Histórico da Introdução da Cultura da OLIVEIRA no Brasil.

Transcrição

Histórico da Introdução da Cultura da OLIVEIRA no Brasil.
Histórico da Introdução da Cultura da
OLIVEIRA no Brasil.
Juliana Rolim Salomé Teramoto
Pesquisadora Científica
Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Instituto Agronômico de Campinas-IAC
Expo Azeite
São Paulo, 13 de setembro de 2010
Secretaria da Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo
Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios - APTA
Instituto Agronômico de Campinas - IAC
Mitologia
Na Grécia antiga – Reinado de Cécrope
Poseidon (Rei dos mares) x Atenas (Deusa da sabedoria)
Oliveira – símbolo de vitória, paz e prosperidade
Historicamente
A oliveira é originária do sul do Cáucaso (Irã, Síria e Palestina)
A mais antiga referência sobre a oliveira é datada do século 16 a.c - faraó
Ramses III
O Menorah que está do lado de fora do parlamento de Israel, o Knesset
Duas vezes diariamente, manhã e à tarde, um sacerdote trocava um pavio,
e enchia as luminárias com puro azeite de oliveira batido para as luminárias
(Ex 30:7).
Ainda hoje os judeus usam o puro azeite de oliva (zayit de shemen) para
iluminar o menorah no Hanukkah,
.
Na Bíblia, o azeite é seguidamente representado como medicamento,
chegando ao ponto de com nosso precioso vinho ser citado em Lucas 10:34
na Passagem do Bom Samaritano: "E aproximando- se, atou-lhe as feridas,
deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o
para uma estalagem e cuidou dele." Desnecessário seria lembrar aos
cristãos que Jesus passa sua última noite em liberdade no Getsêmani, que
significa lagar do azeite, do qual surgiu a interpretação do Monte das
Oliveiras.
Distribuição Geográfica Mundial de Áreas
Crescentes- Produção de Oliveira
Fonte: International Olive Council
áreas de crescimento
Dispersão da Oliveira pelo Mundo
Séc 16 aC, 14
aC, 4 aC
Século 16 - 12 a.C
Por volta de 2000 a.C
Histórico
Testemunho da importância do azeite entre a população do alantejo
encontra-se na carta assinada por R. ao clérigo Osberto de Bawdesey,
que narra a conquista de Lisboa em 1147 e descreve: “saqueada a cidade,
foram encontradas em fossas cerca de 8.000 cargas de trigo e cevada ,
enquanto as de azeite eram de 12.000 sextarios”.
-
Intensificação da exploração da terra - Mancha de olival séc. XIV
-
Séc. XV e XVI expansão ultramarina
-
Chegada ao Brasil Colônia
Ora pois Joaquim...
Temos mesmo que
consumir azeite de
Portugal, segundo
o Manuel da
Importadora no
Brasil não da
oliveira.
Tatatataravo 1560
Brasil
Vc não sabe o que
eu ouvi hoje
Joaquim Jr, tem
uns loucos
querendo plantar
oliveira no Brasil...
Tem gente que não
tem o que fazer
mesmo...
Mentalidade
de muitas
pessoas
2010
Histórico
-
Novo Crescimento da cultura só foi percebido após 1945, com o aumento
da imigração européia após 2ª Guerra Mundial.
-
Década de 40, 50 levantamento do Eng. Agrônomo Del Mazo (SP, PR,
SC, RS, MG, ES, RJ, MA)
Histórico no Rio Grande do Sul
Década de 40,50: plantio de 72.000 plantas de oliveira em Uruguaiana
Embaixador Batista Luzardo
45.000 oliveiras a margem do Jacui
200.000 plantas em Arroio Grande – Conde Matarazzo
500.000 Souza Coelho - Pelotas
2005: aprovação projeto pesquisa Embrapa Clima Temperado
J 25 unidades experimentais: 30 cultivares, 3 repetições = 90
árvores/experimento
J Zoneamento climático do estado;
J Banco germoplasma: 56 cultivares e 10 acessos desconhecidos
Histórico no Rio Grande do Sul
Área plantada: 400 ha (propriedades 3-15 ha)
Azeite: Arbequina, Koroneiki, Arbosana e Picual;
Mesa: Manzanilla, Cordovil de Sêrpa e Carolea; Galega = dupla finalidade.
Azeite virgem extra monovarietal - frutado verde (3,1) , picante (3,9);
amargo (2,2)
Problemas nas condições gaúchas – Coutinho (2010)
Falta de linha de crédito ao produtores;
Não registro de pesticidas para a cultura;
Falta normas para produção e comercialização de mudas;
Falta profissionais especializados para assistência técnica ao produtor.
Rio Grande do Sul
Década de 40, 50
Atualmente
Histórico em Santa Catarina
Década de 40,50: não houve grande esforço em prol da cultura, contudo
alguns trabalhos realizados pelo MAPA provaram que a cultura era
promissora na região
Atualmente: EPAGRI – Empresa de Pesquisa e Extensão Rural de Santa
Catarina
Tentativa de iniciar projeto durante 20 anos
2005: conseguiu financiamento para projeto de pesquisa:
J Coleta de material genético agricultores + Material Agromillora
J Zoneamento climático não concluído
Histórico em Santa Catarina
J Experimentos em 18 áreas no estado – Lages até norte do estado
J 08 áreas com sucesso: oeste e extremo oeste estado
J Máquina extratora: 10 kg/hora
Problemas em Santa Catarina – da Croce (2010)
Ventos fortes e chuvas de granizo
Problemas na extração do azeite
Poda: crescimento vigoroso em condições tropicais – poda durante todo ano
Histórico em Minas Gerais
Década de 40,50: Seção de Fomento do MAPA fornecia mudas aos
fazendeiros e a Secretaria procurava criar novas variedades.
Atualmente: EPAMIG – Empresa de Pesquisa e Agropecuária de Minas
Gerais
Área cultivada: 400 ha, com 200.000 plantas em vários municípios em 70
propriedades rurais.
Expectativa 2015: 4000 t de azeitona e 800 t de azeite (Oliveira 2010)
50% Arbequina; 20% Grapollo; 10% Maria da Fé; 10% Arbosana, Koroneiki
e Ascolana
Histórico em Minas Gerais
•
2009: produção de 50.000 mudas de oliveiras
•
Informe Agropecuário; Boletim e Circulares Técnicas
•
Banco de germoplasma – Mapeamento genético de 60 cultivares
•
2008: Registro de 33 cultivares no MAPA; e pedido de proteção a 04
cultivares
•
2009: Unidade piloto de extração de azeite – 100 kg/hora
Minas Gerais
Década de 40, 50
Atualmente
Histórico São Paulo
Década de 40, 50: A Secretaria através do IAC realizava experimentos com
cerca de 16 variedades. A empresa Agrinco plantio e produção de mudas em
Guararema, Conde Matarazzo 3.500 pl + 200.000, Ademar de Barros em São
Manuel.
Quarentenário IAC: Inúmeros acessos desde 1920; Não há notícias
Atualmente:
Área cultivada: 50.000 plantas
Área Potencial
Histórico São Paulo
Atualmente cultivo na região da Serra da Mantiqueira (30% estado São
Paulo)
Municípios: São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão, Silveiras, Lorena,
Natividade da Serra, Espírito Santo do Pinhal, Águas da Prata – CATI e
EPAMIG
2009: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo solicitou
levantamento de demanda de pesquisa para a cultura em SP: demanda de
informações novos olivicultores e investidores
São Paulo
Década de 40,50
Atualmente
Área Potencial para Expansão em SP
Plantio de Oliveira na Serra da Mantiqueira
- SP
Projeto Oliva São Paulo
OLIVA SP: estudo de todas as etapas da cadeia produtiva da oliveira
- Centro de Genética do IAC-Instituto Agronômico de Campinas;
- CATI-Núcleo de Produção de Mudas de São Bento do Sapucaí;
- APTA-Pólo Centro Sul, Piracicaba, SP;
- IAC-Centro de Climatologia;
- IAC/Recursos Fitogenéticos- Quarentenário;
- ITAL – Instituto de Tecnologia de Alimentos – Centro de Ciência e Qualidade
Alimentos;
- IEA-Instituto de Economia Agrícola;
- IAC-Plantas Aromáticas e Medicinais;
- ASSAM - Agenzia Servizi Settore Agroalimentare Marche, Itália.
Projeto Oliva São Paulo
Fases projeto OLIVA SP
1- Zoneamento climático – zoneamento climático x econômico;
2- Ensaios cultivares nas áreas consideradas aptas no estudo climático;
Cultivares comercializados mercado e cultivares trazidos regiões mais quentes;
3- Condução e manejo de áreas experimentais em toda cadeia produtiva;
4- Melhoramento genético visando redução necessidade horas de frio, redução
da altura da planta – ampliar áreas de plantio.
Ações projeto OLIVA SP
J Novembro/2009: Realização de dois cursos sobre manejo da cultura e
introdução a análise sensorial de azeites: São Bento Sapucaí e Piracicaba.
Pesquisador ASSAM-Marche, Itália;
J Visita constantes a produtores de oliveiras de São Paulo e MG e
internacionais;
J Informações técnicas a produtores, novos investidores e imprensa;
J Participação em eventos da área;
J Participação em comitê para elaboração de Norma MAPA;
J Zoneamento climático;
J Envio de partes do projeto a agências financiadoras.
Site Projeto Oliva São Paulo
Futuro do Mercado Brasileiro
Expansão produção nacional
ŒAumento volume e qualidade de pesquisas sobre a cultura;
ŒAumento consumo;
Œ Interesse crescente de investidores no cultivo de oliveiras e produção de azeite
Œ Norma do MAPA restrição qualidade azeites importados;
Obrigada pela Atenção
Contato: [email protected]

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