6. Modelo Burocrático Conteúdo 1. Burocracia 2. Teoria da
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6. Modelo Burocrático Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO Conteúdo 1. Burocracia 2. Teoria da Burocracia 3. Tipos de Sociedade 4. Tipos de Autoridade 5. Características da Burocracia segundo Weber 6. Disfunções da Burocracia 7. Modelo Geral da Burocracia 8. Graus de Burocratização nas Organizações 9. Vantagens da burocracia Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: “Administração - Teoria, Processo e Prática” Chiavenato, Idalberto - Editora Campus “Introdução à teoria Geral da Administração” Chiavenato, Idalberto - Editora Campus “Teoria da Administração - Curso Compacto” Barris Neto, João Pinheiro de - Editora QualityMark Site para Consulta Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas- Sebrae www.sebrae.com.br Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 1. Burocracia A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins), para que se obtenha o máximo de eficiência possível para no alcance desses objetivos. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 2 1. Burocracia Continuação A etimologia da palavra burocracia tem origem nos componentes lingüísticos francês, bureau: escritório e grego, krátos: poder. O termo latino burrus, que indica uma cor escura e triste, teria dado origem à palavra francesa bure, usada para designar tecido posto sobre as escrivaninhas das repartições públicas. Desse hábito vem a palavra bureau, que no início significava as mesas cobertas por este tecido e, depois passou a ser usada para designar todo o escritório. Já o termo krátos vem do grego e significa poder. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] 1. Burocracia UNIRIO Continuação O termo bureaucratie, (burocracia) é creditado a economista francês, ministro do governo no século XVIII, Jean-Claude Marie Vincent, Seigneur (Marquês) de Gournay (1712-1759). A palavra burocracia dá a idéia do exercício do poder por meio dos escritórios e das repartições públicas. Esse termo passou a ser usado para se referir, de forma crítica, a todas as repartições públicas. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 3 2. Origens da Teoria da Burocracia A partir de 1940, surgiram críticas à teorias clássicas, pelo sei excesso de mecanicismo e à teoria das relações humanas, pelo seu romantismo ingênuo. Alguns estudiosos foram buscar na obra do economista (já falecido) Max Weber inspiração para uma nova teoria, mais sólida e mais abrangente, que servisse de orientação para o trabalho do administrador. Surgiu assim a Teoria da Burocracia na Administração Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] 2. Origens da Teoria da Burocracia UNIRIO Continuação Max Weber Emil Maximillian Weber (Max Weber) nasceu em Erfurt, Alemanha no dia 21 de abril de 1864. Era o filho mais velho de Max Weber, um jurista protestante e Helene Fallenstein, que era calvinista. Em 1882 estudou Direito, Economia Nacional, Filosofia e História e em seguida, fez doutorado em Direito Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 4 2. Origens da Teoria da Burocracia Continuação As origens da burocracia, como forma de organização humana, remontam à Antiguidade. Mas a burocracia, tal como existe hoje, com base no moderno sistema de produção, assim como o capitalismo e a ciência moderna, constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir de mudanças religiosas verificadas após o Renascimento nos países protestantes. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] 2. Origens da Teoria da Burocracia UNIRIO Continuação A Teoria da burocracia desenvolve-se por volta da década de 40 em decorrência de: 1. A fragilidade e a parcialidade das teorias Clássica e das Relações Humanas, apesar de oponentes e contraditórias, apresentavam uma visão extremista e incompleta sobre as organizações. 2. A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar todas as variáveis da organização e o comportamento de todos seus membros. 3. O crescimento e a complexidade das organizações passou a exigir modelos mais bem definidos. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 5 3. Tipos de Sociedade Para compreender a burocracia, Max estudou os tipos de sociedade os tipos de autoridade. 1. Sociedade tradicional: predominam as características patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval etc. 2. Sociedade carismática: predominam as características místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas nações em revolução etc. 3. Sociedade legal, racional ou burocrática: predominam de normas impessoais e racionalidade na escolha de dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, no exército etc, Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 4. Tipos de Autoridade Para Weber, autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido. A autoridade representa o poder institucionalizado e oficializado. Poder implica potencial para exercer influência sobre as pessoas. A autoridade proporciona poder: ter autoridade é ter poder mas ter poder nem sempre significa ter autoridade. Pois a autoridade depende da legitimidade. A autoridade é legítima quando aceita pelo grupo. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 6 4. Tipos de Autoridade Continuação Autoridade Permissão concedida, de forma legal a certos níveis da estrutura hierárquica, para que tomem decisões sobre assuntos visando atender os objetivos. É representada no organograma por diferentes meios. Poder É a habilidade inerente de uma pessoa, dentro da ciência do comportamento, utilizada para influir ou mudar o comportamento de pessoas de acordo com sua vontade. É a capacidade de induzir outras pessoas a aceitarem às ordens e a autoridade. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 4. Tipos de Autoridade Continuação Autoridade Tradicional Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa foi a maneira pela qual as coisas sempre foram feitas. Autoridade Carismática Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por causa da influência da personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam. Autoridade Legal, Racional ou Burocrática Os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 7 4. Tipos de Autoridade Continuação Carisma Termo usado anteriormente no sentido religioso, significando o dom gratuito de Deus, estado de graça etc. Werber e outros estudiosos passaram a usar este termo no sentido de uma qualidade extraordinária e indefinível de uma pessoa; é aplicado a líderes políticos, como Ghandi, Kennedy etc., a capitães de indústrias como Matarazzo, Ford etc. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 5. Características da Burocracia segundo Weber 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Caráter legal das normas e regulamentos. Caráter formal das comunicações. Caráter racional e divisão do trabalho. Impessoalidade nas relações. Hierarquização da autoridade. Rotinas e procedimentos estandardizados. Competência técnica e meritocracia. Especialização da administração que é separada da propriedade. Profissionalização dos participantes. Previsibilidade do funcionamento Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 8 6. Disfunções da Burocracia segundo Merton Para Weber a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas resumem-se na previsibilidade do seu funcionamento. Mas ao estudar as conseqüências previstas, Merton notou também que existem conseqüências imprevistas que levam à ineficiência e às imperfeições. Merton chamou imperfeições de disfunções da burocracia. Para Merton, não existe uma organização totalmente racional e o formalismo não tem a profundidade descrita por Weber. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 6. Disfunções da Burocracia segundo Merton Continuação 1. Internalização das normas e apego aos regulamentos 2. Excesso de formalismo e de papelório 3. Resistência a mudanças 4. Despersonalização do relacionamento 5. Categorização como base no processo decisorial 6. Superconformidade às rotinas e aos procedimentos 7. Exibição de sinais de autoridade, 8. Dificuldades no atendimento a clientes e conflitos com o público Imprevisibilidade do funcionamento Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 9 8. Modelo Geral da Burocracia Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 9. Vantagens da Burocracia 1. Racionalidade em relação ao alcance dos objetivos da organização 2. Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres. 3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos. 4. Univocidade (que só comporta uma forma de interpretação) de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. Por outro lado, a informação é discreta, pois é fornecida apenas a quem deve recebê-la. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 10 9. Vantagens da Burocracia Continuação 5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de custos e erros, pois as rotinas são definidas por escrito. 6. Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado. Além disso, os critérios de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica. 7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos outros. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 9. Vantagens da Burocracia Continuação 8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias. 9. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas, e os casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no sentido de excluir sentimentos irracionais, como amor, raiva, preferência pessoal, elimina a discriminação pessoal. 10. Benefícios para as pessoas na organização, pois hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas, podendo encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica. Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] UNIRIO 11 9. Graus de Burocratização nas Organizações No modelo burocrático de Gouldner, o processo burocrático é um ciclo instável que busca estabilidade e equilíbrio, mas que provoca tensões e conflitos interpessoais. Para Gouldner não existe um só tipo de burocracia mas uma infinidade, variando dentro de um continuum, que vai desde o excesso de burocratização até a falta de burocracia. Excessivamente Burocratizada Excesso de normas e regulamentos Simone Bacellar Leal Ferreira – [email protected] Muito pouco Burocratizada Escassez de normas e regulamentos UNIRIO 12
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