendidas. O sistema de fechamento
por travamento mecânico
desenvolvido pela empresa está
patenteado no Brasil e também nos
Estados Unidos, União Europeia, Japão
e China, entre outros países.
Os novos produtos da Leite Batavo contam com um layout
diferenciado e a forma de classificar os tipos de leite que, atualmente,
são conhecidos como integral, semidesnatado e desnatado. Pela nova
nomenclatura da linha Batavo de leites regulares, fica ‘Total’ para o
integral, ‘Ideal’ para o semidesnatado e ‘Leveza’ para o desnatado. O
leite Ideal está na categoria dos semidesnatados e único no mercado
nacional. A adição de 0,5% de gordura‐ o leite semidesnatado, em sua
maioria, possui 1% de gordura ‐ torna o produto com textura e sabor
bem próximo ao do integral, sem alterar os benefícios e os valores
nutricionais do semidesnatado. O leite Ideal possui 50% da gordura do
leite integral mantendo o mesmo sabor e nutrientes.
AÇOFERGO
PERDIGÃO
A Perdigão, marca da BRF, apresenta linha infantil com o tema
Smurfs. A linha traz Chickens de queijo, tradicional e cenoura,
mortadela de frango, pão de queijo e mini salsicha. Os Chickens
Smurfs vêm em embalagens de 300 gramas; a mortadela de frango
e o pão de queijo, em pacotes de 400 gramas; e a mini salsicha, de
500 gramas. Todas as embalagens trazem os personagens, como
Papai Smurf, Smurfette, Vaidoso, Ranzinza, Vexy e Hackus.
A AÇOFERGO fabrica tubos
industriais, perfis estruturais,
chapas, telhas galvanizadas e uma
completa linha de produtos para
serralheria como perfis, lambris,
raiadas, rolos galvanizados, pés‐
de‐porta e cumeeiras. São mais de
1.000 itens just‐in‐time que permitem
uma imensa variedade de aplicações para
os mais diversos segmentos.
Pró-Industrial [ 12 ] www.adial.com.br
Adial 46:Layout 1 11/10/2013 09:55 Page 13
NESTLÉ
KIBON
A linha “Sabores Exclusivos”
da Nestlé ganhou uma série de
lançamentos. A categoria pote 2
litros chega na versão Napolitano
Exclusivo, os chocolates Lollo e
Sensação chegam na versão
cone, e Charge vira picolé. Além
disso, Sensação também é
lançado na versão 2 litros, com a
massa de chocolate ao leite e
morango, com flocos de
chocolate. Segundo a Nestlé,
todas as novidades chegam ao
mercado este mês.
VELLY
DEL VALLE
A Coca‐Cola Brasil estreia sua linha especial
de néctares Del Valle Reserva com o sabor açaí +
banana. O lançamento marca a entrada da
empresa no crescente segmento de “superfrutas”
– definidas pela alta concentração de nutrientes.
O néctar chega ao mercado em embalagens de 1
litro e de 250 mililitros fornecidas pela Tetra Pak,
com imagens que remetem à origem do açaí.
“Com esse lançamento, marcamos nossa entrada
no segmento de superfrutas, com uma bebida
que é fonte de nutrientes e que utiliza o açaí
extraído da floresta”, diz o vice‐presidente de
Novas Bebidas, Sandor Hagen. “O mercado de
néctares e refrescos é um dos que mais crescem
na indústria de bebidas, até porque é bastante
novo no País”.
DEVASSA
A Devassa, marca da Brasil Kirin,
lança a promoção nacional “Na
Primeira Vez, Todo Mundo Treme”,
com a participação do cantor
Erasmo Carlos. São 500 latas
exclusivas que tremem quando
abertas, anunciando o prêmio
instantâneo: uma caixa de som
Devassa. Além do prêmio
instantâneo, todos os que
comprarem qualquer produto
Devassa podem concorrer a 50
geladeiras exclusivas da marca.
São quatro novidades
lançadas pela Kibon. Na linha
Fruttare, os sabores Mousse
Maracujá e Mousse Limão
chegam em textura exclusivas,
além de um visual premium e
indulgente. A linha Fruttare traz
de volta o sabor Manga. A linha
de picolés premium Magnum traz
a versão Chocolate com Avelã. O
Max Explode é o lançamento
voltado para crianças. Um sorvete
com três sabores, com bolinhas
que “estouram” na boca.
Os novos temperos em
pó da Velly, do grupo GSA
Alimentos, chegam ao
mercado com três sabores:
carne, aves e legumes. Com
novas embalagens, a empresa
informou que a aposta no
novo produto é devido a alta
demanda de mercado, já que
o tempero em pó responde
por 60% do volume total de
vendas de temperos prontos.
Além disso, o grupo informou que projeta um faturamento de
R$ 1 bilhão até 2020.
ARISCO
Arisco Rende Mais
é produto da Unilever
Food Solutions para
restaurantes e cozinhas
industriais. Trata‐se de
um tempero com apelo
de economia, pois
promete aumentar o
rendimento das
receitas com carne
moída em até 50%.
Composto por
ingredientes desidratados como cebola, alho, proteína
texturizada de soja, farinha de rosca, salsa e sal, o
produto requer somente adição de água para poder ser
misturado à carne moída.
Envie novidades da empresa no e‐mail: [email protected]
Pró-Industrial [ 13 ] www.adial.com.br
Adial 46:Layout 1 11/10/2013 09:55 Page 14
COMÉRCIO EXTERIOR
Goiás já acumula superávit
comercial de US$ 2 bilhões
DE JANEIRO A SETEMBRO, GOIÁS EXPORTOU US$ 5,3 BILHÕES PARA MAIS DE
150 PAÍSES. A IMPORTAÇÃO FECHOU O MESMO PERÍODO EM US$ 3,3 BILHÕES
A
balança comercial goiana atin‐
giu marca histórica ao consoli‐
dar saldo comercial de US$
2,018 bilhões no período de ja‐
neiro a setembro deste ano. O
valor é maior do que o recorde anterior re‐
gistrado no ano de 2012 quando o super‐
ávit anual atingiu a cifra de US$ 2,011
bilhões. O saldo obtido é fruto das expor‐
tações do período acumuladas em US$
5,346 bilhões e das importações de US$
3,327 bilhões.
Segundo o secretário de Indústria e
Comércio de Goiás, Alexandre Baldy, o se‐
gredo do sucesso do comércio exterior
goiano está na ousadia dos goianos em
produzir produtos competitivos que che‐
gam a mais de 150 diferentes países. Ele
admite que a venda de produtos básicos
ainda prevalece na pauta dos produtos
goianos, entretanto, ele afirma que o Go‐
verno de Goiás tem envidado todos os es‐
forços para que o Estado consiga nos
próximos anos melhorar a performance
dos produtos industrializados. “Estamos
trabalhando fortemente para que o nosso
estado se consolide cada vez mais como
um centro produtor de manufaturados e
semimanufaturados. Para tanto, seguindo
as diretrizes deste Governo, temos trabal‐
hado uma política de atração de investi‐
mentos bastante agressiva e arrojada, que
certamente vai ajudar a melhorar os ín‐
dices da economia goiana”, ressalta.
Em setembro, as exportações goianas
chegaram a US$ 623,991 milhões contra
importações de US$ 340,915 milhões, pro‐
piciando um saldo de US$ 283,075 mil‐
hões. As vendas representaram o segundo
melhor resultado para o histórico do mês,
perdendo apenas para setembro do ano
passado quando as exportações super‐
aram os US$ 700 milhões.
Os principais produtos exportados no
BALANÇO DO ANO
154
milhões de dólares foi o resultado
da exportação de complexo soja em
Goiás no mês de setembro. Produto
é líder isolado no pauta de
exportações. O milho assumiu há
algum tempo a segunda posição e
exportou, no mesmo período, US$
136 milhões, batendo todo
complexo carnes e minérios.
mês foram soja (grãos, bagaços e óleos),
que representou 24,8% do total exportado,
seguido do milho (21,9%), carnes (20,4%),
ferroligas (10,4%), açúcar (6.1%), couros e
derivados (5,1%), sulfeto de cobre (3,3%),
preparações alimentícias (1,9%), além de
algodão, amianto, outros produtos de ori‐
gem animal, café, couro, gelatinas e seus
derivados, produtos químicos orgânicos,
máquinas e equipamentos elétricos e me‐
cânicos, vermiculitas etc. A China liderou
Pró-Industrial [ 14 ] www.adial.com.br
a compra das mercadorias goianas com
19,81% do total. Em seguida vêm os países
baixos (Holanda), 10,93%; Arábia Saudita,
10,14%; Japão, 9,03%; Egito, 4,55%; Coreia
do Sul, 4,11%; Hong Kong, 4,04%; Es‐
panha, 3,70%; Rússia, 3,42% e Irã, 2,89%.
Baldy cita as preparações alimentícias
como exemplo de produto industrializado
em Goiás que vem ganhando mercado ex‐
terno. “Se compararmos os meses de se‐
tembro deste ano e do ano passado, vamos
observar um crescimento neste segmento
de cerca de 150%. Um salto de US$ 4,7 mil‐
hões para cerca de US$ 12 milhões expor‐
tados, principalmente, para a Europa”.
Nas importações, destacaram‐se os
produtos farmacêuticos, veículos e tra‐
tores e suas partes, adubos e fertilizantes,
aparelhos e instrumentos mecânicos, pro‐
dutos químicos orgânicos, máquinas, apa‐
relhos e materiais elétricos, instrumentos
e aparelhos de óptica e fotografia, plásti‐
cos, borrachas e obras de ferro ou aço. Os
produtos vieram principalmente do
Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Estados
Unidos, China, Tailândia, Marrocos, Rús‐
sia, Irlanda e Índia.
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MERCADO EXECUTIVO
Mais de 10 mil
visitantes na
SuperAgos
A Associação Goiana de Supermercados
(Agos) promoveu, entre os dias 24 e 26 de
setembro, a 12ª edição da Convenção e Feira
de Produtos, Serviços e Tecnologia para
Supermercados e Panificadoras (SuperAgos).
Com mais de 150 expositores, a SuperAgos
2013 movimentou cerca de R$ 35 milhões em
negócios durante os três dias de evento, além
de receber mais de 10 mil visitantes. Este valor
representa um aumento de 25% na
expectativa de volume de vendas se
comparado aos R$ 28 milhões movimentados
em 2012.
Neste ano, a grande novidade foi a
parceria do Sebrae Nacional e do Sebrae Goiás
na realização do projeto Padaria Conceito, cujo
objetivo é criar um espaço para exposição de
produtos e realização de cursos e palestras
voltados para o público ligado a panificação.
Nos espaços da Padaria Conceito, serão
realizadas demonstrações de serviços e
produtos, além de realização de negócios para
o setor panificador.
Além do Sebrae, outros parceiros se
juntaram à Agos para a realização do evento,
como o Sindicato da Indústria de Panificação e
Confeitaria do Estado de Goiás (Sindipão), o
Governo de Goiás, através da SIC.
MERCADO EXECUTIVO
Beraca e Orsa fecham parceria
A Beraca Ingredients e o Grupo Orsa, por meio da Orsa
Florestal, serão parceiros na promoção do desenvolvimento
sustentável com responsabilidade social e ambiental, por
meio de atividades de coleta, beneficiamento e produção de
óleos de espécies florestais não madeireiras oriundas de
florestas nativas, com origem certificada – obedecendo a
conceitos de manejo sustentável, segundo normas do Forest
Stewardship Council. “A certificação para o Grupo Orsa não é
só um instrumento de mercado, mas também a garantia de
que toda a atividade florestal da empresa está de acordo com
os princípios do Grupo, baseado no conceito dos três P’s:
People (pessoas), Planet (planeta) e Profit (lucro). Nenhuma
atividade empresarial tem sentido sem isso e o FSC está
totalmente inserido neste princípio”, diz Roberto Waack,
presidente da Orsa Florestal.
Para abrigar as operações pertencentes à Seara, adquiridas recentemente, e os
negócios domésticos de aves e suínos da própria empresa, a JBS está criando uma nova
empresa, a JBS Foods. Com isso, a Seara deixará de existir como empresa e será apenas
uma marca. Gilberto Tomazoni, CEO da JBS Foods, prevê que a nova unidade de
negócios, que inclui as operações de frango, peru, suíno e margarina, tenha um
faturamento anual de R$ 12 bilhões, dos quais 50% devem vir das exportações e 50% do
mercado interno. Essa receita deve levar o faturamento total da JBS a R$ 100 bilhões.
A Fitch elevou os ratings da Hypermarcas de longo prazo em moeda estrangeira e
local de BB para BB+, com perspectiva estável. A nota nacional de longo prazo e para a
terceira emissão de debêntures, no valor de R$ 400 milhões, também foram alteradas,
de A+ para AA. As elevações dos ratings, segundo a Fitch, refletem a melhora da
rentabilidade da companhia e dos indicadores de crédito em 2013.
TERMÔMETRO ECONÔMICO 2013
Confira abaixo a última atualização dos indicadores econômicos do País e do Estado. A cada ediçao, a PRÓ‐INDUSTRIAL traz
novos números e suas sinalizações. Confira os resultados dos últimos dados divulgados.
Inflação de setembro
Expansão da indústria
A inflação oficial (IPCA) avançou 0,35% e pela primeira vez em
doze meses o acumulado ficou abaixo de 6%.
O resultado foi bom em julho, animou o mercado e o setor, mas agosto, mês
importante para a indústria, foi de crescimento zero. Desanimou de novo.
Inflação em 2013
Comércio exterior
As previsões se estabilizaram nas duas úl mas semanas em
5,82%. Acima da previsão de julho e abaixo das de agosto.
Repe ndo os meses anteriores: Os números são ó mos em Goiás,
mas péssimos no País, com seguidos déficits.
PIB em 2013
Desemprego
O mercado financeiro elevou sua previsão de uma alta do PIB de
2,4% para 2,47% na semana passada. BC ainda prevê 2,5%.
Taxa de desemprego desacelera e vai a 5,3% em agosto, diz IBGE. O mercado
de trabalho mostrou‐se inume a cenário de estagnação e menor consumo.
Pró-Industrial [ 15 ] www.adial.com.br
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EMPRESA
Marca goiana,
prestígio nacional
GRUPO CRUZEIRO PLANEJA LANÇAR
ACETONA LÍDER NOS MERCADOS DO
CENTRO-OESTE, NORTE E NORDESTE NOS
ESTADOS DO SUL E SUDESTE JÁ EM 2014
A
Acetona Cruzeiro comemorou em 15 de
março os 50 anos de lançamento do pro‐
duto. O evento, oferecida a fornecedores,
clientes, funcionários, políticos e imprensa,
foi realizada no Clube Ferreira Pacheco. O
fundador do Grupo Cruzeiro, Agripino Gomes de
Sousa, recepcionou 200 convidados e foi homena‐
geado pela família ‐ esposa Alvina, das filhas Marina
Gomes e Luciana Gomes, o filho Marcelo e a irmã,
Luisa Gomes de Paula.
A Cruzeiro Industrial Química Gomes, do Grupo
Cruzeiro, foi criada há cinco décadas com o objetivo
de fabricar e comercializar produtos químicos de uso
industrial. Agripino Gomes conta que a empresa ini‐
ciou suas atividades em 1967, em Goiânia, tendo
como missão estratégica conquistar e manter a repu‐
tação de fornecedor mais competitivo e confiável no
mercado em que atua.
HISTÓRIA
“A história da empresa começou com sua produ‐
ção no bairro de Campinas, Goiânia, em um local
pouco apropriado, pequeno para sua produção mas
com uma infinita força de vontade de fazer certo e
atender todas as necessidades de seus clientes sem‐
pre com qualidade”, diz o fundador. Em pouco
tempo, a empresa se expandiu, tendo que ampliar
suas instalações, adquirindo um terreno no Setor
Coimbra, onde passou a atender também ao comér‐
cio atacadista, em 1970.
Em novembro de 1973, a empresa sofreu um
grande incêndio que destruiu o galpão onde funcio‐
Pró-Industrial [ 16 ] www.adial.com.br
Adial 46:Layout 1 11/10/2013 09:55 Page 17
nava. Os sócios ergueram de
novo a empresa e a transferiu
para o Jardim da Luz. Nessa
época a empresa foi transfor‐
mada em Sociedade Anônima.
Em 1975, Agripino Gomes de
Sousa fez um financiamento no
BNDS. Hoje, o Grupo Cruzeiro é
composto por oito empresas que
atendem o Centro‐Oeste e Norte
do Brasil, com em terreno de
6.000 metros quadrados e a área
construída superior a 2.000 me‐
tros quadrados. “Em sua trajetó‐
ria, a Cruzeiro enfrentou
diversos planos econômicos,
conseguindo superar graças a
dedicação de todos, que nela tra‐
balharam”, diz. Hoje o grupo
está instalado no DAIAG, Apare‐
cida de Goiânia e tem como
clientes siderúrgicas, minerado‐
ras, extratoras, entre outros.
Para a diretora da empresa
Marina Gomes, a Acetona Cru‐
zeiro é o principal produto do
portfólio do Grupo Cruzeiro,
mas conta ainda com linhas de
cosméticos em geral, produtos
de limpeza, embalagens plásti‐
cas, alimentos e metalúrgica.
Entre as empresas do grupo, Ma‐
rina destaca Grupo a Goiás
Cloro, a Goiás Tintas (que atua
com tinta e metalurgia), a Limpif
Saneantes (material de limpeza e
alimentos), a Maza (cosmésticos)
e a Cruzeiro.
APARECIDA
O grupo atualmente concen‐
tra sua produção em Aparecida
de Goiânia, tem cerca de 150 fun‐
cionários e um mix, conside‐
rando todas empresas, de 200
produtos. Entre as marcas de
maior destaque do grupo, Ma‐
rina destaca a Acetona Cruzeiro,
a Água Oxigenada Cruzeiro, o
gel Cruzeiro e a linha de catchup
e maionese Dell. “Nosso meta
para 2014 é levar a marca Ace‐
tano Cruzeiro para o mercado de
São Paulo”, diz ela, que estima a
produção anual em 20 milhões
de unidades.
NÚMEROS
8 empresas
150 funcionários
200 produtos
2.000 m2 de área construída
Agripino Gomes de Souza (C) foi homenageado por familiares nos 50 anos da empresa
Mix de produtos do Grupo Cruzeiro apresentado duranta a Agos 2013
Pró-Industrial [ 17 ] www.adial.com.br
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LEITURA EMPRESARIAL
QUESTÕES FUNDAMENTAIS
Em 1985, a indústria de transformação respondia por 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Desde então, foi perdendo substância e hoje em dia responde por menos do que 15% do PIB do país. Trata‐se
da desindustrialização. Mas o que é isso? Como medi‐la? Por que é aparentemente mais intensa no Brasil do
que em outros países? O que é possível fazer a esse respeito? O futuro da indústria no Brasil reúne artigos de
ilustres economistas brasileiros da contemporaneidade, com o intuito de colocar em debate questões
fundamentais para o entendimento dos rumos da economia do País.
OS MITOS
Não é porque a economia ao longo dos anos se muniu de fórmulas matemáticas e alguma lógica que
ela possa ser considerada uma ciência previsível e, nem mesmo, exata. Seguindo essa linha,Economitos
questiona os principais conceitos da economia Neoclássica, principalmente os que afirmam que os preços
são justos, os mercados autorreguláveis, estáveis e que, por isso, devem ser livres. Sem nenhum tipo de
premissa ideológica, David Orrel vai desde o surgimento dessa jovem ciência para provar que ela estava,
quase sempre, redondamente enganada. A prova disso é que os medalhões da economia ortodoxa,
embora agraciados com fartas remunerações e incontáveis prêmios, não fizeram o básico.
BOA IDEIA
O sucesso pode acontecer a qualquer momento. O que dizer sobre os milhares de sucessos e
fracassos comerciais em todo o curso da história? Parece óbvio que, se pudéssemos estudar esses
casos com muito cuidado, aprenderíamos alguma coisa.
A vida, porém, dá voltas de maneiras extremamente inesperadas, e não faz sentido, num
esquema estratégico, ignorar esse fato básico. Quanto mais rápido o mundo se move e quanto mais
interconectado está, menos previsível ele se torna. A aleatoriedade é uma característica dominante
em nosso dia a dia e transformou‐se no fator definitivo para o êxito profissional.
LADO B DA ECONOMIA
O que o próspero comércio sexual do Leste Europeu, o escândalo dos empréstimos hipotecários podres nos Estados
Unidos, a indústria chinesa de produtos falsificados e a filantropia das celebridades na África têm em comum?
Biopiratas exploram a indústria do sangue, bandidos da pesca devastam os altos‐mares, a pornografia se desenvolve
virtualmente no Second Life e jogos como o World of Warcraft geram “suadouros” on‐line: estarão as indústrias
bandidas se transformando em impérios globais? Acabará o sistema sendo inteiramente transformado pelo advento da
economia da xariá? Com a precisão de uma economista e a habilidade narrativa de uma romancista, a jornalista Loretta
Napoleoni examina como o mundo vem sendo remodelado por forças econômicas obscuras que vitimam milhares de
pessoas comuns cujas vidas foram aprisionadas na fantasia do consumismo mundial.
CELSO
Até seu último texto, escrito duas semanas antes de morrer, o economista Celso Furtado viveu seis décadas
de produção constante, que abrangeu um amplíssimo leque de reflexões. À problemática do
subdesenvolvimento que esteve no centro de suas preocupações na Comissão Econômica para a América Latina
(Cepal), acrescentou, ao assumir funções de governo a partir de 1958, a questão regional nordestina e o
planejamento. Em seguida, os anos do exílio foram os mais fecundos de sua produção acadêmica. Suas tarefas
universitárias juntam‐se ao desafio de entender os rumos do Brasil e de uma conjuntura mundial em plena
mutação. A moldura conceitual se expande em direção às outras ciências sociais, à cultura e à filosofia. O
retorno ao Brasil, depois da anistia, dá origem a trabalhos de política econômica, alguns muito combativos.
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OPINIÃO
CESAR HELOU
Incentivos fiscais e
ambiente de negócios
G
oiás é pioneiro na formu‐
lação e implantação dos
incentivos fiscais com o
ICMS no País. Destacou‐
se também por ter em
suas lideranças políticas os mais
contundentes e preparados defensores
destas políticas fiscais estaduais, res‐
ponsáveis por embates históricos e
contínuos. Não é exagero dizer que
sem a atuação de Goiás, seja na origem
quanto na defesa, os incentivos fiscais
da forma que são hoje já teriam sido
enterrados.
É de grande relevância destacar a
atuação e perícia política do governa‐
dor Marconi Perillo que, desde maio,
quando quase todos já davam por der‐
rotadas os benefícios fiscais dos Esta‐
dos emergentes, provocou uma
reviravolta, atuou forte na derrota da
Reforma do ICMS no Congresso, mo‐
bilizou outros govenadores e contri‐
buiu diretamente para reerguer a
bandeira dos incentivos fiscais.
Esse trecho, de pouco mais de qua‐
tro meses, vai ficar registrado na histó‐
ria. Quando todos já contabilizavam os
prejuízos e negociavam os anéis para
não perder os dedos, Goiás capita‐
neado por Marconi Perillo e apoiado
diretamente por lideranças empresa‐
riais, reverteu o quadro, resgatou o mo‐
vimento pró‐incentivos. A matéria de
capa desta edição ressalta esse avanço
e articulação goiana em prol dos incen‐
tivos e atual proposta defendida pelos
Estados emergentes.
No âmbito nacional, a defesa de
Goiás é inquestionável e reconhecida.
Os incentivos fiscais são, de longe,
o grande motor dos investimentos pri‐
vados do País. Tanto que, após o go‐
verno federal se declarar contrário aos
incentivos e cerrar fileiras com São
Paulo, o investimento industrial brasi‐
leiro despencou, desabou. O governo
federal provocou no investidor uma in‐
segurança gritante ao tomar partido.
Investimentos foram cessados, re‐
duzidos ou paralisados em razão desta
indefinição. É muito simples e basta
comparar. Quantos de investimentos
eram anunciados semanalmente no
País quando o governo federal não ata‐
cava os incentivos fiscais? Eram dois ou
três investimentos importantes por
mês, normalmente em Estados em ex‐
pansão, como Goiás, Pernambuco,
Bahia e Espírito Santo. Era uma forma
de distribuir o crescimento do País.
Hoje são parcos e esparsos anúncios de
investimentos privados no Brasil.
Mas é preciso otimismo, pois os in‐
vestimentos vão voltar no futuro. No
entanto, se estamos bem na defesa dos
incentivos, bem como na política de be‐
nefícios, Goiás precisa avançar no am‐
biente de negócios. Não podemos
descuidar internamente do modelo des‐
burocratizado que marca as gestões
Marconi Perillo. Nos últimos anos, me‐
didas burocratizantes ganharam espaço
nas ações fiscais e regulamentadoras do
Estado. Cada vez mais, o investidor
pesa a favor ou contra o ambiente de ne‐
gócios nos potenciais Estados a investir.
Precisamos avançar em questões re‐
ferentes à CND Previdenciária exigida
mensalmente dos beneficiários de pro‐
grama de incentivos fiscais; do não
aproveitamento do crédito fiscal do
diesel no transporte interno, especial‐
mente no transporte do campo para a
indústria; na limitação total a utilização
de crédito, seja nos insumos, como
Pró-Industrial [ 19 ] www.adial.com.br
energia elétrica utilizada de gerador ou
para depósito, ou de bens de uso e
consumo, que necessitam de aprova‐
ção das Delegacias Fiscais e estas ou
demoram muito ou nem aprovam; na
impossibilidade absoluta de transfe‐
rência de créditos, mesmo que entre fi‐
liais, empresas do mesmo grupo
econômico, ou, principalmente, para
aquisição de bens e mercadorias; entre
vários outros temas que, juntos, inco‐
modam o investidor já instalado e gera
insegurança no que pretende trazer
seus negócios para Goiás.
Debater e ajustar os efeitos destas
ações podem fazer parte de uma
agenda positiva de melhoria no am‐
biente de negócios interno. Goiás tende
a ser pioneiro novamente, com um de‐
bate técnico entre agentes públicos e
privados, com objetivo de obter ganhos
de produtividade e rompendo uma
série de aparas burocráticas que se so‐
madas, se tornam entraves à competi‐
tividade dos nossos produtos.
Os avanços que levaram à moder‐
nização da economia goiana e o diá‐
logo franco criado entre gestores
públicos e líderes empresariais são pro‐
vas incontestáveis de que Goiás desen‐
volveu não só sua economia, mas
também a relação público‐privada, tão
necessária para possibilitar uma ex‐
pansão sustentável.
É um mérito que precisa ser preser‐
vado. Um efetivo fórum técnico per‐
manente de debates por um ambiente
de negócios ágil é uma atitude inova‐
dora e que colocaria Goiás como refe‐
rência no combate à burocracia.
Cesar Helou
é empresário e presidente da ADIAL
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