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Baixar - Aspaco

ANO XV
MARÇO/ABRIL
Nº 87
Página 02
Março/Abril
Editorial
Não poderia começar este editorial sem tecer comentários sobre
a IV FEINCO. Era gostoso ver a
feição das pessoas falando sobre o
que estavam vendo e admirando.
Sem comparações com os anos
passados. E as pessoas que nunca
tinham visitado a feira? O espanto
era tão grande que penso que nunca
sonharam em ver um evento daquela
magnitude acontecendo em torno
dos ovinos e caprinos!!! Meus parabéns a toda a equipe do Agrocentro,
da Capripaulo e da Aspaco, vocês
fizeram bonito demais!
A presença de pessoas de vários
países foi muito significativa. A
comitiva mexicana prestigiando e
divulgando o Congresso Mundial
em Queretaro no próximo mês
de julho, criadores do Paraguai,
Uruguai, Colômbia, Canadá,
África do Sul, etc., marcaram
presença. Caminhava ao lado do
Décio Ribeiro dos Santos, diretor do evento, quando o criador
e expositor sul-africano John
Dell nos parou para dizer que já
visitou inúmeras exposições de
ovinos e caprinos pelo mundo
afora, mas como esta.... só esta.
Orgulho nacional!
O presidente do Sebrae Nacional, Sr. Paulo Okamoto, nosso
Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado, Sr. João Sampaio
e seus assessores, o ex-governador
Orestes Quércia, artistas como
Tarcísio Meira, etc, prestigiaram,
abrilhantaram e se maravilharam
com o evento. A cozinha interativa
pilotada pelo incansável Robson
Leite, da Savana Carnes, foi um
show à parte. Divulgação e promoção da carne de cordeiro com toda
a receptividade e competência do
grande chef de cozinha Fidelis, já
bastante conhecido em nosso meio,
entre outros chefs.
Outro detalhe importantíssimo
sobre a Feinco é que, atrás de todo
aquele espetáculo, aconteceram em
salas fechadas uma disseminação de
o ovelheiro
Arnaldo dos Santos Vieira Filho - Presidente
troca de conhecimentos, experiências e debates no Congresso Feinco,
Simpósio IZ, na programação de
palestras do Sebrae, capitaneadas
por Ênio Queijada de Souza do
Sebrae Nacional e Sílvio César de
Souza do Sebrae/SP, na Reunião da
Câmara Setorial Nacional de Ovinos
e Caprinos, nos cursos diversos
e reuniões isoladas em stands de
criadores, do Sebrae, do Agrocentro,
da Capripaulo e da Aspaco. Informações e trocas de idéias estas que estão
colocando o país e nossos criadores
no rumo certo da estruturação de
nossa cadeia, na busca de eficiência
produtiva para sermos, em pouco
espaço de tempo, um dos maiores
produtores de carne ovina e caprina
e de seus produtos derivados.
Vários eventos estão acontecendo em nosso Estado, com destaque
especial para a tradicional FACILPA,
evento promovido pela Associação
Rural de Lençóis Paulista - ARLP e
Prefeitura Municipal, uma das mais
importantes exposições de ovinos
do Estado, comandada pelo José de
Oliveira Prado, o JOP e que é ranqueada pela ASPACO. Logo após,
outro evento ganha destaque e parte
para o ranqueamento da ASPACO,
que é a EXPOPORTO, em Porto
Feliz, com realização da Embriatec,
liderada por Júlio Motta e apoio da
Prefeitura Municipal.
Várias reuniões estão acontecendo em São Manuel, cidade sede da
ASPACO, em torno da formação e
organização do nosso mais novo
Núcleo Regional. Em espaço cedido
na sede do Sindicato Rural, pelo seu
presidente Sr. Raphael Melillo, que
também é Secretário de Agricultura
do município, o núcleo se instala
para coordenar os trabalhos, promover e estruturar a ovinocultura nesta
grande região produtora.
Gostaria de salientar a importância da nossa Câmara Setorial
Especial de Ovinos e Caprinos do
Estado de São Paulo, que já iniciou
os trabalhos durante sua primeira
reunião após a instalação oficial.
As primeiras atividades foram direcionadas na área de crédito rural,
mais especificamente nas linhas para
ovinos e caprinos do FEAP – Fundo de Expansão do Agronegócio
Paulista, na área de marketing, para
fazermos um trabalho de divulgação
e esclarecimento sobre a nossa carne
e também um encaminhamento
propondo um estudo completo de
nossa cadeia produtiva, para termos
conhecimento dos dados de nosso
estado.
Até mais e boa leitura!
Carta do leitor
“A FEINCO explodiu em sucessos. O que acontece em São Paulo, maior mercado da América Latina, irradia com espantosa velocidade para todos os cantos.”
“O OVELHEIRO agora está bem melhor, com impressões a cores, papel de
qualidade e ótimos artigos. Parabéns!!! Parabéns pela matéria do nr. 86 de janeiro/fevereiro, Você conﬁa no seu peão? De fato, muitas pessoas veêm o sucesso dos
outros e pensam que a coisa é fácil. É um engano. Toda e qualquer atividade requer
muito trabalho, dedicação, investimentos, etc., etc. No nosso caso, a criação de
ovelhas de elite, para se conseguir sucessos e reconhecimentos no mercado, exige
anos de árduo trabalho. Vocês colocaram muito bem o tema que todos os criadores
enfrentam, o da mão-de-obra. O bom cabanheiro é sinônimo de sucesso.”
Nelson T. Honjo
Cabanha Nascente do Iguaçu – Curitiba/SP
Criador de ovinos Suﬀolk
ERRATA
Por um erro nosso, foi publicado de forma errônea os resultados do
Grande Campeonato - Macho da Raça White Dorper ocorrido durante o 2º
Piracicaba Show Ovinos, ocorrido em janeiro passado. Abaixo publicamos
os vencedores:
Grande Campeão: Interlagos Nike WD 005
Criador e Expositor: Jamer Mascarenhas Marques
Reservado Grande Campeão: CACH.-HD Dourado 070
Criador e Expositor: Hélio Dias Santos Duarte
o ovelheiro
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Ovinotícias
Congresso mundial de ovinos
O México será o palco do
Congresso Mundial de Ovinocultura que ocorrerá em julho
na cidade de Querètaro. O
evento foi divulgado durante
a FEINCO 2007 através de
uma comitiva de criadores que
visitaram o evento paulista em
março. Alguns dos visitantes mexicanos estiveram na
FEINCO de 2006 e voltaram
este ano formando um grupo
de 17 pessoas. O objetivo da
viagem, além de divulgar o
evento em julho, foi conhecer
a maior feira de caprinos e
ovinos da América Latina e
as raças que possam ser utili-
zados no México com o objetivo de produzir carne. Entre
as preferências estão o Santa
Inês e o Dorper. Gentilmente,
os mexicanos distribuíram
prêmios aos grandes campeões destas raças na FEINCO. Aguardam, agora, maior
empenho das autoridades de
ambos os países com relação
aos aspectos sanitários, para
promover as importações, exportações e trocas de materiais
genéticos. No stand mexicano
foram divulgados os trabalhos realizados com as raças
Pelibuey e Katahdin, as mais
criadas no México.
A ovinocultura de leite cresce
As várias matérias divulgadas
nos últimos meses sobre a produção de queijos de ovelha vêm a
cada dia atraindo mais adeptos. O
sistema de produção semelhante
à caprinocultura de leite é uma
ótima opção para pequenos e
médios produtores. O produto
é muito bem remunerado, haja
visto o alto preço atingido nos
grandes centros como São Paulo.
Na IV FEINCO, ocorrida em
março passado, as raças leiteiras
chamaram a atenção. Márcio
Aguinski de Viamão/RS trouxe
exemplares da raça francesa
Lacaune e divulgou o trabalho
de produção de queijos finos,
realizado há alguns anos no sul
do país. Luiz Otávio Carneiro,
de Campo Grande/MS, trouxe
borregos da raça Bergamácia.
Seu rebanho está em processo
de crescimento e os resultados
obtidos com os cruzamentos
mostram a produção de matrizes
com melhor habilidade materna.
Seus animais são provenientes do
rebanho da FMVZ UNESP/Botucatu que vem selecionando as
fêmeas mais leiteiras. A edição
número 257 de março 2007 da
revista Globo Rural traz a no-
tícia da ovinocultura leiteira no
Estado de Santa Catarina. Com
o apoio do SEBRAE, produtores
estão produzindo leite de ovelha
e entregando-o para a empresa
Cedrense, de Chapecó. Esta,
depois de altos investimentos,
está produzindo o Pecorino, um
queijo tipicamente italiano, que
até então, só conhecíamos os
importados.
Eventos oficializados
O mês de março foi marcado por três eventos apoiados e
oficializados pela ASPACO. De
01 a 04 ocorreu a exposição de
ovinos durante a 42ª EMAPA,
em Avaré/SP. A Estância Dolly,
com sua Central localizada no
município, incrementou esta
edição da EMAPA. O Melhor
Criador e Melhor Expositor da
raça Santa Inês fechou o evento
com o Leilão Túnel do Tempo,
que faturou R$ 1.006.800,00.
Nos dias 28 a 31, a EXPOAL,
Exposição Agropecuária de
Altinópolis, fez a sua festa.
A exposição de ovinos trouxe
produtores da região. Houve
julgamento da raça Santa Inês,
onde a Faz. Betel, de Ibitinga/
SP, consagrou-se como Melhor
Expositor e Melhor Criador
do evento. Ao mesmo tempo
ocorreu em Fartura a exposição
de ovinos na EXPOFAR, na cidade de Fartura/SP. Este evento,
também com apoio do SEBRAE,
além da Prefeitura Municipal,
foi organizado pelo Núcleo
Regional de Fartura/Pirajú e
Região, e reuniu 180 animais das
raças Ile de France, Texel, Dorper e Santa Inês. O Zootecnista
Francisco Fernandes apresentou
uma palestra sobre as perspectivas e viabilidade econômica
do setor. O evento fechou com
um leilão de todas as raças, dia
31/03, com um faturamento de
R$ 41.500,00.
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Março/Abril
o ovelheiro
Eventos oficializados e rankiados pela ASPACO em 2007
De 27 de abril a 06 de maio
ocorrerá a 30ª FACILPA – Feira
Agropecuária, Comercial e Industrial de Lençóis Paulista/SP. Com
sucesso há trinta anos, a FACILPA
é considerada uma “Festa Popular”,
De 20 a 29 de abril
EXPOAGRO (Itapetininga)
Oficializado ASPACO
FACILPA – Lençóis Paulista
Ranking Cabanha do Ano 2007
27 e 28 de abril
lll Simpósio de Nutrição de Ruminantes
Local: UNESP de Botucatu
Organização: NUTRIR - Grupo de
Nutrição de Ruminantes
Público Alvo Profissionais da área,
Produtores, Pesquisadores, Estudantes
O lll Simpósio de Nutrição de Ruminantes - Internacional - abordará
especificamente o assunto “Saúde
do Rúmen” e contará com a presença de renomados pesquisadores
nacionais e internacionais, como
TG Nagaraja, Fredric Owens, Clinton
Krehbiel, na área de Nutrição de
Ruminantes.
E-mail: [email protected]
Site: www.fca.unesp.br/nutrir
Agrishow Ribeirão Preto 2007
Local: Pólo de Desenvolvimento
Tecnológico dos Agronegócios do
Centro - Leste Anel Viário Km 321,
em Ribeirão Preto/SP
integrando o calendário oficial das
Feiras e Exposições do Estado de
São Paulo. Para os dez dias de
Feira, o público estimado é de 300
mil pessoas que visitarão o Recinto de Exposições “José Oliveira
Site: www.agrishow.com.br
Oficializado ASPACO
De 3 a 6 de maio
EXPOGUARÁ – Guaratinguetá
Oficializado ASPACO
De 3 a 6 de maio
Ilha Solteira
Oficializado ASPACO
De 18 a 27 de maio
Franca
Oficializado ASPACO
De 23 a 27 de maio
2ª Expo Porto de Caprinos e Ovinos
Porto Feliz - SP
Informações: (15) 3262-9386
E-mail: [email protected]
Site: www.expoporto.com.br
Ranking Cabanha do Ano ASPACO
Dias 24 e 25 de maio
3º Simpósio sobre Enfermidades de
Caprinos e Ovinos
Organização: CPDSA / Instituto
Biológico
Informações: Maristela Cardoso (11)
5087-1773 / Maria do Carmo (11)
5087-1779
Site: www.biologico.sp.gov.br
De 07 a 17 de junho
FAPI – Ourinhos
V Campeonato
Cordeiro Paulista
Vem aí o V Campeonato
Cordeiro Paulista que terá seu
encerramento durante a EXPOVELHA 2007. Contamos
com a participação de todos
neste evento que tem como
objetivos divulgar nossos produtos, conhecer a performance
das diferentes raças no desempenho de engorda dos cordeiros
em confinamento, promover
o consumo de carne ovina e,
principalmente, congregar os
produtores.
Os cordeiros participantes
terão que ser machos nascidos no mês de maio ou junho.
Portanto, se preparem para
selecionar os animais que irão
participar da prova.
Em breve estaremos divulgando o regulamento e local de
realização deste V Campeonato
Cordeiro Paulista. Aguardem!
Prado” (área total 107.438 m2),
prestigiando o que de melhor o
evento oferece. A FACILPA é uma
realização da Associação Rural de
Lençóis Paulista (ARLP), contando
com o apoio da Prefeitura Munici-
pal. Como todo ano, a ovinocultura
se fará presente com a exposição de
animais de diversas raças, leilões e
julgamentos. A FACILPA faz parte
do Ranking Cabanha do Ano 2007
da ASPACO.
Oficializado ASPACO
De 13 a 17 de junho
São José do Rio Preto
Oficializado ASPACO
De 10 a 19 de agosto
EXPOJAÚ – Jaú
Oficializado ASPACO
De 19 a 23 de junho
FEICORTE
Local: Centro de Exposições Imigrantes/SP
Organização: Agrocentro
Setembro - data a confirmar
2º EXPOBRAGANÇA – Bragança
Paulista
Oficializado ASPACO
De 1 a 04 de julho
Pindamonhangaba
Oficializado ASPACO
De 6 a 15 de julho
EXPOVINOS – Araçatuba
De 6 a 15 de julho
25ª FAPIJA – Jacareí
Oficializado ASPACO
Agosto - data a confirmar
2º Santa Inês Show – Serrana
Agosto - data a confirmar
Votuporanga
Oficializado ASPACO
De 2 a 14 de agosto
Tupã
Lins
Oficializado ASPACO
EATEC – São João da Boa Vista
Oficializado ASPACO
De 3 a 8 de setembro
Adamantina
Oficializado ASPACO
Outubro - data a confirmar
XX EXPOVELHA – Lençóis Paulista
- final
De 1 a 11 de novembro
Grand EXPOBAURU – Bauru
Novembro - data a confirmar
2º Dorper Indor – Jaguariúna
Oficializado ASPACO
o ovelheiro
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Associados elegem nova diretoria para biênio 2007/2008
No último dia 03 de março ocorreu a eleição da nova
diretoria da Aspaco para o
biênio 2007/2008. Somente
uma chapa foi apresentada e,
consequentemente, aclamada
como eleita.
Na oportunidade, o presidente reeleito, Arnaldo dos
Santos Vieira Filho, discorreu,
através de um breve relato,
sobre as atividades da entidade, incluindo as melhorias e
progressos.
Os presentes aplaudiram a
nova diretoria e, ao final, todos
participaram de uma foto.
Abaixo segue a composição da nova diretoria:
Presidente: Arnaldo dos Santos Vieira Filho
1º Vice Pres.: Paulo César
Rebeis Farha
2º Vice Pres.: Luís Roberto
Dias da Silva
1º Secretário: Carmen Cecília
Sicherle
2º Secretário: Carlos Antonio
Pistoni
1º Tesoureiro: Francisco Manoel Nogueira Fernandes
2º Tesoureiro: Fernanda Lara
Pupo
Conselho Fiscal
Efetivos:
Lúcio Flavio Barbosa Frazilli
Alfredo Ferrari Filho
Gilson Carlos Bargieri
Suplentes:
Carlos Orlando Carraro
Bruno Garcia Moreira
Wilson Garcia
Diretor Técnico: Márcio A.
Gomes de Oliveira
Diretor de Eventos: André
Camargo Assumpção
Diretor Regional: Willem
Alexandre Garcia Bortotti
XV Leilão de Verão
Foi realizado no dia 3, sábado,
no Recinto da Pratânia Leilões
Rurais, o XV Leilão de Verão da
Aspaco. O evento reuniu muitos
criadores que acompanharam o
leilão das matrizes e reprodutores comerciais e registrados,
das raças Suffolk, Ile de France,
Hampshire Down, Texel, Dorper,
White Dorper e Santa Inês.
O evento foi realizado e organizado pela Pratânia Leilões
Rurais e pela própria Aspaco,
apresentando os seguintes resul-
tados: 48 lotes comercializados,
num total de 231 animais, com
um faturamento de R$ 45 mil.
O I Leilão de Verão da Aspaco
aconteceu em março de 1993,
com a finalidade de permitir a
compra de reprodutores por parte
de novos criadores e daqueles
que, urgentemente, necessitavam
concluir suas estações reprodutivas. Os objetivos de ontem são os
mesmos de hoje: difundir a ovinocultura e atender os criadores
e associados.
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Março/Abril
o ovelheiro
O desmame de cordeiros
A desmama, definida como
a supressão total da ingestão de
leite pelo cordeiro, é efetuada
nas mais distintas formas, conforme os sistemas de produção
empregados nas diversas regiões criatórias do mundo.
CAÑEQUE et al. (1989)
consideram três sistemas de
desmama: precoce, semi-precoce e tardio. O precoce refere-se
à separação do cordeiro na faixa
de 21 a 45 dias; o semi-precoce
de 60 a 100 dias; o tardio de 100
a 150 dias de idade.
A desmama tardia é típica
dos sistemas extensivos de
criação, ao passo que a precoce
se ajusta tanto aos casos das
explorações leiteiras, como dos
sistemas intensivos de produção
de carne. No caso específico
das novas áreas de criação, nas
quais as condições climáticas
indiquem a necessidade da implantação do confinamento, em
virtude das altas cargas parasitárias da pastagem, a desmama
precoce, efetuada ao redor dos
45 dias, é a indicada.
Ressalta-se, porém, que
qualquer sistema de desmama
poderá revestir-se de êxito, ou
não, independentemente da idade. Há que se levar em consideração os aspectos relacionados à
fisiologia e ao desenvolvimento
do aparelho digestivo do jovem
animal, adequando a cada caso,
o manejo e a alimentação. Um
outro ponto a ser analisado, é a
curva de lactação da ovelha.
O pico da produção de leite
ocorre entre a terceira e quarta
semana após o parto, sendo
que 75% do total da lactação
é produzido nas oito primeiras
semanas (JORDAN e HANKE,
1977). Sendo assim, não se
justifica um prolongamento
excessivo do período de ama-
mentação, tendo em vista que,
concomitantemente à diminuição da secreção láctea, ocorre,
simultaneamente, o aumento
das necessidades de ingestão
de matéria seca por parte do
cordeiro, em virtude de seu
crescimento, fato que o força a
apressar a substituição paulatina
da dieta líquida pela sólida.
Apesar de o desenvolvimento ruminal acompanhar o
do organismo como um todo,
sua velocidade, a partir da terceira semana de idade, depende
sobretudo do consumo de alimento sólido (CAÑEQUE et al.
1989). É conveniente, portanto,
que se lance mão de artifícios
que acelerem o condicionamento ao consumo precoce de
alimento seco.
A utilização do “creep-feeding”, em local com acesso
exclusivo a eles, é uma prática
viável. Os animais deverão ter
o suplemento à disposição, a
partir de aproximadamente 10
dias de idade.
Visando a obtenção de bons
resultados com a aplicação
desta técnica, a dieta oferecida
no “creep-feeding” deve ser
palatável, com alto nível energético, proteína bruta na faixa
de 12 a 14% e adequado teor
de minerais, especialmente o
cálcio, tendo em vista que os
grãos o contêm em quantidade
insuficiente para atender às
necessidades dos ovinos (NRC,
1985). Entre tantas dietas possíveis de serem formuladas com
os mais distintos ingredientes
disponíveis, apresenta-se, como
exemplo, uma bastante simples,
composta por: 88,5% de grãos
de milho moído, 10,0% de farelo de soja, 1,0% de calcáreo
calcítico e 0,5% de premix
mineral.
JORDAN e GATES (1961)
estudaram o efeito de diferentes combinações em termos
de suplementação alimentar
de ovelhas e seus respectivos
cordeiros, sobre o desempenho
dos últimos, durante a fase de
amamentação. Quando apenas
as mães forem suplementadas
com feno, o ganho de peso
diário dos filhotes foi de 0,15
kg. Ao se adicionarem grãos ao
feno das matrizes, o ganho das
crias passou para 0,20 kg por
dia. Por outro lado, os grupos de
cordeiros que tiveram acesso ao
“creep-feeding” ganharam 0,30
e 0,33 kg ao dia, respectivamente, nos tratamentos em que as
ovelhas receberam feno e feno
mais grãos.
O consumo de alimento
dos cordeiros, entre duas e seis
semanas de idade, é afetado
pela palatabilidade da ração e
pelas condições do “creep”, o
qual deve ser de fácil acesso,
com boa luminosidade, localizando-se próximo ao ponto
preferencial de descanso do
rebanho. Até quatro semanas
de idade, os filhotes preferem
ração farelada; após quatro a
cinco semanas aceitam dietas
peletizadas, podendo consumir
grãos inteiros, a partir da quinta
semana (NRC, 1985).
A eficácia da desmama precoce depende da evolução anatomofisiológica do aparelho
gástrico do jovem ruminante,
o ovelheiro
Março/Abril
se o manejo pré e pós supressão
da dieta láctea são condizentes
com o sistema de desmama que
se quer adotar.
Neste sentido, CAÑEQUE
et al. (1989) afirmam que o
peso de 12 kg à desmama é
uma referência que assegura
que o cordeiro já apresenta
um desenvolvimento ruminal
suficiente para prescindir do
leite. Ao redor deste peso, o
consumo de concentrado no
determinada pelas variações dos
padrões ingestivos, mais notadamente da proporção de alimento
líquido (leite) e sólido.
O rúmen e o retículo do
ovino recém-nascido, comparativamente ao adulto, apresenta
capacidade relativamente inferior ao abomaso, observando-se,
no entanto, rápido desenvolvimento ao longo das semanas
subsequentes ao parto. Considerando-se ovelhas paridas
em condições de pastagem, os
cordeiros começam a ingerir o
capim entre 10 e 14 dias e, aos
30 dias, e essa quantidade já é
significativa. Essa situação propicia ao animal atingir precocemente a condição de ruminante,
quando comparado aos indivíduos que só mamam (DUKES
e SWENSON, 1977).
Vislumbra-se que a questão
da idade de desmama reveste-se, como todos os aspectos biológicos, de uma certa
complexidade ou dinamismo
dos fatores envolvidos. Dessa
forma, a idade em si, ocupa
papel secundário, devendo-se
considerar, em primeiro lugar,
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“creep feeding” deverá estar na
faixa de 200 a 300 g/dia, fato
que propiciará uma sequência
normal do crescimento, na fase
pós-desmama.
Fonte: A Criação de Ovinos
Deslanados
SIQUEIRA, Edson Ramos
Série Ovinocultura – Manual 409
CPT – Centro de Produções
Técnicas
Viçosa – MG
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Março/Abril
o ovelheiro
Nossos técnicos no exterior
O tempo de domesticação
da espécie ovina, a diversidade dos sistemas de produção
e a variedade de tipos e raças
fazem da ovinocultura, talvez,
a atividade mais difundida.
Conhecer a ovinocultura
mundial com todos os seus
detalhes e diferenças é uma
missão praticamente impossível. Conhecer, no entanto,
a atividade de produzir carne,
lã ou leite ovinos em alguns
continentes é um privilégio
de poucos. Mas, pode-se dizer
que os inspetores técnicos
paulistas fazem parte deste
seleto grupo.
O Engenheiro Agrônomo
Giancarlo Antoni, credenciado
pela ARCO em 1989, é o mais
experiente quando se trata da
ovinocultura fora do Brasil.
Tudo começou quando passou
seis meses entre a Austrália e
a Nova Zelândia, durante sua
lua-de-mel. Unir o passeio e
a aquisição de conhecimentos e experiências na criação
de ovinos foi o objetivo do
casal. Por isso, escolheram
os maiores produtores de lã e
carne ovina do mundo. Quando voltaram, Gian e Flávia
fizeram questão de passar aos
colegas técnicos e criadores o
que viram. Em 10/05/1992 a
ASPACO organizou um dia de
campo na Faz. Bela Vista, em
Dourado/SP, com o título “A
Ovinocultura Atual na Nova
Zelândia & Austrália”. As
imagens trazidas desta experiência só vieram comprovar
o que muitos já tinham ouvido
falar, ou seja, o eficiente sistema extensivo de produção
de lã com enormes rebanhos
Merino na Austrália e a organizada cadeia de produção de
carne ovina na “irritantemente
verde” (como diz Giancarlo
em um de seus cartões postais)
Nova Zelândia. Esta viagem
também gerou negócios.
Giancarlo esteve diretamente ligado à primeira importação de ovinos da raça
Poll Dorset no Brasil. Ele
mesmo escolheu na Nova Zelândia os animais trazidos em
11/04/1991 pelo Sr. Roberto
Luiz Emanoel Bianchi e Sr.
José Sabó Filho, de Itatiba/SP.
Em Outubro de 2005, a convite do criador Gilson Carlos
Bargiere, Itanhaém/SP, Giancarlo volta à Austrália e vai à
África do Sul, dando assessoria na compra de embriões da
raça Dorper, White Dorper e
Poll Dorset, além de caprinos
Boer. Ele conheceu o berço
do Dorper, acompanhando especialistas como Nico Botha,
John & Marion Dell, Tien &
Margaret Jordaan, Ron Van
der Merwer, Dr. Jean C. Van
Niekerk entre outros.
Em abril de 2006, novamente foi realizada outra reunião técnica, na Faz.
Bargieri, em Itanhaém/SP,
onde Giancarlo relatou suas
experiências para os demais
inspetores do Estado de São
Paulo. O aspecto mais importante desta viagem, segundo o
técnico, foi comprovar a adaptabilidade dos ovinos Dorper e
caprinos Boer ao ambiente que
é muito parecido com o nosso
semi-árido.
Recentemente, a convite
do Sr. Mário Nagao, Inhumas/
GO, em Novembro de 2006,
Giancarlo volta à África do
Sul e Nova Zelândia para uma
atualização técnica em Centros
de Pesquisa, Universidades,
Centrais Genéticas, Fazendas
Modelos, Exposições como
Royal Show da Nova Zelândia
e Empresas Privadas.
Depois de rápidas passagens pelo Uruguai, durante o Congresso Mundial da
Raça Merino Australiano em
1994 e visitas em criações
na fronteira com objetivo de
adquirir matrizes no Projeto
de Expansão da Ovinocultura
Paulista em 1998, o Zootecnista e Diretor Técnico da
ASPACO Márcio Oliveira
aceitou o convite para julgar
ovinos no México. Indicado
pelo editor da revista Cabra
& Ovelha, Rodrigo Rosso, e
a pedidos do Presidente da
Associação de Criadores de
Ovinos do Estado de Querètaro, Xavier Lara, Márcio e
Melissa, também zootecnista
da associação paulista, embarcaram para o México no
último dia 14 de dezembro.
Confortado pelos contatos
iniciais com Lara, que falou
da semelhança dos ovinos
mexicanos com os deslanados
brasileiros, Márcio se deparou
com raças que só conhecia na
literatura. Classificou os animais das raças Dorper, Black
Belly, Pelibuey e Katahdin.
Estas são consideradas pelos
mexicanos raças de pêlo, que
possuem pouca lã, como o
Dorper, ausência de lã, como
o Black Belly e Pelibuey, ou
lanugem entremeada aos pêlos
como o Katahdin, a raça, de
origem americana, mais criada
no México. Apesar do uso de
uma divisão em categorias
adaptada de nosso regulamento para a raça Santa Inês,
algumas diferenças tornaram
o trabalho de classificação
bastante cansativo, segundo o
Inspetor, como por exemplo,
ordenar quase 40 animais em
uma categoria. Para esclarecer
o ovelheiro
dúvidas quanto aos padrões
raciais, Márcio contou com
a gentil colaboração de seu
secretário, Daniel Morales,
um Inspetor de registro da
associação local. Os aspectos econômicos da avaliação
seguiram os padrões brasileiros, valorizando os animais
de boa conformação carne,
bons aprumos e harmonia do
conjunto, que levam a crer na
eficiência produtiva e reprodutiva dos exemplares.
A exposição de ovinos em
Querètaro é uma das maiores
do México. Além das raças
já mencionadas, os mais de
1.000 exemplares expostos
incluíram ovinos das raças
Suffolk, Dorset Dowm, Hampshire Down, Poll Dorset, Texel, Rambouillet, Charolês,
Romanov e a leiteira holandesa Frisian. Com exceção
da Frisian, as demais raças,
entre outras que não se apresentaram no evento, estão
direcionadas para a produção
de carne. A cadeia deste produto enfrenta, no entanto, os
mesmos problemas vistos no
Brasil: produção despadronizada, quantidade abaixo do
que o mercado consumidor
Março/Abril
exige, falta de organização
dos produtores e pequeno
incentivo governamental. Devido à baixa pluviosidade e à
baixa qualidade das pastagens,
as raças de pêlo, como o Pelibuey, Black Belly e Katahdin,
brasileiro. Haja visto o interesse dos mexicanos pelo
Santa Inês. O Zootecnista
Márcio ainda conta como
curiosidades do julgamento
n o M éx ico o C a mp e o n ato
Supremo e o Campeonato dos
têm grande importância. São
raças adaptadas a tais condições ambientais, assim como
o Santa Inês, Morada Nova
e demais deslanados autóctones conseguem sobreviver
às precariedades do nordeste
“Niños”. O primeiro trata-se
do prêmio máximo disputado
entre os grandes campeões de
cada raça e entre e as grandes
campeãs de cada raça. Nestes
casos o jurado brasileiro e o
canadense Donald Acres, que
classificou os ovinos das raças
Poll Dorset, Suffolk e Hampshire Down, escolheram, em
consenso, o melhor macho e
a melhor fêmea da exposição.
Outro canadense, Tresholm
Nelson, julgou os “ninõs”,
outra competição que avaliou
os apresentadores mirins,
normalmente, os filhos dos
expositores. Na simulação de
um julgamento, crianças de
quatro a quatorze anos puxaram e arrumaram seus animais
e no final foram classificadas,
recebendo prêmios que incentivam pais e filhos para o
trabalho na ovinocultura.
Os mais novos inspetores
técnicos em São Paulo, também, têm suas experiências no
exterior. O Zootecnista Gustavo Martins Ferreira esteve,
em maio de 2006, juntamente
com o Presidente da ASPACO,
Arnaldo dos Santos Viera
Página 09
Filho, em Bogotá, Colômbia.
Gustavo apresentou as palestras “Manejo Reprodutivo de
Ovinos” e “Manejo de Cria e
Recria” durante o Seminário
Internacional ALICOBRA,
Aliança Colômbia/Brasil.
Com uma ovinocultura menos
desenvolvida, Gustavo mais
ensinou. No entanto, conheceu
os rebanhos nativos, também
deslanados, formados a partir
da raças Sudam, Pelibuey e
Absínio. O técnico preconizou, portanto, que os rebanhos
adaptados devam ser utilizados como raças-mãe, onde as
raças tipo carne, como o Cheviot e o Poll Dorset, trazidos
do México, seriam utilizados
no cruzamento industrial. O
intercâmbio com criadores
brasileiros provocou o interesse dos colombianos na importação de reprodutores Santa
Inês, Dorper e Suffolk.
O Inspetor Francisco Fernandes trabalha na ovinocultura paulista desde 1984.
Conheceu a ovinocultura uruguaia em agosto de 1990 no
III Seminário Técnico de Produção Ovina, em Payssandu.
Ainda como Presidente da ASPACO, foi um dos responsáveis pelo projeto acima citado
de expansão da atividade em
São Paulo. Assim, junto com
o Diretor Técnico Márcio,
Francisco percorreu criações
do sul do país e Uruguai tentando viabilizar a compra de
matrizes comerciais para o
financiamento de pequenos e
médios produtores. Conhecer
estes sistemas extensivos de
produção vale a pena, pela
simplicidade e viabilidade
econômica, fazendo da ovinocultura do extremo sul do
continente uma das atividades
rurais mais importantes.
Certamente as experiências vivenciadas por estes profissionais contribuem com a
ovinocultura paulista e brasileira, mas permitem concluir,
também, que nossa atividade
tem identidade própria e podemos servir de exemplo para
muitos.
Página 10
Março/Abril
o ovelheiro
Feinco 2007 bate recordes e se fixa como grande feira
de negócios do setor de caprino-ovinocultura
A 4ª edição da Feira Internacional de Caprinos e Ovinos
(Feinco), realizada de 13 a 17 de
março, no Centro de Exposições
Imigrantes, em São Paulo, atingiu números recordes e provou
a vocação do Estado como pólo
produtor de ovinos e caprinos.
Durante os cinco dias do evento,
cerca de 30 mil pessoas estiveram presentes na, comprovada,
maior feira de negócios do setor
na América Latina. Participaram da Feinco mais de 3,5 mil
animais de 20 diferentes raças,
entre ovinos e caprinos, 150
expositores e 200 criadores,
reunidos em uma área de aproximadamente 22 mil m².
Os oito leilões realizados
também bateram recordes de
negociações e entraram para a
história das melhores vendas
das raças, totalizando mais de
R$ 4,6 milhões em negócios,
superando a marca de R$ 2,6
milhões negociados nos leilões
do ano passado (2006).
Para o Presidente da Associação Paulista de Criadores de
Ovinos (ASPACO) e da Câmara
Setorial de Caprinos e Ovinos do
Estado de São Paulo, Arnaldo
dos Santos Vieira Filho, o evento termina com saldo positivo
para a atividade. “Foram cinco
dias de debates, discussões e
reuniões em prol do desenvolvimento da ovino-caprinocultura.
É um setor que caminha a passos
largos. Mais que uma vitrine, a
Feinco trabalha a cadeia produtiva e é uma grande geradora
de negócios, que abre portas no
mercado nacional e internacional”, completa o presidente da
Aspaco.
O stand da Aspaco, localizado ao lado das pistas de
julgamentos, mais uma vez foi
muito visitado por associados
e interessados em ovinocultura
que puderam contar com toda a
infra-estrutura para fazer negócios, se atualizar e obter maiores
informações sobre a área, com o
auxílio de zootecnistas e veterinários que ficaram à disposição
os cinco dias do evento.
De acordo com o diretor do
Agrocentro, a Feinco provou
mais uma vez que a caprinoovincultura é um excelente
negócio, com boas perspectivas
para o futuro. “A criação de
ovinos e caprinos no Brasil
vem se desenvolvendo em larga
escala. O Brasil já é o 8º maior
criador de caprinos e ovinos no
mundo, com rebanho superior a
30 milhões de cabeças. Aliás, os
surpreendentes números da atividade despertam cada vez mais
os interesses de empresários de
fora do agronegócio, atraídos
pelo retorno financeiro e pelas
opções de investimento oferecidas. E a Feinco veio justamente
para levantar estas necessidades
e impulsionar cada vez mais o
desenvolvimento do setor”, ressalta Décio Ribeiro dos Santos,
diretor do Agrocentro, empresa
promotora da Feinco.
Dezenas de novos investidores estiveram presentes à Feinco
e a partir dos negócios realizados nos remates durante a feira,
adquiriram animais e estrearam
na criação de caprinos e ovinos.
Entre os novatos na atividade, o
ator global Tarcísio Meira, que
atualmente é criador de bovinos, ganhou um filhote da raça
Dorper do criador Valdomiro
Poliselli Júnior, numa forma
de incentivo para que o mesmo
entre no ramo.
Destaque, ainda, para a visita
de 14 delegações estrangeiras,
entre elas Dinamarca, Equador,
Bolívia, Argentina, Estados Unidos e México, que estiveram em
São Paulo, acompanhando o que
há de melhor em genética, sanidade, manejo, nutrição, equipamentos, cursos, leilões, exposições de animais, workshops,
palestras, culinária, debates,
julgamentos, torneios, entre
diversas outras atividades.
Julgamentos
A equipe da Aspaco, composta por mais de 30 pessoas,
também esteve presente na
organização e realização dos
julgamentos das raças: Santa
Inês, Dorper, White Dorper,
Texel, Ile de France, Pool Dorset e Suffolk. Foram mais de
1.200 animais julgados por seis
juízes.
Acompanhe os resultados
dos Grandes Campeonatos (em
nosso site www.aspaco.org.br
estão disponíveis os resultados
completos):
Raça: Santa Inês
Grande Campeão: F.V.A. 179
Criador e Expositor: Cornélio de
Almeida Brennand
Reservado Grande Campeão:
Do Tingui 3745
Criador: Ricardo José Schmidt
Falcão
Expositor: União Nacional
Grande Campeã: Carpa 1530
Criador e Expositor: Carpa
Serrana
Reservada Grande Campeã: Da
Estrela 870
Criador: José Carlos Silva Penna
Progênie Mãe
Grande Campeão:
Di Lari Ragusa TE 1076
Di Lari Ravena TE 1078
Criador: João Carlos Pedreira
Andrade
Reservado Grande Campeão
Dubom Paschoal 088
Dubom Xodó TE 134
Criador: Agropecuária Dubom
Ltda
Expositor: Walter Paulo Detoni
Progênie Pai
Brasil Saga TE 54
Brasil Pancada TE 15A
Estância Dolly TE 2089
Brasil Pátria TE 52
Criador e Expositor: Fred Bezerra
Melado do BD Angel 258
Cafula 1775
Melado do BD Raissa 248
Melado do BD 236
Criador: Bival Dantas de Souza
ou Cafula Agropecuária Ltda
Melhor criador: Cornélio de
Almeida Brennand
Melhor expositor: União Nacional
Raça: Dorper
A primeira grande Exposição
Nacional da Raça Dorper teve
como palco a IV FEINCO.
Acompanhe os resultados dos
julgamentos:
Grande Campeão: F.B.J. TE
Grafite 105
Criador e expositor: Rolderick
Lins de Brito
Caroata BA TE 195
Criador: Luiz Felipe Brennand
Expositor: Cornélio Coimbra de
Almeida Brennand
Grande Campeã: V.P.J. Dorper
TEI 076-BD
Criador e expositor: Valdomiro
Poliselli Júnior
Reservada Grande Campeã:
V.P.J. Dorper TEI BD 402
Poliselli Júnior
Progênie Mãe
Grande Campeã:
Poliselli Júnior
Reservado Grande Campeã
Poliselli Júnior
Progênie Pai
Poliselli Júnior
Poliselli Júnior
Melhor criador e expositor:
Valdomiro Poliselli Júnior
Raça: White Dorper
Grande Campeão: V.P.J. WDorper TE 315 WD
Poliselli Júnior
V.P.J. WDorper WD 510
Poliselli Júnior
Grande Campeã: V.P.J. WDorper TE 232-WD
o ovelheiro
Criador e expositor: Valdomiro Poliselli Júnior
V.P.J. WDorper TE WD 559
Progênie Mãe
Grande Campeã
Progênie Pai
Grande Campeã
V. P. J . W D o r p e r T E W D
514
V.P.J. WDorper WD 509
V.P.J. WDorper 614-WD
Valdomiro Poliselli Júnior
Março/Abril
Raça: Texel
Grande Campeão: Surgida 159
Criador: Erivon Silveira de
Aragão
Expositor: José Roberto Sobral
S.F.B. 095-06-S
Criador e expositor: Cláudio
Marcelo Borja
Grande Campeã: S.F.B. 09406-S
Marcelo Borja
S.F.B. 093-06-S
Marcelo Borja
Cláudio Marcelo Borja
Melhor criador: Décio Jacques
César
Melhor expositor: Renata Elisa
Green/ Bruno F. Sales Santos
Raça: Ile de France
Grande Campeão: Paris 330
Criador e expositor: Luís Henrique Fernandes
Macena 391
Criador e expositor: Marcelo
Spinelli Grazziotin
Grande Campeã: César 990
Criador: Décio Jacques César
Expositor: Renata Elisa Green/
Bruno F. Sales Santos
CESAR 984
Criador: Décio Jacques César
Expositor: Renata Elisa Green/
Bruno F. Sales Santos
Panda 04-288
Criador e expositor: Paulo
Roberto S. Dzierwa e Emílio
Dzierwa
Raça: Suffolk
Grande Campeão: Joá 057
Criador e expositor: Marcelo
H. Hannud
Panda 05-344
Dzierwa
Grande Campeã: Panda 04299
Dzierwa
Página 11
Melhor criador e expositor: Paulo Roberto S. Dzierwa e Emílio
Dzierwa
Raça: Poll Dorset
Grande Campeão: Tattykell
454-04
Criador e expositor: Gilson
Paulo Pozzer Predebon
Panda 05-736
Dzierwa
Grande Campeã: Panda 05-695
Criador e expositor: Paulo Roberto S. Dzierwa e Emílio Dzierwa
Panda 06-838
Dzierwa
Melhor criador e expositor: Paulo Roberto S. Dzierwa e Emílio
Dzierwa
Página 12
Março/Abril
o ovelheiro
Nhoque de Batata Doce com Ragú de Cordeiro
ingredientes:
- 1 unidade de cebola
- 1 unidade de cenoura
- 2 talos de salsão
- 50 ml de azeite
- 1 copo de vinho branco
- 600 gr de filé de cordeiro
- 200 ml de caldo de carne
- 400 gr de tomate pelado
- 600 gr de tomate
- quanto baste de sal
- quanto baste de pimenta-do-reino branca
Massa
- 1 kg de batata
- 1 kg de batata doce
- 1 kg de farinha de trigo
- 2 unidades de ovo
Modo de preparo:
Molho
Corte em pedacinhos pequenos a cebola, o
salsão e a cenoura.
Refogue com azeite de oliva, acrescente o cordeiro já cortado em pequenos
cubos e deixe dourar.
Banhe com vinho branco e deixe
evaporar. Acrescente o caldo de carne.
Quando estiver seco, acrescente os tomates
pelados e os tomates frescos sem pele e
sem sementes e salgue.
Deixe cozinhar por mais ou menos 30
minutos em fogo médio, mexendo de vez
em quando
Nhoque
Cozinhe a batata e a batata doce
separadamente. Ainda morna retire a casca
e esprema.
Em uma superfície lisa, misture as batatas, acrescente 400 g de farinha, os ovos e o sal.
Misture tudo sem mexer muito.
Polvilhe a farinha na superfície lisa e com as
mãos enrole a massa aos poucos como se fossem
cobrinhas.
Corte em pedaços pequenos e coloque em uma
forma polvilhada de farinha.
Montagem
Cozinhe os nhoques em água fervente e salgada,
retire-os e acrescente o molho deixando no fogo por
um minuto.
Coloque em um prato e sirva.

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