O esgoto nosso de cada dia Ensinando o bê-á-bá do
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O esgoto nosso de cada dia Ensinando o bê-á-bá do
O esgoto nosso de cada dia Ensinando o bê-á-bá do esgoto, a Copasa mostra a importância desse tema para o planeta Todos os dias fazemos várias tarefas. Tomamos café da manhã, vamos à escola, à natação, brincamos. Entre uma atividade e outra, você abre a torneira e dá descarga no vaso sanitário algumas vezes no decorrer do dia. Lavamos as mãos e escovamos os dentes. Pronto! Mais água indo embora pelo cano. Você já parou pra pensar: “Para onde vai toda essa água que usamos?” Até chegar a sua casa, a água passa por um longo caminho. Do rio, vai para um local chamado Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por filtros e outras etapas para retirar todas as impurezas. Hoje, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) trata a água de 626 cidades de nosso Estado. Quando está limpa e própria para consumo, ela percorre outro caminho, por tubos que ficam debaixo da terra, chamados de adutoras, chegando à torneira de onde você mora. Essa é a água que usamos para cozinhar, tomar banho e em tantas outras tarefas que fazemos no dia a dia. A água usada vai embora pelo cano. A partir daí, começa outra longa história. Você já ouviu falar em esgoto? Não? Pois bem, é a água que utilizamos e escoa pelo ralo da pia, do banheiro ou pela descarga do vaso do banheiro, junto a toda sujeira que geramos com essas ações. Esse é o chamado esgoto doméstico. Temos, também, o esgoto não doméstico, ou seja, água que vem das indústrias, comércios, hospitais, entre outros serviços. A água de chuva também vira esgoto. Neste caso, ela deve ser destinada em uma rede construída só para ela, separada daquela instalada para esgoto. O esgoto é formado de 99,9% de água e 0,1% de materiais sólidos orgânicos, resíduos que têm origem animal ou vegetal (fezes, restos de alimentos), de inorgânicos, produzidos por atividades industriais (líquido que sobra dessas atividades) e de micro-organismos, que só podem ser vistos ao microscópio (vírus, bactérias). Ele polui os cursos d’água, o solo e subsolo, se não tiver a destinação e tratamento corretos. A natureza já não consegue mais limpar os rios sozinha. Com tanta poluição causada por esgoto e lixo, ela precisa de ajuda. Quando devolvemos a água suja ao meio ambiente, em forma de esgoto, é preciso também levá-la a um lugar para tratamento. É nesse momento que entra em cena a Estação de Tratamento de Esgoto – ETE. Você já ouviu falar? O tratamento de esgoto Saindo do ralo ou do vaso sanitário, o líquido (que agora já é esgoto!) caminha por canos que vão da sua casa até tubos que ficam na rua, debaixo da terra, formando a rede de esgoto. Dali é conduzido até uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Neste local, ele passa por um processo de limpeza, feito em várias etapas. Assim, torna-se água recuperada e é devolvida aos rios, córregos e mares sem causar prejuízos ao meio ambiente. Recomeça, então, todo o ciclo para levar água até sua casa. Entendeu a importância de se tratar o esgoto antes de devolvê-lo à natureza? Se a água que descartamos não for tratada na ETE, corre o risco de ser lançada ao meio ambiente e causar doenças, além de poluir nossos mananciais. Para que o esgoto chegue à ETE, quem constrói um prédio, galpão ou casa, deve ligar a rede da pia, do tanque e do vaso sanitário à tubulação que passa na rua. Com a contribuição de cada um, todos ganham: o meio ambiente, a saúde pública e a qualidade de vida! Esgoto tratado: benefício sempre! Reduz a incidência de doenças causadas por águas poluídas (diarreia, poliomielite, hepatite A e outras). Diminui a poluição dos rios e a contaminação do solo e subsolo, preservando a qualidade das águas e a vida aquática. Desenvolve o potencial turístico da cidade. Reduz os custos de tratamento de água para abastecimento. Valoriza os imóveis do município onde é feito o tratamento. Contribui para o desenvolvimento socioeconômico da cidade (melhora as atividades comerciais, os serviços e as atividades sociais). Cuide bem da rede de esgoto! Ela também é de casa! Não basta ter rede de esgoto em casa. É preciso tomar alguns cuidados para que ela funcione bem. Limpe a caixa de gordura periodicamente. Ela recebe a água da cozinha, impedindo que a gordura vá para a rede, causando entupimentos e retorno de mau cheiro na pia. E lembre-se: nesse processo, use luvas de borracha para proteger as mãos! Coloque sempre o ralinho nas pias e tanques. Na cozinha, restos de alimentos causam entupimentos. No tanque, fique atento aos tecidos que soltam fiapos, formando bolas que podem entupir a rede de esgoto. Não jogue lixo no vaso sanitário. Papéis, plásticos, chicletes e outros objetos só devem ser jogados no lixo. Jogar no vaso do banheiro pode entupir a rede de esgoto. E, nesse caso, a sujeira volta toda para sua casa. Já pensou? Esgoto e água da chuva não se misturam. O ideal é que a água de chuva tenha uma rede só para ela, a rede pluvial. A rede de esgoto não está preparada para receber água de chuva. Essa mistura aumenta o volume de água, podendo arrebentar as tubulações e devolver o esgoto para sua casa. Óleo entope e contamina. O óleo de cozinha usado, quando despejado na pia, entope as redes de esgoto e contamina os cursos d’água e mananciais. Uma boa dica é reciclar ou transformar o óleo recolhido em sabão, velas e biodiesel. Você sabia? Por ano, a Copasa tem um prejuízo de R$ 3 milhões, gastos para retirada de lixo do esgoto. Com esse valor, é possível construir uma ETE para atender uma cidade com 12 mil a 15 mil habitantes. A Copasa possui 137 ETEs. A maior delas é a ETE Arrudas, que faz parte da Bacia do Rio das Velhas e está localizada no município de Sabará. Com moderno sistema de operação, ela tem capacidade para tratar 2250 litros de esgoto por segundo. Essa unidade está passando por obras. Com a conclusão, sua capacidade será ampliada para 3375 litros por segundo. A Copasa retira do esgoto cerca de 30 toneladas por dia de lixo. A gordura e óleo, lançados indevidamente na rede de esgoto, transformam-se em pedra, danificando a rede. Com isso, a Copasa precisa fazer cerca de 30 manutenções por dia, para retirada desse material. Para realizar esses reparos, é preciso abrir um buraco na rua, onde houve danos à rede.